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PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Thiago Pivotto
Sumário
Apresentação..................................................................................................................3
Atos Processuais, Vícios Processuais..............................................................................5
Da Forma dos Atos Processuais......................................................................................5
Das Nulidades............................................................................................................... 61
Da Distribuição e do Registro........................................................................................65
Resumo........................................................................................................................ 69
Questões de Concurso...................................................................................................76
Gabarito....................................................................................................................... 98
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 99
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Apresentação
DICA!
É fundamental você ter um caderno apenas. Uma fonte para
cada matéria. Não faça a besteira de ter 3 ou 4 anotações es-
parsas da mesma matéria. Condensar tudo em um mesmo
material é muito importante para fins de organização. Por
isso, utilize este material em PDF e monte seus cadernos a
partir deles. Ou, caso você já tenha seus cadernos, alimente-
-os com as informações que você verá aqui. O importante é
você não ter uma pluralidade de materiais, porque se fizer isso
você vai acabar se perdendo.
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Com esse método, fui aprovado e exerci os cargos de Técnico Administrativo no MPU,
Analista Judiciário no TJDFT, Juiz de Direito no TJMT e Juiz Federal no TRF1. Se eu consegui,
você também consegue!
Boa leitura!
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Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.
Outra regra dos atos processuais é a sua publicidade, com exceção aos atos que tramitam
pelo chamado segredo de justiça. O CPC traz um rol de hipóteses em que o segredo pode ser
determinado:
Regra Publicidade
Quando o exija o interesse público ou social;
Quando o processo tratar sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação,
união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
Exceções
Quando no processo constar dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
(segredo de justiça)
Quando o processo versar sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada
perante o juízo.
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Se você determinar a quebra de sigilo fiscal da parte, por exemplo, e determinar a juntada
da Declaração do IRPF nos autos, você deverá decretar o sigilo no processo.
Letra b.
Questão literal e sem maiores problemas. A resposta é a letra “b”. Perceba como é importante
ter o conteúdo legal em mente, além de saber o entendimento dos Tribunais sobre a matéria.
Não pode haver “pasta própria” para arquivar documentos de processos que corram em se-
gredo de justiça!
Essa prática era, de certa forma, comum no cotidiano, porque poupava o juiz de decretar o si-
gilo nos autos só por causa de um documento. Com a alocação do documento em uma “pasta
própria” na secretaria e fora dos autos, o processo continuava seguindo sem o segredo de
justiça, mas isso não é permitido pelo STJ.
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Julgado: STJ. REsp 1349363/SP. [...]. 3. Não há no código de processo civil nenhuma pre-
visão para que se crie “pasta própria” fora dos autos da execução fiscal para o arquiva-
mento de documentos submetidos a sigilo. Antes, nos casos em que o interesse público
justificar, cabe ao magistrado limitar às partes o acesso aos autos passando o feito a
tramitar em segredo de justiça, na forma do art. 155, I, do CPC. 4. As informações sigilo-
sas das partes devem ser juntadas aos autos do processo que correrá em segredo de jus-
tiça, não sendo admitido o arquivamento em apartado. Precedentes: AgRg na APn 573 /
MS, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 29.06.2010; REsp. n. 1.245.744
/ SP, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 28.06.2011; REsp
819455 / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 17.02.2009. 5.
Recurso especial parcialmente provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do
CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRI-
MEIRA SEÇÃO, julgado em 22/05/2013, DJe 31/05/2013).
Apesar da possibilidade de o processo tramitar em segredo de justiça, ainda assim algum ter-
ceiro pode requerer ao juiz a expedição de certidão do dispositivo da sentença, bem como de inven-
tário e de partilha resultantes de divórcio ou separação, mas desde que demonstre interesse jurídico,
ou seja, não basta o mero requerimento!
Como regra, portanto, nesses processos, o direito de pedir certidões é restrito às partes e
aos seus procuradores.
Errado.
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Outras duas questões interessantes do CPC são a possibilidade de serem firmados negó-
cios jurídicos processuais e de fixarem calendário para a prática dos atos processuais. Sobre
esses temas, é importante você saber que:
Os negócios jurídicos processuais referidos no art. 190 do CPC são os de natureza bila-
teral ou plurilateral, em que as partes firmam entre si determinado compromisso processual.
Como exemplos, temos o saneamento compartilhado do art. 357, § 3º, do CPC ou mesmo a
calendarização do procedimento do art. 191.
Esses negócios só podem ser firmados quando o direito admitir autocomposição e tam-
bém só por partes capazes. Apesar de ser um negócio entre as partes, o juiz pode controlar a
validade das convenções estabelecidas, mas o controle prestigia a autonomia da vontade e
só haverá recusa aos negócios quando houver casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnera-
bilidade.
O negócio jurídico processual não depende de homologação, porque, por uma declaração
bilateral de vontade, há imediata constituição/modificação/extinção de direitos, na linha do
que trata o art. 200 do CPC.
Além disso, é importante você saber o conteúdo de alguns Enunciados aprovados nas I e
II Jornada de Direito Processual Civil sobre o tema. Por elas, cabe a celebração de negócios
jurídicos no âmbito dos Juizados e também pela Fazenda Pública, por exemplo. Veja-os:
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Enunciado 17, I Jornada de Direito Processual Civil – A Fazenda Pública pode celebrar
convenção processual, nos termos do art. 190 do CPC.
Enunciado 18, I Jornada de Direito Processual Civil – A convenção processual pode ser
celebrada em pacto antenupcial ou em contrato de convivência, nos termos do art. 190
do CPC.
O tema dos negócios jurídicos processuais tem bastante destaque em âmbito das Jor-
nadas. Na II Jornada, aliás, novamente houve mais debate sobre o assunto, com expressa
menção ao fato de que a intervenção do MP não inviabiliza o negócio, bem como ao seu
cabimento no âmbito de recuperação judicial e a possibilidade de entes despersonalizados
celebrarem o negócio. Confira-os:
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a) Conforme expressa disposição legal, cabe ao juiz controlar a validade das convenções
processuais, inclusive de ofício, recusando-lhes aplicação sempre que elas não atenderem às
exigências do bem comum.
b) A partir da entrada em vigor do CPC de 2015, lei que encampou os princípios da boa-fé pro-
cessual e da cooperação, tornou-se possível a realização de negócios jurídicos processuais
unilaterais e bilaterais.
c) A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, desde que
não torne excessivamente difícil a um dos litigantes o exercício do direito e seja celebrada no
curso do processo.
d) A celebração de negócio processual por parte desprovida de assistência técnico-jurídica
pode ensejar situação de vulnerabilidade e, consequentemente, levar à recusa de aplicação
da convenção pelo julgador.
Letra d.
O gabarito é a letra “d”. Você aprendeu que quando houver uma situação de vulnerabilidade é
possível que o juiz controle a validade da cláusula dos negócios jurídicos processuais. O erro
da letra “a” é ampliar demais o controle judicial sobre as cláusulas. Na “b”, o equívoco é dizer
que apenas com o NCPC houve a possibilidade de realização de negócios jurídicos proces-
suais, quando, na verdade, no CPC/73 já havia diversos exemplos, como a cláusula de eleição
de foro ou mesmo a desistência do processo. Na “c”, o erro é afirmar que apenas no curso do
processo é possível inverter o ônus da prova (vide art. 373, § 4º do CPC).
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c) somente são permitidos caso o direito material em discussão naquele processo seja dis-
ponível, de maneira que são vedados quaisquer negócios processuais em processos que te-
nham por objeto algum direito substancial indisponível.
d) dependem somente da vontade das partes envolvidas, de modo que se mostra desneces-
sária a participação ou a homologação judicial das convenções processuais estabelecidas
pela livre manifestação das partes.
e) são um instituto novo no sistema processual civil brasileiro, inaugurado com o advento
do Código de Processo Civil de 2015, razão pela qual ainda pairam diversas controvérsias na
doutrina e jurisprudência a seu respeito.
Letra a.
Na letra “b”, o equívoco é permitir que as partes, por negócio jurídico, limitem o exercício do
direito de ação de terceiros.
Na letra “c”, o erro é que a indisponibilidade do direito material não impede, por si só, a cele-
bração de negócio jurídico processual.
Na “d”, o erro é dispensar a homologação judicial, o que é necessário a depender do negócio
jurídico celebrado.
Na “e”, novamente o erro dizer que apenas com o NCPC houve a possibilidade de realização de
negócios jurídicos processuais, quando, na verdade, no CPC/73 já havia diversos exemplos,
como a cláusula de eleição de foro ou mesmo a desistência do processo.
Lembre-se de que a desistência da ação, apesar de ser uma declaração unilateral de vontade
no processo, só produz efeitos após a homologação judicial. É exceção à regra do caput do
art. 200!
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Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade pro-
duzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral
já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos.
Julgado: STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1014200/SP. 1. A jurisprudência é pacífica no sen-
tido de que a desistência do recurso produz efeitos imediatos, tendo em vista que, nos
termos do art. 501 do CPC, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. A produção dos efeitos prescinde,
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inclusive, de homologação judicial, pois o atual Código de Processo Civil não exige essa
providência (STF-RE 65.538/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Antônio Neder, DJ de 18.4.1975; REsp
246.062/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 20.5.2004). 2. Assim, formulado de
modo regular o pedido de desistência do recurso, e havendo a respectiva homologação,
opera-se a preclusão, cujo principal efeito é o de ensejar o trânsito em julgado em relação
à decisão recorrida, caso não haja outro recurso pendente de exame. No mesmo sentido:
REsp 7.243/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de 2.8.1993; AgRg no RCDESP
no Ag 494.724/RS, 3ª Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ de 10.11.2003. Na doutrina,
o entendimento de José Carlos Barbosa Moreira. 3. Agravo regimental desprovido. (Rel.
Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/10/2008, DJe 29/10/2008).
Sobre a calendarização, é importante você saber que há um acordo entre todos para a
prática de atos processuais, inclusive o juiz, que fica vinculado também! Dispensa-se a inti-
mação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas
tiverem sido designadas no calendário.
Por fim, os atos e termos do processo são todos em língua portuguesa. Documentos es-
trangeiros só podem ser juntados se forem traduzidos por via diplomática, autoridade central
ou tradutor juramentado.
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c) De acordo com o Código de Processo Civil, o curso dos prazos processuais é suspenso
entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro; no entanto, juízes, promotores, defensores,
procuradores federais e auxiliares da justiça exercerão atividades normalmente durante o
referido período.
d) Durante o período de férias forenses aplicáveis aos tribunais superiores, suspende-se a prá-
tica de atos processuais, paralisando-se até mesmo os procedimentos de jurisdição voluntária
e os processos de nomeação ou remoção de tutor ou curador.
e) Segundo o Código de Processo Civil, mesmo na hipótese de o juiz e as partes criarem um
calendário processual, é essencial que haja a intimação das partes em relação aos atos pro-
cessuais a serem realizados.
Letra c.
Não há a exigência de transcrição de depoimentos, por isso a “a” está errada.
Na letra “b”, o erro é o valor da multa, que o Código estabelece em meio salário mínimo.
A letra “c” é a correta e é o gabarito, apesar de, na prática, não haver atividade propriamen-
te “normal”, mas sim em regime de plantão. Ainda assim, é o que dispõe o § 1º do art. 220
do CPC.
Na “d”, o erro é a ressalva da paralisação de procedimentos de jurisdição voluntária e dos
processos de nomeação ou remoção de tutor ou curador.
Você acabou de ver que quando houver uma calendarização processual há também a dispen-
sa das intimações das partes, por isso a letra “e” está errada.
Em um processo, o juiz de primeiro grau se pronuncia basicamente por três formas dife-
rentes: sentença, decisão interlocutória e despachos. A diferença entre elas pode ser vista no
quadro abaixo. O CPC adota um conceito por exclusão, sendo o despacho o ato remanescente
que não se configura nem como decisão ou como sentença.
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Há também os atos ordinatórios, que não dependem de pronunciamento do juiz para se-
rem praticados. Portanto, o servidor pode realizá-los no processo. A mera juntada de uma
petição ou a vista obrigatória são exemplos.
Em âmbito dos Tribunais, chama-se de acórdão o julgamento colegiado proferido. Nor-
malmente, há um relatório, seguido do voto do relator. Os demais julgadores proferem seus
votos e, ao final, confecciona-se o acórdão, que é o julgamento pelo ponto de vista colegiado.
A ementa é apenas um resumo do julgamento, que fica a cargo do relator ou do julgador que,
ao suscitar divergência, formou corrente majoritária.
Letra e.
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Você acabou de aprender que atos ordinatórios são atos que não dependem de pronuncia-
mento do juiz e são praticados pelo servidor. Errada a letra “a”.
O CPC é expresso no sentido da possibilidade de uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro
método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Vide o art. 210. Errada a letra “b”.
O erro da letra “d” é o prazo, que, conforme o Código, é de 6h às 20h.
A letra “e” é correta e é o gabarito.
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Letra c.
A resposta é a letra “c”.
Você acabou de ler que o horário para realização dos atos processuais é de 6h às 20h, por-
tanto é errada a letra “a”.
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão re-
alizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do
horário estabelecido no CPC, por isso é errada a letra “b”.
É possível a realização de atos processuais durante as férias forenses, tendo ocmo exemplo
as tutelas de urgência, por isso a “d” é errada.
Não há a suspensão durante as férias forenses dos processos de nomeação ou remoção de
tutor ou curador, como você acabou de aprender acima.
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Considere-se que Roberto, juiz de direito, tenha determinado a intimação de Rubens, réu em
processo civil, para comparecer em juízo, mas não tenha estabelecido um prazo. Nesse caso,
Rubens deverá atender ao comando judicial no prazo de 48 horas.
Certo.
Veja como esse tema cai bastante nas provas. É muito simples, mas infelizmente pode nos
pegar de surpresa se não nos atentarmos aos prazos.
A regra é que os atos sejam realizados na sede do juízo, e a exceção que permite a prática
de atos em locais diversos é reservada para situações que o Código denomina de deferência,
de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhi-
do pelo juiz.
Dos Prazos
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Letra b.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 48h, não após 24h. Alternativa incorreta é a letra “b”.
Muito se debateu, na vigência do CPC anterior, sobre a possibilidade de praticar atos antes
de iniciado o termo inicial do prazo. Fala-se que o ato é extemporâneo por antecipação, nesse
caso. O NCPC expressamente permite a prática de atos antes do termo inicial do prazo.
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Letra b.
O ato praticado antes do termo é considerado tempestivo, como você acabou de ver. Errada
a letra “a”.
A “b” está correta e é o gabarito. Entenda que o juiz fixa o prazo para cumprimento do ato
conforme sua complexidade e, na omissão, segue-se o prazo geral de 5 dias.
O erro da “c” é o prazo de 24h, que é, na verdade, de 48h.
Na “d”, o erro é o prazo para prolação de sentença, que é de 30 dias.
Na “e” há um erro bastante comum, que é misturar a data da publicação com a data da dis-
ponibilização do ato no Dje.
A contagem dos prazos processuais é sempre em dias úteis. Prazos materiais são conta-
dos de forma corrida!
No NCPC, a contagem de prazo é em dia útil. Aplica-se essa regra na execução fiscal e
nos Juizados Cíveis. Na área criminal, incluindo os Juizados Criminais, a contagem é corrida.
Lei n. 9.099/1995, Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para
a prática de qualquer ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão
somente os dias úteis.
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Enunciado 20, I Jornada de Direito Processual Civil – Aplica-se o art. 219 do CPC na
contagem do prazo para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da
Lei n. 6.830/1980.
Enunciado 116, II Jornada de Direito Processual Civil: Aplica-se o art. 219 do CPC na
contagem dos prazos processuais previstos na Lei n. 6.830/1980.
Letra d.
Na alternativa “a”, o erro é que não há a previsão de exceção para prazos urgentes. Na “b”,
o prazo comum na omissão legal é de 5 dias. Na “c”, o erro é que não há essa previsão legal.
Sobra a alternativa “d”, que é a correta e é cópia literal de disposição legal.
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Para contar um prazo, você precisa excluir o dia do começo e incluir o dia do vencimento
na contagem. Além disso, os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para
o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encer-
rado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação
eletrônica.
Data da publicação é o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização do ato no Diário de
Justiça eletrônico (Dje). A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em
seu favor, desde que o faça de maneira expressa, ou seja, não há, pelo Código, a possibilidade
de renúncia tácita.
Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, in-
dependentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não
o realizou por justa causa. O escoamento do prazo sem a prática do ato correlato é o que se
denomina de preclusão.
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O STJ tem um julgado bastante didático sobre preclusão que eu gostaria de compartilhar
com você:
Julgado: STJ. REsp 785823/MA. [...]. A essência da preclusão, para Chiovenda, vem a ser
a perda, extinção ou consumação de uma faculdade processual pelo fato de se haverem
alcançado os limites assinalados por lei ao seu exercício. Decorre a preclusão do fato de
ser o processo uma sucessão de atos que devem ser ordenados por fases lógicas, a fim
de que se obtenha a prestação jurisdicional, com precisão e rapidez. Sem uma ordena-
ção temporal desses atos e sem um limite de tempo para que as partes os pratiquem,
o processo se transformaria numa rixa infindável. Justifica-se, pois, a preclusão pela
aspiração de certeza e segurança que, em matéria de processo, muitas vezes prevalece
sobre o ideal de justiça pura ou absoluta. Trata-se, porém, de um fenômeno interno, que
só diz respeito ao processo em curso e às suas partes. Não atinge, obviamente, direitos
de terceiros e nem sempre trará repercussões para as próprias partes em outros
processos, onde a mesma questão venha a ser incidentalmente tratada [...]. (Rel. Minis-
tro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/03/2007, DJ 15/03/2007, p. 272).
O Código prevê ainda prazos impróprios para a prática dos atos pelo juiz de primeira instân-
cia, ou seja, prazos que, se descumpridos, não acarretam nenhuma consequência processual.
Sentença 30 dias
Havendo motivo justificado, pode o juiz exceder,
Decisão interlocutória 10 dias
por igual tempo, os prazos a que está submetido.
Despacho 5 dias
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Letra d.
A alternativa “d” é a correta e está no quadro acima.
O erro da “a” é o prazo para a prolação de sentenças.
Na “b”, o erro é condicionar a ocorrência de preclusão a uma declaração judicial.
Na “c”, o erro é novamente o prazo. O Código prevê a possibilidade de prorrogação por até 2
meses.
Na “e”, o equívoco é condicionar o direito processual ao prazo em dobro ao requerimento, que
não é condição.
Importante tema prático e também bastante cobrado em prova é o prazo dobrado para litis-
consortes com diferentes procuradores. O Código fala que os litisconsortes que tiverem diferen-
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tes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para to-
das as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
Essa regra, contudo, não é aplicável a processos em autos eletrônicos, porque por esse
sistema todos têm acesso aos autos simultaneamente, sem tolher do outro a possibilidade de
vista, e quando, havendo apenas dois réus, tão somente um deles apresenta defesa.
Cuidado, pois também não há prazo recursal em dobro no processo de controle concen-
trado de constitucionalidade.
Informativo 929, STF: “[...] Não se conta em dobro o prazo recursal para a Fazenda Pública
em processo objetivo, mesmo que seja para interposição de recurso extraordinário em
processo de fiscalização normativa abstrata. [...].” (PLENO, ADI 5814 MC-AgR-AgR/RR,
rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 6.2.2019; ARE 830727 AgR/SC, rel. orig. Min.
Presidente, red. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 6.2.2019).
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b) terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, ainda que seus res-
pectivos advogados integrem o mesmo escritório.
c) não terão prazos contados em dobro para as suas manifestações.
d) terão prazos contados em dobro apenas para contestar a ação e interpor recursos, desde
que tenham formulado prévio requerimento.
e) terão prazos contados em dobro apenas para contestar a ação e interpor recursos, inde-
pendentemente de prévio requerimento.
Letra c.
Você acabou de aprender que se os autos forem eletrônicos, não há a regra da dobra do prazo
para se manifestar nos autos, por isso a resposta correta é a letra “c”.
Informativo 560, STJ: “Aplica-se o art. 191 do CPC/1973 à contagem de prazo nos pro-
cessos judiciais eletrônicos. De fato, a aplicação do prazo em dobro para contestar,
recorrer e, de modo geral, falar nos autos quando os litisconsortes tiverem procuradores
diferentes (art. 191 do CPC/1973), visa possibilitar acesso e manuseio dos autos aos
advogados, haja vista ser o prazo comum. Todavia, como a utilização do processo judi-
cial eletrônico afastou a impossibilidade de diferentes advogados obterem vista simul-
tânea dos autos, não mais subsiste a situação que justificava a previsão do prazo em
dobro. Nesse contexto, o Novo CPC (de 2015), atento à necessidade de alteração legis-
lativa, exclui a aplicação do prazo em dobro no processo eletrônico (art. 229, § 2º). A lei
disciplinadora do processo eletrônico (Lei 11.419/2006), no entanto, não alterou nem
criou nenhuma exceção ao determinado no art. 191 do CPC/1973, de forma que, ausente
alteração legislativa acerca do tema, não há como deixar de se aplicar o dispositivo
legal vigente, sob pena de se instaurar grave insegurança jurídica e se ofender o princí-
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pio da legalidade. Desse modo, apesar de se reconhecer que o disposto no art. 191 está
em descompasso com o sistema do processo eletrônico, em respeito ao princípio da
legalidade e à legítima expectativa gerada pelo texto normativo vigente, enquanto não
houver alteração legal, aplica-se aos processos eletrônicos o disposto no art. 191, pre-
servando-se a segurança jurídica do sistema como um todo, bem como a proteção da
confiança.” (TERCEIRA TURMA, REsp 1.488.590-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 14/4/2015, DJe 23/4/2015).
Litisconsortes com diferentes advogados têm prazo em dobro para pagamento voluntário.
Julgado: STJ. REsp 1693784/DF. RECURSO ESPECIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRAZO PARA
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Julgado: STJ. REsp 1694404/SP. [...]. 2. A jurisprudência da Terceira Turma desta Corte
é firme no sentido de que somente há prazo em dobro para litisconsortes com diferen-
tes procuradores quando, além de existir dificuldade em cumprir o prazo processual e
consultar os autos, for recolhido mais de um preparo recursal. Havendo interposição de
recurso em conjunto e o recolhimento de um só preparo, não há que se falar na duplica-
ção legal do prazo. 3. Assim, é intempestivo o recurso especial interposto fora do prazo
legal de 15 dias previsto no art. 508 do CPC/73. 4. Recurso especial não conhecido. (Rel.
Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 08/06/2018).
Julgado: STJ. REsp 1309510/AL. - Ausentes os vícios do art. 535, II, do CPC, rejeitam-se
os embargos de declaração. - Se os litisconsortes passam a ter procuradores distintos
no curso do processo, a partir desse momento é que têm o prazo em dobro à sua dispo-
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dade, o controle feito pelo representante do Ministério Público sobre a decisão judicial
não é apenas voltado à identificação de um possível prejuízo à acusação, mas também
se dirige a certificar se a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponí-
veis - dos quais é constitucionalmente incumbido de defender (art. 127, caput, da CF)
- foram observados, i.e., se o ato para o qual foi cientificado não ostenta ilegalidade a
sanar, ainda que, eventualmente, o reconhecimento do vício processual interesse, mais
proximamente, à defesa. 7. É natural que, nos casos em que haja ato processual decisó-
rio proferido em audiência, as partes presentes (defesa e acusação) dele tomem conhe-
cimento. Entretanto, essa ciência do ato não permite ao membro do Ministério Público
(e também ao integrante da Defensoria Pública) o exercício pleno do contraditório, seja
porque o órgão Ministerial não poderá levar consigo os autos, seja porque não necessa-
riamente será o mesmo membro que esteve presente ao ato a ter atribuição para even-
tualmente impugná-lo. 8. Recurso especial provido para reconhecer a tempestividade
da apelação interposta pelo Ministério Público Federal e determinar ao Tribunal Regional
Federal da 5ª Região que julgue o recurso ministerial. TESE: O termo inicial da contagem
do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público, a data da entrega
dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a intimação pes-
soal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado. (Rel. Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/08/2017, DJe 14/09/2017).
O vício consistente na falta de intimação pessoal deve ser impugnado na primeira oportuni-
dade, sob pena de preclusão.
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Letra a.
O gabarito é a letra “a”. Não se esqueça de que a intimação pessoal pode ocorrer por carga,
O termo inicial da contagem dos prazos também possui variadas regras, que você pode
conferir abaixo:
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seu favor, desde que o faça de maneira expressa, ou seja, não há, pelo Código, a possibilidade
de renúncia tácita.
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Letra b.
Veja que no item II, o erro é que quando a intimação ocorrer por oficial de justiça, o dia do co-
meço do prazo é a data da juntada aos autos do mandado cumprido. Ao se estabelecer o item
II como errado, você tem necessariamente a letra “b” como o gabarito.
A assertiva I está correta e é o entendimento do STJ sobre a matéria, assim como o item III.
Julgado: STJ. EDcl nos EREsp 707.206/PR. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLA-
RAÇÃO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. INTIMAÇÃO DO PROCURADOR DA FAZENDA
NACIONAL. PRAZO RECURSAL. INÍCIO. DATA DO ARQUIVAMENTO DO MANDADO DE
INTIMAÇÃO. RECURSO INTEMPESTIVO. 1. O arquivamento do mandado de intimação na
Secretaria do Tribunal, desde que devidamente certificado nos autos, supre a necessi-
dade da sua juntada, dando início, a partir de então, à contagem do prazo recursal. Pre-
cedentes do STJ. 2. Embargos de Declaração rejeitados. (Rel. Ministro HERMAN BENJA-
MIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 04/05/2009).
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Não se aplica esta regra no processo de execução, para efeitos de contagem do prazo para o ajui-
zamento da ação de embargos do devedor. Na execução cada executado é considerado autônoma
e individualmente, de modo que o prazo para cada um embargar é singular: conta-se a partir da
juntada do respectivo mandado de citação cumprido aos autos e não do último mandado. (Nelson
Nery).
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso,
na forma do art. 231.
§ 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir
da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de companheiros,
quando será contado a partir da juntada do último.
Findo o prazo, na prática, é possível que a parte detenha os autos e não os devolva. O Có-
digo reprime essa conduta e prevê que se, intimado, o advogado não devolver os autos no pra-
zo de três dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente
à metade do salário-mínimo.
Art. 77, § 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Mi-
nistério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º [multa de até 20% do valor da causa ou de
até 10x o valor do salário-mínimo], devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
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Os atos processuais são cumpridos por ordem judicial. Caso determinado ato tenha de
ser praticado fora dos limites territoriais do tribunal, comarca, seção ou subseção, será preci-
so expedir uma carta para a prática do ato.
Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
Veja abaixo os tipos de cartas que o Código prevê:
Em todas as cartas, o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das
comunicações e à natureza da diligência. As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de
expedição da carta.
A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumpri-
mento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato. Essa
regra é muito importante na prática, pois apenas com ela é possível “aproveitar” a expedição
de uma carta para fazê-la cumprir em outra localidade, sem a necessidade de se expedir nova
carta para isso. Nessa linha, o Código prevê que no caso de incompetência em razão da ma-
téria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta
ao juiz ou ao tribunal competente.
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Da Citação
Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para inte-
grar a relação processual.
Citação é requisito de validade do processo, apesar de certa divergência doutrinária que o
aponta como requisito de existência.
O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da ci-
tação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos
à execução.
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O comparecimento do réu para responder a um agravo de instrumento não supre a falta de citação
na ação revisional de alimentos, sob pena de violação dos princípios do contraditório e da ampla
defesa. […]. Para o juiz, não houve comparecimento espontâneo, pois o pai não se manifestou nos
autos principais. Esse entendimento foi mantido no tribunal estadual. No STJ, a Terceira Turma
confirmou essa posição. (Notícias do STJ de 17/11/2015).
No direito processual, não há defeito que não possa ser sanado. Por mais grave que seja, mesmo
que apto a gerar a invalidade do procedimento ou de um dos seus atos, todo defeito é sanável. Não
há exceção a essa regra. […]. Mesmo nos casos de ausência de citação ou de citação defeituosa
que gerou revelia, vícios transrescisórios, que permitem a invalidação da decisão judicial após o
prazo da ação rescisória [...], há possibilidade de suprimento do defeito pelo comparecimento do
réu ao processo (art. 214 do CPC). Para Pontes de Miranda, inclusive, se o réu citado/intimado
regularmente na execução da sentença proferida em processo com tal defeito comparecer e não o
apontar, sanado está o vício pela preclusão. (Fredie Didier Jr., Curso de Direito Processual Civil, vol.
1, 7ª ed. Salvador: Juspodivm, 2007, p. 234).
Informativo 539, STJ: A nulidade da decisão do relator que julgara agravo de instru-
mento do art. 522 do CPC sem prévia intimação do agravado para resposta não deve ser
declarada quando suscitada apenas em embargos de declaração opostos em face de
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acórdão que, após a intimação para contrarrazões, julgou agravo regimental interposto
pela outra parte. Segundo entendimento do STJ (REsp 1.148.296-SP, submetido ao rito
do art. 543-C do CPC, DJe 18/9/2010), a intimação da parte recorrida para apresentação
de contrarrazões é condição de validade da decisão que causa prejuízo ao recorrente.
Apesar de esse paradigma ressaltar a importância do contraditório no procedimento
recursal, a nulidade decorrente da ausência de intimação para contrarrazões não deve
ser tida por insanável, pois o contraditório se renova continuamente no curso do pro-
cesso, abrindo-se oportunidade às partes para se manifestarem. Na linha de entendi-
mento doutrinário, se até mesmo a ausência de citação pode ficar sanada pela posterior
citação em processo de execução, a fortiori a ausência de mera intimação também fica
sanada com a intimação realizada em momento posterior. Já a estratégia de permanecer
silente, reservando a nulidade para ser alegada em um momento posterior, já foi recha-
çada, inclusive sob a denominação de “nulidade de algibeira”, pela 3ª Turma do STJ.
Precedentes citados: REsp 756.885-RJ, Terceira Turma, DJ 17/9/2007; e AgRg no AREsp
266.182-RJ, Segunda Turma, DJe 24/5/2013. (TERCEIRA TURMA, REsp 1.372.802-RJ,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/3/2014).
Julgado: STJ. REsp 756885/RJ. […]. 3. Sem que haja prejuízo processual, não há nulidade
na intimação realizada em nome de advogado que recebeu poderes apenas como esta-
giário. Deficiência na intimação não pode ser guardada como nulidade de algibeira, a ser
utilizada quando interessar à parte supostamente prejudicada. […]. (Rel. Ministro HUM-
BERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/08/2007, DJ 17/09/2007,
p. 255).
Citado o réu e não apresentada a contestação, será ele considerado revel no processo de
conhecimento. No processo de execução há apenas o prosseguimento do feito.
A citação traz também variados efeitos, ainda que ordenada por juízo incompetente!
São eles:
• 1) induz litispendência;
• 2) torna litigiosa a coisa; e
• 3) constitui em mora o devedor.
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Constitui em Mora o Devedor: essa é apenas uma das hipóteses de constituição em mora,
mas a hipótese processual civil, por isso é tratada no Código. O tema é melhor estudado nos
artigos 397 e 398 do CC, em que há as hipóteses extraprocessuais de constituição em mora
e as exceções possíveis.
A interrupção da prescrição, por sua vez, ocorre a partir do despacho que ordena a cita-
ção, retroagindo à data de propositura da ação, desde que o autor adote, no prazo de 10 dias,
as providências necessárias para viabilizar a citação. Caso assim não se comporte, a inter-
rupção da prescrição não retroagirá à data da propositura da ação. Apesar de alguma diver-
gência doutrinária, entende-se, neste caso, que a interrupção da prescrição corre na data da
citação propriamente.
Julgado: STJ. REsp 1636677/RJ. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPE-
CIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO DE DANOS MORAIS.
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nessa parte, não provido. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 06/02/2018, DJe 15/02/2018).
Como há nomeação à autoria para correção do polo, o prazo de 10 dias para diligenciar a
citação do real legitimado é contado do processamento da nomeação, com a retroação dos
efeitos da interrupção da citação à data da propositura da inicial.
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A interrupção da prescrição ocorrerá ainda que haja extinção sem resolução do mérito por
ilegitimidade ativa ad causam.
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Julgado: STJ. REsp 750.443/PR. […]. 3. “O que releva notar, em tema de prescrição, é se
o procedimento adotado pelo titular do direito subjetivo denota, de modo inequívoco e
efetivo, a cessação da inércia em relação ao seu exercício. Em outras palavras, se a ação
proposta, de modo direto ou virtual, visa a defesa do direito material sujeito à prescrição”
(REsp 23.751/GO, Quarta Turma, Rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, DJ 8/3/93).
4. É pacífico neste Tribunal que a citação válida, operada em processo extinto sem reso-
lução, é meio hábil para interromper a prescrição, a teor do art. 219, § 1º, do CPC. 5.
Recurso especial improvido. (Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA,
julgado em 19/03/2009, DJe 13/04/2009).
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O gabarito é a letra “c”, pois a lei processual privilegia as intimações por meio eletrônico.
As demais são corretas. Destaque para a letra “a”, que você acabou de estudar acima.
A citação é pessoal, mas pode ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador
do réu/executado/interessado e também pode ser feita em qualquer lugar em que se encontre.
A citação dos entes públicos (União/Estados/DF/Municípios e autarquias) é feita perante
o órgão de Advocacia Pública responsável.
O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for co-
nhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Existem situações em que a citação não é feita e deve ser adiada, respeitando-se a si-
tuação peculiar do citado, salvo para evitar o perecimento do direito (neste caso, ainda que
presente a hipótese de não citação, o ato será realizado). As hipóteses de não citação são: a)
quem estiver participando de culto religioso; b) de cônjuge, de companheiro ou de qualquer
parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau,
no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes; c) noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao
casamento; d) doente, enquanto grave seu estado.
Se o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de receber a citação, o ato
não será realizado e, nesta hipótese, não há a exceção segundo a qual para evitar perecimento
do direito é possível realizar a citação. Neste caso o oficial de justiça descreverá e certificará
a ocorrência e o juiz nomeará curador ao citado após analisar declaração médica da família
ou laudo médico realizado nos autos.
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Letra e.
A letra “a” é errada por estabelecer a regra de ser sempre pessoal, sem estabelecer as res-
salvas do Código (pode ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu/
executado/interessado).
Existem situações em que há processo válido sem a citação do réu, como, por exemplo, no
indeferimento da petição inicial. É esse o erro da letra “b”.
É possível a citação daquele que estiver participando de culto religioso na situação de evitar
perecimento do direito e você acabou de ver isso acima, o que torna a letra “c” errada.
O erro da letra “d”, por fim, é dizer que será feita inicialmente por oficial de justiça.
Resposta correta é a letra “e”.
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Letra c.
Na hipótese da “a”, o oficial não realizará a citação. Apenas descreverá e certificará a situação
para o juiz.
No item “b” o examinador elencou de forma incorreta o rol. Com exceção das microempresas
e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter
cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de cita-
ções e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
O item “c” é o gabarito.
No item “d”, o erro é que é possível realizar a citação para evitar o perecimento do direito.
Na alternativa “e”, a solução não é a citação por edital, mas sim a por hora certa.
Por Correio: citação pelo correio é a regra e a preferência do Código, a não ser em relação
às empresas públicas e privadas (com a ressalva às microempresas e empresas de pequeno
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porte), além dos entes públicos (União/Estados/DF/Municípios), que são obrigados a manter
cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos para receberem as citações pelo
meio eletrônico.
A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: a) nas ações de
estado; b) quando o citando for incapaz; c) quando o citando for pessoa de direito público; d)
quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; e)
quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando có-
pias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço
do juízo e o respectivo cartório.
Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a en-
trega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondên-
cia, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei,
que o destinatário da correspondência está ausente.
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Letra c.
A incorreta é letra “c”. Mais uma vez, as bancas cobram os prazos literais do CPC. O prazo
para as decisões interlocutórias é de 10 dias.
As demais alternativas estão corretas. Destaco a alternativa “e”, que você acabou de aprender
acima.
Por Oficial de Justiça: se a citação por correio for frustrada ou não permitida, caberá a ci-
tação por oficial de justiça. Há um caráter subsidiário nesta modalidade, que é mais custosa
do ponto de vista prático.
O Código prevê que quando, por duas vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, inti-
mar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato,
voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. No dia e na hora designados, o oficial
de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência
do citando a fim de realizar a diligência. É a chamada citação com hora certa!
Mesmo que na hora certa marcada não esteja o citando no local, o oficial fará a citação
mediante certidão, deixando a contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho. Feita a
citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou in-
teressado, no prazo de 10 dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta,
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telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. Há, portanto, essa co-
municação posterior na citação por hora certa.
A jurisprudência do STJ, nas hipóteses de citação por hora certa, tem se orientado no sen-
tido de fixar, como termo inicial do prazo para a contestação, a data da juntada do mandado
de citação cumprido, e não a data da juntada do Aviso de Recebimento dessa comunicação
posterior do art. 254 do NCPC.
Julgado: STJ. AgRg nos EDcl no REsp 886.721/SP. [...]. 3. Em processo de execução,
tem cabimento a citação por hora certa. [...]. (Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
QUARTA TURMA, julgado em 20/05/2010, DJe 27/05/2010).
Por Escrivão ou Chefe de Secretaria: neste caso, o citando apenas comparece no cartório,
ocasião em que o escrivão ou o chefe de secretaria apenas certifica nos autos que houve ci-
ência do processo, dando o sujeito por citado.
Por Edital: o Código prevê a citação por edital quando desconhecido ou incerto o citando
e quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontre.
Não basta que a parte diga não saber onde está o réu para que haja a citação por edital.
O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua lo-
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calização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos
cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
No CPC, para a realização da citação por edital, é preciso exaurir os outros meios.
Os requisitos para a citação por edital são: a) a afirmação do autor ou a certidão do ofi-
cial informando a presença das circunstâncias autorizadoras; b) a publicação do edital na
rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do
Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos; c) a determinação, pelo
juiz, do prazo, que variará entre 20 e 60 dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo
mais de uma, da primeira; d) a advertência de que será nomeado curador especial em caso
de revelia.
A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circuns-
tâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 vezes o salário-mínimo,
que será revertida em favor do citado.
O Código prevê, ainda, uma sistemática especial de citação para ação de usucapião de
imóvel. Nessas ações, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por
objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
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Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito
real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
§ 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:
I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação ab-
soluta de bens;
Súmula 263, STF: “O possuidor deve ser citado, pessoalmente, para a ação de usuca-
pião.”
Súmula 391, STF: “O confinante certo deve ser citado pessoalmente para a ação de usu-
capião.”
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dos confinantes e, por edital, dos réus em lugar incerto e dos eventuais interessados”
(art. 942). 2. Os confrontantes têm grande relevância no processo de usucapião porque,
a depender da situação, terão que defender os limites de sua propriedade e, ao mesmo
tempo, poderão fornecer subsídios fáticos ao magistrado. 3. Com relação ao proprietário
e seu cônjuge, constantes no registro de imóveis, é indispensável, na ação de usucapião,
a citação deles (e demais compossuídores e condôminos) como litisconsortes neces-
sários, sob pena de a sentença ser absolutamente ineficaz, inutiliter data, tratando-se de
nulidade insanável. 4. No tocante ao confrontante, apesar de amplamente recomendá-
vel, a falta de citação não acarretará, por si, causa de irremediável nulidade da sentença
que declara a usucapião, notadamente pela finalidade de seu chamamento - delimitar a
área usucapienda, evitando, assim, eventual invasão indevida dos terrenos vizinhos - e
pelo fato de seu liame no processo ser bem diverso daquele relacionado ao dos titulares
do domínio, formando pluralidade subjetiva da ação especial, denominada de litiscon-
sórcio sui generis. 5. Em verdade, na espécie, tem-se uma cumulação de ações: a usu-
capião em face do proprietário e a delimitação contra os vizinhos, e, por conseguinte,
a falta de citação de algum confinante acabará afetando a pretensão delimitatória, sem
contaminar, no entanto, a de usucapião, cuja sentença subsistirá, malgrado o defeito ati-
nente à primeira. 6. A sentença que declarar a propriedade do imóvel usucapiendo não
trará prejuízo ao confinante (e ao seu cônjuge) não citado, não havendo efetivo reflexo
sobre a área de seus terrenos, haja vista que a ausência de participação no feito acar-
retará, com relação a eles, a ineficácia da sentença no que concerne à demarcação da
área usucapienda. 7. Apesar da relevância da participação dos confinantes (e respec-
tivos cônjuges) na ação de usucapião, inclusive com ampla recomendação de o juízo
determinar eventual emenda à inicial para a efetiva interveniência - com citação pessoal
- destes no feito, não se pode olvidar que a sua ausência, por si só, apenas incorrerá em
nulidade relativa, caso se constate o efetivo prejuízo. 8. Na hipótese, apesar da citação
dos titulares do domínio e dos confinantes, com a declaração da usucapião pelo magis-
trado de piso, entendeu o Tribunal a quo por anular, indevidamdente, o feito ab initio,
em razão da falta de citação do cônjuge de um dos confrontantes. 9. Recurso especial
provido. (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 24/10/2017,
DJe 23/11/2017).
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Como na ação de usucapião eventuais interessados são citados para, se quiserem, in-
gressar na lide com oferecimento de contestação, não cabe aos interessados requerer o in-
gresso por oposição, pois não há interesse processual.
A convocação, por edital, da universalidade de sujeitos indeterminados para que integrem
o polo passivo da demanda, se assim desejarem, elimina a figura do terceiro na ação de usu-
capião.
A intervenção pretendida é desnecessária, pois a tutela buscada por meio da oposição
pode ser alcançada pela simples contestação à ação de usucapião.
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e (ii) não há nos autos nenhum lastro probatório que demonstre a posição de confinante
da recorrente, inviável a inversão do julgado, por força da Súmula n. 7/STJ. 8. Recurso
especial conhecido em parte e não provido. (Rel. MIN. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 12/02/2019, DJe 15/02/2019)
Da Intimação
Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
É esse o conceito legal.
Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a
relação processual.
Perceba que, enquanto na intimação há apenas ciência, na citação há a integração à relação.
O Código prefere a intimação por meio eletrônico, por ser a forma menos custosa e mais
prática.
Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em ór-
gão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo
os advogados das partes: pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo, ou por carta
registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo. Apenas em
último caso a intimação é feita por oficial de justiça.
Sob pena de nulidade, é indispensável que, da publicação, constem os nomes das partes
e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do
Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados. A grafia dos nomes das partes
não deve conter abreviaturas. A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome
completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos
Advogados do Brasil.
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Das Nulidades
Há alguns princípios básicos positivados em termos de nulidades. O primeiro deles é a proi-
bição de atuar contra fato próprio, ou proibição do venire contra factum proprium, que é justa-
mente impedir que aquele que deu causa a determinada nulidade requeira a sua decretação.
Também importante princípio sobre o tema de nulidades é o da instrumentalidade das
formas, previsto no art. 277. Por esse princípio, há uma primazia a não declarar a nulidade de
determinado ato se foi alcançada a finalidade por ele almejada.
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de
outro modo, lhe alcançar a finalidade.
A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte
falar nos autos, sob pena de preclusão, salvo quanto às nulidades que o juiz deva decretar de
ofício, ou se provar a parte legítimo impedimento.
Quando o MP tiver de atuar no processo, há a nulidade do feito se não ocorrer sua intima-
ção. Antes de decretar a nulidade, contudo, deve-se ouvir o MP, que pode se manifestar pela
inexistência de prejuízo, o que dispensa a declaração de nulidade já em exemplo de aplicação
da instrumentalidade das formas. Se houver declaração de nulidade, há a invalidade dos atos
praticados apenas a partir do momento em que deveria o MP atuar no feito.
O Código também traz o que se denominou de preferência pelo julgamento de mérito, que
é justamente decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, sem
que se pronuncie ou mande repetir o ato.
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Julgado: STJ. REsp 756885/RJ. [...]. 3. Sem que haja prejuízo processual, não há nuli-
dade na intimação realizada em nome de advogado que recebeu poderes apenas como
estagiário. Deficiência na intimação não pode ser guardada como nulidade de algibeira*,
a ser utilizada quando interessar à parte supostamente prejudicada. [...]. (Rel. Minis-
tro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/08/2007, DJ
17/09/2007, p. 255).
* al·gi·bei·ra; substantivo feminino; 1. Bolsa.; 2. Saquinho que as mulheres atavam à
cintura.
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Julgado: STJ. Pet 9971/DF. PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. JULGAMENTO. NULI-
DADE ABSOLUTA SUSCITADA VIA PETIÇÃO. COMPETÊNCIA. ANULAÇÃO DE ATO PRO-
CESSUAL. PREJUÍZO. NECESSIDADE. ALEGAÇÃO. MOMENTO OPORTUNO. 1. Nos termos
do art. 11, XI, do RISTJ, somente serão apreciadas pela Corte Especial as questões inci-
dentais que lhe tenham sido submetidas pelas Seções ou Turmas com base no art. 16 do
mesmo Diploma Legal, cujos incisos enumeram taxativamente as hipóteses em que isso
ocorrerá, quais sejam: (i) acolhimento de arguição de inconstitucionalidade, (ii) revisão
de jurisprudência assentada em enunciado sumular da Corte Especial; (iii) uniformiza-
ção de jurisprudência; ou (iv) conveniência da manifestação da Corte Especial em vir-
tude da relevância da questão jurídica ou da necessidade de prevenir divergência entre
as Seções. 2. No caso de petição veiculando pedido de declaração de nulidade abso-
luta de julgamento realizado por Turma, a legitimidade é do próprio órgão julgador, nos
termos do art. 15, I, do RISTJ, que afirma caber às Turmas, nos processos de sua com-
petência, “julgar o agravo de instrumento, o regimental, os embargos de declaração e as
medidas cautelares e demais arguições”. 3. A decretação de nulidade de atos processu-
ais depende da efetiva demonstração de prejuízo da parte interessada, prevalecendo o
princípio pas de nulitte sans grief. Precedentes. 4. A nulidade absoluta do processo deve
ser alegada no primeiro momento oportuno em que teve a parte para se manifestar nos
autos, sob pena de ocorrência de preclusão temporal. 5. O Poder Judiciário não pode
compactuar com a chamada nulidade guardada, em que falha processual sirva como
uma “carta na manga”, para utilização eventual e oportuna pela parte, apenas caso seja
do seu interesse. 6. Hipótese em que a nulidade absoluta foi suscitada somente após 18
meses do julgamento do recurso especial, sob a alegação de desapensamento indevido
dos autos da execução dos respectivos embargos, ocorrido ainda na origem, afirmando
que isso impediu o STJ de ter acesso à memória de cálculo que teria instruído a petição
inicial. Ressalva feita em sede de embargos de declaração no próprio recurso especial,
de que seria defeso ao STJ examinar a memória de cálculo, ante ao óbice do enunciado
n. 07 da Súmula/STJ, tendo a Turma julgadora se baseado na premissa de que, embora
confuso, o acórdão do Tribunal Estadual indicou que o demonstrativo do débito não foi
apresentado ou ao menos que era incompleto, sendo qualquer dessas hipóteses sufi-
ciente para determinar a extinção da execução. 7. Petição não conhecida. (Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 03/02/2014).
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Letra c.
A resposta é a letra “c”.
O erro da assertiva I é que se a nulidade já foi decretada de ofício pelo juiz, não há sentido em
se alegá-la.
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A assertiva III está errada por causa da vedação ao comportamento contraditório, que você
acabou de aprender acima. Aliás, sabendo que a III é errada, já seria o suficiente para marcar
a letra “c”.
Da Distribuição e do Registro
Quando se ajuíza uma ação, deverá haver o seu registro e sua distribuição onde houver
mais de um juiz. A distribuição corporifica o princípio do juiz natural, pois impede a escolha
do órgão julgador, por isso ela deve ser aleatória e alternada.
Há determinados casos que são necessariamente direcionados a um juízo, o que se deno-
mina distribuição por dependência, o que ocorre quando: a) houver conexão ou continuência
com outra causa já ajuizada; b) tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmen-
te alterados os réus da demanda; c) houver ajuizamento de ações que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo
sem conexão entre eles.
A regra da distribuição é que seja feita aleatoriamente. A hipótese de distribuição por de-
pendência é excepcional, uma vez que constitui verdadeira ressalva ao princípio da paridade
estabelecido no antigo artigo 252 do CPC/73, atual artigo 285 do NCPC, necessário a impedir
a sobrecarga de trabalho. Como regra de exceção, é comezinha a lição segundo a qual sua
interpretação deve ser restrita.
Por derradeiro, chamamos a atenção para o desdobramento da concentração das causas idênticas
em um só juiz: recebendo os autos, o magistrado deve extinguir todos os processos com base na
litispendência, condenando o autor pela litigância de má-fé. (Costa Machado).
A teleologia da inovação legislativa, que foi impedir a deslealdade processual e a violação do juiz
natural, diverge da necessidade de aferição da má-fé na reiteração do pedido em comarca diversa.
É certo que a boa-fé nas relações processuais se presume; entretanto, o art. 253, II, do CPC [atual
art. 286, II] determina a distribuição por dependência sem a necessidade de se demonstrar a má-fé
do autor. Dessarte, independente da comprovação de má-fé, o ajuizamento de nova ação em co-
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marca distinta e igualmente competente não excepciona a regra de distribuição por dependência,
quando houver desistência e o pedido for reiterado, nos termos do art. 253, II, do CPC. (ITA do REsp
944214/SP).
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de tempo entre o ajuizamento das causas, período no qual o Fisco prosseguiu regular-
mente a atividade de constituição do título executivo. 8. Importa aqui que o fim último de
ambas as ações é a retomada do procedimento administrativo a partir do decisum que
teria indevidamente deixado de apreciar os segundos embargos de declaração, ou seja,
visam ao mesmo resultado e veiculam pedidos semelhantes. 9. Ademais, a distribuição
por dependência estatuída no art. 253, II, do CPC diz respeito à competência funcional
– ou seja, de natureza absoluta – derivada da atuação do Juízo na primeira demanda,
de forma que agiu acertadamente o Juízo da 7ª Vara Federal de Curitiba/PR ao declinar
de ofício de sua competência. 10. Recurso especial não provido. (Rel. Ministro CASTRO
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/03/2010, DJe 22/03/2010).
A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços eletrôni-
co e não eletrônico do advogado. Há casos de dispensa de procuração, notadamente quando
o autor atuar em causa própria, quando a parte estiver representada pela Defensoria Pública
ou nas situações em que a lei dispensa a procuração, como, por exemplo, quando a União
está em juízo, caso em que o Advogado da União não precisa juntar procuração.
DICA!
A nomeação judicial de Núcleo de Prática Jurídica para patro-
cinar a defesa de réu dispensa a juntada de procuração.
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Atos Processuais
Thiago Pivotto
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RESUMO
O CPC tem como regra a liberdade da forma processual, exceto se a lei expressamente
exigir alguma forma específica.
O art. 188 do CPC traz um dos princípios mais importantes no Processo Civil: o da ins-
trumentalidade das formas. Sempre que um ato desrespeitar determinada formalidade, ainda
assim ele poderá ser considerado válido se a finalidade essencial dele for preenchida.
Regra Publicidade
Quando o exija o interesse público ou social;
Quando o processo tratar sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação,
união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
Exceções
Quando no processo constar dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
(segredo de justiça)
Quando o processo versar sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta
arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada
perante o juízo.
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só haverá recusa aos negócios quando houver casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnera-
bilidade.
O negócio jurídico processual não depende de homologação, porque, por uma declaração
bilateral de vontade, há imediata constituição/modificação/extinção de direitos, na linha do
que trata o art. 200 do CPC.
Sobre a calendarização, é importante você saber que há um acordo entre todos para a
prática de atos processuais, inclusive o juiz, que fica vinculado também! Dispensa-se a inti-
mação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas
tiverem sido designadas no calendário.
Por fim, os atos e termos do processo são todos em língua portuguesa. Documentos es-
trangeiros só podem ser juntados se forem traduzidos por via diplomática, autoridade central
ou tradutor juramentado.
Os atos processuais que vimos anteriormente são realizados em dias úteis, das 6h às
20h. Nada impede que um determinado ato seja concluído posteriormente às 20h quando o
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão
realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do
horário estabelecido no CPC.
Para os atos em processo eletrônico, há a previsão de sua prática em qualquer horário até
as 24h do último dia do prazo.
Nas férias forenses e feriados não há a prática de atos processuais, salvo duas exceções:
as tutelas de urgência e a hipótese acima tratada (quando o adiamento prejudicar a diligência
ou causar grave dano).
Entende-se por feriados apenas aqueles previstos em lei, os sábados, domingos e os dias
em que não haja expediente forense.
Há ainda situações em que, mesmo durante as férias forenses, não haverá a suspensão
de determinados processos, que segundo o CPC são os seguintes: os procedimentos de ju-
risdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudi-
cados pelo adiamento; a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor
e curador; os processos que a lei determinar.
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Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compa-
recimento após decorridas 48h.
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte. A regra é que os atos sejam realizados na sede do
juízo e a exceção que permite a prática de atos em locais diversos é reservada para situações
que o Código denomina de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obs-
táculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
A contagem dos prazos processuais é sempre em dias úteis. Prazos materiais são conta-
dos de forma corrida!
No NCPC, a contagem de prazo é em dia útil. Aplica-se essa regra na execução fiscal e
nos Juizados Cíveis. Na área criminal, incluindo os Juizados Criminais, a contagem é corrida.
Para contar um prazo, você precisa excluir o dia do começo e incluir o dia do vencimento
na contagem. Além disso, os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para
o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encer-
rado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação
eletrônica.
Data da publicação é o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização do ato no Diário de
Justiça eletrônico (Dje). A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em
seu favor, desde que o faça de maneira expressa, ou seja, não há, pelo Código, a possibilidade
de renúncia tácita.
O Código prevê ainda prazos impróprios para a prática dos atos pelo juiz de primeira ins-
tância, ou seja, prazos que, se descumpridos, não acarretam nenhuma consequência proces-
sual.
Sentença 30 dias
Havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por
Decisão interlocutória 10 dias
igual tempo, os prazos a que está submetido
Despacho 5 dias
Importante tema prático − e também bastante cobrado em prova − é o prazo dobrado para
litisconsortes com diferentes procuradores. O Código fala que os litisconsortes que tiverem
diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em do-
bro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de
requerimento.
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Essa regra, contudo, não é aplicável a processos em autos eletrônicos, porque, por esse sis-
tema, todos têm acesso aos autos simultaneamente, sem tolher do outro a possibilidade de vis-
ta, e quando, havendo apenas dois réus, tão somente um deles apresenta defesa.
O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministé-
rio Público, será contado da citação, da intimação ou da notificação. Defensoria, assim como
MP, têm vista pessoal dos autos, sendo que o ciente do DP ou MP não inicia a contagem do
prazo, apesar de configurar a intimação, havendo a necessidade de remessa dos autos. “O
termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Públi-
co, a data da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que
a intimação pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado.”
O termo inicial da contagem dos prazos também possui variadas regras, que você pode
conferir abaixo:
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Expedição de carta para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento,
Arbitral na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formu-
lado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para inte-
grar a relação processual.
Citação é requisito de validade do processo, apesar de certa divergência doutrinária que o
aponta como requisito de existência.
Citado o réu e não apresentada a contestação, será ele considerado revel no processo de
conhecimento. No processo de execução há apenas o prosseguimento do feito.
A citação traz também variados efeitos, ainda que ordenada por juízo incompetente!
São eles: 1) induz litispendência; 2) torna litigiosa a coisa; e 3) constitui em mora o devedor.
A citação é pessoal, mas pode ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador
do réu/executado/interessado e também pode ser feita em qualquer lugar em que se encon-
tre.
A citação dos entes públicos (União/Estados/DF/Municípios e autarquias) é feita perante
o órgão de Advocacia Pública responsável.
O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for co-
nhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Existem situações em que a citação não é feita e deve ser adiada, respeitando-se a si-
tuação peculiar do citado, salvo para evitar o perecimento do direito (neste caso, ainda que
presente a hipótese de não citação, o ato será realizado). As hipóteses de não citação são: a)
quem estiver participando de culto religioso; b) de cônjuge, de companheiro ou de qualquer
parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau,
no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes; c) noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao
casamento; d) doente, enquanto grave seu estado.
Se o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de receber a citação, o ato
não será realizado e, nesta hipótese, não há a exceção segundo a qual para evitar perecimento
do direito é possível realizar a citação. Neste caso o oficial de justiça descreverá e certificará
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a ocorrência e o juiz nomeará curador ao citado após analisar declaração médica da família
ou laudo médico realizado nos autos.
Existem várias formas de realizar a citação. São elas: 1) por correio; 2) por oficial de justi-
ça; e 3) por escrivão ou chefe de secretaria; 4) por edital; 5) por meio eletrônico.
Citação pelo correio é a regra e a preferência do Código, a não ser em relação às empresas
públicas e privadas (com a ressalva às microempresas e empresas de pequeno porte), além
dos entes públicos (União/Estados/DF/Municípios), que são obrigados a manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos para receberem as citações pelo meio eletrônico.
A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: a) nas ações de
estado; b) quando o citando for incapaz; c) quando o citando for pessoa de direito público; d)
quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; e)
quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
O Código prevê que quando, por duas vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, inti-
mar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato,
voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. No dia e na hora designados, o oficial
de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência
do citando a fim de realizar a diligência. É a chamada citação com hora certa!
Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
É esse o conceito legal. O Código prefere a intimação por meio eletrônico, por ser a forma me-
nos custosa e mais prática.
Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em ór-
gão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo
os advogados das partes: pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo, ou por carta
registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo. Apenas em
último caso a intimação é feita por oficial de justiça.
Há alguns princípios básicos positivados em termos de nulidades. O primeiro deles é a
proibição de atuar contra fato próprio, ou proibição do venire contra factum proprium, que é
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justamente impedir que aquele que deu causa a determinada nulidade requeira a sua decre-
tação.
Também importante princípio sobre o tema de nulidades é o da instrumentalidade das
formas, previsto no art. 277. Por esse princípio, há uma primazia a não declarar a nulidade de
determinado ato se foi alcançada a finalidade por ele almejada.
O Código também traz o que se denominou de preferência pelo julgamento de mérito, que
é justamente decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, sem
que se pronuncie ou mande repetir o ato.
Quando se ajuíza uma ação, deverá haver o seu registro e sua distribuição onde houver
mais de um juiz. A distribuição corporifica o princípio do juiz natural, pois impede a escolha
do órgão julgador, por isso ela deve ser aleatória e alternada.
Há determinados casos que são necessariamente direcionados a um juízo, o que se deno-
mina distribuição por dependência, o que ocorre quando: a) houver conexão ou continuência
com outra causa já ajuizada; b) tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmen-
te alterados os réus da demanda; c) houver ajuizamento de ações que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo
sem conexão entre eles.
Se a parte não efetuar o pagamento de custas na distribuição da petição inicial, haverá
sua intimação, na pessoa de seu advogado, para efetuar o pagamento em 15 dias, e, caso a
parte não o faça, haverá o cancelamento da distribuição do feito.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (VUNESP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRE-
TO/2019) Mara mora em um imóvel há 16 (dezesseis) anos e, preenchidos os requisitos legais,
decide propor ação de usucapião para aquisição originária da propriedade. O imóvel em que
Mara reside está registrado perante o Cartório de Registro de Imóveis em nome de Samuel.
O vizinho da direita se chama Pedro, o da esquerda, Paulo, e o vizinho do fundo, João. Sara alega
ser proprietária do mesmo imóvel em razão de um contrato de compra e venda que nunca foi
levado a registro.
Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
a) Mara deve citar a União, o Estado e o Município, sendo dispensada de citar Pedro, Paulo e
João, considerando que eles têm conhecimento sobre a disputa do imóvel.
b) Sara, tendo conhecimento da ação e não tendo sido citada, deverá oferecer oposição, ape-
nas contra Mara.
c) Por se tratar de um procedimento especial, os prazos previstos para Mara serão reduzidos
em relação ao procedimento comum adotado na parte geral do Código de Processo Civil.
d) Para a propositura da ação, Mara deverá citar por edital Samuel, Pedro, Paulo e João e citar
pessoalmente a União, o Estado e o Município.
e) Sara é considerada eventual interessada e, por isso, pode aproveitar a citação por edital
para apresentar contestação.
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é certo afirmar que o prazo fatal para que apresente a defesa no interregno legal, desconside-
rando haver qualquer feriado estadual ou municipal, atendendo apenas aos nacionais, será:
a) 27.05.2019 (segunda-feira).
b) 17.06.2019 (segunda-feira).
c) 15.05.2019 (quarta-feira).
d) 05.06.2019 (quarta-feira).
e) 24.05.2019 (sexta-feira).
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c) Os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando a ação tiver por objeto unidade
autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada, pois a delimita-
ção do referido imóvel já está definida no registro da matrícula do imóvel ou na convenção do
condomínio.
d) Conforme entendimento do STJ, deve o autor proceder à citação, na qualidade de litiscon-
sortes necessários, do proprietário e do seu cônjuge, referidos no registro de imóveis, sob
pena de a sentença ser absolutamente ineficaz, tratando-se de nulidade insanável.
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eletrônico não foi juntada aos autos e, posteriormente, foi registrado o andamento de decurso
Acerca das consequências decorrentes do referido problema técnico, é correto afirmar que,
revelia.
b) não se extingue o direito de praticar o ato processual de defesa, mas se produzem os efei-
tos da revelia.
c) caracteriza-se hipótese de justa causa, cabendo ao juiz permitir ao réu a prática do ato no
d) não está configurada hipótese de justa causa, mas não se converte o réu em revel.
a) com a devolução dos autos feita pela Secretaria Administrativa da Instituição ao Poder
Judiciário.
b) pela abertura de vistas feita pelo serventuário do Poder Judiciário, ainda em cartório.
blico foi informado de que um processo judicial de interesse de seu assistido tinha sido des-
Nesse caso, de acordo com o Código de Processo Civil, a Defensoria Pública tem prazo:
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c) idêntico ao de qualquer parte, que começa a fluir com a sua intimação pessoal;
d) em dobro para se manifestar, que começa a fluir com a publicação da intimação no diário
oficial;
e) em quádruplo para se manifestar, que começa a fluir com a publicação da intimação no
diário oficial.
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a) Negócio jurídico processual é ato exclusivo das partes, que privilegia a autonomia de von-
tade destas, não se sujeitando ao controle de validade, por parte do juiz.
b) Para a celebração de negócio jurídico processual, não se exige que o sujeito tenha capaci-
dade de ser parte e de estar em juízo.
c) A cláusula de eleição de foro é exemplo de negócio processual atípico.
d) O pressuposto objetivo geral para os negócios jurídicos processuais atípicos é a aptidão de
o direito envolvido submeter-se a autocomposição.
e) O negócio jurídico que limita o processo a um único grau de jurisdição é exemplo de pacto
meramente procedimental.
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a) 60 dias.
b) 30 dias.
c) 20 dias.
d) 10 dias.
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a) cinco dias.
b) três dias.
c) quarenta e oito horas.
d) quinze dias
e) trinta dias.
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c) a intimação dos membros da Advocacia Pública pode se dar por meio eletrônico.
d) os entes públicos são dispensados do pagamento de custas recursais, previsão esta que
não se aplica às suas autarquias.
e) os entes públicos devem ser citados pessoalmente na pessoa de seus procuradores, sendo
vedada a citação por meio eletrônico.
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b) A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Públi-
ca responsável por sua representação judicial.
c) A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, não sendo relevante o con-
teúdo da demanda, podendo ser citado através dessa modalidade quem for réu em ações de
estado ou quando o citando for pessoa de direito público.
d) Se fará citação por oficial de justiça apenas se a tentativa de citação por correio for frus-
trada, não tendo o autor a possibilidade de, desde o início do trâmite processual, requerer a
citação por essa forma.
e) A citação com hora certa não será efetivada se a pessoa da família ou o vizinho que houver
sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se re-
cusar a receber o mandado.
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frustrada a intimação postal, proceder-se-á ao ato por meio do Diário Oficial eletrô-
nico.
II – Em qualquer hipótese, o juiz determinará de ofício as intimações em processos
pendentes.
III – A intimação será feita pessoalmente ou por hora certa, inexistindo porém a intimação
por edital, modo que é restrito à citação e aos atos notariais extrajudiciais.
IV – A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas res-
pectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de
Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
V – A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa
credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pú-
blica, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qual-
quer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
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a) poderão ser concluídos após as 20 horas os atos iniciados antes, quando o adiamento pre-
judicar a diligência ou causar grave dano.
b) serão realizados em dias úteis, das 6h às 22h.
c) quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos eletrônicos, esse deverá
ser protocolado no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei
de organização judiciária local.
d) as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se, desde que com autorização judi-
cial, no período de férias forenses, onde houver, e nos feriados.
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c) somente as citações podem ser feitas por hora certa ou edital; já as intimações podem
eventualmente realizar-se por edital, defeso porém o ato com hora certa.
d) é obrigatório aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte, por via
postal, juntando-se aos autos em seguida cópia do aviso de recebimento.
e) o juiz determinará, a requerimento das partes, as intimações em processos pendentes, de-
feso o ato de ofício.
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GABARITO
1. e 28. a
2. b 29. d
3. d 30. c
4. E 31. E
5. e 32. a
6. C 33. b
7. C 34. a
8. E 35. b
9. b 36. d
10. d 37. a
11. c 38. c
12. e 39. b
13. a 40. e
14. C 41. a
15. a 42. c
16. d 43. e
17. e 44. a
18. b 45. c
19. e 46. b
20. c 47. c
21. b 48. b
22. d 49. a
23. b 50. a
24. d
25. a
26. b
27. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (VUNESP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO
PRETO/2019) Mara mora em um imóvel há 16 (dezesseis) anos e, preenchidos os requisitos
legais, decide propor ação de usucapião para aquisição originária da propriedade. O imóvel
em que Mara reside está registrado perante o Cartório de Registro de Imóveis em nome de
Samuel. O vizinho da direita se chama Pedro, o da esquerda, Paulo, e o vizinho do fundo, João.
Sara alega ser proprietária do mesmo imóvel em razão de um contrato de compra e venda que
nunca foi levado a registro.
Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa correta.
a) Mara deve citar a União, o Estado e o Município, sendo dispensada de citar Pedro, Paulo e
João, considerando que eles têm conhecimento sobre a disputa do imóvel.
b) Sara, tendo conhecimento da ação e não tendo sido citada, deverá oferecer oposição, ape-
nas contra Mara.
c) Por se tratar de um procedimento especial, os prazos previstos para Mara serão reduzidos
em relação ao procedimento comum adotado na parte geral do Código de Processo Civil.
d) Para a propositura da ação, Mara deverá citar por edital Samuel, Pedro, Paulo e João e citar
pessoalmente a União, o Estado e o Município.
e) Sara é considerada eventual interessada e, por isso, pode aproveitar a citação por edital
para apresentar contestação.
Letra e.
Sara é considerada interessada e, conforme art. 259, I, do CPC, há a necessidade de sua cita-
ção por edital para oferta de contestação. Como na ação de usucapião eventuais interessados
são citados para, se quiserem, ingressar na lide com oferecimento de contestação, não cabe
aos interessados requerer o ingresso por oposição, pois não há interesse processual. Tam-
bém não há procedimento especial para a ação de usucapião.
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pelo rito comum, movida por Jerusa, que alega ter sido vítima de danos morais praticados pela
exposição indevida de suas fotos sensuais, postadas pelo réu em uma rede social. Tal audi-
ência ocorreu com a presença dos litigantes e seus patronos, em 06.05.2019 (segunda-feira)
e restou infrutífera. O mandado de citação foi juntado aos autos em 24.04.2019 (quarta-feira),
tendo recebido a citação em 10 de abril de 2019 (quarta-feira). Considerando que Marcel é
assistido pela Defensoria Pública de seu Estado, na defesa de seus direitos nesse processo,
é certo afirmar que o prazo fatal para que apresente a defesa no interregno legal, desconside-
rando haver qualquer feriado estadual ou municipal, atendendo apenas aos nacionais, será:
a) 27.05.2019 (segunda-feira).
b) 17.06.2019 (segunda-feira).
c) 15.05.2019 (quarta-feira).
d) 05.06.2019 (quarta-feira).
e) 24.05.2019 (sexta-feira).
Letra b.
O prazo é de 15 dias a partir da audiência de conciliação ou de mediação, conforme art. 335,
I, do CPC. Como há a Defensoria no patrocínio da causa, dobra-se o prazo: 30 dias a partir de
06/05/2019, mas é preciso contar os dias úteis apenas e deve-se desconsiderar o primeiro
dia (06/05), com isso, o prazo fatal é 17/06, uma segunda-feira.
Letra d.
Conforme art. 180 do CPC, o Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se
nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal. Não é em todo caso que essa
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prerrogativa ocorrerá. Existem inúmeras situações em que o prazo é simples (ex.: na ação
de controle abstrato, nos Juizados Especiais etc.). O § 2º do mesmo artigo é o gabarito da
questão, ao afirmar o seguinte: não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
Errado.
Conforme o art. 278 do CPC, a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade
em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Além disso, a supressio é um
instituto permitido no âmbito jurisprudencial, a depender da análise do caso concreto.
Letra e.
Conforme art. 246, § 1º, do CPC, com exceção das microempresas e das empresas de peque-
no porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de
processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais
serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
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Certo.
Conforme art. 186, § 1º, do CPC, o prazo em dobro da Defensoria Pública tem início com a
intimação pessoal.
Certo.
Pelo art. 240, § 1º, do CPC, o despacho que ordena a citação retroagirá à data da propositura
da ação e interrompe a prescrição.
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Errado.
Conforme art. 240 do CPC, a citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente,
induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
Letra b.
A intimação da Fazenda Pública é pessoal e se dará por carga, remessa ou meio eletrônico, na
linha do art. 183, § 1º, do CPC. Além disso, o NCPC não repetiu a exigência de intimação da Fa-
zenda Pública nas ações de usucapião, novamente a indicar a alternativa “b” como a errada.
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I – Realizada a citação o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
II – Os litisconsortes, ainda que casados, que tiverem diferentes procuradores, de escritó-
rios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas mani-
festações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
III – É possível o ajuizamento de ação de indenização por acidente de trânsito contra o se-
gurado apontado como causador do dano e contra a seguradora obrigada por contrato
de seguro em litisconsórcio passivo.
IV – Nas ações de fornecimento de medicamentos, em razão da solidariedade entre a União,
os Estados e os Municípios, é necessário o chamamento ao processo dos demais en-
tes federativos.
Letra d.
Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
É o equívoco do inciso I. No inciso IV, o erro é afirmar que há a necessidade de chamamento
ao processo dos demais entes federativos. A solidariedade não importa litisconsórcio passivo
necessário, mas apenas facultativo.
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Letra c.
Dispõe o parágrafo único do art. 197 do CPC que, nos casos de problema técnico do sistema
e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos andamentos, poderá
ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput, e § 1º. Essa previsão, por sua vez,
afirma que, decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processu-
al, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que
não o realizou por justa causa. Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e
que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
Letra e.
O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério
Público será contado da citação, da intimação ou da notificação. Defensoria, assim como MP,
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têm vista pessoal dos autos, sendo que o ciente do DP ou MP não inicia a contagem do prazo,
apesar de configurar a intimação, havendo a necessidade de remessa dos autos. “O termo ini-
cial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público, a data
da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a intimação
pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou por mandado.”
Letra a.
A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processu-
ais. Sendo que o prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, tudo confor-
me art. 186 do CPC.
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Certo.
O art. 242, § 3º, do CPC, afirma que a citação da União, dos estados, do Distrito Federal, dos
municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada
perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Letra a.
O gabarito é literalidade do art. 183, § 1º, do CPC. As autarquias e fundações públicas gozam
do prazo dobrado assim como os entes federados. O prazo para apelação em MS é de 15 dias,
mas o prazo dobrado é de 30 dias. Não há prazo dobrado no JEFP. Prazo em quádruplo era
previsão do CPC/1973, que não existe mais.
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Letra d.
Conforme art. 190, há a necessidade de o direito admitir autocomposição para que haja o
negócio jurídico processual, por isso o gabarito. O negócio jurídico processual sujeita-se ao
controle de validade pelo juiz. Há a necessidade de o sujeito ser capaz para firmar o negócio.
Cláusula de eleição de foro é negócio típico, previsto no art. 63, § 1º, do CPC. Não é possível
negócio jurídico que modifique competência absoluta e, nessa linha, que limite grau de juris-
dição.
Letra e.
Não é possível convalidação de inexistência jurídica, nem mesmo com trânsito em julgado.
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Letra b.
O gabarito está conforme a literalidade do art. 274, parágrafo único, do CPC. A regra é que a
intimação é feita pelo oficial de Justiça quando frustrada a realização pelo correio. É possível
intimação por hora certa. Em processo findo não há mais intimações. Por fim, a parte arguirá
a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual
será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
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d) 25/10/2018
e) 26/10/2018
Letra e.
Contestação deve ser ofertada em 15 dias. Sendo Conselho Regional, há o prazo dobrado: 30
dias a contar do próprio dia 14, pois a questão fala que esse é o “termo inicial”, logo, já des-
contou o primeiro dia do cômputo: 30 dias úteis a partir do dia 14 faz com que o prazo fatal
seja o dia 26/10/2018, considerando o feriado nacional do dia 12/10.
Letra c.
O gabarito está conforme o art. 190 do CPC. Os negócios não podem ser celebrados em pro-
cessos que versem sobre direitos de qualquer natureza, mas apenas nos que admitam auto-
composição. Não pode ser celebrado com parte incapaz. O juiz pode recusar sua aplicação,
pois realiza o controle de validade. A fixação de calendário é uma possibilidade para os ne-
gócios.
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Letra b.
O gabarito está conforme o § 1º do art. 269 do CPC. Na letra “a”, não há a exceção pretendida
pela questão. A retirada dos autos do cartório ou da secretaria por pessoa credenciada a pe-
dido do advogado ou da sociedade de advogados torna válida a intimação. Por fim, os advo-
gados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade
a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
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c) Apenas I e III.
d) Apenas III.
Letra d.
Não há mais prazo em quádruplo no NCPC. As autarquias e fundações dos entes federados
submetem-se ao prazo dobrado, não ao mesmo prazo das partes em geral.
Letra b.
Quinze dias de prazo para o recurso, que é contado dobrado, ou seja, 30 dias.
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c) I, II, III e IV.
d) II, III e IV, apenas.
e) II e IV, apenas.
Letra d.
Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. As demais ques-
tões estão conforme os art. 222, § 1º, e 218, §§ 1º e 3º, do CPC.
Letra a.
Conforme o art. 36 do CPC. Não há a previsão de segredo de justiça por envolver pronuncia-
mento judicial estrangeiro. Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país
que recusar o cumprimento de carta rogatória, por isso é possível realizar a citação por esse
meio, conforme art. 256 do CPC. Não cabe revisão de mérito do pronunciamento judicial obje-
to da carta, conforme art. 36, § 2º, do CPC. O ato não é, por fim, de jurisdição voluntária.
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a) em que seja parte Estado estrangeiro ou pessoa jurídica de direito público externo.
b) que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
c) em que seja parte associação qualificada como serviço social autônomo.
d) nos quais o valor da causa é superior a 40 salários mínimos vigentes à época da proposi-
tura da ação.
e) em que se discute a aplicação de direito estrangeiro incidente sobre contratos internacio-
nais.
Letra b.
A resposta está conforme o art. 189, IV, do CPC. Literalidade da norma.
Letra c.
A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto, dentre outras hipóte-
ses, quando o citando for pessoa de direito público. Para elas, há a preferência de citação por
meio eletrônico.
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Letra a.
Cinco dias, conforme art. 218, § 3º, do CPC.
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Letra d.
Apenas o item II está errado, pois a Advocacia Pública terá prazo em dobro para contesta-
ção. O item I está conforme o art. 178 do CPC e o item III está de acordo com o art. 183, § 1º,
do CPC.
Letra c.
Conforme o art. 183, § 1º, do CPC. Conforme o art. 184 do CPC, o membro da Advocacia Pú-
blica será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício
de suas funções. O art. 183 afirma que a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro
para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intima-
ção pessoal. A dispensa do pagamento das custas é aplicável às suas autarquias. Por fim,
a citação por meio eletrônico é uma das formas aceitas e preferenciais para citação de entes
públicos.
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Errado.
Conforme art. 190 do CPC, versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição,
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo.
Letra a.
Conforme art. 229 do CPC, os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escri-
tórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifes-
tações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. Essa contagem
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dobrada é cessada se, havendo apenas dois réus, é oferecida defesa por apenas um deles. E,
por fim, não se aplica essa contagem dobrada aos processos em autos eletrônicos.
Letra b.
Conforme a literalidade do art. 269, § 3º, do CPC. A citação pode ser feita na pessoa do repre-
sentante legal ou do procurador do réu. É relevante o conteúdo da demanda para definição da
modalidade de citação. Há a possibilidade de o autor requerer a citação por oficial de Justiça
no início da demanda. Por fim, a citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa
da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente,
a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
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Letra a.
Gabarito conforme a literalidade do art. 218, § 3º, do CPC. Quando a lei ou o juiz não deter-
minar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 horas.
Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. A parte poderá
renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira
expressa. Por fim, o prazo dobrado previsto no item “e” não depende de requerimento.
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V – A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa
credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pú-
blica, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qual-
quer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
Letra b.
É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em con-
trário, conforme art. 271 do CPC. Há no CPC a previsão de intimação por edital (vide art. 275,
§ 2º, do CPC). As duas últimas assertivas estão corretas, conforme literalidade do art. 269,
§ 3º, e 272, § 6º, do CPC.
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Letra d.
Carta arbitral, conforme art. 237, IV, do CPC, que assim dispõe: “será expedida carta arbitral,
para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua
competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória”.
Letra a.
Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade,
o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. É a primazia dos pro-
nunciamentos de mérito. Questão conforme art. 282, § 2º, do CPC.
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b) a citação não pode ser realizada durante o período de férias forenses, por expressa deter-
minação legal de suspensão de todos os atos processuais.
c) não poderá efetuar a citação se constatar, no momento da prática do ato, que o cônjuge do
réu tiver falecido há menos de dois dias.
d) se por três vezes o oficial procurar o réu sem sucesso em sua residência ou domicilio,
havendo suspeita de ocultação, poderá intimar qualquer pessoa da família ou, na falta, um
vizinho, de que no próximo dia útil retornará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
e) essa modalidade de citação somente ocorrerá se primeiramente for frustrada a tentativa
de citação pelo correio.
Letra c.
Gabarito conforme a literalidade do art. 244, II, do CPC. Independentemente de autorização
judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias foren-
ses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário entre 6h e 20h. Na letra “d”,
basta que o oficial procure o réu sem sucesso por duas vezes. Por fim, a citação por oficial de
Justiça ocorre em outras hipóteses previstas no CPC, além da situação na qual a citação pelo
correio for frustrada.
Letra b.
Conforme art. 191, § 2º, do CPC, dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato
processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
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O calendário vincula o juiz também, pode ser firmada pela fazenda pública e não precisa as-
sumir forma determinada em lei. Por fim, segredo de justiça não é matéria aceita para fins de
negociação.
Letra e.
No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo o desinteresse na realização da audiência, o ter-
mo inicial para a contagem do prazo será, para cada um dos réus, a data de apresentação de
seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. Quanto ao prazo, atente-se para o fato
de serem autos eletrônicos, então a contagem é de 15 dias úteis apenas.
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a) poderão ser concluídos após as 20 horas os atos iniciados antes, quando o adiamento pre-
judicar a diligência ou causar grave dano.
b) serão realizados em dias úteis, das 6h às 22h.
c) quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos eletrônicos, esse deverá
ser protocolado no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei
de organização judiciária local.
d) as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se, desde que com autorização judi-
cial, no período de férias forenses, onde houver, e nos feriados.
Letra a.
Gabarito conforme o art. 212, § 1º, do CPC. O horário padrão para a realização dos atos pro-
cessuais é de 6 às 20 horas. Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos
não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribu-
nal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local. Por fim, na letra “d”, não há a
necessidade de autorização judicial.
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Letra c.
Gabarito conforme o art. 42, § 3º, do CPC. Para a validade do processo, é indispensável a cita-
ção do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou
de improcedência liminar do pedido. O comparecimento espontâneo do réu ou do executado
supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação
de contestação ou de embargos à execução. A citação será feita pelo correio para qualquer
comarca do país, exceto, dentre outras hipóteses, nas ações de estado. Por fim, na letra “e”,
não há a condicionante de ser ordenada por juízo competente, ou seja, ainda quando ordena-
da por juízo incompetente haverá esses efeitos.
Letra d.
Gabarito conforme art. 218, § 1º, do CPC. Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo
juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. Será con-
siderado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. Na contagem de prazo
em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis, regra válida
apenas aos prazos processuais. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compre-
endidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
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Letra a.
Gabarito conforme art. 75, § 3º, do CPC. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz
determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do
prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. No caso de ação possessória em que
figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupan-
tes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais. Por fim, há a possibili-
dade de reconvenção pelo advogado com procuração geral, pois é uma das modalidades de
defesa.
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Letra c.
Gabarito conforme art. 229 do CPC. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calen-
dário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Na letra “b” não há essa possi-
bilidade de aceitação pela parte contrária. Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de
petições ou de manifestações em geral ocorrerá de forma automática, independentemente de
ato de serventuário da Justiça. Por fim, não é qualquer processo que verse sobre interesses
de incapazes que tramitará em segredo de justiça.
Letra b.
Gabarito conforme art. 231, III, do CPC.
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Letra c.
Conforme art. 262 do CPC, a carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser
ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se
praticar o ato.
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Letra b.
Conforme art. 282, § 2º, do CPC, quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem apro-
veite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-
-lhe a falta.
Letra a.
Gabarito conforme art. 213 do CPC. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser
praticado será considerado para fins de atendimento do prazo. Durante as férias forenses e
nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se, dentre outros, a tutela de
urgência. Serão concluídos após as 20 horas os atos iniciados antes, quando o adiamen-
to prejudicar a diligência ou causar grave dano. Independentemente de autorização judicial,
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a) presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que
não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não
tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos
do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
b) serão feitas preferencialmente por oficial de justiça; frustrado o ato por esse meio, realizar-
-se-ão por meio eletrônico ou pelo correio.
c) somente as citações podem ser feitas por hora certa ou edital; já as intimações podem
eventualmente realizar-se por edital, defeso porém o ato com hora certa.
d) é obrigatório aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte, por via
postal, juntando-se aos autos em seguida cópia do aviso de recebimento.
e) o juiz determinará, a requerimento das partes, as intimações em processos pendentes, de-
feso o ato de ofício.
Letra a.
Gabarito conforme art. 274, parágrafo único, do CPC. As intimações não são feitas de forma
preferencial por oficial de justiça, mas apenas subsidiariamente. É possível intimação por
hora certa ou por edital. Não é obrigatório aos advogados promover a intimação do advoga-
do da outra parte. O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo
disposição em contrário.
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