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O MODELO ROMANO: das Magistraturas

republicanas ao poder do Imperador


A Feição Republicana do Império

Senado Comícios Magistraturas


Assembleia permanente
- -Assembleias -Altos cargos eleitos
composta pelos cidadãos representativas por um ano:
mais prestigiados do povo -Pretores (justiça)
romano
-Cônsules(chefia do
-Controlado pelo exercito e governo)
imperador; -Elegem os
magistrados -Edis (fiscalização)
-Administra as províncias;
-Aprovação das -Questores (Finanças)
-Valida as leis aprovadas leis
pelos comícios Censores(Recenseame
nto)
-Controla o Tesouro;
-Tribunos da plebe

Octávio César Augusto


-Surge num período de crise política (perseguições, guerras
civis) no século I a.c.
-Era bom general e político habilidoso e soube aproveitar o
prestígio de Júlio Cesar (seu tio e pai adotivo). Eliminou os seus
rivais e ganhou a admiração do seu povo e do Senado.

-Mantém as instituições tradicionais da República, mas


esvazia-as de poder.

-Acumula uma série de poderes, mas que lhe são atribuídos


constitucionalmente por estas instituições.
O PODER IMPERIAL
Octávio César Augusto, em 27 a.c. acumulou várias
magistraturas com o consentimento das antigas instituições
e assim reuniu, habilmente, vários poderes:

1-Poder político:
-Exerce e controla as magistraturas
-Preside ao Senado
-Emite as leis

2-Poder militar:
-Tem o comando supremo do exército;
-Poder de decisão da guerra e da paz;
-Controla/comanda as províncias e as legiões romanas

3-Poder religioso.
É o Pontífice Máximo(supremo sacerdote):
-fixa o calendário,
-recruta e demite sacerdotes,
-consulta os auspícios (previsões do futuro),
-preside às cerimónias religiosas
-promove as construções de templos e santuários,
-decide as transformações religiosas e a direção moral do
império.

4-Poder Judicial:
-Revê todos os processos, modifica e invalida sentenças-
Os Novos Órgãos do Poder (criados por Octávio)
Conselho Imperial:
-Composto por 15 Senadores e alguns magistrados;

-Órgão deliberativo, preparava as decisões a propor ao


Senado que teriam força de lei;

-Centro do governo e administração imperial.

Corpo de Funcionários:
-Paralelos às antigas magistraturas, mas na dependência do
imperador.
-Guarda pretoriana, generais dos exércitos, governadores das
províncias, altos funcionários.

CULTO A ROMA E AO IMPERADOR


1-Octávio aceitou dos senadores o título de Augusto,
título divino reservado a certos deuses como Júpiter e
que designava aqueles que eram criadores de algo de
novo e melhor;

2-Os romanos acreditavam que, em determinados


momentos, os seus chefes tinham o apoio dos deuses e
cumpriam uma missão divina, pelo que estavam
dispostos a aceitar a divinização dos seus chefes;
3-Octávio autorizou apenas a adoração do seu génio,
espírito protector especial;

4-Promoveu, contudo, a divinização das virtudes


imperiais, dos benefícios que o seu governo trouxera a
Roma: Vitória Augusta, Paz Augusta, Justiça Augusta,
Liberdade Augusta,…;

5-A estas divindades veio juntar-se a deusa Roma,


representação do povo romano, predestinado para
dominar o mundo sob o signo da Paz e Justiça;

6-Aquando da sua morte, em 14 a.c., o Senado,


declarou-o DEUS e assegurou o seu culto.

Conclusão: O culto a Roma e ao Imperador constituiu


elemento de união política em todo o Império .

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