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DIREITO

PROCESSUAL CIVIL
DAS PARTES E DOS PROCURADORES

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Das Partes e dos Procuradores
Prof. Anderson Ferreira

SUMÁRIO
Das Partes (do Litisconsórcio, da Intervenção de Terceiros, Denunciação da Lide,
Chamamento ao Processo, Incidente de Desconsideração da Personalidade
Jurídica e Amicus Curiae).............................................................................3
Litisconsórcio..............................................................................................3
Intervenção de Terceiros............................................................................ 11
Assistência............................................................................................... 13
Da Denunciação da Lide............................................................................. 17
Do Chamamento ao Processo...................................................................... 22
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica................................. 24
Amicus Curiae........................................................................................... 28
Questões de Concurso................................................................................ 31
Gabarito................................................................................................... 46
Gabarito Comentado.................................................................................. 47

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DAS PARTES (DO LITISCONSÓRCIO, DA INTERVENÇÃO DE


TERCEIROS, DENUNCIAÇÃO DA LIDE, CHAMAMENTO AO
PROCESSO, INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSO-
NALIDADE JURÍDICA E AMICUS CURIAE)

Olá, distinto(a) estudante! Bom dia (saúdo dessa forma por estar escrevendo

esta aula pela manhã), mas a você, companheiro(a) virtual, desejo uma boa tarde,

boa noite ou boa madrugada, a depender do horário em que esteja desenvolvendo

essa empreitada rumo à aprovação no concurso! Sei bem, como eterno estudante

que sou, que às vezes o estudo só é possível nos horários possíveis!

Então, vamos lá, avante, para frente, assim como o nosso glorioso processo ci-

vil, com marcha à frente. Querido(a), é com enorme alegria e entusiasmo que inicio

nosso bate-papo de hoje com os estudos acerca do litisconsórcio.

Litisconsórcio

Quando escrevi sobre a angularização processual (lembra-se daquele desenho

feito em aula passada?), na qual há autor, réu e juiz como participantes do proces-

so... Bem, vamos relembrar:

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Estimado(a), todas as vezes que faço um desenho aqui, fico eternamente gra-

to pela criação do computador, porque o professor que aqui vos fala reprovou em

massinha um na Educação Infantil. É sério! A coordenação motora fina nunca foi

meu forte, minha mão esquerda só consegue pegar o troco daquilo que eu compro

e ainda caem as moedas! Rs. É, amigo(a), ainda bem que a aula é de processo civil,

e não de artes!

Perdoe esse desvio de assunto... Desabafo! Vamos voltar a falar da angulariza-

ção. No desenho, percebe-se que há um autor e um réu, porém as relações jurídi-

cas processuais podem ser estabelecidas com a presença de mais pessoas no polo

ativo da demanda (autores) e mais pessoas no polo passivo (réus). Então, quando

há reunião de partes, diz-se que ocorre o litisconsórcio.

Posto isso, a figura ficará da seguinte forma:

Então, posso dizer a você que, em caso de litisconsórcio, ocorre uma reunião

de duas ou mais pessoas figurando no polo passivo ou no polo ativo do processo.


Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando:

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Ok! Do ponto de vista didático, classificarei o litisconsórcio da seguinte forma:

Quanto às pessoas

• Ativo: consiste na presença de duas ou mais pessoas no polo ativo (autores).

• Passivo: quando há duas ou mais pessoas no polo passivo (réus).

• Misto: nesse caso, existem duas ou mais pessoas no polo ativo (autores) e

duas ou mais pessoas no polo passivo (réus).

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Quanto à obrigatoriedade na formação do litisconsórcio

Existem situações nas quais a formação do litisconsórcio é facultada às partes,

que podem optar por não figurarem em conjunto com outras pessoas, isto é, se-

gue-se um juízo de conveniência do litigante. Todavia, há casos em que as partes

serão obrigadas a demandar em conjunto. Sendo assim, a formação do litisconsór-

cio poderá ser nas formas a seguir.

• Facultativa: ocorrerá quando houver comunhão de direitos ou obrigações

relacionadas ao litígio, caso exista conexão, lembra do conceito? Quando

houver identidade entre as causas seja pelo pedido ou pela causa de pe-

dir ou ocorrer afinidade de questões em ponto comum de fato ou de direito.

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

 Obs.: com base no artigo apresentado, existem três tipos de litisconsórcio; são

eles:

 a) em razão da comunhão;

 b) em razão da conexão;

 c) em razão da afinidade.

Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos Online, diante de um processo com um

número muito grande de litisconsortes (nomenclatura utilizada para definir autores

e réus em litisconsórcio), o juiz poderá limitar o número de litigantes, com vistas a

dar celeridade ao processo, senão ele se aproximará muito do conceito de eterni-

dade! Ou quando o número elevado puder prejudicar a defesa. Imagine a situação

na qual um réu tenha que se defender em uma demanda com 1.000 autores!

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Sério, professor?! É possível uma ação dessa natureza?

A resposta é afirmativa. Pense em um caso de um desmoronamento de um pré-

dio com 1.000 unidades habitacionais, e todos os condôminos resolvam ingressar

em litisconsórcio para reparação de danos, pois o edifício fora construído com areia

do mar!

Cumpre destacar que o requerimento para a limitação do litisconsórcio inter-

rompe o prazo para manifestação ou resposta da parte, e tem como marco inicial a

intimação da decisão. Essa possibilidade de o Juiz limitar o número de litisconsortes

possui o intuito de conferir celeridade ao julgamento e é aplicada ao litisconsórcio

multitudinário (quando há um número excessivo de autores ou réus na relação

processual).

Agora, atenção! Essa limitação ocorrerá apenas em casos de litisconsórcio fa-

cultativo e não é cabível no obrigatório, conforme a colação dos artigos a se-

guir.

§ 1° O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de liti-


gantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando
este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento
da sentença.

Veja, a legislação deixa claro que é possível o desmembramento do litisconsór-

cio multitudinário ativo, tanto na fase de conhecimento quanto na fase de execu-

ção. Agora, apenas a decisão que rejeita o pedido de desmembramento é recorrí-

vel imediatamente. Já a decisão que acolhe o pedido de desmembramento não é

agravável.

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§ 2° O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta,


que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.

• Litisconsórcio obrigatório ou necessário: ocorrerá quando a lei impuser

aos litigantes a reunião nos polos ou em razão de uma ligação, um nexo entre

os litisconsortes (por exemplo, um casal em comunhão parcial de bens num

litígio de penhora do imóvel, os dois estarão envolvidos, porquanto estão li-

gados pelo casamento). Lembro a você que, nesse caso, não poderá haver

separação de processos. Vejamos o que nos diz o artigo 114 do Código de

Processo:

Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela
natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da
citação de todos que devam ser litisconsortes.

Fique atento(a)! O litisconsórcio será necessário por força de lei ou quando for uni-

tário.

Amigo(a), ressalto que a sentença proferida pelo juiz será nula quando deveria

ser uniforme para os litisconsortes, e ineficaz nos demais casos quanto aos litiscon-

sortes que não foram citados.

Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório,


será:
I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter inte-
grado o processo;

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 Obs.: a sentença só é nula quando proferida contra o sujeito. Agora, se ela foi pro-

ferida a favor daquele que não foi citado, não há problema.


II – ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.

 Obs.: se o litisconsórcio necessário é simples, a sentença vale para aquele que foi

citado, mas é ineficaz para o que não foi citado.

Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao


autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que
assinar, sob pena de extinção do processo.

Bem, além das classificações expostas, pode-se dizer que o litisconsórcio pode-

rá ser classificado quanto ao momento de formação em:

• inicial: quando os litisconsortes se apresentam na relação processual no

momento do ajuizamento da ação, por meio da petição inicial, por exemplo;

• posterior ou ulterior: ocorre após a propositura da ação. A título ilustrativo,

seria o caso da existência de uma garantia pessoal em um contrato de loca-

ção que culminou em processo, com a presença de um avalista ou fiador, os

quais podem ingressar em momento posterior na demanda.

Quanto aos efeitos

Em relação aos efeitos, o litisconsórcio pode ser classificado do modo a seguir.

• Unitário: nesse caso, o juiz profere a mesma decisão para todos, isto é, a

sentença será igual (única) para todos os litisconsortes. Cito o exemplo de

divórcio litigioso, em que a sentença valerá para ambos.


Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

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No litisconsórcio unitário, os atos ou omissões de um litisconsorte não prejudi-

carão os outros, mas é possível beneficiá-los.

Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa,
como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos
e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.

A primeira parte do artigo citado regula o litisconsórcio simples. Já a segunda parte

do dispositivo regula o litisconsórcio unitário. Perceba que os atos de um litiscon-

sorte só podem beneficiar os outros, mas nunca podem prejudicá-los.

• Simples ou comum: nesse caso, o magistrado poderá decidir de forma dis-

tinta para os diferentes litisconsortes. Imagine, uma reclamação trabalhista

em que figuram, no polo ativo, vários empregados de uma empresa. Um

deles é gerente, o outro atendente, a outra diretora, enfim, a demanda não

será igualitária, haja vista diferenças remuneratórias, de jornada de trabalho,

portanto, o provimento poderá ou mesmo deverá ser distinto.

Chamo sua atenção para o fato de que, se um dos litisconsortes interpuser re-

curso, esse aproveitará a todos os outros, salvo se distintos ou opostos os interes-

ses entre eles.

Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se
distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor
aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns.

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Amigo(a), quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores de escritó-

rios distintos, todos os atos processuais terão os prazos contados em dobro, inde-

pendentemente de requerimento (pedido), consoante o artigo 229 da lei de ritos.

Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-


cacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações,
em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.

Querido(a), quando os autos forem eletrônicos, o famoso e tendente processo

judicial eletrônico (PJE), não se aplica a regra do artigo 229, até porque as partes

terão acesso aos autos por meio da internet, de modo a não ser necessário proce-

der à carga do processo a fim de examinar os autos, os quais serão franqueados

vistas em ambiente virtual.

Intervenção de Terceiros
Distinto(a) estudante, tratei, nas linhas anteriores, acerca da angularização pro-

cessual, a qual possui, em sua base, autor(es) e réu(s). Evidenciei isso de forma

esquemática:

Certo, ocorre que o código de processo possibilita a aplicação de um fenômeno

processual denominado de intervenção de terceiros, por meio do qual uma terceira

pessoa evidencia um interesse jurídico na causa, porquanto a sentença poderá be-

neficiá-la, ou ao revés, prejudicá-la.

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Antes de falar sobre as espécies de intervenção de terceiros, gostaria de apre-

sentar a você um quadro comparativo entre as modalidades de intervenção pre-

sentes no Código de 1973 e das modalidades existentes na codificação hodierna,

encartadas na Lei n. 13.105, de 2015.

Código de 1973 Código de 2015


Assistência Assistência
Denunciação da lide Denunciação da lide
Nomeação à autoria Chamamento ao processo
Incidente de desconsideração
Oposição da personalidade jurídica
– Amicus Curiae

Bem, amigo(a), essa tabela evidencia a diferença de tratamento entre a codifi-

cação de Buzaid e o novo código. A lei de ritos anterior possuía duas modalidades

diferentes, quais sejam: nomeação à autoria (a qual não é mais considerada inter-

venção de terceiros, o que pode ser evocado é um incidente processual no momen-

to da contestação na nova dinâmica, em consagração à concentração de atos); e a

oposição, tratada, nos tempos atuais, como um procedimento especial (artigos 682

ao 686 do novo código).

Diante do exposto, percebe-se que as mudanças foram muito significativas. A

oposição desaparece do rol das intervenções de terceiro para se transformar em

um procedimento especial, semelhante aos embargos de terceiro, e a nomeação

à autoria desaparece. Sendo assim, não há mais a nomeação à autoria como

intervenção de terceiro. Em seu lugar, surgiram duas novidades. Os artigos 338 e

339 do novo CPC:

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Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da
petição inicial para substituição do réu.
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo
da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com
as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de
indicação.

Em lugar da nomeação à autoria, surge um incidente de substituição do réu!

Feita essa diagnose diferencial e até mesmo uma breve remição histórica entre

as codificações, trataremos, doravante, das modalidades de intervenção de tercei-

ros acostadas ao código de 2015. Vamos lá!

Assistência

Quando me refiro à assistência, faço menção a um terceiro interessado em uma

sentença favorável a uma das partes, o qual poderá intervir no processo com a in-

tenção de assisti-la.

Exemplo

Imagine a seguinte situação: Félix celebra um contrato de locação com Azemar

Júnior. Entretanto, Azemar decide sublocar o imóvel a Péricles, o qual passa a pagar

o aluguel de forma mensal. Contudo, mesmo com o recebimento do numerário,

Azemar não repassa a quantia combinada a Félix, que resolve ingressar na justi-

ça com uma ação de despejo, pois imagina que o locatário com quem estabeleceu

relação contratual (Azemar) reside no imóvel.

Veja, querido(a), a complexidade dessa novela! Péricles pode ser despejado por

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uma ação proposta por Félix em desfavor de Azemar. Nesse caso, Péricles poderá

ingressar na relação jurídica com o escopo de assistir Azemar Júnior, haja vista ter

interesse em uma sentença favorável ao sublocador, afinal será afetado com o des-

pejo. Vejamos o dispositivo legal acerca do tema:

Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os
graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

Prezado(a), a lei de ritos prevê que o assistente poderá ingressar no processo

em qualquer grau de jurisdição. Porém, essa é regra não é admitida pelo artigo 10

da Lei n. 9.099/1995, porquanto o juizado especial não possibilita a mencionada

intervenção de terceiros. Vejamos o que a lei afeta aos juizados especiais cíveis nos

diz:
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem
de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.

 Obs.: perceba que a restrição se refere à intervenção de terceiros e a assistência.

No entanto, o litisconsórcio é admitido.

De volta ao Código de 2015, as partes podem impugnar a assistência no prazo

de 15 dias; do contrário, o pedido de assistência será deferido, conforme estabe-

lece o artigo 120 do CPC.

Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente
será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico
para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.

A assistência é gênero, amigo(a), o qual possui duas espécies, a saber:

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• assistência simples ou adesiva: por meio da qual o terceiro poderá au-

xiliar a parte principal (autor ou réu integrantes do processo), exercerá os

mesmos poderes e se sujeitará aos mesmos ônus processuais, sem, contudo,

assumir o polo da demanda, isto é, ser autor ou réu. Entretanto, se o assisti-

do for omisso, o assistente poderá ser seu substituto processual. É o caso de

Péricles, citado no exemplo anterior. Essa assistência não impede que a parte

principal (assistido) reconheça o pedido, transija sobre os direitos controver-

tidos, desista da ação ou renuncie sobre o pleito do autor.

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá
os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assis-
tido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assis-
tente será considerado seu substituto processual.

O Novo Código deixa claro que isso é só para assistência simples. Além disso,

deixa claro que o assistente não é gestor de negócios, mas é substituto pro-

cessual. Clássico exemplo de legitimação extraordinária.

Saliento que recurso do assistente simples supre, como substituto pro-

cessual, a omissão do assistido. E com isso se resolve um problema antigo da

jurisprudência sobre o destino do recurso do assistente simples, caso o assistido

não tenha recorrido. Não ter recorrido é omissão, que pode ser suprida pela atua-

ção do assistente simples. É para isso que serve esse dispositivo. Se o assistido não

recorre, o assistente simples pode recorrer e o recurso tem que prosseguir. Porém,

se o assistido manifesta a vontade de não recorrer, isso vincula o assisten-

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te. Se há negócios praticados pelo assistido, o assistente simples fica vinculado a

eles. Se há omissões não negociais, aí não tem problema de o assistente simples

ajudar. Por isso ele pode suprir a revelia, quanto à perda de prazo de um recurso.

Essas são omissões não negociais.

• Assistência litisconsorcial: nesse caso, o assistente poderá figurar como

parte na relação jurídica formada e nela influir, ou seja, é um litisconsórcio

posterior ou ulterior, o que interfere até nos prazos processuais, pois, se

houver diferentes procuradores de escritórios de advocacia distintos, os pra-

zos serão contados em dobro, salvo quando os processos forem eletrônicos

(PJE).
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a senten-
ça influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

Veja como o assunto foi cobrado!

1. (PGR/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2018) São inovações do CPC/2015 em

relação ao Código de 1973:

I. A previsão da figura do Amicus Curiae em todos os graus de jurisdição.

II. A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional.

III. A tempestividade do ato praticado antes do seu termo inicial.

VI. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

Das proposições apresentadas:

a) I e II estão corretas;

b) II e III estão corretas;

c) III e IV estão corretas;

d) Todas estão corretas.

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Letra d.

Bem, estimado(a) leitor(a), encartei essa questão para que pudéssemos reforçar

que tanto a figura do amicus curie quanto o incidente de desconsideração da per-

sonalidade jurídica são novidades trazidas pelo Código de 2015 no que se refere à

intervenção de terceiros, conforme havia consignado nas linhas anteriores. Além do

exposto os itens II e III, também são inovações trazidas pela lei de ritos hodierna.

Da Denunciação da Lide

Querido(a), esse é um fenômeno processual por meio do qual tanto autor como

réu podem promover uma ação secundária em desfavor de um terceiro contra

quem o demandado tenha um direito de evicção ou de regresso. Esse instrumen-

to processual ocorre no curso do processo de conhecimento e não é cabível

no processo de execução.

Vixe, professor! Deu um branco agora! O que é mesmo a evicção? Acho que eu

tive uma sandália com esse nome!

Rs... Brincadeiras à parte, é sempre bom relembrar conceitos pertinentes à nossa

disciplina, vamos lá!

Exemplo

Imagine uma situação em que John compra um imóvel de Paul. Tempos depois,

John recebe uma citação relativa à reintegração de posse, pois o imóvel pertencia

a Ringo. Nesse caso, diz-se que John tem direito de evicção contra Paul, ou seja,

pode exercer o direito de acionar o alienante (vendedor) primitivo em razão de ter

sido demandado por terceiro estranho à relação de compra anterior.

Veja o que o código estatui:

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Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao
denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

Um ponto digno de nota é que não se admite a denunciação da lide per saltum,

que é aquela em que o denunciante se dirige não àquele com quem ele mantém

a ligação, mas pula e denuncia o outro sujeito que está no outro ponto da cadeia

dominial.

Bem, além da hipótese autorizadora da denunciação supratranscrita, é possível

evocar o instituto processual mencionado quando uma das partes tiver direito de

regresso em relação a outrem, seja por lei ou por relação contratual.

Regresso, professor, isso me lembra um filme com aquele ator, o Leonardo Di-

Caprio!

Pois é, querido(a), a mim também! Mas imagine a seguinte situação: Madona,

entretida no “zap”, colide no carro de Britney e, com efeito, danifica o veículo. Brit-

ney, inconformada com o estrago na pintura pink metálica, aciona Madona, a qual

celebrara contrato com a seguradora Hollywood.

Diante do caso transcrito, Madona poderá denunciar a seguradora à lide, por-

quanto provavelmente irá sucumbir ao final do processo. Vejamos como a lei de

ritos aborda o tema:

II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regres-
siva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

Embora a denunciação da lide seja um instrumento comumente utilizado pelo

réu, ambas as partes poderão manejá-la. O Código de 1973 trazia esse institu-

to como sendo de utilização obrigatória pelas partes. Todavia, houve uma descons-

trução jurisprudencial acerca do aspecto compulsório da utilização dessa modalida-

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de de intervenção, de modo que, nos tempos atuais, ela é facultativa, porquanto a

autor ou réu podem ajuizar ação autônoma para reparação dos danos.

Bem, a denunciação da lide tem o objetivo de dar celeridade ao processo, norma

fundamental da nova processualística civil. Sendo assim, a lei de ritos admite uma

e apenas uma denunciação da lide, denominada denunciação sucessiva.

Vou explicar melhor: suponha que um milionário celebrou um contrato de seguro

para seu iate com a empresa Lagoa Azul. Ocorre que, como o valor da apólice re-

lativa à relação contratual era alta, Lagoa Azul contrata a empresa de seguros Mar

Vermelho para subsidiar 80% do prêmio em caso de sinistro. Após uma colisão, o

iate é totalmente destruído, porquanto bateu em um navio cargueiro com grande

repercussão financeira.

Com base no exposto, o navio cargueiro propõe uma ação em desfavor do milio-

nário, o qual alega não ter culpa na colisão. O milionário aciona a seguradora Lagoa

Azul, a qual sucessivamente denuncia a empesa Mar Vermelho, que não poderá

denunciar mais ninguém; no máximo, ela poderá ingressar com ação autônoma em

desfavor de outra empresa com a qual tenha celebrado contrato relativo ao seguro

do Iate. O § 2º do artigo 125 disciplina o assunto.

§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, con-


tra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-
-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que
eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

Querido(a), o dispositivo supramencionado deixa claro que a denunciação da lide

não é obrigatória. Além disso, acabou a discussão sobre a possibilidade de denun-

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ciação da lide per saltum e houve o esclarecimento de que só se admite uma de-

nunciação da lide sucessiva, ou seja, o processo só pode ter, no máximo, duas

denunciações da lide, isto é, uma do denunciante e outra do denunciado.

Estimado(a) leitor(a), comentei que tanto o autor como o réu podem se valer

do instituto processual em comento. O primeiro por meio da petição inicial, e o se-

gundo, via contestação, peças próprias do autor e réu, respectivamente.

Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição
de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.

Se o autor proceder à denunciação, o denunciado poderá assumir a posição de li-

tisconsorte do denunciante, ou seja, ocupar o mesmo polo do autor!

Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:


I – se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo pros-
seguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II – se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com
sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua
atuação à ação regressiva;
III – se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal,
o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconheci-
mento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o
caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos
limites da condenação deste na ação regressiva.

Então, veja: se o réu denunciar a lide, o denunciado poderá contestar o pedido

do autor feito na inicial e ocupará o polo passivo da demanda (junto com o réu em

litisconsórcio). Se ocorrer à revelia do denunciado (aquele que ingressou no pro-

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cesso), o denunciante (quem fez a denunciação) pode deixar de prosseguir com sua

defesa e de recorrer. Além disso, se o denunciado confessar os fatos alegados pelo

autor, o denunciante pode dar seguimento à defesa ou aderir ao reconhecimento.

Amigo(a), recomento uma leitura atenta dos dispositivos mencionados, por-

quanto muitas bancas cobram a literalidade do artigo.

Uma vez evocada a denunciação da lide, o juiz pode indeferi-la, por entender

não ser cabível ao caso. Diante do indeferimento do magistrado, é possível interpor

o recurso de agravo de instrumento.


Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
(...)
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

Chamo sua atenção para o fato de que, na denunciação da lide, haverá uma

ação principal (entre autor e réu) e uma secundária (entre denunciante e denun-

ciado). Se primeira tiver o mérito analisado, com efeito, o mérito da segunda será

examinado, e o contrário é verdadeiro. Ressalto que o juiz decidirá as duas ações

na mesma sentença.
Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento
da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu
pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento
das verbas de sucumbência em favor do denunciado.

Se o denunciante for perdedor, a ação da denunciação terá o pedido analisado, tan-

to pelo provimento quanto para o indeferimento.

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Do Chamamento ao Processo

Querido(a), esse é um instrumento processual o qual, ao contrário da denuncia-

ção da lide, só poderá ser manejado pelo réu. Então, vamos imaginar uma situação

muito corriqueira e devastadora de relacionamentos! É o caso daquele amigo ou

parente que liga para você e lhe pede para ser fiador dele... Lembra-se dessa fi-

gura jurídica tratada quando do estudo do direito obrigacional? Pois é, consiste em

uma garantia fidejussória (pessoal) de alguém que, em uma relação entre credor e

devedor, garante ao primeiro o pagamento da dívida em caso de inadimplemento.

Então, amigo(a) da rede Gran Cursos, na aludida relação obrigacional, haverá,

além do credor e devedor, um afiançado (devedor da relação principal) e um fiador

(aquele que figura, em um contrato de locação, por exemplo), o qual garante o

pagamento, caso esse não seja adimplido pelo afiançado.

Tá bom, professor! Até agora o senhor só relembrou conceitos afetos ao Direto

Civil, mas o que isso tem a ver com o Direito Processual Civil?

Bem, a relação de pertinência é a seguinte: é cabível o chamamento ao proces-

so caso o fiador (que se torna réu na ação) seja demandado e o afiançado não. Ora,

se eu sou fiador de alguém e o credor me aciona sem antes demandar o afiançado,

posso acioná-lo, uma vez que existe uma relação de codevedores.

Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:


I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;

Saliento, estimado(a) estudante, que essa é uma das hipóteses de chamamento

ao processo, pois a lei de ritos traz outras duas, quais sejam: quando houver mais

de um fiador e os outros não forem demandados (isso possibilita àquele fiador in-

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tegrante da relação jurídico-processual “chamar os demais” para integrarem o pro-

cesso); e quando devedores solidários (aqueles que se obrigam de forma conjunta

a cumprir uma obrigação) chamarem os demais a integrarem o processo quando

o credor demandar um ou alguns devedores e deixar os demais obrigados de fora.

Vejamos as hipóteses a seguir:

II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;


III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.

Bem, posto isso, a citação, em caso de litisconsórcio passivo, deverá ser feita

pelo réu no momento da contestação, no prazo de trinta dias, sob o ônus de não

ser mais possível o chamamento. Porém, se o chamado residir em outra comarca,

seção ou subseção judiciária, esse prazo será elastecido e passará a ser de dois

meses.

Saliento que, se a sentença for favorável quanto à procedência do chamamento,

ela valerá como título executivo judicial (não será necessário ingressar com a ação

em processo de conhecimento), e o réu que adimplir a dívida pode exigir o ressarci-

mento do devedor principal ou dos codevedores na proporção do que se obrigaram,

ou seja, o réu se sub-roga em relação àquilo que pagou ao credor.

Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de
cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.

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Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica

Agora, falarei acerca de uma intervenção de terceiros que não estava prevista

no código de Buzaid, mas que está disciplinada na Lei n. 13.105, de 2015, baseada

na teoria de desconsideração da personalidade jurídica (disregard doutrine). Bem,

esse é um assunto de suma importância e, por isso, é tratado, em sede de direi-

to material, no Código Civil de 2002, no Código de Defesa do Consumidor (Lei n.

8.078/1990), na legislação ambiental, no direito tributário, enfim, outros “ramos”

jurídicos tratam dessa temática.

Veja, quando uma pessoa jurídica desenvolve suas atividades, constituí um

acervo patrimonial, contrai direitos e obrigações e regula sua situação financeira

por meio de contabilidade própria. Em regra, as sociedades trabalham com o pa-

trimônio da empresa de modo destacado do patrimônio dos sócios, ou seja, são

sociedades limitadas, de modo a limitar qualquer responsabilidade das atividades

empresariais que afetam os bens da própria empresa, os quais são distintos dos

bens dos sócios e administradores. Isso significa que, se uma empresa lesa alguém

(seja um fornecedor com o qual tenha celebrado contrato ou um consumidor), a

responsabilidade dela ficará adstrita ao patrimônio constituído, composto pelo con-

junto de bens, direitos, capital (integralizado ou a integralizar).

Então, diante do exposto, se um consumidor contratou os serviços de uma em-

presa e essa não cumpriu com as obrigações advindas da relação avençada, em

regra, ele terá que acioná-la no polo passivo da demanda. Ocorre que pode acon-

tecer de uma empresa ter um pequeno acervo patrimonial, ao passo que os sócios

possuam um patrimônio milionário, que vai de uma mansão em Beverly Hills até

uma peça intima de vinte mil dólares!

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Nossa, professar, que imaginação fértil é essa?

Tá bom, mas e aí? Empesa pobre, o dono rico e aquele que celebrou contrato

com a sociedade no prejuízo.

É para casos como esses que existe a desconsideração, para que, de forma

episódica (não é consoante à regra que escrevi anteriormente), o lesado possa

acionar, no polo passivo, os sócios da empresa ou o administrador, para que res-

pondam com o patrimônio pessoal (a mansão, ok? Vamos deixar as peças íntimas

fora dessa rsrs).

Contudo, como a desconsideração é uma medida de exceção, será necessário

demonstrar alguns requisitos para aplicação do aludido incidente. Se for uma rela-

ção civilista, deverão ser demonstrados os requisitos do artigo 50 do Código Civil,

como abuso de direito, desvio de finalidade ou excesso de poder. Vejamos o que o

Código Civil estabelece a respeito do tema:

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de


finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares
dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Essa é a denominada teoria maior da desconsideração, pois, ao contrário do

Código de Defesa do Consumidor, estabelece mais dificuldade para a aplicação do

incidente quando comparado com a legislação consumerista, a qual estatui menos

complexidade para aplicar essa ferramenta processual, conforme vemos da leitura

do artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor.

Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando,


em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, in-

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fração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por
má administração.

Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos Online, feitas essas breves considerações,

as quais não têm a menor pretensão de esgotar o tema, mas sim situá-lo(a) quanto

a avaliação desse incidente processual, dessa ferramenta conferida pela lei de ritos,

digo-lhe que esse pedido pode ser feito pela parte ou pelo Ministério Público

e poderá ser aplicado de forma inversa. Isso mesmo, o patrimônio da empresa

pode ser alcançado por uma situação que envolva sócio.

Como assim, professor?

Olha, seria o caso de um sócio que está a se separar da esposa e, para ter van-

tagem patrimonial, integraliza, de forma indevida, capital do casal na empresa, a

fim de não ter de compartilhá-lo com a meeira. Diante disso, a companheira, que

deve estar chateada, avoca a desconsideração.

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a


pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no pro-
cesso.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupos-
tos previstos em lei.
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da
personalidade jurídica.

O incidente de desconsideração de personalidade jurídica será cabível em todas

as fases do processo de conhecimento, cumprimento de sentença e na execução

fundada em título executivo extrajudicial, consoante o artigo 134 da lei de ritos.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título

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executivo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as
anotações devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da persona-
lidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o
sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais espe-
cíficos para desconsideração da personalidade jurídica.

 Obs.: veja que interessante! Nos Juizados Especiais, há proibição expressa de

intervenção de terceiros. Quanto à desconsideração da personalidade jurí-

dica, entretanto, será cabível nos juizados, em face de artigo que a admite

nas disposições finais e transitórias do Novo Código.


Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao pro-
cesso de competência dos juizados especiais.

Normalmente, as intervenções de terceiro podem ser provocadas até a resposta

do réu. Essa é a regra.

Por exemplo: chamamento do processo, denunciação da lide.

A desconsideração da personalidade jurídica, assim como a assistência,

é possível na fase recursal e na execução.

Em regra, essa ferramenta processual tem efeito suspensivo, exceto se for

requerida na petição inicial, pois, nesse caso, será citado o sócio ou a pessoa

jurídica.

Após a citação, o réu terá 15 (quinze) dias para se manifestar acerca da descon-

sideração. Chamo sua atenção para o fato de que o incidente instaurado pelo juiz

de primeiro grau tem natureza jurídica de decisão interlocutória, e, por conseguin-

te, o recurso cabível será o agravo de instrumento. Vejamos os artigos do código

de processo que tratam a respeito do tema:

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Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifes-
tar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão
interlocutória.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem
sobre:
(...)
IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

Agora, cuidado, pois decisões oriundas do relator, em segundo grau de juris-

dição, são combatidas por meio de agravo interno, aliás um recurso hábil a rever

decisões proferidas pelos relatores dos tribunais.


Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

Por fim, saliento que, uma vez acolhida a desconsideração pelo juiz, a aliena-

ção ou oneração de bens havidas em fraude de execução será ineficaz em

relação ao requerente, consoante o artigo 137 da lei de ritos. Ou seja, se um

credor requer a instauração da desconsideração e ela for acolhida, mas os bens

do devedor foram alienados ou onerados em fraude à execução, essa alienação ou

oneração não terão eficácia em relação a quem requereu o incidente.

Amicus Curiae

O Amicus Curiae, ou amigo da corte, se caracteriza quando um terceiro é cha-

mado a intervir em um processo em razão de possuir conhecimentos acerca de

uma matéria relevante, a qual tem como tema o objeto da demanda levada ao

judiciário, como aconteceu no caso da utilização de células-tronco na medicina, em

que foram convidados especialistas e igrejas para atuarem como amigos da corte.

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Os amigos da corte (os quais podem ser pessoas físicas, jurídicas ou entidades

especializadas com representação adequada) são admitidos pelo juiz ou relator

quando estes entenderem que a relevância e a repercussão da questão admitem

esse ingresso de terceiros. A participação deles será admitida no prazo de quinze

dias da intimação. Essa decisão no sentido de admitir o Amicus Curiae é irrecor-

rível! Os poderes conferidos a esses terceiros serão definidos pelo julgador e, em

regra, eles não podem recorrer de decisões, salvo quanto aos embargos de decla-

ração e incidente de resolução de recursos repetitivos (IRDR).

Por fim, o código estatui que a admissão do Amicus Curiae não tem o condão de

alterar competência para o julgamento da demanda.

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do


tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-
-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem au-
toriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e
a hipótese do § 3°.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, de-
finir os poderes do Amicus Curiae.
§ 3º O Amicus Curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de
demandas repetitivas.

A figura do amigo da corte é cabível em qualquer processo!

A intervenção do Amicus Curiae não muda a competência. Se o Amicus Curiae for

ente federal, não muda a competência da causa para a Justiça Federal. Se fosse

assistente, mudaria a competência. O amigo da corte pode interpor embar-

gos de declaração e incidente de resolução de recursos repetitivos.

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Ok, prezado(a), feitas essas considerações, vamos fazer alguns exercícios para

verificar como o examinador pergunta o assunto em provas. Vem comigo!

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (FCC/TRE-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Em matéria de

litisconsórcio, é correto afirmar:

a) O litisconsórcio é simples quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver

de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

b) No litisconsórcio unitário os atos e omissões de um dos litisconsortes, benéficos

ou prejudiciais, estendem-se aos demais litisconsortes.

c) O litisconsórcio necessário por força de lei é sempre unitário.

d) Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz, se o caso, determinará ao

autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo

que assinar, sob pena de extinção do processo.

e) Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-

cacia distintos, terão prazos contados em quádruplo para todas as suas manifesta-

ções, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

2. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR/2016) Quanto ao litiscon-

sórcio, é correto afirmar:

a) O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza

da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de

todos que devam ser litisconsortes.

b) Os litisconsortes sempre serão considerados, em suas relações com a parte

adversa, como litigantes únicos, motivo pelo qual os atos e omissões de um não

prejudicarão nem poderão beneficiar os demais.

c) O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes,

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somente na fase de conhecimento, quando esse número comprometer a rápida so-

lução do litígio ou dificultar a defesa.

d) Se um dos litisconsortes passivos contestar a ação, esse fato não obstará a

ocorrência dos efeitos da revelia em relação a quem não a contestou.

e) Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, mas

somente quem pleiteou o andamento será intimado do ato respectivo.

3. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) O

Ministério Público ajuizou ação de anulação do casamento em face dos irmãos João

e Maria. João conhecia o referido impedimento, pois sabia que Maria era sua irmã.

Todavia, esta desconhecia completamente o grau de parentesco entre eles.

Nesse sentido, a ação deverá ser proposta:

a) em litisconsórcio passivo, originário, necessário e simples;

b) em litisconsórcio passivo, eventual, necessário e comum;

c) em litisconsórcio passivo, originário, necessário e unitário;

d) em litisconsórcio passivo, originário, facultativo e unitário;

e) apenas em face de João, eis que somente este estava com má-fé.

4. (CESPE/TRF – 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017)

Conforme o Código de Processo Civil vigente, julgue o item seguinte, a respeito da

função jurisdicional, dos deveres das partes e de procuradores, do litisconsórcio e

da assistência.

É lícito ao juiz limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na

fase de conhecimento, mas não por ocasião da execução da sentença.

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5. (IADES/CREMEB/ADVOGADO/2017) Em relação ao litisconsórcio, assinale a al-

ternativa correta.

a) O litisconsórcio passivo unitário é aquele em que a decisão de mérito pode atin-

gir de modo diferenciado os litisconsortes.

b) O litisconsórcio facultativo não pode ser dispensado, mesmo com acordo geral

entre as partes.

c) Somente é possível o estabelecimento de litisconsórcio quando houver comu-

nhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide.

d) A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será

nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter inte-

grado o processo.

e) Diante de um litisconsórcio passivo necessário, caberá aos litisconsortes a cita-

ção daqueles não apontados pelo autor na inicial.

6. (IBFC/TJ-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Sobre o litisconsórcio em Direito Pro-

cessual Civil, analise os itens a seguir:

I. O litisconsórcio é um fenômeno que ocorre quando duas ou mais pessoas se

encontram no mesmo polo do processo, caracterizando uma cumulação subjetiva.

II. Não ocorrerá litisconsórcio quando da ocorrência de afinidade de questões por

ponto comum de fato ou de direito.

III. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, caben-

do ao juízo, obrigatoriamente, intimar todos sobre os respectivos atos, sob pena de

ferimento do princípio do contraditório.

IV. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que

requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, se assim não o fizer, o

processo será extinto.

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Assinale a alternativa correta.

a) Apenas II e IV são incorretos.

b) Apenas I e IV são incorretos.

c) Apenas I e II são corretos.

d) Apenas I, III e IV são corretos.

e) I, II, III e IV são incorretos.

7. (CESPE/TCE/ANALISTA JURÍDICO/2016) Maria e Fernanda são servidoras de de-

terminado órgão público, e, em litisconsórcio ativo, propuseram demanda judicial

para a obtenção de vantagem pecuniária supostamente devida em razão do cargo

que cada uma delas ocupa.

Nessa situação hipotética, tem-se um litisconsórcio classificado como:

a) Facultativo e comum.

b) Facultativo e unitário.

c) Multitudinário.

d) Necessário e comum.

e) Necessário e unitário.

8. (PGR/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2018) São inovações do CPC/2015 em

relação ao Código de 1973:

I. A previsão da figura do Amicus Curiae em todos os graus de jurisdição.

II. A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional.

III. A tempestividade do ato praticado antes do seu termo inicial.

VI. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

Das proposições apresentadas:

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a) I e II estão corretas;
b) II e III estão corretas;
c) III e IV estão corretas;
d) Todas estão corretas.

9. (FCC/TRT-14/ANALISTA/2011) João ajuizou ação de indenização contra o plano


de saúde X, alegando ter ocorrido erro médico por parte de José, profissional res-
ponsável pela cirurgia, a que foi submetido. Estando José obrigado pelo contrato a
indenizar o Plano de Saúde X, em ação regressiva se este vier a perder a demanda,
José deverá ser citado para integrar o processo atreves do instituto processual.
a) Da oposição.
b) Da assistência.
c) Do chamamento ao processo.
d) Da denunciação da lide.
e) Da nomeação a autoria.

10. (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A chamada desconsideração inversa


ou invertida da personalidade jurídica
a) não encontra previsão no ordenamento jurídico brasileiro.
b) diz respeito à situação em que o sócio responde com seu patrimônio pessoal
quanto a dívidas contraídas pela empresa.
c) diz respeito à situação em que o devedor se coloca em situação de inadimplên-
cia, se desfazendo de seu patrimônio em favor de terceiros.
d) diz respeito à situação em que o executado aliena bem gravado com ônus real

no curso do processo de execução.

e) diz respeito à situação em que um sócio da pessoa jurídica dela se utiliza para

ocultar ou desviar bens particulares.

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11. (FCC/TRT-9/ANALISTA/2010) Quando o credor exigir de um ou de alguns dos

devedores solidários, parcial ou totalmente, a dívida comum, é

a) Admissível a nomeação à autoria dos demais devedores solidários.

b) Obrigatória a nomeação à autoria dos demais devedores solidários.

c) Admissível da denunciação da lide a qualquer dos devedores solidários.

d) Admissível o chamamento ao processo de todos os devedores solidários.

e) Obrigatória a denunciação da lide ao demais devedores solidários.

12. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/2018) No que tange à dou-

trina da desconsideração da personalidade jurídica, à classificação, às caracterís-

ticas e às distinções entre as sociedades empresárias e à falência e à recuperação

judicial e extrajudicial, julgue o item que se segue.

A desconsideração inversa é caracterizada pelo afastamento da autonomia patri-

monial da sociedade, resultando na execução de bens da sociedade por obrigações

pessoais de um de seus sócios.

13. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A respeito da participação da Defen-

soria Pública na condição de Amicus Curiae em um processo que trate de matéria

de interesse institucional,

a) deve ser requerida pela própria instituição, sendo defeso ao Magistrado deter-

minar a participação de Amicus Curiae por iniciativa oficiosa.

b) uma vez admitida a intervenção pelo magistrado, a defensoria poderá apresen-

tar alegações, postular a produção de provas e recorrer das decisões tomadas no

curso do processo.

c) a decisão do juiz ou do relator que admite a participação de Amicus Curiae é

irrecorrível.

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d) a intervenção de Amicus Curiae deve ser requerida antes do advento da senten-

ça de primeiro grau, sob pena de preclusão.

e) a participação na condição de Amicus Curiae submete a defensoria aos limites

subjetivos da eficácia da decisão e da autoridade da coisa julgada, impedindo a

rediscussão da matéria em outros processos.

14. (FCC/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Sobre o incidente de descon-

sideração de personalidade jurídica, é correto afirmar:

a) Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, ha-

vida em fraude contra credores, será nula em relação ao adquirente.

b) É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, inclusive no cumpri-

mento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.

c) Após a instauração do incidente, o sócio ou a pessoa jurídica serão intimados

para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de quinze dias.

d) Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por sentença.

e) A instauração do incidente suspenderá o processo ainda que a desconsideração

da personalidade jurídica tenha sido requerida na petição inicial.

15. (IBFC/CÂMARA DE FEIRA DE SANTANA-BA/PROCURADOR JURÍDICO ADJUN-

TO/2018) Assinale a alternativa correta sobre as consequências do julgamento da

ação principal e da denunciação da lide.

a) Se a ação principal for julgada em desfavor do denunciante a denunciação da

lide será julgada podendo a resolução se dar pela procedência ou improcedência.

b) Se a ação principal for julgada extinta sem resolução do mérito a denunciação

da lide será julgada pela procedência.

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c) Se a ação principal for julgada em desfavor do denunciante a denunciação da

lide deverá ser julgada pela procedência.

d) Se a ação principal for julgada em favor do denunciante a denunciação da lide

deverá ser julgada pela improcedência.

16. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018)

A modalidade de intervenção por meio da qual o terceiro, devedor solidário de uma

obrigação, se integra ao processo por iniciativa do réu que tenha sido demandado

pelo credor para pagar a dívida comum, é:

a) denunciação da lide;

b) assistência simples;

c) assistência litisconsorcial;

d) Amicus Curiae;

e) chamamento ao processo.

17. (IESES/TJ-AM/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-

ÇÃO/2018) Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridica-

mente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir

no processo para assisti-la. A este instituto do direito civil damos o nome de:

a) Denunciação da lide.

b) Chamamento ao processo.

c) Amicus Curiae.

d) Assistência.

18. (FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO – APOIO JURÍDICO/2018) A empresa Jo-

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li’s Doces e Guloseimas tornou-se insolvente porque todos os seus sócios passaram

a desviar recursos da empresa para contas pessoais, abusando da personalidade

jurídica e causando confusão patrimonial. Em ação de execução de crédito decor-

rente de compra e venda de insumos, uma empresa fornecedora da Joli’s Doces e

Guloseimas

a) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que é cabível

apenas nas relações regidas pelo Código de Defesa do Consumidor.

b) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, a fim de que os

bens dos administradores ou sócios da pessoa jurídica respondam pela dívida con-

traída pela empresa.

c) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que implica a ex-

tinção da empresa.

d) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, para excussão

dos bens do administrador da empresa, porém não de seus sócios.

e) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, pois a empre-

sa e seus sócios não se confundem.

19. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-

RAL/2018) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o pró-

ximo item.

De acordo com o CPC, a ausência de denunciação da lide acarreta a perda do direito

de regresso que o réu eventualmente possua contra aquele que estiver obrigado,

por lei ou por contrato, a lhe ressarcir.

20. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-

RAL/2018) A respeito de recursos nos tribunais, meios de impugnação das decisões

judiciais, processo de execução e mandado de segurança, julgue o item a seguir.

O Amicus Curiae possui legitimidade para interpor recurso especial ou extraordiná-

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rio contra acórdão de tribunal que tiver julgado incidente de resolução de deman-

das repetitivas.

21. (CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) É ad-

missível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

a) Ao afiançado, na ação em que o fiador for réu.

b) Aos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles.

c) Aos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o

pagamento da dívida comum.

d) Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação re-

gressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

22. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Paula foi vítima

de acidente de trânsito provocado por Renato, que conduzia veículo automotor de

propriedade de Fernando. Por conta disso, ajuizou ação de indenização por danos

morais contra Fernando, que, em contestação, requereu a denunciação da lide a

Renato. A denunciação foi admitida pelo juiz, que determinou a citação de Renato.

Nesse caso, de acordo com o novo Código de Processo Civil,

a) ainda que Renato conteste o pedido formulado por Paula, ele não integrará o

polo passivo da ação principal, não se estabelecendo litisconsórcio entre ele e Fer-

nando.

b) se Renato for revel, Fernando deverá prosseguir com sua defesa na ação prin-

cipal, não podendo se abster de recorrer de eventual sentença desfavorável, sob

pena de não poder exigir de Renato o reembolso do que vier a pagar a Paula.

c) se Renato confessar os fatos alegados por Paula, Fernando não poderá prosse-

guir com sua defesa na ação principal, cabendo-lhe apenas pedir a procedência da

ação de regresso.

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d) se Fernando for vencedor na ação principal, a ação de denunciação não terá o

seu pedido examinado, caso em que Fernando não poderá ser condenado ao paga-

mento das verbas de sucumbência em favor de Renato.

e) se o pedido formulado na ação principal for julgado procedente, Paula poderá,

se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra Renato, nos

limites da condenação deste na ação regressiva.

23. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Conforme o disposto

no CPC, se, antes mesmo de ajuizar a ação, o autor verificar a presença dos requi-

sitos para a desconsideração da personalidade jurídica, ele

a) poderá requerer a desconsideração em qualquer fase do processo, desde que

ainda na primeira instância.

b) deverá aguardar o encerramento da fase cognitiva para requerer a instauração

da desconsideração da personalidade jurídica.

c) poderá requerer a desconsideração na petição inicial, ocasião em que será dis-

pensado o incidente.

d) deverá requerer a instauração do incidente na fase cognitiva, dada a vedação da

instauração na fase de cumprimento de sentença.

24. (FCC/TRT – 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-

LIADOR FEDERAL/2016) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica

a) é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de

sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.

b) é obrigatório, ainda que a desconsideração tenha sido requerida na petição ini-

cial.

c) acarreta a nulidade da alienação de bens havida em fraude à execução, quando

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o pedido de desconsideração for acolhido.

d) é resolvido por sentença.

e) não suspende o processo, em regra.

25. (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O incidente de desconsideração da

personalidade jurídica, disciplinado pelo novo Código de Processo Civil,

a) pode ser instaurado de ofício.

b) é cabível no cumprimento de sentença, mas não na execução fundada em título

executivo extrajudicial.

c) não suspende o processo se instaurado na fase de cumprimento de sentença.

d) é resolvido por sentença.

e) é cabível em todas as fases do processo de conhecimento.

26. (FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/DIREITO/2016) Analise as seguintes asserti-

vas sobre a intervenção de terceiros à luz do Código de Processo Civil:

I. Na assistência simples sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assis-

tido, o assistente será considerado seu gestor de negócios.

II. Tratando-se de denunciação da lide admite-se uma única denunciação sucessi-

va, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial

ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo

promover nova denunciação.

III. A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica é dis-

pensada se o requerimento for apresentado na petição inicial.

IV. A intervenção do Amicus Curiae determinada pelo juiz de ofício ou a requeri-

mento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, poderá acarretar modifica-

ção de competência e autoriza a interposição de recursos.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) I, II e IV.

e) II e III.

27. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – ADVOGA-

DO/2016) A respeito da intervenção de terceiros, é correto afirmar:

a) Na assistência simples, se o assistido for revel, o assistente será considerado

seu substituto processual.

b) Feita a denunciação da lide pelo réu, se o denunciado contestar o pedido for-

mulado pelo autor, o processo prosseguirá somente contra ele, com a exclusão do

denunciante.

c) O Amicus Curiae não poderá recorrer da decisão que julgar o incidente de reso-

lução de demandas repetitivas.

d) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica não é cabível na fase

de cumprimento de sentença.

e) O chamamento ao processo só pode ser requerido pelo autor, na inicial ou na

réplica.

28. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-

LIADOR FEDERAL/2017) Conforme o disposto no CPC, se, antes mesmo de ajuizar

a ação, o autor verificar a presença dos requisitos para a desconsideração da per-

sonalidade jurídica, ele

a) poderá requerer a desconsideração em qualquer fase do processo, desde que

ainda na primeira instância.

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b) deverá aguardar o encerramento da fase cognitiva para requerer a instauração

da desconsideração da personalidade jurídica.

c) poderá requerer a desconsideração na petição inicial, ocasião em que será dis-

pensado o incidente.

d) deverá requerer a instauração do incidente na fase cognitiva, dada a vedação da

instauração na fase de cumprimento de sentença.

29. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO/2017) São formas de intervenção de terceiros previstas no Código de

Processo Civil/2015, EXCETO:

a) Assistência.

b) Nomeação à autoria.

c) Chamamento ao processo.

d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

30. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO/2017) Com relação ao incidente de desconsideração da personalida-

de jurídica, analise as proposições seguintes:

I. O incidente será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando

lhe couber intervir no processo.

II. A instauração de incidente suspenderá o processo, salvo se o pedido de descon-

sideração da personalidade jurídica for formulado na petição inicial.

III. O incidente não se aplica ao processo de competência dos juizados especiais

cíveis.

IV. Acolhido o pedido, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de exe-

cução, será ineficaz em relação à parte que requereu a instauração do incidente.

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Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) III, apenas.

d) I, II, III e IV.

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GABARITO

1. d 24. a

2. a 25. e

3. c 26. e

4. E 27. a

5. d 28. c

6. d 29. b

7. a 30. b

8. d

9. d

10. e

11. d

12. C

13. c

14. b

15. a

16. e

17. d

18. b

19. E

20. C

21. d

22. e

23. c

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GABARITO COMENTADO

1. (FCC/TRE-PR/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Em matéria de

litisconsórcio, é correto afirmar:

a) O litisconsórcio é simples quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver

de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

b) No litisconsórcio unitário os atos e omissões de um dos litisconsortes, benéficos

ou prejudiciais, estendem-se aos demais litisconsortes.

c) O litisconsórcio necessário por força de lei é sempre unitário.

d) Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz, se o caso, determinará ao

autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo

que assinar, sob pena de extinção do processo.

e) Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advo-

cacia distintos, terão prazos contados em quádruplo para todas as suas manifesta-

ções, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.

Letra d.

d) Correta. A questão está em harmonia como o que consigna o artigo 115, pará-

grafo único, do Código. Examine comigo:

Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao


autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do
prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.

a) Errada. Traz a definição de litisconsórcio unitário, consoante o artigo 116 da lei

de ritos.

Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

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b) Errada. Não, vimos no decorrer da aula que, no litisconsórcio, os atos ou omis-

sões não prejudicam os outros, apenas beneficiam, consoante o artigo 17 da lei de

ritos.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa,
como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.

c) Errada. O primeiro ponto digno de nota, querido(a) estudante, se refere ao cui-

dado que se deve ter com conceitos absolutos tipo: sempre, nunca etc. Acenda um

“sinal amarelo” e leia bem o item. Enfim, de volta à questão, o litisconsórcio neces-

sário, de fato, é imposto por força de lei. Contudo, não é porque o litisconsórcio é

necessário que será unitário; ele poderá ser simples também, não há uma relação

obrigatória.

e) Errada. Durante a aula vimos que, à luz do artigo 229 do Código, o prazo é con-

tado em DOBRO, não em quádruplo, como apregoa a questão.

2. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR/2016) Quanto ao litiscon-

sórcio, é correto afirmar:

a) O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza

da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de

todos que devam ser litisconsortes.

b) Os litisconsortes sempre serão considerados, em suas relações com a parte

adversa, como litigantes únicos, motivo pelo qual os atos e omissões de um não

prejudicarão nem poderão beneficiar os demais.

c) O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes,

somente na fase de conhecimento, quando esse número comprometer a rápida so-

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lução do litígio ou dificultar a defesa.

d) Se um dos litisconsortes passivos contestar a ação, esse fato não obstará a

ocorrência dos efeitos da revelia em relação a quem não a contestou.

e) Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, mas

somente quem pleiteou o andamento será intimado do ato respectivo.

Letra a.

a) Correto. A assertiva traz aquilo que é estabelecido pelo artigo 114 do Código

de processo.

Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza
da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos
que devam ser litisconsortes.

b) Errado. O item contraria o que estatui o artigo 117 do CPC, na parte em que

consigna que os litigantes podem ser beneficiados pelos demais.

c) Errado. O juiz poderá limitar o litisconsórcio na fase de conhecimento, liquida-

ção, cumprimento de sentença e execução, conforme o artigo 113, § 1º, do novo

Código.

d) Errado. Segundo o artigo 345, I, do Código, em caso de litisconsórcio feito por

um dos litisconsortes, obstará a ocorrência de revelia.

e) Errado. Ao contrário, todos os litisconsortes devem ser intimados por força do

artigo 118 da lei processual civil.

3. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) O

Ministério Público ajuizou ação de anulação do casamento em face dos irmãos João

e Maria. João conhecia o referido impedimento, pois sabia que Maria era sua irmã.

Todavia, esta desconhecia completamente o grau de parentesco entre eles.

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Nesse sentido, a ação deverá ser proposta:

a) em litisconsórcio passivo, originário, necessário e simples;

b) em litisconsórcio passivo, eventual, necessário e comum;

c) em litisconsórcio passivo, originário, necessário e unitário;

d) em litisconsórcio passivo, originário, facultativo e unitário;

e) apenas em face de João, eis que somente este estava com má-fé.

Letra c.

Bem, o caso em tela retrata um litisconsórcio passivo, haja vista a ação ter sido

proposta pelo Ministério Público (Parquet atuou como parte); é originário, ou seja,

inicial (logo na propositura da ação); necessário (porquanto a eficácia da sentença

dependerá da citação dos dois litisconsortes, consoante o artigo 114 da codifica-

ção); e unitário, visto que a decisão deve ser a mesma para ambos os irmãos. Os

outros itens estão errados em virtude de não se compatibilizarem com os conceitos

descritos.

4. (CESPE/TRF – 1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017)

Conforme o Código de Processo Civil vigente, julgue o item seguinte, a respeito da

função jurisdicional, dos deveres das partes e de procuradores, do litisconsórcio e

da assistência.

É lícito ao juiz limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na

fase de conhecimento, mas não por ocasião da execução da sentença.

Errado.

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Amigo(a), vimos, de acordo com o artigo 113, § 1º, que o juiz pode limitar o litis-

consórcio facultativo na liquidação e na execução, ou seja, não estará adstrito à

fase de conhecimento. Relembre comigo:

§ 1° O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes


na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando
este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento
da sentença.

5. (IADES/CREMEB/ADVOGADO/2017) Em relação ao litisconsórcio, assinale a al-

ternativa correta.

a) O litisconsórcio passivo unitário é aquele em que a decisão de mérito pode atin-

gir de modo diferenciado os litisconsortes.

b) O litisconsórcio facultativo não pode ser dispensado, mesmo com acordo geral

entre as partes.

c) Somente é possível o estabelecimento de litisconsórcio quando houver comu-

nhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide.

d) A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será

nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter inte-

grado o processo.

e) Diante de um litisconsórcio passivo necessário, caberá aos litisconsortes a cita-

ção daqueles não apontados pelo autor na inicial.

Letra d.

d) Correto. A questão se harmoniza com o que apregoa o artigo 115, I, da

lei de ritos.

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Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório,


será:
I – nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter
integrado o processo;

a) Errado. Não, o litisconsórcio unitário se caracteriza por ter sentença uniforme,

ao contrário do que apregoa a assertiva.

b) Errado. Como visto no decorrer da aula, o litisconsórcio facultativo não obriga

as partes.

c) Errado. Vimos que o artigo 113 do novo código estabelece as hipóteses de li-

tisconsórcio, as quais não se limitam ao que estabelece o item. Relembre comigo:


Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa
ou passivamente, quando:
I – entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II – entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III – ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

e) Errado. Veja que, consoante o código, esse é um encargo do autor da ação,


conforme o artigo 115, parágrafo único.

Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao


autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que
assinar, sob pena de extinção do processo.

6. (IBFC/TJ-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Sobre o litisconsórcio em Direito Pro-


cessual Civil, analise os itens a seguir:
I. O litisconsórcio é um fenômeno que ocorre quando duas ou mais pessoas se
encontram no mesmo polo do processo, caracterizando uma cumulação subjetiva.
II. Não ocorrerá litisconsórcio quando da ocorrência de afinidade de questões por
ponto comum de fato ou de direito.
III. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, caben-

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do ao juízo, obrigatoriamente, intimar todos sobre os respectivos atos, sob pena de

ferimento do princípio do contraditório.

IV. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que

requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, se assim não o fizer, o

processo será extinto.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas II e IV são incorretos.

b) Apenas I e IV são incorretos.

c) Apenas I e II são corretos.

d) Apenas I, III e IV são corretos.

e) I, II, III e IV são incorretos.

Letra d.

I. Correto. O item se harmoniza com o conceito de litisconsórcio.

II. Errado. Aí não, o item contraria o que estabelece o artigo 113, III.

III. Correto. O item está em conformidade com o que apregoa o 118 da lei de ritos.

IV. Correto. O item transcreve o teor do parágrafo único do artigo 115 do Código.

7. (CESPE/TCE/ANALISTA JURÍDICO/2016) Maria e Fernanda são servidoras de de-

terminado órgão público, e, em litisconsórcio ativo, propuseram demanda judicial

para a obtenção de vantagem pecuniária supostamente devida em razão do cargo

que cada uma delas ocupa.

Nessa situação hipotética, tem-se um litisconsórcio classificado como:

a) Facultativo e comum.

b) Facultativo e unitário.

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c) Multitudinário.

d) Necessário e comum.

e) Necessário e unitário.

Letra a.

a) Correto. Amigo(a), trata-se de litisconsórcio facultativo e comum (simples),

haja vista que compete as servidoras, com base em juízo de conveniência, ingres-

sarem ou não em litisconsórcio (facultativo), bem como a decisão proferida a uma

delas não deve ser a mesma para outra (unitária).

b) Errado. Querido(a), a questão peca ao colocar que o litisconsórcio precisa ser

unitário. Vimos que não é necessário que o juiz decida de modo uniforme a deman-

da, portanto não se trata de litisconsórcio unitário.

c) Errado. Conforme comentado durante a aula, quando a demanda contiver uma

quantidade elevada de litisconsortes, poderá o juiz limitar o número de participan-

tes. Esse é o conceito de litisconsórcio multitudinário. A questão traz apenas duas

pessoas no polo ativo da questão.

d) Errado. A assertiva trata de litisconsórcio facultativo, o qual permite a existên-

cia de litisconsortes, porém não obriga, como é o caso do litisconsórcio necessário,

o qual é obrigatório por lei ou contrato.

e) Errado. A questão não se relaciona ao litisconsórcio necessário, pois não há

obrigatoriedade contratual ou por lei que as servidoras demandem em conjunto,

tampouco será o caso de sentença unitária, porquanto cada servidora possui uma

situação jurídica.

8. (PGR/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2018) São inovações do CPC/2015 em

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relação ao Código de 1973:

I. A previsão da figura do Amicus Curiae em todos os graus de jurisdição.

II. A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional.

III. A tempestividade do ato praticado antes do seu termo inicial.

VI. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

Das proposições apresentadas:

a) I e II estão corretas;

b) II e III estão corretas;

c) III e IV estão corretas;

d) Todas estão corretas.

Letra d.

Bem, estimado(a) leitor(a), encartei essa questão para que pudéssemos reforçar

que tanto a figura do amicus curie quanto o incidente de desconsideração da per-

sonalidade jurídica são novidades trazidas pelo Código de 2015 no que se refere

à intervenção de terceiros, conforme havia consignado durante a aula. Além do

exposto, os itens II e III também são inovações trazidas pela lei de ritos hodierna.

9. (FCC/TRT-14/ANALISTA/2011) João ajuizou ação de indenização contra o plano

de saúde X, alegando ter ocorrido erro médico por parte de José, profissional res-

ponsável pela cirurgia, a que foi submetido. Estando José obrigado pelo contrato a

indenizar o Plano de Saúde X, em ação regressiva se este vier a perder a demanda,

José deverá ser citado para integrar o processo atreves do instituto processual.

a) Da oposição.

b) Da assistência.

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c) Do chamamento ao processo.

d) Da denunciação da lide.

e) Da nomeação a autoria.

Letra d.

d) Correto. Nesse caso, há uma subsunção adequada, porquanto existe uma re-

lação contratual entre José (médico) e o plano de saúde X, o qual terá direito de

regresso contra o profissional, fato que permite a denunciação da lide.

a) Errado. A oposição se trata de um instituto jurídico em que um terceiro troca de

polo com a parte primitiva. Ela estava prevista no Código de 1973 como interven-

ção de terceiros, mas a nova lei de ritos não entende dessa forma.

b) Errado. A assistência se caracteriza pelo ingresso de um terceiro juridicamente

interessado na demanda, o que não é o caso da questão apresentada.

c) Errado. Nesse caso, chamo sua atenção para o fato de a questão não ostentar

os requisitos necessários para a configuração do chamamento ao processo, o qual

se relaciona ao fato de existir um fiador ou coobrigado na relação jurídica.

e) Errado. Nomeação à autoria é um instituto disciplinado a partir do artigo 682

e seguintes do NCPC e é considerado um procedimento especial. Foi encartado na

questão, porquanto ela se refere ao Código de Buzaid, mas a coloquei nas resolu-

ções, porquanto nos ajuda a reforçar o que fora trabalhado durante as lições.

10. (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A chamada desconsideração inversa

ou invertida da personalidade jurídica

a) não encontra previsão no ordenamento jurídico brasileiro.

b) diz respeito à situação em que o sócio responde com seu patrimônio pessoal

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quanto a dívidas contraídas pela empresa.

c) diz respeito à situação em que o devedor se coloca em situação de inadimplên-

cia, se desfazendo de seu patrimônio em favor de terceiros.

d) diz respeito à situação em que o executado aliena bem gravado com ônus real

no curso do processo de execução.

e) diz respeito à situação em que um sócio da pessoa jurídica dela se utiliza para

ocultar ou desviar bens particulares.

Letra e.

e) Correto. Na desconsideração inversa, percebe-se a utilização da pessoa jurídica

pelo sócio a fim de ocultar ou desviar os bens do acervo particular.

a) Errado. Vimos no decorrer da aula que há previsão sim, no artigo 133, § 2º.

b) Errado. É contrário, a empresa responde pelas dívidas do sócio. A desconside-

ração é inversa.

c) Errado. O sócio aplica o patrimônio em favor da empresa.

d) Errado. Não, diz respeito a utilização da empresa para desviar ou ocultar os

bens particulares, os quais seriam acessados em relação credor e devedor.

11. (FCC/TRT-9/ANALISTA/2010) Quando o credor exigir de um ou de alguns dos

devedores solidários, parcial ou totalmente, a dívida comum, é

a) Admissível a nomeação à autoria dos demais devedores solidários.

b) Obrigatória a nomeação à autoria dos demais devedores solidários.

c) Admissível da denunciação da lide a qualquer dos devedores solidários.

d) Admissível o chamamento ao processo de todos os devedores solidários.

e) Obrigatória a denunciação da lide ao demais devedores solidários.

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Letra d.

d) Correto. Conforme vimos nas lições anteriores, quando houver solidariedade

entre devedores, será hipótese de chamá-los ao processo, consoante o artigo 130,

inciso III, da lei de ritos de 2015.

a) Errado. Vimos que não há mais a nomeação à autoria, na contemporaneidade;

hoje, é possível a instauração de um incidente de substituição processual.

b) Errado. Aluno(a), o mesmo comentário da questão anterior serve para essa

assertiva.

c) Errado. Querido(a), vimos que a denunciação da lide é cabível em casos de evic-

ção e regresso por parte de quem ocupa um dos polos da relação jurídica. Os fatos

trazidos na questão não se subsumem de forma perfeita àquilo que foi perguntado.

e) Errado. Não, além de não ser a denunciação da lide o instrumento correto, vi-

mos que esse instituto é facultativo à parte, e não obrigatório, conforme apregoa a

questão, posto que a parte poderá ingressar com ação autônoma ao seu alvedrio.

12. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/2018) No que tange à dou-

trina da desconsideração da personalidade jurídica, à classificação, às caracterís-

ticas e às distinções entre as sociedades empresárias e à falência e à recuperação

judicial e extrajudicial, julgue o item que se segue.

A desconsideração inversa é caracterizada pelo afastamento da autonomia patri-

monial da sociedade, resultando na execução de bens da sociedade por obrigações

pessoais de um de seus sócios.

Certo.

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Sim, conforme trabalhado durante as lições, em regra, o patrimônio dos sócios e

administradores é destacado do acervo patrimonial da empresa. Entretanto, essa

autonomia poderá ser afastada de forma inversa, isto é, o credor atinge o patrimô-

nio da empresa quando o devedor agir de forma fraudulenta na relação obrigacio-

nal. A permissão está prevista no artigo 133, § 2º, da lei de ritos.

13. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A respeito da participação da Defen-

soria Pública na condição de Amicus Curiae em um processo que trate de matéria

de interesse institucional,

a) deve ser requerida pela própria instituição, sendo defeso ao Magistrado deter-

minar a participação de Amicus Curiae por iniciativa oficiosa.

b) uma vez admitida a intervenção pelo magistrado, a defensoria poderá apresen-

tar alegações, postular a produção de provas e recorrer das decisões tomadas no

curso do processo.

c) a decisão do juiz ou do relator que admite a participação de Amicus Curiae é

irrecorrível.

d) a intervenção de Amicus Curiae deve ser requerida antes do advento da senten-

ça de primeiro grau, sob pena de preclusão.

e) a participação na condição de Amicus Curiae submete a defensoria aos limites

subjetivos da eficácia da decisão e da autoridade da coisa julgada, impedindo a

rediscussão da matéria em outros processos.

Letra c.

c) Correto. Conforme visto no decorrer da aula, a decisão do relator é irrecorrível!

a) Errado. O artigo 138 da lei de ritos prevê que o magistrado pode, de ofício, so-

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licitar ou admitir a participação de órgão ou entidade especializada.


Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do
tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-
-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.

b) Errado. Vimos que, na condição de Amicus Curiae, existe uma limitação quan-

to à atuação, a qual se adstringe interposição de embargos de declaração e IRDR,

consoante o § 2º do artigo 138 do novo código.

d) Errado. Espera um pouco! Se pode ser admitida por juiz ou relator, não está

adstrita à sentença de primeiro grau!

e) Errado. Não, amigo(a), a Defensoria não será parte na demanda e, assim sen-

do, não há de se falar em limites subjetivos. Portanto, a matéria poderá ser redis-

cutida.

14. (FCC/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Sobre o incidente de descon-

sideração de personalidade jurídica, é correto afirmar:

a) Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, ha-

vida em fraude contra credores, será nula em relação ao adquirente.

b) É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, inclusive no cumpri-

mento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.

c) Após a instauração do incidente, o sócio ou a pessoa jurídica serão intimados

para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de quinze dias.

d) Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por sentença.

e) A instauração do incidente suspenderá o processo ainda que a desconsideração

da personalidade jurídica tenha sido requerida na petição inicial.

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Letra b.

b) Correto. A questão está em consonância com o que apregoa o artigo 134 do

código.
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.

a) Errado. O artigo 137 da lei de ritos estabelece que a fraude de execução será

ineficaz quanto ao requerente.

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens,


havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

c) Errado. Os sócios serão citados a se manifestar. De fato, a banca colocou uma

bela casca de banana aí, e meu dever é alertá-lo(a) acerca dessas pegadinhas.

Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifes-
tar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

d) Errado. O incidente será resolvido por decisão interlocutória, conforme o artigo

136 do novo código.

Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão
interlocutória.

e) Errado. A questão não se alinha como o artigo 134, § 2º.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.
(...)
§ 2° Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade ju-
rídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa
jurídica.

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15. (IBFC/CÂMARA DE FEIRA DE SANTANA-BA/PROCURADOR JURÍDICO ADJUN-

TO/2018) Assinale a alternativa correta sobre as consequências do julgamento da

ação principal e da denunciação da lide.

a) Se a ação principal for julgada em desfavor do denunciante a denunciação da

lide será julgada podendo a resolução se dar pela procedência ou improcedência.

b) Se a ação principal for julgada extinta sem resolução do mérito a denunciação

da lide será julgada pela procedência.

c) Se a ação principal for julgada em desfavor do denunciante a denunciação da

lide deverá ser julgada pela procedência.

d) Se a ação principal for julgada em favor do denunciante a denunciação da lide

deverá ser julgada pela improcedência.

Letra a.

Conforme vimos ao tratar do tema, se o denunciante for vencido na ação principal,

o juiz poderá passar ao julgamento da denunciação da lide. O julgamento poderá

ser pela procedência ou improcedência da ação, o que afasta a veracidade das as-

sertivas “b”, “c” e “d”. Veja o que estabelece o artigo 129 da legislação processual:

Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao jul-
gamento da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu
pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das ver-
bas de sucumbência em favor do denunciado.

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16. (FGV/TJ-AL/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018)

A modalidade de intervenção por meio da qual o terceiro, devedor solidário de uma

obrigação, se integra ao processo por iniciativa do réu que tenha sido demandado

pelo credor para pagar a dívida comum, é:

a) denunciação da lide;

b) assistência simples;

c) assistência litisconsorcial;

d) Amicus Curiae;

e) chamamento ao processo.

Letra e.

Bem, estimado(a) leitor(a), por meio dessa questão tenho a oportunidade de revi-

sar o que foi visto durante a aula no que se refere à intervenção de terceiro, vem

comigo!

e) Correto. O conceito anterior se compatibiliza como o que o estabelece o artigo

130 do Código de Processo Civil, em seu inciso I. Veja o que a lei de ritos prevê:

Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:


I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.

Chamo sua atenção para as outras duas hipóteses consignadas pelo dispositivo

legal transcrito.

a) Errado. A denunciação da lide se caracteriza por ser um fenômeno processual

por meio do qual tanto autor como réu podem promover uma ação secundária em

desfavor de um terceiro contra quem o demandado tenha um direito de evicção ou

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de regresso.

b) Errado. Assistência simples ou adesiva é por meio da qual o terceiro poderá au-

xiliar a parte principal (autor ou réu integrantes do processo), exercerá os mesmos

poderes e se sujeitará aos mesmos ônus processuais, sem, contudo, assumir o polo

da demanda, isto é, ser autor ou réu.

c) Errado. Por meio da assistência litisconsorcial o assistente poderá figurar como

parte na relação jurídica formada e nela influir, ou seja, é um litisconsórcio pos-


terior ou ulterior, o que interfere até nos prazos processuais, pois, se houver
diferentes procuradores de escritórios de advocacia distintos, os prazos serão con-
tados em dobro, salvo quando os processos forem eletrônicos (PJE).
d) Errado. Ocorre quando um terceiro é chamado a intervir em um processo em
razão de possuir conhecimentos acerca de uma matéria relevante, a qual tem como
tema o objeto da demanda levada ao judiciário, como aconteceu no caso da utiliza-
ção de células-tronco na medicina, em que foram convidados especialistas e igrejas
para atuarem como amigos da corte.

17. (IESES/TJ-AM/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-


ÇÃO/2018) Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridica-
mente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir
no processo para assisti-la. A este instituto do direito civil damos o nome de:
a) Denunciação da lide.
b) Chamamento ao processo.
c) Amicus Curiae.
d) Assistência.

Letra d.

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Bem, querido(a), a questão anteriormente comentada (16) trouxe os conceitos dos


itens “a”, “b” e “c” (que não irei repetir para não ser repetitivo, né!), os quais não
se compatibilizam com a pergunta feita pela questão.
A resposta correta é a “d”, relativa à assistência, conceito que passo em revista com
você agora: a assistência ocorrerá quando um terceiro interessado em uma sen-

tença favorável a uma das partes intervir no processo com a intenção de assisti-la.

18. (FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO – APOIO JURÍDICO/2018) A empresa Jo-

li’s Doces e Guloseimas tornou-se insolvente porque todos os seus sócios passaram

a desviar recursos da empresa para contas pessoais, abusando da personalidade

jurídica e causando confusão patrimonial. Em ação de execução de crédito decor-

rente de compra e venda de insumos, uma empresa fornecedora da Joli’s Doces e

Guloseimas

a) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que é cabível

apenas nas relações regidas pelo Código de Defesa do Consumidor.

b) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, a fim de que os

bens dos administradores ou sócios da pessoa jurídica respondam pela dívida con-

traída pela empresa.

c) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que implica a ex-

tinção da empresa.

d) poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, para excussão

dos bens do administrador da empresa, porém não de seus sócios.

e) não poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica, pois a empre-

sa e seus sócios não se confundem.

Letra b.

b) Correto. A desconsideração se presta a essa finalidade adentrar no acervo pa-

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trimonial dos sócios e administradores nas hipóteses legais.

a) Errado. Negativo, vimos que a desconsideração é tratada em outros diplomas

legais, como, por exemplo, pelo Código Civil.

c) Errado. Vivemos em um ordenamento que pugna pela preservação da empresa.

A desconsideração não possui o aludido condão, mas sim de atuar no patrimônio

dos sócios ou administradores nas hipóteses legais de modo episódico.

d) Errado. Pode sim adentrar no patrimônio dos sócios.

e) Errado. A princípio, o patrimônio dos sócios e administradores não devem se

confundir, salvo nas hipóteses autorizadoras de desconsideração, consoante vimos

durante os estudos.

19. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-

RAL/2018) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o pró-

ximo item.

De acordo com o CPC, a ausência de denunciação da lide acarreta a perda do direito

de regresso que o réu eventualmente possua contra aquele que estiver obrigado,

por lei ou por contrato, a lhe ressarcir.

Errado.

Vimos que, se não houver a denunciação da lide, é possível o ingresso com uma

ação de regresso contra aquele que estiver obrigado a ressarcir. Essa é uma facul-

dade processual, encartada no artigo 125, § 1º.

§ 1° O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide
for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

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20. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-

RAL/2018) A respeito de recursos nos tribunais, meios de impugnação das decisões judi-

ciais, processo de execução e mandado de segurança, julgue o item a seguir.

O Amicus Curiae possui legitimidade para interpor recurso especial ou extraordinário con-

tra acórdão de tribunal que tiver julgado incidente de resolução de demandas repetitivas.

Certo.

A questão evidencia uma legitimidade conferida ao amigo da corte que está disci-

plinada no artigo 138, § 3º.

§ 3º O Amicus Curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de


demandas repetitivas.

21. (CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) É ad-

missível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

a) Ao afiançado, na ação em que o fiador for réu.

b) Aos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles.

c) Aos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o

pagamento da dívida comum.

d) Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação re-

gressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

Letra d.

d) Correto. Essa assertiva se compatibiliza com o conceito de denunciação da lide.

Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I – ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao

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denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II – àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

a) Errado. Essa é uma causa de chamamento ao processo, prevista no artigo 130, I.

b) Errado. Essa é uma causa de chamamento ao processo, prevista no artigo 130, II.

c) Errado. Essa é uma causa de chamamento ao processo, prevista no artigo 130,

III. Veja o artigo relativo ao chamamento ao processo:

Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:


I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.

22. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Paula foi vítima


de acidente de trânsito provocado por Renato, que conduzia veículo automotor de
propriedade de Fernando. Por conta disso, ajuizou ação de indenização por danos
morais contra Fernando, que, em contestação, requereu a denunciação da lide a
Renato. A denunciação foi admitida pelo juiz, que determinou a citação de Renato.
Nesse caso, de acordo com o novo Código de Processo Civil,
a) ainda que Renato conteste o pedido formulado por Paula, ele não integrará o
polo passivo da ação principal, não se estabelecendo litisconsórcio entre ele e Fer-
nando.
b) se Renato for revel, Fernando deverá prosseguir com sua defesa na ação prin-
cipal, não podendo se abster de recorrer de eventual sentença desfavorável, sob
pena de não poder exigir de Renato o reembolso do que vier a pagar a Paula.
c) se Renato confessar os fatos alegados por Paula, Fernando não poderá prosse-

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guir com sua defesa na ação principal, cabendo-lhe apenas pedir a procedência da
ação de regresso.
d) se Fernando for vencedor na ação principal, a ação de denunciação não terá o
seu pedido examinado, caso em que Fernando não poderá ser condenado ao paga-
mento das verbas de sucumbência em favor de Renato.
e) se o pedido formulado na ação principal for julgado procedente, Paula poderá,
se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra Renato, nos

limites da condenação deste na ação regressiva.

Letra e.

e) Correto. A questão está em consonância com o que estabelece o parágrafo úni-

co do artigo 128 da lei de ritos.

Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso,
requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da con-
denação deste na ação regressiva.

Querido(a), em razão de questões como essa, colaciono a legislação no material.

Tive a oportunidade, em diversos momentos desse curso, de evidenciar a você

como as bancas têm cobrado a lei, muitas vezes em literalidade. Vamos lá! Acredito

no seu potencial!

a) Errado. Veja que o artigo 127 da lei de ritos evidencia a possibilidade de o de-

nunciado atuar em litisconsórcio com o denunciante, ao contrário do que a questão

apregoa.

Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de
litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, pro-
cedendo-se em seguida à citação do réu.

b) Errado. Conforme o artigo 128 da lei de ritos, Fernando poderá deixar de pros-

seguir com sua defesa, abster-se de recorrer, ou seja, a assertiva está contrária ao

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que apregoa a lei de ritos.

Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:


I – se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá
tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
II – se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com
sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua
atuação à ação regressiva;

c) Errado. O denunciante (Fernando) poderá prosseguir com sua defesa, consoan-

te o inciso III do artigo 128 do Código de Processo.

III – se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o de-
nunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir
apenas a procedência da ação de regresso.

d) Errado. A questão peca ao dizer que Fernando (denunciante) não poderá ser

condenado ao pagamento de verbas de sucumbência em favor de Renato (denun-

ciado). Veja o que a legislação processual consigna em seu artigo 129, parágrafo

único:
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu
pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento
das verbas de sucumbência em favor do denunciado.

23. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Conforme o disposto

no CPC, se, antes mesmo de ajuizar a ação, o autor verificar a presença dos requi-

sitos para a desconsideração da personalidade jurídica, ele

a) poderá requerer a desconsideração em qualquer fase do processo, desde que

ainda na primeira instância.

b) deverá aguardar o encerramento da fase cognitiva para requerer a instauração

da desconsideração da personalidade jurídica.

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c) poderá requerer a desconsideração na petição inicial, ocasião em que será dis-

pensado o incidente.

d) deverá requerer a instauração do incidente na fase cognitiva, dada a vedação da

instauração na fase de cumprimento de sentença.

Letra c.

c) Correto. A questão se compatibiliza com o que preceitua o artigo 134, § 2º.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial. (...)
§ 2° Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da persona-
lidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o
sócio ou a pessoa jurídica.

a) Errado. A desconsideração não está adstrita à primeira instância. Veja que ela
pode ser objeto de decisão pelo relator, ou seja, segunda instância.
b) Errado. Pode ocorrer na execução e cumprimento de sentença, conforme o ar-
tigo 134 do Código.
d) Errado. Não. Vimos que é possível a instauração em cumprimento de sentença.

24. (FCC/TRT – 20ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-


LIADOR FEDERAL/2016) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica
a) é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de
sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
b) é obrigatório, ainda que a desconsideração tenha sido requerida na petição inicial.
c) acarreta a nulidade da alienação de bens havida em fraude à execução, quando
o pedido de desconsideração for acolhido.
d) é resolvido por sentença.

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e) não suspende o processo, em regra.

Letra a.
a) Correto. De fato, a questão se alinha ao que consigna o artigo 134 da lei de
ritos.
b) Errado. Negativo, consoante o artigo 134, § 2º, da lei de ritos, é dispensado o
incidente acaso seja requerido na petição inicial.
c) Errado. A questão contraria o que estabelece o artigo 137 da lei de ritos, a qual
consigna que acarreta a ineficácia, veja comigo:
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens,
havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

d) Errado. É resolvida por decisão interlocutória, consoante o artigo 136 do código.

e) Errado. Não! A regra é a suspensão, excepcionada apenas quando o requeri-

mento ocorrer na inicial.

25. (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) O incidente de desconsideração da


personalidade jurídica, disciplinado pelo novo Código de Processo Civil,
a) pode ser instaurado de ofício.
b) é cabível no cumprimento de sentença, mas não na execução fundada em título
executivo extrajudicial.
c) não suspende o processo se instaurado na fase de cumprimento de sentença.
d) é resolvido por sentença.
e) é cabível em todas as fases do processo de conhecimento.

Letra e.
e) Correto. O item está em conformidade com o artigo 134, anteriormente trans-

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crito.
a) Errado. Negativo! O incidente deve ser instaurado pela parte ou Ministério Pú-
blico, não pelo juiz de ofício como afirma a assertiva.
b) Errado. O item se contraria o artigo 134 do CPC. Veja comigo:

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título
executivo extrajudicial.

c) Errado. Suspende sim, pois essa é a regra, a qual possui exceção em caso de

requerimento do incidente na inicial.

d) Errado. Resolvido por decisão interlocutória.

26. (FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/DIREITO/2016) Analise as seguintes asserti-

vas sobre a intervenção de terceiros à luz do Código de Processo Civil:

I. Na assistência simples sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assis-

tido, o assistente será considerado seu gestor de negócios.

II. Tratando-se de denunciação da lide admite-se uma única denunciação sucessi-

va, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial

ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo

promover nova denunciação.

III. A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica é dis-

pensada se o requerimento for apresentado na petição inicial.

IV. A intervenção do Amicus Curiae determinada pelo juiz de ofício ou a requeri-

mento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, poderá acarretar modifica-

ção de competência e autoriza a interposição de recursos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I, II e III.

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c) I, III e IV.

d) I, II e IV.

e) II e III.

Letra e.

Item I. Errado. O caso em tela evidencia um caso em que o terceiro será um subs-

tituto processual, consoante o parágrafo único do artigo 121 do Código de Processo.

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mes-
mos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o
assistente será considerado seu substituto processual.

Item II. Correto. Vimos, no decorrer da aula, que é admissível a denunciação da

lide uma vez, denominada de sucessiva.

Item III. Correto. Como a FCC gosta de perguntar sobre esse tema, né? A asser-

tiva se harmoniza com o artigo 134, § 2º, o qual transcrevi durante as correções.

Item IV. Errado. Vimos que a atuação do Amicus Curiae é limitada pelo artigo 138

da lei de ritos. Sendo assim, não haverá modificação de competência ou interposi-

ção de recursos.

§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem au-
toriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e
a hipótese do § 3º.

27. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – ADVOGA-

DO/2016) A respeito da intervenção de terceiros, é correto afirmar:

a) Na assistência simples, se o assistido for revel, o assistente será considerado

seu substituto processual.

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b) Feita a denunciação da lide pelo réu, se o denunciado contestar o pedido for-

mulado pelo autor, o processo prosseguirá somente contra ele, com a exclusão do

denunciante.

c) O Amicus Curiae não poderá recorrer da decisão que julgar o incidente de reso-

lução de demandas repetitivas.

d) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica não é cabível na fase

de cumprimento de sentença.

e) O chamamento ao processo só pode ser requerido pelo autor, na inicial ou na

réplica.

Letra a.

a) Correto. A questão se harmoniza como o que preceitua o parágrafo único do

artigo 121 da lei de ritos.

Art. 121.
Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assis-
tente será considerado seu substituto processual.

b) Errado. Consoante o artigo 128 da lei de ritos, o caso trazido pela questão será

de litisconsórcio. Sendo assim, o denunciante não será excluído do processo.

c) Errado. Essa é a exceção à regra prevista no artigo 138, § 3º, do Código.

§ 3º O Amicus Curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de


demandas repetitivas.

d) Errado. Vimos, em comentários anteriores, que é possível o incidente na fase

de cumprimento de sentença, ao contrário do que apregoa a assertiva.

e) Errado. O chamamento é feito pelo réu.

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28. (CESPE/TRT – 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-

LIADOR FEDERAL/2017) Conforme o disposto no CPC, se, antes mesmo de ajuizar

a ação, o autor verificar a presença dos requisitos para a desconsideração da per-

sonalidade jurídica, ele

a) poderá requerer a desconsideração em qualquer fase do processo, desde que

ainda na primeira instância.

b) deverá aguardar o encerramento da fase cognitiva para requerer a instauração

da desconsideração da personalidade jurídica.

c) poderá requerer a desconsideração na petição inicial, ocasião em que será dis-

pensado o incidente.

d) deverá requerer a instauração do incidente na fase cognitiva, dada a vedação da

instauração na fase de cumprimento de sentença.

Letra c.

c) Correto. Esse é o texto do artigo 134, § 2º.

a) Errado. A desconsideração não está adstrita à primeira instância.

b) Errado. O incidente é cabível em todas as fases do processo, no cumprimento

de sentença e na execução, conforme o artigo 134 do Código.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.

d) Errado. A questão contraria o artigo 134 do Código.

29. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO/2017) São formas de intervenção de terceiros previstas no Código de

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Processo Civil/2015, EXCETO:

a) Assistência.

b) Nomeação à autoria.

c) Chamamento ao processo.

d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.

Letra b.

Querido(a), a questão pergunta qual das assertivas NÃO é uma forma de inter-

venção de terceiros. Bem, vimos, no decorrer da aula, que a nomeação à autoria,

assim como a oposição, não faz parte do rol descrito como intervenção de terceiros

na atual lei de ritos. Noutro giro, a assistência, o chamamento ao processo e o in-

cidente de desconsideração foram encartados no novo Código, admitindo a aludida

intervenção.

30. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS –

PROVIMENTO/2017) Com relação ao incidente de desconsideração da personalida-

de jurídica, analise as proposições seguintes:

I. O incidente será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando

lhe couber intervir no processo.

II. A instauração de incidente suspenderá o processo, salvo se o pedido de descon-

sideração da personalidade jurídica for formulado na petição inicial.

III. O incidente não se aplica ao processo de competência dos juizados especiais

cíveis.

IV. Acolhido o pedido, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de exe-

cução, será ineficaz em relação à parte que requereu a instauração do incidente.

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Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) III, apenas.

d) I, II, III e IV.

Letra b.

I. Correto. A questão está em harmonia com o que prevê o artigo 133 da lei de ritos.

II. Correto. Isso mesmo! A questão disciplina o que é estabelecido pelo artigo 134,

§§ 2º e 3º, da lei de ritos.

§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da persona-


lidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio
ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.

III. Errado. O Novo Código prevê a aplicação do incidente em juizados especiais,

consoante o artigo 1.062.

Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao pro-


cesso de competência dos juizados especiais.

IV. Correto. O item carreia para questão o teor do artigo 137 do Código.

E é isso, companheiro (a) virtual! Feitas essas considerações, este professor

(um terceiro que procura fazer uma intervenção positiva nos seus estudos acerca

do processo civil) se despede de você por meio daquele habitual abraço fraterno e

agradecimentos pela confiança nessa marcha preparatória. Fique com Deus e até o

nosso próximo encontro!

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Duvide de si mesmo e você duvidará de tudo que vê. Julgue a si mesmo e você verá juí-
zes por toda parte. Mas se você ouve o som de sua própria voz, você consegue elevar-se
acima da dúvida e do julgamento. E você consegue ver eternamente (Nancy Kerrigan).

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