Você está na página 1de 21

Inviolabilidade do lar

Art° 5°CF XI

 Guilherme
 Lucimar Roberta da Silva Caxias
 Raphael Dias Monteiro
Inviolabilidade do lar

CF, art. 5.º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro. ou, durante o dia, por determinação judicial;
A inviolabilidade do domicílio é uma das vertentes do direito à
privacidade, pois a casa, conforme estabelece o inciso XI do artigo 5º da
Constituição da República Federativa do Brasil, é asilo inviolável do
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial';
Art° 5° XI –
a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador,
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial;
Conceito de casa.

Segundo o STG, cassé a residência, mas


estende-se ao local de trabalho, de hotel, de
motel, e o trailer residencial.

Não vale para repartições públicas


Observa-se que ao tempo que a carta magna traz a segurança da
inviolabilidade do domicílio, ela também expressa situações em que há
permissão de se adentrar ao domicílio de terceiro, seja quem adentra ao
recinto agente público ou não. Dito isso, é evidente que o princípio aqui
tratado não possui natureza absoluta, haja vista que a própria norma
reguladora traz exceções. O STF, conforme Moraes (2016), já decidiu que
mesmo a casa sendo o asilo inviolável do indivíduo não pode ser
transformada em garantia de impunidade de práticas criminosas que
venham a ser realizadas em seu interior.
EXCEÇÕES CONSTITUCIONAIS AO
DIREITO DE INVIOLABILIDADE
DO DOMICÍLIO
A legislação atual apresenta exceções ao direito em comento, quer seja por
interesse público ou por interesse do próprio morador.
Essas exceções à proteção do domicílio ligam-se ao interesse da própria
segurança individual (caso de delito) ou do socorro (desastre ou socorro) ou
da justiça, apenas durante o dia (determinação judicial), para busca e
apreensão de criminosos ou de objeto de crime
Flagrante delito
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

 I - está cometendo a infração penal;

 II - acaba de cometê-la;

 III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
É o exato momento em que o agente está cometendo o crime, ou, quando após sua
prática, os vestígios encontrados e a presença da pessoa no local do crime dão a
certeza deste ser o autor do delito, ou ainda, quando o criminoso é perseguido após a
execução do crime.
Desastre ou socorro

Entende-se por desastre o resultado de eventos adversos, naturais ou


provocados pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos
humanos, materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e
sociais.
No que se refere à entrada de um terceiro em moradia alheia, para fins de
prestar socorro, faz-se necessário que o ocorrido se dê em razão de um
desastre ou acontecimento (seja um acidente humano ou natural)
Desastre se deve ter um acontecimento (acidente humano ou natural) que
efetivamente coloque em risco a vida e saúde de quem se encontra na casa,
sendo o ingresso a única forma de evitar o dano. Algo semelhante se passa no
caso da prestação de socorro, em que a entrada no domicílio apenas se
justifica quando alguém no seu interior está correndo sério risco e não haja
como obter a autorização prévia.
Determinação Judicial

Todo e qualquer despacho proferido por um juiz ou tribunal, em qualquer


processo ou ato submetido a sua apreciação e veredito
CF, art. 5.º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro.
ou, durante o dia, por determinação judicial;
Segundo entendimento majoritário do termp
“dia”, é dado das 06hs às 18hs. (Min
Alexandre de Moraes)
 "Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
 § 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a
autorizarem, para:
 a) prender criminosos;
 b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
 c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos
falsificados ou contrafeitos;
 d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de
crime ou destinados a fim delituoso;
 e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
 f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu
poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa
ser útil à elucidação do fato;
 g) apreender pessoas vítimas de crimes;
 h) colher qualquer elemento de convicção. (...)
Dessa forma, vislumbra-se que um terceiro só poderá adentrar em uma
moradia alheia, de maneira legal, caso haja o consentimento do morador ou
nas hipóteses elencadas, previstas na Magna Carta de 1988

Em caso de violação de domicílio que não esteja autorizado pelo morador ou


com autorização prevista em lei, a pena - detenção, de seis meses a dois anos,
além da pena correspondente à violência.
MORADOR
Trata-se, sobretudo, daquele que ocupa o interior da residência, que ali exerce
os direitos relativos à personalidade, pois o que se tutela é o direito à
tranquilidade e segurança no espaço doméstico, e não o direito à posse ou
propriedade.

Você também pode gostar