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INTERNO DO
CONSELHO
NACIONAL DE
JUSTIÇA
Regimento Interno do CNJ - Parte III
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Regimento Interno do CNJ – Parte III
Cristiane Capita
Sumário
Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. . ............................................................. 3
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
1. Do Cronograma............................................................................................................................. 3
2. Introdução..................................................................................................................................... 4
3. Sindicância.................................................................................................................................... 5
4. Reclamação Disciplinar. . ............................................................................................................ 6
5. Processo Administrativo Disciplinar....................................................................................... 8
6. Da Representação por Excesso de Prazo............................................................................... 9
7. Avocação...................................................................................................................................... 10
8. Revisão Disciplinar. . ................................................................................................................... 11
9. Consulta....................................................................................................................................... 14
10. Procedimento de Controle Administrativo. . ....................................................................... 14
Resumo..............................................................................................................................................16
Exercícios..........................................................................................................................................21
Gabarito............................................................................................................................................42
Bibliografia...................................................................................................................................... 43
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1. Do Cronograma
Seguiremos com a seguinte programação:
PROGRAMAÇÃO
AULAS CONTEÚDO
DO PLENÁRIO
DA PRESIDÊNCIA
1 DA CORREGEDORIA NACIONAL DE JUSTIÇA
DOS CONSELHEIROS
DAS COMISSÕES
DA SECRETARIA-GERAL
DO DEPARTAMENTO DE PESQUISAS JUDICIÁRIAS – DPJ
DO DEPARTAMENTO DE MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA CARCE-
RÁRIO E DO SISTEMA DE EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
DA OUVIDORIA
2
DO PROCESSO
DA DISTRIBUIÇÃO
DOS DIVERSOS TIPOS DE PROCESSOS
Da Inspeção
Da Correição
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2. Introdução
Chamo a atenção para alguns tipos processuais sobre os quais trataremos a seguir, a sa-
ber: Sindicância, Reclamação Disciplinar, Processo Administrativo Disciplinar, Representação
por Excesso de Prazo, Avocação e Revisão Disciplinar.
A Administração Pública está sob a égide de vários princípios que norteiam a sua atu-
ação, entre os quais podemos citar a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
Assim, pelo compromisso, entre outros, com a moralidade, ao saber da possível ocorrência
do fato irregular, a autoridade tem o dever de apurá-la imediatamente, mediante o devido pro-
cesso, a fim de averiguar os fatos e, principalmente, possibilitar aos investigados o exercício e
a aplicação dos institutos da ampla defesa e do contraditório como veremos.
Trata-se, assim, de processos em que há apuração realizada pela Administração Pública
quando toma conhecimento da existência de quaisquer formas de irregularidade atribuída aos
seus agentes, em sentido amplo.
Assim, o detentor do poder-dever investiga, apura o fato e para isso, no âmbito do CNJ,
lança mão dos tipos processuais mencionados.
Os demais tratados na aula de hoje são a Consulta e o Procedimento de Controle Adminis-
trativo que possuem natureza diversa da disciplinar como trataremos mais adiante.
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3. Sindicância
A sindicância é um procedimento de cunho investigativo sumário, ou seja, aquele que não
opta por certos trâmites e formalidades que são realizados nos procedimentos ordinários e
cujo prazo de conclusão não excede a sessenta (60) dias.
Cabe frisar, entretanto, que a juízo do Corregedor Nacional de Justiça esse prazo de sessen-
ta (60) dias poderá, conforme a necessidade, ser motivadamente prorrogado por prazo certo.
A sindicância é destinada a apurar irregularidades atribuídas a magistrados ou servidores nos
serviços judiciais e auxiliares, ou a quaisquer serventuários, nas serventias e nos órgãos prestado-
res de serviços notariais e de registro, cuja apreciação não se deva dar por inspeção ou correição.
Para a realização da sindicância o Corregedor Nacional de Justiça poderá delegar compe-
tência, em caráter permanente ou temporário, a Conselheiros e aos magistrados requisitados.
E sempre que for necessário poderão ser designados servidores de outros órgãos do Poder
Judiciário ou, mediante cooperação, dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo para au-
xiliarem nos trabalhos de apuração da sindicância.
O Corregedor Nacional de Justiça ou o sindicante (quem promove a sindicância) intimará
o sindicado (investigado) ou seu procurador para acompanhar a inquirição de testemunhas,
podendo formular perguntas.
Encerrada a investigação, o sindicante elaborará o relatório, do qual será dada vista ao
sindicado, pelo prazo de quinze (15) dias, para apresentação de defesa prévia.
Ao fim desse prazo, caberá ao Corregedor Nacional de Justiça propor ao Plenário do CNJ
o arquivamento ou a instauração de processo disciplinar.
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Oitiva do Investigado
4. Reclamação Disciplinar
Contra quem poderá ser proposta?
A reclamação disciplinar poderá ser proposta contra membros do Poder Judiciário e con-
tra titulares de seus serviços auxiliares (servidores), serventias e órgãos prestadores de ser-
viços notariais e de registro.
A reclamação deverá ser dirigida ao Corregedor Nacional de Justiça em requerimento as-
sinado contendo o seguinte:
a) a descrição do fato;
b) a identificação do reclamado;
c) as provas da infração.
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Quando não atendidos os requisitos legais ou o fato narrado não configurar infração discipli-
nar, a reclamação será arquivada.
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7. Avocação
Avocar significa chamar para si. É a possibilidade de avocar processos que corram perante
outro juízo. Assim, é o chamamento de uma ação, causa em curso, em juízo diverso.
Assim, a avocação de processo de natureza disciplinar em curso contra membros do Po-
der Judiciário ou de seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro dar-se-á, a qualquer tempo, mediante representação fundamentada:
a) de membro do CNJ;
b) Procurador-Geral da República;
c) Presidente do Conselho Federal da OAB;
d) ou de entidade nacional da magistratura.
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Nos demais casos, o Relator mandará ouvir, em quinze (15) dias, o magistrado ou o servi-
dor e o órgão disciplinar originariamente competente para a decisão.
Terminado o prazo, com ou sem as informações, o Relator pedirá a inclusão do processo
em pauta, para deliberação pelo Plenário.
E no caso de se decidir pela Avocação?
Se o Plenário decidir pela avocação do processo disciplinar, a decisão será imediatamen-
te comunicada ao tribunal respectivo, para o envio dos autos no prazo máximo de quinze
(15) dias.
E, então, recebidos os autos avocados, eles serão novamente autuados, com distribuição
por prevenção ao Relator. Lembra-se do instituto da prevenção? Em que o juízo prevento é o
juízo em que primeiramente ocorreu o registro ou a distribuição da petição inicial, daí o Con-
selheiro a quem foi distribuído o processo receberá os demais.
A esse relator caberá cuidar do processo, de forma geral, ou seja, ordenar e dirigir o pro-
cesso disciplinar avocado, podendo aproveitar os atos já praticados regularmente na origem.
8. Revisão Disciplinar
É sabido que Administração está autorizada a agir, inclusive de ofício, na apuração de fa-
tos dos quais tome conhecimento, mediante diligências, informações e prática de atos neces-
sários à consecução do interesse público, com poder de iniciativa para instaurar o processo,
instruir e até mesmo rever suas decisões, independentemente de provocação, contexto este
compreendido no princípio da oficialidade.
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Como ato formal que é, o pedido de revisão de processo disciplinar será apresentado em
petição escrita, devidamente fundamentada e com toda a documentação pertinente.
O Relator poderá indeferir, de plano, o pedido de revisão que se mostre intempestivo, manifes-
tamente sem fundamento ou improcedente.
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Falamos agora há pouco que, sob o princípio da oficialidade, a Administração está autori-
zada a agir, inclusive de ofício. Assim, instauração de ofício da revisão de processo disciplinar
poderá ser determinada pela maioria absoluta do Plenário do CNJ, mediante proposição de
qualquer um dos Conselheiros, do Procurador-Geral da República ou do Presidente do Conse-
lho Federal da OAB.
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9. Consulta
O Plenário decidirá sobre consultas, em tese, de interesse e repercussão gerais quanto à
dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes à maté-
ria de sua competência.
A consulta deve conter, cumulativamente:
a) indicação precisa do seu objeto;
b) ser formulada articuladamente;
c) estar instruída com a documentação pertinente, quando for o caso.
E a resposta à consulta, quando proferida pela maioria absoluta do Plenário, tem caráter
normativo geral.
A consulta poderá ser respondida monocraticamente quando:
a) a matéria já estiver expressamente regulamentada em Resolução ou Enunciado Admi-
nistrativo;
b) ou já tiver sido objeto de pronunciamento definitivo do Plenário ou do Supremo Tribu-
nal Federal.
Não será admitido o controle de atos administrativos praticados há mais de cinco anos, salvo
quando houver afronta direta à Constituição.
Formulação do Pedido
O pedido deverá ser formulado por escrito com a qualificação do requerente e a indicação
clara e precisa do ato impugnado e será, então, autuado e distribuído a um Relator.
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O Relator determinará a notificação da autoridade que praticou o ato impugnado e dos even-
tuais interessados em seus efeitos, no prazo de quinze (15) dias.
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RESUMO
Concluída nossa terceira aula, tratamos dos diversos tipos de processo no âmbito do CNJ,
assunto muito relevante para entendermos a sistemática de atuação desse órgão componente
do sistema jurídico brasileiro.
O primeiro tipo processual tratado foi a sindicância que é um procedimento de cunho in-
vestigativo sumário, ou seja, aquele que não opta por certos trâmites e formalidades que são
realizados nos procedimentos ordinários e cujo prazo de conclusão não excede a sessenta
(60) dias.
Ela se destina a apurar irregularidades atribuídas a magistrados ou servidores nos serviços
judiciais e auxiliares ou a quaisquer serventuários, nas serventias e nos órgãos prestadores
de serviços notariais e de registro, cuja apreciação não se deva dar por inspeção ou correição.
Para a realização da sindicância, o Corregedor Nacional de Justiça, poderá delegar com-
petência, em caráter permanente ou temporário, a Conselheiros e aos magistrados requisi-
tados. E sempre que for necessário, poderão ser designados servidores de outros órgãos do
Poder Judiciário ou, mediante cooperação, dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo
para auxiliarem nos trabalhos de apuração da sindicância.
O Corregedor Nacional de Justiça ou o sindicante (quem promove a sindicância) intimará
o sindicado (investigado) ou seu procurador para acompanhar a inquirição de testemunhas,
podendo formular perguntas.
E encerrada a investigação, o sindicante elaborará o relatório, do qual será dada vista ao
sindicado, pelo prazo de quinze (15) dias, para apresentação de defesa prévia.
Ao final desse prazo, caberá ao Corregedor Nacional de Justiça propor ao Plenário do CNJ
o arquivamento ou a instauração de processo disciplinar.
Será feita a oitiva do investigado, que poderá apresentar defesa e requerer a produção de
prova no prazo de 10 (dez) dias, a contar da ciência da instauração da sindicância.
E encerrada a investigação, o sindicante elaborará o relatório, cabendo ao Corregedor Na-
cional de Justiça, se convencido da existência de infração, propor ao Plenário do CNJ a ins-
tauração de processo disciplinar.
A instauração de processo disciplinar será precedida de intimação para apresentação de
defesa prévia em 15 (quinze) dias, devendo constar da intimação a descrição do fato e a sua
tipificação legal, bem como cópia do teor da acusação.
No caso em que não seja apurado ato ou fato que justifique a aplicação de penalidade,
assim demonstrado no relatório, a sindicância será arquivada por ato singular do Corregedor
Nacional ou, a seu juízo, levada à apreciação do Plenário, em qualquer caso comunicando-se
os interessados.
Se for apurada a existência de fundados indícios de infração grave, o Plenário do CNJ
poderá deliberar que o processo de sindicância em que o arguido tenha sido ouvido constitua
parte instrutória do processo disciplinar.
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Seguidamente tratamos acerca da reclamação disciplinar que poderá ser proposta contra
membros do Poder Judiciário e contra titulares de seus serviços auxiliares (servidores), ser-
ventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro.
A reclamação deverá ser dirigida ao Corregedor Nacional de Justiça em requerimento as-
sinado contendo a descrição do fato, a identificação do reclamado e as provas da infração,
mas, quando não atendidos os requisitos legais ou o fato narrado não configurar infração
disciplinar, a reclamação será arquivada.
Entretanto, não sendo caso de arquivamento, ou indeferimento sumário, o sindicado será
notificado para prestar informações em quinze (15) dias, podendo o Corregedor Nacional de
Justiça requisitar informações à corregedoria local e ao tribunal respectivo ou determinar
diligência para apuração preliminar da verossimilhança da imputação.
No caso de estar configurada a evidência de possível infração disciplinar atribuída a ma-
gistrados e se as provas forem suficientes o Corregedor Nacional de Justiça proporá ao Ple-
nário a instauração de processo administrativo disciplinar. Caso contrário, instaurará sindi-
cância para investigação dos fatos.
No caso de se instaurar, desde logo, processo administrativo disciplinar, o Corregedor Na-
cional de Justiça, antes de submeter o feito à apreciação do Plenário, intimará o magistrado
ou servidor para oferecer defesa prévia em 15 (quinze) dias, devendo constar da intimação: a
descrição do fato, a sua tipificação legal e cópia do teor da acusação.
Se da apuração da reclamação disciplinar for verificada possível falta ou infração atribuí-
da a servidor, serventuário ou delegatário de serventia extrajudicial o Corregedor Nacional de
Justiça poderá determinar, conforme o caso:
a) a instauração de sindicância ou
b) o encaminhamento à Corregedoria local para as providências necessárias.
E se dos fatos apurados ficar evidenciada a existência de elementos suficientes para a
imediata instauração de processo administrativo disciplinar contra servidor, serventuário ou
delegatário de serventias, o Corregedor Nacional de Justiça:
a) proporá ao Plenário imediata instauração de processo ou
b) encaminhará os dados à Corregedoria local para as providências cabíveis.
Em relação ao PAD, o Processo Administrativo disciplinar, no âmbito do CNJ é o instru-
mento destinado a apurar responsabilidades de magistrados e de titulares de serviços nota-
riais e de registro por infração disciplinar praticada no exercício de suas atribuições.
Quando for determinada pelo Plenário do CNJ a instauração do processo administrativo
disciplinar, o feito será distribuído a um Relator a quem competirá ordenar e dirigir a instrução
respectiva.
É impedido de atuar nos processos administrativos disciplinares o Conselheiro que tenha
interesse direto ou indireto na matéria em discussão; tenha participado ou venha a participar
como perito, testemunha ou representante ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge,
companheiro, parente e afins até o terceiro grau; esteja litigando judicial ou administrativa-
mente com o interessado ou o respectivo cônjuge ou companheiro.
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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2020) A sindicância é o procedimento investigativo ordinário levado a efeito
pela Corregedoria Nacional de Justiça.
A sindicância é o procedimento investigativo sumário, ou seja, que não opta por certos trâmi-
tes e formalidades que são realizados nos procedimentos ordinários e cujo prazo de conclu-
são não excede a sessenta (60) dias. Isso é o que prevê o artigo 60 do RICNJ.
Errado.
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005. (INÉDITA/2020) Sempre que necessário, poderão ser designados servidores de outros
órgãos do Poder Judiciário ou, mediante cooperação, dos órgãos dos Poderes Executivo e
Legislativo para auxiliarem nos trabalhos de apuração da sindicância.
Encerrada a investigação, o sindicante elaborará o relatório, do qual será dada vista ao sindica-
do, pelo prazo de quinze (15) dias, para apresentação de defesa prévia, e não cinco dias, como
afirma o item. Isso está previsto no P.U. do artigo 62 do RICNJ.
Errado.
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O prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa e requerer a produção de prova começará a
contar da ciência da instauração da sindicância, e não da ciência dos fatos, como está previsto
no artigo 63, caput, do RICNJ.
Errado.
Item perfeito. Encerrada a investigação, entre outras coisas, caberá ao Corregedor Nacional de
Justiça, se convencido da existência de infração, propor ao Plenário do CNJ a instauração de
processo disciplinar, mas isso será precedido da intimação para apresentar defesa prévia em
15 (quinze) dias, devendo constar da intimação a descrição do fato e a sua tipificação legal,
bem como cópia do teor da acusação, conforme prevê o P.U. do artigo 63 do RICNJ.
Certo.
012. (INÉDITA/2020) Não sendo apurado ato ou fato que justifique a aplicação de penalidade,
assim demonstrado no relatório, a sindicância será obrigatoriamente arquivada por ato singu-
lar do Corregedor Nacional.
Não sendo apurado ato ou fato que justifique a aplicação de penalidade, a sindicância será
arquivada por ato singular do Corregedor Nacional ou, a seu juízo, levada à apreciação do Ple-
nário, em qualquer caso comunicando-se os interessados. Nesse caso, a única providência a
ser tomada não será apenas o arquivamento como está descrito no artigo 64 do RICNJ.
Errado.
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014. (INÉDITA/2020) São aplicáveis à instrução das sindicâncias para a apuração de infra-
ções cometidas por servidores do CNJ ou servidores do Poder Judiciário, no que couberem,
as disposições relativas a processos disciplinares previstas na legislação federal ou estadual
pertinente à hipótese.
015. (INÉDITA/2020) Em relação a reclamação disciplinar ela poderá ser proposta contra
membros do Poder Judiciário e contra titulares de seus serviços auxiliares, serventias e órgãos
prestadores de serviços notariais e de registro.
Correto. Poderá ser aplicada tanto contra membros do Poder Judiciário, quanto contra titulares
de seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro,
conforme dispõe o artigo 67, caput.
Certo.
A reclamação é um ato formal, deverá ser, portanto, dirigida ao Corregedor Nacional de Justiça
em requerimento assinado contendo a descrição do fato, a identificação do reclamado e as
provas da infração para que reste caracterizada a sua formalização.
Assim dispõe o § 1º do artigo 67 do RICNJ.
Errado.
017. (INÉDITA/2020) Quando não atendidos os requisitos legais ou o fato narrado não confi-
gurar infração disciplinar, a reclamação será arquivada.
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Não sendo caso de arquivamento ou indeferimento sumário, o reclamado será notificado para
prestar informações no prazo de quinze (15) dias, e não cinco, conforme dispõe o § 3º do arti-
go 67, caput, RICNJ.
Errado.
020. (INÉDITA/2020) Nas reclamações oferecidas contra magistrados de primeiro grau, pode-
rá o Corregedor Nacional de Justiça enviar cópia da petição e dos documentos à Corregedoria
de Justiça respectiva, fixando prazo para apuração e comunicação das providências e conclu-
são adotadas.
021. (INÉDITA/2020) Prestadas as informações e se confirmado que o fato não constitui in-
fração o Corregedor Nacional de Justiça arquivará a reclamação.
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027. (INÉDITA/2020) Se dos fatos apurados ficar evidenciada a existência de elementos su-
ficientes para a imediata instauração de processo administrativo disciplinar contra servidor,
serventuário ou delegatário de serventias, o Corregedor Nacional de Justiça proporá ao Plená-
rio essa medida ou encaminhará os dados à Corregedoria local para as providências cabíveis.
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O Corregedor Nacional de Justiça poderá delegar aos Conselheiros e aos magistrados requisi-
tados, em caráter permanente ou temporário, competência para a apuração de irregularidades
objeto de reclamações, conforme dispõe o artigo 72, caput, do RICNJ.
Errado.
030. (INÉDITA/2020) Quando for determinada pelo Plenário do CNJ a instauração do proces-
so administrativo disciplinar, o feito será distribuído a um Relator a quem competirá ordenar e
dirigir a instrução respectiva.
031. (INÉDITA/2020) Relativamente ao PAD, é impedido de atuar o Conselheiro que tenha in-
teresse direto ou indireto na matéria em discussão.
032. (INÉDITA/2020) Será impedido de atuar no PAD o Conselheiro que tenha participado ou
venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem
quanto ao cônjuge, companheiro, parente e afins até o terceiro grau.
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Será impedido o Conselheiro que esteja litigando judicial ou administrativamente com o inte-
ressado ou o respectivo cônjuge ou companheiro. Isso está previsto no P.U., inciso III, artigo
74 do RICNJ.
Errado.
Será impedido o Conselheiro que esteja litigando judicial ou administrativamente com o inte-
ressado ou o respectivo cônjuge ou companheiro. Isso está previsto no P.U., inciso III, artigo
74 do RICNJ.
Certo.
035. (INÉDITA/2020) Com base no princípio do contraditório e ampla defesa, tendo sido
instaurado o PAD em nenhum momento poderá ser afastado o magistrado ou servidor das
suas funções.
Errado, pois não vai ao encontro do princípio do contraditório e da ampla defesa o afastamen-
to. Assim, acolhida a instauração do processo disciplinar, ou no curso dele, o Plenário do CNJ
poderá, motivadamente e por maioria absoluta de seus membros, afastar o magistrado ou
servidor das suas funções, conforme prevê o P.U. do artigo 75 do RICNJ.
Errado.
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037. (INÉDITA/2020) A reclamação disciplinar poderá ser proposta contra membros do Poder
Judiciário e contra titulares de seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de
serviços notariais e de registro.
038. (INÉDITA/2020) A reclamação disciplinar será dirigida ao Presidente do CNJ por meio de
requerimento assinado contendo a descrição do fato, a identificação do reclamado e as provas
da infração.
039. (INÉDITA/2020) A reclamação disciplinar será arquivada somente quando o fato narrado
não configurar infração disciplinar.
A reclamação disciplinar também poderá ser arquivada quando não forem atendidos os requi-
sitos legais, conforme o § 2º do artigo 67 do RICNJ.
Errado.
Dois erros, o primeiro quanto ao prazo, que diz ser de 10 dias para o reclamado prestar informa-
ções quando notificado. Nesse caso, o prazo será de 15 dias. E o segundo erro ocorre quando
se afirma que o Corregedor Nacional de Justiça não poderá determinar diligência para apu-
ração preliminar da verossimilhança da imputação, quando ele terá, sim, tal ato como opção,
conforme o § 3º do artigo 67 do RICNJ.
Errado.
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043. (INÉDITA/2020) A Representação por Excesso de Prazo poderá ser formulada oral-
mente e reduzida a termo se assim for necessário e será dirigida ao Corregedor Nacional
de Justiça.
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Essa é uma questão cujo teor encontra-se no artigo 14, § 5º, da Resolução n. 135 de 13/7/2011,
que não é objeto de nosso estudo, mas que deixo a título de curiosidade.
O erro dela está em afirmar que o acórdão será acompanhado de portaria que conterá a impu-
tação dos fatos e a delimitação do teor da acusação, assinada pelo Corregedor local, quando,
na verdade, ela será assinada pelo Presidente do Órgão.
Errado.
048. (INÉDITA/2020) Instaurado o PAD o feito será distribuído a um Relator a quem compe-
tirá ordenar e dirigir a instrução respectiva sendo designado na mesma oportunidade revisor
para o feito.
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049. (INÉDITA/2020) A representação contra magistrado, por excesso de prazo para a prática
de ato de sua competência jurisdicional ou administrativa, será cabível ainda quando o acúmu-
lo de serviço não for imputável ao magistrado.
Art. 78. A representação contra magistrado por excesso injustificado de prazo para a prática de ato de
sua competência jurisdicional ou administrativa poderá ser formulada por qualquer pessoa com inte-
resse legítimo, pelo Ministério Público, pelos Presidentes de tribunais ou, de ofício, pelos Conselheiros.
Errado.
050. (INÉDITA/2020) A representação contra magistrado, por excesso de prazo para a prática de
ato de sua competência jurisdicional ou administrativa será cabível quando a demora for injustifi-
cada e poderá ser formulada por qualquer pessoa com interesse legítimo, pelo Ministério Público,
pelos Presidentes de Tribunais não podendo ser instaurada de ofício pelos Conselheiros.
Art. 78. A representação contra magistrado por excesso injustificado de prazo para a prática de
ato de sua competência jurisdicional ou administrativa poderá ser formulada por qualquer pessoa
com interesse legítimo, pelo Ministério Público, pelos Presidentes de tribunais ou, de ofício, pelos
Conselheiros. (RICNJ)
Errado.
051. (INÉDITA/2020) A representação por excesso de prazo será instruída com os documen-
tos necessários à sua demonstração e será dirigida ao Corregedor Nacional de Justiça.
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As disposições deste artigo são aplicáveis, no que couber, ao pedido de representação por excesso
de prazo apresentado contra servidor do Poder Judiciário ou de seus serviços auxiliares, serventias
e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro.
Errado.
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061. (INÉDITA/2020) Na avocação, nos casos que não for de competência da Corregedoria
Nacional, será distribuído ao Relator que mandará ouvir, em quinze (15) dias, o magistrado ou
o servidor e o órgão disciplinar originariamente competente para a decisão.
Perfeito o item. Em matéria de competência do Plenário do CNJ, será distribuído o feito, ca-
bendo ao Relator decidir e tomar as providências necessárias, conforme disposto no artigo
81 do RICNJ.
Certo.
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062. (INÉDITA/2020) Na avocação, nos casos competência de Relator este mandará ouvir, em
quinze (15) dias, o magistrado ou o servidor e o órgão disciplinar originariamente competente
para a decisão e findo o prazo, com ou sem as informações, o Relator pedirá a inclusão do pro-
cesso em pauta, para deliberação pelo Plenário.
Perfeito o item. Em matéria de competência do Plenário do CNJ, será distribuído o feito, ca-
bendo ao Relator decidir e tomar as providências necessárias, conforme disposto no § 1º do
artigo 81 do RICNJ.
Certo.
Recebidos os autos avocados, estes serão novamente autuados, com distribuição por preven-
ção ao Relator, conforme disposto no § 3º do artigo 81 do RICNJ.
Errado.
065. (INÉDITA/2020) Ao Relator caberá ordenar e dirigir o processo disciplinar avocado, po-
dendo aproveitar os atos já praticados regularmente na origem.
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067. (INÉDITA/2020) Recebidos os autos avocados, estes serão novamente autuados como
processo disciplinar, com distribuição por prevenção ao Relator ou encaminhados ao Correge-
dor Nacional, nos casos de sua competência.
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071. (INÉDITA/2020) Por já ter havido julgamento anterior, o pedido de revisão de processo
disciplinar dispensa maiores formalidades.
072. (INÉDITA/2020) O Relator poderá indeferir, de plano, o pedido de revisão que se mostre
intempestivo, manifestamente sem fundamento ou improcedente.
075. (INÉDITA/2020) A instauração de ofício da revisão de processo disciplinar poderá ser de-
terminada pela maioria absoluta do Plenário do CNJ, mediante proposição de qualquer um dos
Conselheiros, do Procurador-Geral da República ou do Presidente do Conselho Federal da OAB.
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078. (INÉDITA/2020) Julgado procedente o pedido de revisão, o Plenário do CNJ poderá deter-
minar a instauração de processo administrativo disciplinar, alterar a classificação da infração,
absolver ou condenar o juiz ou membro de Tribunal, modificar a pena ou anular o processo.
Perfeito. Julgado procedente, o Plenário terá uma dessas três providências a tomar, conforme
disposto no artigo 88 do RICNJ.
Certo.
A consulta deve conter indicação precisa do seu objeto, ser formulada articuladamente e estar
instruída com a documentação pertinente, quando for o caso, conforme disposto no § 1º do
artigo 89 do RICNJ.
Errado.
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081. (INÉDITA/2020) A resposta à consulta, quando proferida pela maioria absoluta do Plená-
rio, tem caráter normativo geral.
083. (INÉDITA/2020) O controle dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos
do Poder Judiciário será exercido pelo Plenário do CNJ, de ofício ou mediante provocação,
sempre que restarem contrariados os princípios estabelecidos no art. 37 da Constituição, es-
pecialmente os de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sem pre-
juízo da competência do Tribunal de Contas da União e dos Tribunais de Contas dos Estados.
Será admitido quando houver afronta direta à Constituição como disposto no P.U. do artigo
91 do RICNJ.
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086. (INÉDITA/2020) O pedido, que deverá ser formulado por escrito com a qualificação
do requerente e a indicação clara e precisa do ato impugnado, será autuado e distribuído a
um Relator.
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GABARITO
1. E 32. C 63. C
2. C 33. E 64. E
3. E 34. C 65. C
4. E 35. E 66. C
5. C 36. C 67. C
6. C 37. C 68. C
7. E 38. E 69. E
8. C 39. E 70. C
9. E 40. E 71. E
10. C 41. C 72. C
11. C 42. C 73. C
12. E 43. E 74. E
13. C 44. E 75. C
14. C 45. C 76. C
15. C 46. E 77. C
16. E 47. E 78. C
17. C 48. E 79. C
18. E 49. E 80. E
19. C 50. E 81. C
20. C 51. C 82. E
21. C 52. C 83. C
22. C 53. C 84. E
23. C 54. E 85. E
24. C 55. C 86. C
25. C 56. E 87. E
26. C 57. C 88. E
27. C 58. C 89. C
28. E 59. C 90. C
29. E 60. C 91. C
30. C 61. C
31. C 62. C
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BIBLIOGRAFIA
https://www.cnj.jus.br/
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2453
Cristiane Capita
Servidora Pública do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do Ministério Público-CNMP,
bacharel em Direito e Pós-Graduada em Direito Processual Civil. Professora da disciplina de Legislação
aplicada ao MPU em cursos preparatórios, com aprovação nos concursos da Secretaria de Estado de
Educação do DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Ministério do Planejamento-
-MPOG e Ministério da Educação-MEC.
Professora e Granxpert do Grancursos On Line.
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