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AULA 3
PODERES ADMINISTRATIVOS
1 PODER VINCULADO
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mesma omissão fosse praticada por sua mãe, pois a lei assim determina, e
essa é uma atividade vinculada.
Perceba que o poder em questão está diretamente atrelado ao exercício de
um ato vinculado, que veremos em aula próxima.
2 PODER DISCRICIONÁRIO
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STJ, RESP 647.417/DF, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 21/02/2005.
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3 PODER HIERÁRQUICO
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STJ, RMS 15.398/SC, relator Ministro Paulo Medina, publicação DJ 17/12/2004.
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4 PODER DISCIPLINAR
5 PODER REGULAMENTAR
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STF, MS 22.155/GO, relator Ministro Celso de Mello, publicação DJ 24/11/2006: As
decisões emanadas do Poder Judiciário não condicionam o pronunciamento censório da
Administração Pública nem lhe coarctam o exercício da competência disciplinar, exceto nos
casos em que o juiz vier a proclamar a inexistência de autoria ou a inocorrência material do
próprio fato, ou, ainda, a reconhecer a configuração de qualquer das causas de justificação
penal.
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Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IV – sancionar, promulgar e
fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
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ADI 3232/TO, ADI 3983/TO e ADI 3990/TO, relator Ministro Cezar Peluso, julgado em
14/08/2008, Informativo 515: Criação de Cargos Públicos e Reserva de Lei Formal. O
Tribunal julgou procedentes pedidos formulados em três ações diretas de
inconstitucionalidade conexas, ajuizadas pelo Procurador-Geral da República e pelo Partido
da Social Democracia Brasileira - PSDB, para declarar, com efeitos ex tunc, a
inconstitucionalidade dos artigos 5º, I, II, e III, e 7º, I e III, todos da Lei 1.124/2000, do
Estado do Tocantins, bem assim, por derivação, de todos os decretos do Governador do
referido Estado-membro que, com o propósito de regulamentar aquela norma, criaram
milhares de cargos públicos, fixando-lhes atribuições e remunerações. No mérito, entendeu-
se que a autorização conferida pelo art. 5º da lei em questão ao Chefe do Poder Executivo de
criar, mediante decreto, os cargos, afronta a norma constitucional emergente da conjugação
dos artigos 61, § 1º, II, a, e 84, VI, a, da CF. Asseverou-se que, nos termos do art. 61, § 1º,
II, a, da CF, a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração constituem objeto próprio de lei de iniciativa
reservada do Chefe do Poder Executivo. Ressaltou-se, também, que a regra constitucional
superveniente inscrita no art. 84, VI, a, da CF, acrescida pela EC 32/2001, a qual autoriza o
Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da
administração federal, não retroagiria para convalidar inconstitucionalidade, estando,
ademais, sua incidência subordinada, de forma expressa, à condição de não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Por fim, aduziu-se que,
sendo inconstitucional a norma de lei que lhes daria fundamento de validez, inconstitucionais
também seriam todos os decretos.
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6 PODER DE POLÍCIA
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STJ, RMS 19.510/GO Ministro Teori Albino Zavascki, publicação DJ 03/08/2006: O
procedimento administrativo pelo qual se impõe multa, no exercício do Poder de Polícia, em
decorrência da infringência a norma de defesa do consumidor deve obediência ao princípio
da legalidade. É descabida, assim, a aplicação de sanção administrativa à conduta que não
está prevista como infração.
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Direito Administrativo. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 121.
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STF, ADI 2.751/RJ, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 08/09/2005: Lei
3.756/2002, do Estado do Rio de Janeiro, que autoriza o Poder Executivo a apreender e
desemplacar veículos de transporte coletivo de passageiros encontrados em situação
irregular: constitucionalidade, porque a norma legal insere-se no poder de polícia do Estado.
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STF, ADI 395, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 31/08/2007, Informativo 467:
A retenção da mercadoria, até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta,
não constitui coação imposta em desrespeito ao princípio do devido processo legal tributário.
Ao garantir o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, o art. 5º, inc. XIII, da
Constituição da República não o faz de forma absoluta, pelo que a observância dos
recolhimentos tributários no desempenho dessas atividades impõe-se legal e legitimamente.
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Veja outro exemplo, previsto na Lei nº 11.516/2007, art. 1º, IV, a saber: Art.
1º Fica criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, autarquia federal dotada
de personalidade jurídica de direito público, autonomia
administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio
Ambiente, com a finalidade de: (...)
IV – exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das
unidades de conservação instituídas pela União.
Citem-se, ainda, as agências reguladoras e os Conselhos Profissionais, que,
como se viu na Aula 210, também exercem poder de polícia. Por suas
características, o exercício desse poder é privativo de autoridade
pública, como fica consignado nos trechos das decisões a seguir
transcritas:
Ninguém coloca em dúvida o objetivo maior das agências
reguladoras, no que ligado à proteção do consumidor, sob os
mais diversos aspectos negativos - ineficiência, domínio do
mercado, concentração econômica, concorrência desleal e
aumento arbitrário dos lucros. Hão de estar as decisões desses
órgãos imunes a aspectos políticos, devendo fazer-se presente,
sempre, o contorno técnico. É isso o exigível não só dos
respectivos dirigentes - detentores de mandato -, mas também
dos servidores - reguladores, analistas de suporte à regulação,
procuradores, técnicos em regulação e técnicos em suporte à
regulação - Anexo I da Lei nº 9.986/2000 - que, juntamente com
os primeiros, hão de corporificar o próprio Estado nesse mister da
mais alta importância, para a efetiva regulação dos serviços.
Prescindir, no caso, da ocupação de cargos públicos, com
os direitos e garantias a eles inerentes, é adotar
flexibilidade incompatível com a natureza dos serviços a
serem prestados, igualizando os servidores das agências a
prestadores de serviços subalternos, dos quais não se exige,
até mesmo, escolaridade maior, como são serventes, artífices,
mecanógrafos, entre outros. Atente-se para a espécie. Está-se
diante de atividade na qual o poder de fiscalização, o poder
de polícia fazem-se com envergadura ímpar, exigindo, por
isso mesmo, que aquele que a desempenhe sinta-se
seguro, atue sem receios outros, e isso pressupõe a
ocupação de cargo público, a estabilidade prevista no
artigo 41 da Constituição Federal. Aliás, o artigo 247 da Lei
Maior sinaliza a conclusão sobre a necessária adoção do regime
de cargo público relativamente aos servidores das agências
reguladoras. Refere-se o preceito àqueles que desenvolvam
atividades exclusivas de Estado, e a de fiscalização o é. Em suma,
não se coaduna com os objetivos precípuos das agências
reguladoras, verdadeiras autarquias, embora de caráter
especial, a flexibilidade inerente aos empregos públicos,
impondo-se a adoção da regra que é a revelada pelo
regime de cargo público, tal como ocorre em relação a outras
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Item 5.4.1.1.
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PARA GUARDAR
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STF, ADI 2.310, relator Ministro Carlos Velloso, decisão liminar, DJ 01/02/2001. Em face
da revogação expressa dos artigos impugnados (Lei nº 10.871/2004, art. 37), foi julgada
prejudicada a ação, pela perda do objeto (decisão publicada DJ 15/12/2004).
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STF, ADI 1.717/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 28/03/2003.
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STJ, REsp 771.864/DF, relator Ministro Carlos Fernando Mathias, publicação DJ
19/06/2008.
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Boa sorte.
EXERCÍCIOS
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a) Legalidade
b) Finalidade
c) Proporcionalidade
d) Moralidade
e) Contraditório
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a) ao conteúdo.
b) à forma.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) ao modo.
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c) 2/2/2/1/1
d) 1/2/1/1/2
e) 1/2/2/2/1
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GABARITO COMENTADO
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CF/88). Por outro lado, a CF/88 contém as seguintes previsões: art. 23. É
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios: (...) VI – proteger o meio ambiente (...). Art. 198. (...) § 1º.
O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (...) Art. 200. Ao
sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei: (...) II – executar as ações de vigilância sanitária (...).Art. 22.
Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XI – trânsito (...).Art.
21. Compete à União: (...) XXIV – organizar, manter e executar a inspeção
do trabalho (...). Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I
– direito (...) do trabalho.
7. D (I, II, IV, V) – o poder de polícia pode ser vinculado (p. ex. licenças),
ou discricionário (p. ex. autorizações); para o exercício do poder de polícia
não se que exige o Poder Público utilize sempre, previamente, a via judicial
cominatória para executar decisões de policiamento administrativo, com
base do atributo da auto executoriedade, visto na aula 4; a manifestação da
atribuição de polícia se dá por atos normativos, como regra que limita
horário de atendimento de estabelecimentos comerciais, e concretos, como a
concessão de uma licença a um cidadão.
8. B (III) – à atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade,
ajustando-as aos interesses coletivos denomina-se poder de polícia; no
exercício do poder disciplinar a Administração Pública não pode impor
sanções a particulares não sujeitos à disciplina interna administrativa; as
autorizações, atos típicos da polícia administrava, são expedidas pela
Administração Pública no uso competência exercitável discricionariamente,
enquanto as licenças são atos vinculados; sendo atributo do poder de
policia a auto executoriedade, pode a Administração Pública, em algumas
medidas por ela adotadas, pôr em execução as suas decisões, com os
próprios meios, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário, mas
se submetendo ao controle deste, se provocado.
9. E – nos precisos termos da CF/88, art. 84: compete privativamente ao
Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: (...) b)
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
10. C – através do princípio da legalidade, a autoridade administrativa pode
fazer o que a lei permite, e, através do poder discricionário, o que for
conveniente e oportuno.
11. A – o poder de polícia pode ser vinculado ou discricionário, se dirigindo
ao público externo ou interno.
12. E – para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária sem
abuso ou desvio de poder.
13. C – intensidade + extensão da medida = proporcionalidade entre meios e
fins.
14. E – o poder de polícia administrativa pode se dar em diversas
gradações, finalizando, em algumas situações, com a auto executoriedade,
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