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Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS


TERRITÓRIOS

Órgão 1ª Turma Cível

Processo N. AGRAVO DE INSTRUMENTO 0736620-32.2022.8.07.0000

AGRAVANTE(S) RAIZEN S.A.

MANOEL FERNANDES DOS SANTOS FILHO,SIDNEY DIAS DE ARAUJO


AGRAVADO(S)
SOARES e ROTA SUL COMERCIO DERIVADOS PETROLEO LTDA
Relator Desembargador CARLOS PIRES SOARES NETO

Acórdão Nº 1663706

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS


À EXECUÇÃO. NULIDADE DE CITAÇÃO. ATIVOS FINANCEIROS CONSTRITOS.
LIBERAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DO “PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF”.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO REFORMADA.

1. A controvérsia recursal consiste em apreciar o pedido de reforma da r. decisão agravada que


reconheceu a nulidade de citação de um dos executados e determinou a liberação dos ativos financeiros
constritos.

2. Embora a citação seja pressuposto de validade do processo, os vícios dela decorrentes são passíveis
de serem sanados, garantindo-se à parte prejudicada o pleno exercício do contraditório e da ampla
defesa, uma vez que, a partir do reconhecimento desse vício, é conferido à parte prejudicada a
reabertura do prazo para apresentação de resposta. 2.1. Lado outro, o ordenamento jurídico pátrio
adotou, como regra, o Princípio do “Pas de Nullité Sans Grief”, segundo o qual não se declarará a
nulidade do ato, caso não se demonstre que, dessa nulidade, ocorreu algum prejuízo.

3. No caso em apreço, o aparente prejuízo suportado pelo executado devido à penhora de valores da
sua conta corrente pode ser afastado quando do julgamento definitivo dos embargos à execução, sem a
necessidade de se declarar a nulidade dos atos que se seguiram à citação, dado que nos embargos à
execução é lícito ao executado alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em
processo de conhecimento, inclusive a inexigibilidade da obrigação, conforme disposto no artigo 917
do Código de Processo Civil.

4. Logrando êxito o executado em comprovar, em sede de embargos à execução, que a obrigação não
seria exigível ou mesmo que há excesso de cobrança ou ainda que há fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do exequente, declarar-se-ia extinta e/ou inexistente a obrigação, e,
consequentemente, a quantia penhorada seria liberada. 4.1. Com efeito, não se justifica, portanto, a
liberação dos valores penhorados, quando o prejuízo decorrente da nulidade de citação pode ser
extirpado quando do julgamento dos embargos à execução, evitando-se, dessa forma, a protelação da
efetiva entrega da tutela jurisdicional, o que deve ser de interesse ou ao menos se supõe ser de interesse
de todos aqueles que atuam no processo.

5. Agravo de instrumento conhecido e provido, para reformar a r. decisão agravada a fim de obstar o
desbloqueio dos valores penhorados até o julgamento definitivo do mérito dos embargos à execução nº
0734307-95.2022.8.07.0001.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito


Federal e dos Territórios, CARLOS PIRES SOARES NETO - Relator, TEÓFILO CAETANO - 1º
Vogal e RÔMULO DE ARAÚJO MENDES - 2º Vogal, sob a Presidência do Senhor Desembargador
RÔMULO DE ARAÚJO MENDES, em proferir a seguinte decisão: CONHECER DO RECURSO E
DAR-LHE PROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento e notas
taquigráficas.

Brasília (DF), 16 de Fevereiro de 2023

Desembargador CARLOS PIRES SOARES NETO


Relator

RELATÓRIO

Cuida-se agravo de instrumento, com pedido de concessão de efeito suspensivo, interposto pela
exequente, RAIZEN S.A., contra a r. decisão interlocutória proferida pelo d. Juízo da 3ª Vara de
Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, que, na ação de execução nº
0703844-10.2021.8.07.0001 ajuizada em face de MANOEL FERNANDES DOS SANTOS FILHO e
OUTROS, reconheceu a nulidade de citação do executado MANOEL FERNANDES DOS SANTOS
FILHO e determinou a liberação dos ativos financeiros constritos, no valor de R$ 6.497,39.

Em suas razões recursais (ID 40787736), a agravante defende, em síntese, “toda a matéria de defesa do
executado/agravado se restringe aos embargos à execução opostos, inclusive com produção de prova,
não sendo razoável que alegação de nulidade de citação seja apreciada já no feito executivo, sob pena
de se esvaziar a impugnação da agravante.”.

Sustenta que a liberação dos valores constritos representará um enorme prejuízo.

Alega que “a liberação dos valores constritos somente poderia ocorrer na eventualidade da
procedência dos pedidos vertidos nos embargos à execução, implicando, com o devido respeito, em
“error in procedendo” a liberação dos sobreditos valores penhorados”.

Afirma que estão presentes os requisitos necessários para atribuição de efeito suspensivo ao recurso.
Requer, em sede de liminar, a suspensão dos efeitos da r. decisão agravada“a fim de que se impeça a
liberação dos valores bloqueados na conta do agravado MANOEL FERNANDES, até o julgamento
final deste recurso” e, no mérito, o provimento do recurso e a reforma da r. decisão agravada para que
o valor penhora seja liberado somente após o trânsito em julgado dos embargos à execução.

Preparo recolhido (ID 40787737 e 40787738).

A medida liminar foi deferida (ID 40906940).

Sem contrarrazões (certidões, ID 41827186, 41825847 e 41823028).

É o relatório.

VOTOS

O Senhor Desembargador CARLOS PIRES SOARES NETO - Relator

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conhece-se do agravo de instrumento.

A controvérsia recursal consiste em apreciar o pedido de reforma da r. decisão agravada que


reconheceu a nulidade de citação do executado MANOEL FERNANDES DOS SANTOS FILHO e
determinou a liberação dos ativos financeiros constritos, no valor de R$ 6.497,39, nos seguintes
termos (ID 138961814 do processo referência):

Trata-se de pedido de reconhecimento da nulidade da citação do executado Manoel Fernandes dos


Santos filho, acostado na petição de ID136420181.

Alega que consta nos autos AR assinado por pessoa diversa do executado. Que embora o CPC
reconhece como válido o recebimento de correspondência pelo responsável da portaria do edifício,
conforme art. 284, §4º, do CPC, o recebimento da citação pelo porteiro do condomínio edilício, gera
apenas presunção relativa (juris tantum) da realização da citação.

Intimada, a parte exequente não refutou os argumentos nestes autos, preferindo se manifestar nos
embargos à execução opostos pelo executado, ID138507584.

É o relatório. Decido.

Verifico que, na diligência de ID126981031, efetuada no dia 30/05/2022, o executado referido foi
citado no endereço Rua Professor Rabelo, 1904, APT 1101, Edifício Solar Paradiso, Candelária,
Natal/RN.

O contrato de locação juntado pelo executado no ID136420187 consta o mesmo endereço descrito
acima, tendo sido assinado na data de 01/12/2021.

É indubitável que a carta de citação recebida pelo porteiro de condomínio edilício é válida, todavia,
a hipótese dos autos comporta peculiaridades que levam a conclusão diversa.

No caso concreto, verifica-se que o imóvel localizado no condomínio edilício estava alugado à época
em que diligência de citação foi efetuada. O porteiro, no caso, empregado/preposto do demandante,
recebeu a respectiva correspondência sem ressalvas. De acordo com a parte final do §4º do art. 248
do CPC, a portaria do edifício deveria ter recusado a citação, por saber que a parte ré não residia no
local, o que importa em consequente nulidade da citação.

Ante o exposto, reconheço a nulidade da citação de Manoel Fernandes dos Santos filho de
ID126981031 e determino a liberação dos ativos financeiros constritos no ID135577342, no valor
de R$ 6.497,39, após a preclusão desta decisão.

Aguarde-se o prazo 3 (três) dias para pagamento voluntário da dívida e, após, prossiga-se nos termos
do item 1.9 da decisão de ID103513610 (atos constritivos), em relação a todos os executados. (…).
(Grifos do original).

A agravante defende, em síntese, “toda a matéria de defesa do executado/agravado se restringe aos


embargos à execução opostos, inclusive com produção de prova, não sendo razoável que alegação de
nulidade de citação seja apreciada já no feito executivo, sob pena de se esvaziar a impugnação da
agravante.”.

Sustenta que a liberação dos valores constritos representará um enorme prejuízo.

Alega que “a liberação dos valores constritos somente poderia ocorrer na eventualidade da
procedência dos pedidos vertidos nos embargos à execução, implicando, com o devido respeito, em
“error in procedendo” a liberação dos sobreditos valores penhorados”.

Com razão.

De início, não se vislumbra motivos para alterar o entendimento anteriormente lançado, de modo que
se reitera os argumentos apreciados na fundamentada decisão de ID 40906940 (artigos 93, IX, da
Constituição Federal e 11 do Código de Processo Civil) que apreciou o pedido de concessão de efeito
suspensivo, na qual fora deferido o pedido por restarem presentes os requisitos exigidos pelo artigo
995 do Código de Processo Civil.

Ademais, não houve nenhuma alteração do quadro fático bem como não foram apresentados novos
elementos de convicção aptos a alterar o raciocínio desenvolvido no exame do recurso.

Dito isso, como se sabe, a nulidade de citação é matéria de ordem pública, de modo a
oportunizar sua análise a qualquer tempo e grau de jurisdição.

Nesse sentido, dispõe o artigo 803, II, do Código de Processo Civil[1] que é nula a execução
quando o executado não for regularmente citado, devendo o d. Juízo pronunciá-la de ofício ou a
requerimento da parte, independentemente da oposição de embargos à execução, nos termos do
parágrafo único do mesmo dispositivo legal.

O artigo 239 do Código de Processo Civil[2] estabelece que para a validade do processo é
indispensável a citação dos executados, ora agravados, sendo que o comparecimento espontâneo
destes supre essa falta ou a nulidade da citação.

Observa-se que, muito embora a citação seja pressuposto de validade do processo, os vícios dela
decorrentes são passíveis de serem sanados, garantindo-se à parte prejudicada o pleno exercício
do contraditório e da ampla defesa, uma vez que, a partir do reconhecimento desse vício, é
conferido à parte prejudicada a reabertura do prazo para apresentação de resposta.

Lado outro, impende mencionar que o ordenamento jurídico pátrio adotou, como regra, o
Princípio do “Pas de Nullité Sans Grief”, segundo o qual não se declarará a nulidade do ato, caso
não se demonstre que, dessa nulidade, ocorreu algum prejuízo. Nessa perspectiva, o artigo 282,
§ 1º, do Código de Processo Civil estabelece que “o ato não se repetirá nem sua falta será suprida
quando não prejudicar a parte”.

A propósito:

PROCESSO CIVIL. INVENTÁRIO E PARTILHA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO


DAS PARTES. NULIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. PRINCÍPIO DO PAS
DE NULLITÉ SANS GRIEF. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS EM TRAMITAÇÃO.
SOBREPARTILHA. DECISÃO MANTIDA. 1. Sem a demonstração de efetivo prejuízo causado à
parte não se declara a nulidade dos atos intimatórios no processo civil, na melhor aplicação do
dogma fundamental da disciplina das nulidades pas nullité sans grief. (…) 3. Agravo de
Instrumento conhecido e não provido. Agravo Interno prejudicado. Unânime. (Acórdão 1623167,
07129783020228070000, Relator: FÁTIMA RAFAEL, 3ª Turma Cível, data de julgamento:
5/10/2022, publicado no DJE: 18/10/2022. Pág.: Sem Página Cadastrada.) (Grifos nossos);

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CITAÇÃO. ERRO


FORMAL. PAS DE NULLITE SANS GRIEF. NULIDADE SEM PREJUÍZO. NOMEAÇÃO DE
CURADORA. MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (…) 2. A Jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça é firme em aplicar o Princípio pas de nullité sans grief, de modo que
não havendo prejuízo à parte, não há de se falar em nulidade. (…) 3. Agravo de Instrumento
conhecido e não provido. (Acórdão 1611429, 07179686420228070000, Relator: EUSTÁQUIO DE
CASTRO, 8ª Turma Cível, data de julgamento: 30/8/2022, publicado no DJE: 12/9/2022. Pág.: Sem
Página Cadastrada.) (Grifos nossos);

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. NULIDADE DE CITAÇÃO.


PESSOA JURÍDICA. AVISO DE RECEBIMENTO. ENDEREÇO CORRETO. TERCEIRO.
TEORIA DA APARÊNCIA. PUBLICAÇÃO DE ATOS PROCESSUAIS SEM INTIMAÇÃO DOS
ADVOGADOS CONSTITUÍDOS PELA DEVEDORA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. PAS DE NULLITÉ
SANS GRIEF. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (…) 3. A nulidade de atos processuais
somente pode ser concebida diante da efetiva constatação de prejuízo em desfavor da parte que a
suscita, nos termos do princípio pas de nullité sans grief.(…) 6. Agravo de instrumento conhecido e
desprovido. (Acórdão 1610498, 07183141520228070000, Relator: ALVARO CIARLINI, 2ª Turma
Cível, data de julgamento: 24/8/2022, publicado no DJE: 6/9/2022. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
(Grifos nossos).

No caso em apreço, o aparente prejuízo suportado pelo executado MANOEL FERNANDES


DOS SANTOS FILHO devido à penhora de valores da sua conta corrente pode ser afastado
quando do julgamento definitivo dos embargos à execução, sem a necessidade de se declarar a
nulidade dos atos que se seguiram à citação, dado que nos embargos à execução é lícito ao
executado alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de
conhecimento, inclusive a inexigibilidade da obrigação, conforme disposto no artigo 917 do CPC
[3].

Dessa forma, logrando êxito o executado em comprovar, em sede de embargos à execução, que a
obrigação não seria exigível ou mesmo que há excesso de cobrança ou ainda que há fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do exequente, declarar-se-ia extinta e/ou
inexistente a obrigação, e, consequentemente, a quantia penhorada seria liberada.
Com efeito, não se justifica, portanto, a liberação dos valores penhorados, quando o prejuízo
decorrente da nulidade de citação pode ser extirpado quando do julgamento dos embargos à
execução, evitando-se, dessa forma, a protelação da efetiva entrega da tutela jurisdicional, o que
deve ser de interesse ou ao menos se supõe ser de interesse de todos aqueles que atuam no
processo.

Ademais, reconhecida a nulidade da citação, o defeito deve ser tido por sanado em razão do
comparecimento espontâneo do executado MANOEL FERNANDES DOS SANTOS FILHO,
que inclusive informa à oposição dos embargos à execução nº 0734307-95.2022.8.07.0001 com
preliminar de nulidade de citação, cujo um dos pedidos é de desbloqueio de todos os seus ativos
financeiros (ID 136420181 do processo referência).

Acrescente-se, também, que, tendo por base o vício da citação, deve ser facultado à parte requerida o
prazo, para que, caso queira, apresente manifestação, na qual lhe será lícito apresentar como defesa
toda a matéria apta a embasar contestação, consoante artigo 373, II, do CPC[4].

Nessa ordem de ideias, entende-se que os valores bloqueados não devem ser liberados enquanto
não ocorrer o julgamento definitivo do mérito dos embargos à execução opostos pelo executado
MANOEL FERNANDES DOS SANTOS FILHO. Isso porque a declaração de nulidade da
citação, por si só, não impede que o valor bloqueado permaneça como garantia do Juízo.

Assim, a r. decisão agravada deve ser reformada.

Ante o exposto, conhece-se do agravo de instrumento e DÁ-LHE PROVIMENTO, para reformar a r.


decisão agravada a fim de obstar o desbloqueio dos valores penhorados até o julgamento definitivo do
mérito dos embargos à execução nº 0734307-95.2022.8.07.0001.

É como voto.

[1]Art. 803. É nula a execução se:

I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;

II - o executado não for regularmente citado;

III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.

Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.

[2]Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação,


fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.

[3]Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

II - penhora incorreta ou avaliação errônea;

III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;


IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;

V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.

[4]Art. 373. O ônus da prova incumbe: II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.

O Senhor Desembargador TEÓFILO CAETANO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador RÔMULO DE ARAÚJO MENDES - 2º Vogal
Com o relator

DECISÃO

CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME

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