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CLASSIFICAÇÃO DOS BENS: bens considerados em si mesmo, reciprocamente

considerados e bens em relação ao titular do domínio.

Assim como outros institutos do direito civil, os bens são passíveis de serem
classificados em espécie e subespécies, no código civil bens são valores materiais ou
imateriais, todos os objetos de relação jurídica e de natureza patrimonial, podendo incorporar
ao patrimônio de um sujeito de direito, sendo ele pessoa física ou jurídica, que será através da
classificação dos bens passamos a ter mais clareza do que se trata o objeto e de como se
destrincha.
Dessa forma o Código Civil traz a classificação dos bens, considerados em si,
reciprocamente considerados e considerados em relação ao titular, divisão essa que em cada
uma tem suas peculiaridades, assim sendo os considerados em si são os bens imóveis;
fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; singulares e
coletivo, os reciprocamente considerados o código civil classifica como bens principais e
acessórios e como terceira e última classificação temos os bens considerados em relação ao
titular do domínio, subdivide em duas subcategorias a de bens públicos e de bens particulares.
Iniciando nossas classificações a primeira que iremos desvendar é a de bens
considerados em si mesmos, que se subdividem em outras categorias, nossa primeira divisão
será bens fungíveis e bens infungíveis, segundo o CC no art. 85 os bens fungíveis são bens
que podem ser substituídos por outro de mesmo gênero ou espécie, quantidade e qualidade,
tal como, sacos de cebola, milho, feijão ou até mesmo o dinheiro, já os bens infungíveis são o
contrário, assim são insubstituíveis não podendo ser trocados por outros de mesma qualidade,
como, por exemplo, um anel de recordação, obra de arte, um boné de infância autografado por
um artista famoso.
Ao seguir com a subdivisão dos bens considerados em si, temos os bens consumíveis e
bens inconsumíveis, os bens consumíveis ou não duráveis por sua vez são aqueles em que o
uso importa necessariamente a destruição imediata da própria substância, da mesma forma
como aquela destinada à alienação conforme o CC no art. 86 o declara, e de exemplo pode-se
citar os alimentos e o dinheiro que é consumível de direito. Aos bens inconsumíveis são os
bens duráveis, em outras palavras, não se perdem com o uso, como os carros.
Continuando falaremos sobre os bens divisíveis e indivisíveis qual está previsto no art.
87 do CC, os bens divisíveis são aqueles que podem ser fracionados sem que sua substância
seja alterada, tendo como exemplo uma pizza que se for dividida não perderá sua qualidade de
pizza, de outro modo, os bens indivisíveis são aqueles qual são impossíveis de serem
fracionados, visto que perdem a própria essência, vale ressaltar que essa indivisibilidade pode
ser da própria natureza do bem, tal como um animal ou por determinação legal, como é o caso,
da servidão de imóveis que é direito real sobre imóvel alheio que se constitui em proveito de
um prédio, chamado de dominante, sobre outro, denominado serviente.
Dentre a subdivisão dos bens temos bens singulares e bens coletivo, com previsão do
art. 89 do CC, os bens singulares são os que embora reunidos se consideram por si só,
independente dos demais, um bom exemplo é um boi, ainda que, tirado do rebanho
individualmente continuará sendo um boi, no caso dos bens coletivos teremos a mesma lógica,
sendo a junção dos bens singulares sem o desaparecimento da condição singular de cada um,
guindo o mesmo exemplo do rebanho que continuará sendo rebanho mesmo que o boi tenha
sido retirado dele ou como uma biblioteca que se retirado um livro ela não perde sua condição
de biblioteca, no entanto, é necessário e importante lembrar que os bens coletivos também são
chamados de universalidade que podem ser de fato e de direito, seguindo o CC no art. 90, a
universalidade de fato é a pluralidade de bens singulares que pertinentes à mesma pessoa
tenha a mesma destinação unitária como a biblioteca que falamos, por exemplo, além disso,
esses bens podem ser objetos de relações jurídicas próprias, por outro lado, a universalidade
de direito é o complexo das relações jurídicas dotadas de valor econômico de uma pessoa, ou
seja, herança, patrimônio e afins.
É discursado sobre os bens moveis e imóveis, que conforme o art. 82 do CC, os bens
móveis são suscetíveis a movimentos, isto é, que podem ser transportados sem que sofra
alteração na sua substância ou na sua destinação econômico-social, essa subcategoria se
divide em outras, a de móveis por natureza que podem ser semoventes que se move por força
própria como um gato ou movimentados com facilidade pela força alheia, tal como uma
cadeira. A de móveis por força da lei prevista no art. 83 do CC, como as energias de valor
econômico e por último a subcategoria de móveis por antecipação que envolve bens
incorporados ao solo para separar-se dele, como plantações de árvores para extração de
madeira. E aos bens imóveis são aqueles cuja movimentação é impossível sem haver sua
destruição, eles aparecem de diversas maneiras como os imóveis por natureza, imóveis por
acessão natural, artificial e imóveis por determinação legal, como é o que está previsto no art.
80 do CC.
Na segunda classificação dos bens, a primeira subcategoria de bens reciprocamente
considerados é de principais de bens que existe sobre si, não depende de nenhum outro bem,
diferente da subcategoria acessórios que dependem dos principais para existirem, os
acessórios são divididos em frutos, produtos, pertenças e por último as benfeitorias que
conforme o art. 96 do CC, são acessórios incorporados ao bem principal pelo homem com o
intuito de conservar e melhorar ou embelezar algo.
A última classificação dos bens, bens considerados ao titular do domínio se subdivide
em duas subcategorias, a de bens públicos e de bens particulares. Os bens públicos, conforme
o art. 98 do CC, são de domínio nacional e pertence às pessoas de direito público interno, além
de serem inalienáveis, impenhoráveis e imprescritível, essa subcategoria é subdividida em
bens de uso comum, que pertencem ao estado e podem ser usados por qualquer pessoa,
como as praças e as ruas, bens de uso especial que possui uma destinação específica como
os hospitais públicos e delegacias e por fim da subdivisão os bens dominicais que pertencem
ao estado, mas que não estão sendo aproveitados, tal como, os prédios abandonados, por
exemplo, em último caso os bens podem ser desafetados e futuramente alienados. Em
contrapartida, os bens particulares são todos os bens que não são públicos, como o imóvel de
alguém.
Dessa forma, os benefícios da classificação dos bens são muitos, servindo de norte
para entendermos o que é considerado bens ou não, assim como suas especificidades e
também como se subdividem. É necessário que as pessoas saibam sobre esse assunto,
principalmente estudantes e profissionais do Direito. Pois para que a pessoa tenha um direito, é
imprescindível a presença de um objeto sobre qual será exercido uma pretensão subjetiva, em
regra, o objeto de uma relação jurídica é um bem.

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