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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Anderson Ferreira
Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Recursos............................................................................................................................................ 4
Teoria Geral dos Recursos.. ............................................................................................................ 4
Pressupostos Recursais ou Requisitos de Admissibilidade................................................... 6
Cabimento.......................................................................................................................................... 6
Legitimidade...................................................................................................................................... 7
Interesse............................................................................................................................................ 8
Tempestividade................................................................................................................................ 8
Preparo............................................................................................................................................. 10
Regularidade Formal...................................................................................................................... 11
Desistência e Renúncia ao Direito de Recorrer........................................................................ 11
Efeitos dos Recursos. . ....................................................................................................................12
Dos Princípios Aplicados aos Recursos.................................................................................... 14
Princípio da Taxatividade............................................................................................................. 14
Princípio da Unicidade ou Singularidade Recursal..................................................................15
Princípio da Fungibilidade. . ...........................................................................................................15
Princípio da Proibição a Reformatio in Pejus. . ..........................................................................15
Princípio da Complementariedade.. ............................................................................................16
Recurso Adesivo..............................................................................................................................16
Dos Recursos em Espécie.. ............................................................................................................19
Da Apelação......................................................................................................................................19
Agravo de Instrumento. . ............................................................................................................... 25
Questões de Concurso.................................................................................................................. 34
Gabarito............................................................................................................................................ 52
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Anderson Ferreira
Apresentação
Olá, querido (a) companheiro (a) virtual! É com grande alegria e um pouco de saudosismo
antecipado que inicio, junto com você, mais uma aula de Processo Civil. Trataremos, no encon-
tro de hoje, acerca da teoria geral dos recursos. Bem, feitas as considerações acima, vamos
iniciar nossa aula. Venha comigo!
“Alguns homens veem as coisas como são, e dizem ‘Por quê?’ Eu sonho com as coisas que nunca
foram e digo ‘Por que não?’”.
George Bernard Shaw
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Anderson Ferreira
RECURSOS
Teoria Geral dos Recursos
Amigo (a), quando falamos de recurso, estamos diante de um instrumento que visa impug-
nar as decisões judiciais proferidas pelo Juiz. Bem, é normal que uma decisão desfavorável a
alguma das partes, seja objeto de inconformismo, aspecto, em certa medida, até natural do ser
humano. Sendo assim, por meio do recurso, é possível carrear a questão examinada ao Poder
Judiciário, a fim de que ela seja reapreciada. No entanto, há de se ressaltar o seguinte: não é
porque autor ou réu da relação jurídica processual estão inconformados com o a decisão que
será admitido o recurso, negativo! Recorre-se com fundamentado em ilegalidade, inconstitu-
cionalidade ou erro atribuído ao Julgador.
Diante do que foi consignado no parágrafo acima, o recurso tem o objetivo de reanalisar
a questão na expectativa de que ela seja modificada, invalidada, esclarecida ou complemen-
tada. Vale ressaltar que os recursos não formam um novo processo, não! Eles têm o condão
de alongar a relação processual e possuem a aptidão para impedir a coisa julgada, haja vista
postergarem a decisão final.
Veja, estimado (a) leitor (a), lembro-me de, em uma de nossas aulas, ter comentado com
você acerca dos pronunciamentos do Juiz ao longo da marcha processual. Nesse sentido, os
recursos são cabíveis para atacar os seguintes pronunciamentos judiciais, a saber: decisões
interlocutórias; sentenças; decisões monocráticas e acórdãos.
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Anderson Ferreira
De acordo com o artigo 1.001 da Lei de Ritos, não cabe recurso dos despachos proferidos
pelo Juiz.
Os recursos são interpostos com os seguintes objetivos:
• Reformar a sentença: busca reformar a decisão, como, por exemplo, modificar a sen-
tença com o objetivo de que não haja condenação ao pagamento de danos materiais e
lucros cessantes relativos a um acidente de trânsito.
• Invalidar a decisão: intenta invalidar a decisão sob o argumento de que houve erro no
procedimento, relativo aos ditames do Direito processual Civil (error in procedendo) ou
erro no conteúdo, no direito material aplicado (error in judicando).
• Integração ou esclarecimento: tem por objetivo esclarecer a decisão, como ocorre na
interposição de embargos, os quais têm o objetivo aclarar, explicar a decisão quando ela
for omissa (busca-se a integração), obscura ou contraditória, ou seja, tem por escopo
esclarecer.
Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do
direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a reque-
rimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir.
(...)
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação,
se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
A interposição dos recursos ocorre, como regra, por meio do endereçamento ao juízo a
quo (do qual vai) para o juízo ad quem (para onde vai), ou seja, há uma sistemática de uma
instância em grau inferior para outra em grau superior, o que pode ser flexibilizado no agravo
de instrumento.
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de
petição com os seguintes requisitos: (...)
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Com base no exposto, em linhas acima, acompanhe comigo, de forma gráfica a regra para
interposição dos recursos:
Cabimento
O cabimento é a possibilidade jurídica de interposição do recurso, ou seja, se ele será ad-
missível. Veja, estimado (a) estudante, os recursos estão previstos em um rol, encartado no
artigo 994 da Lei de Ritos.
Além dos recursos supramencionados, algumas leis esparsas preveem outras espécies
recursais, as quais não estão previstas no rol da Lei Adjetiva, como é o caso do recurso inomi-
nado, positivado no artigo 41 da Lei n. 9.099/1995.
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Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso
para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no pri-
meiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.
Legitimidade
A legitimidade diz respeito aos legitimados para interpor o recurso. Além das partes, o ar-
tigo 996 do Novo Código consigna que são legitimados para interposição de recurso: a parte
sucumbente (vencida), o Ministério Público, seja na condição de parte ou de fiscal da ordem
jurídica (custos iuris), e terceiros que podem ser prejudicados com a decisão proferida.
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministé-
rio Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídi-
ca submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em
juízo como substituto processual.
O novo Código de Processo Civil deixa claro que o amicus curiae pode ingressar com embar-
gos de declaração e recorrer das decisões em incidentes de demandas repetitivas.
Art. 138(...)
§3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas.
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Interesse
Veja, no que se refere ao interesse para recorrer da sentença, o interessado deve ter su-
cumbido, no todo ou em parte da demanda, ou seja, poderia ter tido uma sentença mais favo-
rável na ação.
O legitimado deverá ter sucumbido na demanda, no todo ou em parte, para interpor recurso, ou
seja, o resultado de sentença poderia ter sido melhor para ele, salvo no caso de embargos de
declaração, manejados em caso de sentenças obscuras, omissas contraditórias ou eivadas de
erro material.
Tempestividade
A tempestividade diz respeito ao prazo para a interposição do recurso. Isso significa dizer
que, acaso a peça seja interposta intempestivamente (fora do lapso estabelecido por lei), não
será conhecido.
Como dito, em aulas anteriores, o prazo padrão para interposição de recursos no Código
de Processo Civil de 2015 é de 15 (quinze) dias... Contudo, entretanto e todavia... há exceção a
essa regra no que diz respeito ao lapso temporal dos embargos de declaração, cujo interregno
é de 5 (cinco) dias para interposição.
Lembro-te que os prazos são contados em dias úteis, conforme prevê o artigo 219 da Lei
Adjetiva, e possuem a contagem (termo inicial e final) regulada pelo artigo 1.003 do Novo Códi-
go, contados da data da intimação da decisão. Caso o recurso seja remetido pelos correios, a
contagem inicia-se da data da postagem para verificação da tempestividade. Além do exposto,
acaso haja feriado local no transcurso da interposição do recurso, a parte que o interpõe deve-
rá comprovar o fato. Acompanhe comigo os dispositivos legais em comento:
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente
os dias úteis.
(...)
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a socieda-
de de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados
da decisão.
§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for pro-
ferida a decisão.
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu
contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as
normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data
de interposição a data de postagem.
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Recursos
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O prazo padrão para interposição de recursos é de 15 (quinze) dias, salvo os embargos de de-
claração, cujo lapso temporal é menor, qual seja: 5 (cinco) dias.
Além do exposto, cumpre destacar que, com base no artigo 218, § 4º do NCPC, o ato prati-
cado antes da intimação é tempestivo. Nesse cenário, a apelação interposta antes da publica-
ção da sentença, será considerada tempestiva.
Conforme dito, linhas acima, o prazo para embargos de declaração é de 5 (cinco) dias
úteis. Essa espécie de recurso interrompe o prazo para interposição de outros recursos.
Observe que, em caso de feirado local, deverá existir a comprovação quando da interposi-
ção do recurso, para que não seja considerado intempestivo, de modo a não ser possível com-
provar o “feriadão” em momento posterior, consoante o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), vide AREsp 957.821de novembro de 2017.
Chamo sua atenção para as regras previstas nos artigos 180, 183 e 186 da Lei de Ritos
relativas aos prazos em dobro para comunicação do Ministério Público, Fazenda Pública, De-
fensoria Pública.
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá iní-
cio a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
(...)
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fun-
dações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processu-
ais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
(...)
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais.
Além dos prazos mencionados, quando o processo for físico, o lapso temporal será conta-
do em dobro, acaso haja litisconsórcio com diferentes procuradores de escritórios de advoca-
cia distintos, com estribo no artigo 229 da Lei n. 13.105 de 2015.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia dis-
tintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.
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Preparo
Amigo (a), o preparo se refere ao pagamento das custas relativas ao recurso, as quais in-
cluem porte, remessa e retorno (pagamento feito aos correios), sob pena de deserção (quando
há o abandono do recurso).
O preparo não será cobrado quando o recurso for interposto pela Fazenda Pública, Entes
Políticos e suas autarquias, além do Ministério Público ou beneficiário da justiça gratuita. Bem,
o pagamento deverá ser comprovado nos autos por comprovante de recolhimento (se não
houver a aludida comprovação, o recorrente será intimado, por meio do advogado, para pagar
o valor em dobro!).
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legisla-
ção pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno (dispensados em caso
de processo eletrônico), sob pena de deserção.
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos
pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respec-
tivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
A regra que autoriza o Tribunal a oportunizar a complementação não se aplica aos casos
em que o sujeito não fez o preparo e tem a possibilidade de fazer em dobro. Ele não pode, ao
invés de fazer em dobro, fazer insuficientemente e requerer mais 5 (cinco) dias.
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão
irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
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O § 7º possibilita que o relator do processo intime o recorrente para sanar o vício relativo
ao preenchimento da guia de custas... Ou seja, dá como diria meu pai: “uma colher de chá” ao
recorrente ao invés de aplicar, de plano, a deserção.
Veja que interessante!
A súmula 484 do Superior Tribunal de Justiça admite prorrogação do preparo, o qual po-
derá ser efetuado no primeiro dia subsequente, quando a interposição do recurso for efetuada
após o encerramento bancário.
Os embargos de declaração se prestam a sanar contradição, obscuridade, omissão e erro
material da decisão e não se sujeitam a preparo.
Regularidade Formal
Veja, existem algumas exigências no que se refere aos recursos. Nesse sentido o recurso
deverá conter as razões e contrarrazões (o que atende ao princípio da dialeticidade), assina-
tura, capacidade postulatória (em regra, exige-se advogado para interposição) e, como regra,
deve ser apresentado na forma escrita.
Quando falamos em desistência, estamos diante de um recurso que foi interposto, porém,
o recorrente (quem interpôs a peça) poderá desistir a qualquer momento até o julgamento (en-
cerramento). A desistência não depende de anuência da outra parte e não admite retratação,
haja vista que, quando manifestada, acarreta preclusão.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral
já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos.
Caso haja a desistência do recurso, isso não impedirá a análise da questão cuja repercussão
geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de Recursos Extraordinários ou
Recursos Especiais Repetitivos.
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Da Renúncia e da Aquiescência
Com base na classificação adotada pelo grande mestre Barbosa Moreira, os requisitos
de admissibilidade recursais podem ser divididos entre: intrínsecos (cabimento, legitimidade,
interesse e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer) e extrínsecos
(tempestividade, preparo e regularidade formal).
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• Suspensivo: impede que a decisão proferida produza seus efeitos. Porém, esse efeito
não é atribuído a todos os recursos, porquanto alguns podem possuir (como a apelação,
exceto se for o caso do artigo 1012, § 1º da Lei de Ritos, e algumas Leis esparsas), e ou-
tros não (como, em regra, casos de agravo de instrumento). Chamo sua atenção para o
fato de que o Relator do processo (incumbido de instrui-lo e, ao final, emitir um relatório)
pode atribuir efeito suspensivo aos recursos, caso haja probabilidade de provimento do
recurso e se existir risco de lesão grave de difícil reparação.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial
em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e
ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
(...)
Art. 1026 (...)
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou
relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamen-
tação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
• Veja, o efeito suspensivo poderá ser previsto em lei (ope legis) ou concedido pelo Juiz
(ope judicis), com estribo no parágrafo único do artigo 995 do NCPC.
• Expansivo
• O efeito expansivo pode ser dividido em:
• Efeito expansivo subjetivo: ocorre quando houver litisconsórcio e o resultado do recurso
puder atingir aquele que não recorreu. Nesses casos, será admissível em litisconsórcio
unitário (decisão atinge a todos) e quando for simples, irradiará efeitos se a matéria
alegada for comum a todos que ocupam o polo da ação. Imagine o caso em que Pepe
Nouglas se submeta à cirurgia plástica a fim de parecer com um ator de cinema, mas
fica parecido com um monstro do pântano e, a partir de agora, só pode figurar em filmes
de terror. Diante disso, Nouglas propõe ação em desfavor do hospital e do médico (litis-
consórcio passivo) em razão do dano sofrido. Suponha, ainda, que Pepe tenha decisão
favorável a seu pleito. Bem, nesse cenário, caso o hospital recorra, mas o médico não, no
sentido de reformar a decisão por inexistência de dano, o recurso também aproveitará
o cirurgião.
• Efeito expansivo objetivo, se refere a um pedido que depende de outro julgamento, como
no caso de uma ação de alimentos que dependerá da decisão acerca da paternidade.
Então, perceba, atento(a) estudante que uma questão é prejudicial em relação a outra, o
julgamento de um interfere no outro.
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Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou
opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará
aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.
Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as
disposições deste Código.
Princípio da Taxatividade
Por esse princípio, só podem ser manejados recursos expressos em Lei Federal (a maior
parte prevista no Código de Processo Civil). O artigo 994 da Lei de Ritos prevê um rol de recur-
sos. Veja, prezado(a) estudante, existem recursos previstos em leis esparsas, como o recurso
inominado previsto na Lei n. 9.099/95 e embargos infringentes (previstos na Lei de Execuções
Fiscais, 6.830/80), os quais não foram adotados pela Nova Lei de Ritos.
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Princípio da Fungibilidade
O princípio da fungibilidade se refere à possibilidade de o Poder Judiciário aceitar um re-
curso, interposto de forma equivocada, por outro. Nesse passo, há uma dúvida objetiva quan-
to à interposição do recurso. Estava previsto no Código de 1939. A fungibilidade é utilizada
pelo Poder Judiciário e encontra amparo no Código de 2015 (fungibilidade típica, prevista em
lei, como no caso do artigo 1024, § 3º do NCPC). Por esse princípio, não importa a forma, mas
o desejo inequívoco de recorrer da decisão proferida.
Para além do exposto, tem-se que a fungibilidade poderá atípica (que dependerá do caso
concreto) a qual deverá preencher alguns requisitos, quais sejam: dúvida fundada acerca do
caso concreto (controvérsia na doutrina ou jurisprudência); inexistência de erro grosseiro e
ausência de má-fé.
Veja que interessante!
O conceito de “dúvida objetiva”, para a aplicação do princípio da fungibilidade recursal,
pode ser relativizado, excepcionalmente, quando o equívoco na interposição do recurso cabí-
vel decorrer da prática de ato do próprio órgão julgador. Vide STJ, 2ª Seção. EAREep 230.380-
RN. Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 13/09/2017 (Info 613).
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Princípio da Complementariedade
Se no processo houver a interposição do recurso, aquele que interpôs a peça deverá ofe-
recer as razões e a outra parte contrarrazões, sob pena de haver a preclusão consumativa e,
com efeito, não ser mais possível nenhuma alegação. No entanto, o artigo 1.024, § 4º da Lei n.
13.105 de 2015 excepciona essa regra de modo a permitir que quem já tenha recorrido comple-
mente as razões do recurso. Nesse cenário, imagine que Bill ocupe o polo ativo de uma deman-
da e oponha embargos de declaração no quarto dia (lembre-se de que ele possui cinco dias
para opor o aludido recurso), porquanto fizera dois pedidos e um deles foi deferido e outro não,
mas a sentença relativa ao segundo pleito fora obscura. Contudo, suponha que Pepe (ocupan-
te do polo passivo da demanda) tenha manejado uma apelação no terceiro dia (lembro-te que o
ele possui quinze dias para apelar). Pense, ainda, que Bill logre êxito quanto ao segundo pedido
no julgamento dos embargos de declaração, ou seja, é atribuído aos embargos o efeito modi-
ficativo. Nesse caso, Pepe poderá complementar a apelação ou alterar as razões nos limites
da modificação (na situação hipotética, quanto ao segundo pedido, uma vez que a apelação se
referiu ao primeiro pleito), no prazo de 15 (quinze) dias, contados da intimação dos embargos.
O PULO DO GATO
Segundo o § 5º do artigo 1.024 do Novo Código: “Se os embargos de declaração forem rejeita-
dos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte
antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado
independentemente de ratificação”.
Recurso Adesivo
O Código de Processo Civil de 2015 prevê a possibilidade de interposição de recurso adesi-
vo. Como assim, professor? Um recurso que “cola” no outro? Rs. Bem, prezado (a), estudante,
e mais ou menos por aí, o termo tem que te ajudar! Veja, quando as partes sucumbirem de
forma recíproca, e uma delas recorrer tempestivamente (nos moldes temporais previstos pelo
Código), é possível que o outro sucumbente se utilize desse expediente. Imagine que Pepe
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Nouglas ingressou com uma ação de reparação de danos em desfavor de Bill. Pepe pediu R$
1.000 como valor da causa e Bill contestou a inicial, de modo a refutar o valor total, mas reco-
nheceu que deveria pagar R$ 600,00. O Juiz proferiu sentença a qual condenou Bill a retirar a
onça pintada do bolso e pagar R$ 750,00. Perceba, que nem Pepe nem Bill foram totalmente
contemplados com relação às intenções, ou seja, ambos foram reciprocamente sucumbentes.
Diante do exemplo acima, caso Pepe interponha recurso de apelação contra a sentença
proferida e Bill não tenha interposto no prazo de 15 dias (lapso temporal para apelar de forma
tempestiva), Bill poderá interpor recurso, ainda assim, desde que observe as exigências legais.
Todavia, o recurso de Bill, fica subordinado ao recurso de Pepe, inclusive quanto à admissibi-
lidade (observância do cabimento, tempestividade, legitimidade, preparo) e não será admitido
caso o recorrente (Pepe) desista do recurso (que é o principal).
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exi-
gências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas
regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição
legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
O artigo 1.008 do Novo Código estabelece que o julgamento proferido pelo Tribunal substituirá
a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso, ou seja, possuirá um efeito substitutivo.
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido
objeto de recurso.
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Querido(a), em arremate a parte geral dos recursos, chamo sua atenção para o fato de que,
nos tempos atuais, recorrer se tornou mais caro, de modo que é preciso que o recorrente fique
atento quanto à interposição de recurso, porquanto, caso seja sucumbente, os honorários do
advogado poderão ser majorados em até 20% em relação à quantia estabelecida em 1º grau.
Essa é uma inovação da Lei Adjetiva.
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Da Apelação
Nesse momento da aula, irei comentar com você a respeito da apelação, cuja previsão está
encartada no Código de Processo Civil de 2015 dos artigos 1.009 a 1.014.
A apelação possui o objetivo de atacar sentenças definitivas (extinguem o processo com
resolução de mérito) ou terminativas (extinguem o processo sem resolução de mérito), ou seja,
é um recurso cabível em decisões que finalizam o processo de conhecimento ou extinguem
a execução.
Prezado(a) estudante, a Lei de Ritos de 2015 prevê que as decisões interlocutórias contra
as quais não seja cabível agravo de instrumento (rol previsto no artigo 1.015) não serão aco-
bertadas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação (pelo apelante)
ou na peça de contrarrazões (pelo apelado), de modo que o recorrente (aquele interpôs a ape-
lação) será intimado no prazo de 15 (quinze) dias para manifestar-se. Acaso essas questões
não sejam suscitadas em momento oportuno, sobre elas incidirá a preclusão e, com efeito, não
serão analisadas.
Como a nova processualística não admite o agravo retido, as questões interlocutórias não pre-
vistas no artigo 1.015 poderão ser suscitadas em preliminar de apelação (pelo apelante) ou em
contrarrazões (pelo apelado).
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O artigo 1.010 da Lei de Ritos estabelece os requisitos para que seja interposta a apelação,
tais como: os nomes e qualificação das partes, exposição das situações de fato e de direito,
as razões da reforma ou da decretação da nulidade das decisões e o pedido de nova decisão.
O prazo para apelação é de 15 (quinze) dias, com a observância dos artigos 180, 186 e 229 do
Novo Código. Chamo sua atenção para o fato de que apelação será interposta no juízo de 1º
grau de jurisdição.
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I – os nomes e a qualificação das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV – o pedido de nova decisão.
§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarra-
zões.
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.
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Em alguns momentos desse curso, tive a oportunidade de conversar com você a res-
peito do Relator, aquele a quem compete instruir o recurso e emitir um relatório para o
julgamento do colegiado (o qual é composto por outros Julgadores). Pode-se dizer que
o relator poderá proferir uma decisão monocrática (isolada, sem que outros Julgadores
participem), nos seguintes casos previstos pelo artigo 932, incisos III a V da Lei de Ri-
tos, a saber:
No entanto, caso não seja a hipótese de ser proferida decisão monocrática pelo Rela-
tor, ele irá elaborar o voto para que haja o julgamento pelos outros Julgadores que com-
porão o órgão colegiado de julgamento, de modo que os demais Membros do colegiado
poderão seguir o relator (postura muito vista em sessões de julgamento quando um Jul-
gador diz: “voto com o Relator”) ou se posicionarem de modo contrário àquele que elabo-
rou o relatório.
II – se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo
órgão colegiado.
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Veja, atento (a) leitor (a), o efeito devolutivo poderá ocorrer em:
• Extensão: cuja análise se restringe aquilo que o apelante pediu. Então, imagine que Bill
tenha apelado em razão de uma sentença desfavorável quanto a um dano moral, danos
emergentes e lucros cessantes. Todavia, Bill recorre, apenas, do dano moral e danos
emergentes. Nesse caso, o julgamento não examinará os lucros cessantes, pois o ape-
lante não pleiteou isso. É uma avaliação em perspectiva horizontal.
• Profundidade: são analisadas todas as questões afetas ao caso, mesmo que não exami-
nadas e discutidas na sentença (juízo a quo). Então, o Tribunal revisita todos os pontos
trazidos no efeito em extensão e todos os meios de prova. A análise possui uma pers-
pectiva vertical e é analisada como diria minha tia: “trás para frente, de frente para trás”.
Perceba, que todas as questões acostadas aos autos serão analisadas, independente de
terem sido ou não examinadas na decisão originária, relativas ao capítulo impugnado.
A questão relativa à profundidade se relaciona aos fundamentos os quais embasaram a
decisão, que podem ser reexaminados pelo Tribunal. Veja como o artigo 1.013 da Lei n.
13.105 de 2015 trata o tema:
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo
o mérito quando:
I – reformar sentença fundada no art. 485;
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II – decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da
causa de pedir;
III – constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV – decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível,
julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo
de primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na
apelação.
Cumpre destacar que, embora a regra seja atribuir efeito suspensivo a apelação, o artigo
1.012, § 1º, incisos I a VI da Lei de Ritos, elenca hipótese nas quais não se aplica, de plano,
o efeito suspensivo, mas o devolutivo, com produção de efeitos imediatos. Examine comigo
quais são elas:
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua
publicação a sentença que:
I – homologa divisão ou demarcação de terras;
A sentença que confirmar ou refogar a tutela provisória poderá surtir efeitos de imediato.
VI – decreta a interdição.
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§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por
requerimento dirigido ao:
I – tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II – relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação,
houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
• Efeito regressivo: tem cabimento nas sentenças que indeferem a petição inicial (artigo
331 do Novo Código); extinguem o processo sem resolução de mérito (artigo 485, § 7º
da Lei de Ritos) e de improcedência liminar do pedido, por meio da qual o Julgador que
proferiu a decisão pode retratar-se daquilo que for decidido, isto é, reconsiderar o que
fora pedido.
O PULO DO GATO
Nas sentenças que indeferem a petição inicial (previstas no artigo 330) é cabível apelação,
com base no artigo 331 do Novo Código. Lembro a você que é facultado ao Juiz retratar-se da
decisão no prazo de 5 (cinco) dias.
• Efeito translativo: é possível que o Juiz examine de ofício matérias de ordem pública,
mesmo que não tenham sido objeto da apelação.
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação,
se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
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Agravo de Instrumento
O agravo de instrumento é um recurso cabível para atacar decisões interlocutórias, as quais
se caracterizam por serem pronunciamentos do Juiz que, conquanto possuam carga decisória,
não põem fim a processo ou fase de conhecimento no processo de cognição, nem extinguem a
execução. Nesse sentido, é possível agravar da decisão no pronunciamento judicial que verse
sobre uma das hipóteses previstas no artigo 1.015 do Código de Processo Civil, o qual passo
a examinar, junto com você.
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Vimos, em linhas acima, que o Superior Tribunal de Justiça adotou a taxatividade mitigada
(REsp 1.704.520/MT).
Letra d.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
Essas tutelas foram examinadas por nós, em estudo próprio para o tema (encartado entre
os artigos 294 e 311 da Lei de Ritos). Então, é cabível agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias que versem sobre tutela de urgência e de evidência.
II – mérito do processo;
Bem, caso o pedido de gratuidade da justiça seja rejeitado ou acolhido o pedido de sua re-
vogação, será uma decisão agravável. Perceba, atento (a) estudante, que não cabe agravo para
a decisão que defere o benefício, mas para que rejeita ou acolhe pedido de revogação.
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Essa é uma situação que deve ser resolvida de forma rápida no processo, haja vista versar
sobre documentos ou coisas as quais constituem elementos probatórios relativos ao caso
examinado, que podem ter grande relevância para o julgamento.
Cabe agravo quando for excluído um dos integrantes dos polos da demanda em caso de
litisconsórcio.
Veja que interessante!
JURISPRUDÊNCIA
Não cabe agravo de instrumento contra decisão de indeferimento do pedido de exclu-
são de litisconsorte. STJ. 3ª Turma, REsp 1.724.453, Rel Min Nancy Andrighi, julgado em
19/03/2019 (Info 644).
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto
da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no
prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a inter-
posição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º.
X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
Em regra, os embargos à execução (tratados em aula específica), não são dotados de efei-
to suspensivo. Porém, pode ser atribuído o aludido efeito, caso presentes os requisitos auto-
rizadores das tutelas provisórias. Acaso seja concedido, modificado ou revogado o efeito, a
decisão será agravável.
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Em regra o ônus da prova recaí sobre aquele que alega os fatos (Teoria da Carga Estática).
Entretanto, há caos de redistribuição do ônus da prova (aplicação da Teoria da Carga Dinâmi-
ca). Nesses casos, é possível interpor agravo de instrumento.
São situações que podem ser previstas por legislação, como, por exemplo, casos previstos
nos artigos 354, § único da Lei Adjetiva.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no
processo de inventário.
Segundo o artigo 1.015 do CPC de 2015: “Cabe agravo de instrumento contra as decisões in-
terlocutórias que versarem sobre: (...)VII - exclusão de litisconsorte”. Ademais, o artigo 354 da
Lei n. 13.105 de 2015 estabelece que: “Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts.
485 e 487, incisos II e III , o juiz proferirá sentença. Parágrafo único. A decisão a que se refere
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o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por
agravo de instrumento”.
Letra c.
Segundo o artigo 356, parágrafo 5º: “O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais
dos pedidos formulados ou parcela deles: (...) § 5º A decisão proferida com base neste artigo
é impugnável por agravo de instrumento”. Ademais, o artigo 1.015 dispõe que: “Cabe agra-
vo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: (...) II – mérito do
processo”.
Letra e.
Veja, estimado (a) leitor (a), por meio de petição, o agravo será endereçado ao Tribunal e
conterá os requisitos previstos pelos incisos do artigo 1.016, cujo teor colaciono abaixo.
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de
petição com os seguintes requisitos:
I – os nomes das partes;
II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV – o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
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Um ponto interessante no que se refere ao processamento do agravo é que ele irá direto ao
Tribunal competente. Nesse cenário, é necessário que se forme um instrumento, composto de
cópias das principais peças do processo, a fim de enviar para o juízo ad quem, com o objetivo
de que o recurso seja compreendido e, por conseguinte, examinado. O artigo 1.017 da Lei de
Ritos consigna quais são as peças que deverão instruir o agravo de instrumento, com cópias
obrigatórias e outras facultativas.
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Cumpre destacar que se os processos não forem eletrônicos, o agravante deverá informar
a juízo a quo (onde tramita o processo) acerca da interposição do recurso em 3 (três) dias, com
a cópia da petição do agravo. Caso não faça e o agravado informe esse fato ao Juiz, ocorrerá a
inadmissibilidade do Recuso. A comunicação mencionada permite ao Juiz exercer a retração e
comunicá-la ao relator (o qual, diante disso, considerará prejudicado o recurso).
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do
agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que ins-
truíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o
agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo
de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agrava-
do, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
O Agravo de instrumento será recebido pelo Tribunal e distribuído ao Relator. Se não for
o caso de aplicação dos incisos III e V do artigo 932, a saber: “III - não conhecer de recurso
inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da
decisão recorrida; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao
recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Supe-
rior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Fe-
deral ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivo) entendimento
firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência”,
o Relator poderá adotar as algumas posturas no prazo de 5 (cinco) dias, as quais mostro a
você por meio do esquema a seguir.
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Por fim, o relator irá solicitar dia para o julgamento, em prazo não superior a 1 (um) mês da
intimação do agravado, consoante o artigo 1.020 da Lei de Ritos.
Veja que interessante!
Segundo entendimento do Tribunal de Cidadania, é possível que as peças que formam o
agravo de instrumento sejam apresentadas em DVD. Vide STJ, 2ª Turma. REsp 1.608.298-SP.
Rel. Herman Benjamin, julgado em 1/9/2016 (Info 591).
Bem, querido(a) amigo(a) do Gran Cursos Online, após as considerações vistas no decorrer
desta aula, despeço-me de você, porém, sem fazer referência ao nosso próximo encontro, pois
essa foi a última aula do nosso curso de Processo Civil.
Foi uma imensa satisfação e uma grande honra estar contigo durante essa preparação.
Cada letra, palavra, linha ou página escrita nesse curso tiveram o mais absoluto empenho e
cuidado. Sou e sempre fui um grande admirador dos meus queridos estudantes e peço a você:
acredite em suas potencialidades! Arrume, sempre, um motivo para não desistir!
No mais, conte comigo! Desejo que Deus abençoe sua vida e, com efeito, todos os seus
projetos! Um forte abraço, do seu parceiro, Anderson Ferreira.
Eu pedi forças e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi sabedoria e Deus me deu
problemas para resolver. Eu pedi amor e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar. Eu pedi
favores e Deus me deu oportunidades. Eu não recebi nada que pedi, mas tive tudo o que precisava.
– Desconhecido
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Vamos iniciar nossa bateria de exercícios com o objetivo de fixarmos os conteúdos traba-
lhados durante nosso bate-papo de hoje, venha comigo!
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QUESTÕES DE CONCURSO
005. (2017/CESPE/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Acerca do
sistema recursal previsto no CPC, julgue os itens a seguir.
I – O recorrente só poderá desistir do recurso com a anuência do recorrido e dos litisconsortes.
II – Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.
III – Não comprovado o recolhimento do preparo no ato da interposição do recurso, a parte
será intimada, na pessoa do seu advogado, para realizar o pagamento em dobro, sob pena
de deserção.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
I – Errado. Querido (a), segundo o artigo 998 da Lei de Ritos: “O recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”.
II – Certo. A assertiva está em consonância com o que prevê o artigo 1.026, haja vista a inter-
posição de embargos de declaração interromper o prazo para interposição de recurso.
III – Certo. Segundo o artigo 1.007 § 4º: “O recorrente que não comprovar, no ato de interpo-
sição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de
deserção”.
Letra d.
A assertiva se alinha com o enunciado aprovado n. 16 da ENFAM, a saber: “Não é possível ma-
jorar os honorários na hipótese de interposição de recurso no mesmo grau de jurisdição (art.
85, § 11, do CPC/2015)”.
Certo.
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a) Errada. Amigo (a), consoante o artigo 1012 da Lei Adjetiva, a apelação terá efeito suspensivo
e não apenas devolutivo.
c) Errada. Não, a renúncia não depende da anuência da parte contrária no processo.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral
já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos.
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e) Errada. Na verdade, o recurso não será conhecido se houver desistência ou não for admitido,
ao revés do que afirma a assertiva.
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exi-
gências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas
regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição
legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inad-
missível.
Letra d.
Querido (a), vamos por partes! Comentamos, durante a aula, que o em sede de recurso a refor-
ma da decisão não poderá agravar a situação do recorrente (proibição à reformatio in pejus).
Contudo, o artigo 85, § 2º e 11º versam acerca dos honorários advocatícios (esses podem
ser majorados em até 20 % (observe que esse percentual é o “teto”, uma inovação do Código
atual). Diante disso, a banca “cravou” a assertiva E como correta e as demais como erradas.
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c) Errada. Não, a questão é sim recorrível, consoante vimos no comentário acima.
d) Errada. Amigo (a), o caso narrado pela questão não está previsto no rol do artigo 1015, o
qual traz as hipóteses, para a interposição do agravo de instrumento. Lembro-te acerca da ta-
xatividade mitigada, tratada no decorrer da aula.
e) Errada. A assertiva não se harmoniza com aquilo que é consignado pelo artigo 1009, § 1º
da Lei de Ritos.
Letra b.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Errado.
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A assertiva está alinhada como o que estabelecem os artigos 995 e 1.012 da Lei n. 13.105 de
2015, acompanhe comigo:
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial
em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e
ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
(...)
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
Certo.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial
em sentido diverso.
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II – Certo. O item está alinhado com o artigo 998 da Lei Adjetiva.
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes,
desistir do recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral
já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos.
III – Certo. O item está em harmonia com o artigo 1003, § 5º da Lei Adjetiva.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a socieda-
de de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados
da decisão.
(...)
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes
é de 15 (quinze) dias.
IV – Errado. O item contraria o artigo 1.026 do Novo Código de Processo Civil.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para
a interposição de recurso.
Letra a.
Veja, atento(a) estudante, essa questão requer atenção por parte do candidato (a). Caso o
recorrente não demonstre o pagamento de preparo, deverá ser intimado, na pessoa de seu
advogado, para recolher o valor em dobro, sob pena de deserção.
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Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legisla-
ção pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
(...)
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo,
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Chamo sua atenção para o fato de que o artigo 1.007 da Lei Adjetiva prevê que o preparo abran-
ge o porte de remessa e de retorno, salvo se o processo for eletrônico.
Querido(a), a assertiva D está correta, porquanto o recurso possui efeito devolutivo (foi remeti-
do ao Poder Judiciário para que a matéria fosse reanalisada) comum aos recursos. Vimos, no
decorrer da aula que as matérias de ordem pública podem ser analisadas de ofício pelo Juiz
em razão do efeito translativo atribuído aos recursos, e, no caso em tela, ocorreu o efeito subs-
titutivo, haja vista a decisão ter substituído a anteriormente proferida. Posto isso, os efeitos
atribuídos aos recursos foram: devolutivo, translativo e substitutivo.
Letra d.
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O Parquet será legitimado a interpor recurso tanto como parte, como quanto fiscal da ordem
jurídica (nomenclatura utilizada pelo Código de 2.015).
Certo.
I – Errado. Vimos que não é necessário o consentimento do recorrido e dos litisconsortes para
desistência dos recursos.
II – Certo. Sim, essa é a dicção do artigo 1.026 da Lei Adjetiva.
III – Certo. O item está correto com base no artigo 1.007 § 4º da Lei de Ritos.
Letra d.
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a) Errada. Consoante o artigo 1012, a apelação terá, em regra, efeito suspensivo.
b) Certa. A assertiva se alinha com o artigo 1009, § 1º da Lei Adjetiva.
c) Errada. Embora sejam admissíveis na Lei de Execuções Fiscais, os embargos infringentes
não são cabíveis na nova dinâmica processual civil prevista na Lei n. 13.105 de 2015.
d) Errado. O juízo de admissibilidade não será realizado pela primeira instância, conforme o
artigo 1.010, § 3º.
Letra b.
Veja, estimado(a), o prazo para apelação da decisão é de 15 dias úteis. Conforme o artigo 229,
esse lapso temporal só será contado em dobro em caso de litisconsórcio com diferentes pro-
curadores de escritórios de advocacia distintos, o que não é aplicável à questão.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia dis-
tintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento.
Letra b.
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022. (2018/UEM/ADVOGADO) Pelo Código de Processo Civil de 2015, são cabíveis os seguin-
tes recursos:
a) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, embargos infrin-
gentes, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial
ou extraordinário e embargos de divergência.
b) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, recurso ordinário,
recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou extraordinário e embar-
gos de divergência.
c) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, embargos in-
fringentes, reclamação, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em
recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência.
d) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, reclamação, re-
curso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou extra-
ordinário e embargos de divergência.
e) apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, reclamação, con-
flito de competência, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em
recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência.
Conforme o artigo 994, os recursos são cabíveis os recursos mencionados pela assertiva B.
Chamo sua atenção para o fato de o Código de Processo não admitir mais os embargos infrin-
gentes, admitido pela Lei de Execuções Fiscais.
Letra b.
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Veja, prezado(a) estudante, como a ré (cujo recurso era o principal) não deu continuidade, o
recurso de Pedro não será conhecido, com base no 997 artigo da Lei Adjetiva.
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exi-
gências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas
regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição
legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I – será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III – não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inad-
missível.
Letra d.
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d) O sistema recursal do Código de Processo Civil de 2015 alterou o regime das preclusões,
devendo a parte que não concorda com qualquer decisão interlocutória interpor agravo de
instrumento.
e) O recolhimento a menor do valor do preparo implica deserção, sendo vedada qualquer opor-
tunidade para suprir o vício.
a) Errada. O rol previsto no artigo 994 não prevê a reclamação como sendo um recurso presen-
te no Novo Código de 2015.
b) Certa. Aí sim! Essa é a dicção do artigo 995 da Lei de Ritos.
c) Errada. O amicus curiae pode interpor embargos de declaração e recorrer da decisão que
julgar o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), o que torna a assertiva errada
ao afirmar que esse terceiro ao processo não poderia recorrer (vide artigo 138, §§ 1º e 3º).
d) Errada. Veja, consoante o artigo 1.009, § 1º as decisões interlocutórias não agraváveis po-
dem ser suscitadas em preliminar de apelação ou em contrarrazões.
e) Errada. O artigo 1.007, § 2º da Lei Adjetiva estabelece que é possível o pagamento em dobro
do valor do preparo, não a deserção de plano, a qual ocorrerá se não houver o suprimento em
5 dias.
Letra b.
a) Errada. A rejeição do pedido de limitação do litisconsorte é atacável por agravo de instru-
mento, conforme o artigo 1.015, VIII.
b) Certa. A assertiva está alinhada com o que estabelece o artigo 998, parágrafo único da Lei
de Ritos.
Letra b.
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c) Após oferecidas as contrarrazões, o recorrente não poderá desistir sem a anuência do recor-
rido ou dos litisconsortes.
d) Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigên-
cias legais.
e) O Ministério Público só tem legitimidade para recorrer quando figurar como parte no processo.
a) Errada. A data ser contada é a da postagem, conforme o artigo 1.003, § 4º.
b) Errada. Não, no caso descrito pela assertiva, o prazo será contado da intimação, conforme
o artigo 1.003.
c) Errada. Negativo, a desistência não depende da anuência do adverso ou dos litisconsortes,
conforme o artigo 998.
d) Certa. A assertiva está em plena harmonia como o que prevê o artigo 997 da Lei Adjetiva.
e) Errada. Vimos, no decorrer da aula, que o Ministério Público pode recorrer quando atuar na
condição de fiscal da ordem jurídica.
Letra d.
O Agravo Retido não é mais previsto em nosso sistema processual. Essa espécie de recurso
existia sob a égide do Código de 1973, contudo, não está previsto na Lei n. 13.105 de 2015. As
demais espécies de recursos mencionadas na questão estão positivadas no artigo 994.
Letra d.
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a) Errada. A renúncia não depende a anuência da outra parte (vide artigo 999 do NCPC).
b) Errada. Na verdade, a parte não poderá recorrer em caso de aceitação expressa ou tácita da
decisão. (vide artigo 1.000 do NCPC).
c) Errada. Os despachos não são atacáveis por recursos. (vide artigo 1.001 do NCPC).
d) Certa. Essa é a dicção do artigo 998, parágrafo único da Lei Adjetiva.
e) Errada. Não há necessidade de anuência dos litisconsortes para a desistência do recurso.
(vide artigo 998 do NCPC).
Letra d.
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível
com a vontade de recorrer.
Certo.
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A resposta à questão está nos artigos 101 e 1.015 do NCPC. Vejamos os dispositivos
em comento:
Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação
caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual
caberá apelação.
(...)
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
(...)
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
Letra d.
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Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que o recurso apresentado pelo réu
a) não deve ser conhecido: trata-se de decisão interlocutória irrecorrível.
b) deve ser recebido como apelação em homenagem ao princípio da fungibilidade.
c) não deve ser provido: o CPC admite a possibilidade de prolação de decisão interlocutória
de mérito.
d) deve ser provido em parte para que a decisão parcial de mérito definitiva seja convertida em
decisão provisória.
e) deve ser conhecido e provido: o ato do juiz é nulo pelo fundamento apresentado pelo
recorrente.
Veja, o recurso não deve ser provido, uma vez que o artigo 1.015, I do NCPC permite o julga-
mento parcial de mérito. Para além do exposto, o artigo 356 do NCPC estabelece que: “O juiz
decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do
art. 355”.
Letra c.
Veja, a apelação será recebida no duplo efeito: devolutivo e suspensivo, mas não compete ao
Juiz de primeiro grau proceder ao juízo de admissibilidade do recurso. Para além do exposto,
veja o teor do artigo 1010, parágrafo 3º do NCPC:
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
(...)
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.
Errado.
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Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível
com a vontade de recorrer.
Certo.
O ato praticado antes da intimação é válido, o que veio a se adequar à dinâmica dos recursos.
Para além do exposto, segundo o artigo 218, § 4º do Novo Código de Processo Civil: “Será con-
siderado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo”.
Errado.
Segundo o artigo 218, § 4º do Novo Código de Processo Civil: “Será considerado tempestivo o
ato praticado antes do termo inicial do prazo”.
Errado.
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GABARITO
5. d 16. d 27. d
6. C 17. C 28. d
7. d 18. d 29. E
8. e 19. E 30. C
9. b 20. b 31. E
10. E 21. b 32. d
11. E 22. b 33. c
12. E 23. d 34. E
13. C 24. b 35. C
14. a 25. a 36. E
15. b 26. d 37. E
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Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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