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HABEAS CORPUS
I - DOS FATOS
O paciente está sendo processado pelo crime de roubo simples, previsto no art.
157, caput, do Código Penal, perante a 10ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia-GO.
No curso da ação penal, o MM. Juiz decretou a prisão preventiva do paciente, sob
o fundamento de garantia da ordem pública, sem, contudo, demonstrar a necessidade concreta
da medida cautelar.
O MM. Juiz, ao proferir a decisão, não levou em conta que o paciente é réu
primário, de bons antecedentes, sem qualquer elemento que indique sua periculosidade ou
propensão à reiteração criminosa.
Ademais, o MM. Juiz não apontou nenhum fato concreto que justificasse a prisão
preventiva, limitando-se a invocar a gravidade abstrata do crime e a repercussão social do
caso.
Assim, a decisão que decretou a prisão preventiva do paciente é manifestamente
ilegal, por violar o princípio da presunção de inocência e o art. 312 do Código de Processo
Penal, que exige a demonstração da necessidade da medida para a garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da
lei penal.
II - DO DIREITO
No caso em tela, verifica-se que a prisão preventiva do paciente é ilegal, pois não
há justa causa para a sua decretação, uma vez que não estão presentes os requisitos do art. 312
do Código de Processo Penal, que assim dispõe:
Dessa forma, a prisão preventiva do paciente é ILEGAL e deve ser revogada, sob
pena de se configurar constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção.
III - DO PEDIDO
Nesses termos,
Pede deferimento.