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PRODUTOS ORTOPÉDICOS – Convênio ICMS 126/2010


1. Introdução

2. Tributação em relação ao ICMS

3. Condições para Isenção do ICMS

4. Simples Nacional

5. Implantes e Próteses Médico-Hospitalares para Hospitais ou Clínicas

6. Perguntas Frequentes

7. Fundamentação Legal

1. Introdução
Neste material, será abordada a tributação do ICMS em relação aos produtos ortopédicos
relacionados no Convênio ICMS N° 126/2010.

2. Tributação em relação ao ICMS


Os produtos ortopédicos relacionados no Convênio ICMS nº 126/2010 serão isentos do ICMS nas
operações de saídas internas e interestaduais quando o vendedor for empresa do regime normal de
recolhimento.

3. Condições para Isenção do ICMS


a) A NCM e a descrição devem estar na relação indicada no Convênio ICMS 126/2010:

Ficam isentas do ICMS as operações com as mercadorias indicadas no Convênio ICMS 126/10:
Descrição: Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM:
I - Barra de apoio para portador de de�ciência física NCM: 7615.20.00
II- Cadeira de rodas e outros veículos para inválidos, mesmo a) Sem mecanismo de propulsão: NCM: 8713.10.00;
com motor ou outro mecanismo de propulsão: b) Outros: NCM: 8713.90.00;
III - Partes e acessórios destinados exclusivamente a
aplicação em cadeiras de rodas ou em outros veículos para NCM: 8714.20.00;
inválidos

a) Próteses articulares: 1. femurais, NCM:9021.31.10;             

IV - Próteses articulares e outros aparelhos de ortopedia ou 2. mioelétricas, NCM: 9021.31.20; 3. outras: NCM: 9021.31.90.
para fraturas:
b) Outros: 1. artigos e aparelhos ortopédicos, NCM:
9021.10.10;   2. artigos e 3. aparelhos para fraturas, NCM:
9021.10.20;

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c) Partes e acessórios: 1. de artigos e aparelhos de ortopedia,


articulados, NCM: 9021.10.91;                 2. outros,
NCM:9021.10.99;
V - Partes de próteses modulares que substituem membros
NCM: 9021.39.91;
superiores ou inferiores:
VI - Outras partes e acessórios: NCM: 9021.39.99;
VII - Aparelhos para facilitar a audição dos surdos, exceto as
NCM: 9021.40.00;
partes e acessórios:
IX - Implantes cocleares: NCM: 9021.90.19.

b) Emissão da Nota fiscal Eletrônica

A Nota Fiscal deve indicar a isenção na forma do Convênio ICMS 126/10.

O CST deve ser o respectivo para isenção: _40 (Isenta).

4. Simples Nacional
O Estado, tem competência para, com relação as empresas optantes pelo Simples Nacional de
conceder isenção ou redução do ICMS e estabelecer valores fixos para recolhimento do ICMS
(Resolução CGSN n° 140/2018, art. 31). No entanto, a SEFAZ Ceará não concedeu estes benefícios
para os estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional.

Dito isto, no âmbito do Estado do Ceará sendo o vendedor do Simples Nacional, na forma da Lei
Complementar 123/06, dentro do PGDAS-D, para efeito de ICMS, será tributada na faixa em que se
encontra, ou seja, não considera a isenção.

5. Implantes e Próteses Médico-Hospitalares para Hospitais ou Clínicas


Fica instituído regime especial na remessa interna e interestadual de produtos médico-hospitalares,
exceto medicamentos, relacionados a implantes e próteses médico-hospitalares, para utilização em
ato cirúrgico por hospitais ou clínicas, na forma do Ajuste SINIEF 11/14

As mercadorias a que se refere o Ajuste SINIEF 11/14 deverão ser armazenadas pelos hospitais ou
clínicas em local preparado especialmente para este fim, segregadas dos demais produtos médicos,
em condições que possibilite sua imediata conferência pela fiscalização.

Fique Ligado!

As administrações tributárias poderão solicitar, a qualquer tempo, listagem de estoque das


mercadorias armazenadas de que trata Ajuste SINIEF 11/14, em cada hospital ou clínica.

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5.1 Documento Fiscal

A empresa remetente deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica – NF-e e imprimir o respectivo Documento
Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE para acobertar o trânsito das mercadorias. A Nota
Fiscal deverá, além dos demais requisitos exigidos:

• Ser emitida com o destaque do imposto, se houver;


• Conter como natureza da operação “Simples Remessa”;
• Constar a observação no campo Informações Complementares: “Procedimento autorizado
pelo Ajuste SINIEF 11/14”.

A utilização do implante ou prótese em ato cirúrgico, pelo hospital ou clínica, deve ser informada à
empresa remetente que emitirá, dentro do período de apuração do imposto:

• NF-e de entrada, referente a devolução simbólica, contendo os dados do material utilizado


pelo hospital ou clínica, com o respectivo destaque do ICMS, se houver;

• NF-e de faturamento que deverá, além dos demais requisitos exigidos na legislação
tributária:

a) ser emitida com o destaque do imposto, se houver;

b) indicar no campo Informações Complementares a observação “Procedimento


autorizado pelo Ajuste SINIEF 11/14”;

c) indicar o número da chave de acesso da NF-e de “Simples Remessa “no campo “chave
de acesso da NF-e referenciada”.

5.2 Remessa em Comodato – ativo imobilizado

Na hipótese de remessa de instrumental, vinculado a aplicação dos implantes e próteses a que se


refere este ajuste, que pertença ao ativo fixo da empresa remetente, para utilização pelo
destinatário, a título de comodato, deverá ser emitida NF-e que, além dos demais requisitos
exigidos, conterá:

• como natureza da operação “Remessa de bem por conta de contrato de comodato”;

• a descrição do material remetido;

• número de referência do fabricante (cadastro do produto);

• a quantidade remetida, o valor unitário e o valor total;

• CFOP:5.908 ou 6.908

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• CST: _ 41 (Não Tributada).

A adoção da “Remessa de bem por conta de contrato de comodato” é condicionada à prévia


celebração de contrato de comodato entre a empresa remetente e o hospital ou clínica
destinatários.

Para saber mais sobre Comodato, clique aqui!

Na NF-e de devolução do instrumental (bem do ativo imobilizado) deverá constar o número da NF-e
de “Remessa de bem por conta de contrato de comodato” no campo “chave de acesso da NF-e
referenciada”.

6. Perguntas Frequentes
1) Todos os artigos e aparelhos ortopédicos possuem a concessão da isenção conforme o
Convênio ICMS 126/2010?

Não, ficam isentas do ICMS as operações com as mercadorias relacionadas no Convênio IMC
126/2010 e deve ser consideradas as respectivas classificações da Nomenclatura Comum do
Mercosul – NCM elencadas no referido Convênio, em sua cláusula primeira.

2) Uma empresa do Regime Normal, estabelecida no Estado do Ceará (participante do


decreto 31.270/2013), compra uma cinta (produto ortopédico) NCM 9021-1010 de fora do
Estado. Diante disto, qual vai ser o tratamento do ICMS quando da entrada da mercadoria?

Quando se tratar de artigos e aparelhos ortopédicos dessa NCM 9021.10.10, será ISENTO de
ICMS nos termos do Convênio ICMS 126/2010. Logo, não será cobrado o ICMS na entrada
interestadual.

3) Uma empresa optante pelo Simples Nacional, está vendendo um produto ortopédico
com NCM 7615.20.00 - barra de apoio para portador de deficiência física, que está
relacionado com o benefício da isenção, conforme o Convênio ICMS n° 126/2010. Neste
caso, o estabelecimento vai se beneficiar da isenção na operação de venda (saída)?

Não. As empresas optantes pelo Simples Nacional no Estado do Ceará, não possuem o benefício da
isenção.

Portanto, na saída deste produto com NCM 7615.20.00 - barra de apoio para portador de deficiência
física – será tributado dentro do PGDAS na faixa em que se encontra a empresa do SN, conforme a
Lei Complementar 123/06.

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7. Fundamentação Legal
Ajuste SINIEF 11/2014 - Dispõe sobre a concessão de regime especial na remessa interna e
interestadual de implantes e próteses médico-hospitalares para hospitais ou clínicas.

Convênio ICMS 126/2010 - Concede isenção do ICMS às operações com artigos e aparelhos
ortopédicos e para fraturas e outros que especifica.

Lei Complementar 123/2006 - Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de


Pequeno Porte.

Resolução CGSN n° 140/2018 - Dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de


Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples
Nacional).

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