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CURSO ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO P/ POLÍCIA FEDERAL

PROFESSOR: LEANDRO CADENAS

AULA 3

PODERES ADMINISTRATIVOS

Dos diversos princípios informadores do Direito Administrativo decorrem os


poderes para as autoridades administrativas, fundamentais para que a
finalidade de interesse público seja atingida, sobrepondo as
necessidades coletivas às individuais. Nascem com a Administração, e são
usados para que os objetivos previstos em lei sejam alcançados. Por isso,
são chamados instrumentais, ou seja, são ferramentas para atingir os
objetivos do Estado.
O exercício do “poder” não é uma faculdade do administrador, é um “poder-
dever”, a ser usado em benefício da coletividade: é irrenunciável.
Em face do sempre presente princípio da legalidade, o exercício dos
diversos poderes administrativos está adstrito aos contornos legais.
Vamos analisar cada um deles, sempre exigidos nos concursos.

1 PODER VINCULADO

Muitos doutrinadores não vêem neste um poder propriamente dito, mas


apenas um atributo de outros poderes.
Para o exercício desse “poder”, devem ser observados todos os
contornos traçados pela lei, que não deixa margem de manobra à
autoridade responsável.
A lei estabelece todos os detalhes, como deve ser feito, quando, por quem
etc. Então, estando presentes os requisitos legais, à pessoa competente só
resta praticá-lo, da forma como prevista.
No item 7.3 veremos que os elementos dos atos administrativos são os
seguintes:
I – competência;
II – finalidade;
III – forma;
IV – motivo;
V – objeto.
No exercício do Poder Vinculado, os cinco requisitos são previstos
na lei e de observância obrigatória. Ressalte-se que os três primeiros
(competência, finalidade e forma) são sempre vinculados, mesmo no
âmbito do Poder Discricionário, visto a seguir.
Se um fiscal constata a omissão de pagamento de um tributo devido, tem a
obrigação de fazer a autuação do contribuinte faltoso, independente de
quem seja (art. 3º, CTN, Lei nº 5.172/66). Se constata que um inimigo seu
não pagou o tributo devido, deve fazer o lançamento tanto quanto se a

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mesma omissão fosse praticada por sua mãe, pois a lei assim determina, e
essa é uma atividade vinculada.
Perceba que o poder em questão está diretamente atrelado ao exercício de
um ato vinculado, que veremos em aula próxima.

2 PODER DISCRICIONÁRIO

Da mesma forma que no caso anterior, para alguns, não se trata de um


poder autônomo, mas sim de apenas um atributo de outros poderes.
Aqui a lei também estabelece uma série de regras para a prática de um ato,
mas deixa certa dose de prerrogativas à autoridade, que poderá optar
por um entre vários caminhos igualmente válidos.
Então, se a lei deixa certo grau de liberdade, diz-se que há
discricionariedade.
No entanto, não existe poder discricionário absoluto, pois sempre a lei
fixará os limites de atuação, dentro dos quais deve o agente atuar, sob
pena de prática de desvio ou excesso de poder.
Dentre os elementos já citados, somente estão na esfera da opção do
administrador os dois últimos, ou seja, o motivo e o objeto, quando
diante de um ato discricionário, pois, como dito, os demais são sempre
vinculados. A opção pode ser verificada no motivo, no objeto, ou em
ambos.
Cabe, então, à Administração Pública a liberdade na escolha da
conveniência e oportunidade para realização do ato. A essa dupla
“conveniência + oportunidade” dá-se o nome de mérito
administrativo.
Guarde bem isso!!!! Falou em mérito, falou em conveniência e
oportunidade!!!!
No mesmo exemplo citado, se a lei estabelecer que a multa aplicada em
determinado caso pode variar de 10 a 40%, a autoridade fiscal pode/deve
fixar a multa dentro dos limites. Como tem vários caminhos possíveis, diz-
se que tal valoração faz parte da discricionariedade prevista legalmente.
Outro caso típico no Direito Administrativo pode ser visto na estipulação da
suspensão aplicada a um servidor faltoso.
Nos termos do art. 130 da Lei nº 8.112/90, poderá ser aplicada suspensão
em determinados casos, que não excederá de 90 (noventa) dias.
Ao fim do processo, concluído que é o caso de aplicação da suspensão, a
autoridade poderá fixar um número de dias que variará de um a noventa.
Novamente, se há mais de um caminho possível e igualmente válido, há ato
discricionário. Aqui, o que estava sujeito à escolha da autoridade era o
objeto do ato, ou seja, o “quantum” da pena, seu conteúdo. A punição, e
sua gradação, devem ser sempre motivadas (art. 128, parágrafo único, Lei
nº 8.112/90).

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Se a autoridade competente quiser destituir um servidor de um cargo em


comissão, pode fazê-lo sem maiores problemas, não sendo necessário
sequer dizer o motivo, posto que é outro exemplo de ato discricionário.
Acrescente-se que, em se tratando dos conceitos ditos empíricos ou de
experiência, fica afastado o exercício do poder discricionário, posto que a
prática anterior, e suas conclusões como melhores caminhos a seguir para
atingir a finalidade estatal, devem ser observadas por todos.
Por fim, ressalte-se que, além dos limites fixados na lei, a autoridade está
sempre adstrita aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade (item
4.11), para que se evitem as injustiças. Da mesma forma, pela Teoria dos
Motivos Determinantes (item 7.7), a validade do ato se vincula à existência,
validade ou legitimidade dos motivos que justificaram sua prática.
Então, não basta atenção apenas aos limites da lei:
O administrador, sob o pálio da discricionariedade, proferiu
decisão punitiva disciplinar que, mesmo legal, afigura-se despida
de legitimidade. ‘In casu’, o acórdão fez valer a norma do edital.
Vale salientar, ainda, que mérito significa uso correto da
discricionariedade, ou seja, a integração administrativa. Com
observância do limite do legal e o limite do legítimo, o ato tem
mérito. Caso contrário, não tem mérito e deixa de ser
discricionário para ser arbitrário e, assim, sujeito ao controle
judicial.1
No que se refere à anulação dos atos discricionários, saliente-se que o
ato discricionário ilegal, como qualquer ato ilegal, pode ser revisto, tanto
pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário. No entanto, não
compete ao Judiciário a apreciação do mérito administrativo, ou
seja, a oportunidade ou conveniência da prática de determinado ato,
quando atuando em sua função principal, jurisdicional:
SERVIDOR PÚBLICO. PENA DE SUSPENSÃO. PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. FORMALIDADES. VIOLAÇÃO.
INEXISTÊNCIA. CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.
LIMITES. DILAÇÃO PROBATÓRIA. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE.
RELATÓRIO DA COMISSÃO DISCIPLINAR. POSIÇÃO DIVERSA DA
AUTORIDADE COMPETENTE PARA APLICAR A PENALIDADE.
LEGALIDADE.
Não restando comprovada qualquer irregularidade formal ou
violação aos princípios de direito no processo administrativo
disciplinar, inviável se revela o anular de ato suspensivo dele
decorrente.
A atuação do Poder Judiciário no controle dos atos administrativos
limita-se aos aspectos da legalidade e moralidade, obstaculizado
o adentrar do âmbito do mérito administrativo, da sua
conveniência e oportunidade.
Em sede de mandado de segurança é vedado ao Poder Judiciário
promover dilação probatória ou incursão no mérito
administrativo. Precedentes.

1
STJ, RESP 647.417/DF, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 21/02/2005.

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Inexiste ilicitude no fato de a autoridade competente, ao aplicar a


penalidade, divergir do recomendado no parecer efetivado pela
comissão disciplinar e impor pena mais grave ou contrária que a
sugerida. A autoridade vincula-se aos fatos apurados no Processo
Administrativo Disciplinar e não à capitulação legal proposta por
órgãos e agentes auxiliares.
O mérito do ato administrativo pertence à autoridade
competente, sendo vedado ao Poder Judiciário, em mandado de
segurança, rever o juízo administrativo quando não se trata de
afastar ilegalidades, mas de reapreciar provas. Recurso ordinário
desprovido.2
Para que fique claro, o Judiciário pode sim rever critérios de mérito,
mas apenas dos seus próprios atos administrativos, ou seja, quando
atua em suas funções secundárias, não jurisdicionais. Se o Presidente de
determinado Tribunal resolver alterar o horário de atendimento ao público,
atua na sua função administrativa. Concluindo que deixou de ser
conveniente o novo horário, poderá revogá-lo, pois, repita-se, aqui não age
enquanto Poder Judiciário propriamente dito, mas sim como administrador.
Então, o Judiciário pode anular um ato ilegal, produzido por qualquer dos
Poderes. A revogação de um ato inoportuno ou inconveniente só pode ser
feita por quem o praticou, estando vedada análise do mérito pelo Judiciário.
Essa é outra informação importante, sempre motivo de “pegadinhas” nas
provas!

3 PODER HIERÁRQUICO

É a estrutura hierarquizada da Administração Pública que justifica a


existência desse Poder. Como sabemos, as duas características
essenciais da Administração são a hierarquia e a repartição de
competências.
Então, além de a lei dividir entre todos as competências, também
estabelece uma relação de coordenação e subordinação entre os vários
órgãos, cargos, funções etc, fixando assim a hierarquia, sempre dentro
de uma mesma entidade. O que existe entre, por exemplo, um Ministério e
uma autarquia denomina-se vinculação, e não subordinação.
Através do Poder em análise, decorrem as seguintes faculdades atribuídas
ao superior, com relação a seu subordinado:
I – dar ordens: as ordens devem ser cumpridas pelos subordinados,
exceto quando manifestamente ilegais, situação na qual caberá o
dever de representar contra tal ilegalidade (art. 116, IV e XII, Lei nº
8.112/90);
II – fiscalizar: compete ao superior verificar e acompanhar as tarefas
executadas por seus subordinados, para eventuais correções, sempre
que necessárias;

2
STJ, RMS 15.398/SC, relator Ministro Paulo Medina, publicação DJ 17/12/2004.

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III – delegar: corresponde ao repasse de atribuições administrativas


de responsabilidade do superior para o subalterno;
IV – avocar: representa o caminho contrário da delegação, é dizer,
acontece a avocação quando o superior atrai para si a tarefa de
responsabilidade do subordinado, podendo tal atividade ter sido
delegada para este ou ser de sua competência originária;
V – rever: pode o superior, de ofício ou mediante pedido do
interessado, realizar a revisão dos atos de seus subordinados,
enquanto não for tal ato definitivo, mantendo-o ou modificando-o.
Também decorre do Poder Hierárquico a possibilidade de edição de atos
normativos, como instruções, resoluções, portarias etc. Não confunda com
regulamentos: os atos normativos têm aplicação apenas interna e, por isso
mesmo, são produzidos com base na relação hierárquica.

4 PODER DISCIPLINAR

Diretamente relacionado com o Poder Hierárquico, representa o poder-


dever de a Administração Pública punir seus servidores sempre que
cometam faltas, apuradas mediante sindicância ou Processo Administrativo
Disciplinar (art. 143 e seguintes, Lei nº 8.112/90). Pode também haver
punição de particular submetido ao controle estatal, como no caso daquele
que descumpre contrato administrativo.
No caso de a falta disciplinar também configurar ilícito penal, em face da
independência das instâncias, “o exercício do poder disciplinar, pelo Estado,
não está sujeito ao prévio encerramento da persecutio criminis que venha a
ser instaurada perante órgão competente do Poder Judiciário. As sanções
penais e administrativas, qualificando-se como respostas autônomas do
Estado à prática de atos ilícitos cometidos pelos servidores públicos, não se
condicionam reciprocamente, tornando-se possível, em conseqüência, a
imposição da punição disciplinar, independentemente de prévia decisão da
instância penal”.3
Não se confunda este Poder com a possibilidade de o Estado punir seu
povo, tampouco com o exercício de sua capacidade regulatória das
atividades privadas. No primeiro caso, competente é o Poder Judiciário, se
houver cometimento de crimes ou contravenções. No segundo, em que é
exemplo a aplicação de multa pelo não atendimento de uma exigência
sanitária por uma lanchonete, haverá exercício do Poder de Polícia, por não
ser do âmbito interno da Administração Pública, visto a seguir.

5 PODER REGULAMENTAR

3
STF, MS 22.155/GO, relator Ministro Celso de Mello, publicação DJ 24/11/2006: As
decisões emanadas do Poder Judiciário não condicionam o pronunciamento censório da
Administração Pública nem lhe coarctam o exercício da competência disciplinar, exceto nos
casos em que o juiz vier a proclamar a inexistência de autoria ou a inocorrência material do
próprio fato, ou, ainda, a reconhecer a configuração de qualquer das causas de justificação
penal.

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A Constituição Federal confere aos chefes do Poder Executivo federal,


municipal e estadual competência para editar normas gerais e abstratas que
explicam a lei, complementando-a e dando sua correta aplicabilidade.
Como se sabe, a lei não pode descer a minúcias de explicar e esclarecer
toda sorte de situações por ela abrangidas. Assim, cabe ao Executivo essa
tarefa, clareando seu conteúdo, sem, contudo, exorbitar de seus
parâmetros.
Regulamentos, do tipo aqui explorado, são expedidos para dar a fiel
execução da lei (art. 84, IV4, CF/88), não podendo ser contrário a ela,
tampouco cuidar de assunto não tratado por ela. Não pode inovar, ou seja,
criar direitos, obrigações, sanções diversas das previstas na lei que
regulamenta, mesmo porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
algo, senão em virtude de lei (art. 5º, II, CF/88). Assim, cabe ao
regulamento apenas fixar normas para o cumprimento da lei.
Segundo prevê o Código Tributário Nacional, em seu art. 99, “o conteúdo e o
alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais
sejam expedidos, determinados com observância das regras de
interpretação estabelecidas nesta Lei”.
Caso o Poder Executivo exorbite do poder regulamentar, caberá ao
Congresso Nacional, no exercício da sua competência exclusiva, sustar os
atos normativos que se encontrem em tal situação (CF/88, art. 49, V).
São também chamados de decretos de execução, únicos possíveis a
partir da CF/88.
Outro importante tipo de decreto é o chamado autônomo, editados pelo
Executivo, inovando o Direito Positivo, ou seja, criando novas regras
diretamente advindas da Constituição. Por isso, são ditos atos primários,
independentes de qualquer lei. Sob a égide da ordem constitucional
anterior, o decreto autônomo era plenamente possível.
Com a promulgação, em 1988, da nossa nova Carta Política, foi banido,
pois, de acordo com o previsto em seu art. 84, IV, compete privativamente
ao Presidente da República, entre outras coisas, expedir decretos e
regulamentos para a fiel execução das leis.
O art. 25, ADCT, já estabeleceu que “ficam revogados, a partir de cento e
oitenta dias da promulgação da Constituição, sujeito este prazo a
prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem a
órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao
Congresso Nacional”. Assim, se cabe ao Congresso, mediante lei, não pode o
Executivo atuar.
Contudo, essa realidade mudou a partir da edição da Emenda Constitucional
nº 32, de 11/09/2001. De fato, alterou-se a redação do inciso VI do mesmo
art. 84. Agora, também é competente o Presidente da República para
dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da
Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos, e a extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos. (Ótima questão pra prova!!!!)

4
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IV – sancionar, promulgar e
fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.

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Inegavelmente, o decreto citado no art. 84, VI, da CF/88, é um ato


primário, baseado diretamente no texto constitucional, e independente de
qualquer lei.
E mais: o parágrafo único do artigo mencionado permite que o
Presidente da República delegue tais atribuições aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União,
que deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações.
Isto posto, nessas duas situações (e somente nessas duas) poderá o
Executivo editar decreto autônomo, como exceção à regra de edição de
apenas decretos de execução.
Acrescente-se que tais matérias passaram a ser de competência do
Executivo, afastando a possibilidade de o Legislativo delas tratar, tendo em
vista que a EC nº 32/2001 também alterou os incisos X e XI, do art. 48,
sobre as competências do Congresso Nacional. Assim ficou a nova redação:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente
da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49,
51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre: (...)
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública.
Ressalte-se que a criação de cargos, mediante decreto, afronta a norma
constitucional, já que constituem objeto próprio de lei de iniciativa
reservada do Chefe do Poder Executivo, nos termos do art. 61, § 1º, II, ‘a’,
da CF/885.
Para alguns, também se inclui nessa hipótese de decreto regulamentar
autônomo a possibilidade de fixar regras relativas ao meio ambiente,
conforme previsto no art. 225, CF.

5
ADI 3232/TO, ADI 3983/TO e ADI 3990/TO, relator Ministro Cezar Peluso, julgado em
14/08/2008, Informativo 515: Criação de Cargos Públicos e Reserva de Lei Formal. O
Tribunal julgou procedentes pedidos formulados em três ações diretas de
inconstitucionalidade conexas, ajuizadas pelo Procurador-Geral da República e pelo Partido
da Social Democracia Brasileira - PSDB, para declarar, com efeitos ex tunc, a
inconstitucionalidade dos artigos 5º, I, II, e III, e 7º, I e III, todos da Lei 1.124/2000, do
Estado do Tocantins, bem assim, por derivação, de todos os decretos do Governador do
referido Estado-membro que, com o propósito de regulamentar aquela norma, criaram
milhares de cargos públicos, fixando-lhes atribuições e remunerações. No mérito, entendeu-
se que a autorização conferida pelo art. 5º da lei em questão ao Chefe do Poder Executivo de
criar, mediante decreto, os cargos, afronta a norma constitucional emergente da conjugação
dos artigos 61, § 1º, II, a, e 84, VI, a, da CF. Asseverou-se que, nos termos do art. 61, § 1º,
II, a, da CF, a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e
autárquica ou aumento de sua remuneração constituem objeto próprio de lei de iniciativa
reservada do Chefe do Poder Executivo. Ressaltou-se, também, que a regra constitucional
superveniente inscrita no art. 84, VI, a, da CF, acrescida pela EC 32/2001, a qual autoriza o
Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da
administração federal, não retroagiria para convalidar inconstitucionalidade, estando,
ademais, sua incidência subordinada, de forma expressa, à condição de não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Por fim, aduziu-se que,
sendo inconstitucional a norma de lei que lhes daria fundamento de validez, inconstitucionais
também seriam todos os decretos.

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Se o Executivo se omite de exercer seu poder-dever de editar


regulamentos, será possível, por expressa previsão constitucional, o uso do
mandado de injunção, sempre que tal falta torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania, ou da ação de
inconstitucionalidade por omissão, quando haja omissão de medida
necessária para tornar efetiva norma constitucional.
Por outro lado, quando essa omissão inviabilizar o cumprimento da
legislação infraconstitucional, Hely Lopes Meirelles, citado por Maria Sylvia Z.
Di Pietro, entende que, “quando a própria lei fixa o prazo para sua
regulamentação, decorrido este sem a publicação do decreto regulamentar, os
destinatários da norma legislativa podem invocar utilmente os seus
preceitos e auferir todas as vantagens dela decorrentes, desde que possa
prescindir do regulamento, porque a omissão do Executivo não tem o
condão de invalidar os mandamentos legais do Legislativo”.
Absorva bem essas novas informações. A EC nº 32/2001 tem sido cobrada
com insistência nos últimos concursos.

6 PODER DE POLÍCIA

Uma série de direitos são garantidos à sociedade pela legislação. Contudo, o


exercício desses direitos não pode ser ilimitado, devendo haver regulação
do uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em atenção ao
benefício comum do povo.
Assim, disciplina-se o direito à livre manifestação do pensamento, à
propriedade, ao trânsito, ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, e tantos outros no nosso cotidiano.
É no exercício do Poder de Polícia que a Administração Pública limita,
disciplina, fiscaliza o cumprimento etc, sempre baseado no interesse
público, manifestando-se por meio de atos normativos e concretos,
tomando medidas tanto preventivas quanto repressivas. As regras devem
seguir os princípios da Administração, como, entre outros, legalidade,
razoabilidade e proporcionalidade. Além disso, através do poder de polícia,
se aplicam sanções pelo descumprimento das normas, mas sempre
obedecendo ao princípio da legalidade.6
Então, podemos dizer que é exercido em quatro fases, de acordo com a
seguinte ordem cronológica: fixação da regra, imposição aos administrados,
fiscalização quanto ao seu cumprimento e sanção, se inobservada.
A propósito do tema, cite-se a definição de Poder de Polícia inserida no
Código Tributário Nacional, em seu art. 78:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou

6
STJ, RMS 19.510/GO Ministro Teori Albino Zavascki, publicação DJ 03/08/2006: O
procedimento administrativo pelo qual se impõe multa, no exercício do Poder de Polícia, em
decorrência da infringência a norma de defesa do consumidor deve obediência ao princípio
da legalidade. É descabida, assim, a aplicação de sanção administrativa à conduta que não
está prevista como infração.

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liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em


razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de
polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
Então, numa tentativa de dar um conceito mais conciso, Poder de Polícia é a
faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar o uso, o
gozo e a disposição da propriedade ou liberdades, em prol da coletividade
ou do Estado. Como se percebe, caracteriza-se, fundamentalmente, como
uma obrigação de não-fazer. O exercício do Poder aqui estudado independe
de prévio recurso ao Judiciário para que se executem suas decisões no
âmbito administrativo, em face do atributo da auto-executoriedade, visto no
item 7.6 da próxima aula.
Seguindo a lição de Diógenes Gasparini7, são os seguintes os elementos
essenciais que caracterizam os atos de polícia (espécie do gênero ato
administrativo), sem os quais não haverá tal ato:
I – editado pela Administração Pública ou por quem lhe faça as vezes; II
– fundamento num vínculo geral;
III – interesse público e social;
IV – incidir sobre a propriedade ou sobre a liberdade.
Fundamenta-se na Supremacia do Estado, e tem como objeto os bens,
direitos e atividades que de alguma forma afetem ou possam afetar a
coletividade. Lembre-se: a finalidade é sempre atender e proteger o
interesse público.
No exercício desse Poder, podemos citar como exemplos8 a fixação e
fiscalização de normas sanitárias para funcionamento de um açougue ou
supermercado, limites de barulho produzido por casas noturnas, rodízio de
carros em grandes centros urbanos, verificação do cumprimento das
normas de prevenção de incêndios de novas construções, retenção da
mercadoria, até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta9
etc. Nesse contexto, temos as autorizações, que são expedidas pela
Administração discricionariamente, e as licenças, que são atos vinculados.

7
Direito Administrativo. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 121.
8
STF, ADI 2.751/RJ, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 08/09/2005: Lei
3.756/2002, do Estado do Rio de Janeiro, que autoriza o Poder Executivo a apreender e
desemplacar veículos de transporte coletivo de passageiros encontrados em situação
irregular: constitucionalidade, porque a norma legal insere-se no poder de polícia do Estado.
9
STF, ADI 395, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 31/08/2007, Informativo 467:
A retenção da mercadoria, até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta,
não constitui coação imposta em desrespeito ao princípio do devido processo legal tributário.
Ao garantir o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, o art. 5º, inc. XIII, da
Constituição da República não o faz de forma absoluta, pelo que a observância dos
recolhimentos tributários no desempenho dessas atividades impõe-se legal e legitimamente.

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Veja outro exemplo, previsto na Lei nº 11.516/2007, art. 1º, IV, a saber: Art.
1º Fica criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, autarquia federal dotada
de personalidade jurídica de direito público, autonomia
administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio
Ambiente, com a finalidade de: (...)
IV – exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das
unidades de conservação instituídas pela União.
Citem-se, ainda, as agências reguladoras e os Conselhos Profissionais, que,
como se viu na Aula 210, também exercem poder de polícia. Por suas
características, o exercício desse poder é privativo de autoridade
pública, como fica consignado nos trechos das decisões a seguir
transcritas:
Ninguém coloca em dúvida o objetivo maior das agências
reguladoras, no que ligado à proteção do consumidor, sob os
mais diversos aspectos negativos - ineficiência, domínio do
mercado, concentração econômica, concorrência desleal e
aumento arbitrário dos lucros. Hão de estar as decisões desses
órgãos imunes a aspectos políticos, devendo fazer-se presente,
sempre, o contorno técnico. É isso o exigível não só dos
respectivos dirigentes - detentores de mandato -, mas também
dos servidores - reguladores, analistas de suporte à regulação,
procuradores, técnicos em regulação e técnicos em suporte à
regulação - Anexo I da Lei nº 9.986/2000 - que, juntamente com
os primeiros, hão de corporificar o próprio Estado nesse mister da
mais alta importância, para a efetiva regulação dos serviços.
Prescindir, no caso, da ocupação de cargos públicos, com
os direitos e garantias a eles inerentes, é adotar
flexibilidade incompatível com a natureza dos serviços a
serem prestados, igualizando os servidores das agências a
prestadores de serviços subalternos, dos quais não se exige,
até mesmo, escolaridade maior, como são serventes, artífices,
mecanógrafos, entre outros. Atente-se para a espécie. Está-se
diante de atividade na qual o poder de fiscalização, o poder
de polícia fazem-se com envergadura ímpar, exigindo, por
isso mesmo, que aquele que a desempenhe sinta-se
seguro, atue sem receios outros, e isso pressupõe a
ocupação de cargo público, a estabilidade prevista no
artigo 41 da Constituição Federal. Aliás, o artigo 247 da Lei
Maior sinaliza a conclusão sobre a necessária adoção do regime
de cargo público relativamente aos servidores das agências
reguladoras. Refere-se o preceito àqueles que desenvolvam
atividades exclusivas de Estado, e a de fiscalização o é. Em suma,
não se coaduna com os objetivos precípuos das agências
reguladoras, verdadeiras autarquias, embora de caráter
especial, a flexibilidade inerente aos empregos públicos,
impondo-se a adoção da regra que é a revelada pelo
regime de cargo público, tal como ocorre em relação a outras

10
Item 5.4.1.1.

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atividades fiscalizadoras - fiscais do trabalho, de renda,


servidores do Banco Central, dos Tribunais de Conta, etc. 11
SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES
REGULAMENTADAS (Lei nº 9.649/98). É indelegável, a uma
entidade privada, a atividade típica de Estado, que abrange até
poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao
exercício de atividades profissionais regulamentadas.12
MULTA DE TRÂNSITO. AUTO DE INFRAÇÃO. LAVRATURA POR
AGENTE PÚBLICO. TRANSGRESSÃO. COMPROVAÇÃO POR MEIO
ELETRÔNICO. POSSIBILIDADE. Malgrado o processo
administrativo de autuação de infrações de trânsito exija a
lavratura do auto de infração por agente público
competente, a lei permite a comprovação da transgressão por
aparelhos eletrônicos, ou outros meios tecnológicos. Assim,
inexistem irregularidades na lavratura de autos pelo agente
público competente, quando são utilizadas informações obtidas
por meio de aparelhos eletrônicos.13
(grifou-se)
Importante frisar que Polícia Administrativa não se confunde com
Polícia Judiciária. A primeira, em geral, é preventiva e tem como objeto a
propriedade e a liberdade; a segunda, repressiva, e cuida de pessoas,
sujeitas às normas processuais penais.
Poder de Polícia é dos mais cobrados! Portanto, atenção especial a ele.

PARA GUARDAR

9 A Administração Pública faz uso de seus diversos poderes para que a


finalidade de interesse público seja atingida.
9 Para o exercício do Poder Vinculado, devem ser observados
todos os contornos traçados pela lei, que não deixa margem de
manobra à autoridade responsável. A lei estabelece todos os detalhes, como
deve ser feito, quando, por quem etc.
9 São elementos dos atos administrativos: competência, finalidade,
forma, motivo e objeto.
9 No exercício do Poder Vinculado, esses cinco requisitos são
previstos na lei e de observância obrigatória. Os três primeiros
(competência, finalidade e forma) são sempre vinculados, mesmo no
âmbito do Poder Discricionário.
9 No caso do Poder Discricionário, a lei também estabelece uma série
de regras para a prática de um ato, mas deixa certa dose de prerrogativas

11
STF, ADI 2.310, relator Ministro Carlos Velloso, decisão liminar, DJ 01/02/2001. Em face
da revogação expressa dos artigos impugnados (Lei nº 10.871/2004, art. 37), foi julgada
prejudicada a ação, pela perda do objeto (decisão publicada DJ 15/12/2004).
12
STF, ADI 1.717/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 28/03/2003.
13
STJ, REsp 771.864/DF, relator Ministro Carlos Fernando Mathias, publicação DJ
19/06/2008.

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à autoridade, que poderá optar por um entre vários caminhos


igualmente válidos. Se a lei deixa certo grau de liberdade, diz-se
que há discricionariedade.
9 Não existe poder discricionário absoluto, pois sempre a lei fixará
os limites de atuação.
9 Mérito administrativo = conveniência + oportunidade.
9 Não compete ao Judiciário a apreciação do mérito
administrativo. Porém, como exceção, o Judiciário pode rever
critérios de mérito, mas apenas dos seus próprios atos
administrativos, ou seja, quando atua em suas funções secundárias, não
jurisdicionais.
9 O Poder Hierárquico advém da estrutura hierarquizada da
Administração Pública, podendo o superior, com relação a seu subordinado:
dar ordens (que devem ser obedecidas, exceto quando manifestamente
ilegais); fiscalizar (verificação e acompanhamento das tarefas executadas
pelos subordinados); delegar (repasse de atribuições administrativas de
responsabilidade do superior para o subalterno); avocar (representa o
caminho contrário da delegação, é dizer, acontece a avocação quando o
superior atrai para si a tarefa de responsabilidade do subordinado); rever
(os atos de seus subordinados, enquanto não for tal ato definitivo,
mantendo-o ou modificando-o).
9 O Poder Disciplinar representa o poder-dever de a Administração
Pública punir seus servidores sempre que cometam faltas, apuradas
mediante sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar, ou o
particular submetido ao controle estatal, como no caso daquele que
descumpre contrato administrativo.
9 O Poder Regulamentar foi conferido pela Constituição Federal aos
chefes do Poder Executivo federal, municipal e estadual, cabendo-lhes
editar normas gerais e abstratas que, em complemento à lei, a
explicam, dando sua correta aplicabilidade. São também chamados de
decretos de execução.
9 A partir da edição da Emenda Constitucional nº 32, de 11/09/2001,
que alterou a redação do inciso VI do mesmo art. 84, também é
competente o Presidente da República para dispor, mediante decreto,
sobre a organização e funcionamento da Administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e a
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Esse é o chamado
decreto autônomo.
9 Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a Administração
Pública para condicionar o uso, o gozo e a disposição da propriedade ou
liberdades, em prol da coletividade ou do Estado.
9 Elementos essenciais que caracterizam os atos de polícia: editado
pela Administração Pública ou por quem lhe faça as vezes; fundamento num
vínculo geral; interesse público e social; incidir sobre a propriedade ou
sobre a liberdade.

A seguir, uma série de exercícios...

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Boa sorte.

EXERCÍCIOS

1 - (ESAF/89) Poder vinculado é aquele que o direito:


a) atribui ao Poder Público para aplicar penalidades às infrações funcionais
de seus servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e
serviços da Administração
b) confere ao Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus
órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação
de subordinação entre os servidores de seu quadro de pessoal
c) confere à Administração Pública de modo explícito ou implícito, para a
prática de atos administrativos, com liberdade na escolha de sua
conveniência, oportunidade e conteúdo
d) positivo confere à Administração Pública para a prática de ato de sua
competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua
formação
e) incumbe às autoridades administrativas para explicitar a lei na sua
correta execução ou expedir decretos autônomos sobre matéria de sua
competência, ainda não disciplinada por lei

2 - (ESAF/91) Quando determinada lei autoriza a Administração Pública a


praticar atos, estabelecendo as condições de sua formalização, confere
poder
a) de polícia
b) vinculado
c) discricionário
d) disciplinar
e) regulamentar

3 - (ESAF/AGU/98) A atividade da Administração Pública que, limitando ou


disciplinando direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a prática
de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público, nos limites da
lei e com observância do devido processo legal, constitui mais propriamente o
exercício do poder
(a) de domínio
(b) de polícia
(c) disciplinar
(d) hierárquico
(e) regulamentar

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4 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU/99) A atividade negativa que


sempre impõe uma abstenção ao administrado, constituindo-se em
obrigação de não fazer, caracteriza o poder
(a) discricionário
(b) disciplinar
(c) normativo
(d) de polícia
(e) hierárquico

5 – (ESAF/PROCURADOR DO BACEN/2002) Conforme a doutrina, o poder de


polícia administrativa não incide sobre:
a) direitos
b) atividades
c) bens
d) pessoas
e) liberdades

6 - (ESAF/CONTADOR RECIFE/2003) Assinale, entre os tipos de poder de


polícia abaixo, aquele de natureza exclusivamente municipal:
a) ambiental
b) de vigilância sanitária
c) de trânsito
d) de posturas
e) trabalhista

7 - (JUIZ/TRT 17/2003) Analise as proposições abaixo concernentes ao


poder de polícia:
I - o poder de polícia é atividade administrativa, podendo ser vinculada ou
discricionária;
II - o poder de polícia é a faculdade que se reconhece à Administração de
condicionar e restringir o uso, o gozo e a disposição da propriedade e o
exercício da liberdade dos administrados no interesse público ou social;
III - o poder de polícia exige que o Poder Público utilize sempre,
previamente, a via judicial cominatória para executar decisões de
policiamento administrativo;
IV - a manifestação da atribuição de polícia se dá por atos normativos e
concretos.
V - a atribuição de polícia administrativa também compreende os atos de
fiscalização.
Marque a opção correta:
a) só uma proposição é certa;

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b) só duas proposições são certas;


c) só três proposições são certas;
d) só quatro proposições são certas;
e) todas proposições são certas.

8 - (JUIZ/TRT 9/2003) Considere as seguintes proposições:


I - À atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade,
ajustando-as aos interesses coletivos denomina-se poder regulamentar.
II - No exercício do poder disciplinar a Administração Pública pode impor
sanções a particulares não sujeitos à disciplina interna administrativa.
III - As autorizações, atos típicos da polícia administrava, são expedidas
pela Administração Pública no uso competência exercitável
discricionariamente, enquanto as licenças são atos vinculados.
IV - Sendo atributo do poder de policia a auto-executoriedade, pode a
Administração Pública, em todas as medidas por ela adotadas, pôr em
execução as suas decisões, com os próprios meios, sem precisar recorrer
previamente ao Poder Judiciário e sem se submeter ao controle deste.
Assinale a alternativa correta:
(a) Todas as proposições estão erradas.
(b) Apenas uma proposição está correta.
(c) Apenas duas proposições estão corretas.
(d) Apenas três proposições estão corretas.
(e) Todas as proposições estão corretas.

9 - (ESAF/AUDITOR/TCE-PR/2003) A recente Emenda Constitucional nº 32,


de 2001, à Constituição Federal, autorizou o Presidente da República,
mediante Decreto, a dispor sobre:
a) criação ou extinção de órgãos públicos.
b) extinção de cargos públicos, quando ocupados por servidores não-
estáveis.
c) funcionamento da administração federal, mesmo quando implicar
aumento de despesa.
d) fixação de remuneração de quadros de pessoal da Administração Direta.
e) extinção de funções públicas, quando vagas.

10 - (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) O princípio da legalidade, conjugado


com o poder discricionário, permite afirmar que a autoridade administrativa
municipal
a) só pode fazer o que a lei determina, conforme nela previsto.
b) só pode fazer o que a lei determina, no tempo nela previsto.
c) pode fazer o que a lei permite, quando for conveniente e oportuno.

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d) deve fazer o que a lei autoriza, do modo nela estipulado.


e) só deve fazer o que a lei autoriza no tempo nela estipulado.

11 - (ESAF/TRF/2002) Os poderes vinculados e discricionários se opõem


entre si, quanto à liberdade da autoridade na prática de determinado ato,
os hierárquico e disciplinar se equivalem, com relação ao público interno da
Administração a que se destinam, enquanto os de polícia e regulamentar
podem se opor e/ou equiparar, em cada caso, quer no tocante a seus
destinatários (público interno e/ou externo) como no atinente à liberdade
na sua formulação (em tese tais atos tanto podem conter aspectos
vinculados e discricionários, como podem se dirigir a público interno e/ou
externo da Administração).
a) Correta a assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque o poder de polícia é sempre e
necessariamente vinculado, só se dirigindo a público externo.
c) Incorreta a assertiva, porque o poder regulamentar é sempre e
necessariamente discricionário, só se dirigindo a público interno.
d) Incorreta a assertiva, porque o poder de polícia é sempre e
necessariamente discricionário, só se dirigindo a público interno.
e) Incorreta a assertiva, porque o poder regulamentar é sempre e
necessariamente vinculado, só se dirigindo a público externo.

12 – (ESAF/AFRF/2003) Indique a opção que preenche corretamente as


lacunas, consideradas as pertinentes disposições do Código Tributário
Nacional.
Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado ______ nos limites da
lei aplicável, com observância ______ e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como ______ sem abuso ou desvio de poder.
a) pelo Poder Público/ das disposições regulamentares aplicáveis/ contrária
aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública/ das normas administrativas aplicáveis/
perigosa
c) pelo órgão competente/ de procedimentos administrativos/ vinculada
d) somente por órgão de segurança pública/ do devido processo legal/
atentatória a direitos fundamentais
e) pelo órgão competente/ do processo legal/ discricionária

13 - (ESAF/AFRF/2003) – Tratando-se do poder de polícia, sabe-se que


podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade
da medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela
extensão da medida ser maior que a necessária para a obtenção dos
resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se
observar, especialmente, o seguinte princípio:

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a) Legalidade
b) Finalidade
c) Proporcionalidade
d) Moralidade
e) Contraditório

14 - (ESAF/Analista MPU/2004) Quanto aos poderes administrativos,


assinale a afirmativa falsa.
a) A esfera discricionária nos regulamentos de organização é maior do que
aquela nos regulamentos normativos.
b) O poder disciplinar pode alcançar particulares, desde que vinculados ao
Poder Público mediante contratos.
c) No âmbito do poder hierárquico, insere-se a faculdade de revogar-se atos
de órgãos inferiores, considerados inconvenientes, de ofício ou por
provocação.
d) A regra quanto à avocação de competências determina a sua
possibilidade, desde que a competência a ser avocada não seja privativa do
órgão subordinado.
e) O poder de polícia administrativa pode se dar em diversas gradações,
finalizando, em todas as situações, com a auto-executoriedade, pela qual o
administrado é materialmente compelido a cumprir a determinação
administrativa.

15 - (ESAF/Analista MPU/2004) Com referência à discricionariedade,


assinale a afirmativa verdadeira.
a) A discricionariedade manifesta-se, exclusivamente, quando a lei
expressamente confere à administração competência para decidir em face
de uma situação concreta.
b) O poder discricionário pode ocorrer em qualquer elemento do ato
administrativo.
c) É possível o controle judicial da discricionariedade administrativa,
respeitados os limites que são assegurados pela lei à atuação da
administração.
d) O princípio da razoabilidade é o único meio para se verificar a
extensão da discricionariedade no caso concreto.
e) Pela moderna doutrina de direito administrativo, afirma-se que, no
âmbito dos denominados conceitos jurídicos indeterminados, sempre ocorre a
discricionariedade administrativa.

16 - (ESAF/Analista MPU/2004) Os poderes vinculado e discricionário,


simultaneamente, podem ser exercidos pela autoridade administrativa, na
prática de um determinado ato, ressalvado que esse último se restringe à
conveniência e oportunidade, bem como quanto

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a) ao conteúdo.
b) à forma.
c) à finalidade.
d) à competência.
e) ao modo.

17 - (ESAF/AFTE-RN/2005) A autoridade administrativa, que no exercício da


sua competência funcional, cassa a autorização dada a um administrado, a
qual era necessária, para legitimar determinada atividade por ele
desempenhada, pratica ato compreendido, especificamente, nos seus
poderes discricionários, hierárquico e de polícia. Está incorreta esta
assertiva, porque
a) a cassação de autorização é ato necessariamente vinculado.
b) a prática de ato dessa natureza não condiz, propriamente, com o
exercício do poder hierárquico.
c) a prática de ato dessa natureza não condiz, com o exercício do poder
discrionário.
d) a prática de ato dessa natureza não condiz, com o exercício do poder de
polícia.
e) a prática de ato dessa natureza não condiz, com o exercício dos poderes
discricionários e de polícia.

18 - (ADV-IRB/ESAF/2004) O poder de polícia administrativa tem o seu


conceito legal na legislação tributária em razão de seu exercício ser o
fundamento para a cobrança da seguinte modalidade de tributo:
a) taxa
b) tarifa
c) imposto
d) contribuição de melhoria
e) contribuição de intervenção no domínio econômico

19 - (ESAF/GEFAZ-MG/2005) Com relação ao poder de polícia, assinale a


opção incorreta.
a) Não se pode falar em utilização de poder de polícia pela Administração
indireta.
b) Como regra, tal poder será discricionário.
c) O meio de ação que concretize a atuação do poder de polícia encontra
limites no princípio da proporcionalidade.
d) Nem sempre as ações atinentes ao poder de polícia serão auto-
executáveis.
e) O poder de polícia não abrange apenas medidas repressivas.

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20 - (ESAF/GEFAZ-MG/2005) No que tange aos poderes administrativos,


assinale a opção correta.
a) Em face do poder hierárquico, um órgão consultivo que integre a
estrutura do Poder Executivo, por exemplo, deve exarar manifestação que
se harmonize como entendimento dado à matéria pelo chefe de tal Poder.
b) Por sua natureza, a Secretaria de Receita Estadual não tem poder de
polícia, que é característico da Secretaria de Segurança do Estado.
c) Uma vez que o Direito não admite lacunas legislativas, e a Administração
Pública deve sempre buscar atender o interesse público, o poder
regulamentar, como regra, autoriza que o Poder Executivo discipline as
matérias que ainda não foram objeto de lei.
d) Em vista da grande esfera de atuação do Poder Executivo, o poder
regulamentar se distribui entre diferentes autoridades que compõem tal
poder, que expedem portarias e instruções normativas, conforme a área de
especialização técnica de cada qual.
e) Nem sempre as medidas punitivas aplicadas pela Administração Pública a
particulares terão fundamento no poder disciplinar.

21 - (AFC-CGU/ESAF/2004) O mérito administrativo, na atuação do


administrador público, cujo controle jurisdicional sofre restrições, condiz em
particular com o exercício regular do seu poder
a) disciplinar
b) hierárquico
c) de polícia
d) discricionário
e) vinculado

22 - (AFC-CGU/ESAF/2004) Uma determinada autoridade administrativa, de


um certo setor de fiscalização do Estado, ao verificar que o seu subordinado
havia sido tolerante com o administrado incurso em infração regulamentar,
da sua área de atuação funcional, resolveu avocar o caso e agravar a
penalidade aplicada, no uso da sua competência legal, tem este seu
procedimento enquadrado no regular exercício dos seus poderes
a) disciplinar e vinculado
b) discricionário e regulamentar
c) hierárquico e de polícia
d) regulamentar e discricionário
e) vinculado e discricionário

23 - (TFE-AM/NCE-UFRJ/2005) Sobre os poderes da Administração Pública, é


INCORRETO afirmar que:
(A) os atos administrativos relativos ao poder de polícia têm como
característica a auto-executoriedade;

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(B) o poder regulamentar será exercido pelo chefe do Poder Executivo ao


expedir decretos explicando o conteúdo das leis;
(C) o Estado pode instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia;
(D) o poder hierárquico permite a uma autoridade rever os atos praticados
por seus subordinados tanto no aspecto de mérito quanto no aspecto de
legalidade;
(E) o poder disciplinar permite que o chefe do Poder Executivo, se houver
previsão na lei, aplique punições aos servidores de todos os poderes.

24 - (TATE-AM/NCE-UFRJ/2005) O poder atribuído ao Estado de condicionar e


limitar o exercício de direitos relativos à liberdade e à propriedade em
nome do interesse público denomina-se:
(A) poder regulamentar;
(B) poder hierárquico;
(C) poder de polícia;
(D) poder vinculado;
(E) poder discricionário.

25 – (JUIZ SUBSTITUTO/TJ-RN/2002) De acordo com a Constituição


Federal, configura hipótese de atuação do poder normativo do Poder
Executivo, por decreto, independentemente de lei, a
a) criação de Ministérios.
b) extinção de cargos públicos vagos.
c) criação de cargos públicos.
d) fixação dos efetivos das Forças Armadas.
e) definição da organização administrativa dos Territórios.

26 – (AFC-CGU/ESAF/2006) Sobre o Poder Executivo, julgue:


Compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a
criação ou extinção de órgãos públicos, desde que não implique aumento de
despesa.

27 – (ACE-TCU/ESAF/2006) Sobre Poder Executivo, julgue:


O Presidente da República pode criar, por decreto, órgão público, desde que
essa criação não implique aumento de despesa.

28 – (AFC-CGU/ESAF/2006) Assinale, entre as hipóteses abaixo, aquela que


corresponde à competência legislativa do Congresso Nacional, prevista na
Constituição Federal, sobre a organização administrativa do Poder
Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.

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b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.


c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.
d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da
Administração Pública.
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e
Indireta.

29 – (AFC-CGU/ESAF/2006) Por decorrência do poder hierárquico da


Administração Pública, surge o instituto da delegação de competências.
Assinale, entre as atividades abaixo, aquela que não pode ser delegada.
a) Matéria de competência concorrente de órgão ou entidade.
b) Edição de atos de nomeação de servidores.
c) Decisão de recursos administrativos.
d) Homologação de processo licitatório.
e) Aplicação de pena disciplinar a servidor.

30 – (AFC-CGU/ESAF/2006) Tratando-se do poder de polícia administrativa,


assinale a afirmativa falsa.
a) O ato de polícia administrativa provém privativamente de autoridade
pública.
b) Caracteriza-se, fundamentalmente, como uma obrigação de não-fazer.
c) Assim como a polícia judiciária, a polícia administrativa também pode ser
repressiva.
d) Decorre de uma limitação aos direitos de cada cidadão.
e) Distingue-se da servidão administrativa, por não se caracterizar como
um dever de suportar.

31 – (ADV-IRB/ESAF/2006) Considerando que o poder de polícia pode


incidir em duas áreas de atuação estatal, a administrativa e a judiciária,
relacione cada área de atuação com a respectiva característica e aponte a
ordem correta.
(1) Polícia Administrativa
(2) Polícia Judiciária
( ) Atua sobre bens, direitos ou atividades.
( ) Pune infratores da lei penal.
( ) É privativa de corporações especializadas.
( ) Atua preventiva ou repressivamente na área do ilícito administrativo.
( ) Sua atuação incide apenas sobre as pessoas.
a) 1/2/2/1/2
b) 2/1/2/1/2

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c) 2/2/2/1/1
d) 1/2/1/1/2
e) 1/2/2/2/1

32 – (Analista-MPOG/ESAF/2006) Incluem-se entre os denominados


poderes administrativos, o poder
a) de controle jurisdicional dos atos administrativos.
b) de representação decorrente de mandato.
c) de veto do Presidente da República.
d) hierárquico no âmbito da Administração Pública.
e) legislativo exercido pelo Congresso Nacional.

33 – (Agente-SUSEP/ESAF/2006) O poder de que dispõe a autoridade


administrativa, para distribuir e escalonar funções de seu órgão público,
estabelecendo uma relação de subordinação, com os servidores sob sua
chefia, chama-se poder
a) de polícia.
b) disciplinar.
c) discricionário.
d) hierárquico.
e) regulamentar.

34 - (Analista Jurídico-CE/ESAF/2007) O Poder de Polícia é exercido em


quatro fases que consistem no ciclo de polícia, correspondendo a quatro
modos de atuação. Assinale a opção que contenha a ordem cronológica
correta do ciclo de polícia.
a) Sanção/fiscalização/ordem/consentimento de polícia.
b) Ordem/consentimento/sanção/fiscalização de polícia.
c) Fiscalização/sanção/consentimento/ordem de polícia.
d) Consentimento/ordem/fiscalização/sanção de polícia.
e) Ordem/consentimento/fiscalização/sanção de polícia.

35 – (FCC/Analista/TRF4/2007) Em tema de Poderes Administrativos,


considere:
I. O poder discricionário é sempre relativo e parcial, porque, quanto à
competência, à forma e à finalidade do auto, a autoridade está subordinada
ao que a lei dispõe, como para qualquer ato vinculado.
II. A punição decorrente do poder disciplinar da administração e a
criminal têm fundamentos idênticos, com também idênticas a natureza das
penas, pois a diferença não é de substância, mas de grau.
III. O poder regulamentar é a faculdade de que dispõe os chefes de

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executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir


decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não
disciplinada por lei.
IV. Poder hierárquico é o que dispõe o Executivo para distribuir e
escalonar funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus
agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoal.
V. O ato administrativo decorrente do poder de polícia não fica sujeito a
invalidação pelo Poder Judiciário, sujeitando-se apenas a revisão pela
própria administração, em razão da sua autonomia, ainda que praticado
com desvio de poder.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III, IV e V.
(B) I e II.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, IV e V.

36 – (ESAF/AFC-CGU/2008) Decorrente da presença do poder hierárquico


na Administração, afigura-se a questão da competência administrativa e sua
delegação. Sobre o tema é correto afirmar, exceto:
a) a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
b) um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial.
c) a edição de ato de caráter normativo não pode ser objeto de delegação.
d) a decisão de recursos administrativos pode ser objeto de delegação.
e) o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio
oficial.

37 – (CESPE/TJDFT/ANALISTA ADM/2008) O estado X editou uma lei que


determina única e exclusivamente às distribuidoras de combustível a
responsabilidade pela instalação de lacres em tanques de combustíveis dos
postos de revenda, ficando elas sujeitas a multa, em caso de
descumprimento da determinação legal. O governador do estado, por meio
de decreto estadual, responsabilizou também os postos revendedores pela
não-instalação dos lacres nos respectivos tanques de combustível, sob pena
de aplicação de multa.
Em relação à situação hipotética acima, julgue os itens que se seguem.

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I Na situação narrada, o governador extrapolou do poder regulamentar,


visto que fixou, por decreto, uma responsabilidade não-prevista na referida
lei.
II A edição do decreto observou fielmente os limites impostos ao Poder
Executivo de editar atos normativos.
III Na hipótese em questão, o decreto é um ato primário do Poder Executivo e
tem caráter interno.

38 - (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUD/2008) Acerca do poder de polícia, julgue


os itens que se seguem.
I No exercício do poder de polícia, a administração pública está autorizada a
tomar medidas preventivas e não apenas repressivas.
II Do objeto do poder de polícia exige-se tão-somente a licitude. A
discussão acerca da proporcionalidade do ato de poder de polícia é matéria
que escapa à apreciação de sua legalidade.
III Programa de restrição ao trânsito de veículos automotores, em esquema
conhecido como rodízio de carros, é ato que se insere na conceituação de
poder de polícia, visto ser uma atividade realizada pelo Estado com vistas a
coibir ou limitar o exercício dos direitos individuais em prol do interesse
público.

39 – (ESAF/AFTM-Natal/2008) Marque a opção incorreta, quanto aos


Poderes Administrativos.
a) O poder regulamentar ou normativo é uma das formas pelas quais se
expressa a função normativa do Poder Executivo.
b) A Administração Pública, no uso do Poder disciplinar, apura infrações e
aplica penalidades não só aos servidores públicos como às demais pessoas
sujeitas à disciplina administrativa.
c) A Administração Pública não pode, ao fazer uso do Poder de Polícia,
restringir os direitos individuais dos cidadãos, sob pena de infringir a
Constituição Federal.
d) A organização administrativa é baseada em dois pressupostos
fundamentais: a distribuição de competências e a hierarquia.
e) O Poder de Polícia tanto pode ser discricionário como vinculado.

40 – (CESPE/TST/ANALISTA ADM/2008) Julgue:


I O presidente da República pode, por meio de decreto presidencial,
transferir para um órgão da Presidência determinada competência atribuída
ao Ministério do Trabalho.

41 – (CESPE/STF/TÉCNICO/2008) Quanto ao poder hierárquico na


administração pública, julgue os itens que se seguem.

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I O funcionamento racional da estrutura administrativa pressupõe uma


configuração interna embasada em relações que assegurem coordenação
entre as diversas unidades que desenvolvem a atividade administrativa.
II O poder de direção das entidades políticas se manifesta pela capacidade
de orientar as esferas administrativas inferiores, o que se faz por meio de
atos concretos ou normativos de caráter vinculante.
III Devido ao sistema hierarquizado da administração pública, torna-se
possível a esta distribuir a legitimidade democrática do governo a todas as
esferas administrativas.
IV No exercício do poder hierárquico, os agentes públicos têm competência
para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar competência e
fiscalizar.

42 – (CESPE/STF/TÉCNICO/2008) João, inspetor do trabalho, servidor do


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fiscalizou a empresa Beta e, após
detectar diversas irregularidades, lavrou auto de infração, fixando multa.
Tendo como referência a situação hipotética apresentada, julgue:
I O ato praticado por João constitui típico ato derivado do poder disciplinar
da administração pública.

43 - (CESPE/ABIN/2008) Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos


itens.
I - Não há que se confundir a discricionariedade do administrador em
decidir com base nos critérios de conveniência e oportunidade com os
chamados conceitos indeterminados, os quais carecem de valoração por
parte do intérprete diante de conceitos flexíveis. Dessa forma, a
discricionariedade não pressupõe a existência de conceitos jurídicos
indeterminados, assim como a valoração desses conceitos não é uma
atividade discricionária, sendo passível, portanto, de controle judicial.
II - O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que
exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser anulado na sua
integralidade pelo Congresso Nacional.
III - Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder
concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido
normas reguladoras impostas pelo poder concedente.
IV - O poder de polícia do Estado pode ser delegado a particulares.

44 - (CESPE/OAB/2008.2) No que se refere aos poderes dos


administradores públicos, assinale a opção correta.
A No exercício do poder regulamentar, a administração não pode criar
direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, devendo limitar-se a
estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida.
B O poder de polícia somente pode ser exercido de maneira discricionária.

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C O poder disciplinar caracteriza-se pela discricionariedade, podendo a


administração escolher entre punir e não punir a falta praticada pelo
servidor.
D Uma autarquia ou uma empresa pública estadual está ligada a um
estado-membro por uma relação de subordinação decorrente da hierarquia.

45 – (VUNESP/JUIZ-TJSP/2008) O poder conferido à autoridade superior


para julgar o auto de infração e alterar o valor da multa aplicada decorre da
(A) estrutura hierárquica da Administração, que permite ao superior
alterar e revogar os atos praticados pelos subordinados.
(B) autonomia funcional conferida aos órgãos integrantes da
Administração Direta, relativamente a seus superiores hierárquicos.
(C) possibilidade de a Administração reconhecer a nulidade de seus
próprios atos, quando eivados de ilegalidade.
(D) independência legalmente conferida aos órgãos julgadores
administrativos, semelhante à das autoridades judiciárias, por força do
princípio do juiz natural.

GABARITO COMENTADO

1. D – aplicar penalidades = Poder Disciplinar; distribuir e escalonar as


funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes,
estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores de seu quadro
de pessoal = Poder Hierárquico; prática de atos administrativos com
liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo = Poder
Discricionário; explicitar a lei na sua correta execução = Poder
Regulamentar.
2. B – estabelecendo as condições de sua formalização = Poder Vinculado.
3. B – limitando ou disciplinando direitos = Poder de Polícia, segundo a
clássica definição do Código Tributário Nacional, em seu art. 78.
4. D – idem, essa é parte da definição do Poder de Polícia.
5. D – o poder de polícia, como se vê do art. 78, CTN, incide sobre
segurança, higiene, ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado,
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, tranqüilidade pública ou respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Noutros termos, sobre
direitos, atividades, bens e/ou liberdades.
6. D – dentre essas alternativas, temos 4 que são de interesse de todos ou
da União, enquanto que apenas uma é exclusivamente de interesse local,
nos seguintes termos constitucionais: Art. 30. Compete aos Municípios: I –
legislar sobre assuntos de interesse local (...). As regras relativas a
posturas dizem respeito ao conjunto de leis, normas e regulamentos de
um município, como a forma como se darão as construções nele localizadas,
área máxima construída, altura dos prédios, localização dentro da cidade
etc, ou seja, regras comumente presentes no plano diretor (art. 182, § 1º,

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CF/88). Por outro lado, a CF/88 contém as seguintes previsões: art. 23. É
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios: (...) VI – proteger o meio ambiente (...). Art. 198. (...) § 1º.
O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (...) Art. 200. Ao
sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei: (...) II – executar as ações de vigilância sanitária (...).Art. 22.
Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XI – trânsito (...).Art.
21. Compete à União: (...) XXIV – organizar, manter e executar a inspeção
do trabalho (...). Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I
– direito (...) do trabalho.
7. D (I, II, IV, V) – o poder de polícia pode ser vinculado (p. ex. licenças),
ou discricionário (p. ex. autorizações); para o exercício do poder de polícia
não se que exige o Poder Público utilize sempre, previamente, a via judicial
cominatória para executar decisões de policiamento administrativo, com
base do atributo da auto executoriedade, visto na aula 4; a manifestação da
atribuição de polícia se dá por atos normativos, como regra que limita
horário de atendimento de estabelecimentos comerciais, e concretos, como a
concessão de uma licença a um cidadão.
8. B (III) – à atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade,
ajustando-as aos interesses coletivos denomina-se poder de polícia; no
exercício do poder disciplinar a Administração Pública não pode impor
sanções a particulares não sujeitos à disciplina interna administrativa; as
autorizações, atos típicos da polícia administrava, são expedidas pela
Administração Pública no uso competência exercitável discricionariamente,
enquanto as licenças são atos vinculados; sendo atributo do poder de
policia a auto executoriedade, pode a Administração Pública, em algumas
medidas por ela adotadas, pôr em execução as suas decisões, com os
próprios meios, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário, mas
se submetendo ao controle deste, se provocado.
9. E – nos precisos termos da CF/88, art. 84: compete privativamente ao
Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: (...) b)
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
10. C – através do princípio da legalidade, a autoridade administrativa pode
fazer o que a lei permite, e, através do poder discricionário, o que for
conveniente e oportuno.
11. A – o poder de polícia pode ser vinculado ou discricionário, se dirigindo
ao público externo ou interno.
12. E – para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo
legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária sem
abuso ou desvio de poder.
13. C – intensidade + extensão da medida = proporcionalidade entre meios e
fins.
14. E – o poder de polícia administrativa pode se dar em diversas
gradações, finalizando, em algumas situações, com a auto executoriedade,

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pela qual o administrado é materialmente compelido a cumprir a


determinação administrativa. Haverá esse atributo nos atos em que haja
previsão legal ou urgência na medida.
15. C – a discricionariedade não existe apenas quando a lei expressamente a
prevê, podendo estar tacitamente presente, como no caso de fixação do
horário de atendimento ao público na repartição. O poder discricionário
somente pode ocorrer nos elementos motivo e objeto. É possível o controle
judicial da discricionariedade administrativa, sempre que a autoridade
ultrapassar os limites fixados pela lei, como fixar 100 dias de suspensão a
um servidor federal, quando a Lei nº 8.112/90, art. 130, fixa um limite de
90 dias. O princípio da razoabilidade é um dos meios para se verificar a
extensão da discricionariedade no caso concreto, podendo haver incidência
de outros princípios, como o da legalidade, seguindo o mesmo exemplo
retro. Não é porque há um conceito jurídico indeterminado, que sempre
ocorrerá a discricionariedade administrativa. O "conceito jurídico
indeterminado" não pode ser enquadrado como fonte necessária do poder
discricionário, ainda que este não esteja sujeito a um controle judicial
pleno, por ser inviável ao Poder Judiciário declarar a inteira correção ou o
total equívoco do comportamento administrativo. Quando provocado para
apreciar um ato administrativo dotado de mérito, o órgão jurisdicional
revisará o juízo de legalidade empregado pelo administrador, somente
apreciando o seu juízo de oportunidade quando imprescindível para a
verificação de sua compatibilidade para com a ordem jurídica, ou seja,
verificação da adequação do ato à lei. Antes de praticar um ato qualquer,
cabe ao administrador a interpretação da lei, trazendo à realidade concreta o
que era um conceito jurídico indeterminado, como se vê nas expressões:
relevância, urgência, utilidade pública, grave comoção. Assim, interpretação e
discricionariedade são noções distintas, sendo que, necessariamente, uma
segue a outra, mas em momentos diversos.
16. A – nos atos vinculados, tem-se como sempre presentes a previsão
legal relativa à forma ou ao modo, à finalidade e à competência. Por outro
lado, o conteúdo, ou objeto, pode ser parte da discricionariedade do ato.
17. B – autorização = poder discricionário e de polícia. Poder hierárquico =
interno, relação de coordenação e subordinação entre órgão/servidores.
18. A – segundo a CF/88, art. 145, a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) II – taxas, em
razão do exercício do poder de polícia (...).
19. A – perfeitamente possível a utilização de poder de polícia pela
Administração indireta, como no caso das agências reguladoras, que são
autarquias.
20. E – mesmo em face do poder hierárquico, um órgão consultivo que
integre a estrutura do Poder Executivo, não precisa exarar manifestação
que se harmonize como entendimento dado à matéria pelo chefe de tal
Poder, sendo independente dele e podendo ter conclusão contrária; a
Secretaria de Receita Estadual tem poder de polícia, que não se confunde
com poder da polícia; o exercício do poder regulamentar pressupõe a
existência indispensável de uma lei a ser regulamentada, sem o que haverá
nítida exorbitância de tal poder; tal poder é de competência do chefe do
executivo.

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21. D – mérito administrativo = poder discricionário = conveniência e


oportunidade.
22. C – avocação = poder hierárquico; penalidade aplicada ao administrado
= poder de polícia.
23. E – o poder disciplinar permite que a autoridade de cada Poder aplique
punições aos servidores vinculados ao mesmo Poder.
24. C – poder de polícia, nos termos do art. 78, CTN.
25. B – nos precisos termos da CF/88, art. 84: compete privativamente ao
Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: (...) b)
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
26. E – CF/88, art. 84, VI, ‘a’.
27. E – CF/88, art. 84, VI, ‘a’.
28. B – CF/88, EC nº 32/2001, art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a
sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos
arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre: XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da
administração pública. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de
funções ou cargos públicos, quando vagos; (...) Art. 88. A lei disporá sobre a
criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
29. C – Lei nº 9.784/99: art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I – a
edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos
administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.
30. D - O ato de polícia administrativa provém privativamente de
autoridade pública: ADI 1.717-DF, DJ 28/03/2003. Caracteriza-se,
fundamentalmente, como uma obrigação de não-fazer: art. 78, CTN. A
polícia administrativa também pode ser repressiva, p. ex., impondo multas.
Enquanto a servidão administrativa caracteriza-se por ser um dever de
suportar, o poder de polícia caracteriza-se por ser, em geral, uma obrigação
de não-fazer. É a Polícia Judiciária que cuida de pessoas, limitando seus
direitos.
31. A – Polícia Administrativa: atua sobre bens, direitos ou atividades; atua
preventiva ou repressivamente na área do ilícito administrativo. Polícia
Judiciária: pune infratores da lei penal; é privativa de corporações
especializadas; sua atuação incide apenas sobre as pessoas.
32. D – um dos poderes administrativos é o poder hierárquico.
33. D – distribuir e escalonar funções, estabelecer uma relação de
subordinação, com os servidores sob sua chefia = poder hierárquico.
34. E – é exercido em quatro fases, de acordo com a seguinte ordem
cronológica: fixação da regra, imposição aos administrados, fiscalização
quanto ao seu cumprimento e sanção, se inobservada.
35. C – competência, forma e finalidade são sempre elementos vinculados
do ato. Uma punição administrativa restringe o exercício de um direito pelo

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administrado, impondo-lhe uma obrigação de fazer, não fazer ou dar, ou,


em outras palavras, limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade. Por
outro lado, a sanção criminal, baseada no Código Penal e demais leis
penais, importa numa limitação à liberdade do agente. Polícia
Administrativa não se confunde com Polícia Judiciária. A primeira, em geral, é
preventiva e tem como objeto a propriedade e a liberdade; a segunda,
repressiva, e cuida de pessoas, sujeitas às normas processuais penais. O
ato administrativo decorrente do poder de polícia fica sujeito a invalidação
pelo Poder Judiciário, bem como sujeita-se à revisão pela própria
administração.
36. D – Lei nº 9.784/99: art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I – a
edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos
administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.
37. CEE – CF/88, art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução. Não é um ato
primário, pois estes são baseados diretamente no texto constitucional, e
gera efeitos externos à Administração.
38. CEC – As regras devem seguir os princípios da Administração, como,
entre outros, legalidade, razoabilidade e proporcionalidade.
39. C – CTN, art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade...
40. C – CF/88, art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.
41. CCCC – Através do Poder hierárquico, decorrem as seguintes
faculdades: I – dar ordens; II – fiscalizar; III – delegar; IV – avocar; V –
rever; VI – editar atos normativos.
42. E – constitui típico ato derivado do poder de polícia.
43. CECE – O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte
que exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser sustado na sua
integralidade pelo Congresso Nacional (CF/88, art. 49, V). O poder de
polícia do Estado não pode ser delegado a particulares (ADI 1.717/DF, DJ
28/03/2003).
44. A – O poder de polícia pode ser exercido tanto de maneira discricionária
quanto vinculada, a depender do caso concreto. Em havendo comprovação
da falta praticada e sua autoria, a punição é de ser aplicada, de forma
vinculada. Entre uma autarquia ou uma empresa pública estadual e o
respectivo estado-membro há vinculação, e não subordinação.
45. A – Através do Poder hierárquico, decorrem as seguintes faculdades: I –
dar ordens; II – fiscalizar; III – delegar; IV – avocar; V – rever; VI – editar
atos normativos.

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