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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA MINISTRA PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL.

IMPETRANTE, advogado, inscrito na OAB/SC, sob o nº..., com endereço profissional na Rua...,
nº..., Bairro..., Florianópolis/SC, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência e demais pares
desta Egrégia Corte Maior, consubstanciado no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal e nos
artigos 647 e seguintes do Código de Processo Penal, impetrar

HABEAS CORPUS
em favor de MARLON CESAR CONSTANTE DOS SANTOS, brasileiro, estado civil..., profissão...,
portador do RG nº... e CPF..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade/UF...,, ora
custodiado domiciliarmente, figurando, no momento, como autoridade coatora a Excelentíssimo
Senhor Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Relator do HC nº 745466 - SP, o qual tramita
no ... Turma do Superior Tribunal de Justiça, ordem que impetra pela fundamentação fática e
jurídica, doravante delineada.

I– DOS FATOS

O paciente encontra-se preso, em virtude de dano ao patrimônio público, Art. 163, III do
Código Penal. Dessa forma, ressalta-se que apesar do paciente ter supostamente cometido este
delito, há pouca fundamentação para decretação desta medida.
Ademais, ressalta-se que esta suposta conduta decorreu, após o paciente ter ciência de
que seu filho teria sofrido um acidente, ao chegar no hospital, o impretado viu o seu filho com o
rosto insaguentado razão essa que supostamente teria dado início a conduta de dano.
Isto posto, destaca-se que o paciente, ressarciu o dano causado e contribuiu para o
andamento do processo, inclusive informando que “ao ter tropeçado e cair teria causado o dano”,
o que restaria em conduta atípica, haja vista que não tipificação do crime de dano culposo.

II– DO DIREITO

Em princípio, observa-se que manutenção de prisão do paciente, é totalmente


desarazoada, mesmo que, supustamente tenha praticado este crime, o paciente não agiu com
violência, tampouco frustrou o andamento processual ou recusou se a ressarcitar o dano. Dessa
forma, é importante observar o que preceitua , o Art.315 do CP.

315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva


será sempre motivada e fundamentada.

Dado o exposto, é visível que a prisão do paciente, não foi suficientemente fundamentada,
porquanto não há, no caso concreto, elementos que possam justificar essa prisão. Especialmente,
em virtude da ausencia de periculosidade do paciente, no concreto e da falta de fundamentação
individualizada, para que ocorra esta prisão, conforme o contido na Art. 93, IX da Constituição
Federal de 1988.

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos,


e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse
público à informação;
III– DOS PEDIDOS

Destarte, requer seja concedida ordem de habes corpus, liminarmente, em favor da


paciente, uma vez que presentes a probabilidade de dano irreparável e a fumça do bom
direito, a fim de que seja revogada a prisão e expedido o competente alvará de soltura.
Requer-se, caso o pedido anterior não seja deferido, a revogação da prisão com a decretação
de medidas cautelares diversas da prisão.

Termos em que pede DEFERIMENTO.

BRASÍLIA 25 DE ABRIL DE 2023

FERNANDO LIMA DOS SANTOS

UC19106779

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