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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DOS ATOS PROCESSUAIS

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Atos Processuais
Anderson Ferreira

Sumário
Atos Processuais (da Forma do Tempo dos Prazos do Lugar, das Comunicações dos
Atos Processuais)............................................................................................................................................................3
Dos Atos Processuais....................................................................................................................................................3
Da Forma dos Atos Processuais..............................................................................................................................3
Negócios Jurídicos Processuais.. .............................................................................................................................6
Calendário Processual.. .................................................................................................................................................7
Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais. ...................................................................................................7
Dos Atos das Partes.. ......................................................................................................................................................8
Dos Pronunciamentos do Juiz...................................................................................................................................8
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria. ........................................................................................ 10

Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais. ..................................................................................................12


Do Tempo.............................................................................................................................................................................12
Dos Prazos Dilatórios e Peremptórios..............................................................................................................14
Do Lugar dos Atos Processuais.............................................................................................................................15
Dos Prazos Processuais. . ...........................................................................................................................................17
Prazos Conferidos ao Juiz......................................................................................................................................... 22
Das Penalidades aos Serventuários.. .................................................................................................................23
Consequências da Perda de Prazo. . ..................................................................................................................... 24
Da Comunicação dos Atos Processuais. ...........................................................................................................26
Da Citação.......................................................................................................................................................................... 28
Intimação.............................................................................................................................................................................41
Das Nulidades. . ................................................................................................................................................................43
Do Valor da Causa. . ........................................................................................................................................................47
Exercícios............................................................................................................................................................................50
Gabarito...............................................................................................................................................................................64
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................65

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Dos Atos Processuais
Anderson Ferreira

ATOS PROCESSUAIS (DA FORMA DO TEMPO DOS


PRAZOS DO LUGAR, DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS
PROCESSUAIS)
Olá, querido(a) aluno(a)! É com grande alegria e extremo entusiasmo que inicio, junto a
você, mais um encontro virtual. Nosso bate papo de hoje será sobre o conteúdo encartado na
Parte Geral, Livro IV, do Novo Código de Processo Civil, que se refere aos atos processuais,
assunto de grande importância na dinâmica processual.
Antes de iniciar a aula, gostaria de fazer um pedido muito importante: leia as lições com
muita atenção, porquanto além de tratarem de um tema bem explorado pelas bancas exami-
nadoras, há uma série de alterações no tópico relativo às comunicações processuais com o
advento da Lei n. 14.195/21. Dessa maneira, peço um cuidado especial com as novidades,
pois pode ser que a banca examinadora explore o assunto, porque as novidades nos atraem.
Eu mesmo estou ansioso para assistir o novo filme do Tom Cruise, Top Gun 2, Maverick (rs).
Bem, posto isso, venha comigo, vamos iniciar os trabalhos!

Dos Atos Processuais


Amigo (a), os atos praticados durante o processo consistem em manifestações emanadas
pelas partes ou pelos sujeitos que nele atuam, ou seja, são práticas humanas em um determi-
nado tempo, lugar e com uma determinada forma, os quais se relacionam ao processo.

Da Forma dos Atos Processuais


Os atos processuais podem ser classificados quanto à forma em:
• Solenes: são atos sobre os quais recaem alguma forma estabelecida por lei, como a
obrigatoriedade da utilização da língua portuguesa nos termos do processo ou a ne-
cessidade de o Ministério Público ser intimado em atos que deva intervir, a exemplo de
situações que envolvam interesses de incapazes.
• Não solenes ou de forma livre: Diz-se que os atos do processo são informais quando
eles podem ser praticados livremente, isto é, não há previsão legal para prática de de-
terminado ato. Saliento que nosso sistema acolheu a liberdade das formas, consoante
estatui o artigo 188 do Novo Código, o qual, também, consagra o princípio da instrumen-
talidade das formas.

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.
(...)

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Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

Os atos processuais solenes devem cumprir as formalidades exigidas por lei, sob pena
de nulidade.

Ok, vimos que, como regra, adotou-se o princípio da liberdade das formas. Mas a pergunta
é: se um ato for praticado de modo informal, quando, em verdade, a lei determinar uma forma-
lidade para a sua prática, o que acontecerá efetivamente?
No caso supracitado, verifica-se a possibilidade de aproveitamento do ato, porquanto será
aplicada a instrumentalidade das formas (na perspectiva de que o processo não deve ser um
fim em si mesmo). Veja o artigo 277: “Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz consi-
derará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
Consoante as normas fundamentais aplicadas ao Processo Civil, em regra, os processos
são públicos e, com efeito, os atos também serão. Entretanto, algumas situações pessoais
podem minorar a publicidade dos autos e dos atos praticados, como: relações familiares re-
lativas ao casamento, divórcio, filiação, guarda; aquelas que exijam segredo por questões de
interesse público, que versem sobre proteção da intimidade ou acerca de questões relativas à
arbitragem com estipulação de confidencialidade.

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a con-
fidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

Uma vez estabelecida a minoração da publicidade, o acesso e a consulta aos autos e o


requerimento de certidões serão restritos às partes e aos seus procuradores. Contudo, poderá
ser franqueada consulta a terceiro que demonstre interesse jurídico na causa, além do direito
de requerer certidão de dispositivo de sentença, assim como do inventário e da partilha resul-
tantes de divórcio ou separação.

§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir cer-
tidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

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O terceiro que evidenciar interesse jurídico na causa pode requerer ao juiz certidão do dispo-
sitivo da sentença (decisão do julgador, o desfecho sobre aquilo que foi pedido) bem como de
inventário de partilha resultantes do divórcio ou separação.

001. (VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2016) Assinale a alter-


nativa correta, no que concerne aos atos processuais.
a) Os atos e termos processuais sempre dependem de forma determinada, reputando-se nulos
os que forem realizados de outro modo.
b) Todos os atos processuais são públicos, sem exceção.
c) O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos em processo que tramite
em segredo de justiça é restrito às partes e a seus procuradores.
d) O terceiro, ainda eu demonstre interesse jurídico, não pode requerer ao juiz certidão de dis-
positivo de sentença, bem como de inventário.
e) Não existe a obrigatoriedade do uso do vernáculo em todos os atos e termos do processo.

a) Errada. Vimos que os atos e os termos processuais independem de forma determinada,


salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial (art. 188 do CPC).
b) Errada. Negativo! Há exceções ao princípio da publicidade (nesse sentido o artigo 189, inci-
sos I a IV).
c) Certa. A assertiva alinha-se ao teor do artigo 189, § 1º do CPC de 2015.
d) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 189, § 2º do CPC de 2015.
e) Errada. Antes de mais nada, vale mencionar que vernáculo é a linguagem própria do nos-
so país, nossa gloriosa língua portuguesa. Com isso entendido, segundo o artigo 192 do
CPC de 2015:

Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O
documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompa-
nhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central,
ou firmada por tradutor juramentado.
Letra c.

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Negócios Jurídicos Processuais


O Direito Processual Civil é um ramo do Direito Público, dotado de normas cogentes (im-
posição obrigatória) e legalmente estabelecidas. Todavia, a Lei de Ritos permite às partes a
convenção de certos aspectos ou regramentos ínsitos ao processo. Nessa linha de pensamen-
to, é possível que, em controvérsias acerca de direitos sobre os quais se admita autocompo-
sição (possibilidade de os sujeitos firmarem acordo), as partes possam convencionar prazos,
encargos, faculdades processuais durante a marcha do processo, desde que sejam maiores
e capazes.
No entanto, o Juiz deverá participar da convenção e controlá-las para que não incidam
sobre a negociação nulidades, cláusulas abusivas ou vulnerabilidade de uma das partes, con-
forme a inteligência do artigo 190 do Código de 2015.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante
o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

Então:

Juiz aceita e controla a


convenção

Autor maior e capaz


Réu maior e capaz (acerta
(acerta sobre direitos
sobre direitos disponíveis
disponíveis sobre os quais
sobre os quais seja
seja admitida
admitida autocomposição)
autocomposição)

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Calendário Processual
A Lei de Ritos permite que Juiz e as partes, em comum acordo, fixem um calendário para
a prática de atos processuais, o qual vincula os participantes e os Juízes. As datas estabele-
cidas só poderão ser alteradas por justo motivo e, uma vez ajustadas, caso sejam alteradas,
deverá haver intimação da parte para que não haja prejuízo processual.

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiên-
cia cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais


Bem amigo (a) do Gran Cursos Online, vivemos na era da informática e é forçoso reconhe-
cer a dependência dos computadores e da internet. Utilizamos nossos aparelhos de modo a
acessar a rede mundial de computadores para os mais diversos fins, como para o trabalho,
para o lazer e, como você está fazendo, para o estudo.
Diante disso, o Código destinou alguns artigos para tratar sobre a prática eletrônica dos
atos processuais. Mas vale dizer que a ideia de atuação por meio eletrônico não vem de 2015,
com a nova legislação de ritos. As disposições acerca dos processos judiciais eletrônicos
ingressaram no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Lei n. 11.419/06, a qual alterou a
Lei n. 5.869/1973. Você se lembra dessa legislação? Isso mesmo! O Código de Processo Civil
anterior, e, além de incidir sobre a Lei de Ritos vigente, Lei n. 13.105/2015, irradiou seus efeitos
para os outros ramos do direito instrumental, quais sejam: Processo Penal, Trabalhista, bem
como para os juizados especiais, além de lançar efeitos em qualquer grau de jurisdição.
Então, com o advento da Lei n. 11.419 de 2006, os autos (a materialização do processo)
que tinham o suporte em papel, passam a se materializar por meio do tráfego de informações,
arquivos e documentos digitais, com todas as nuances da informática como certificações, se-
gurança da informação, dentre outras características afetas a esses procedimentos.
Sendo assim, a nova sistemática processual admite autos:
• Físicos: cujo suporte para informação ainda é o papel (e alguns autos são tão antigos
que, por pouco, o suporte não foi o papiro egípcio!).
• Digitais: o suporte é o meio eletrônico.
• Híbridos: conjugação dois os suportes supratranscritos: físico e eletrônico.

Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que se-
jam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.

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Agora, saliento que sobre os processos eletrônicos recaem todas as garantias processuais,
tais como: a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e dos procuradores
constituídos por elas, além da disponibilidade, independência da plataforma computacional,
acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder
Judiciário administre no exercício de suas funções.
Chamo a sua atenção para o fato de o Poder Judiciário manter, sem custos aos interes-
sados, equipamentos necessários à prática de atos processuais e sistemas de acesso aos
documentos. Caso não seja possível praticar o ato por meio eletrônico, o Código admite a prá-
tica por meios não eletrônicos, até porque o que não pode ocorrer é o cerceamento de um ato
processual sem que haja culpa da parte ou do procurador por ela constituído.

Dos Atos das Partes


Bem, as partes do processo podem produzir declarações de vontade durante a marcha
processual, as quais constituem, modificam ou extinguem direitos.
Quanto a essas declarações, elas podem ser:
• Unilaterais: são atos que não dependem da anuência da parte adversa da relação jurídi-
ca processual (como no caso da petição inicial ou contestação).
• Bilaterais: atos que, por seu turno, dependem da aquiescência, concordância da parte
que ocupa o outro polo da demanda para surtirem os efeitos pretendidos (é o caso da
transação).

Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade pro-
duzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.

A desistência da ação só produz efeitos depois da homologação do Juiz!

O Novo Código prevê uma vedação no que se refere ao lançamento de cotas lineares mar-
ginais ou interlineares (escritos fora, ao lado ou entre as linhas dos autos), as quais o Magis-
trado mandará riscar e imporá multa de metade do salário mínimo a quem as tenha escrito.

Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar,
impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.

Dos Pronunciamentos do Juiz


Amigo (a), durante o curso do processo, o Magistrado fará pronunciamentos, com o objeti-
vo de sentenciar a demanda carreada ao Poder Judiciário.
Nesse conduto de raciocínio, o Juiz poderá se pronunciar por meio de:

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• Sentenças: pronunciamentos do julgador os quais visam terminar a fase de conheci-


mento ou extinguir a execução. Quando vai sentenciar, o Juiz examina a demanda a ele
levada. As sentenças podem se encartar nos artigos 485 (rol com hipóteses de extinção
do processo sem julgamento de mérito) e 487 (rol com hipóteses de extinção do pro-
cesso com julgamento de mérito). Como exemplo, a decisão proferida que obriga um
vizinho a se abster de ouvir músicas em volume ensurdecedor no condomínio.
• Decisões interlocutórias: são pronunciamentos de natureza decisória do Magistrado
que não encerram a fase de conhecimento ou extinguem a execução. Tratam-se de de-
cisões que não colocam fim ao processo. Seria o caso de uma decisão que rejeita o
pedido de gratuidade da justiça. Perceba que não se decidiu a demanda, o Juiz apenas
admitiu uma questão que orbita o mérito.
• Despachos: são pronunciamentos do Juiz que objetivam dar continuidade ao processo,
os quais não possuem conteúdo decisório. Não se trata de sentença nem de decisão
interlocutória e podem ser praticados por ofício ou a requerimento da parte, como a de-
signação de audiência, intimação da parte. Saliento que, sobre esses pronunciamentos,
não será cabível recurso.
• Acórdãos: esses são pronunciamentos exarados em Tribunais, por um colegiado (mais
de um Julgador), como em casos de recursos. Equivalem à sentença no primeiro grau
de jurisdição.
• Decisões monocráticas: são decisões proferidas pelo Relator (responsável por instruir
os autos e produzir um relatório para decisão do colegiado), o qual as toma, de forma
isolada, quando o Código assim assegura.

Ok, vistos esses pronunciamentos, veja a diferença entre pronunciamentos por meio de um
quadro esquemático.
JUIZ (1º grau de jurisdição) TRIBUNAIS
Sentença Acórdão
Decisão interlocutória Decisão monocrática

Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despa-


chos.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Os pronunciamentos acima mencionados serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico.
Além do exposto, vale ressaltar que, durante a marcha processual, é possível a prática de atos
meramente ordinatórios, caracterizados por serem atos de expediente do Tribunal, os quais
podem ser confiados ao diretor de secretaria, a servidor, tais como juntar um documento ao
processo que podem ser revistos pelo Juiz quando for necessário.

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002. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Quanto aos atos do juiz,


assinale a alternativa correta.
a) São atos meramente ordinatórios, forma pela qual o juiz resolve questão incidente, quando
praticados em decorrência de juntada de documento essencial para o deslinde da causa
b) Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de des-
pacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
c) Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do feito, põe fim ao processo, resol-
vendo todas as questões que deram causa à propositura da ação.
d) Decisão interlocutória compreende todos os demais atos do juiz praticados no processo, de
ofí­cio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
e) Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais, desde que jul-
guem o mérito da demanda e reformem a sentença.

a) Errada. Segundo o artigo 203, § 4º:

Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho,


devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
b) Certa. A assertiva harmoniza-se com o artigo 203, § 4, acima transcrito.
c) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 203 do CPC. Vejamos o preceptivo:

Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1º


Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedi-
mento comum, bem como extingue a execução. § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento
judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. (Grifo nosso)
d) Errada. Vimos a definição de decisão interlocutória acima.
e) Errada. Segundo o artigo 204 do CPC, “Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos
tribunais”.
Letra b.

Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria


Prezado(a), comentarei acerca desse importante serventuário da justiça, cujos atos pro-
cessuais consistem em receber a petição inicial, autuar (“montar” os autos) com menção ao
juízo e à natureza do processo, bem como o número do registro, qualificar as partes (dados

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que as individualizem autor e réu, como, por exemplo, consignar seus nomes) anexar os volu-
mes dos autos, quando excederem o número de páginas possíveis para um volume.
Além do exposto, compete a esse insigne auxiliar da justiça realizar juntada de documen-
tos (acostar aos autos algum documento), franquear vistas do processo às partes e procura-
dores, rubricar e numerar as páginas do processo e assiná-las, ressalvar (retificar) a existência
de rasuras ou erros materiais e certificar (expedir certidão por meio da qual se comunica com
o Magistrado acerca de ocorrências havidas no processo, como, por exemplo, quando as pes-
soas intervenientes no ato não puderem assinar documentos).
O Escrivão ou chefe de secretaria não deve admitir atos ou termos processuais com espa-
ços em branco (salvo quando inutilizados, a fim de evitar inclusões posteriores indevidas) ou
rasura (haja vista que essas situações podem comprometer a validade do ato), bem como en-
trelinhas ou emendas, exceto quando ressalvadas (retificadas com assinatura do serventuário).

003. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006/ADAPTADA) Leia os itens a seguir.


I – Ao receber a petição inicial, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito,
o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início.
II – O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma
quanto aos suplementares.

Item I: certo. Segundo o artigo 206 do Novo Código de Processo Civil (NCPC):

Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando


o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início,
e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Item II: certo. Segundo o artigo 207 do NCPC: “O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e
rubricará todas as folhas dos autos”. Olha, vou dizer uma coisa para você, eu sou Escrivão de
Polícia no Distrito Federal e pense em algo que eu já fiz demais! Rubricar! Hoje menos em razão
do Processo Judicial Eletrônico (PJE).

Mesmo com o advento do Processo Judicial Eletrônico, de acordo com o artigo 210 do Código
de Processo Civil, é permitido o uso da taquigrafia, da estenotipia (métodos utilizados para
aumentar a velocidade da escrita) ou outro método idôneo em qualquer juízo ou Tribunal.

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Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais


Do Tempo
Tratarei acerca do tempo, amigo(a), aquele que não para, aquele que voa, aquele que não
volta... Portanto, aproveite esse precioso ativo! Bem, sem divagações, quando falo de tempo
para os atos do processo, refiro-me ao momento de realização dos atos processuais e chamo
a sua atenção para o fato de que a prática dos atos do processo será realizada em DIAS ÚTEIS
(essa foi uma importante alteração trazida pela legislação de 2015), no período compreendido
entre 6 (seis) horas e 20 (vinte) horas.

Os atos processuais, em regra, serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas.

No entanto, essa regra pode ser flexibilizada em alguns atos, os quais poderão ser conclu-
ídos após as 20 (vinte) horas, uma vez iniciados antes das vinte badaladas noturnas. Isso é
possível quando o adiamento da realização do ato, depois do horário citado, puder prejudicar a
diligência ou causar grave dano.

Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento preju-
dicar a diligência ou causar grave dano.

É isso, algumas diligências determinadas pelo Magistrado deverão ser realizadas depois
das vinte horas, como, por exemplo, uma audiência de instrução e julgamento mais complexa,
na qual um depoimento é mais extenso e a oitiva foi iniciada às 18 horas, porém não acabou às
20 horas. Sendo assim, para não interromper o depoente e ser necessário marcar uma nova ou-
vida, estende-se a instrução até as 20h30 para não prejudicar a linha de raciocínio já iniciada.
No que se refere às citações, intimações e penhoras, esses atos poderão ser realizados
durante as férias forenses, nos Tribunais onde elas ocorrerem, feriados ou dias úteis, mesmo
que em horário diverso dos elencados no artigo 212 do Código, qual seja: das 6 horas às 20
horas. Porém, há de ser respeitado o artigo 5º, inciso XI da Carta Fundante, o qual versa sobre
a inviolabilidade de domicílio e elenca as hipóteses autorizadoras do ingresso na casa de ou-
trem, cujo estudo é mais aprofundado nas lições de Direito Constitucional e Penal.

Art. 5º (...)
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

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Conforme o teor do § 2º do artigo 212, as citações, intimações e penhoras poderão ser reali-
zadas no período de férias forenses, nos feriados ou em dias úteis, até fora do horário estabe-
lecido no artigo mencionado (6 às 20 horas), desde que respeitado o inciso XI da Constituição.

§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão rea-


lizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.

Bem, como dito linhas acima, vivemos na época dos processos judiciais eletrônicos e as
práticas relativas a processos com esse formato podem ocorrer em qualquer horário até as
24 (vinte e quatro horas) do último dia do prazo estabelecido. Veja, o artigo 213 afirma que:
“A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e
quatro) horas do último dia do prazo.”
Veja, ilustre leitor(a), os atos processuais não serão realizados durante as férias forenses,
nos Tribunais onde elas ocorrerem, e feriados. Essa é a regra, que é flexibilizada pela Lei n.
13.105 de 2015.

Vixe, professor! Então existem exceções?

Sim! Alguns atos podem ser praticados nos tempos acima mencionados e até já vimos al-
guns, mas vamos organizar melhor as ideias. Podem ser praticados durante as férias forenses
(nem todos os Tribunais possuem esse período) e feriados:
• Citações, intimações e penhoras (já citados em parágrafo acima).
• Em casos de tutela de urgência (até porque o nome já nos diz que não dá para esperar,
como no caso de uma internação para salvar a vida de um paciente infartado).

Alguns procedimentos também serão processados em férias forenses como em situações


de procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, pro-
cessos relativos à ação de alimentos e remoção de tutores e curadores, além de processos
sobre os quais a lei determinar processamento nos períodos acima descrito.

Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela su-
perveniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando
puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar.

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Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos
e os dias em que não haja expediente forense.

Observe que sábados, domingos e dias nos quais não haja expediente forense serão con-
siderados feriados.

Dos Prazos Dilatórios e Peremptórios


Os prazos peremptórios são os que não podem ser modificados pelas partes (são cogen-
tes) e os dilatórios são os passíveis de alteração em razão de convenção das partes, requerida
antes do vencimento do lapso temporal estabelecido com estribo em motivo razoável. Agora,
cumpre destacar que essa classificação quanto aos prazos, em verdade, possui pouca relevân-
cia com o advento da Lei n. 13.015 de 2015, pois, como dito em linhas anteriores, o NCPC, por
meio dos artigos 190 e 191, estabelece a possibilidade de as partes estabelecerem mudanças
no procedimento, a fim de ajustá-los às especificidades da causa, além de possibilitar a fixa-
ção de calendário para a prática de atos processuais.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante
o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audi-
ência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
(...)
Art. 222 (...)
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.

004. (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/ADVOGADO/2019) Quanto aos atos e fatos pro-


cessuais, pode-se afirmar que
a) os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças, despachos, decisões interlocutórias
e atos ordinatórios.
b) após o advento do processo eletrônico, é defeso utilizar taquigrafia ou estenotipia para o
registro de atos processuais.
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c) os atos processuais serão realizados em dias úteis das 8 (oito) às 20 (vinte) horas.
d) a prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até às 20 (vinte)
horas do último dia do prazo.
e) independentemente de autorização judicial, as penhoras poderão ser realizadas em período
de férias forenses.

a) Errada. Segundo o artigo 203 do CPC de 2015: “Os pronunciamentos do juiz consistirão em
sentenças, decisões interlocutórias e despachos”.
b) Errada. Antes de mais nada, devemos ter em mente que defeso significa proibido. Com isso
compreendido, tem-se que, segundo o artigo 210 do CPC de 2015: “É lícito o uso da taquigrafia,
da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal”.
c) Errada. Segundo o artigo 212 do CPC de 2015: “Os atos processuais serão realizados em
dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas”.
d) Errada. Segundo o artigo 213 do CPC de 2015: “A prática eletrônica de ato processual pode
ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo”.
e) Certa. Aí sim! Segundo o artigo 212, § 2º do CPC de 2015:

Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se


no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabele-
cido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Letra e.

Do Lugar dos Atos Processuais


Os atos processuais se realizarão de forma ordinária (comum), na sede do juízo onde há a
marcha processual e de forma extraordinária ou excepcional, como estabelece a Lei de Ritos,
em outro lugar em razão do interesse da justiça, natureza do ato ou obstáculo arguido pelo
interessado e acolhido pelo Juiz, conforme estabelece o artigo 217 da legislação processual.

Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcional-
mente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de
obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

Bem, com base no foi exposto, normalmente os atos são praticados no Tribunal onde o
processo tramita. Então, lá ocorrem as audiências de instrução e julgamento com oitivas de
testemunhas, dentre outros. Porém, há casos em que uma testemunha mora em outra comar-
ca e, assim sendo, o Magistrado deverá ouvi-la por carta Precatória, ou seja, o Juiz de outra
localidade procede à ouvida e remete os termos para o Julgador deprecante. Para além do
exposto, o Magistrado pode realizar uma inspeção judicial (isto é, ir até o local para alguma

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diligência) ou ele poderá proceder à oitiva de uma testemunha que não pode se deslocar fora
da sede do juízo.

005. (VUNESP/SAAE DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2018) Conforme o Código de Proces-


so Civil vigente, é correto afirmar, sobre os atos processuais, que
a) o direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir
certidões de seus atos é restrito e exclusivo aos procuradores das partes.
b) tramitam em segredo de justiça os processos em que constem dados protegidos pelo direi-
to constitucional à propriedade.
c) quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa de-
verá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto
na lei de organização judiciária local.
d) é preferencial o uso da língua portuguesa, sendo admitida a juntada de documento redigido
em língua estrangeira, por pedido justificado de forma fundamentada pela parte.
e) serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 19 (dezenove) horas.

a) Errada. Segundo o artigo 189, §§ 1º e 2º:

§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certi-
dões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
b) Errada. Opa! A Lei fala em intimidade e não em propriedade. Veja: Art. 189 (...) III – em que
constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade.
c) Certa. Segundo o artigo 212, § 3º:

Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser
protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de orga-
nização judiciária local.
d) Errada. Segundo o artigo 192 do CPC de 2015: “Em todos os atos e termos do processo é
obrigatório o uso da língua portuguesa”.
e) Errada. Os atos processuais serão realizados em dias úteis das 06 (seis) às 20 (vinte) horas
(art. 212).
Letra c.

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Bem, estudaremos, doravante, os prazos processuais, isto é, o lapso temporal, o espaço de
tempo destinado à prática de algum ato do processo, como, a título ilustrativo, os 15 (quinze)
dias para contestar os argumentos aduzidos na petição inicial.
Os prazos para os atos processuais podem ser:
• Legais: estabelecidos por lei, como o prazo de 15 dias para interpor recurso de apelação
da sentença.

Art. 218: Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
• Judiciais: estabelecidos pelo Juiz em casos de omissão do prazo. Nessas situações, o
Magistrado poderá, com base na complexidade do ato, determinar o lapso temporal para
a prática dele.

§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.

Contudo, há situações nas quais nem a lei, nem o Juiz estabelecem prazos no que se refere
às intimações ou à prática de atos processuais.

E aí? Como fazer em casos como esses?

Bem, em situações nas quais houver omissões, a Lei de Ritos dirime a questão da se-
guinte forma:
• Omissões relativas aos prazos das intimações: obrigarão o comparecimento do intima-
do após decorridas 48 (quarenta e oito horas), as quais não se confundem com dois
dias!
• Omissões relativas à prática de algum ato processual: segue-se um prazo de 5 (dias)
para a prática do ato.

§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
§3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.

Caso haja omissão relativa à prática de algum ato processual, segue-se o prazo de 5 dias!

Veja, os atos processuais deverão ser praticados no prazo a eles conferidos, seja esta-
belecido por lei ou pelo Juiz. Quando um ato é praticado dentro do interregno temporal a ele
destinado, diz-se que ele foi tempestivo. Por outro lado, se o ato é praticado fora do prazo, ele

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será considerado intempestivo e acarretará ônus processual, tal como a impossibilidade de


recorrer de decisão judicial.
Muitas vezes, no cenário processual, ocorre de um ato não ser praticado no prazo confe-
rido a ele, isto é, prazo transcorre in albis (em branco), o que gera um prejuízo àquele que se
quedou inerte.

E se o ato for praticado antes do prazo?

A título de exemplo, o ato será considerado tempestivo, portanto, dentro do prazo, o recur-
so interposto antes de iniciada sua contagem.
Querido(a), o Código de 1973 estabelecia que, se o ato fosse praticado antes do prazo a ele
conferido, seria considerado intempestivo.
Ato praticado antes do início -----------------------------------fim
Prazo de 15 dias

Com base no esquema acima, pelo Código de Buzaid, de 1973, o ato seria considerado
intempestivo.
Contudo, o Novo Código de 2015 estabelece, por meio do § 4 do artigo 218, que o ato pra-
ticado antes do prazo estabelecido será considerado tempestivo.
Ato praticado início-----------------------------------fim
Prazo de 15 dias

Com base no esquema acima o ato será válido, tempestivo. Veja como a Lei de Ritos trata
o assunto acima.

§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

No que concerne ao assunto ora tratado, uma das grandes conquistas para os advogados
se refere à contagem dos prazos em dias úteis. Conforme escrito acima, não são considerados
dias úteis os feriados, os sábados e os domingos. Então, agora é possível aos patronos das
causas terem um final de semana ou outro, porque os dias corridos, muitas vezes, dificultavam
o churrasco do domingo (rs).

Art. 219: Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somen-
te os dias úteis.

Parágrafo único: “O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.”
Perceba que o dispositivo supracitado estabelece uma regra aplicável apenas aos prazos
processuais.

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Além disso, os prazos serão suspensos no período entre o dia 20 de dezembro e 20 de


janeiro, são as chamadas “férias do advogado”. Nesse período, não podem ocorrer audiências
ou sessões de julgamento, afinal, se pudesse, as atividades seguiriam normalmente.
Quando falo de suspensão, refiro-me à paralisação do prazo, é como se o tempo para prá-
tica de atitude processual ficasse “congelado” e voltasse à contagem de onde parou. Então, se
um recurso de apelação, cujo prazo para interposição é de 15 (quinze) dias, não foi interposto
após o transcurso de 10 (dez) dias e sobreveio o recesso, após o período mencionado, ele terá
5 (cinco) dias para a prática do ato, sob pena de intempestividade recursal.

Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro, inclusive.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Mi-
nistério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão
suas atribuições durante o período previsto no caput.

Aproveito o “embalo” para evidenciar que, quando o Judiciário promover períodos destina-
dos à autocomposição (altamente recomendada pelo atual panorama processual), os prazos
serão suspensos.
Chamo sua atenção para o fato de a Lei de Ritos permitir ao Juiz prorrogar (dilatar) prazos.
Isso demonstra o poder atribuído ao Magistrado diante de situações práticas. Contudo, não é
permitido aos Juízes reduzir os prazos peremptórios (estabelecido por lei) sem a anuência da
parte, ou seja, o Julgador só pode reduzir os prazos mencionados se as partes concordarem.
Além disso, o Código estabelece que, em comarcas onde for difícil o transporte, o Juiz poderá
prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses. Esse prazo poderá ser prorrogado em caso de ca-
lamidade pública.

Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá pror-
rogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser
excedido.

O Juiz pode dilatar os prazos processuais, porém a ele é vedado reduzir prazos peremptórios,
sem a anuência das partes!

Em regra, se os atos não forem praticados em momento oportuno, não poderão mais sê-lo.
Entretanto, existem situações nas quais há justo motivo para a inação, isto é, circunstâncias
alheias à vontade da parte ou do advogado que inviabilizaram o ato, como, à guisa de exemplo,
um ato não praticado em razão de um acidente grave que a parte sofreu enquanto se desloca-

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va ao Fórum. Então, em situações como essas, se ficar comprovada a justa causa (pela parte
que a alega), o Magistrado pode permitir a prática do ato no prazo por ele determinado.
Querido(a), falei, até agora, acerca dos prazos processuais e assinalo a importância de
observá-los com muito cuidado, haja vista que a perda deles pode significar sucumbência
na demanda.

Ok! Mas como se dá a contagem dos prazos?

Bem, os prazos processuais serão contados da seguinte forma: exclui-se o dia do início e
inclui-se o dia do fim.
Então, se Bill fora citado no dia 15/05/2018 pelo oficial de justiça (dia do susto!), o qual jun-
tou o mandado de citação nos autos na mesma data, o prazo começará a correr em 16/05/2018.
Ele terá 15 (quinze) dias para contestar, ou seja, o prazo final ocorrerá no dia 06/06/2018. Opa!
Professor, contei nos dedos aqui (até os dos pés!) e percebi que deram mais de 15 dias! Por
isso que você cursou Direito e não Matemática?
Calma! É bem verdade que estou há anos luz de ser um Pitágoras, mas, nesse caso, não foi
erro, não! Perceba que o mês de maio possui sábados e domingos (os quais não são computa-
dos) e dia 31 de maio é feriado, motivo pelo qual esse dia também não é computado.

Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e
incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguin-
te, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da
hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da
informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

Quanto aos processos eletrônicos, é importante salientar que a contagem de prazos se dá


da seguinte forma: haverá a publicação do ato e, no primeiro dia útil subsequente, inicia-se a
contagem do prazo.
Ademais, quando o processo envolver litisconsortes (pluralidade de partes no processo,
seja no polo ativo, passivo ou em ambos os polos da relação jurídica processual), com diferen-
tes procuradores de escritórios distintos, o prazo será contado em dobro para as manifesta-
ções processuais. Essa hipótese não é aplicada aos processos eletrônicos, até porque a ideia
é a de que, para efetivar o direito à ampla defesa, as partes e os procuradores devem ter acesso
aos autos, os quais, muitas vezes, não estão no tribunal, porquanto uma das partes fez carga
do processo. Bem, essa problemática não ocorre nos Processos Judiciais Eletrônicos, haja
vista eles estarem disponíveis aos litisconsortes por meio da rede mundial de computadores.

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Os prazos do Ministério Público da Defensoria Pública e Advocacia Pública também são


contados em dobro e serão contados da citação, intimação ou da notificação.
Veja que interessante:
Conforme o § 1º do artigo 229, “cessa a contagem do prazo em dobro acaso existam,
apenas, dois réus e somente um deles ofereça defesa.”

Segundo o artigo 183 do Código de Processo Civil de 2015, “a Defensoria Pública gozará de
prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.”

Bem, a Lei de Ritos estabelece o momento no qual se deve considerar o início dos pra-
zos, salvo se houver disposição em sentido contrário. Vejamos abaixo como o Código inicia
a contagem:
• Quando a intimação for feita pelos correios, inicia-se o prazo na data da juntada do aviso
de recebimento (AR) nos autos.
• Quando for feita por oficial de justiça, no dia da juntada do mandado cumprido.
• Na data de ocorrência da citação ou da intimação por escrivão ou chefe de secretaria.
• Quando a comunicação for feita por edital, no dia útil seguinte ao do prazo estabelecido
pelo Magistrado.
• Quando a citação for por meio eletrônico, ela se dará no dia útil seguinte à consulta.
• Quando o ato de comunicação for feito por cartas (precatória, rogatória e de ordem), o
prazo será contado da juntada da carta cumprida ou comunicação feita ao juiz depre-
cante por meio de comunicação eletrônica.
• Na data da publicação quando a intimação se der por meio do Diário da Justiça Eletrô-
nica.
• No dia da retirada dos autos do cartório (carga) do Tribunal.

Feitas essas considerações, é importante frisar que a Lei Instrumental estabelece que
se houver mais de um intimado para prática de um ato, a contagem se dará individualmente
para cada um.

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo
correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por
oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do
chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por
edital;

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V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que
a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;

VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data
de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intima-
ção se realizar em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou
eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga,
do cartório ou da secretaria.

Outra novidade trazida pela Lei n. 14.195 de 2021 diz respeito ao início do dia do começo do
prazo no caso da citação realizada pela via eletrônica. Porém, esse assunto será verticalizado
quando do examinarmos o artigo 246, algumas páginas abaixo, é logo ali. Por enquanto, ape-
nas vejamos o dispositivo com a inclusão feita pela legislação supracitada.

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...)
IX – o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebi-
mento da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à últi-
ma das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
O parágrafo acima refere-se à existência de litisconsórcio passivo.

§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.


§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, par-
ticipe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para
cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

Prazos Conferidos ao Juiz


Linhas acima, comentei acerca das manifestações do Juiz na marcha processual. Todas
elas estão lastreadas no poder geral de decisão atribuído ao Magistrado. Diante disso, o Julga-
dor terá os seguintes prazos relativos aos pronunciamentos:
• Despachos: devem ser proferidos em 5 (cinco) dias.
• Decisões Interlocutórias: devem ser proferidos em 10 (dez) dias.
• Sentença: devem ser proferidas em 30 (trinta) dias.

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Saliento que os prazos supratranscritos são impróprios, ou seja, embora devam ser respei-
tados, não acarretam consequência ao processo, caso não sejam cumpridos (até porque, nem
sempre é possível a pronúncia do Julgador dentro do lapso temporal estabelecido em razão da
falta de estrutura no próprio juízo onde o Magistrado atua). Entretanto, os aludidos lapsos só
podem ser descumpridos se houver justo motivo, consoante trataremos mais à frente.

Art. 226. O juiz proferirá:


I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.

006. (VUNESP/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS-PROVIMEN-


TO/2019/ADAPTADA) De acordo com o Código de Processo Civil, os atos processuais serão
realizados nos prazos prescritos em lei. Sobre a matéria, assinale a alternativa correta.
O juiz proferirá os despachos no prazo de 5 (cinco) dias, as decisões interlocutórias no prazo
de 10 (dez) dias e as sentenças no prazo de 20 (vinte) dias.

Segundo o artigo 226 da Lei n. 13.105 de 2015, o Juiz proferirá as sentenças no prazo de 30
dias, despachos no prazo de 5 dias e decisões interlocutórias no prazo de 10 dias.
Errado.

Das Penalidades aos Serventuários


Amigo(a), caso os serventuários da justiça não observem as normas estabelecidas no Có-
digo, no que se refere aos prazos para fazer os autos conclusos, poderão sofrer penalidades,
as quais serão verificadas pelo Juiz, inclusive com geração de processo administrativo.
As partes o Ministério Público e a Defensoria Pública podem representar contra o serventu-
ário. Além da responsabilidade atribuída aos serventuários da justiça, advogados respondem
se não devolverem os autos no prazo de 3 (três) dias após intimados a restituí-los, com a con-
sequente perda do direito a vistas a eles fora do Cartório do tribunal, multa no valor de metade
de um salário mínimo, sem embargo de Comunicação à Ordem dos Advogados, a fim de que
sejam aplicadas as medidas cabíveis.
A mesma penalidade pecuniária evidenciada no parágrafo anterior será aplicada aos inte-
grantes do Ministério Público e aos integrantes da Defensoria Pública e da Advocacia Pública,
além de o Juiz comunicar o fato ao órgão responsável para instauração de processo em des-
favor daquele que atuou no feito.

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Dos Atos Processuais
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Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público
devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista
fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para
procedimento disciplinar e imposição de multa.
§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia
Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração
de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.

Por fim, consigno que o Juiz também pode ser representado pela parte, Ministério Público
e a Defensoria Pública, caso, de forma injustificada, exceda os prazos a ele conferidos.

Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corre-
gedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente
exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.

Então, embora os prazos do Magistrado sejam impróprios, se não houver motivo justifica-
do, ele poderá responder perante o Tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça. Caso a inércia
seja mantida, os autos serão remetidos ao substituto legal do Julgador ou do Relator.

Consequências da Perda de Prazo


Caso ocorra a perda de um prazo processual, haverá a denominada preclusão, a qual se
opera em virtude da perda de uma faculdade processual.
A preclusão pode ser classificada como:
• Temporal: opera-se quando o ato não ocorre no prazo estabelecido pela lei ou pelo Juiz.
• Consumativa: quando há um prazo para o ato, ele é realizado tempestivamente, contudo
de forma incompleta. A título ilustrativo, ocorreria na situação em que se junta um docu-
mento importante ao julgamento da causa, quando, na verdade, deveriam ser juntados
dois. Após a prática, o ato não poderá ser repetido ou, em um recurso interposto, o qual,
mesmo manejado antes do prazo, não será possível aduzir novos argumentos ou mes-
mo novo recurso.
• Lógica: quando existem atos incompatíveis entre si. É o caso de dois amigos que se de-
sentenderam em razão de contrato de compra e venda e optam pela autocomposição,
mas um deles, dois dias depois, acredita que fez um mau negócio e decide recorrer. A
atitude é incompatível, não segue um raciocínio linear.

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Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, inde-
pendentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não realizou
por justa causa.

(FIQUE DE OLHO)
Veja, os atos do Juiz também se sujeitam a preclusão. Nesse sentido, há preclusão “pro judica-
to”, a qual se caracteriza pela impossibilidade de decidir, de novo, o que fora objeto de exame.
Para além do exposto, um ponto digno de nota refere-se ao teor do artigo 225 do Código de
Processo Civil de 2015, o qual estabelece que a parte poderá renunciar ao prazo estabelecido
exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.

007. (VUNESP/IPREMM-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Os atos processuais serão rea-


lizados nos prazos previstos em lei. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridos 5 (cinco) dias.
b) Será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
c) Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa
por apenas um deles.
d) A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, de maneira
expressa ou tácita.
e) Os prazos processuais ou materiais, estabelecidos por lei ou pelo juiz, computar-se-ão so-
mente em dias úteis.

a) Errada. Conforme a dicção do artigo 218, § 2º: “quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as
intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas”.
b) Errada. Conforme a dicção do artigo 218, § 4º: “Será considerado tempestivo o ato praticado
antes do termo inicial do prazo”. Olha, eu tenho percebido que os examinadores gostam desse
dispositivo aí.
c) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 229, § 1º do
CPC de 2015.
d) Errada. Conforme a dicção do artigo 225: “A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido
exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa”
e) Errada. Conforme a dicção do artigo 219:

Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias
úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Letra c.

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Da Comunicação dos Atos Processuais


Estimado(a) leitor(a), as normas fundamentais, encartadas logo nos artigos introdutórios
do Código de Processo, evidenciam-nos a aplicação do neoprocessualismo, ou seja, a nova
perspectiva processual busca validade na Constituição de 1988, a qual franqueia a todos o
direito à ampla defesa e contraditório.
Diante do raciocínio supracitado, alguém que tem, em seu desfavor, um processo, só terá
condições de se defender, de forma ampla, se tiver ciência das ocorrências relativas à marcha
processual. Sendo assim, no curso do processo, a parte, o executado ou o terceiro juridicamen-
te interessado deverão ser comunicados sobre os atos concernentes à demanda.
Nesse diapasão, os atos processuais serão cumpridos por ordem do Juiz e as comunica-
ções poderão ser feitas por cartas, quando os atos tiverem de ser praticados fora da comarca
em que o Magistrado atua, por questões de competência.
As cartas podem ser:
• Rogatórias: são comunicações entre Estados dotados de Soberania, ou seja, entre a jus-
tiça brasileira e estrangeira. Essa comunicação tem amparo na cooperação internacio-
nal, porquanto, seja por tratado ou via diplomática, as Nações cooperam com a Justiça
do outro país.
• Precatórias: são comunicações entre os Estados dotados de autonomia no Brasil. Es-
sas cartas fazem valer a cooperação nacional, por meio da qual Juízes e auxiliares da
justiça cooperam para que a marcha processual em outra comarca seja exitosa. Ocorre
em casos nos quais é necessário escutar uma testemunha que morava em uma locali-
dade e se mudou para outra, cuja competência territorial é atribuída a outro Juiz.
• De ordem: são comunicações entre Tribunais e Juízes a ele vinculados. A título ilustra-
tivo, seria o caso de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios valer-se do
auxílio de um Magistrado o qual atua no Fórum de alguma cidade, para que prática do
ato processual.
• Arbitral: são comunicações feitas pelos juízes arbitrais (atuantes em convenção das
partes sobre direitos patrimoniais disponíveis) os quais solicitam que o Poder Judiciário
determine o cumprimento ou pratique ato formulado por juízo arbitral, o que engloba a
efetivação de tutela provisória.

Art. 237. Será expedida carta:


I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;
II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica interna-
cional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na
área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por
órgão jurisdicional de competência territorial diversa;

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IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de
sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo
estadual da respectiva comarca.

Chamo a sua atenção no sentido de que, na era da informatização, a Lei de Ritos permite
a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro meio de comunicação
tecnológica de transmissão de sons e imagens em tempo real.

008. (VUNESP/SERTPREV-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) No que diz respeito à comu-


nicação dos atos processuais, será expedida carta
a) arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área
de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por
juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
b) ao juízo federal da comarca mais próxima se o ato relativo a processo em curso na justiça
federal ou em tribunal superior houver de ser praticado em local onde não haja vara federal.
c) de ordem, pelo juízo de primeiro grau, na hipótese de o tribunal expedir carta para juízo a ele
vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.
d) precatória para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica inter-
nacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro.
e) rogatória para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na
área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formula-
do por órgão jurisdicional de competência territorial diversa.

a) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o Segundo o artigo 237, IV
do CPC de 2015.
b) Errada. Segundo o parágrafo único do artigo 237 do CPC de 2015:

Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior houver de ser prati-
cado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da respectiva
comarca.
c) Errada. Segundo o artigo 237, I do CPC de 2015: “Será expedida carta: I - de ordem, pelo tri-
bunal, na hipótese do § 2º do art. 236”.
d) Errada. Segundo o artigo 237, III do CPC de 2015:

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Será expedida carta: (...) III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine
o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judi-
ciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa.
e) Errada. Segundo o artigo 237, II do CPC de 2015:

Art. 237. Será expedida carta: (...) II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique
ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional
brasileiro.
Letra a.

Da Citação
A citação é o ato que dá ciência e convoca o réu, executando ou terceiro juridicamente in-
teressado a integrar a relação jurídica processual. Lembra-se do desenho do desenho que fiz
aula passada? Acerca da relação processual? Olha ele aí:

Juiz

Autor

Ué, professor! Faltou o réu, o demandado aí! Pois é, que bom que você sentiu falta, rs. Sem
ele no polo passivo da demanda, isto é, se ele não integrar a lide, não há uma relação jurídica
processual, no meu exemplo.
Então, para que haja validade no processo, é necessário que o réu, o demandado, seja ci-
tado para que integre a lide. Diante disso, a natureza jurídica (o que significa para o direito) da
citação é de pressuposto de validade do processo, isto é, se não houver citação válida, haverá
nulidade do processo, salvo se for o caso de improcedência liminar do pedido (prevista no arti-
go 332 do código) ou indeferimento da petição inicial (nas hipóteses do artigo 330 do diploma
processual).

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalva-
das as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

O PULO DO GATO
A citação do réu ou executado é indispensável para a validade do processo. Entretanto, o artigo
239 do Código de Processo Civil prevê a dispensa em caso de indeferimento da petição inicial
ou improcedência liminar do pedido!
Veja os artigos que se relacionam com o tema tratado, relativos ao indeferimento da petição
inicial e improcedência liminar do pedido:

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Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido gené-
rico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
(...)
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

Bem, então, após a citação, nossa relação jurídica processual volta a ser da forma como
era antes.

Juiz

Autor (demandante) Réu (demandado)

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Bem amigo(a) do Gran Cursos Online, diante das inovações trazidas com o advento da Lei n.
14.195 de 2021, temos novas regras para citação, as quais se referem à forma para que seja
realizado o ato citatório.
À luz do Código de Processo Civil, a citação pode ser definida como o ato por meio do qual são
convocados o réu, executado ou interessado para integrar a relação processual. Vista essa
definição, devemos mencionar que a Lei n. 14.195 de 2021 incluiu o parágrafo único ao artigo
238 do CPC de 2015, cujo teor enuncia que a comunicação mencionada será efetivada em até
45 dias a partir da propositura da ação.

Prositura da ação

45 dias para que a citação seja efetivada (trata-se de prazo impróprio,


um prazo para o juízo, cujo descumprimento não acarreta
consequência processual).

Conforme o Art. 238, parágrafo único: “A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco)
dias a partir da propositura da ação.” (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Vimos que a citação deverá ser endereçada ao réu, ao executado ou ao terceiro interes-
sado. Porém, o comparecimento espontâneo deles supre a falta ou nulidade da citação, até
porque, se o objetivo é dar conhecimento acerca da existência da relação processual, esse
desiderato (objetivo) foi devidamente atingido.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalva-
das as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação,
fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I – conhecimento, o réu será considerado revel;
II – execução, o feito terá seguimento.

Veja que interessante:

Em casos de citações e intimações feitas pelo correio, pelo oficial de justiça ou por cartas (roga-
tória, precatória e de ordem), o prazo para interpor recurso se inicia da juntada do aviso de recebi-
mento do mandado cumprido ou juntada da carta aos autos (STJ, Corte Especial. REsp 1.632.777
– SP, Rel. Min Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/5/2017 (recuso repetitivo) (Info 604).

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A Lei de Ritos estabelece que, se a citação válida for feita por juízo incompetente, ainda
assim ela induzirá a litispendência (quando há duas ações com identidade entre as partes,
causa de pedir e pedido), tornará litigiosa a coisa e constituirá em mora o devedor (salvo em
casos de o inadimplente já estar em mora).

Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts 397 e 398 da
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido
por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.

Observe que, consoante o § 1º do artigo 240 da Lei n. 13.105 de 2015, a interrupção operada
pelo despacho que ordena a citação retroagirá à data da propositura da ação, ainda que pro-
ferido por juízo incompetente.

§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar
a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos
previstos em lei.

009. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca do pedido, da tutela provisória, da


citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interromper
a prescrição.

Veja que a assertiva se compatibiliza com o artigo 242, § 1º.


A citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exceções nas quais a citação pode-
rá ser feita ao representante legal, procurador do réu, do executado ou de quem tenha inte-
resse na causa.

Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal
ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, pre-
posto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa

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do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habili-
tado para representar o locador em juízo.
A citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exceções nas quais a citação poderá ser
feita ao representante legal, procurador do réu, do executado ou de quem tenha interesse na causa.
Certo.

Além do exposto, a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autarquias e funda-
ções públicas serão citadas perante seus órgãos de representação, quais sejam, as advoca-
cias públicas.
Outra particularidade relativa à citação refere-se aos militares, os quais, quando em serviço
ativo, poderão ser citados nas unidades onde prestam serviço.

Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.

Uma questão que foi discutida durante a implementação do Novo Código foi a citação feita
pelo porteiro dos condomínios. Veja, muitas pessoas ocultam-se quando o assunto é citação,
porquanto sem ela o processo não tem validade (é um requisito para validade processual), sal-
vo em caso de indeferimento da petição inicial ou improcedência liminar do pedido.
Então, como nem todo mundo encanta-se em ser réu ou executado em um processo, o
condômino diz ao porteiro do condomínio que ele não deve receber nenhum documento ende-
reçado ao morador pedinte. Isso acontecia muito e ainda acontece.
Em casos como o mencionado, o Novo Código estabelece que o porteiro deve receber a
citação e, acaso não receba, deverá declarar por escrito que o destinatário está ausente, sob
pena dos encargos legais. Veja a redação do parágrafo 4º do artigo 248 da lei processual:

§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega
do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, en-
tretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destina-
tário da correspondência está ausente.

Agora, há dois pontos dignos de nota: o primeiro refere-se à possibilidade de o destinatá-


rio arguir nulidade de citação se o porteiro não entregar a citação; e o segundo refere-se ao
entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, antes da alteração do Novo
Código, ou seja, sob a vigência da Lei de Ritos de 1973, as citações feitas pelo porteiro podem
ser invalidadas.
Ademais, a citação endereçada a incapazes deverá ser realizada por meio de seus repre-
sentantes legais.
Em regra, os atos processuais (os quais conglobam a citação) podem ser realizados em
qualquer lugar. Nesse conduto de raciocínio, a citação poderá ser realizada onde quer que se

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encontre o citado: na sauna, durante um salto de Bungee Jump, no meio de uma luta de Mix and
Martial Arts, rs... deixa eu parar porque minha imaginação é fértil, você já deve ter percebido!
Contudo, em que pese a possibilidade de citação nos mais diversos locais e situações, o
Código estatui casos na vida do citado nos quais ele não será citado, como, por exemplo: em
cultos religiosos, nos três primeiros dias depois do casamento, em casos de doenças graves,
no dia do falecimento de parente em linha reta ou afim até segundo grau civil.
Porém, os casos acima não se aplicam quando houver urgência a qual possa resultar em
perecimento do direito, como no exemplo a seguir:

Pepe é responsável pelas internações em UTI e libera leitos nessa unidade, mas está no meio
do casamento. Ainda assim poderá ser citado, a fim de conceder um leito a alguém que teve
uma tutela de urgência concedida, haja vista o perigo de vida e, com efeito, o perecimento do
direto.

Agora, é bom salientar que, no ato citatório, é de bom alvitre que o oficial de justiça tenha
os devidos cuidados com a exposição de quem será cientificado, como se fosse uma “etiqueta
citatória”, sem exposições ou aviltamentos.

Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha
reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.

Outra mudança em nosso sistema refere-se ao fato de que a citação será realizada preferen-
cialmente por meio eletrônico. Para além do exposto, vale destacar que essa regra possui
aplicação imediata, ao contrário de outros dispositivos trazidos pela Lei n. 14.195 de 2021 os
quais tiveram período de vacatio legis estabelecido pela legislação mencionada.

Antes da Lei n. 14.195 de 2021 Depois da Lei n. 14.195 de 2021


Citação realizada pelo correio. Citação feita por correio eletrônico (meio
Art. 246. A citação será feita: preferencial).
I – pelo correio; Art. 246. A citação será feita preferencialmente
II – por oficial de justiça; por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o úteis, contado da decisão que a determinar, por meio
citando comparecer em cartório; dos endereços eletrônicos indicados pelo citando
IV – por edital; no banco de dados do Poder Judiciário, conforme
V – por meio eletrônico, conforme regulado em lei. regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
Observação: Essa era a redação anterior à Lei n. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021). (grifo
14.195 de 2021. O dispositivo foi revogado. nosso)

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Com relação à aplicação das disposições processuais trazidas pela Lei n. 14.195 de 2021,
cumpre destacar que elas possuem aplicação imediata, ou seja, já estão valendo.
Então, conforme dispõe o artigo 246 do CPC de 2015, a citação será feita de modo preferencial
por meio eletrônico no prazo de até dois dias úteis, contados da decisão que a determinar,
por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do Judiciário,
consoante regulamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ok, professor! Vimos que a citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, mas
vamos combinar que eu nunca vi uma lista na esquina aqui perto de casa com e-mails das
pessoas. Daí, fica um pouco difícil, né? Rs.

Bem, de acordo com os novos ditames legais, a citação deverá ocorrer no endereço indica-
do pelo citando, o que significa dizer, em outros termos, que não será indicado pelo autor. Ago-
ra, vimos que o artigo 246, caput, faz menção a um banco de dados do Poder Judiciário, o que
nos traz algumas dúvidas em relação à operacionalização do sistema e da regulamentação a
ele relativa. Enfim, vamos aguardar os dias vindouros para responder às perguntas acerca do
funcionamento do banco de dados.
Um ponto digno de nota refere-se à importância de relacionarmos o artigo 246 com o 77,
VII da Lei n. 13.105 de 2015, após as alterações, uma vez que o último preceptivo estabelece
que é dever das partes, de seus procuradores e daqueles que, de qualquer forma, participem
do processo informar e manter atualizados os dados cadastrais perante os órgãos do Poder
Judiciário.
Vejamos o dispositivo que também foi incluído pela Lei n. 14.195/2021.

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
(...)
VII – informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e,
no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações
e intimações. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Nesse sentido, percebe-se que há um dever de informar e atualizar os dados cadastrais


perante o Judiciário. Para além do exposto, cumpre salientar que o § 1º do artigo 246 do CPC
de 2015 dispõe que tanto as empresas públicas como as empresas privadas são obrigadas
a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimen-
to de citações e intimações, as quais devem ser efetuadas de modo preferencial por meio
eletrônico.

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§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetua-
das preferencialmente por esse meio.
O artigo 246, § 1º-A consigna que a ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, a contar
do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação: pelo correio; por oficial de
justiça; pelo escrivão ou chefe de secretaria, caso o citando compareça em cartório, e por edital.

Pela leitura do parágrafo acima, percebe-se que se não houver a confirmação em até 3 dias
úteis, a citação será realizada pelos métodos tradicionais, nossos velhos conhecidos de antes
da alteração legislativa, ou seja, realizar-se-á a citação pelo correio, por oficial de justiça, pelo
Escrivão ou Chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório, e por edital.
Vejamos um simples fluxograma, a fim de visualizarmos o que foi explicado:

Decisão determina
citação (cite-se)

2 dias úteis

3 dias úteis para


confirmação (contados
do recebimento da
citação eletrônica)

Não confirmou

Faz citação pelos


meios previstos no
artigo 246, § 1 A.

Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias
úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo
citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de
Justiça. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo
em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio. (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)

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§ 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação: (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – pelo correio; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
II – por oficial de justiça; (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; (Incluído pela Lei n.
14.195, de 2021)
IV – por edital. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Ok! Vimos a dinâmica no caso de a citação não ser confirmada no prazo estabelecidos pela
lei. Mas como será se o réu confirmar a citação? Bem, nessa situação, será aplicado aquilo
que estabelece o artigo 231, IX do CPC, que, diga-se de passagem, foi uma inclusão realizada
pela Lei n. 14.195 de 2021, no que se refere ao dia do começo do prazo. Vejamos o dispositivo
em comento.

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...)
IX – o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebi-
mento da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

Perceba que o dia do começo do prazo será o 5º dia útil seguinte à confirmação do recebi-
mento da citação realizada pela via eletrônica.
De posse das informações vistas até esse ponto da aula, vamos esquematizar o que foi
trabalhado.

Decisão que
determina a 3 dias úteis para Início do
citação (cite-se) confirmar prazo

2 dias úteis (prazo Conta-se 5 dias


impróprio, para o úteis, contados
juízo) do dia seguinte à
confirmação

Amigo (a), vale salientar que citação é coisa séria e, ao ler as disposições incluídas pela
Lei n. 14.195/21, percebe-se que o legislador, muito acertadamente, observou essa seriedade,
de modo que, se não for confirmado o ato citatório, não se presume o recebimento (até porque
isso poderia acarretar revelia).
Na dicção do artigo 246, § 1º - B, na primeira oportunidade que o réu citado nas formas
tradicionais tiver para se manifestar nos autos, deverá apresentar uma justa causa para a au-
sência de confirmação da citação enviada por meio eletrônico. Veja, se não for confirmado o

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recebimento da citação no prazo legal, sem uma justificativa convincente, aí pode coçar o bol-
so, pois o § 1º - C do dispositivo mencionado considera ato atentatório à dignidade da justiça
passível de multa de até 5% do valor da causa, ou seja, há sanção.

§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos incisos
I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do
recebimento da citação enviada eletronicamente. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por
cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da
citação recebida por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

O parágrafo 4º do artigo 246, incluído pela Lei n. 14.195 de 2021, dispõe que as citações
por e-mail serão acompanhadas de orientações para confirmação de recebimento e código
identificador.

§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da
confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua identificação na página
eletrônica do órgão judicial citante. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)

O § 5º do artigo 246 traz disposições relativas às microempresas e às pequenas empresas


e o § 6º do dispositivo supracitado versa acerca do compartilhamento do cadastro.

§ 5º As microempresas e as pequenas empresas somente se sujeitam ao disposto no § 1º deste


artigo quando não possuírem endereço eletrônico cadastrado no sistema integrado da Rede Nacio-
nal para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). (Incluído
pela Lei n. 14.195, de 2021)
§ 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver compartilhamento de cadastro com o órgão do
Poder Judiciário, incluído o endereço eletrônico constante do sistema integrado da Redesim, nos
termos da legislação aplicável ao sigilo fiscal e ao tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Lei
n. 14.195, de 2021)

Segundo a súmula 429 do STJ: “A citação postal, quando autorizada por lei exige o aviso de
recebimento”.
Se o oficial de justiça entender que a diligência apresenta riscos, deverá certificar (expedir uma
certidão), que é um meio de se comunicar com o juiz, relatando os fatos ocorridos.

Segundo o artigo 247 do CPC de 2015, com a redação dada pela Lei 14.195/21, a citação será
feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País. Nesse cenário, per-
cebe-se a valorização do meio eletrônico.

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Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País,
exceto: (Redação dada pela Lei n. 14.195, de 2021)
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

Segundo o artigo 246 do CPC de 2015, com a redação dada pela Lei n. 14.195 de 2021, a cita-
ção será feita preferencialmente por meio eletrônico.
Veja como era a redação do artigo 247 do Código de Processo Civil antes da redação dada pela
Lei n. 14.105 de 2021 e depois da alteração.

Art. 247. A citação será feita por


meio eletrônico ou pelo correio
Art. 247. A citação será feita pelo correio
para qualquer comarca do País,
para qualquer comarca do país, exceto:
exceto: (Redação dada pela Lei
n. 14.195, de 2021)
I – nas ações de estado, observado o disposto no art.
695, § 3º; I – nas ações de estado, observado o
II – quando o citando for incapaz; disposto no art. 695, § 3º ;
III – quando o citando for pessoa de direito público; II – quando o citando for incapaz;
IV – quando o citando residir em local não atendido III – quando o citando for pessoa de
pela entrega domiciliar de correspondência; direito público;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de IV – quando o citando residir em local
outra forma. não atendido pela entrega domiciliar de
Observação: Essa era a redação antes da Lei n. 14.195 correspondência;
de 2021
Conforme eu citei, em linhas supratranscritas, nem todo mundo sonha em ocupar o polo
passivo de uma demanda. Sendo assim, há pessoas que se ocultam em baixo da cama, no te-
lhado, dentro do armário, no interior da geladeira, dentro do saquinho do supermercado, a fim
de não serem citadas pelo oficial de justiça (rs).
Esse importante auxiliar de justiça, com base na experiência profissional, pode perceber
esse cenário e proceder à denominada citação por hora certa. Essa citação é admitida quando
o oficial de justiça tentar citar o réu por duas vezes e suspeitar que ele se oculta.
Nesse cenário, o oficial intima uma pessoa da família ou vizinho e informa que, no dia útil
seguinte, retornará em horário marcado (o auxiliar da justiça determina a hora). Na data e horá-
rio marcados, retornará e, caso o citando não esteja, bem como vizinhos e pessoas da família
não estejam ou se recusem a receber o mandado citatório, todos os fatos serão relatados ao
Magistrado em certidão.

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Por fim, o oficial de justiça entregará a contrafé (recibo da entrega da citação) a familiar ou
a vizinho e entregará a citação por hora certa ao escrivão ou chefe de secretaria para as provi-
dências cartorárias (como juntada aos autos e envio ao réu, executado ou interessado carta,
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe ciência).

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu do-
micílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de
efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será váli-
da a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento
de correspondência.
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da au-
sência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção
ou subseção judiciárias.
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que
houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se
recusar a receber o mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador es-
pecial se houver revelia.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, execu-
tado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos,
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.

Amigo (a), como medida excepcional de tentar integrar o réu ou executado à lide, existe a
chamada citação por edital. A última “trincheira” na batalha pra citar alguém!
Esse tipo de citação ocorrerá quando o réu está em local incerto e não sabido (quan-
do infrutíferas as tentativas de localizá-lo), local inacessível (quando o Estado Soberano não
der cumprimento à carta rogatória), ou em caso expresso em lei (como no caso da ação de
usucapião).

Art. 256. A citação por edital será feita:


I – quando desconhecido ou incerto o citando;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III – nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento
de carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será
divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

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010. (VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A citação por


edital será feita quando
a) desconhecido ou incerto o citando.
b) requerido pela parte autora.
c) o réu residir fora do país.
d) o recomendar o oficial de justiça.

A assertiva A está em conformidade com o que estabelece o artigo 256, I da Lei n 13.105 de 2015.
Letra a.

§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua loca-
lização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros
de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos (grifo nosso).

Agora, existem alguns requisitos para a citação por edital, tais como: a afirmação do au-
tor ou certidão do oficial de justiça que informem as circunstâncias autorizadoras da aludida
comunicação, ampla publicidade com publicação na internet, site do tribunal e plataforma do
CNJ, a determinação do prazo compreendido entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias para che-
gada do réu – prazo determinado pelo juiz - e advertência de que será nomeado um curador
especial em caso de revelia.
Os requisitos mencionados evidenciam o cuidado devido com esse tipo de citação, pois se
trata de uma citação ficta ou presumida. Sendo assim, em um sistema de garantias, como o
brasileiro, a dinâmica da citação por edital se dá da forma mencionada.

Art. 257. São requisitos da citação por edital:


I – a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autori-
zadoras;
II – a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da
data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV – a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.

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Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal
local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da
seção ou da subseção judiciárias.

Amigo(a), a má-fé é frontalmente combatida na nova processualística. Assim sendo, se a


parte alegar, dolosamente, a existência de causas autorizadoras da citação por edital, incorrerá
em multa de 5 (cinco) salários mínimos em favor do citando.
Além dos tipos de citação mencionados, existe a possibilidade de citar por meio eletrônico.

011. (VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO/2019) Citação é o ato pelo qual é convocado o réu para integrar a relação processual,
cabendo ressaltar que
a) seja lá em que situação concreta for, para a validade do processo é indispensável a cita-
ção do réu.
b) o comparecimento espontâneo do réu nos autos não supre a nulidade da citação.
c) deve ser realizada no procedimento comum, como regra, por oficial de justiça.
d) a citação por hora certa terá cabimento quando o réu estiver em local incerto e não sabido.
e) a parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstân-
cias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo.

a) Errada. Há situações em que o pedido será julgado liminarmente improcedente. Nesse sen-
tido, não será necessária a citação do réu (veja o artigo 332 do CPC).
b) Errada. Segundo o artigo 239, § 1º do CPC:

O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluin-


do a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
c) Errada. A regra é que a citação seja pelo correio.
d) Errada. No caso em tela a citação deverá ser por edital (art. 256, II).
e) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 258 do CPC.
Letra e.

Intimação
A intimação dá ciência acerca dos atos e termos do processo e funciona como meio que
visa a cognição sobre a marcha processual. Com base no artigo 269 do Novo Código, pode-se
dizer que a intimação é uma comunicação que cientifica os envolvidos (autor, réu, exequente e
executado, apelante, apelado e terceiros juridicamente interessados) acerca dos atos proces-

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suais, assim como pode ser direcionada aos auxiliares da justiça e testemunhas. Veja no artigo
269: “Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.”
Com relação às intimações, é possível que o advogado da parte proceda a intimação do
patrono do polo oposto na demanda, por meio dos correios com a posterior juntada do aviso
de recebimento aos autos.
No que se refere às intimações destinadas aos Entes Políticos, quais sejam: União, Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, além das autarquias e fundações públicas a eles vinculadas,
a intimação será pessoal (feita por carga, remessa ou meio eletrônico), perante o órgão da
Advocacia responsável pela representação judicial.

§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do cor-
reio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
§ 2º O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3º A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública res-
ponsável por sua representação judicial.

Amigo(a), a intimação realizar-se-á, sempre que possível, por meio eletrônico, ou seja, exis-
te a predileção por essa forma de comunicação em razão do baixo custo e celeridade, salvo
quando não for viável, até porque há intimados que não possuem sequer endereço eletrônico.
Agora, as intimações que não forem realizadas por meio eletrônico, serão consideradas reali-
zadas pela publicação dos atos no órgão oficial.

Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o dis-
posto no § 1º do art. 246.

Bem, e se não for viável a intimação das partes por meio eletrônico e não houver, no local,
publicação em órgão oficial? Como faz?

Uma coisa é certa, por sinal de fumaça é que não será realizada a intimação (rs). Nesses
casos, estimado(a) leitor(a), o escrivão ou chefe de secretaria terá a incumbência de intimar os
advogados das partes da seguinte forma: pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo
ou por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo.
O Código estabelece que, quando for frustrada a intimação por meio eletrônico ou correios,
esta será realizada por oficial de justiça, que poderá realizá-la também por hora certa, nos mol-
des do que foi explicado quando da análise desse tipo de procedimento ou por edital.
Quanto ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Fazenda Pública, lembro a você que
a intimação é pessoal (por carga, remessa ou meio eletrônico).

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Os advogados poderão requerer que, nas intimações a eles dirigidas, conste, somente, o
nome da sociedade à qual pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advo-
gados no Brasil. Na publicação do ato, deverá constar o nome das partes e advogados (com o
número de inscrição na Ordem ou nome da sociedade), sob pena de nulidade do ato.
Chamo sua atenção para o fato de que as intimações dirigidas ao endereço constante
nos autos do processo presumem-se válidas, mesmo que não recebidas pessoalmente pelo
interessado, porquanto qualquer mudança do local indicado deverá ser comunicada ao juízo.
Sendo assim, o prazo flui a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega no endereço
indicado pela parte.

Das Nulidades
Querido(a), vamos passar à análise das nulidades. Conversei com você a respeito dos atos
processuais no que se refere à solenidade, ou seja, existem atos solenes, para os quais se
exige uma formalidade prevista em lei e não solenes (pautados pela informalidade, a regra em
nosso sistema processual).
Pois bem, as nulidades são vícios que recaem sobre os atos praticados durante a marcha
processual e podem ser classificadas como:
• Relativas: são vícios menos graves, os quais recaem sobre interesses das partes e não
versam sobre interesse público e, por conseguinte, fica a cargo da parte envolvida alegar
a nulidade na primeira oportunidade em que deva se manifestar nos autos.

Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte
falar nos autos, sob pena de preclusão.
• Absolutas: nesses casos, os vícios recaem sobre matéria de ordem pública e transcen-
dem a esfera das partes (são vícios mais graves) e devem ser alegados pelo Juiz em
qualquer momento do processo, bem como em qualquer grau de jurisdição da proposi-
tura a ação até o trânsito em julgado (com ressalva relativa ao Recurso Extraordinário e
Recurso Especial, em razão do pré-questionamento).

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício,
nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

Estimado(a) leitor(a), no que se refere à decretação da nulidade, o Juiz deverá avaliar o grau
de comprometimento do ato e avaliar, de forma razoável e proporcional, se pode aproveitá-lo,
haja vista que a repetição do ato comprometeria, em análise ampla, a celeridade e a primazia
do julgamento do mérito. Agora, se o ato compromete de forma cabal o processo e, muitas
vezes, o próprio direito (como em caso de ilicitude do ato), aí não tem jeito, tanto o processo
quanto os atos dele derivado serão anulados. Agora, se o ato for nulo, em parte, não prejudi-

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cará as outras partes que sejam independentes dele! Vejamos o que estatuem os artigos 280,
281, 282 e 283 do Código a respeito do tema em análise:
Art. 280: “As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das
prescrições legais.”
Então, as solenidades afetam as comunicações mencionadas no artigo, devem ser obser-
vadas sob pena de nulidade.

Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele depen-
dam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independen-
tes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providên-
cias necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.

Veja, se não houver prejuízo à parte, não há necessidade de repetir o ato.

§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o
juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.

O parágrafo acima estabelece que, se a nulidade iria ser alegada pela parte atingida, mas,
se o Julgador puder decidir o mérito em favor do atingido, não decretará a nulidade.

Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam
ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as pres-
crições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à
defesa de qualquer parte.

Veja bem, se o ato não trouxer prejuízo à defesa de qualquer das partes, o Juiz aproveitará
os atos praticados!

Se o ato for nulo em parte, não prejudicará as outras partes que sejam independentes dele!

Amigo(a), chamo sua atenção para o fato de que é nulo o processo em que o Ministério
Público não for intimado quando deveria atuar no feito. Se o Parquet não participou, o juiz
invalidará o ato. Todavia, a aludida nulidade só poderá ser manifestada após a intimação e ma-
nifestação do Órgão Ministerial, o qual, com base em análise de proporcionalidade e razoabili-
dade, se manifestará sobre a existência ou inexistência de prejuízo. Caso o Ministério Público
manifeste-se sobre a inexistência do prejuízo, conserva-se o ato.

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012. (FGV/OAB-EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXII/2021) Patrícia aluga seu escritório


profissional no edifício Law Offices, tendo ajuizado ação em face de sua locadora, a fim de re-
ver o valor do aluguel. Aberto prazo para a apresentação de réplica, ficou silente a parte autora.
O juiz, ao examinar os autos para prolação da sentença, verificou não ter constado o nome do
patrono da autora da publicação do despacho para oferta de réplica. Entretanto, não foi deter-
minada a repetição do ato, e o pedido foi julgado procedente. Sobre o processo em questão,
assinale a afirmativa correta.
a) Se a ré alegar, em sede de apelação, a irregularidade da intimação para apresentação de
réplica, deverá ser pronunciada a nulidade.
b) Não havia necessidade de repetição da intimação para apresentação de réplica, já que o
mérito foi decidido em favor da parte autora.
c) Caso tivesse sido reconhecida a irregularidade da intimação para apresentação de réplica,
caberia ao juiz retomar o processo do seu início, determinando novamente a citação da ré.
d) Independentemente de ter havido ou não prejuízo à parte autora, a intimação deveria ter sido
repetida, sob pena de ofensa ao princípio do contraditório.
e) O artigo 282 do CPC de 2015 estabelece que: “Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará
que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos
ou retificados. (...)§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a de-
cretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta”.
Com base no exposto no parágrafo anterior, a resposta esperada é a letra b.
Letra b.

Da Distribuição e do Registro

Com relação à distribuição, pode-se dizer que ela ocorrerá em localidades onde existam
mais de um Juiz com competência para apreciar uma determinada ação. Essa distribuição
pode ser eletrônica e será realizada de forma alternada, aleatória e igualitária, consoante o
artigo 285 do Código de Processo Civil.

Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais
de um juiz.
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se rigoro-
sa igualdade.
Parágrafo único. A lista de distribuição deverá ser publicada no Diário de Justiça.

Noutro giro, há situações, previstas pelo artigo 286 da Lei de Ritos, em que as causas serão
distribuídas por dependência, e o juízo (composto por Magistrados e serventuários da justiça)
será prevento para conhecer o processo.
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Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Bem, em análise gráfica, ocorrerá a distribuição por dependência nos seguintes casos:

I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já


ajuizada;

II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for


reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou
que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º,
ao juízo prevento.

Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação


objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.

O PULO DO GATO

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:


(...)
II – quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda
que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

Amigo(a), conforme o artigo 55 do Novo Código, existirá conexão quando, em duas ou


mais ações, forem comuns o pedido ou a causa de pedir. Ainda no que diz respeito ao disposi-
tivo supratranscrito, o § 3º consigna que os processos nos quais pode haver risco de decisões
conflitantes ou contraditórias serão reunidos para julgamento conjunto, mesmo que não exista
conexão entre eles.

Segundo a súmula 235 do STJ: “A conexão não determina a reunião dos processos, se um
deles já foi julgado”.

Na propositura da ação, a petição inicial deverá estar acompanhada de procuração a qual


dever conter os endereços do advogado (tanto o endereço eletrônico como não eletrônico,
conforme estabelece o artigo 287). Contudo, chamo sua atenção para o fato de que a juntada
da procuração é dispensada nos seguintes casos:
• Previstos no artigo 104 da Lei de Ritos (acompanhe o dispositivo logo abaixo).

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Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar pre-
clusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado,
respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

De volta à dispensa da juntada de procuração:


• Caso a parte esteja representada pela Defensoria Pública;
• Caso a representação decorra de norma prevista na Constituição ou em legislação.

013. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO-XXIII-PRIMEIRA FASE /2017/ADAPTADA)


Roberta ingressou com ação de reparação de danos em face de Carlos Daniel, cirurgião plásti-
co, devido à sua insatisfação com o resultado do procedimento estético por ele realizado.
Antes da citação do réu, Roberta, já acostumada com sua nova feição e considerando a opi-
nião dos seus amigos (de que estaria mais bonita), troca de ideia e desiste da demanda pro-
posta. A desistência foi homologada em juízo por sentença. Após seis meses, quando da total
recuperação da cirurgia, Roberta percebeu que o resultado ficara completamente diferente do
prometido, razão pela qual resolve ingressar novamente com a demanda.
A demanda de Roberta deverá ser distribuída por dependência.

Como a ação poderá ser proposta novamente, o Juiz será prevento e a distribuição será feita
por dependência. Veja o que estabelece o artigo 286, II:

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:


(...)
II – quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que
em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
Certa.

Do Valor da Causa
Amigo (a), quando o estudante de Direito começa a aprender a fazer as petições iniciais na
academia, com todas as formalidades inerentes à peça vestibular, ele deve calcular o valor da
causa e aprende, mesmo diante do cuidado com conceitos absolutos, que toda causa deve ter
um valor. Por exemplo: imagine que, em virtude de um relacionamento entre Maria e Bill, nasça
um filho e Bill se recuse a prover o descendente. Diante disso, o pai da criança pode ser deman-

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dado em uma ação de alimentos para seu filho. Bem, nesse cenário, a peça inaugural deverá
indicar a quantia a ser desembolsada no valor total parcelado em doze meses, sem embargo
de o réu da aludida demanda (Bill) poder impugnar a quantia atribuída à causa em preliminar
de contestação, sob pena de preclusão, de modo que o Julgador decidirá a respeito, conforme
estabelece o artigo 293 do Novo Código.

Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imedia-
tamente aferível.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
(...)
III – na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;

Bem, além da hipótese colacionada acima, o artigo 292 estabelece outras situações nas
quais o valor da causa será acostado à petição ou à reconvenção. Acompanhe comigo como
o dispositivo em comento acerca do tema:

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:


I – na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora
vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II – na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução,
a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
(...)
IV – na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem
objeto do pedido;
V – na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI – na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de
todos eles;
VII – na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII – na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.

Segundo o artigo 292, VI, “na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente
à soma dos valores de todos eles”.

Querido (a), quando forem pleiteadas prestações vencidas (não foram adimplidas) e vin-
cendas (que irão vencer), serão considerados os valores de uma e de outra. Além disso, con-
forme o § 2º do artigo 292 da lei processual civil, o valor das prestações vincendas será igual a
uma prestação anual, caso a relação obrigacional seja por tempo indeterminado ou por tempo
superior a um ano (se o período for inferior, será igual ao somatório das prestações).
Chamo sua atenção, prezado(a) estudante, para o fato de o Juiz poder corrigir, de ofício e
por arbitramento, o valor atribuído à causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo

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patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, conforme estatui


o parágrafo 3º, do artigo 292 da Lei de Ritos.

§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não cor-
responde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor,
caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

014. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) Ao apreciar uma petição inicial,


para fins de exame positivo ou negativo de admissibilidade da demanda, o juízo percebeu ser
relativamente incompetente para a causa e, ainda, que era equivocado o valor que lhe fora atri-
buído pelo autor.
Nesse cenário, poderá o juízo, de ofício e imediatamente:
a) determinar a remessa do feito para o órgão competente;
b) retificar o valor atribuído à causa;
c) extinguir o feito, dada a ausência de um dos pressupostos processuais de validade;
d) determinar a intimação do réu para que ofereça impugnação ao valor da causa;
e) suscitar o conflito de competência.

Trata-se de incompetência relativa, a qual poderá ser prorrogada, caso não alegada pela outra
parte em preliminar de contestação. Para além do exposto, o artigo 292, § 3º do CPC de 2015
estabelece que:

O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde
ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em
que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Diante do exposto no parágrafo acima, a assertiva a) está correta.
Letra a.

Ok, estimado (a) companheiro (a) virtual, feitas as considerações acima, vamos iniciar a
nossa habitual bateria de exercícios, a qual é uma grande aliada na fixação do conhecimen-
to a respeito dos assuntos abordados durante a aula. Peço a você que resolva todas! Posto
isso, vamos lá!

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EXERCÍCIOS
015. (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPE-PI/2018) Acerca de normas processuais, atos
processuais, tutela provisória e atuação do Ministério Público no processo civil, julgue o item
subsequente.
As normas que versem sobre procedimento possuem natureza cogente, sendo vedado às par-
tes, ainda que sejam capazes e que o processo verse sobre direitos disponíveis, estabelecer
mudanças no rito previamente estabelecido pelo legislador.

016. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM-AM/2018) À luz das disposições do CPC


relativas aos atos processuais, julgue o item subsequente.
Em regra, os atos processuais são públicos e independem de forma determinada.

017. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA/2018) Acerca dos atos proces-


suais, julgue o seguinte item.
De acordo com o código de processo civil, os atos do juiz consistem em sentenças, decisões
interlocutórias e atos ordinatórios.

018. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-ÁREA 2/2018) Com base no Códi-


go de Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil,
julgue o seguinte item.
Presume-se o prejuízo do processo quando o Ministério Público não for intimado em ação na
qual lhe caiba intervir, devendo o juiz declarar de imediato sua nulidade.

019. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-ÁREA 2/2018) Com base no Códi-


go de Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil,
julgue o seguinte item.
É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário
responsável pelo recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado
de citação de pessoa física residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

020. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.
Se o oficial de justiça verificar que o réu que reside em condomínio edilício está se ocultando
para não receber a citação, o juiz deverá intimar o funcionário da portaria a informar o citando
sobre o dia e o horário que o oficial de justiça retornará para efetuar a citação.

021. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.

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O administrador do imóvel locado, quando a ação se originar de atos por ele praticados, poderá
receber citação em ação movida contra o locador, se este estiver ausente.

022. (CESPE/TRF/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Julgue o próximo item, relativo ao ato


processual.
Serão considerados intempestivos os atos processuais realizados antes do termo ini-
cial do prazo.

023. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE GESTÃO-JULGAMENTO/2017) Com relação ao proces-


so, seus princípios e seus procedimentos, julgue o item subsequente.
A preclusão constitui sanção processual para a parte que não é diligente na condução dos
seus interesses dentro do processo.

024. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO-PROCURADORIA/2016) À luz


do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos atos
processuais.
Citações, intimações e penhoras poderão ser realizadas no período de férias forenses bem
como nos feriados e nos dias úteis fora do horário regular, independentemente de autorização
judicial, respeitando-se a regra constitucional da inviolabilidade de domicílio.

025. (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO-CARGO 2/2015) No que diz respeito


às normas processuais, à função jurisdicional, à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos
processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue o item que se segue.
Embora a lei preveja a realização de atos processuais em dias úteis, das 6 h às 20 h, a prática ele-
trônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 h do último dia do prazo.

026. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.
O oficial de justiça poderá realizar penhora durante as férias forenses, desde que esteja auto-
rizado judicialmente.

027. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2017) A respeito dos po-


deres, deveres e responsabilidades do juiz e dos atos processuais, assinale a opção correta à
luz do Código de Processo Civil (CPC).
a) Não podem ocorrer durante as férias forenses citações, intimações e penhoras, ainda que
haja autorização judicial.
b) Na ausência de preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias úteis o pra-
zo para a prática de ato processual a cargo da parte.
c) O juiz pode dilatar e reduzir os prazos processuais, adequando-os às necessidades do con-
flito, de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
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d) Pode o magistrado declarar-se suspeito no processo por razões de foro íntimo; contudo,
para assim fazer, ele deve externar tais razões.
e) O terceiro que demonstre interesse jurídico poderá requerer ao juiz certidão de inteiro teor
da sentença, no caso de processo que tramite sob segredo de justiça.

028. (CESPE/TCE-PA, PROVA: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - PROCURADORIA/2016)


À luz do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos
atos processuais.
As partes poderão negociar as datas em que os atos processuais serão praticados, desde que
essas datas atendam às especificidades do processo.

029. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/2018) No que concerne aos


atos processuais, é correto afirmar que:
a) os meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despa-
cho do juiz;
b) as citações podem ser realizadas durante as férias forenses, desde que haja prévia autori-
zação judicial nesse sentido;
c) devem ser realizados, em regra, das 6 (seis) às 18 (dezoito) horas dos dias úteis;
d) em regra são públicos, podendo, excepcionalmente, ser decretado o segredo de justiça;
e) as partes não poderão exigir recibos de petições, arrazoados, papéis e documentos que
entregarem em cartório.

030. (CS-UFG/TJ-GO/JUIZ LEIGO/2017) Quando for celebrado negócio ou calendário


processual,
a) os processos que versem sobre arbitragem, independentemente da existência de cláusula
de confidencialidade, devem tramitar em segredo de justiça.
b) as negociações que estabeleçam mudanças no procedimento são consideradas ilícitas.
c) as partes envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o juiz, nos casos de ca-
lendarização.
d) a intimação das partes acerca dos atos agendados torna-se desnecessária nos casos de
calendarização.
e) os atos processuais, inclusive os eletrônicos, devem ser realizados em dias úteis, das
06h às 20h.

031. (CONSULPLAN/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2017) Segundo o Código de Pro-


cesso Civil 2015, sobre os atos processuais, é correto afirmar:
a) Em regra, dependem de forma determinada, considerando-se inválidos os realizados de ou-
tro modo, ainda que preenchida a finalidade essencial.

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b) São públicos, todavia, podem tramitar em segrego de justiça quando versarem sobre casa-
mento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes.
c) É indispensável a intimação das partes para a prática de atos processuais, mesmo quando
exista calendário fixado de comum acordo com o juiz.
d) Autoriza-se o lançamento de cotas marginais ou interlineares nos autos, desde que devida-
mente identificadas.

032. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - ANALISTA AD-


MINISTRATIVO/2016) Penélope recebeu pessoalmente, em sua casa, em um domingo às 22
horas, um mandado de citação para responder à demanda contra si ajuizada. Em sua defesa,
Penélope alegou que a citação é nula, pois os atos processuais devem ser realizados apenas
em dias úteis, das 6 às 20 horas. Esta alegação
a) não procede, pois o ato processual denominado citação pode ser praticado, independente
de autorização judicial, durante o período de férias forenses e nos feriados ou dias úteis fora
do horário forense.
b) procede, já que os domingos são considerados feriados, para efeito forense.
c) parcialmente procede, eis que a citação, embora válida, é inexistente, porque realizada fora
do horário forense.
d) procede, pois a citação não se referia à tutela de urgência, única hipótese possível para a
prática de atos processuais durante férias e feriados forenses.
e) não procede, pois a citação é válida, eis que não existe limite para as tentativas de localiza-
ção pelo Oficial de Justiça, fora do horário comercial.

033. (FCC/SABESP/ADVOGADO/2018) Com amparo no Código de Processo Civil de 2015, é


correto afirmar:
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, sempre induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Para a validade do processo é indispensável a citação do réu no caso de improcedência
liminar do pedido.
c) Se o réu comparece espontaneamente para alegar a inexistência de citação, esta deverá ser
feita em Cartório, na pessoa de seu advogado.
d) É absolutamente vedada a citação do militar em serviço ativo na unidade em que esti-
ver servindo.
e) A indispensabilidade da citação do réu ou do executado para a validade do processo com-
porta exceções.

034. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Sobre a nulidade dos atos processuais, é


correto afirmar que

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a) sua decretação pode ser requerida pela parte que lhe der causa, quando a lei prescrever
determinada forma para o ato.
b) se verifica independentemente da existência de prejuízo.
c) o juiz não a pronunciará quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite.
d) pode ser alegada, em regra, em qualquer momento, não estando sujeita a preclusão.
e) o erro de forma invalida o ato ainda que possa ser aproveitado sem prejuízo à defesa
das partes.

035. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca do pedido, da tutela provisória, da


citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interromper
a prescrição.

036. (CESPE/PGM-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Em 29 de março de 2019, uma


sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma peti-
ção inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais
de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a
data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo à comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou ofi-
cialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora, uma
vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial.

037. (CESPE/PGM/MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Em 29 de março de 2019, uma


sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma peti-
ção inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais
de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a
data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela represen-
tação judicial dessa autarquia.

038. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.

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Dos Atos Processuais
Anderson Ferreira

Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável
pela sua representação judicial.

039. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
O estado possui prazo em dobro para apresentar as manifestações processuais necessárias.

040. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA - CALCULIS-


TA/2019) A respeito de liquidação e cumprimento de sentença, da execução contra a fazenda
pública e dos auxiliares da justiça, julgue o item a seguir, à luz do Código de Processo Civil.
Situação hipotética: Procurador de determinado estado da Federação encaminhou ao setor de
contadoria da procuradoria estadual onde trabalha processo judicial no qual a fazenda pública,
por ele representada, é executada com fundamento em título extrajudicial, para elaboração de
manifestação técnica quanto aos cálculos apresentados pela parte contrária. Para essa aná-
lise, o procurador responsável fixou prazo de até quarenta dias para a elaboração do parecer,
por entender que, nessa hipótese e à luz do Código de Processo Civil, o prazo de resposta do
ente público, de trinta dias, deveria ser contado em dobro. Assertiva: Nessa situação, caso a
contadoria apresente o parecer no prazo indicado pelo procurador, sendo, na mesma data, pro-
tocolados os embargos à execução do ente público, parecer e embargos serão considerados
intempestivos pelo juiz.

041. (CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Em determinado processo, o réu não foi


citado nem apresentou contestação. O magistrado, além de não declarar o processo nulo, jul-
gou-o, no mérito, favoravelmente ao réu.
Nessa situação hipotética, a conduta do magistrado foi correta porque
a) ele aproveitou atos que não dependem da citação.
b) ele julgou favoravelmente o mérito da causa para a parte que seria beneficiada caso a nuli-
dade fosse decretada.
c) o autor não requereu a nulidade do processo.
d) o autor foi o causador da nulidade.
e) a declaração de nulidade processual depende de requerimento da parte.

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042. (CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2020) Márcio, domiciliado em Porto Alegre – RS,


celebrou um contrato com Fábio, domiciliado em Gramado – RS, relativo a empréstimo a título
gratuito da quantia de R$ 20.000. Ambos acordaram que Fábio deveria devolver a quantia para
Márcio até o dia 12/11/2019. Diante do inadimplemento do valor, Márcio decidiu promover
uma ação contra Fábio.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta relativa a competência, pra-
zos, forma, tempo e lugar dos atos processuais.
a) Márcio deverá protocolar a ação em Porto Alegre – RS, pois o foro competente é o do domi-
cílio do autor.
b) Fábio terá o prazo de 15 dias corridos para protocolar sua contestação.
c) O advogado de Márcio não poderá praticar atos processuais durante o período de férias
forenses, excetuados os casos previstos em lei.
d) O juiz poderá alterar os prazos peremptórios ainda que Márcio e Fábio não tenham anuído.
e) A citação de Fábio não poderá ser realizada no período de férias forenses.

043. (CESPE/TJ-PA /AUXILIAR JUDICIÁRIO/2020) O juiz e os auxiliares da justiça de uma


localidade não têm competência para praticar diligências em comarcas diferentes das que
estão lotados. Nesse contexto, pode ser necessário, por exemplo, solicitar a avaliação de bens
passíveis de penhora que estejam em localidade diferente daquela em que corre o processo.
Em situações como essa, expede-se ato de comunicação processual entre órgãos do Poder
Judiciário, de modo a respeitarem os limites territoriais de competência das comarcas.
Tal ato de comunicação processual denomina-se
a) carta precatória.
b) carta rogatória.
c) carta de mandado.
d) carta de autorização.
e) carta de ordem.

044. (IADES/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2014) No que se refere a


citação, a intimação e notificação, assinale a alternativa correta.
a) A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.
Para a validade do processo, é indispensável a citação inicial do réu, de forma que, mesmo o
comparecimento espontâneo do réu, não supre a falta de citação.
b) Notificação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para
que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
c) A citação, exclusivamente, se dá por correio ou oficial de justiça.
d) Em qualquer hipótese, não se pode citar pessoa que estiver assistindo a ato de culto religioso.
e) Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio.

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045. (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2015) Vencido o prazo,


sem que a parte tenha cumprido o ato processual que deveria realizar,
a) poderá ser prorrogado a pedido, se tratar de prazo peremptório.
b) fica a salvo de extinção, se a parte provar que o não realizou por justa causa.
c) extingue-se por meio de declaração judicial, o direito de praticar o ato.
d) poderá ser praticado caso se trate de medida de urgência.
e) as custas ficarão a cargo da parte que deu causa à preclusão.

046. (VUNESP/DAEM/PROCURADOR JURÍDICO/2019/ADPATADA). Acerca do prazo em dobro,


é correto afirmar que se aplica
Apenas aos casos em que a lei não estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
ente público.

047. (VUNESP/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Os prazos


processuais voltados ao Magistrado no processo são impróprios, cabendo, contudo, como re-
gra, afirmar que uma vez conclusos os autos para manifestação judicial, o Código de Processo
Civil determina que
a) os despachos observarão o prazo de 10 (dez) dias para sua emissão.
b) as decisões interlocutórias serão exaradas no prazo de 15 (quinze) dias.
c) as sentenças devem ser prolatadas no prazo de 30 (trinta) dias.
d) os acórdãos seguirão o prazo de 90 (noventa) dias, objetivando a sua edição.
e) em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por até o
triplo do lapso temporal fixado, os prazos a que está submetido.

048. (VUNESP/HCFMU-SP/ DIREITO NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA/2015) A contagem dos


prazos processuais se dará de que forma?
a) Incluindo o dia do começo e excluindo o do vencimento.
b) Incluindo o dia do começo e o do vencimento.
c) Excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
d) Excluindo o dia do começo e o do vencimento.
e) Excluindo o dia do começo e incluindo o primeiro dia útil após a intimação.

049. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Quanto aos atos do juiz,


assinale a alternativa correta.
a) São atos meramente ordinatórios, forma pela qual o juiz resolve questão incidente, quando
pra­ticados em decorrência de juntada de documento essencial para o deslinde da causa
b) Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de des-
pacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

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c) Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do feito, põe fim ao processo, resol-
vendo todas as questões que deram causa à propositura da ação.
d) Decisão interlocutória compreende todos os de­mais atos do juiz praticados no processo, de
ofí­cio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
e) Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais, desde que jul-
guem o mérito da demanda e reformem a sentença.

050. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto afir-


mar que consistirão em sentenças, decisões interlocutórias, apenas.

051. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto


afirmar que
Não se admitem, em nenhuma hipótese, rasuras, entrelinhas ou emendas nos atos e termos
processuais.

052. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto


afirmar que:
é lícito o uso da taquigrafia, mas não da estenotipia no primeiro grau de jurisdição.

053. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006) Leia os itens a seguir.


I – Ao receber a petição inicial, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito,
o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início.
II – O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma
quanto aos suplementares.
III – É vedado às partes, aos peritos e às testemunhas rubricar as folhas correspondentes aos
atos em que intervieram.
IV – Os termos de juntada, de vista, de conclusão e outros semelhantes constarão de notas
datadas e rubricadas pelo escrivão.
Estão corretos apenas
a) I e III.
b) II e IV.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

054. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Os atos processuais são


atos das partes, do juiz e dos auxiliares da Justiça, e a eles são assinalados prazos para cum-
primento. Nesse caso, assinale a alternativa correta.
a) A parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

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b) Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a práti-
ca de ato processual a cargo da parte.
c) Salvo disposição em contrário, computar-­se-­ão os prazos, incluindo-­se o dia do começo e o
do vencimento
d) Decorrido o prazo, extingue­-se, mediante decla­ração judicial, o direito de praticar o ato.
e) Os atos processuais realizar­-se-­ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o
juiz determinará que os prazos se cumpram em cinco dias.

055. (VUNESP/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/AUXILIAR


JURÍDICO/2019) Acerca dos prazos, pode-se corretamente afirmar que
a) quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
b) inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 2 (dois) dias o prazo para
a prática de ato processual a cargo da parte.
c) será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
d) na contagem de prazo processual ou de direito material, em dias, estabelecido por lei ou
pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
e) o juiz pode reduzir prazos peremptórios se houver anuência das partes.

056. (VUNESP/ESEF-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Quanto à forma, tempo e lugar dos


atos processuais, assinale a alternativa correta.
a) Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa, sendo que
o documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
traduzido por tradutor juramentado.
b) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, desde
que antes de iniciado o processo.
c) Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e se suspendem pela superveni-
ência delas, inclusive, a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor
e curador.
d) Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente,
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obs-
táculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
e) as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde
as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido pelo Código de Processo
Civil, desde que com autorização judicial.

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057. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2019) Os atos proces-


suais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos
a) que versem sobre cumprimento da carta arbitral, ainda que não exista cláusula de confiden-
cialidade na arbitragem.
b) em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade, não podendo o
terceiro, ainda que demonstre interesse jurídico, requerer certidão do dispositivo da sentença.
c) em que o exija o interesse público, mas não o social.
d) que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união está-
vel, filiação.
e) que versem sobre a guarda de crianças e adolescentes, sendo que o direito de consultar os
autos e pedir certidões é restrito apenas aos procuradores das partes.

058. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) A publicidade


dos atos processuais tem irrefutável relevância para o Estado Democrático de Direito, além de
configurar garantia fundamental prevista na Constituição Federal. A respeito do tema, o Código
de Processo Civil prevê que os atos processuais são públicos. Todavia, tramitam em segredo
de justiça os processos
a) que versem sobre arbitragem, salvo no caso de cumprimento da carta arbitral.
b) em que o exija o interesse público ou social.
c) que versem sobre arbitragem, desde que a confidencialidade seja estipulada em instrumen-
to público.
d) que versem sobre tributos e fiscalização.
e) que versem sobre filiação, desde que haja pedido das partes.

059. (VUNESP/CÂMARA DE OLÍMPIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) No que diz res-


peito ao tempo e lugar dos atos processuais, é correto afirmar que
a) os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 9 (nove) às 19 (dezenove) horas.
b) depende de autorização judicial a prática de citações, intimações e penhoras durante o pe-
ríodo de férias forenses.
c) os atos processuais poderão ser excepcionalmente realizados fora da sede do juízo, dentre
outras hipóteses, em razão da natureza do ato.
d) durante as férias forenses não se praticarão atos processuais relativos à tutela de urgência.
e) se suspendem durante as férias forenses os processos de nomeação ou remoção de tutor
e curador.

060. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO (INTERIOR)/2018) Processa(m)-


-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
a) a homologação de desistência de ação.
b) os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quan-
do puderem ser prejudicados pelo adiamento.

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c) os processos que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral.
d) o registro de ato processual eletrônico e a respectiva intimação eletrônica da parte.
e) a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas.

061. (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) Com relação aos prazos processuais, é corre-


to afirmar que
a) inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 10 (dez) dias o prazo para
a prática de ato processual a cargo da parte.
b) não será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
c) na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis, seja prazo processual ou material.
d) quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
e) se interrompe o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro.

062. (VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A prática eletrô-


nica processual, o que inclui o peticionamento eletrônico, pode ocorrer, para a validade do ato
para fins de contagem do prazo:
a) das seis às vinte horas.
b) das nove às dezessete horas.
c) dentro do horário forense estabelecido pela Comarca.
d) no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme estabelecido na lei de organi-
zação judiciária.
e) em qualquer horário até as vinte e quatro horas do último dia do prazo.

063. (VUNESP/CÂMARA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATI-


VO/2019) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito
a) de quem estiver participando de ato de cunho político.
b) de cônjuge do morto, no dia do falecimento e nos 8 (oito) dias seguintes.
c) de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em qualquer
grau, no dia do falecimento e nos 3 (três) dias seguintes.
d) de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento.
e) de doente, enquanto hospitalizado, independentemente do seu estado de saúde.

064. (VUNESP/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Feita a citação


com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência, no prazo de
a) 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
b) 15 (quinze) dias, contado da data do cumprimento do mandado.

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c) 5 (cinco) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.


d) 10 (dez) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
e) 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.

065. (VUNESP/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/ADVOGADO/2018/ADAPTADA) Pedro in-


gressa com ação indenizatória, na Justiça Comum, contra um Município paulista. Nesse caso,
de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar que
a intimação pessoal do advogado público far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico

066. (VUNESP/CÂMARA DE ORLÂNDIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) A citação é o


ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
No que diz respeito ao tema, assinale a alternativa correta.
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 5 (cinco) dias, as providências necessárias para viabi-
lizar a citação, sob pena de não interromper a prescrição.
c) A citação pelo correio pode ser feita para qualquer pessoa, incluindo as pessoas jurídicas de
direito privado e de direito público.
d) A citação será obrigatoriamente por oficial de justiça para os casos em que ignorado, incerto
ou inacessível, o lugar em que se encontrar o citando.
e) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes, inclusive as unidades autônomas de prédio
em condomínio, serão citados pelo correio.

067. (VUNESP/CÂMARA DE CAMPO LIMPO PAULISTA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018)


Em um processo que tramita pelo procedimento comum foi determinada a citação por oficial
de justiça. De posse do mandado, o oficial precisa cumprir a ordem. Nesse cenário, é correto
afirmar que
a) somente com autorização judicial a citação poderá ser realizada antes das seis horas ou
após as vinte horas, em dias não úteis.
b) a citação não pode ser realizada durante o período de férias forenses, por expressa determi-
nação legal de suspensão de todos os atos processuais.
c) não poderá efetuar a citação se constatar, no momento da prática do ato, que o cônjuge do
réu tiver falecido há menos de dois dias.
d) se por três vezes o oficial procurar o réu sem sucesso em sua residência ou domicilio, haven-
do suspeita de ocultação, poderá intimar qualquer pessoa da família ou, na falta, um vizinho, de
que no próximo dia útil retornará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
e) essa modalidade de citação somente ocorrerá se primeiramente for frustrada a tentativa de
citação pelo correio.

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068. (INÉDITA/2021) A citação é o ato por meio do qual são convocados o réu, o executado
ou o interessado para integrar a relação processual. Após a inclusão feita pela Lei n. 14.195 de
2021, a citação deverá ser efetivada em:
a) Até 40 (quarenta) dias a partir da propositura da ação.
b) Até 15 (quinze) dias a partir da propositura da ação.
c) Até 30 (trinta) dias a partir da propositura da ação.
d) Até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação.
e) Até 5 (cinco) dias a partir da propositura da ação.

069. (INÉDITA/2021) Segundo o artigo 246 do CPC, com a nova redação dada pela lei n.
14.195 de 2021, a citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até
3 (dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos
indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Con-
selho Nacional de Justiça.

070. (INÉDITA/2021) Segundo o artigo 246 da Lei n. 13.105 de 2015, após a redação dada
pela Lei n. 14.195 de 26 de agosto de 2021, a ausência de confirmação, em até 2 (dois) dias
úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação: I - pelo
correio; II - por oficial de justiça; III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando compa-
recer em cartório; por edital.

071. (INÉDITA/2021) Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado pelo correio;
por oficial de justiça; pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartó-
rio; por edital, deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento
da citação enviada eletronicamente.

072. (INÉDITA/2021) Segundo o Código de Processo Civil de 2015, com as alterações inclu-
ídas pela Lei n. 14.195, de 2021, considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível
de multa de até 2% (dois por cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem
justa causa, o recebimento da citação recebida por meio eletrônico.

073. (INÉDITA/2021) Segundo o Código de Processo Civil de 2015, a citação será feita por
meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País, exceto: nas ações de estado,
observado o disposto no art. 695, § 3º; quando o citando for incapaz; quando o citando for pes-
soa de direito público; quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar
de correspondência; quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

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GABARITO
15. E 51. E
16. C 52. E
17. E 53. c
18. E 54. b
19. C 55. e
20. E 56. d
21. C 57. d
22. E 58. b
23. E 59. c
24. C 60. b
25. C 61. d
26. E 62. e
27. b 63. d
28. C 64. a
29. d 65. C
30. d 66. a
31. b 67. c
32. a 68. d
33. e 69. E
34. c 70. E
35. C 71. C
36. E 72. E
37. C 73. C
38. C
39. C
40. C
41. b
42. c
43. a
44. e
45. b
46. C
47. c
48. c
49. b
50. E

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Anderson Ferreira

GABARITO COMENTADO
015. (CESPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPE-PI/2018) Acerca de normas processuais, atos
processuais, tutela provisória e atuação do Ministério Público no processo civil, julgue o item
subsequente.
As normas que versem sobre procedimento possuem natureza cogente, sendo vedado às par-
tes, ainda que sejam capazes e que o processo verse sobre direitos disponíveis, estabelecer
mudanças no rito previamente estabelecido pelo legislador.

Vimos, no decorrer da aula, que, conquanto as normas processuais tenham natureza cogente,
as partes capazes e em meio a um processo que verse sobre direitos disponíveis podem es-
tabelecer mudanças no rito, conforme o artigo 190 da Lei de Ritos. A essa convenção entre as
partes dá-se o nome de negócio jurídico processual.
Errado.

016. (CESPE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PGM-AM/2018) À luz das disposições do CPC


relativas aos atos processuais, julgue o item subsequente.
Em regra, os atos processuais são públicos e independem de forma determinada.

A questão está correta por se adequar ao que estabelecem os artigos 188 e 189 da Lei de
Ritos, porquanto os atos processuais são públicos, em regra, e independem de forma determi-
nada, ou seja, são não solenes.

Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos.
Certo.

017. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA/2018) Acerca dos atos proces-


suais, julgue o seguinte item.
De acordo com o código de processo civil, os atos do juiz consistem em sentenças, decisões
interlocutórias e atos ordinatórios.

Segundo o Código de Processo Civil, os pronunciamentos do juiz consistem em sentenças;


decisões interlocutórias e despachos (vide o artigo 203 da Lei de Ritos).
Errado.

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018. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-ÁREA 2/2018) Com base no Códi-


go de Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil,
julgue o seguinte item.
Presume-se o prejuízo do processo quando o Ministério Público não for intimado em ação na
qual lhe caiba intervir, devendo o juiz declarar de imediato sua nulidade.

Prezado(a), o § 2º do artigo 279 da Lei de Ritos consigna que a nulidade só poderá ser decre-
tada após a intimação do Ministério Público, o qual se manifestará sobre a existência ou ine-
xistência de prejuízo. Acompanhe o dispositivo comigo:

Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar
o feito em que deva intervir.
(...)
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará
sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
Errado.

019. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA-ÁREA 2/2018) Com base no Códi-


go de Processo Civil e no entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca de processo civil,
julgue o seguinte item.
É válida a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feito pelo correio a funcionário
responsável pelo recebimento de correspondências, bem como é válida a entrega de mandado
de citação de pessoa física residente em condomínios edilícios a funcionário da portaria.

Vimos que é possível a citação por meio do funcionário da portaria do condomínio, bem como
a entrega de mandado de citação de pessoa jurídica feita pelos correios ao funcionário res-
ponsável por receber as correspondências. Veja o que diz o artigo 248 da Lei Instrumental e os
parágrafos 2º e 4º da Lei Instrumental.

Art. 248 (...)


2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de
gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de cor-
respondências.
(...)
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega
do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, en-
tretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destina-
tário da correspondência está ausente.
Certo.

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020. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.
Se o oficial de justiça verificar que o réu que reside em condomínio edilício está se ocultando
para não receber a citação, o juiz deverá intimar o funcionário da portaria a informar o citando
sobre o dia e o horário que o oficial de justiça retornará para efetuar a citação.

Veja, querido(a), o artigo 252 da Lei de Ritos prevê que, se o oficial de justiça verificar que o réu
está se ocultando e, por 2 vezes, o tiver procurado no domicílio e residência, esse auxiliar da
justiça procederá a citação por hora certa, conforme o dispositivo acima, o qual colaciono para
que você leia.

Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicí-
lio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa
da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será váli-
da a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento
de correspondência.
Errado.

021. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.
O administrador do imóvel locado, quando a ação se originar de atos por ele praticados, poderá
receber citação em ação movida contra o locador, se este estiver ausente.

A questão está alinhada com o que prevê o artigo 242 da Lei 13.105 de 2015, acompa-
nhe comigo:

Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal
ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, pre-
posto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa
do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habi-
litado para representar o locador em juízo.
Certo.

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022. (CESPE/TRF/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Julgue o próximo item, relativo ao ato


processual.
Serão considerados intempestivos os atos processuais realizados antes do termo ini-
cial do prazo.

Vimos que o Novo Código considera tempestivos os atos processuais realizados antes do
termo inicial do prazo, conforme o artigo 218, § 4º.
Errado.

023. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE GESTÃO-JULGAMENTO/2017) Com relação ao proces-


so, seus princípios e seus procedimentos, julgue o item subsequente.
A preclusão constitui sanção processual para a parte que não é diligente na condução dos
seus interesses dentro do processo.

Veja, a preclusão não tem um caráter de sanção. Na verdade, trata-se da perda faculdade pro-
cessual. Veja o artigo 223 do Novo Código.
Errado.

024. (CESPE/TCE-PA - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - PROCURADORIA/2016) À luz


do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos atos
processuais.
Citações, intimações e penhoras poderão ser realizadas no período de férias forenses bem
como nos feriados e nos dias úteis fora do horário regular, independentemente de autorização
judicial, respeitando-se a regra constitucional da inviolabilidade de domicílio.

A questão está em consonância com o artigo 212, § 2º da Lei de Ritos.


Certo.

025. (CESPE/TCE-RN/ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO-CARGO 2/2015) No que diz respeito


às normas processuais, à função jurisdicional, à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos
processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue o item que se segue.
Embora a lei preveja a realização de atos processuais em dias úteis, das 6 h às 20 h, a prática ele-
trônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 h do último dia do prazo.

Amigo (a), esse é o teor dos artigos 212 e 213 da Lei 13.105 de 2015.
Certo.

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026. (CESPE/TRF/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017) Acerca dos atos pro-


cessuais, julgue o item subsequente.
O oficial de justiça poderá realizar penhora durante as férias forenses, desde que esteja auto-
rizado judicialmente.

Vimos que, com base no artigo 212 § 2º do Código de Processo Civil, os atos de penhora, inti-
mação e citação independem de autorização judicial.
Errado.

027. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2017) A respeito dos po-


deres, deveres e responsabilidades do juiz e dos atos processuais, assinale a opção correta à
luz do Código de Processo Civil (CPC).
a) Não podem ocorrer durante as férias forenses citações, intimações e penhoras, ainda que
haja autorização judicial.
b) Na ausência de preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de cinco dias úteis o pra-
zo para a prática de ato processual a cargo da parte.
c) O juiz pode dilatar e reduzir os prazos processuais, adequando-os às necessidades do con-
flito, de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
d) Pode o magistrado declarar-se suspeito no processo por razões de foro íntimo; contudo,
para assim fazer, ele deve externar tais razões.
e) O terceiro que demonstre interesse jurídico poderá requerer ao juiz certidão de inteiro teor
da sentença, no caso de processo que tramite sob segredo de justiça.

a) Errada. Bem, vimos que esse não é o teor do artigo 212 § 2º da Lei de Ritos, a qual permite
citações, intimações e penhoras, independentemente de autorização judicial.
b) Certa. Esse é o prazo em caso de omissão legal, consoante o artigo 218 § 3º da lei de ritos.

§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.
c) Errada. Querido(a), o juiz poderá dilatar o prazo, contudo não poderá reduzir prazos peremp-
tórios sem a anuência das partes, consoante vimos no decorrer da aula.

Art. 222 (...)


§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
Então vamos organizar o pensamento, o juiz pode, com base no artigo 139 da Lei de Ritos, dilatar
os prazos, porém se eles forem peremptórios, deverá ter a anuência das partes consoante o artigo
222 § 1º.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

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(...)
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-
-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
d) Errada. Lembro a você que a suspeição não precisa ser motivada (NCPC 145 § 1º).
e) Errada. A questão não mantém compatibilidade com o que estabelece o § 2º do artigo 189
da Lei de Ritos, haja vista que o interessado possui direito a ter acesso ao dispositivo, não à
completude da decisão.

§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Letra b.

028. (CESPE/TCE-PA, PROVA: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - PROCURADORIA/2016)


À luz do Novo Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos
atos processuais.
As partes poderão negociar as datas em que os atos processuais serão praticados, desde que
essas datas atendam às especificidades do processo.

A questão consigna o teor do artigo 190 do Código no que se refere aos negócios processuais.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante
o processo.
Certo.

029. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2018) No que concerne aos


atos processuais, é correto afirmar que:
a) os meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despa-
cho do juiz;
b) as citações podem ser realizadas durante as férias forenses, desde que haja prévia autori-
zação judicial nesse sentido;
c) devem ser realizados, em regra, das 6 (seis) às 18 (dezoito) horas dos dias úteis;
d) em regra são públicos, podendo, excepcionalmente, ser decretado o segredo de justiça;
e) as partes não poderão exigir recibos de petições, arrazoados, papéis e documentos que
entregarem em cartório.

a) Errada. Amigo(a), os atos meramente ordinatórios podem ser praticados pelos serventuá-
rios de justiça, sendo assim não dependem de despacho do Juiz para ocorrerem.

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b) Errada. De fato, consoante a Lei de Ritos, as citações podem ser realizadas durante as férias
forenses, porém não é necessária a prévia autorização do Juiz nesse sentido.
c) Errada. Não, não. Os atos, em regra, podem ser praticados das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
d) Certa. Aí sim! Querido(a), segundo o Código, os atos serão públicos, em regra, porém, em
matéria de ordem pública e relações de família ou de exigência de preservação de intimidade,
pode ser decretado o segredo de justiça.
e) Errada. Essa é uma prática comum em cartórios dos tribunais o pedido de recibos com-
probatórios de entrega de documentos, afinal é o que comprova a prática de ato de modo
tempestivo.
Letra d.

030. (CS-UFG/TJ-GO/JUIZ LEIGO/2017) Quando for celebrado negócio ou calendário


processual,
a) os processos que versem sobre arbitragem, independentemente da existência de cláusula
de confidencialidade, devem tramitar em segredo de justiça.
b) as negociações que estabeleçam mudanças no procedimento são consideradas ilícitas.
c) as partes envolvidas ficarão vinculadas à sua observância, salvo o juiz, nos casos de ca-
lendarização.
d) a intimação das partes acerca dos atos agendados torna-se desnecessária nos casos de
calendarização.
e) os atos processuais, inclusive os eletrônicos, devem ser realizados em dias úteis, das
06h às 20h.

a) Errada. Em verdade, as cláusulas de confidencialidade são aquelas que conferem sigilo aos
processos e devem existir e ser comprovadas ao Juiz.
b) Errada. De forma alguma, vimos, quando do estudo desse tópico, que são lícitas essas mu-
danças e os prazos podem ser dilatados, com envolvimento e vinculação das partes e do Juiz.
c) Errada. Como eu disse acima, os prazos vinculam partes e Juiz.
d) Certa. Essa é a nossa. Uma vez convencionado o prazo pelas partes, não é necessária a
intimação, contudo, se, após a convenção, houver alteração, aí a parte deve ser intimada.
e) Errada. Nada disso, nos processos eletrônicos, as intimações podem ser realizadas até as
24 horas do último dia do prazo.
Letra d.

031. (CONSULPLAN/TJ-MG/OFICIAL DE APOIO JUDICIAL/2017) Segundo o Código de Pro-


cesso Civil 2015, sobre os atos processuais, é correto afirmar:
a) Em regra, dependem de forma determinada, considerando-se inválidos os realizados de ou-
tro modo, ainda que preenchida a finalidade essencial.

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b) São públicos, todavia, podem tramitar em segrego de justiça quando versarem sobre casa-
mento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de
crianças e adolescentes.
c) É indispensável a intimação das partes para a prática de atos processuais, mesmo quando
exista calendário fixado de comum acordo com o juiz.
d) Autoriza-se o lançamento de cotas marginais ou interlineares nos autos, desde que devida-
mente identificadas.

a) Errada. Amigo (a), vimos que a regra da Lei de Ritos quanto à forma é a da liberdade, por
isso o item erra.
b) Certa. Essa é a boa. A leitura do artigo 189, inciso II, do NCPC, traz o texto da assertiva como
sendo um dos casos em que é possível a aplicação do sigilo ao processo.
c) Errada. Não uma vez fixado o calendário processual, não se faz necessária a intimação das
partes, salvo se o calendário estabelecido pelas partes for alterado.
d) Errada. Não, ao contrário, esses lançamentos devem ser riscados com aplicação de multa
pecuniária àquele que escreveu.
Letra b.

032. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR-ANALISTA AD-


MINISTRATIVO/2016) Penélope recebeu pessoalmente, em sua casa, em um domingo às 22
horas, um mandado de citação para responder à demanda contra si ajuizada. Em sua defesa,
Penélope alegou que a citação é nula, pois os atos processuais devem ser realizados apenas
em dias úteis, das 6 às 20 horas. Esta alegação
a) não procede, pois o ato processual denominado citação pode ser praticado, independente
de autorização judicial, durante o período de férias forenses e nos feriados ou dias úteis fora
do horário forense.
b) procede, já que os domingos são considerados feriados, para efeito forense.
c) parcialmente procede, eis que a citação, embora válida, é inexistente, porque realizada fora
do horário forense.
d) procede, pois a citação não se referia à tutela de urgência, única hipótese possível para a
prática de atos processuais durante férias e feriados forenses.
e) não procede, pois a citação é válida, eis que não existe limite para as tentativas de localiza-
ção pelo Oficial de Justiça, fora do horário comercial.

a) Certa. Amigo(a), a questão alinha-se com o que assevera o artigo 212 § 2º.
b) Errada. Embora o artigo 216 da Lei de Ritos preveja o domingo como feriado para efeitos
forenses, o artigo 212 § 2º permite a citação nesse dia.

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c) Errada. A citação pode ser feita nos moldes enunciados pela questão, consoante o arti-
go 212 § 2º.
d) Errada. A questão contraria o que consigna o artigo 212 § 2º da Lei de Ritos.
e) Errada. Não, o próprio artigo 212 § 2º traz limitações ao oficial de justiça no concerne ao
artigo 5º da Carta Fundante, mormente sobre a inviolabilidade de domicílio. Veja como a lei de
ritos trata o tema ora abordado:

§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão rea-


lizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Letra a.

033. (FCC/SABESP/ADVOGADO/2018) Com amparo no Código de Processo Civil de 2015, é


correto afirmar:
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, sempre induz litispendên-
cia, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Para a validade do processo é indispensável a citação do réu no caso de improcedência
liminar do pedido.
c) Se o réu comparece espontaneamente para alegar a inexistência de citação, esta deverá ser
feita em Cartório, na pessoa de seu advogado.
d) É absolutamente vedada a citação do militar em serviço ativo na unidade em que esti-
ver servindo.
e) A indispensabilidade da citação do réu ou do executado para a validade do processo com-
porta exceções.

a) Errada. Bem, comecemos a analisar a questão com aquela velha e boa dica sobre tomar cui-
dado com conceitos absolutos, no caso da questão o sempre. O artigo 240 do Código consig-
na que a citação válida, mesmo com incompetência do julgador, induz a litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, mas traz exceções previstas no código civil.

Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, tor-
na litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
b) Errada. O artigo 239 consigna o contrário ao dizer que a citação é indispensável para a va-
lidade do processo. Contudo, o mesmo artigo ressalva o caso de improcedência liminar do
pedido e indeferimento da inicial.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalva-
das as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.

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c) Errada. Veja, o § 1º do artigo 239 da Lei de Ritos não exige a intimação na pessoa do advo-
gado, mas sim do comparecimento espontâneo do réu.

§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação,


fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
d) Errada. A questão afronta o parágrafo único do artigo 243 do Código.

Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
e) Certa. É isso mesmo. A questão consagra o que estatui o artigo 239 da Lei de Ritos, a qual
ressalva a indispensabilidade da citação do réu em casos de indeferimento da petição inicial e
improcedência liminar do pedido.

Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalva-
das as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
Letra e.

034. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Sobre a nulidade dos atos processuais, é


correto afirmar que
a) sua decretação pode ser requerida pela parte que lhe der causa, quando a lei prescrever
determinada forma para o ato.
b) se verifica independentemente da existência de prejuízo.
c) o juiz não a pronunciará quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite.
d) pode ser alegada, em regra, em qualquer momento, não estando sujeita a preclusão.
e) o erro de forma invalida o ato ainda que possa ser aproveitado sem prejuízo à defesa
das partes.

a) Errada. Não, vimos, no decorrer da aula, que, caso a lei prescreva uma formalidade para o
ato (solenidade), a nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa, consoante
o artigo 276 da CPC.

Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
b) Errada. Não, segundo o parágrafo único do artigo 283 da Lei de Ritos, se o ato não acarretar
prejuízo ao direito de defesa das partes, eles podem ser aproveitados.

Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à
defesa de qualquer parte.

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c) Certa. Bem, essa é a redação do parágrafo 2º do artigo 282, abaixo colacionado.

§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o
juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
d) Errada. Na verdade, se a parte não alegar a nulidade na primeira oportunidade em que cou-
ber falar nos autos, haverá, sim, a preclusão, conforme o artigo 278 da Lei de Ritos.

Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte
falar nos autos, sob pena de preclusão.
e) Errada. A questão contraria o que estabelece o parágrafo único do artigo 283, porquanto se
o erro de forma não trouxer prejuízo à defesa das partes, pode ser aproveitado.
Letra c.

035. (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca do pedido, da tutela provisória, da


citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interromper
a prescrição.

A assertiva se compatibiliza com o artigo 240, § 1º.


Certo.

036. (CESPE/PGM-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Em 29 de março de 2019, uma


sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma peti-
ção inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais
de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a
data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo à comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou ofi-
cialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora, uma
vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial.

Segundo o artigo 240 da Lei 13.105 de 2015:

240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei n.
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
Errado.

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037. (CESPE/PGM/MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Em 29 de março de 2019, uma


sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma peti-
ção inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais
de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a
data final para protocolo da contestação.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item, relativo a comunicação e prazos
processuais, contestação e reconvenção.
A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela represen-
tação judicial dessa autarquia.

Conforme o artigo 242, § 3º da Lei de Ritos:

A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsá-
vel por sua representação judicial.
Certo.

038. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
A citação do estado deverá ser realizada perante o órgão de advocacia pública responsável
pela sua representação judicial.

A assertiva se harmoniza com o artigo 242, § 3º do NCPC.


Certo.

039. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) Por ter sofrido su-


cessivos erros em cirurgias feitas em hospital público de determinado estado, João ficou com
uma deformidade no corpo, razão pela qual ajuizou ação de reparação de danos em desfavor
do referido estado.
Tendo como referência essa situação hipotética e os dispositivos do Código de Processo Civil,
julgue o item subsecutivo.
O estado possui prazo em dobro para apresentar as manifestações processuais necessárias.

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Segundo o artigo 183 do Novo Código:

A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações


de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja
contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Certo.

040. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA-CALCULIS-


TA/2019) A respeito de liquidação e cumprimento de sentença, da execução contra a fazenda
pública e dos auxiliares da justiça, julgue o item a seguir, à luz do Código de Processo Civil.
Situação hipotética: Procurador de determinado estado da Federação encaminhou ao setor de
contadoria da procuradoria estadual onde trabalha processo judicial no qual a fazenda pública,
por ele representada, é executada com fundamento em título extrajudicial, para elaboração de
manifestação técnica quanto aos cálculos apresentados pela parte contrária. Para essa aná-
lise, o procurador responsável fixou prazo de até quarenta dias para a elaboração do parecer,
por entender que, nessa hipótese e à luz do Código de Processo Civil, o prazo de resposta do
ente público, de trinta dias, deveria ser contado em dobro. Assertiva: Nessa situação, caso a
contadoria apresente o parecer no prazo indicado pelo procurador, sendo, na mesma data, pro-
tocolados os embargos à execução do ente público, parecer e embargos serão considerados
intempestivos pelo juiz.

Veja, com base no artigo 183, § 2º: “Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando
a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público”.
Além do exposto, o artigo 910 da Lei 13.105 de 2015 estabelece que: “Na execução fundada
em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias”.
Certo.

041. (CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Em determinado processo, o réu não foi


citado nem apresentou contestação. O magistrado, além de não declarar o processo nulo, jul-
gou-o, no mérito, favoravelmente ao réu.
Nessa situação hipotética, a conduta do magistrado foi correta porque
a) ele aproveitou atos que não dependem da citação.
b) ele julgou favoravelmente o mérito da causa para a parte que seria beneficiada caso a nuli-
dade fosse decretada.
c) o autor não requereu a nulidade do processo.
d) o autor foi o causador da nulidade.
e) a declaração de nulidade processual depende de requerimento da parte.

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A alternativa b está correta, porquanto segundo o artigo 282, § 2º da lei processual civil: “Quan-
do puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não
a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta”.
Letra b.

042. (CESPE/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2020) Márcio, domiciliado em Porto Alegre – RS,


celebrou um contrato com Fábio, domiciliado em Gramado – RS, relativo a empréstimo a título
gratuito da quantia de R$ 20.000. Ambos acordaram que Fábio deveria devolver a quantia para
Márcio até o dia 12/11/2019. Diante do inadimplemento do valor, Márcio decidiu promover
uma ação contra Fábio.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta relativa a competência, pra-
zos, forma, tempo e lugar dos atos processuais.
a) Márcio deverá protocolar a ação em Porto Alegre – RS, pois o foro competente é o do domi-
cílio do autor.
b) Fábio terá o prazo de 15 dias corridos para protocolar sua contestação.
c) O advogado de Márcio não poderá praticar atos processuais durante o período de férias
forenses, excetuados os casos previstos em lei.
d) O juiz poderá alterar os prazos peremptórios ainda que Márcio e Fábio não tenham anuído.
e) A citação de Fábio não poderá ser realizada no período de férias forenses.

a) Errada. Em regra, o foro competente será o domicílio do réu (veja o artigo 46 da Lei de Ritos).
b) Errada. A contagem dos prazos processuais é realizada em dias úteis (veja o artigo
219 do NCPC).
c) Certa. Essa é a previsão constante no artigo 214 do Novo Código.
d) Errada. Conforme o artigo 222, § 1º da Lei 13.105 de 2015: “Ao juiz é vedado reduzir prazos
peremptórios sem anuência das partes”.
e) Errada. A assertiva contraria a previsão constante no artigo 214. Observe o dispositivo
em comento:

Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuan-
do-se:
I – os atos previstos no art. 212, § 2º;
II – a tutela de urgência.
Letra c.

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043. (CESPE/TJ-PA /AUXILIAR JUDICIÁRIO/2020) O juiz e os auxiliares da justiça de uma


localidade não têm competência para praticar diligências em comarcas diferentes das que
estão lotados. Nesse contexto, pode ser necessário, por exemplo, solicitar a avaliação de bens
passíveis de penhora que estejam em localidade diferente daquela em que corre o processo.
Em situações como essa, expede-se ato de comunicação processual entre órgãos do Poder
Judiciário, de modo a respeitarem os limites territoriais de competência das comarcas.
Tal ato de comunicação processual denomina-se
a) carta precatória.
b) carta rogatória.
c) carta de mandado.
d) carta de autorização.
e) carta de ordem.

As cartas podem ser:


Rogatórias: são comunicações entre Estados dotados de Soberania, ou seja, entre a justiça
brasileira e estrangeira. Essa comunicação tem amparo na cooperação internacional. Assim
sendo, seja por tratado ou via diplomática, as Nações cooperam com a Justiça do outro país.
Precatórias: são comunicações entre os Estados dotados de autonomia no Brasil. Essas car-
tas fazem valer a cooperação nacional, por meio da qual Juízes e auxiliares da justiça coope-
ram para que a marcha processual em outra comarca seja exitosa. Ocorre em casos nos quais
é necessário escutar uma testemunha que morava em uma localidade e se mudou para outra,
cuja competência territorial é atribuída a outro Juiz.
De ordem: são comunicações entre Tribunais e Juízes a ele vinculados.
Arbitral: são comunicações feitas pelos juízes arbitrais (atuantes em convenção das partes
sobre direitos patrimoniais disponíveis) os quais solicitam que o Poder Judiciário determine o
cumprimento ou pratique ato formulado por juízo arbitral, o que engloba a efetivação de tutela
provisória.
Letra a.

044. (IADES/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2014) No que se refere a


citação, a intimação e notificação, assinale a alternativa correta.
a) A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.
Para a validade do processo, é indispensável a citação inicial do réu, de forma que, mesmo o
comparecimento espontâneo do réu, não supre a falta de citação.
b) Notificação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para
que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
c) A citação, exclusivamente, se dá por correio ou oficial de justiça.
d) Em qualquer hipótese, não se pode citar pessoa que estiver assistindo a ato de culto religioso.
e) Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio.

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a) Errada. Segundo o Artigo 239, § 1º do NCPC:

Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipó-


teses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. § 1º O compare-
cimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir
desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
b) Errada. Segundo o artigo 269 do NCPC: “Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém
dos atos e dos termos do processo”.
c) Errada. Negativo! Conforme o artigo 246 do CPC, com a nova redação dada pela Lei n.
14.195 de 2021:

A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis, con-
tado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no
banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça. (Re-
dação dada pela Lei n. 14.195, de 2021) § 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis,
contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação: I - pelo correio; II
- por oficial de justiça; III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital.
d) Errada. Segundo o artigo 244: “Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do
direito: I - de quem estiver participando de ato de culto religioso”.
e) Certa. Segundo o artigo 275. “A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a
realização por meio eletrônico ou pelo correio”.
Letra e.

045. (VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2015) Vencido o prazo,


sem que a parte tenha cumprido o ato processual que deveria realizar,
a) poderá ser prorrogado a pedido, se tratar de prazo peremptório.
b) fica a salvo de extinção, se a parte provar que o não realizou por justa causa.
c) extingue-se por meio de declaração judicial, o direito de praticar o ato.
d) poderá ser praticado caso se trate de medida de urgência.
e) as custas ficarão a cargo da parte que deu causa à preclusão.

A assertiva alinha-se ao que estabelece o artigo 233 do NCPC. Vejamos o preceptivo mencio-
nado, cujo teor mostra que os demais itens estão incorretos:

Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, inde-
pendentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou
por justa causa.

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§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato
por si ou por mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Letra b.

046. (VUNESP/DAEM/PROCURADOR JURÍDICO/2019/ADPATADA). Acerca do prazo em dobro,


é correto afirmar que se aplica
Apenas aos casos em que a lei não estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
ente público.

A assertiva se alinha ao que estabelecem os artigos 180, § 2º, 183, § 2º e 186, § 4º.
Certo.

047. (VUNESP/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Os prazos


processuais voltados ao Magistrado no processo são impróprios, cabendo, contudo, como re-
gra, afirmar que uma vez conclusos os autos para manifestação judicial, o Código de Processo
Civil determina que
a) os despachos observarão o prazo de 10 (dez) dias para sua emissão.
b) as decisões interlocutórias serão exaradas no prazo de 15 (quinze) dias.
c) as sentenças devem ser prolatadas no prazo de 30 (trinta) dias.
d) os acórdãos seguirão o prazo de 90 (noventa) dias, objetivando a sua edição.
e) em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por até o
triplo do lapso temporal fixado, os prazos a que está submetido.

Art. 226. O juiz proferirá:


I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
Letra c.

048. (VUNESP/HCFMU-SP/ DIREITO NA ÁREA DA SAÚDE PÚBLICA/2015) A contagem dos


prazos processuais se dará de que forma?
a) Incluindo o dia do começo e excluindo o do vencimento.
b) Incluindo o dia do começo e o do vencimento.
c) Excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
d) Excluindo o dia do começo e o do vencimento.
e) Excluindo o dia do começo e incluindo o primeiro dia útil após a intimação.

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Resposta C.
Segundo o artigo 224: “Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o
dia do começo e incluindo o dia do vencimento”.
Letra c.

049. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Quanto aos atos do juiz,


assinale a alternativa correta.
a) São atos meramente ordinatórios, forma pela qual o juiz resolve questão incidente, quando
pra­ticados em decorrência de juntada de documento essencial para o deslinde da causa
b) Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de des-
pacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
c) Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do feito, põe fim ao processo, resol-
vendo todas as questões que deram causa à propositura da ação.
d) Decisão interlocutória compreende todos os de­mais atos do juiz praticados no processo, de
ofí­cio ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
e) Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais, desde que jul-
guem o mérito da demanda e reformem a sentença.

a) Errada. Segundo o artigo 203, § 4º:

“Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho,
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário”.
b) Certa. A assertiva harmoniza-se com o artigo 203, § 4 acima transcrito.
c) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 203 do CPC. Vejamos o preceptivo:

Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1º


Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento
por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedi-
mento comum, bem como extingue a execução. § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento
judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.
d) Errada. Vimos a definição de decisão interlocutória acima.
e) Errada. Segundo o artigo 204 do CPC “Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos
tribunais”.
Letra b.

050. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto afir-


mar que consistirão em sentenças, decisões interlocutórias, apenas.

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Segundo o artigo 203 do NCPC: “Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, deci-
sões interlocutórias e despachos”.
Errado.

051. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto


afirmar que
Não se admitem, em nenhuma hipótese, rasuras, entrelinhas ou emendas nos atos e termos
processuais.

Opa! Espera aí! Não sejamos tão radicais com as rasuras ou entrelinhas!
Veja, segundo o artigo 211 do NCPC:

Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados,
assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas.
Errado.

052. (VUNESP/TJ-MT/DISTRIBUIDOR/2008/ADAPTADA). Sobre os atos do juiz, é correto


afirmar que:
é lícito o uso da taquigrafia, mas não da estenotipia no primeiro grau de jurisdição.

Segundo o artigo 210 do NCPC: “É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método
idôneo em qualquer juízo ou tribunal”.
Errado.

053. (VUNESP/TJ-SP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2006) Leia os itens a seguir.


I – Ao receber a petição inicial, o escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito,
o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início.
II – O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma
quanto aos suplementares.
III – É vedado às partes, aos peritos e às testemunhas rubricar as folhas correspondentes aos
atos em que intervieram.
IV – Os termos de juntada, de vista, de conclusão e outros semelhantes constarão de notas
datadas e rubricadas pelo escrivão.
Estão corretos apenas
a) I e III.
b) II e IV.

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c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Item I: certo. Segundo o artigo 206 do NCPC:

Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando


o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início,
e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Item II: certo. Segundo o artigo 207 do NCPC: “O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e
rubricará todas as folhas dos autos”.
Item III: errado. Segundo o parágrafo único do artigo 207 do NCPC:

À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da


justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Item IV: certo. Segundo o artigo 208 do NCPC: “Os termos de juntada, vista, conclusão e ou-
tros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de
secretaria”.
Letra c.

054. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Os atos processuais são


atos das partes, do juiz e dos auxiliares da Justiça, e a eles são assinalados prazos para cum-
primento. Nesse caso, assinale a alternativa correta.
a) A parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.
b) Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de cinco dias o prazo para a práti-
ca de ato processual a cargo da parte.
c) Salvo disposição em contrário, computar-­se-­ão os prazos, incluindo-­se o dia do começo e o
do vencimento
d) Decorrido o prazo, extingue­-se, mediante decla­ração judicial, o direito de praticar o ato.
e) Os atos processuais realizar­-se-­ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o
juiz determinará que os prazos se cumpram em cinco dias.

a) Errada. Segundo o artigo 225 do NCPC: “A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido
exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa”
b) Certa. Segundo o artigo 218, § 3º do NCPC: “Inexistindo preceito legal ou prazo determinado
pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte”.
c) Errada. Segundo o artigo 224 do NCPC: “Salvo disposição em contrário, os prazos serão
contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento”.

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d) Errada. Segundo o artigo 223 do NCPC:

Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independente-


mente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa
causa.
e) Errada. Conforme 218, § 1º do NCPC: “Os atos processuais serão realizados nos prazos
prescritos em lei. § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração
à complexidade do ato”.
Letra b.

055. (VUNESP/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/AUXILIAR


JURÍDICO/2019) Acerca dos prazos, pode-se corretamente afirmar que
a) quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a compareci-
mento após decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
b) inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 2 (dois) dias o prazo para
a prática de ato processual a cargo da parte.
c) será considerado intempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
d) na contagem de prazo processual ou de direito material, em dias, estabelecido por lei ou
pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
e) o juiz pode reduzir prazos peremptórios se houver anuência das partes.

a) Errada. O prazo será de 48 horas (art. 218, § 2º)


b) Errada. O prazo será de 5 dias (art. 218, § 3º).
c) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 218, § 4º do CPC de 2015.
d) Errada. A assertiva contraria o disposto no parágrafo único do artigo 219 do CPC.
e) Certa. Nesse sentido o artigo do 222, § 1º CPC de 2015.
Letra e.

056. (VUNESP/ESEF-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Quanto à forma, tempo e lugar dos


atos processuais, assinale a alternativa correta.
a) Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa, sendo que
o documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
traduzido por tradutor juramentado.
b) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, desde
que antes de iniciado o processo.

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c) Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e se suspendem pela superveni-


ência delas, inclusive, a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor
e curador.
d) Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente,
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obs-
táculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
e) as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde
as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido pelo Código de Processo
Civil, desde que com autorização judicial.

a) Errada. Segundo o artigo 192 do CPC de 2015:

Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O
documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompa-
nhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central,
ou firmada por tradutor juramentado.
b) Errada. Segundo o artigo 190 do CPC de 2015:

“Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e conven-
cionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o proces-
so”.
c) Errada. Segundo o artigo 215 do CPC de 2015:

Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência
delas: (...) II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador.
d) Certa. A assertiva está em conformidade com o artigo 217 do CPC de 2015.
e) Errada. Segundo o artigo 212, § 2º do CPC de 2015:

Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se


no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabele-
cido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Letra d.

057. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2019) Os atos proces-


suais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos
a) que versem sobre cumprimento da carta arbitral, ainda que não exista cláusula de confiden-
cialidade na arbitragem.
b) em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade, não podendo o
terceiro, ainda que demonstre interesse jurídico, requerer certidão do dispositivo da sentença.

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c) em que o exija o interesse público, mas não o social.


d) que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união está-
vel, filiação.
e) que versem sobre a guarda de crianças e adolescentes, sendo que o direito de consultar os
autos e pedir certidões é restrito apenas aos procuradores das partes.

A resposta ao questionamento acima pode ser encontrada no artigo 189 da Lei n. 13.105 de
2015. Vejamos o que estabelece o preceptivo supracitado, por meio do qual revisamos o as-
sunto cobrado pelo examinador:

Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confi-
dencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certi-
dões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Letra d.

058. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) A publicidade


dos atos processuais tem irrefutável relevância para o Estado Democrático de Direito, além de
configurar garantia fundamental prevista na Constituição Federal. A respeito do tema, o Código
de Processo Civil prevê que os atos processuais são públicos. Todavia, tramitam em segredo
de justiça os processos
a) que versem sobre arbitragem, salvo no caso de cumprimento da carta arbitral.
b) em que o exija o interesse público ou social.
c) que versem sobre arbitragem, desde que a confidencialidade seja estipulada em instrumen-
to público.
d) que versem sobre tributos e fiscalização.
e) que versem sobre filiação, desde que haja pedido das partes.

Veja, a assertiva b está correta, porquanto traz o conteúdo do artigo 189, I.


Letra b.

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059. (VUNESP/CÂMARA DE OLÍMPIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) No que diz res-


peito ao tempo e lugar dos atos processuais, é correto afirmar que
a) os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 9 (nove) às 19 (dezenove) horas.
b) depende de autorização judicial a prática de citações, intimações e penhoras durante o pe-
ríodo de férias forenses.
c) os atos processuais poderão ser excepcionalmente realizados fora da sede do juízo, dentre
outras hipóteses, em razão da natureza do ato.
d) durante as férias forenses não se praticarão atos processuais relativos à tutela de urgência.
e) se suspendem durante as férias forenses os processos de nomeação ou remoção de tutor
e curador.

a) Errada. Serão realizados das 6h00 às 20h00 (Art. 212).


b) Errada. Consoante o artigo 212, § 2º:

Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se


no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabele-
cido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
c) Certa. Consoante o artigo 212, § 2º:

Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro


lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido
pelo interessado e acolhido pelo juiz.
d) Errada. Consoante o artigo 214 do CPC: “durante as férias forenses e nos feriados, não se
praticarão atos processuais, excetuando-se: I - os atos previstos no art. 212, § 2º; II - a tutela
de urgência.
e) Errada. Segundo o artigo 215

processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência
delas: (...) II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;”.
Letra c.

060. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO (INTERIOR)/2018) Processa(m)-


-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
a) a homologação de desistência de ação.
b) os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quan-
do puderem ser prejudicados pelo adiamento.
c) os processos que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral.
d) o registro de ato processual eletrônico e a respectiva intimação eletrônica da parte.
e) a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas.

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Conforme o artigo 215 da Lei n. 13.105 de 2015:

Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência
delas: I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos,
quando puderem ser prejudicados pelo adiamento; II - a ação de alimentos e os processos de nome-
ação ou remoção de tutor e curador; III - os processos que a lei determinar.
Letra b.

061. (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) Com relação aos prazos processuais, é corre-


to afirmar que
a) inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 10 (dez) dias o prazo para
a prática de ato processual a cargo da parte.
b) não será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
c) na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis, seja prazo processual ou material.
d) quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
e) se interrompe o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro.

a) Errada. Segundo o artigo 218, § 3º: “Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo
juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte”
b) Errada. Segundo o artigo 218, § 4º: “Será considerado tempestivo o ato praticado antes do
termo inicial do prazo”.
c) Errada. Segundo o artigo 219:

Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias
úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais”.
d) Certa. Segundo o artigo 218, § 1º: “Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em
consideração à complexidade do ato”.
e) Errada. Essa assertiva evidencia que devemos ter cuidado ao lermos as questões, porquanto
o prazo é suspenso durante o período mencionado e não interrompido. Nesse sentido, o artigo
220 estabelece o seguinte: “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendi-
dos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive”.
Letra d.

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062. (VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A prática eletrô-


nica processual, o que inclui o peticionamento eletrônico, pode ocorrer, para a validade do ato
para fins de contagem do prazo:
a) das seis às vinte horas.
b) das nove às dezessete horas.
c) dentro do horário forense estabelecido pela Comarca.
d) no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme estabelecido na lei de organi-
zação judiciária.
e) em qualquer horário até as vinte e quatro horas do último dia do prazo.

Para responder à questão acima, vamos recorrer ao teor dos artigos 212 e 213 do Código de
Processo Civil de 2015. Vejamos os preceptivos em comento:

Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. (...)
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e
quatro) horas do último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato
deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.
Letra e.

063. (VUNESP/CÂMARA DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATI-


VO/2019) Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito
a) de quem estiver participando de ato de cunho político.
b) de cônjuge do morto, no dia do falecimento e nos 8 (oito) dias seguintes.
c) de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em qualquer
grau, no dia do falecimento e nos 3 (três) dias seguintes.
d) de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento.
e) de doente, enquanto hospitalizado, independentemente do seu estado de saúde.

Segundo o artigo 244 do NCPC:

Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: I - de quem estiver participando
de ato de culto religioso; II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consan-
guíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos
7 (sete) dias seguintes; III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; IV - de
doente, enquanto grave o seu estado.
Letra d.

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064. (VUNESP/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Feita a citação


com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado,
carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência, no prazo de
a) 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
b) 15 (quinze) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
c) 5 (cinco) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.
d) 10 (dez) dias, contado da data do cumprimento do mandado.
e) 15 (quinze) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos.

De acordo com o artigo 254:

Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou inte-
ressado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, tele-
grama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Letra a.

065. (VUNESP/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/ADVOGADO/2018/ADAPTADA) Pedro in-


gressa com ação indenizatória, na Justiça Comum, contra um Município paulista. Nesse caso,
de acordo com o Código de Processo Civil, é correto afirmar que
a intimação pessoal do advogado público far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico

A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 183, § 1º do CPC de 2015.
Certo.

066. (VUNESP/CÂMARA DE ORLÂNDIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) A citação é o


ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação
processual.
No que diz respeito ao tema, assinale a alternativa correta.
a) A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor.
b) Incumbe ao autor adotar, no prazo de 5 (cinco) dias, as providências necessárias para viabi-
lizar a citação, sob pena de não interromper a prescrição.
c) A citação pelo correio pode ser feita para qualquer pessoa, incluindo as pessoas jurídicas de
direito privado e de direito público.
d) A citação será obrigatoriamente por oficial de justiça para os casos em que ignorado, incerto
ou inacessível, o lugar em que se encontrar o citando.
e) Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes, inclusive as unidades autônomas de prédio
em condomínio, serão citados pelo correio.

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a) Certa. Segundo o artigo 240 do CPC de 2015:

A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa
a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei n. 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
b) Errada. Segundo o artigo 240, § 2º do CPC de 2015:

Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a
citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
c) Errada. A assertiva contraria o artigo 247, III do CPC de 2015.
d) Errada. No caso em tela, a citação será feita por edital (art. 256, II do CPC).
e) Errada. Segundo o artigo 246, § 3º:

Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver
por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
Letra a.

067. (VUNESP/CÂMARA DE CAMPO LIMPO PAULISTA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018)


Em um processo que tramita pelo procedimento comum foi determinada a citação por oficial
de justiça. De posse do mandado, o oficial precisa cumprir a ordem. Nesse cenário, é correto
afirmar que
a) somente com autorização judicial a citação poderá ser realizada antes das seis horas ou
após as vinte horas, em dias não úteis.
b) a citação não pode ser realizada durante o período de férias forenses, por expressa determi-
nação legal de suspensão de todos os atos processuais.
c) não poderá efetuar a citação se constatar, no momento da prática do ato, que o cônjuge do
réu tiver falecido há menos de dois dias.
d) se por três vezes o oficial procurar o réu sem sucesso em sua residência ou domicilio, haven-
do suspeita de ocultação, poderá intimar qualquer pessoa da família ou, na falta, um vizinho, de
que no próximo dia útil retornará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
e) essa modalidade de citação somente ocorrerá se primeiramente for frustrada a tentativa de
citação pelo correio.

a) Errada. Segundo o artigo 212, § 1º: Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos inicia-
dos antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano”. Vide, também o
artigo 212, § 2º abaixo.
b) Errada. Segundo o artigo 212, § 2º:

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Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se
no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabele-
cido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
c) Certa. Segundo o artigo 244, II:

Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: (...) II - de cônjuge, de companheiro
ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em se-
gundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;”.
d) Errada. Segundo o artigo 252 do CPC:

Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou resi-
dência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família
ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na
hora que designar.
e) Errada. A citação por oficial de justiça poderá ser realizada nos moldes do artigo 247 do
CPC, conforme trabalhamos em aula.
Letra c.

068. (INÉDITA/2021) A citação é o ato por meio do qual são convocados o réu, o executado
ou o interessado para integrar a relação processual. Após a inclusão feita pela Lei n. 14.195 de
2021, a citação deverá ser efetivada em:
a) Até 40 (quarenta) dias a partir da propositura da ação.
b) Até 15 (quinze) dias a partir da propositura da ação.
c) Até 30 (trinta) dias a partir da propositura da ação.
d) Até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação.
e) Até 5 (cinco) dias a partir da propositura da ação.

Conforme dispõe o parágrafo único do artigo 238 do CPC: “A citação será efetivada em até 45
(quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)”.
Letra d.

069. (INÉDITA/2021) Segundo o artigo 246 do CPC, com a nova redação dada pela lei n.
14.195 de 2021, a citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até
3 (dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos
indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Con-
selho Nacional de Justiça.

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Segundo o artigo 246 do CPC de 2015, com a nova redação, a citação será feita preferencial-
mente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis.
Errado.

070. (INÉDITA/2021) Segundo o artigo 246 da Lei n. 13.105 de 2015, após a redação dada
pela Lei n. 14.195 de 26 de agosto de 2021, a ausência de confirmação, em até 2 (dois) dias
úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação: I - pelo
correio; II - por oficial de justiça; III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando compa-
recer em cartório; por edital.

Segundo o § 1º do artigo 246 do CPC, após a nova redação, “A ausência de confirmação, em


até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização
da citação:”.
Errado.

071. (INÉDITA/2021) Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado pelo correio;
por oficial de justiça; pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartó-
rio; por edital, deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento
da citação enviada eletronicamente.

Segundo o artigo 246. § 1 – B: “na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas
formas previstas nos incisos I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa
para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada eletronicamente”. (Incluí-
do pela Lei n. 14.195, de 2021)
Certo.

072. (INÉDITA/2021) Segundo o Código de Processo Civil de 2015, com as alterações inclu-
ídas pela Lei n. 14.195, de 2021, considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível
de multa de até 2% (dois por cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem
justa causa, o recebimento da citação recebida por meio eletrônico.

Segundo o artigo 246, § 1-C:

Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da citação
recebida por meio eletrônico. (Incluído pela Lei n. 14.195, de 2021)
Errado.

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073. (INÉDITA/2021) Segundo o Código de Processo Civil de 2015, a citação será feita por
meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País, exceto: nas ações de estado,
observado o disposto no art. 695, § 3º; quando o citando for incapaz; quando o citando for pes-
soa de direito público; quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar
de correspondência; quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

A assertiva traz o teor do artigo 247 do Código de Processo Civil com a redação dada pela Lei
n. 14.195 de 2021.
Certo.

Bem, querido(a) amigo(a), após esse bate papo acerca do tema tratado, encerro mais uma
aula por meio de abraço virtual fraterno e do meu sincero agradecimento pela companhia vir-
tual. Estamos juntos nessa trajetória relativa ao estudo do Processo Civil. Caso tenha gostado
desta aula, deixe aquele like, a fim de que possamos avaliar nosso trabalho e fique à vontade
para dar sugestões, a aula é nossa! Fique com Deus e até o nosso próximo encontro!

“Obstáculos não devem te impedir. Se você encontrar uma parede, não desista. Descubra como
escalá-la.”
Michael Jordan

Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)

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