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PRISÕES

PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:


I - está cometendo a infração penal; (PRÓPRIO)
II - acaba de cometê-la; (PRÓPRIO)
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (IMPRÓPRIO,
QUASE FLAGRANTE OU FLAGRANTE IMPERFEITO)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração. (PRESUMIDO, ASSIMILADO OU
FICTO)
OUTRAS MODALIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE

FLAGRANTE ESPERADO
A polícia tem conhecimento da possível prática de um crime
Não prepara nem induz, apenas aguarda sua execução
É uma prisão LEGAL
Súmula 567 do STJ: Sistema de vigilância realizado por videomonitoramento
eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento
comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.
OUTRAS MODALIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE


FLAGRANTE RETARTADO, DIFERIDO, POSTERGADO
É uma prisão LEGAL
Previsão legal:

Crime organizado (Lei 12.850/13) - Art. 8º


Tráfico de drogas (Lei 11343/06) - Art. 53, inciso II
Lavagem de capitais (Lei 9.613/98) - Art. 4º-B
OUTRAS MODALIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE

FLAGRANTE FORJADO
Quando há uma armação contra alguém inocente.
É uma prisão ILEGAL
OUTRAS MODALIDADES DE PRISÃO EM FLAGRANTE

FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO


Ocorre quando agentes provocadores INDUZEM, CONVENCEM, INSTIGAM
alguém a praticar suposto delito, tomando providência que tornem impossível
sua consumação.
Provocam para capturar;
Súmula 145/STF – Não há crime quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível sua consumação.
A prisão é ILEGAL e o fato atípico – crime impossível
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família
do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria
Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de
culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e
os das testemunhas.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24
(vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou
membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa
audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os
requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
PRISÃO PREVENTIVA
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá
a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial

PRISÃO PREVENTIVA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO!


PRISÃO PREVENTIVA
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou
para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade
do imputado.
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares (art. 282, § 4o).
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e
fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
PRISÃO PREVENTIVA

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação
da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência;
PRISÃO PREVENTIVA

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação
da prisão preventiva:
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de
antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de
investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.
PRISÃO PREVENTIVA

•Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal.

•Estado de necessidade
•Legítima defesa
•Estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
PRISÃO DOMICILIAR

Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV - gestante; (ATENÇÃO)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (ATENÇÃO)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
PRISÃO DOMICILIAR

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão
domiciliar, desde que:
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser
efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas
previstas no art. 319 deste Código.
PRISÃO TEMPORÁRIA

Previsão na Lei 7960/89


Cabimento em crimes específicos
Somente poderá ser decretada na fase de investigação policial
Não é possível ser decretada DE OFÍCIO
Decretada por requerimento do Ministério Público ou representação da
autoridade policial.
PRISÃO TEMPORÁRIA

TEM PRAZO específico de duração


Regra geral: 5 + 5
Crimes hediondos: 30 + 30

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