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Bizu para a prova!!! Prova 15 Questões, sendo 10 fechadas e 5 abertas.

Questões fechadas:

1.BENS PÚBLICOS

https://www.youtube.com/watch?v=JKi2SwEjLCI

Art. 98 CC.

São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito interno: União; Estados;


Municípios; Autarquias; e fundações.

Exemplos: Escola Municipal, um Prédio Federal, Escola Estadual e etc.

Se não pertence a nenhuma destas pessoas jurídicas de direito interno, logo não é um
bem público e sim privado.

Conforme o art. 99 existem três tipos de bens públicos, sendo eles bens de uso
comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais.

Onde respectivamente os bens de uso comum do povo são os rios, mares,


estradas, ruas e praças ou seja são aqueles que podem ser utilizados pela população ou pelo
povo, sendo de forma remunerada ou gratuita conforme o art 103 CC a exemplo os pedágios.;
os de uso especial, são, os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Ex:
Biblioteca pública, o hospital, prefeitura e etc, ou seja são aqueles que se destinam à
execução de um serviço público; já os bens dominicais, são aqueles bens que não são de uso
comum do povo e nem de uso especial, são os bens que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas, ou seja, não é utilizado pelo povo e nem tem finalidade pública, a exemplo um
terreno baldio, fazendas pertencentes ao Estado, imóveis desocupados e etc.

Segundo o art 100 do CC, os bens públicos de uso comum e os de uso


especial, são inalienáveis, enquanto no art 101 CC diz que os bens públicos dominicais são
alienaveis.

Desafetação o que é? Quando os bens são inalienáveis e o estado,


município, união e autarquia, precisa vendê-lo ou transferir o domínio, é necessário a
desafetação, transferindo a utilidade de um bem público, seja de uso comum do povo ou os de
direito especial, para um bens dominical, assim tornando-o alienável e passível de
transferência.

Segundo o art 102 CC, os Bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
2.BENS MÓVEIS

https://www.youtube.com/watch?v=e4SgadcM8W0

IMÓVEIS: são os bens que, ensina Clóvis, “se não podem transportar, sem
destruição, de um lugar para outro lugar: são imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar
natural ou artificialmente”.

MÓVEIS: Segundo o ART. 82 do CC, consideram-se bens móveis os bens suscetíveis


de movimento próprio ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da
destinação econômico-social.

Na classe dos bens móveis existe a seguinte classificação: Móveis por natureza,
móveis para efeitos legais e bens móveis por antecipação.

Móveis por natureza:

Os bens móveis suscetíveis de movimento próprio ou Semoventes (aquele que


anda ou se move por si) – são suscetíveis de movimento próprio (ex: animais em geral)

Os bens móveis de remoção por força alheia são aqueles que podem ser
movidos por força alheia sem alteração de sua substância (mesa, cadeira, automóvel,
motocicleta, bicicleta, que são aqueles que admitem remoção por força alheia, sem danos,
como os objetos inanimados, como moedas, objetos de uso etc)

Móveis para efeitos legais:

ART. 83 do CC:

Consideram-se móveis para efeitos legais:

I – as energias que tenham valor econômico;

II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações


correspondentes;

III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas


ações.

No inciso I temos as energias que tenham valor econômico, sendo certo que o
Código Penal – ART. 155, § 3º, tanto a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico (como a térmica, a nuclear, a eólica, radiativa, solar, a sonora) equipara-se a coisa
móvel; Assim, um escritor poderá ceder seus direitos autorais sem outorga uxória;
No inciso II temos como móveis os direitos reais sobre objetos móveis e as
ações correspondentes, nesse caso compreendidas a propriedade e os semoventes e as ações
correspondentes.

No inciso III temos os direitos pessoais de caráter patrimonial – direitos


obrigacionais ou de crédito, citando como exemplo o mencionado pela Professora Maria
Helena Diniz: “um escritor poderá ceder seus direitos autorais sem autorização da esposa”;

Móveis por antecipação:

São bens incorporados ao solo, mas com a intenção de separá-los


oportunamente e convertê-los em móveis, como as árvores destinadas ao corte e os frutos
ainda não colhidos,são aqueles que por vontade humana podem ser mobilizados, atendendo
sua finalidade econômica. Estes são bens aderentes a imóveis que depois de separados
atendem a finalidade a que se destinam se tornam bens imóveis. Exemplo: frutas, lenhas.
Pode-se ainda ser incluído nessa categoria os imóveis que, por seu tempo de uso, são
vendidos para fins de demolição.

Observações:

1) Navio e avião são bens móveis? Para efeito de hipoteca (garantia), são
considerados imóveis (por ficção, por serem bens de grande valor econômico), mas não
deixam de ser bens móveis. E um robô? A melhor doutrina considera bem móvel por
natureza, pois só pode ser movido por força (comando) humana;

2) O gás, por ter corporalidade e a corrente elétrica, embora esta não tenha, é
considerado bens móveis;

3) Os navios e aeronaves são bens móveis; e

4) ART. 84 do CC que “os materiais destinados a alguma construção, enquanto


não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os
provenientes da demolição de algum prédio”.

Diferenças entre bens móveis e imóveis:

1) Os bens móveis são adquiridos, em regra, por simples tradição,


enquanto que os imóveis dependem de escritura pública e registro do
RGI;
2) A propriedade imóvel pode ser adquirida também pela acessão, pela
usucapião e pelo direito hereditário; a imobiliária pela usucapião,
ocupação, achado de tesouro, especificação, confusão, comistão e
adjunção;
3.DOMICÍLIO

https://www.youtube.com/watch?v=2Id5ewMOPCE&list=PLdarqF3CDzWGI_Pi
8XHGJwxOSPuikoQ9Y&index=28&t=160s

Domicílio da pessoa natural

Domicílio é o lugar onde a pessoa, de modo definitivo, estabelece sua residência e o centro
principal de sua atividade. É, em última análise, a sede jurídica da pessoa, onde ele se
presume presente para efeitos de direito e onde pratica habitualmente seus atos negociais.
Assim, a importância na fixação do domicílio está diretamente relacionada à possibilidade de
localização da pessoa com a finalidade de lhe poder exigir o cumprimento de suas
obrigações.

O Domicílio, conforme definição dada pelo Código Civil, pode ser o local onde a pessoa
estabelece sua residência definitiva, ou local onde a pessoa exerce suas atividades
profissionais.

Residência é um dos elementos que compõem o conceito de domicílio, já que representa um


estado de fato, onde a pessoa se instala com sua família. Vale anotar que nada obsta que as
pessoas tenham diversas residências, onde viva alternadamente e, neste caso, qualquer uma
delas pode ser considerada como domicílio - ART. 72 do CC

Morada, é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada ocasionalmente, em que a ocupação
da moradia se dê de forma ocasional, esporádica, como a estadia numa casa de campo.

Espécies de Domicílios:

VOLUNTÁRIO:

É aquele que pode ser escolhido livremente por vontade própria do interessado, fixando o
mesmo ali a sua residência e o centro de suas atividades. ART. 70 do CC

PROFISSIONAL:

Será considerado também domicílio o lugar onde a pessoa exerça sua profissão.

DOMICÍLIO APARENTE OU OCASIONAL:

Para as pessoas que não tenham residência certa ou vivam constantemente em viagens.
LEGAL OU NECESSÁRIO:

decorre de mandamento da lei, em função à determinadas condições de certas pessoas, como


o incapaz, o funcionário público, o militar, o marítimo e o preso.

a) do incapaz: é o mesmo do seu representante legal ou assistente;

b) do servidor público: será o lugar onde ele esteja exercendo, em caráter permanente,
as suas funções. Se ele residir em local diferente onde presta o serviço, terá dois
domicílios, o legal e o voluntário;

c) do militar: o local onde esteja servindo, porém sendo da Marinha ou Aeronáutica


considerar-se-á como domicílio a sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado;

d) do marítimo: marítimo é o tripulante de uma embarcação, de modo que seu


domicílio será o local onde o navio estiver matriculado (marinha mercante);

e) do preso: o local onde esteja cumprindo pena;

f) do cônjuge: aquele conjunto do casal - ART. 1569 do CC;

g) do agente diplomático: o agente diplomático que citado no estrangeiro alegar


extraterritorialidade sem designar onde tem, no país,o seu domicílio poderá ser demandado
no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde teve residência;

4.AUSÊNCIA/COMORIÊNCIA

Comoriência

O fenômeno jurídico da comoriência ocorre quando duas ou mais pessoas


morrem ao mesmo tempo e quando não é possível concluir qual delas morreu
primeiro, razão pela qual o direito trata como se elas tivessem morrido no mesmo
instante.

Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural, que pode
ser também simultânea (comoriência), Sua prova faz-se pelo atestado de óbito ou por
ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º do CC),
ou a justificação de óbito.
Quando duas pessoas morrem em determinado acidente, somente interessa
saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da outra. Do
contrário, inexiste interesse jurídico nessa pesquisa.

Ausência

Resumo do que será abordado:

1. Curadoria dos bens do ausente: nesta fase, o legislador se preocupa com a proteção dos
bens do ausente. A curadoria tem, em regra, duração de 1 ano. Caso o ausente tenha deixado
procurador, o prazo passa a ser de 3 anos. Essa fase se encerra, pela confirmação da morte
do ausente; pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão provisória.

2. Na fase da sucessão provisória, os herdeiros podem entrar na posse dos bens do


ausente, desde que prestem garantia da restituição deles, em caso de retorno do ausente.
Essa fase, durará, em regra, 10 anos (contados do trânsito em julgado da decisão que abre a
sucessão provisória). O prazo se reduz para 5 anos, se o ausente tiver mais de 80 anos e de
mais de 5 anos datarem suas últimas notícias. Essa fase se encerra pela confirmação de
morte do ausente, pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão definitiva.

3. Sucessão definitiva: nesta que é a última fase, os herdeiros podem solicitar o


levantamento das garantias prestadas, adquirindo assim, o domínio dos bens deixados. No
entanto, o domínio será resolúvel, uma vez que, caso o ausente retorna, terá seus bens de
volta, porém, no estado em que se encontrarem. Todavia, é importante ressaltarmos que o
ausente só terá esse direito, se retornar em até 10 anos contados da abertura da sucessão
definitiva, depois disso, não mais terá direito aos bens.

Início

Tem-se a ausência, no dizer do legislador pátrio, quando alguém desaparece


de seu domicílio sem dar notícias de seu paradeiro e sem deixar representante ou
procurador instituindo-se inicialmente uma curatela.

A situação jurídica do ausente passa por três fases:

• Curadoria do ausente;

• Sucessão provisória;

• Sucessão definitiva;
1ª. Fase: É na curadoria do ausente.

É voltada à proteção do patrimônio do ausente, atenuando-se a


proteção de terceiros. Por isso, vedada é a prática de qualquer ato de disposição
pelo curador nomeado pelo juiz.

Constatado o desaparecimento do indivíduo, a requerimento de qualquer


interessado (são aquelas pessoas que mantém com relação jurídica com o ausente, são eles
o cônjuge, companheiro, parente, credor ...), ou do Ministério Público, declarará a ausência
e nomear-lhe-á curador, observa-se que o curador não é administrador di ausente, "mas dos
bens dele”.

É competente para a declaração de ausência o juiz da comarca


em que era domiciliado o desaparecido – CPC, arts. 1160 e 1142;

Art. 25 do CC: o cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado


judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência,
será o seu legítimo curador.

Em falta de cônjuge e existindo companheira, esta poderá ser nomeada?

A resposta mais coerente ante o princípio da isonomia é afirmativa, aplicando-se o


art. 226 § 3º da CF.

Iniciado o procedimento, tem-se que a curatela dos bens do ausente perdura, em


regra, por (01) UM ANO, contados da declaração da ausência.

No caso do ausente ter deixado algum representante ou procurador, a curatela do


ausente, neste caso, perdura 03 anos

Observa-se que o magistrado ordenará a publicação dos editais, de 02


em 02 meses, convocando o ausente para reaparecer e retomar a posse de seus
haveres.

Passado esse período, poderão os interessados requerer que se abra, a


sucessão provisória, pondo pôr termo a curatela de ausência.

Assim, cessa a curadoria de ausente:

a) Pelo comparecimento do ausente;

b) Pela certeza da morte do ausente;


c) Pela sucessão provisória;

2ª. Fase: sucessão provisória

Essa fase inicia-se com o pedido de abertura da sucessão provisória, que


poderá ser apresentado em duas situações:

- decorrido o prazo de um ano da arrecadação dos bens do ausente

- transcorridos três anos da arrecadação, caso o ausente tenha deixado


procurador;

Legitimam-se para requerer a sucessão provisória as pessoas elencadas no art. 27 do


CC, assim mencionadas:

I - o cônjuge não separado judicialmente;

II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;

III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua


morte;

IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá


efeito 180 dias depois de publicada pela imprensa (art. 28 do CC), produzindo efeitos
dentro e fora do processo, sendo certo que a posse dos bens serão deferidas aos
herdeiros.

Ressalte-se que, se o ausente retornar e ficar comprovada que sua ausência


foi voluntária e injustificada, ele perderá a sua parte nos frutos e rendimentos em
favor do sucessor (aqui são os demais sucessores - testamentários, primos, tios - eis
que os necessários não têm que nada restituir);

Mas se o ausente aparecer ou se lhe provar a existência, depois de


estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores
nela imitidos, devendo estes tomar as medidas necessárias até a entrega dos bens
ao seu dono (i.e. ausente que retornou). Art. 36 do CC

Cessará a sucessão provisória:

a) Com o retorno do ausente;

b) Com a certeza da morte do ausente – art. 35 do CC;


c) Com a abertura da sucessão definitiva.

3ª. Fase: sucessão definitiva.

10 (dez) anos depois de passada em julgado a sentença que concedeu a


abertura da sucessão provisória, poderá o interessado requerer a transformação da
sucessão provisória em definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

Pode igualmente ser requerida a sucessão definitiva se o ausente conta com


80 anos de idade e decorreram 05 anos das últimas notícias suas.

Assim, se o ausente reaparecer nos dez anos seguintes à abertura da


sucessão definitiva, haverá só os bens existentes e no estado em que se
encontrarem. Se tais bens tiverem sido alienados, o ausente haverá o preço que os
herdeiros e demais interessados tiverem por ele recebido.

Entretanto, o ausente regressando depois de passados dez anos da abertura


da sucessão definitiva, não terá direito a nada, não mais podendo recuperar seus
bens, na lição de Elpídio Donizetti.

Se também, passados os 10 anos, o ausente não retornar e nenhum


interessado promover a sucessão definitiva, os bens serão arrecadados em vagos
passando à propriedade do município ou do Distrito Federal.

Atenção que não se pode confundir ausência com morte presumida.

A morte presumida pode se dar com ou sem declaração de ausência.

Assim, quando os parentes requerem a declaração de ausência, para que


possam providenciar a abertura da sucessão provisória e depois a definitiva, não
estão pretendendo que se declare a morte do ausente, mas sim interessados em
administrar os bens deixados por aquele. Em ambos os casos a sentença
declaratória de ausência e de morte presumida serão registrados em registro público,
para ter eficácia erga omnes.
5.CONTAGEM DE PRAZO DE LEI

Assim, a lei só entra em vigor depois de oficialmente publicada e passado o prazo


entre a publicação e sua entrada em vigor. Esse prazo é chamado de vacatio legis,
estabelecido para melhor divulgação dos textos.

• Se, antes de entrar em vigor a lei já publicada, que está na vacatio legis, ocorrer
nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo da obrigatoriedade
começa a correr da nova publicação (art. 1º § 3º da LINDB);

• Se a lei publicada com incorreções já entrou em vigor, a correção feita é reputada


como lei nova, para efeito de sua obrigatoriedade, aplicando-se a regra geral da
vacatio legis.

A contagem far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo,


entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Ex.: prazo de 15
dias para entrada em vigor. Publicada em 02 de janeiro. Término dos 15 dias em 16 de
janeiro. Entrada em vigor no dia 17 de janeiro. ou seja um dia depois, ou subsequente.

6.MORTE PRESUMIDA

Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural, encerrando


a personalidade civil e jurídica da pessoa.

MORTE REAL é apontada pela lei como responsável pelo término da


existência da pessoa natural. Sua prova faz-se pelo atestado de óbito ou por ação
declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º do CC), ou a
justificação de óbito.

Existem dois tipos de morte:

Morte Real: Possui um corpo

Morte Presumida: não possui um corpo

Existem 02 casos: art. 6º, 2ª parte e art. 7º do CC, onde pode-se dar a morte
presumida, assim, se dar com a decretação da ausência ou sem esta.

Art. 6 A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,


quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
1) Com a decretação da ausência: arts. 22 a 39 do CC e 1161 a 1168 do CPC;
a) Ocorre quando a pessoa desaparece, 1ª Fase é nomeado um curador ->
2ª Fase é solicitado a sucessão provisória -> 3ª Fase é aberta a
sucessão definitiva.
b) Nesse caso somente com a abertura da sucessão definitiva vai ser
presumida a morte da pessoa.
2) Sem a decretação da ausência: art. 7º do CC.
a) I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de
vida;
b) II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o término da guerra.
c) Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos,
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e
averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Obs: A declaração de morte presumida pode ser reversível se for encontrada a


pessoa; ou o momento de morte pode ser revisto se for encontrado o corpo da
pessoa.

7.DOMICÍLIO/COMORIÊNCIA

Comoriência:

O fenômeno jurídico da comoriência ocorre quando duas ou mais pessoas


morrem ao mesmo tempo e quando não é possível concluir qual delas
morreu primeiro, razão pela qual o direito trata como se elas tivessem
morrido no mesmo instante.

Quando duas pessoas morrem em determinado acidente, somente interessa


saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da
outra. Do contrário, inexiste interesse jurídico nessa pesquisa.

Domicílio:

Domicílio é o lugar onde a pessoa, de modo definitivo, estabelece sua residência e o centro
principal de sua atividade. É, em última análise, a sede jurídica da pessoa, onde ele se
presume presente para efeitos de direito e onde pratica habitualmente seus atos negociais.
Assim, a importância na fixação do domicílio está diretamente relacionada à possibilidade de
localização da pessoa com a finalidade de lhe poder exigir o cumprimento de suas
obrigações.

O Domicílio, conforme definição dada pelo Código Civil, pode ser o local onde a pessoa
estabelece sua residência definitiva, ou local onde a pessoa exerce suas atividades
profissionais.

Residência é um dos elementos que compõem o conceito de domicílio, já que representa um


estado de fato, onde a pessoa se instala com sua família. Vale anotar que nada obsta que as
pessoas tenham diversas residências, onde viva alternadamente e, neste caso, qualquer uma
delas pode ser considerada como domicílio - ART. 72 do CC

Morada, é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada ocasionalmente, em que a ocupação
da moradia se dê de forma ocasional, esporádica, como a estadia numa casa de campo.

Questões Abertas:
11.BENS

Bens, em sentido filosófico, é tudo que satisfaz uma necessidade humana. Há uma
necessidade em distinguir coisas de bem. Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É
tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem. Bens são coisas que, por
serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contêm valor econômico.

Patrimônio.

É o conjunto de bens, de qualquer ordem, pertencentes ao titular,


compondo-se de bens corpóreos e incorpóreos

Classificação:

Bens corpóreos são os bens que têm existência física, material e podem ser
tangidos pelo homem;

Bens incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas de valor
econômico, como o direito autoral, o crédito, à sucessão aberta etc.

a) Móveis ou Imóveis.
i) IMÓVEIS: são os bens que, ensina Clóvis, “se não podem transportar,
sem destruição, de um lugar para outro lugar: são imóveis o solo e tudo
quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”.
ii) MÓVEIS: Segundo o ART. 82 do CC, consideram-se bens móveis os
bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
1) Na classe dos bens móveis existe a seguinte classificação:
Móveis por natureza, móveis para efeitos legais e bens móveis
por antecipação.
b) Fungíveis ou Infungíveis.
i) Fungíveis, são bens móveis que podem ser substituídos por outros de
mesma espécie, qualidade e qualidade;
ii) Infungíveis, são aqueles bens que não podem ser substituído por outros
de mesma espécie, quantidade e qualidade.
c) Divisíveis ou Indivisíveis.
i) Divisíveis - são aqueles bens que podem se fracionar em porções
distintas, mas cada qual sendo um todo perfeito. Exemplo: um relógio é
um bem indivisível, pois cada parte não conservará as qualidades
essenciais do todo, se for desmontado; um carro, um animal (vivo).
ii) indivisíveis:
1) Por natureza: são aqueles que não podem fracionar sem
alteração na sua substância, diminuição do valor ou prejuízo do
uso, como o animal, o carro, o relógio;
2) Por determinação legal: quando a lei expressamente impede o
seu fracionamento, como o caso de servidões prediais (art. 1386
do CC), da hipoteca (art. 1421 do CCC) e o direito dos coerdeiros
quanto à posse da herança (art. 1791 do CC), até a partilha;
3) Por vontade das partes: nesse caso, o acordo tornará a coisa
comum indivisa, como p.ex.: Pai que doa grande fazenda para 2
filhos impondo sua indivisibilidade temporária). Veja-se que, pela
leitura do ART. 1320 do CC, esse estado de indivisão não poderá
ser superior a cinco anos;
d) Singulares ou coletivos.
i) Singulares: são as coisas que, embora reunidas, devem ser
consideradas individualmente. São consideradas em sua
individualidade, representando uma unidade autônoma. Ex. um boi, um
carro, uma laranja. Veja-se que, mesmo se reunidos a outros (uma
boiada, um estacionamento, uma plantação), são considerados
individualmente, podendo ser vendidos por unidade, e não
necessariamente como um todo.
ii) Coletivas (ou universais): são aqueles agregados a um conjunto,
constituídos por várias coisas singulares, passando a formar um todo
único, possuidor de individualidade própria, distinta de seus
componentes. São chamadas também de universalidade de bens;

12.DESAPARECIMENTO CORPO DA PESSOA

Presunção de morte e ausência.

13.ESPÉCIES DOMICÍLIO

Espécies de Domicílios:

VOLUNTÁRIO:

É aquele que pode ser escolhido livremente por vontade própria do interessado, fixando o
mesmo ali a sua residência e o centro de suas atividades. ART. 70 do CC

PROFISSIONAL:

Será considerado também domicílio o lugar onde a pessoa exerça sua profissão.

DOMICÍLIO APARENTE OU OCASIONAL:

Para as pessoas que não tenham residência certa ou vivam constantemente em viagens.

PLÚRIMO:

Sendo possível a pessoa ter várias residências, conseqüentemente qualquer delas é


considerado domicílio para efeito legal - ART. 71 do CC;

DOMICÍLIO APARENTE OU OCASIONAL:

Para as pessoas que não tenham residência certa ou vivam constantemente em viagens,
“aquele que cria as aparências de um domicílio em um lugar pode ser considerado pelo
terceiro como tendo aí seu domicílio”. Pode-se citar que a mesma regra se aplica para aquelas
pessoas que, mesmo tendo residência fixa, vivam constantemente em viagens ou
deslocamentos, quando então poderá ser considerado domicílio o local onde for encontrada -
ART. 73 do CC;

DE ELEIÇÃO:

Eleição ou especial: decorre de ajuste entre as partes de um contrato, elegendo foro onde
serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. Vale destacar, porém, que este
dispositivo somente pode ser invocado em relações jurídicas em que prevaleça o princípio da
igualdade dos contratantes e de sua correspondente autonomia da vontade. Isso porque, em
matéria de direito do consumidor, considera-se ilegal a cláusula contratual que estabelece
foro de eleição em benefício do fornecedor do produto ou serviço, em prejuízo do
consumidor, por violar o disposto no art. 51, IV do CDC;

LEGAL OU NECESSÁRIO:

decorre de mandamento da lei, em função à determinadas condições de certas pessoas, como


o incapaz, o funcionário público, o militar, o marítimo e o preso.

a) do incapaz: é o mesmo do seu representante legal ou assistente;

b) do servidor público: será o lugar onde ele esteja exercendo, em caráter permanente,
as suas funções. Se ele residir em local diferente onde presta o serviço, terá dois
domicílios, o legal e o voluntário;

c) do militar: o local onde esteja servindo, porém sendo da Marinha ou Aeronáutica


considerar-se-á como domicílio a sede do comando a que se encontrar imediatamente
subordinado;

d) do marítimo: marítimo é o tripulante de uma embarcação, de modo que seu


domicílio será o local onde o navio estiver matriculado (marinha mercante);

e) do preso: o local onde esteja cumprindo pena;

f) do cônjuge: aquele conjunto do casal - ART. 1569 do CC;

g) do agente diplomático: o agente diplomático que citado no estrangeiro alegar


extraterritorialidade sem designar onde tem, no país,o seu domicílio poderá ser demandado
no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde teve residência;

14.BENS PÚBLICOS

https://www.youtube.com/watch?v=JKi2SwEjLCI

Art. 98 CC.
São aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito interno: União; Estados;
Municípios; Autarquias; e fundações.

Exemplos: Escola Municipal, um Prédio Federal, Escola Estadual e etc.

Se não pertence a nenhuma destas pessoas jurídicas de direito interno, logo não é um
bem público e sim privado.

Conforme o art. 99 existem três tipos de bens públicos, sendo eles bens de uso
comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais.

Onde respectivamente os bens de uso comum do povo são os rios, mares,


estradas, ruas e praças ou seja são aqueles que podem ser utilizados pela população ou pelo
povo, sendo de forma remunerada ou gratuita conforme o art 103 CC a exemplo os pedágios.;
os de uso especial, são, os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. Ex:
Biblioteca pública, o hospital, prefeitura e etc, ou seja são aqueles que se destinam à
execução de um serviço público; já os bens dominicais, são aqueles bens que não são de uso
comum do povo e nem de uso especial, são os bens que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas, ou seja, não é utilizado pelo povo e nem tem finalidade pública, a exemplo um
terreno baldio, fazendas pertencentes ao Estado, imóveis desocupados e etc.

Segundo o art 100 do CC, os bens públicos de uso comum e os de uso


especial, são inalienáveis, enquanto no art 101 CC diz que os bens públicos dominicais são
alienaveis.

Desafetação o que é? Quando os bens são inalienáveis e o estado,


município, união e autarquia, precisa vendê-lo ou transferir o domínio, é necessário a
desafetação, transferindo a utilidade de um bem público, seja de uso comum do povo ou os de
direito especial, para um bens dominical, assim tornando-o alienável e passível de
transferência.

Segundo o art 102 CC, os Bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

15.BENFEITORIAS

Consideram-se benfeitorias as despesas e obras destinadas a conservação,


melhoramentos ou melhor utilização e aformoseamento de uma coisa, feitas por
alguém. Por isso são acessórias todas as benfeitorias, qualquer que seja o valor.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (uma garagem, p.ex.);
São voluptuárias as que trazem aformoseamento, mero deleite ou recreação, como
p.ex., uma piscina;

São necessárias as benfeitorias que trazem a manutenção e a conservação do bem,


como, p.ex., o conserto de uma viga na estrutura de uma casa.

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