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DO PROCEDIMENTO COMUM
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do Procedimento Comum
Anderson Ferreira
Sumário
Do Procedimento Comum.............................................................................................................................................3
Introdução.............................................................................................................................................................................3
Da Petição Inicial..............................................................................................................................................................4
Do Pedido..............................................................................................................................................................................9
Dos Pedidos Implícitos............................................................................................................................................... 10
Cumulação de Pedidos .. ...............................................................................................................................................11
Cumulação Objetiva.. ......................................................................................................................................................11
Cumulação Objetiva Imprópria................................................................................................................................12
Do Indeferimento da Petição Inicial.....................................................................................................................14
Da Improcedência Liminar o Pedido. . ...................................................................................................................18
Da Audiência de Conciliação Ou de Mediação. ..............................................................................................23
Da Contestação. . .............................................................................................................................................................27
Do Prazo para Oferecer a Contestação.............................................................................................................30
Reconvenção....................................................................................................................................................................33
Revelia..................................................................................................................................................................................37
Da Réplica..........................................................................................................................................................................39
Do Julgamento Conforme o Estado do Processo........................................................................................40
Do Saneamento e da Organização do Processo...........................................................................................43
Questões de Concurso................................................................................................................................................46
Gabarito................................................................................................................................................................................61
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................62
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do Procedimento Comum
Anderson Ferreira
DO PROCEDIMENTO COMUM
Introdução
Olá, querido (a) aluno (a), é com imensa alegria e enorme satisfação que inicio mais um
encontro com você, companheiro (a) virtual. Falarei, na aula de hoje, sobre o Processo de co-
nhecimento.
Amigo (a), antes de mais nada, gostaria de comentar com você que há diferenças entre
processo e procedimento. Este é um “caminho” a ser percorrido durante a marcha processual,
ao passo que aquele é um conjunto de atos coordenados conducentes ao julgamento do caso,
composto pelo procedimento, relação jurídica e contraditório.
Quando me refiro a procedimentos, saliento que esse assunto sofreu alterações quando
o comparamos à codificação de 1973, porquanto a Lei anterior dividia os procedimentos em:
comum (subdivido em: procedimento ordinário e sumário) e especial.
Nos tempos atuais, no entanto, a Lei n. 13.105/2015, divide os procedimentos em: co-
mum (não há a figura do procedimento ordinário ou sumário, o procedimento é comum, ponto!)
e especial. O primeiro deles é a regra no nosso ordenamento, isto é, quando o jurisdiciona-
do pretende postular em juízo, ajuizará uma ação utilizando-se do procedimental comum, ou
seja, padrão.
“Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em con-
trário deste Código ou de lei.”
Perceba que o artigo 318 da Lei de Ritos estabelece ser o procedimento comum a regra,
o que sugere exceção. Veja, os procedimentos especiais (iniciados a partir do artigo 539 e
seguintes da legislação instrumental) possuem peculiaridades no que se refere aos ritos por
eles adotados, porquanto o procedimental mencionado possui nuances distintas do modelo
padrão. Porém, após o cumprimento das aludidas distinções, podem confluir para o procedi-
mento comum, o qual é aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais, como um
“normativo de reserva”, que, por sinal, aplica-se ao processo de execução.
“Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais proce-
dimentos especiais e ao processo de execução.”
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Ok, feitas essas considerações, peço licença a você, para fazer um pequeno “voo panorâ-
mico” sobre o procedimento comum, acerca do “caminho” a ser seguido pelo proceder padrão
e, após essa visão geral, explico com mais vagar as etapas:
• Sequência do Procedimento Comum:
Da Petição Inicial
A petição inicial, também chamada de exordial, peça vestibular, inaugural, preambular e,
acredite ou não, já vi gente chamá-la de peça do ovo!... Enfim, se eu estivesse citando as sinoní-
mias acima, já estaria sem fôlego! Mas gosto de citá-las, pois, às vezes, o examinador gosta de
trocar seis por meia dúzia, sovaco por axila. Errar uma questão por troca de termos, na minha
modestíssima opinião, é muito ruim!
Querido (a), a petição inicial e seus “apelidos” (rs) leva ao conhecimento do Juiz uma le-
são ou ameaça de lesão, em tese, a um direito. Por meio dela, o Julgador conhece a demanda
levada a juízo (há uma cognição acerca do processo) e são definidos elementos subjetivos
(relativos às partes envolvidas no processo) e objetivos (referentes à causa de pedir e pedido).
Costumo dizer que a partir do artigo 319 do Novo Código de Processo Civil, temos um
“check list”, uma lista, por meio da qual se verifica requisitos para que a petição inicial esteja
em termos (em conformidade com a legislação). O dispositivo legal mencionado traz a neces-
sidade de que a exordial indique o juízo (composto pelo Juiz e auxiliares) a que é dirigida a
peça vestibular, qualificação das partes (nomes, estado civil, residência, endereço eletrônico,
dentre outros dados), causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos), pedido, valor da causa,
o conjunto probatório das alegações, se o autor possui ou não interesse na audiência de au-
tocomposição.
Bem, vamos visualizar os requisitos do artigo 319, por meio do qual a petição inicial ficará
em termos, e, por conseguinte, admitida pelo Juiz.
“Art. 319. A petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida;”
O inciso I se refere ao endereçamento da peça vestibular, ou seja, por meio das regras de
fixação de competência (em razão da matéria, pessoa, valor da causa, hierarquia ou território)
será definido o juízo. Caso o postulante se equivoque nesse item, o Juiz fará remessa (enviará
para o juízo devido, ou seja, não haverá de plano indeferimento da inicial).
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Amigo (a), embora eu tenha optado pela definição acima quanto ao pedido, saliento que o en-
tendimento não é pacífico e encontra definição em sentido oposto.
“V - o valor da causa;”
Vimos, em aula anterior, que toda causa tem um valor, um conteúdo econômico a ser atri-
buído por meio da petição inicial, o qual quando não puder ser fixado, será feito por estimativa.
Veja como a Codificação Processual de 2015 trata a temática ora abordada:
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“Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econô-
mico imediatamente aferível.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
[...]”
Chamo sua atenção para o fato de que o valor da causa poderá ser impugnado em prelimi-
nar de contestação, além do que o Juiz, de ofício ou por arbitramento, poderá corrigir o valor
da causa quando perceber que a quantia não corresponde ao valor discutido ou do proveito
econômico intentado pelo autor e proceder ao recolhimento das custas correspondentes, con-
forme estatui o artigo 293 do Código de 2015.
“VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;”
O autor acostará na inicial as provas que pretende produzir para comprovar àquilo que
alega. É normal que as petições requeiram todas as provas admitidas em direito. Esse pleito
mais genérico denota que é possível formar um conjunto probatório, com provas lícitas e legí-
timas, em aberto, pois ainda não se sabe quais provas serão necessárias durante o curso do
processo (podem ser necessárias perícia, oitivas de testemunhas, inspeção judicial, enfim, só
a marcha processual poderá mostrar).
“VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.”
O Novo Código busca a autocomposição. Bem, se o autor não tiver interesse em autocom-
por, ele deverá indicar em sua peça vestibular. Porém, o fato de o postulante indicar o desinte-
resse não é suficiente, haja vista que o réu também deverá evidenciar não estar interessado na
conciliação ou mediação com prazo de 10 (dez) dias de antecedência. Agora, o silêncio acerca
da audiência presume a aceitação, é um silêncio “eloquente” no sentido de aceitar.
Estimado (a) leitor (a), alguns documentos são indispensáveis à propositura da ação e de-
vem ser apresentados junto com a inicial, como por exemplo, a procuração ad judicia (quando
não for o caso de jus postulandi), comprovante de preparo (pagamento das custas judiciais)
ou documentos que evidenciem o casamento (em caso de ação de divórcio). Enfim, há docu-
mentos os quais deverão ser acostados à exordial.
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De acordo com o artigo 319 do CPC de 2015: “A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigi-
da; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o núme-
ro de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos
jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as pro-
vas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor
pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação”.
Letra c.
“Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositu-
ra da ação.”
Chamo sua atenção para o fato de que no decorrer da marcha processual, alguns docu-
mentos podem ser acostados aos autos posteriormente à peça vestibular quando tiverem o
objetivo de fazer prova de fatos ocorridos em momento posterior. Esse é o raciocínio esposado
pelo artigo 435 da Lei n. 13.105 de 2015, confira comigo:
“Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-
-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após
a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis
ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a
impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta
da parte de acordo com o art. 5º.”
Certo, vimos que os artigos 319 e 320 serão observados quando o Juiz receber a petição
inicial, ou seja, o Julgador avaliará se a petição está em termos, isto é, se as prescrições nos
dispositivos em comento foram observadas. Agora, caso o Juiz, ao avaliar a peça vestibular,
perceba que há algum vício, alguma incorreção, deverá fornecer o prazo de 15 (quinze) dias
para que a parte o corrija (seja por emenda ou complemento). Chamo sua atenção para o fato
de que o Juiz deverá indicar o erro. Caso o autor não corrija a incorreção, a petição inicial será
indeferida.
“Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319
e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mé-
rito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.”
Veja, o Juiz não pode, simplesmente, dizer: emende-se a petição inicial. Tem que apontar
o defeito. Consagra-se o direito à emenda. Lembre-se de que o autor pode alterar o pedido e a
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causa de pedir até a citação do réu de modo unilateral, ou seja, não depende da anuência do
adverso. Contudo, após o ato citatório, o réu deverá concordar com a alteração.
O autor pode alterar o pedido e a causa de pedir até a citação do réu de modo unilateral, ou
seja, não depende da anuência do adverso. Contudo, após o ato citatório, o réu deverá concor-
dar com a alteração. Após o saneamento, não será permitida alteração, mesmo com a concor-
dância do réu.
A assertiva “a” está em conformidade com o que estabelece o artigo 329, II da Lei n. 13.105/2015.
Letra a.
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Do Pedido
O pedido é o motivo da controvérsia, conforme comentei em momentos anteriores, e, por
imperativo legal, em regra, deverá ser certo (identificado) e determinado (quantidade do que é
pleiteado).
“Art. 322. O pedido deve ser certo.
[...]
Art. 324. O pedido deve ser determinado. “
Ok, então a petição inicial deverá levar os ditames dos artigos mencionados em conside-
ração no que se refere ao pedido certo e determinado, por exemplo, o autor propõe uma ação
na qual pede cem camisas regatas pretas, com desenho de patinho na cor abacaxi dourado,
estampada na área do tórax. – Ô imaginação, hein! – É verdade, não nego isso, mas que esse
pedido foi certo e determinado, foi! Aliás, até demais. Confesso que, inicialmente, pensei na
estampa de elefante cor de rosa. No entanto, achei que seria um clichê! Rs.
Bem, o exemplo acima foi tranquilo de visualizar né? Até veio em sua mente a regata preta
com patinhos abacaxi dourado... (Rs). Mas a questão é:
Há possibilidade de o pedido ser genérico? Ou seja, ser certo, mas não ser determinado?
Antes de responder a essa indagação, peço a você, que imagine uma situação na qual uma
pessoa seja vítima de um acidente de trânsito. Algumas colisões entre veículos causam lesões
físicas e psíquicas as quais demandam tempo para total recuperação, o que acarreta gastos
indeterminados com cirurgias, fisioterapia, terapias e outras intervenções profissionais que
dependem do caso concreto.
Com base no parágrafo anterior, sabe-se que aquele que causou a colisão terá uma respon-
sabilidade em relação ao acidente, possivelmente baseada nos artigos 186 e 927 do Código
Civil, de modo a arcar com as custas dos profissionais da área de saúde ou outros, a depender
do caso. Então, o autor deverá desembolsar a pecúnia necessária para reparar o dano. Porém,
em muitos casos, não é possível calcular, logo de início, o numerário a ser dispendido, porquan-
to não se sabe quantas cirurgias serão necessárias ou quantas sessões de fisioterapia.
Com base nesse raciocínio, o Novo Código permite o pedido genérico, o que torna a res-
posta da pergunta, feita linhas acima, afirmativa, haja vista que alguns pedidos não podem ser
quantificados de plano. Confira comigo a dicção do artigo 324 da Lei de Ritos:
“Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;”
Veja, ações universais são aquelas previstas no artigo 90 do Código Civil como, a título
ilustrativo, as ações que envolvam herança, na área de sucessões.
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“II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;”
Seria o caso do acidente de trânsito.
“III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que
deva ser praticado pelo réu.”
Nesse caso, só será possível quando o réu praticar uma atitude que viabilize a determina-
ção do valor. A título ilustrativo, tem-se o caso de um inventariante que deve prestar contas da
administração dos bens e, só após esse procedimento, será possível avaliar o valor da conde-
nação relativa a alguma ação proposta.
Obs.: Veja que interessante! A nova processualística não menciona que a interpretação deve
ser feita de forma restritiva, como era no Código de 1973. Nos tempos atuais, conside-
ra-se o conjunto da postulação com observância da boa-fé objetiva. É a interpretação
sistemática do pedido com a utilização da boa-fé.
“Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessi-
vas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expres-
sa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no
curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.”
Veja que interessante! Observe algumas Súmulas acerca do tema ora tratado:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 254 do STF: “Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o
pedido inicial ou a condenação”.
Súmula 256 do STF: “É dispensável pedido expresso para condenação do réu em honorá-
rios, com fundamento nos arts. 63 ou 64 do CPC”.
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Súmula 453 do STJ: “Os honorários sucumbenciais, quando omitidos em decisão transi-
tada em julgado, não podem ser cobrados em execução ou em ação própria”.
Cumulação de Pedidos
Ao falarmos de cumulação (acúmulo, mais de um), a primeira coisa que gosto de fazer e
diferenciar a cumulação subjetiva de objetiva. Esta se refere aos pedidos cumulados em um
único processo (nosso objeto de estudo nesse momento), aquela se refere à multiplicidade de
pessoas (litisconsórcio).
Cumulação Objetiva
A cumulação objetiva se divide em:
• Cumulação objetiva própria simples: é a cumulação de diversos pedidos no mesmo
processo de modo que um não depende do outro. O Juiz pode acolher todos, apenas
um, ou mais de um a depender do número de pleitos. Todavia, é necessário que todos os
pedidos tenham compatibilidade entre si e sejam regidos pelo mesmo procedimento ou
que possam seguir a marcha pelo procedimento comum, nos moldes do § 2º do artigo
327 da Lei de Ritos.
“Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pe-
didos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admiti-
da a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam
um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.”
• Cumulação objetiva própria sucessiva: nesse caso, há dois ou mais pedidos e o aco-
lhimento de um depende do outro ser admitido. Isso significa que se um deles não for
acolhido, haverá prejuízo em relação ao provimento do outro. Nesse caso, o valor da
causa será a soma de valores de todos os pedidos, consoante o inciso, VI, do artigo 292:
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À guisa de exemplo, seria o caso de uma ação de paternidade proposta por Pepe Nouglas,
a qual seja cumulada com prestação de alimentos. Observe que a segunda será dependente
da primeira.
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“Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pe-
didos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I – os pedidos sejam compatíveis entre si;
II – seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III – seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admiti-
da a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam
um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.”
Amigo (a), o Novo Código de Processo Civil possui uma clareza solar no que se refere à valora-
ção relativa ao dano moral, cujo valor deverá ser certo, não genérico, ou seja, a quantia deverá
ser determinada.
“Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econô-
mico imediatamente aferível.
[...]
V – na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;”
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 37 STJ: “são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriun-
dos do mesmo fato”.
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Resposta D.
a) Errada. Na cumulação sucessiva, há dois ou mais pedidos e o acolhimento de um depende
do outro ser admitido.
b) Errada. Na cumulação alternativa o autor postula mais pedidos sendo que um exclui o outro,
ou seja, OU um OU outro.
c) Errada. Na cumulação subsidiária, o autor faz mais pedidos, um principal e outro subsidiário,
de modo que Juiz conhecerá do posterior (subsidiário) quando não der provimento ao anterior
(principal).
d) Certa. É a cumulação de diversos pedidos no mesmo processo de modo que um não depen-
de do outro.
e) Errada. Na cumulação imprópria o autor não possui a intenção de que sejam acolhidos to-
dos os pedidos, conforme visto em aula.
Letra d.
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• 2ª postura:
• 3ª Postura:
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Por meio do fluxo acima, percebe-se que se o defeito afeto à petição inicial for insanável,
haverá o indeferimento da exordial e consequentemente a extinção do processo sem julga-
mento de mérito, antes da citação do réu. Agora, o autor poderá apelar desse indeferimento,
sendo facultado ao Juiz retratar-se no prazo de 5 (cinco) dias, conforme estabelece o artigo
331 do Código de 2015.
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;”
As hipóteses de indeferimento da petição inicial estão previstas o artigo 330 da lei 13.105
de 2015, a quais passo a analisar com você.
“Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;”
Considera-se inepta a petição que não está apta a produzir os efeitos pretendidos, seja por-
que não foi encartado na peça vestibular o pedido, a causa de pedir, o pedido foi indetermina-
do, não houve uma lógica entre os fatos e a conclusão ou incompatibilidade entre os pedidos,
conforme veremos no § 1º do artigo em comento.
“II - a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;”
Os dois incisos acima se referem ao que às condições da ação. Veja, no caso em comento,
a ausência das condições acima conduzem ao indeferimento da inicial.
“IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.”
O inciso se refere ao advogado que postula em causa própria, o qual deverá instruir a inicial
com endereço, inscrição na OAB, nome da sociedade na qual está inserido, a fim de ser intima-
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do. Caso os dados não estejam na peça inaugural o Juiz dará 5 (cinco) dias para suprir a falta
e citar o réu, do contrário será o caso de indeferimento da inicial.
Além disso, o Juiz indeferirá a exordial caso ela não atenda os ditames dos artigos 319 e
320 da Lei de Ritos, os quais comentamos linhas acima. Entretanto, o Julgador dará o prazo de
15 (quinze) dias para emenda ou complemento da inicial antes de indeferir a peça vestibular (a
qual será indeferida caso o autor não cumpra a diligência).
“§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pe-
dido genérico;”
Cria-se, então, uma nova hipótese de inépcia. É a inépcia nos casos de pedido genérico
não admitido.
“III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo,
de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar
na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além
de quantificar o valor incontroverso do débito.”
Se eu peço a revisão de uma dívida e não discrimino o valor devido, é uma inépcia.
“§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e
modo contratados.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de
5 (cinco) dias, retratar-se.”
O indeferimento da inicial conduz à extinção do processo sem julgamento de mérito, cujo
recurso cabível é o de apelação. Porém, existe a possibilidade de retratação pelo Juiz, o qual
poderá alterar a sentença. Caso não haja a retratação, o réu será citado para oferecer resposta
ao recurso. Agora, indeferida a petição inicial, cabe apelação. Apelação essa a qual permite
retratação. Se o Juiz não se retratar, volta a ter contrarrazões.
“§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a
correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.”
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competente que indeferiu a petição inicial por considerá-la inepta. Na condição de Defensor
Público do autor, ao ser intimado da Decisão de indeferimento da inicial, o recurso cabível,
afastada a hipótese de cabimento de Embargos de Declaração, é:
a) Agravo de Instrumento, a ser interposto diretamente no Tribunal de Justiça, sendo cabível
juízo de retratação.
b) Apelação, não sendo possível a citação do réu para contrarrazoar o recurso, mas devendo
ser este intimado da data de sessão de julgamento.
c) Apelação, podendo ser exercido juízo de retratação pelo prolator da decisão no prazo
de 5 dias.
d) Agravo de Instrumento, citando-se posteriormente o réu para, querendo, contrarrazoar
o recurso.
e) Recurso Ordinário, a ser interposto perante o juízo de primeiro grau, não sendo cabível juízo
de retratação.
[...] indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, retratar-se. § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao
recurso. § 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará
a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334 . § 3º Não inter-
posta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
Letra c.
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prio juízo competente para o julgamento. Veja como o artigo 285 – A do Código de 1973 trata-
va a matéria:
“Art. 285 – A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já hou-
ver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dis-
pensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada”.
Nesses casos, o Julgador julgava improcedente o pedido. O problema é que esse fato ge-
rava insegurança jurídica ao jurisdicionado, pois um Juízo poderia entender de uma forma e
outro de forma diametralmente oposta, o que geraria decisões conflitantes e desiguais para
casos iguais em patente afronta ao princípio da isonomia.
O fato é que o Código de 2015 trata da improcedência liminar do pedido no ordenamento
jurídico (artigo 332), mas com algumas diferenças em relação ao Código de Buzaid. A legisla-
ção contemporânea leva em conta a força dos precedentes normativos. Vejamos a força dos
precedentes, a qual pode ser percebida, de forma clara, por meio da leitura do artigo 927 da Lei
de Ritos atual.
“Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitu-
cionalidade;
II – os enunciados de súmula vinculante;
III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional
e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.”
Veja, o artigo em comento evidencia que o Julgador observará os enunciados de súmula,
acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas
e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos, enunciados do Tribunal de
Superposição (STF) e do Tribunal de Cidadania (STJ), bem como as Súmulas emanadas da
aludidas Cortes, em suma, os casos consignados nos incisos I a V do artigo 927.
No que se refere à improcedência liminar do pedido, o artigo 332 estabelece os casos de
aplicação pelo Juiz, ou seja, acaso perceba a incidência das hipóteses, julgará improcedente o
pedido do autor, sem a citação do réu e necessidade de instrução do processo.
Pode-se dizer que a improcedência liminar do pedido é um julgamento antecipado sem
ouvir o réu. Será cabível improcedência liminar do pedido se a causa dispensar audiência de
instrução e julgamento, ou seja, nos casos de julgamento antecipado da lide, que se pode
decidir com base em prova documental, por exemplo. Veja comigo o artigo mencionado no
parágrafo anterior:
“Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
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Chamo sua atenção para o fato de que o artigo 332 da Lei 13.105 de 2015 trazer requisitos
para a existência da improcedência liminar do pedido, são eles:
Dispensa da fase instrutória: o Juiz examinará unicamente matéria de direito e não de fato ao
analisar o mérito da causa, a qual é constatada de plano, logo no início da análise.
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A presença de qualquer dos incisos do artigo 332 da Lei de Ritos (I, II, III e IV), vamos passá-
-los em revista:
Se houver mais de um pedido, algum deles poderá ser objeto de improcedência liminar (o que
será combatido por meio de agravo de instrumento). A decisão de todos os pedidos tem como
recurso adequado a apelação.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos
termos do art. 241.
O artigo 241 a que faz menção o dispositivo supramencionado, refere-se ao trânsito em
julgado da sentença proferida em favor do réu antes da citação, a qual deve ser comunicada
pelo escrivão ou chefe de secretaria sobre esse resultado.
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Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado
em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado
de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Letra a.
A assertiva “e” está alinhada ao que estabelece o artigo 332, IV do CPC de 2015, o que a torna
correta e as demais assertivas incorretas.
Letra e.
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a) Errada. Segundo o artigo 331 do CPC de 2015: “Indeferida a petição inicial, o autor poderá
apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se”.
b) Errada. Segundo o artigo 322, § 1º do CPC de 2015: “Compreendem-se no principal os juros
legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios”.
c) Certa. A assertiva está em conformidade com o artigo 332, IV do CPC de 2015.
d) Errada. Nas hipóteses legais, existe a possibilidade de pedidos genéricos a serem formula-
dos na petição inicial e na reconvenção.
e) Errada. Segundo o artigo 329 do CPC de 2015:
O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente
de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de
pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifes-
tação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Perceba que o examinador já questionou anteriormente acerca da estabilização da demanda,
portanto, devemos ficar atentos ao disposto no artigo supracitado.
Letra c.
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§ 2 Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não poden-
º
do exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias
à composição das partes.”
A comunicação adequada para que o autor compareça à audiência de autocomposição
será feita na pessoa do advogado, haja vista que as partes deverão estar acompanhadas em
juízo por seus advogados ou Defensores Públicos.
“§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.”
Embora exista o estímulo constante à autocomposição pela Lei n. 13.105/2015, há casos
em que ela não será realizada, mesmo com seu fomento no procedimento comum. A codi-
ficação estabelece que a audiência não ocorrerá se o autor e o réu manifestarem, de forma
expressa, o desinteresse pela composição, ou seja, a manifestação deverá ser bilateral.
“§ 4º A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição
consensual;”
Além disso, há direitos que não admitem autocomoposição, sobre os quais as partes não
podem compor, caso em que a audiência não será realizada. Mas, é importante salientar que é
recomendável a tentativa de composição entre os litigantes quando admitida pelo ordenamen-
to jurídico, porquanto o diálogo pode levar a um acordo.
“II - quando não se admitir a autocomposição.”
Como dito acima, a audiência é necessária no procedimento comum, porém a depender do
grau de animosidade entre as partes, o autor pode não querer participar da autocomposição.
Sendo assim, deverá indicar o desinteresse na petição inicial, ou seja, dentre os requisitos do
artigo 319, encarta na exordial que não tem interesse em autocompor. Entretanto, vimos que
o réu também deverá demonstrar desinteresse (ato bilateral) e poderá apresentar isso ao Juiz
em um prazo de 10 dias contados da data marcada para audiência. Se houver mais de um liti-
gante nos polos da demanda (litisconsórcio) o desinteresse deverá ser manifestado por todos
os envolvidos para produzir efeitos.
Cumpre destacar que se as partes não comparecerem à audiência de conciliação, de modo
injustificado, esse fato será considerado ato atentatório à dignidade da justiça e acarretará
sansão de até 2% (valor máximo do ato sancionador) da vantagem econômica intentada na
ação ou do valor da causa... Ou seja, se não comparecer, pode tirar a cobra jararaca venenosa
do bolso e pagar a quantia estabelecida que será destinada à União ou Estado.
“§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o
réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da
data da audiência.
§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifes-
tado por todos os litisconsortes.
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termos da lei.
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.
§ 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com
poderes para negociar e transigir.
§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a
respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.”
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b) Errada. Segundo o artigo 334, § 4º do CPC de 2015: A audiência não será realizada: I - se
ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II -
quando não se admitir a autocomposição”.
c) Errada. Segundo o artigo 139 do CPC de 2015:
O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...) V - promover,
a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores
judiciais”. Ademais, conforme o artigo 334, § 2º: “Poderá haver mais de uma sessão destinada à
conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira
sessão, desde que necessárias à composição das partes.
d) Errada. Segundo o artigo 334, § 4º do CPC de 2015: “A audiência não será realizada: I - se
ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II -
quando não se admitir a autocomposição”.
e) Errada. Segundo o artigo 334, § 6º do CPC de 2015: “Havendo litisconsórcio, o desinteresse
na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes”.
Letra a.
a) Errada. Segundo o artigo 334, § 4º do CPC de 2015: “A audiência não será realizada: I - se
ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual”.
b) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 334, § 5º do CPC.
c) Errada. Segundo o artigo 334, § 6º do CPC de 2015: “Havendo litisconsórcio, o desinteresse
na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes”.
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Da Contestação
Prezado (a), vimos que o autor da ação protocola uma petição inicial e, com isso, leva ao
conhecimento do Juiz competente para julgar a demanda fatos e fundamentos jurídicos rela-
tivos ao direito lesado ou ameaçado. Ok, diante disso, como nosso ordenamento jurídico se
arvora no contraditório e ampla defesa, princípios com assento constitucional, é franqueado
ao réu a possibilidade de se defender, contra-argumentar, rebater as alegações de fato e de
direito em ser desfavor.
Nesse conduto de raciocínio, é dado o direito de o réu contestar, ou seja, refutar, aquilo que
o autor alega na petição inicial. Sendo assim, é possível que aquele que foi cientificado acerca
de uma ação em seu desfavor apresente contestação, a qual pode ser definida como uma peça
de defesa por excelência por meio da qual se nega de forma direta as alegações aduzidas na
inicial pelo ocupante do polo ativo da relação jurídica processual (seria o caso de alguém que
possui um cheque e intenta uma ação de cobrança, entretanto o réu alega não ter emitido o
cheque, pois o título de crédito em poder do autor é falso de modo que o autor da demanda
fora vítima de estelionato). O pedido também pode ser refutado de forma indireta (como no
caso de um título executivo prescrito, em que será discutida a impossibilidade de cobrança).
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Diante do caso em tela, tem-se uma defesa indireta de mérito. Percebe-se que há a alegação
de um fato novo, extintivo do direito do autor.
Nas lições do professor Marcus Vinícius Rios Gonçalves em sua obra Direito Processual Civil
Esquematizado, 11ª Edição, São Paulo. Ed. Saraiva:
A defesa direta é aquela que nega os fatos que o autor descreve na inicial, ou os efeitos que deles
pretende retirar; a indireta é aquela em que o réu, embora não negando os fatos da inicial, apresen-
ta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos postulados pelo autor. Por exemplo:
em ação de indenização por acidente de trânsito, haverá defesa direta se o réu negar que houve
o acidente, ou que ele ocorreu na forma descrita na petição inicial; haverá defesa indireta se o réu
reconhecer que houve o fato na forma narrada, mas alegar que já pagou, que houve prescrição da
pretensão indenizatória, ou que as partes já transigiram sobre a questão. (GOLÇALVES, 2020, p. 482
e 483).
Letra d.
“Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que
pretende produzir.”
Assim como ocorre na petição inicial, a contestação deverá apontar toda matéria de defe-
sa, isto é, especificar as razões de fato e de direito, a fim de impugnar o pedido do autor, fato
que consagra o princípio da eventualidade, bem como quais provas pretende produzir, afinal,
as alegações devem ser provadas a fim de convencer o Julgador acerca daquilo que se alega.
Imagine um autor que diz ter celebrado um contrato verbal com o réu, o qual não foi adimplido,
no entanto, o ocupante do polo passivo “jura de pé junto”, como dizem por aí, não ter realizado
nenhuma avença... Quer dizer, a palavra de um contra o outro, de modo que o Juiz precisa de
provas, sejam elas testemunhais, ou documentais (por meio de extrato bancário, se houver)
para decidir o que fazer.
Bem, em relação às provas, elas devem ser apresentadas no momento da petição da con-
testação, salvo aquelas supervenientes, as quais “surgem” em momento posterior à peça
de defesa.
“Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I – relativas a direito ou a fato superveniente;”
Querido (a), a contestação tem o condão de refutar as alegações deduzidas pelo autor. O
objetivo da demanda é que seja analisado o mérito da questão carreada ao Julgador. Porém,
existem questões preliminares, as quais tratam de pontos relativos ao direito processual, que
devem ser enfrentadas antes de se analisar o aspecto meritório. Elas estão elencadas, em rol
exemplificativo, no artigo 337 do Novo Código, são elas:
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I – inexistência ou nulidade da citação;”
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O réu precisa ser citado para que possa ser integrado à lide. Se não houver o ato, o ocupan-
te do polo passivo deve ser citado para que o mérito seja examinado.
“II - incompetência absoluta e relativa;”
A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição.
Noutro giro, a incompetência relativa deverá ser alegada em preliminar de contestação, assun-
to ora tratado, ou seja, na peça de defesa reserva-se um campo para aludida alegação. Lem-
bro-te que se não for alegada a incompetência relativa, haverá prorrogação de competência e
haverá preclusão, ao contrário da absoluta que não gera preclusão.
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A convenção de arbitragem não pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz e devem ser
alegadas em preliminar de contestação. Chamo sua atenção para o fato de que se não for ale-
gada a existência de convenção e arbitragem, haverá a aceitação da jurisdição estatal e, com
efeito, a renúncia da justiça arbitral.
“§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá
de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;”
Conforme estudamos, em aula anterior, a legitimidade ad causam e o interesse processual,
denominadas condições da ação, podem ser alegadas em preliminar de contestação.
“XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;”
A caução ou outra prestação que a lei exigir deve ser alegada em preliminar de contestação.
“XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.”
O tema relativo à justiça gratuita é tratado no artigo 98 e seguintes do Código de Processo
Civil. Vale ressaltar que ela poderá ser alegada em preliminar de contestação, o que foi uma
inovação do Novo Código.
Obs.: Veja que interessante! O novo CPC acaba com impugnação ao valor da causa, exce-
ção de incompetência relativa e revogação da justiça gratuita, as quais deveriam ser
formuladas em peças distintas da contestação. Agora, tudo deverá ser formulado na
própria contestação.
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de uma chácara ao invés de acionar o patrão, parte legítima (o qual deveria integrar a relação
processual).
Para casos como esses, o Novo diploma processual estabelece ser possível a alegação,
por parte do réu, no sentido de ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo cau-
sado ao autor em sede de contestação.
“Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, alteração da petição
inicial para substituição do réu.”
Veja que o artigo mencionado faculta ao autor (não é obrigatório) substituir o réu por meio
de alteração na petição inicial no prazo de 15 (quinze) dias. Cria o direito de substituição do
réu, em razão de o réu ser parte ilegítima. É direito do autor pedir a troca do réu que alegou ser
parte ilegítima.
Não existe mais a nomeação à autoria, prevista no Código de Buzaid, a qual permitia chamar a
parte legítima para integrar a relação jurídica processual. Nos tempos atuais, o réu (parte ilegí-
tima ou não responsável) poderá indicar quem deverá integrar a lide (quem seja efetivamente
legitimado, oras bolas!). Agora, se não fizer isso, arcará com as despesas do processo, além de
ter que indenizar o autor pelos prejuízos sofridos... Ou seja, a menos que quem não tenha nada
a ver com o problema seja uma alma elevadíssima e não esteja sentido nenhum tipo de crise
financeira, é bom alegar ser parte ilegítima por meio da contestação, não é mesmo?
“Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição
inicial para substituição do réu.
Parágrafo único. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os
honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do
valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8º.
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da re-
lação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas
processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.”
Destaco que o autor poderá incluir algum litisconsorte na petição para figurar no polo pas-
sivo com o réu, isto é, o ocupante do polo passivo indica, “aponta o dedo”, “dedura” que existe
um outro legitimado além dele de modo que o autor pode incluí-lo na demanda.
“§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para
incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.”
Quando for alegada incompetência absoluta ou relativa do Juiz, a contestação pode ser
protocolada no domicílio do réu com comunicação imediata ao Juiz da causa. Essa contes-
tação será distribuída ao Juiz e, se for o caso de citação do réu por meio de precatória (o
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ocupante do polo passivo fora citado por Juiz de outra comarca), juntar-se-á a carta aos autos
e, após, o processo será remetido para o Juízo da causa. Será considerado prevento (então
competente para o julgamento) o juízo para onde foi distribuída a contestação ou a Carta pre-
catória, quando reconhecida a competência do foro indicado pelo réu.
“Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá
ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz
da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
§ 1º A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por
meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa
para o juízo da causa.
§ 2º Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribu-
ída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§ 3º Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiên-
cia de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4º Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de
conciliação ou de mediação.”
a) Certa. A assertiva está em conformidade com o artigo 339 do Código de Processo Civil.
b) Errada. Segundo o artigo 340 do CPC de 2015: “Havendo alegação de incompetência relativa
ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será
imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico”.
c) Errada. As incompetências relativa e absoluta devem ser alegadas em preliminar na
contestação.
Reconvenção
Querido (a), vimos, linhas acima, que a contestação é uma peça de defesa do réu, cujo
objetivo é refutar os pedidos acostados à petição inicial pelo autor. No entanto, dentro da con-
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Do Procedimento Comum
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Réu Reconvinte
Autor Reconvindo
Esse instituto era previsto no Código de 1973 de modo apartado ao processo principal.
Contudo, a nova codificação permite o estabelecimento de pedidos na própria contestação em
tópico próprio da peça defensiva além de discutir preliminares e mérito.
Bem, para que a reconvenção possa ser admitida pelo Juiz competente, qual seja o Juiz da
ação principal, é necessário que a pretensão por parte do réu seja conexa com a ação princi-
pal (exista a mesma causa de pedir ou pedido, nos moldes do artigo 55, § 1º do Novo Código)
ou com os fundamentos da defesa, isto é, o pedido ou a causa de pedir mantém uma relação
com a fundamentação da contestação de modo que os fundamentos da defesa embasam a
pretensão.
A título de exemplo, imagine a situação em que Pepe Nouglas colide no veículo de Jason, o
qual procedeu a uma manobra descuidada. Este paga todo o conserto, porém, aquele gasta o
dinheiro em Las Vegas em uma noite memorável com bebidas e aulas de pole dance. Ao acor-
dar, em um quarto de hotel com um tigre branco no apartamento e verificar que a indenização
paga havia acabado, Pepe Nouglas resolve ingressar com uma ação na justiça, de má-fé, sob a
alegação de que o prejuízo não fora pago. No entanto, Jason contesta e propõe a reconvenção,
por meio da peça de defesa, e alega que como já pagou pretende receber a quantia em dobro
valendo-se da fundamentação da defesa.
“Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.”
Conforme o teor do artigo 343 do Código de Processo Civil, é lícito ao réu propor reconvenção
para manifestar pretensão própria.
Uma vez proposta a reconvenção, o autor será intimado por meio de seu advogado para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. Porém, é preciso destacar que se a intima-
ção for endereçada ao Ministério Público, Defensoria Pública ou a litisconsorte com diferentes
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Do Procedimento Comum
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procuradores de escritórios distintos (desde que não o processo não seja eletrônico), o prazo
será computado em dobro.
“§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.”
Cumpre destacar que a reconvenção possui uma relativa independência com processo
principal, tanto é que se ocorrer extinção do processo e isso prejudique o julgamento de mérito,
ainda assim a ação reconvencional prosseguirá. Então, o sujeito pode contestar sem reconvir
e reconvir sem contestar.
“§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu
mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.”
É importante salientar que a reconvenção admite litisconsórcio, tanto no polo ativo quanto
no polo passivo da relação processual, seja contra o autor e terceiro ou pelo réu juntamente
com terceiro. Ou seja, pode-se dizer que é possível a ampliação subjetiva da relação processual.
“§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.”
O réu pode se juntar a um terceiro para reconvir contra o autor. O polo ativo da reconvenção
pode ser réu e terceiro e o polo passivo da reconvenção pode ser autor e um terceiro.
Veja, em nosso sistema, há a legitimação extraordinária e substituição processual, por
meio da qual o substituto propõe ação em nome próprio na defesa de direito alheio. Quando
isso ocorrer na reconvenção, a ação pode ser proposta se o autor, ora substituto na ação prin-
cipal, puder ser substituto também na reconvenção. Veja o que assevera o § 5º do artigo 343
da Lei de Ritos:
“§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito
em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na
qualidade de substituto processual.”
Por fim, chamo sua atenção para o fato de que caso o réu não proponha reconvenção no
momento da contestação, essa poderá ser proposta em momento posterior e encaminhada
ao Juiz competente para julgar a ação anterior (distribuição por dependência) até para evitar
decisão conflitante, mas o recomendável seria a propositura na peça defensiva até por uma
questão de economia processual e celeridade.
“§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.”
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Outro ponto digno de nota se refere à revelia (tema a ser tratado logo mais). Se o réu não
contestar os argumentos trazidos na inicial, mas reconvir e a reconvenção refutar os fatos
aduzidos na exordial, não serão aplicados os efeitos da revelia. No entanto, se não houver a
contra argumentação, haverá a presunção de veracidade das afirmações da inicial, porém o réu
deverá ser intimado dos atos processuais posteriores.
a) Errada. Segundo o artigo 343 do CPC de 2015: “Na contestação, é lícito ao réu propor recon-
venção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento
da defesa”
b) Errada. Segundo o artigo 343, § 2º do CPC de 2015: “A desistência da ação ou a ocorrência
de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do pro-
cesso quanto à reconvenção”.
c) Errada. Segundo o artigo 343, § 3º do CPC de 2015: “A reconvenção pode ser proposta con-
tra o autor e terceiro”.
d) Errada. Segundo o artigo 343, § 6º do CPC de 2015: “O réu pode propor reconvenção inde-
pendentemente de oferecer contestação”.
e) Certa. A assertiva está alinhada ao artigo 343, § 3º da Lei n. 13.105/2015.
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Revelia
Amigo (a), tive a oportunidade de comentar com você sobre o direito a ampla defesa e con-
traditório dentro da dinâmica processual. Nessa linha de pensamento, o réu tem o direito e ônus
de se defender daquilo que é alegado pelo autor na petição inicial. Essa defesa pode ser feita
em sede de contestação e os fatos também podem ser rebatidos por meio de reconvenção.
Porém, em alguns casos, o réu, mesmo após a citação e, com efeito, cientificado de que
contra ele existe uma ação, não refuta os argumentos acostados à petição inicial e se torna
revel, em razão da inércia em combater àquilo que é aduzido pela peça vestibular proposta
pelo autor.
Cumpre destacar que o réu não é obrigado a se defender, obrigatório é conferir a ele o direi-
to de defesa, o qual, acaso não seja exercitado acarreta presunção de veracidade das alega-
ções de fato (veja não são alegações de direito, examinadas pelo Juiz em momento oportuno).
“Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verda-
deiras as alegações de fato formuladas pelo autor.”
Quando menciono acerca da presunção de veracidade das alegações formuladas pelo au-
tor, me refiro a uma presunção relativa (juris tantum), a qual admite prova em contrário. Porém,
devemos observar que existem hipóteses legais, previstas no artigo 345 da Codificação de
2015, impeditivas da presunção de veracidade. Vamos analisá-las:
“Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I – havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;”
Veja, se houver litisconsórcio simples poderá ocorrer julgamentos diferentes para os li-
tisconsortes. Já o litisconsórcio unitário permite o aproveitamento da contestação para os
demais litisconsortes. Diante disso, no caso de litisconsortes simples, opera-se o regime da
independência. Agora, imagine um caso em que Pepe Nouglas é acionado junto com Jason,
em ação que argumenta que ambos negativaram o nome de Dona Ruth. Porém, Pepe afirma
que foi Jason que negativou. A contestação não aproveitará Jason. Agora, se Pepe afirma que
não foram eles quem negativaram, a peça de defesa aproveitará Jason, mesmo que esse não
tenha contestado, uma vez que os fatos foram controvertidos.
“II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;”
São direitos indisponíveis aqueles de ordem extrapatrimonial sobre os quais não é cabível
transigir ou mesmo confessar, a depender do caso.
“III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indis-
pensável à prova do ato;”
São casos em que a própria lei, de forma cogente, estatui que a exordial deve estar acom-
panhada de prova do ato, como no caso de escritura pública em casos de litígios envolvendo
compra e venda de imóveis.
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c) Sendo o réu revel, presumir-se-ão verdadeiras todas as alegações fáticas e jurídicas formu-
ladas pelo autor.
d) A desistência da ação principal ou ocorrência de causa extintiva que impeça o exame do
mérito, implica na extinção da reconvenção.
e) Havendo litispendência ou coisa julgada, tais matérias devem ser arguidas em contestação
anteriormente ao mérito, não podendo o juiz conhecê-las de ofício.
a) Certa. A questão está em conformidade com o que estabelece o artigo 346, parágrafo único
do CPC de 2015.
b) Errada. Segundo o artigo 343, § 1º do CPC de 2015: “proposta a reconvenção, o autor será
intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias”.
c) Errada. Segundo o artigo 344 do CPC de 2015: “se o réu não contestar a ação, será conside-
rado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”.
d) Errada. Segundo o artigo 343, § 2º do CPC de 2015: “a desistência da ação ou a ocorrência
de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do pro-
cesso quanto à reconvenção”.
e) Errada. Essas matérias podem ser conhecidas de ofício pelo Juiz (nesse sentido, veja o arti-
go 337, § 5º da Lei n. 13.105 de 2015).
Cumpre destacar que se os fatos contestados pela inicial forem modificativos, extintivos ou
impeditivos de direitos, será conferido ao autor da ação o direito à réplica, ou seja, o Juiz pode
perceber que há necessidade de manifestação sobre o que fora contestado de modo a seguir
a dialética processual.
Letra a.
Da Réplica
Amigo (a), antes de iniciar o assunto, é importante salientar que após a contestação e re-
convenção (caso haja), encerra-se a fase postulatória e inicia-se a fase ordinatória do processo.
Feitas essas considerações, falarei acerca da réplica. O fato é que a réplica ocorrerá no
processo quando o réu, em sede de contestação, apresentar preliminares mencionadas no
artigo 337 da Lei de Ritos (como, por exemplo, inexistência de citação ou incompetência do
Juiz), ou aduzir na peça de defesa fatos extintivos, impeditivos ou modificativos de direito.
Nesses casos, o Julgador oportunizará ao autor a possibilidade de ser manifestar em relação
às alegações aduzidas pelo réu na peça defensiva.
O prazo para réplica é de 15 (dias), contados da data em que for intimado da contestação.
Porém, faz-se necessário dizer que nem sempre o Juiz oportunizará a réplica, a qual ocorrerá,
como mencionado, em caso de preliminares e apresentação de fatos extintivos, impeditivos ou
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modificativos de direito, o que significa que não será cabível acaso o réu apenas conteste os
fatos acostados na petição inicial.
“Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,
este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.”
Bem, vencida a fase da réplica (se essa for necessária), o Juiz verifica se existe algum vício
sanável no processo ou alguma outra irregularidade. Caso perceba, irá conferir prazo, o qual
nunca será superior a 30 (trinta dias), para que seja sanado. Agora, caso o vício seja insanável,
o Julgador extinguirá o processo sem resolução de mérito.
“Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz deter-
minará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.
Art. 353. Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz
proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X.”
Consoante o artigo 354 do Novo Código de Processo Civil o Juiz extinguirá o processo se
ocorrerem quaisquer das hipóteses previstas no artigo 485 da Lei de Ritos (são hipóteses em
que o processo será julgado sem resolução de mérito, como em caso de ausência de pressu-
postos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo) e do artigo 487 inci-
sos II e III do mesmo diploma normativo (os quais são causas de extinção do processo com
resolução de mérito, especificamente nas situações em que houver decadência ou prescrição
ou homologação de reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na re-
convenção e transação). Veja o que estabelece o artigo 354 da Lei Processual:
“Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III,
o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela
do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
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[...]
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
[...]
II – decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III – homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.”
• Julgamento antecipado do mérito
Conforme dito, em linhas acima, o Juiz pode julgar o pedido de forma antecipada e proferir
sentença com resolução de mérito, caso não haja necessidade de serem produzidas outras
provas (o Julgador está convencido) ou quando o réu for revel (nesse caso não contestou a
ação e as alegações feitas pelo autor se presumem verdadeiras) e não houve requerimento de
provas para contraposição dos fatos alegados na inicial, conforme estabelece o artigo 355 da
Lei n. 13.105/2015.
• Julgamento antecipado parcial de mérito
Amigo (a), essa é uma novidade do Novo Código, haja vista que a Codificação de Buzaid
não permitia o julgamento de apenas um pedido, ao contrário da nova Lei de Ritos, a qual
admite o julgamento parcial quando um ou mais dos pedidos for incontroverso ou estiver em
condições de ser julgado, seja porque operaram-se os efeitos da revelia ou não houve necessi-
dade de produção de provas.
A decisão parcial poderá recair sobre obrigação líquida (sabe-se a quantia a ser adimpli-
da) ou ilíquida (não se sabe a quantia a ser adimplida). Ademais, a liquidação (que pode ser
processada em autos suplementares a pedido da parte ou a critério do Juiz) ou execução da
obrigação reconhecida de modo parcial pode ser reconhecida mesmo sem caução ou que ain-
da haja recurso contra essa decisão. O recurso cabível contra decisão parcial é de Agravo de
Instrumento.
“Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formula-
dos ou parcela deles:
I – mostrar-se incontroverso;
II – estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obri-
gação líquida ou ilíquida.
§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão
que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso con-
tra essa interposto.
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definitiva.
§ 4º A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão
ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.”
Segundo o artigo § 5º do artigo 356 do Novo Código, o recurso cabível para o julgamento ante-
cipado parcial de mérito será o Agravo de Instrumento.
a) Errada. Segundo o artigo 356, § 5º do CPC: “decisão proferida com base neste artigo é im-
pugnável por agravo de instrumento”.
b) Errada. Segundo o artigo 356, § 1º do CPC: “a decisão que julgar parcialmente o mérito po-
derá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida”.
c) Errada. Segundo o artigo 356, § 4º do CPC: “a liquidação e o cumprimento da decisão que
julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimen-
to da parte ou a critério do juiz”.
d) Certa. Nesse sentido, veja os artigos 355 e 356 da Lei n. 13.105 de 2015.
e) Errada. Segundo o artigo 356, § 2º do CPC: “a parte poderá liquidar ou executar, desde logo,
a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de
caução, ainda que haja recurso contra essa interposto”.
Letra d.
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vará as determinações do Código e, se for possível, estabelecerá desde logo o calendário para
realizá-las, consoante o § 8º do artigo 357 do Novo Código.
“§ 7º O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da
causa e dos fatos individualmente considerados.
§ 8º Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o
disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.
§ 9º As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as
audiências.”
a) Certa. A questão se alinha com o que estabelece com o artigo 357, IV do CPC.
b) Errada. Segundo o artigo 357, I: “Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, de-
verá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: I - resolver as questões
processuais pendentes, se houver”.
c) Errada. Segundo o artigo 357, II: “Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste
Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo: II - delimitar
as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de
prova admitidos”.
d) Errada. Veja, o examinador inverteu os conceitos, porquanto, segundo o artigo 373 do CPC
de 2015: “O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao
réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”.
e) Errada. Pode não ser necessária a Audiência de Instrução e Julgamento. Bem, feitas as con-
siderações acima, vamos iniciar a nossa bateria de exercícios, a fim de fixarmos os assuntos
tratados durante a aula.
Letra a.
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Bem, feitas as considerações acima, vamos iniciar a nossa bateria de exercícios, a fim de
fixarmos os assuntos tratados durante a aula.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO/2018) Em razão da realização de obras pú-
blicas de infraestrutura em sua rua, que envolveram o manejo de retroescavadeiras e brita-
deiras, a residência de Daiana acabou sofrendo algumas avarias. Daiana ingressou com ação
judicial em face do ente que promoveu as obras, a fim de que este realizasse os reparos neces-
sários em sua residência. Citado o réu, este apresentou a contestação.
Contudo, antes do saneamento do processo, diante do mal-estar que vivenciou, Daiana consul-
tou seu advogado a respeito da possibilidade de, na mesma ação, adicionar pedido de conde-
nação em danos morais.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é permitido alterar ou
aditar o pedido sem o consentimento do réu.
b) Não é possível o aditamento, uma vez que o réu foi citado e apresentou contestação.
c) É possível o aditamento, eis que, até o saneamento do processo, é permitido aditar ou alterar
o pedido, desde que com o consentimento do réu.
d) É possível o aditamento, porquanto, até a prolação da sentença, é permitido alterar ou aditar
o pedido, desde que não haja recusa do réu.
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Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua hipossuficiência econô-
mica, a ré pretende atacar o benefício deferido.
Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial é o incidente de impugna-
ção ao benefício de gratuidade, que será processado em autos apartados.
b) A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento do
benefício de gratuidade.
c) A ré alegará na contestação que o benefício deve ser indeferido, mas terá que apresentar do-
cumentos comprobatórios, pois a lei presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida.
d) O instrumento processual previsto para atacar a decisão judicial de deferimento do benefí-
cio é o agravo de instrumento.
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006. (FGV/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO/2018) Almir ingressa com ação pelo proce-
dimento comum em face de José, pleiteando obrigação de fazer consistente na restauração
do sinteco aplicado no piso de seu apartamento, uma vez que, dias após a realização do servi-
ço ter sido concluída, o verniz começou a apresentar diversas manchas irregulares.
Em sua inicial, afirma ter interesse na autocomposição. O juiz da causa, verificando que a pe-
tição inicial preenche os requisitos essenciais, não sendo caso de improcedência liminar do
pedido, designa audiência de conciliação a ser realizada dentro de 60 (sessenta) dias, promo-
vendo, ainda, a citação do réu com 30 (trinta) dias de antecedência.
Com base na legislação processual aplicável ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Caso Almir e José cheguem a um acordo durante a audiência de conciliação, a autocom-
posição obtida será reduzida a termo pelo conciliador e, independentemente da sua homolo-
gação pelo magistrado, já constitui título executivo judicial, bastando que o instrumento seja
referendado pelos advogados dos transatores ou por conciliador credenciado junto ao tribunal.
b) Agiu equivocadamente o magistrado, uma vez que o CPC/15 prevê a imprescindibilidade
do prévio oferecimento de contestação por José, no prazo de 15 (quinze) dias úteis a serem
contados de sua citação e antes da designação da audiência conciliatória, sob pena de vul-
nerar o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório, também reproduzido na
legislação adjetiva.
c) Caso Almir, autor da ação, deixe de comparecer injustificadamente à audiência de conci-
liação, tal ausência é considerada pelo CPC/15 como ato atentatório à dignidade da justiça,
sendo sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do
valor da causa, revertida em favor do Estado.
d) Almir e José não precisam comparecer à audiência de conciliação acompanhados por seus
advogados, uma vez que, nessa fase processual, a relação processual ainda não foi integral-
mente formada e não há propriamente uma lide, a qual apenas surgirá quando do oferecimento
da contestação pelo réu.
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b) não mais subsiste o incidente de impugnação ao valor da causa, de modo que a forma e o
momento oportuno para impugnação pelo demandado do valor dado à causa na petição inicial
é em preliminar de contestação.
c) no caso de cumulação imprópria de pedidos, o valor da causa deverá ser o equivalente à
soma do conteúdo econômico dos pedidos cumulados.
d) há previsão expressa de que a interpretação do pedido deverá ser feita de maneira restritiva.
e) ao juiz é vedado de ofício alterar o valor da causa atribuído pelo autor, dependendo de pro-
vocação do réu para tanto.
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c) alegar, antes de discutir o mérito, incompetência absoluta e relativa, esta última por meio de
exceção, por petição em apartado.
d) indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, quan-
do alegar sua ilegitimidade, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o
autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
e) levantar a existência de convenção de arbitragem, que também pode ser conhecida de ofício
pelo juiz.
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Na hipótese de a autarquia desejar exercer seu direito de ação e expor sua pretensão em des-
favor do autor da demanda, ela deverá propor reconvenção a ser apresentada junto da contes-
tação, sob pena de sofrer os efeitos da preclusão lógica em caso de protocolo posterior como
peça autônoma.
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GABARITO
1. c 38. d
2. a 39. d
3. b 40. b
4. b 41. e
5. a 42. c
6. c 43. c
7. b 44. c
8. d 45. c
9. d 46. a
10. E 47. b
11. C 48. b
12. E 49. e
13. a 50. d
14. E 51. b
15. b 52. c
16. b 53. e
17. C
18. d
19. E
20. C
21. e
22. E
23. b
24. E
25. C
26. b
27. D
28. E
29. C
30. c
31. E
32. C
33. C
34. C
35. E
36. C
37. E
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO/2018) Em razão da realização de obras pú-
blicas de infraestrutura em sua rua, que envolveram o manejo de retroescavadeiras e brita-
deiras, a residência de Daiana acabou sofrendo algumas avarias. Daiana ingressou com ação
judicial em face do ente que promoveu as obras, a fim de que este realizasse os reparos neces-
sários em sua residência. Citado o réu, este apresentou a contestação.
Contudo, antes do saneamento do processo, diante do mal-estar que vivenciou, Daiana consul-
tou seu advogado a respeito da possibilidade de, na mesma ação, adicionar pedido de conde-
nação em danos morais.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) É possível o aditamento, uma vez que, até o saneamento do processo, é permitido alterar ou
aditar o pedido sem o consentimento do réu.
b) Não é possível o aditamento, uma vez que o réu foi citado e apresentou contestação.
c) É possível o aditamento, eis que, até o saneamento do processo, é permitido aditar ou alterar
o pedido, desde que com o consentimento do réu.
d) É possível o aditamento, porquanto, até a prolação da sentença, é permitido alterar ou aditar
o pedido, desde que não haja recusa do réu.
a) Errada. Negativo, até o saneamento é possível aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir,
com o consentimento do réu.
b) Errada. É possível o aditamento, mas o deve existir o consentimento do réu.
c) Certa. A assertiva está alinhada ao que estabelece o artigo 329, II da Lei de Ritos.
ad) Errada. Negativo! É possível até o saneamento, consoante o artigo 329, II do Novo Código.
Letra c.
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a) Certa. Essa assertiva gerou controvérsia por não refletir, exatamente, aquilo que prevê o
Novo Código. Veja, a incompetência será alegada em preliminar de contestação, conforme o
artigo 64 (que ocorre após a audiência de conciliação ou de mediação). Segundo o artigo 337,
incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar incompetência absoluta e relativa. Bem, o
examinador considerou essa assertiva como correta e, sendo assim, vamos manter o foco na
sua aprovação e nos acostumar com os questionamentos do examinador.
b) Errada. A defesa deverá alegar em preliminar de contestação, porquanto se refere à compe-
tência territorial (relativa). Sendo assim, acaso não seja alegada, haverá a preclusão.
c) Errada. Vimos que a competência é relativa.
d) Errada. Conforme trabalhamos em aula, não há mais a exceção de incompetência. Sendo
assim, a alegação de incompetência deverá ser alegada em preliminar de contestação.
Letra a.
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c) Errada. Essa é uma questão que gerou entendimento no sentido da possibilidade de ser acei-
ta como correta, em razão do ônus da prova recair sobre aquele que procede à impugnação da
gratuidade. Todavia, a examinadora “cravou” a assertiva como incorreta com estribo no § 3º do
artigo 99 do Novo Código, por meio do qual: “presume-se verdadeira a alegação de insuficiên-
cia deduzida exclusivamente por pessoa natural”. No caso em tela, trata-se de pessoa jurídica.
d) Errada. Veja, antes de interpor recurso, discute-se a gratuidade com o juízo que a concedeu
(vide artigo 100 da Lei de Ritos) em sede de contestação.
Letra b.
a) Errada. Consoante o artigo 293 do Novo Código, o valor da causa poderá ser discutido em
preliminar de contestação.
b) Certa. Sim, essa decisão será impugnada em sede de preliminar de apelação com fulcro no
artigo 1.009, § 1º do Novo Código (trataremos do assunto de modo mais profundo no estudo
de recursos).
c) Errada. Segundo o artigo 292, VI, “na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia cor-
respondente à soma dos valores de todos eles”. Nesse conduto de raciocínio o valor da causa
deveria ser de R$ 100.000,00.
d) Errada. Com base no artigo 293: “O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o
valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo,
se for o caso, a complementação das custas”.
Letra b.
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Vimos, que não há de se falar em exceção de incompetência. Deve ser alegada a incompe-
tência em sede de contestação. Nessa esteira de raciocínio, a assertiva “A” está correta e as
demais incorretas.
Leta a.
006. (FGV/OAB/EXAME DA ORDEM UNIFICADO/2018) Almir ingressa com ação pelo proce-
dimento comum em face de José, pleiteando obrigação de fazer consistente na restauração
do sinteco aplicado no piso de seu apartamento, uma vez que, dias após a realização do servi-
ço ter sido concluída, o verniz começou a apresentar diversas manchas irregulares.
Em sua inicial, afirma ter interesse na autocomposição. O juiz da causa, verificando que a pe-
tição inicial preenche os requisitos essenciais, não sendo caso de improcedência liminar do
pedido, designa audiência de conciliação a ser realizada dentro de 60 (sessenta) dias, promo-
vendo, ainda, a citação do réu com 30 (trinta) dias de antecedência.
Com base na legislação processual aplicável ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Caso Almir e José cheguem a um acordo durante a audiência de conciliação, a autocom-
posição obtida será reduzida a termo pelo conciliador e, independentemente da sua homolo-
gação pelo magistrado, já constitui título executivo judicial, bastando que o instrumento seja
referendado pelos advogados dos transatores ou por conciliador credenciado junto ao tribunal.
b) Agiu equivocadamente o magistrado, uma vez que o CPC/15 prevê a imprescindibilidade
do prévio oferecimento de contestação por José, no prazo de 15 (quinze) dias úteis a serem
contados de sua citação e antes da designação da audiência conciliatória, sob pena de vul-
nerar o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório, também reproduzido na
legislação adjetiva.
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a) Errada. Consoante o artigo 334, § 11º do Novo Código, a autocomposição deve ser homolo-
gada por sentença.
b) Errada. Negativo, veja, o Código estimula, com veemência a autocomposição, a qual, ser for
exitosa, evitará fases posteriores, como a contestação que ocorre após a audiência de conci-
liação ou mediação.
c) Certa. Sim a assertiva se alinha com o artigo 334, § 8º da Lei de Ritos.
d) Errada. Conforme a dicção do artigo 334, § 9º, as partes devem estar acompanhadas por
seus advogados ou defensores.
Letra c.
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a) Errada. Segundo o artigo 334, § 4º, I para que não seja realizada a audiência de conciliação
ou mediação, ambas as partes devem se manifestar desinteresse.
b) Certa. Esse é o teor do artigo 334, § 8º da lei processual civil.
c) Errada. Não, além de não ser o caso de extinção do processo sem resolução de mérito, há,
sim, previsão de multa pelo Novo código, conforme comentei na assertiva acima.
d) Errada. Não há de se falar prazo no que diz respeito ao interesse na audiência de autocom-
posição, mas sim, em lapso temporal para o réu manifestar desinteresse, qual seja: 10 dias de
antecedência, contados da audiência (artigo 334, § 5º).
Letra b.
a) Errada. Romero deverá ser citado com pelo menos 20 dias de antecedência, consoante o
artigo 334 da Lei de Ritos.
b) Errada. Veja, ambas as partes deverão manifestar desinteresse com fulcro no artigo
334 § 4º, I.
c) Errada. Consoante o artigo 334 § 4º, II da Lei de Ritos, a audiência não será realizada quando
não se admitir a autocomposição.
d) Certa. De fato, 334 § 8º prevê a aplicação de multa em caso de não comparecimento injus-
tificado à audiência de conciliação, o que é considerado ato atentatório à dignidade da justiça.
Letra d.
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A assertiva “d” está correta, porquanto assim estabelece o artigo 292 da Lei de Ritos.
Art. 292 (...)
VIII – na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
Letra d.
O juiz poderá julgar o pedido realizado na exordial sem citar o réu com base no artigo 332 da
Lei de Ritos.
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu,
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a
ocorrência de decadência ou de prescrição.
Errado.
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Veja, o Novo Código não prevê que a ausência de citação do réu inviabilize o ato, ao contrário
da codificação anterior.
Certo.
Segundo o artigo 327, “É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de
vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão”.
Errado.
a) Certa. Esse é um dos elementos do artigo 319 da Lei de Ritos, e deverá estar presente
na Inicial.
b) Errada. Esse é um documento essencial na dinâmica narrada, de modo que deverá estar
presente na propositura da ação, uma vez que a fundamenta.
c) Errada. O problema da questão reside na não especificação da incorreção, porquanto o des-
pacho deverá indicar, de forma precisa, qual será a correção a ser feita.
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A cumulação de pedidos não está condicionada à conexão, conforme estatui o artigo 327 da
Lei de Ritos.
“Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos,
ainda que entre eles não haja conexão.”
Errado.
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b) Certa. Conforme comentei durante a aula, o momento oportuno para a impugnação do valor
da causa é em preliminar de contestação.
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor,
sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das
custas.
c) Errada. A cumulação imprópria pressupõe pedidos alternativos e subsidiários e um exclui
o outro e, com efeito, o valor não será sobre os dois. Veja o inciso e VII do artigo 292 da
Lei de Ritos:
“VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;”
d) Errada. Veja, atento (a), estudante a interpretação restritiva estava prevista na Codificação
de 1973. A nova processualística estabelece que a postulação se dará com base no conjunto
postulatório e observância da boa-fé.
e) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o § 3º do artigo 292 do NCPC.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corres-
ponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso
em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Letra b.
a) Errada. Veja, até a citação a petição poderá ser alterada sem anuência do réu, consoante o
Artigo 329, I, do NCPC.
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§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumu-
lação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas proces-
suais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos
cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
Letra b.
Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
Certo.
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Conforme vimos durante a aula, o § 1º do artigo 332 da Lei de Ritos estabelece que: “O juiz
também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrên-
cia de decadência ou de prescrição”.
Letra d.
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Veja, amigo (a), o comentário da questão acima evidencia que se uma das partes não compa-
recer a audiência terá a atitude considerada como atentatória à dignidade da justiça. A Lei de
Ritos não faz menção à revelia para o não comparecimento no que se refere à Audiência de
Conciliação e de Mediação.
Errado.
a) Errada. Não, veja, as partes deverão manifestar o desinteresse de forma expressa, consoan-
te o artigo 334 § 4º, I, do NCPC.
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Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídi-
ca discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de
indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição
inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338.
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§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição inicial para incluir, como
litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
Certo.
O prazo para contestar é de 15 dias conforme o artigo 335 do Novo Código. Chamo sua aten-
ção para o fato de que como se trata de processo eletrônico, não será aplicado o prazo em
dobro no que se refere à contestação, mesmo com diferentes procuradores de escritórios dis-
tintos (vide artigo 229, § 2º).
Letra b.
a) Errada. Vimos que é possível alegar matéria de defesa quando ocorrerem de modo superve-
niente à contestação, consoante o artigo 342, I, da Lei de Ritos.
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b) Errada. A questão peca ao definir o conceito de coisa julgada, não o de litispendência, a qual
deverá ser alegada em sede de preliminar de contestação, consoante o artigo 337, VI.
c) Errada. Essa matéria não é discutida por exceção. Além disso, essa matéria deve ser alega-
da em sede de preliminar de contestação quando for relativa à incompetência relativa e a qual-
quer tempo e grau. Lembro-te que o ato é concentrado na peça de defesa, não em apartado.
d) Certa. É isso mesmo! Esse é o teor do artigo 339 do Novo Código, o qual possibilita à parte
ilegítima apontar o substituto em sede de contestação.
e) Errada. Convenção de arbitragem não deve ser alegada de ofício pelo Juiz, assim como a
competência territorial.
Letra d.
Bem, consoante o artigo 343 §§ 3º e 4º da Lei de Ritos, poderão ser incluídos terceiros legiti-
mados no polo passivo e ativo da relação processual.
“§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.”
Certo.
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a) É lícito ao réu propor reconvenção na contestação ou por petição autônoma, para manifestar
pretensão própria, conexa ou não com a ação principal ou com o fundamento da causa.
b) O réu só pode propor reconvenção de forma condicionada ao oferecimento de contestação
ao pedido inicial.
c) Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face
do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade
de substituto processual.
d) A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito
obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção, haja vista seu caráter de subor-
dinação ao pedido principal.
e) A reconvenção pode ser proposta pelo réu, defeso porém o litisconsórcio com terceiro.
a) Errada. A assertiva peca ao estabelecer que a ação não precisa ser conexa com a ação prin-
cipal, pois isso contraria o que estabelece o artigo 343 do Novo Código.
b) Errada. Negativo, a reconvenção poderá ser proposta de forma autônoma consoante o § 6º
do artigo 343 da Lei de Ritos.
c) Certa. Bem a assertiva reproduz o teor do § 5º do artigo 343, veja comigo:
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face
do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de
substituto processual.
d) Errada. Vimos que há uma independência relativa entre a ação principal e a reconvenção,
consoante o § 6º do artigo 343.
e) Errada. Vimos que é possível o litisconsórcio na reconvenção, o tema era objeto de debates
no Código de 1973, mas hoje, o § 4º possibilitou o ingresso do litisconsorte.
Letra c.
A assertiva contraria o artigo 345 do Novo Código, o qual estabelece que: “A revelia não pro-
duz o efeito mencionado no art. 344: se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contes-
tar a ação;”
Errado.
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Sim, o Juiz deverá sanear o processo caso perceba a existência de vício sanável, em prazo não
superior a 30 (trinta) dias, pois o insanável acarreta extinção do processo sem resolução de
mérito, consoante o artigo 352 do Código.
Certo.
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou par-
cela deles:
(...)
§ 2º A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar
parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interpos-
to.
Certo.
A questão está alinhada com o que estabelece o artigo 357, § 1º do Novo Código.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de sane-
amento e de organização do processo:
(...)
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§ 1º Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes,
no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável.
Certo.
Segundo o artigo § 5º do artigo 356 do Novo Código, o recurso cabível para o julgamento ante-
cipado parcial de mérito será o Agravo de Instrumento.
“§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.”
Errado.
Bem, tanto a incompetência territorial quanto o valor da causa devem ser alegados em prelimi-
nares de contestação, consoante artigo 337 (incisos II e III) da lei processual civil.
Certo.
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Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com
a ação principal ou com o fundamento da defesa”. Além do exposto, o § 6º do artigo, ora analisado,
estabelece que: “O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Errado.
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De acordo com o artigo 292, VI do Novo Código: “Art. 292. O valor da causa constará da petição
inicial ou da reconvenção e será: (...) VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia
correspondente à soma dos valores de todos eles”.
Além do exposto, consoante a Súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça: “são cumuláveis as
indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato”.
Letra d.
É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre
eles não haja conexão. § 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que: I - os pedidos se-
jam compatíveis entre si; II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; III - seja adequado
para todos os pedidos o tipo de procedimento.§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo
diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum,
sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos es-
peciais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as
disposições sobre o procedimento comum. § 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de
pedidos de que trata o art. 326.
Letra b.
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Segundo o artigo 329, I, do CPC de 2015: “O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o
pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;”.
Letra e.
a) Errada. Segundo o artigo 332, I do CPC de 2015: “nas causas que dispensem a fase instrutó-
ria, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido
que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal
de Justiça;”.
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b) Errada. Nos casos previstos nos incisos do artigo 324 do CPC de 2015, em que se admite
o pedido genérico, é possível que haja instrução probatória, o que inviabiliza o julgamento de
improcedência liminar.
c) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 332, III do CPC de 2015.
d) Errada. Segundo o artigo 332, § 2º do CPC de 2015: “Não interposta a apelação, o réu será
intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 “.
e) Errada. Segundo o artigo 332, § 2º do CPC de 2015: “Não interposta a apelação, o réu será
intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241”.
Letra c.
Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado
em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado
de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Letra c.
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a) Errada. Segundo o artigo 330 do CPC de 2015: “A petição inicial será indeferida quando: I -
for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321”.
b) Errada. Essa não é uma hipótese de improcedência liminar do pedido.
c) Certa. Essa assertiva se compatibiliza com o que estabelece o artigo 332, IV do CPC de 2015.
d) Errada. O caso em tela recomenda o julgamento liminar de improcedência e não indeferi-
mento limiar da exordial.
e) Errada. Segundo o artigo 332, § 1º do CPC de 2015: “O juiz também poderá julgar limi-
narmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de
prescrição”.
Letra c.
Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a
fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal,
puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Letra c.
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c) Coisa julgada.
d) Incapacidade da parte.
e) Defeito de representação.
A incorreção do valor da causa, no sistema anterior, não deveria ser arguida em preliminar de
contestação.
Letra b.
Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incom-
petência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - pe-
rempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou
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de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Letra b.
Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação
se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumu-
lados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum
Letra e.
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a) Errada. Segundo o artigo 106, § 1º do CPC: “Se o advogado descumprir o disposto no inciso
I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a
citação do réu, sob pena de indeferimento da petição”.
b) Errada. Segundo o artigo 321, do CPC:
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apre-
senta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o
autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.
c) Errada. Segundo o artigo 330, do CPC: “A petição inicial será indeferida quando: (...) III - o
autor carecer de interesse processual;”.
d) Certa. Segundo o artigo 330, § 1º, III do CPC: “A petição inicial será indeferida quando: (...)
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;”. No caso em tela, tem-se
inicial inepta.
e) Errada. Segundo o artigo 330, do CPC: “A petição inicial será indeferida quando: I – for inep-
ta; § 1º (...) IV - contiver pedidos incompatíveis entre si”.
Letra d.
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b) poderá ser deferida, pois o autor não pode ter seu direito de acesso à justiça impedido por
falta dessas informações;
c) poderá ser deferida, ficando impedida a citação do réu até a obtenção destas informações,
ainda que esta já fosse possível;
d) será indeferida, pois não cabe ao autor demonstrar desinteresse pela realização de audiên-
cia de conciliação ou mediação;
e) será indeferida, pois somente se poderia diligenciar na busca do endereço eletrônico, mas
não em relação ao domicílio ou à residência do réu
A petição inicial indicará: (...) II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união está-
vel, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (...)§ 1º Caso
não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao
juiz diligências necessárias a sua obtenção. § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito
da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3º A petição inicial
não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais
informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Letra b.
A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competên-
cia absoluta”. Além disso, o artigo 64 estabelece que: “A incompetência, absoluta ou relativa, será
alegada como questão preliminar de contestação”. Por fim, o artigo 337 do CPC de 2015 enuncia
o seguinte: “incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: (...) II - incompetência absoluta e
relativa”.
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Letra c.
a) Errada. Segundo o artigo 343, § 3º do CPC de 2015: “A reconvenção pode ser proposta con-
tra o autor e terceiro”.
b) Errada. Segundo o artigo 343 do CPC de 2015: “Na contestação, é lícito ao réu propor recon-
venção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento
da defesa”.
c) Errada. Segundo o artigo 343, § 2º do CPC de 2015: “A desistência da ação ou a ocorrência
de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do pro-
cesso quanto à reconvenção”.
d) Errada. Segundo o artigo 343, § 2º do CPC de 2015: “Proposta a reconvenção, o autor será
intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias”.
e) Certa. A assertiva se alinha ao que estabelece o artigo 343, caput do CPC de 2015.
Letra e.
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Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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