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ATIVIDADE PERSECUTÓRIA:
AULA 04: PRISÃO CAUTELAR NO PROCESSO PENAL E
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS, RELAXAMENTO DA
PRISÃO ILEGAL E LIBERDADE PROVISÓRIA
1) ESPÉCIES DE PRISÃO CAUTELAR NO PROCESSO PENAL
I. ESPÉCIES DE PRISÃO CAUTELAR: existem seis tipos de prisão cautelar.
a) PRISÃO EM FLAGRANTE: medida restritiva de liberdade, de natureza
cautelar e administrativa, que não exige ordem escrita do juiz
b) PRISÃO PREVENTIVA: medida cautelar, restritiva de liberdade,
determinada pelo Juiz em qualquer fase do inquérito ou da instrução
criminal.
c) PRISÃO TEMPORÁRIA: busca assegurar uma eficaz investigação policial.
d) PRISÃO DOMICILIAR: destinada à presos já condenados, que estejam
em regime aberto e se enquadrem em alguma situações (Art. 117 da LEP)
e) PRISÃO DECORRENTE DE PRONÚNCIA: só pode ser decretada em
meio à instrução processual e no momento da prolação da pronúncia.
f) PRISÃO DECORRENTE DE SENTENÇA CONDENATÓRIA
RECORRÍVEL: execução provisória da prisão criminal antes do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória.
b) PRISÃO PREVENTIVA: é medida extrema e excepcional, sendo justificada
a constrição cautelar do indivíduo somente em razão de estarem presentes os
requisitos autorizadores consagrados no Art. 312 do CPP/41 e desde que não
sejam cabíveis as medidas cautelares diversas da prisão.
o ART. 312 CPP/41: “A PRISÃO PREVENTIVA poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando
houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”.
o Art. 5º, LXVI, CF/88: “ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
➢ LEI DE DROGAS:
o STF: declarou, em 2012, a inconstitucionalidade da expressão liberdade
provisória prevista no caput do art. 44 da referida Lei.
IV. CONCLUSÃO: a CF/88, ao estabelecer a inafiançabilidade
de determinados delitos, apenas delineou circunstâncias
em que o legislador ordinário não pode considerar o
pagamento da fiança com condição para a liberdade do
agente. Ou seja, FOI VEDADA A FIANÇA E NÃO A
LIBERDADE PROVISÓRIA. Portanto, é inválida qualquer
decisão que mantenha a custódia cautelar com base em
dispositivo legal que veda a liberdade provisória sem,
contudo, demonstrar fatos concretos que a justifiquem.
8) RELAXAMENTO DA PRISÃO ILEGAL
I. CONCEITO: o RELAXAMENTO é a medida a ser adotada pelo magistrado
sempre que estiver diante de uma prisão ilegal, seja no caso de flagrante,
preventiva ou temporária.
o Art. 5º, LXV, CF/88: “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária”.