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DIREITO

PROCESSUAL CIVIL
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Audiência de Instrução e Julgamento
Prof. Anderson Ferreira

SUMÁRIO
Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ) e das Provas...................................3
Das Provas (Parte Geral)............................................................................ 13
Da Produção Antecipada de Provas.............................................................. 26
Das Provas em Espécie............................................................................... 31
Da Ata Notarial......................................................................................... 33
Do Depoimento Pessoal.............................................................................. 34
Da Confissão............................................................................................. 37
Da Prova Documental................................................................................. 40
Da Força Probante do Documento................................................................ 40
Da Exibição do Documento ou da Coisa........................................................ 41
Da Falsidade Documental............................................................................ 44
Da Prova Testemunhal................................................................................ 46
Da Prova Pericial....................................................................................... 53
Da Inspeção Judicial.................................................................................. 58
Questões Comentadas em Aula................................................................... 83
Gabarito................................................................................................. 102

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AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (AIJ) E DAS


PROVAS

Olá, querido(a) amigo(a), é com grande satisfação e enorme alegria que inicio,

junto com você, companheiro(a) virtual, mais um encontro para tratar de alguns

assuntos abordados no nosso importantíssimo Código de Processo Civil. Nossa aula

apresenta como objetos de estudo a audiência de instrução e julgamento (AIJ), de

modo a encerrarmos as etapas do processo de conhecimento e iniciarmos o impor-

tante e fascinante tema relativo a provas, inserido na fase instrutória do processo.

Bem, posto isso, vamos lá, vem comigo!

Amigo(a), a audiência de instrução e julgamento é uma etapa da marcha pro-

cessual, a qual, como dito no parágrafo acima, é uma etapa do processo de conhe-

cimento, assunto tratado na aula anterior. Essa etapa nem sempre é necessária,

pois ocorrerá quando o juiz entender que se faz necessária a produção de provas,

como, por exemplo, ouvir peritos, autor, réu e testemunhas, ou seja, produzir pro-

va oral no processo por meio da marcação de data para que as oitivas ocorram ou

quando não for o caso de julgamento antecipado do mérito.

Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução


e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como
outras pessoas que dela devam participar.

Bem, mesmo com a designação de audiência de instrução e julgamento, o juiz

buscará a conciliação entre as partes, de modo a perguntar a elas se é possível

uma resolução consensual, mesmo que tenha havido outras tentativas no sentido

de conciliá-las. Em verdade, quando começa a audiência de instrução e julgamento

deseja-se que as partes entrem em acordo.

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Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente


do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a
mediação e a arbitragem.

Querido(a), a depender do nível de litigiosidade entre as partes, elas possuirão

dificuldades de se conciliarem, aliás, até de estarem no mesmo recinto, acredite

em mim... Já presenciei uma situação em audiência que parecia a promoção de luta

entre lutadores de MMA! É, estimado(a) leitor(a), quase deu briga!

Em razão do exposto, o art. 360 da Lei de Ritos confere ao juiz o poder de po-

lícia, com vistas à manutenção da ordem durante a audiência (de modo a ordenar

que aqueles os quais possuam comportamento inconveniente se retirem da sala),

requisitar força policial (se for necessário), a tratar com urbanidade as partes, ad-

vogados, membros do Ministério Público ou Defensoria Pública e qualquer pessoa

que participe do processo, pois isso reflete, de forma positiva, na condução harmô-

nica da instrução, além do que, deve o julgador registrar os requerimentos (pedi-

dos) apresentados em audiência.

Conforme disse, a audiência de instrução objetiva a produção de provas orais as

quais, segundo o art. 361 da codificação vigente, possuem uma ordem preferencial

(perceba que não é obrigatória), por meio da qual se escuta:

• os peritos e assistentes técnicos, para responderem a quesitos e esclareci-

mentos formulados;

• o autor;

• o réu;

• as testemunhas arroladas pelo autor;

• as testemunhas arroladas pelo réu.

Enquanto os peritos, assistentes técnicos, estiverem em oitiva, autor e réu pres-

tarem depoimentos pessoais e as testemunhas forem ouvidas, o Ministério Público

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e advogados não poderão intervir ou apartear (interromper aquele que fala), sem a

autorização do juiz, consoante o parágrafo único do art. 361 do Código de Processo

Civil. Até porque, vamos combinar, isso é chato, né? Até quando a gente quer con-

tar uma história, ser interrompido não é legal, o que dirá em uma audiência!

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,


preferencialmente (grifo meu):
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as
testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem
licença do juiz.

Amigo(a), o art. 358 do Código de Processo Civil estabelece que a audiência

será marcada com indicação de dia e hora para acontecimento. No entanto, o art.

362, do mesmo diploma normativo, estatui que poderá ocorrer o adiamento nas

seguintes situações:

• convenção das partes;

• se a pessoa que deva participar, ou seja, cuja presença for essencial, não

puder comparecer por motivo justificado, o qual deverá ser comprovado até

a abertura da audiência, sob pena de ocorrer a instrução, conforme o § 1º do

art. 362 da Lei n. 13.105 de 2015 (tipo um problema de saúde);

• por atraso injustificado para o início da instrução por tempo superior a 30

minutos da hora marcada (então, olha a pontualidade do novo Código!).

Além do exposto, está expresso no novo Código de Processo Civil que as

partes têm que ser intimadas se houver cancelamento ou adiamento da audiên-

cia. É uma obviedade, que deve ser dita, porquanto, às vezes, o óbvio também

é cobrado em provas!

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Cumpre destacar que, aquele que der causa ao adiamento da audiência, res-

ponderá pelas despesas dela decorrentes e, caso o advogado ou defensor público

que representa a parte não tenha comparecido à instrução, o juiz poderá dispensar

a produção de provas requeridas. Essa regra se aplica ao Ministério Público.

Fique atento(a)!

Se o Ministério Público não comparecer à instrução, o juiz poderá dispensar a

produção de provas requeridas pelo parquet.

§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra
ao Ministério Público.

Ao final da audiência de instrução, o juiz dará a palavra aos advogados do autor

e do réu, pelo prazo de 20 minutos para cada um deles e ao Ministério Público (nos

casos em que o parquet deva intervir), tempo esse que poderá ser dilatado por

mais 10 minutos, caso o julgador entenda necessário. Contudo, se a causa apre-

sentar questões mais complexas quanto a fatos e direito, os debates orais podem

ser substituídos por razões finais por escrito, em prazo sucessivo de 15, escritos

denominados de memoriais.

Então, acompanhe o seguinte raciocínio comigo.

Quando se fala em razões finais, estamos diante da manifestação da parte sobre

a prova produzida. É uma espécie de memorial, a qual manifesta acerca da prova

produzida. O novo Código consigna que o prazo das razões finais é de 15 dias. Não

é um prazo comum. São 15 dias para cada parte. Pela nova Lei de Ritos, o juiz pode

dilatar os prazos, mas não pode reduzir.

Estimado(a) leitor(a), a audiência é una e deve ser realizada de modo contí-

nuo (com estribo no art. 365 da Lei n. 13.105/2015). Contudo, há situações em

que o perito ou testemunhas não podem comparecer (por problemas de saúde,

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por exemplo, vítimas de uma terrível indigestão após comer torresmo, rs). Sendo

assim, a instrução poderá ocorrer em outro momento, desde que haja a anuência

das partes e seja marcada em data mais próxima possível em pauta preferencial.

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cin-


dida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do
julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima
possível, em pauta preferencial.

Encerradas as etapas mencionadas nas linhas acima, o juiz poderá proferir a

sentença na própria audiência ou informar às partes que proferirá no prazo de 30

dias. O servidor que acompanha a audiência lavrará o termo com os eventos ocor-

ridos, os quais serão subscritos (assinados ao final) pelo juiz, advogados, membro

do Ministério Público e escrivão ou chefe de secretaria. As partes não precisam

subscrever, salvo quando houver ato de disposição para cuja prática os advogados

não tenham poderes (segundo o § 2º do art. 367), ou seja, a atuação não puder

ser praticada pelo procurador.

Vale destacar que as audiências poderão ser gravadas, inclusive pelas partes

sem que, para isso, seja necessária autorização do juiz e, salvo exceções previstas

em lei (processos que tramitam em segredo de justiça), serão públicas.

Nos tempos atuais, a legislação trata a gravação da audiência da seguinte forma:

Art. 365, § 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio,


em meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos ór-
gãos julgadores, observada a legislação específica.

Chamo sua atenção para o fato de que, agora, pode haver depoimento a distância.

§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por


qualquer das partes, independentemente de autorização judicial.

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Ok, esse ato é público e as partes podem levar seu Ipad ou celular e gravarem

o ato. Agora, pergunto: a parte tem que avisar que está gravando? Fredie Didier

entende que sim, já que o princípio da boa-fé rege as relações processuais. Avisar

é uma coisa, mas pedir autorização é outra. Avisar está de acordo com a boa-fé e

a ética, sem falar que dá tempo de aquele que será filmado ajeitar o cabelo, a gola

da camisa, enfim, se preparar para a gravação!

1. (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Em relação à audiên-

cia de instrução e julgamento, é correto afirmar:

a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em

meio digital ou analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse

caso desde que haja autorização judicial.

b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemu-

nhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem

licença do juiz.

c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-

vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, regra porém não

aplicável ao Ministério Público, em face dos interesses indisponíveis defendidos.

d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada mas em

caso algum cindida, ainda que haja concordância das partes.

e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate

oral deverá ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo

autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada

vista dos autos.

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Letra b.

a) Errada. Vimos que a audiência pode ser gravada sem a autorização do juiz, ao

contrário do que a assertiva afirma.

b) Certa. Sim, conforme o art. 367, § 6º, os peritos, assistentes técnicos, partes

ou testemunhas só podem ser aparteados ou suas falas, terem intervenções do

Ministério Público ou advogados, mediante licença do juiz.

c) Errada. Negativo! O Ministério Público também é abrangido pela regra, conso-

ante o art. 362, § 2º, do Código.

d) Errada. Vimos, durante a aula, que conquanto a audiência seja una e contínua,

poderá ser cindida (separada), quando houver ausência de perito ou testemunha,

com a concordância das partes (conforme art. 365 da Lei de Ritos).

e) Errada. O prazo será de 15 dias e não 10, como a questão assevera. Além disso,

o debate poderá ser substituído por alegações finais e não deverá (o que é compul-

sório), conforme o art. 364, § 2º, da Lei n. 13.105/2015.

2. (2018/VUNESP/FAPESP/PROCURADOR) No dia e na hora designados, o juiz de-

clarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes

e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar,

observando que:

a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não

tenha ocorrido o emprego de outros métodos de solução consensual de conflitos.

b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da

sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente.

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c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes

pessoas na ordem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.

d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.

e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Minis-

tério Público que não esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.

Letra b.

a) Errada. O juiz buscará a conciliação mesmo que tenha ocorrido tentativa ante-

rior (art. 359), ao contrário do que afirma a assertiva.

b) Certa. O juiz exerce o poder de polícia durante a audiência, empoderamento

que permite ao julgador retirar da sala quem se comportar de modo inconveniente,

consoante o art. 360, II, do Código.

c) Errada. Veja comigo a ordem preferencial estabelecida pelo Código de 2015:

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,


preferencialmente:
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos
requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por
escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.

d) Errada. A audiência poderá ser adiada por convenção das partes, não das tes-

temunhas. Veja o texto do art. 362 sobre o adiamento:

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:


I – por convenção das partes;
II – se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;
III – por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do
horário marcado.

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e) Errada. Não, ao contrário do que estabelece a questão, caso o parquet não es-
teja presente na audiência, a prova pode ser dispensada.

§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra
ao Ministério Público.

3. (2017/FGV/TRT-12ª REGIÃO/SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Lua-
na estava designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e,
a despeito de o juiz estar em seu gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não
havia sido realizado. Os advogados tentaram saber o que estava acontecendo, e a
resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando do almoço.

Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:


a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabinete;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e
nem que esse espere os litigantes;
c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de
multa àquele que se retira da Corte sem justificativa;
d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao
início previsto de sua audiência;
e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso
de até 1 hora é tolerado por Lei, o que ainda não havia acontecido.

Letra d.
Vimos que uma das causas de adiamento da audiência, consoante o art. 362, III,
da Lei de Ritos, é o atraso injustificado por tempo superior a 30 minutos. No caso

em tela, o atraso se deu por 45.

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Art. 362. A audiência poderá ser adiada:


III – por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos
do horário marcado.

4. (2017/FAFIPA/Fundação Araucária-PR/ADVOGADO) Em se tratando das disposi-

ções do Código de Processo Civil vigente (Lei n. 13.105/2015) acerca da audiência

de instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA.

a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministé-

rio Público e o escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quan-

do houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.

b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, prefe-

rencialmente: o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas; o perito e os

assistentes técnicos.

c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-

vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, não se aplicando

essa regra ao Ministério Público.

d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate

oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo

autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua interven-

ção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos.

Letra a.

a) Certa. A questão se harmoniza com o art. 367, § 2º, do Código.

b) Errada. Negativo, o perito e os assistentes são ouvidos, preferencialmente, an-

tes do ator, réu e testemunhas, consoante art. 361 da Lei de Ritos.

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c) Errada. A regra também se aplica ao Ministério Público, ao contrário do que

assevera a assertiva.

d) Errada. O prazo é de 15, não 10, como afirma a assertiva.

Das Provas (Parte Geral)

Amigo(a), sempre gostei muito do assunto relativo a provas, por meio delas é

possível que o juiz decida de forma mais acertada, porquanto orienta o julgamento

baseado em documentos, perícias, oitivas de testemunhas depoimentos pessoais,

dentre outras modalidades probatórias acerca de fatos sobre os quais controvertem

as partes.

Chamo sua atenção no sentido de que o julgador avalia as provas referentes aos

fatos a ele carreados, de modo que os meios probatórios não se referem ao direito

controvertido, ou seja, não dizem respeito a questões jurídicas, porquanto isso será

avaliado pelo juiz e não haverá controvérsia acerca disso, mas, sim, em relação à

situação fática ocorrida.

Exemplo: a título ilustrativo, imagine que Pepe Nouglas tenha tido um roman-

ce com Doralice durante o carnaval de Salvador e, dessa relação, tenha nascido

Abrahan Durval. Suponha, ainda, que Nouglas não queira assumir a paternidade da

criança de modo que seja necessário o esclarecedor exame de DNA, o qual detecta

que Pepe é, de fato, o pai de Abrahan e, com efeito, o aludido exame faz nascer

uma obrigação à prestação de alimentos por parte do genitor. Perceba que se dis-

cute o fato de Pepe ser ou não o pai da criança, o que é constatado por meio de

prova (exame) e não o direito do filho a prestação de alimentos, o qual é obrigação

da figura paterna.

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Querido(a), embora as considerações feitas no parágrafo acima se refiram à

regra do nosso processo, ou seja, o fato de o julgador avaliar as provas relativas a

situações fáticas, haja vista o juiz ser um conhecedor do Direito (iura novit curia),

existem casos nos quais o assunto versa sobre a vigência direito municipal, esta-

dual, estrangeiro ou consuetudinário (costumeiro). Nesses casos, a parte que alega

o direito deverá comprovar o vigor e teor do alegado ao juiz (o que pode ser feito

por meio de certidões e pareceres jurídicos).

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário


provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Cumpre destacar que as partes envolvidas na relação processual podem se valer

de provas legítimas (legais, que não afrontem as normas de direito material ou pro-

cessual) para provar a veracidade das alegações daquilo que carreiam ao julgador

de modo que esse possa formar a convicção para sentenciar. As provas podem ser:

• Típicas: aquelas que são previstas no Código de Processo Civil, tais como os

depoimentos pessoais, oitivas, inspeção judicial, perícias;

• Atípicas: não previstas no Código, mas admitidas, a fim de salvaguardar do

direito, como, por exemplo, uma gravação telefônica feita pelo pai da criança

e gravada pela genitora, em que ele afirma ser o genitor, porém, negará em

juízo essa condição. Isso é um meio legítimo, o qual, mesmo sem previsão

legal, influirá no julgamento do processo.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
ralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Durante a marcha processual, o juiz poderá participar da produção de provas

de modo a determinar que se produza aquelas que sejam relevantes para o jul-

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gamento do processo, bem como indeferir os pleitos feitos pelas partes os quais

se mostrem inúteis ou protelatórios (só para enrolar o julgamento, pois em nada

contribuem para o deslinde da ação). Porém, a decisão que indeferir as provas re-

queridas deverão ser fundamentadas pelo julgador.

Querido(a), estamos inseridos em um sistema processual pautado pela convic-

ção do juiz, o que significa dizer que, de modo fundamentado, o julgador, ao apre-

ciar os elementos probatórios, indicará o motivo pelo qual decidiu em determinado

sentido, raciocínio o qual afasta o sistema legal de apreciação das provas (cuja

prova era valorada) ou da íntima convicção (típico do tribunal do júri, por meio do

qual o julgador não precisa motivar a decisão proferida).

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

Nosso sistema processual admite que uma prova produzida em um processo

possa ser utilizada em outro, de modo que o juiz irá valorá-la de acordo com àquilo

que entender adequado, desde que aplique o contraditório. Esse é o entendimento

da Lei n. 13.105/2015, o qual consagra a prova emprestada.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Veja que interessante: a prova emprestada pode ser um processo arbitral, pe-

nal, jurisdicional, eleitoral, mas deve se observar o contraditório. Só poderei im-

portar uma prova, para utilizar no processo, se a pessoa contra quem a prova for

utilizada tiver sido parte no processo anterior.

Prezado(a) estudante, quando estudamos o processo de conhecimento, co-

mentei com você sobre a petição inicial, peça por meio da qual o autor leva à

cognição do juiz uma situação fática que feriu um direito. Noutro giro, o réu

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pode refutar o que fora afirmado pelo proponente da ação por meio de uma

peça defensiva, qual seja, a contestação. Perceba que, em ambas as peças,

serão feitas alegações, nas quais podem ser necessárias provas que norteiem a

atuação do magistrado, o que gerará um ônus (encargo) para o autor e para o

réu no sentido de provarem o que foi alegado.

Quanto ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o que alega, ou seja,

acerca dos fatos constitutivos do direito alegado e ao réu o encargo do ônus

probante sobre fatos relativos à existência de impedimento, modificação ou ex-

tinção do direito alegado por quem ocupa o polo ativo da demanda. Veja o que

dispõe o art. 373 do Código:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
do autor.

Com base no exposto, estamos diante da chamada teoria da carga está-

tica do ônus da prova. “Eita, professor! É física isso?” Não, estimado(a), e

antes que seus cabelos arrepiem igual ao daquele gênio chamado Albert Eins-

tein, explico que a aludida teoria se refere ao fato de que, em regra, cabe, em

abstrato, ao autor provar as alegações feitas e ao réu demonstrar impedimento,

extinção ou modificação do que fora alegado.

Ok, porém, existem casos em que se torna muito difícil ou mesmo impossível

que uma das partes consiga provar o alegado.

Exemplo: imagine uma situação em que uma empresa negative o nome do clien-

te ou mesmo de alguém que não é cliente (isso, infelizmente, acontece com muita

frequência), pense na dificuldade do consumidor ou equiparado (com situação de

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vulnerabilidade e hipossuficiência técnica, econômica, financeira e jurídica) teria

em provar que não celebrou nenhum contrato com a aludida empresa, ou seja, isso

seria excessivamente difícil ou até mesmo impossível!

Bem, para casos como o supramencionado, a Lei de Ritos adotou a passibilidade

de aplicação da teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, por meio

da qual o ônus probatório poderá ser alterado quando houver excessiva dificuldade

para provar aquilo que é alegado ou quando existir maior facilidade de obtenção da

prova do fato contrário, situação já admitida pela jurisprudência.

Amigo(a), pode-se dizer que as provas podem ser:

• Legais: em caso nos quais, por previsão em lei, inverte-se o ônus probatório

(como nas relações consumeristas amparadas pela Lei n. 8.078/1990, a qual

prevê que o ônus da prova recai sobre a prestador de serviços ou fornecedor

ou nas relações laborais quando há a inversão do encargo probatório);

• Convencional: nesse caso, as partes podem chegar a um acordo, transigir

sobre o encargo probatório, desde que essa deliberação verse sobre direito

disponível ou quando se tornar excessivamente difícil ou impossível a uma

das partes exercer o direito. Chamo sua atenção para o fato de que essa con-

venção pode ocorrer antes ou durante a marcha processual.

No entanto, vale salientar que o juiz deve fundamentar a inversão do ônus da

prova oportunizando que a parte possa se desincumbir do encargo que lhe fora

atribuído.

O juiz não pode simplesmente dizer: redistribuo o ônus da prova ou inverto o

ônus da prova, com base no art. 373. Agora, terá que fundamentar. Se não fun-

damentar, haverá nulidade. Impõe-se, então, um requisito formal, a saber: funda-

mentação específica sobre isso.

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O Código de Defesa do Consumidor consagra a inversão do ônus da prova pelo

juiz, em favor do consumidor, desde que preenchidos alguns requisitos estabeleci-

dos pela codificação mencionada.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput
ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o
ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em
que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincum-
bência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

Da decisão do juiz que redistribui o ônus da prova cabe agravo de instrumento.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Amigo(a), embora os fatos devam ser provados, cumpre destacar que existem

situações que não dependem de prova, quais sejam:

• notórias: são fatos de conhecimento comum, público, como, por exemplo, a

morte do autor da herança comprovada por atestado de óbito, o que permite

a sucessão dos herdeiros;

• fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária:

perceba que são situações nas quais uma parte admite o que fora afirmado

por outra de modo que as provas não se fazem necessárias;

• admitidos no processo como incontroversos: vimos, linhas acima, que

as provas são cabíveis para fatos controvertidos. Ora, se não há controvérsia

entre as partes, também não será necessária a produção probatória;

• em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracida-

de: são casos nos quais existe uma presunção, aliás, o direito trabalha com

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presunções, sejam elas relativas (juris tantum) ou absolutas (jure et jure).


Nessa esteira de pensamento, seria o caso de um condutor incauto o qual
colide no veículo à sua frente. Presumivelmente o motorista causador do
abalroamento será culpado (por presunção relativa).

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

Estimado(a) leitor(a), costumo avaliar que o novo Código ficou mais operável

para o juiz quando comparado com seu antecessor de 1973. Um dos motivos que

me leva a pensar dessa maneira se refere ao art. 375 da Lei de Ritos, o qual possi-

bilita ao julgador a aplicação de regras da experiência adquirida pelas observações

do ocorre de forma ordinária no cotidiano forense, além das regras relativas à ex-

periência técnica adquirida, veja o dispositivo em comento:

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observa-


ção do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressal-
vado, quanto a estas, o exame pericial.

Uma questão interessante diz respeito à cooperação entre os juízos quanto a

atividade probatória, uma vez que as provas podem ser obtidas por meio de cartas

precatórias, rogatórias e de ordem (assunto tratado em aula anterior).

Amigo(a), segundo os arts. 378 e 379 da n. Lei n. 13.105/2015, ninguém deve

se eximir de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade,

sempre que possível a verdade real. Porém, as partes possuem o direito de não

produzir provas contra si mesmas, no entanto, a elas incumbe:

I – comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;


II – colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III – praticar o ato que lhe for determinado.

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Bem, o art. 380 da Lei Adjetiva estabelece as incumbências de terceiros em

qualquer causa, os quais devem:

I – informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;


II – exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

Chamo sua atenção para fato de que o juiz possui poderes de caráter indutivo,

coercitivo, mandamentais e sub-rogatórios, além de poder impor multa àquele que

descumprir os encargos previstos nos incisos I e II do art. 380 do Novo Código de

Processo Civil.

Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da impo-


sição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.

O novo CPC consagra expressamente o direito a não autoincriminação, que é

o direito de não produzir prova contra si. Pela primeira vez, está expressamente

previsto no novo CPC.

5. (2018/FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação ao Capítulo das Provas no

Código de Processo Civil, considere as seguintes afirmações.

I – A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário

provar-lhe-á, de imediato, o teor e a vigência.

II – A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes,

antes ou durante o processo.

III – Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma

das partes.

IV – Caberá ao juiz, mediante requerimento da parte, determinar as provas neces-

sárias ao julgamento do mérito.

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Está correto o que consta APENAS de:

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e IV.

e) III e IV.

Letra d.

I – Errado. O item erra ao asseverar que a parte deverá provar o direito de ime-

diato. Em verdade, essa prova deverá ser produzida se o juiz determinar.

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário


provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

II – Certo. Esse é o teor do art. 373, §§ 3º e 4º, da Lei de Ritos.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

III – Errado. Negativo, vimos que os atos notórios não dependem de prova, con-

soante o art. 374, I.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;

IV – Certo. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, determinar a

produção de provas necessárias ao julgamento de mérito.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.

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6. (2018/FCC/TRT-6ª REGIÃO/PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Con-


sidere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas processuais.
I – Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem como
os notórios, necessitam ser provados nos autos.
II – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
III – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as
diligências inúteis ou meramente protelatórias.
IV – As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, desde que especificados na norma processual civil, para
provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido e influir eficazmente na
convicção do juiz.
V – A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade
das partes, desde que a convenção respectiva seja celebrada durante o curso do
processo, necessariamente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.

Letra d.
I – Errado. O item contraria o art. 374, I e II, do Código.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

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II – Certo. A questão está alinhada com o texto do art. 372 da Lei n. 13.105/2015,

o qual consagra a prova emprestada.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

III – Certo. Sim, vimos que o juiz indeferirá provas inúteis ou protelatórias, con-

soante o parágrafo único do art. 370.

IV – Errado. As provas, não necessariamente, precisam estar previstas no Código

para serem admitidas, porquanto a legislação admite a prova alinhada com os va-

lores moralmente aceitos.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
ralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

V – Errado. A convenção pode ocorrer antes ou durante o processo.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

7. (2018/FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO) Quanto

às provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:

a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e

confessados pela parte contrária.

b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas ex-

pressamente em lei.

c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contra-

ditório e a ampla defesa.

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d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo

convencioná-lo de outro modo por acordo das partes.

e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas ne-

cessárias ao julgamento do mérito, indeferindo em decisão fundamentada as dili-

gências inúteis ou meramente protelatórias.

Letra e.

a) Errada. Além dos fatos notórios, a legislação admite outras hipóteses nas quais

as provas não são necessárias como fatos incontroversos, afirmados por uma parte

e confessados pela parte contrária; admitidos no processo como incontroversos;

em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

b) Errada. O art. 369 do Código admite provas moralmente legítimas não especi-

ficadas na codificação.

c) Errada. A codificação admite provas oriundas de outro processo, desde que

ocorra o contraditório e ampla defesa, consoante art. 372 da Lei de Ritos, ou seja,

a prova emprestada.

d) Errada. Vimos, no decorrer da aula, que é admitida a inversão do ônus da prova

convencional desde que verse sobre direito disponível e não torne impossível ou

excessivamente difícil o exercício do direito para a parte.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

e) Certa. A questão está em consonância com o que estabelece o art. 370, pará-

grafo único, da Lei n. 13.105/2015.

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8. (2017/FCC/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) O Novo Código de Processo Civil

a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte

para se desincumbir do ônus que lhe tenha atribuído.

b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por

convenção das partes, desde que celebrada durante o processo.

c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais

possível a dilação probatória em caráter antecedente.

d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.

e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, con-

tudo, atribuir a ela o mesmo valor dado no processo originário.

Letra a.

a) Certa. Esse é o teor do art. 373, § 1º, do Código, o qual se coaduna com a teoria

da carga dinâmica do ônus da prova, desde que seja dado a parte o direito de se

desincumbir do encargo imposto.

b) Errada. Não, a convenção poderá ser celebrada antes do processo, consoante

o art. 373, § 3º.

c) Errada. A questão contraria o que estabelece o art. 381 da Lei de Ritos, acom-

panhe comigo:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:


I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

d) Errada. Negativo, consoante o art. 373, § 1º, da Legislação processual hodier-

na, permite a aplicação da teoria dinâmica do ônus da prova, o que era admitido

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pela jurisprudência. Contudo, adota-se a teoria estática da produção de provas, por

meio da qual incumbe ao autor provar os fatos alegados e ao réu comprovar fatos

extintivos, modificativos e extintivos de direito.

e) Errada. A prova emprestada é admissível, entretanto, será valorada de acordo

com a avaliação do juiz.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Da Produção Antecipada de Provas

Estimado(a) leitor(a), quando se fala em produção antecipada de prova, esta-

mos diante de uma situação na qual é necessário que uma prova relativa ao pro-

cesso seja produzida em razão do receio do perecimento dela (como no caso de

uma testemunha que precisa ser ouvida, com brevidade, pois está muito doente),

ou para que a parte tenha elementos necessários para subsidiar uma ação (um

dano moral em razão de uma calúnia por meio do WhatsApp quando autor não sabe

quem enviou a mensagem) ou mesmo para subsidiar uma autocomposição.

Com base no exposto, há a produção antecipada de provas como uma ação autô-

noma, cuja natureza jurídica é preparatória (ocorre antes de se ajuizar uma ação prin-

cipal ou colher dados para subsidiar a propositura da ação) ou incidental (a qual ocorre

no curso do processo, haja vista a necessidade de produzir elementos probatórios).

“Certo, professor, mas o que é uma ação probatória?” Bem, é uma ação que

tem por objeto a produção de uma prova. Agora, qualquer meio de prova que se

quer produzir antecipadamente poderá ser produzido. A ação probatória autôno-

ma é uma ação autônoma independente, não precisando de outro processo. Não é

cautelar. É uma ação de jurisdição voluntária cujo propósito é produzir uma prova.

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Uma vez visto o conceito, é necessário que sejam examinados os motivos


de admissão para aludida antecipação, os quais estão disciplinados no art. 381
da Lei de Ritos.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:


I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;

Ou seja, o inciso acima versa sobre uma prova urgente. Seria o caso de um
depoimento de suma importância para a marcha processual, o qual de depende da
oitiva de uma pessoa enferma que está no leito de morte.

II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;

Nesse caso, há, mais uma vez, o novo Código estimulando a autocomposição
entre as partes as quais podem, por meio da antecipação da prova, optar pela outra
via adequada à solução de conflitos.

III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Como exemplificado nas linhas acima, seria o caso de uma ofensa à honra de
outrem na rede social e somente a perícia poderá indicar o ofensor, de modo que o
conhecimento dos fatos viabiliza a propositura da ação ou, até mesmo, o não ajui-
zamento da demanda.
A produção antecipada de prova é de competência do juízo ou foro de onde a
prova deva ser produzida ou no foro domicílio do réu. Contudo, a antecipação não
torna prevento o juízo para eventual ação a ser proposta, consoante os §§ 2º e 3º
do Código de Processo.

§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva


ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação
que venha a ser proposta.

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Caso a ação tenha como réu a União, autarquia ou empresa pública federal e

não haja na localidade da petição Justiça Federal, competirá à Justiça Estadual a

competência para produção antecipada de prova.

Amigo(a), quando alguém pretender a antecipação de prova, deverá justificar

ao juiz, por meio da petição, o motivo pelo qual pretende a antecipá-la com a men-

ção precisa dos fatos sobre os quais a atividade probatória deverá recair.

Quanto ao procedimento relativo à produção antecipada de provas, a petição

com a justificativa será encaminhada ao juiz, o qual citará os interessados na ante-

cipação ou do fato a ser provado (exceto se não houver caráter litigioso). Segundo

o § 3º do art. 382 da Lei Adjetiva, os interessados poderão requerer a produção de

qualquer prova no mesmo procedimento, desde que se relacione ao mesmo fato,

porém não será admitido se a produção conjunta acarretar demora excessiva.

Saliento que, no procedimento mencionado, não será admitida defesa ou re-

curso, exceto contra a decisão indeferir totalmente a produção de prova, cuja peça

recursal será a apelação.

§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

Após o término do procedimento, os autos permanecerão no cartório do foro,

para extração de cópias e certidões pelos interessados.

9. (2018/FCC/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) Em relação às provas,

a) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia de va-

lores, tendo a confissão como a de maior valor e a prova testemunhal como a de

menor valor.

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b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas neces-

sárias ao julgamento do mérito, indeferindo por despacho as diligências inúteis ou

procrastinatórias.

c) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde

que tenha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma

parte o exercício do direito.

d) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à parte

comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for perguntado; colaborar com o

juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária; e praticar o

ato que lhe for determinado.

e) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa, previ-

ne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

Letra d.

a) Errada. Não há hierarquia entre as provas, ao contrário do que afirma a questão.

b) Errada. O juiz também pode determinar, de ofício, a produção de provas, con-

soante o art. 370 da Lei de Ritos.

c) Errada. A distribuição do ônus da prova poderá ocorrer antes e durante o processo.

d) Certa. Essa é a dicção do art. 379 da Lei n. 13.105/2015.

e) Errada. O questionamento se mostra contrário ao art. 381, § 3º, o qual consig-

na que a produção antecipada de prova não previne competência.

10. (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Segundo disposições do novo

Código de Processo Civil sobre o direito probatório,

a) as partes podem, independentemente da natureza do direito em disputa, antes

ou durante o processo, convencionar a forma de distribuição do ônus da prova de

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forma diversa da estabelecida pela lei, desde que sejam capazes para a celebração

do negócio jurídico-processual.

b) a nova legislação abandonou completamente o modelo de distribuição estática

do ônus da prova, contemplada pela legislação revogada, que atribuía o ônus da

prova ao autor em relação aos fatos constitutivos de seu direito, e ao réu com re-

lação à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,

passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.

c) a nova legislação prevê expressamente a possibilidade de produção antecipada

da prova ainda que não haja situação de urgência que justifique tal antecipação,

desde que a prova seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio

adequado de solução do litígio ou o prévio conhecimento dos fatos possa justificar

ou evitar o ajuizamento de ação.

d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra

si própria, mas tal aplicação decorre dos princípios constitucionais da legalidade, da

ampla defesa e do devido processo legal.

e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm efi-

cácia probatória não somente da declaração, como também do fato declarado, que

se presume verdadeiro, salvo se existir prova em sentido contrário.

Letra c.

a) Errada. O art. 373, § 3º, I e II, estabelece as hipóteses em que a lei não per-

mite a convenção entre as partes.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

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b) Errada. A atual codificação processual adota, assim como o Código de 1973, a

teoria da distribuição estática do ônus da prova, com previsão no art. 371, § 1º, da

Lei n. 13.105/2015, embora tenha incluído em seu texto a aplicação da teoria da

carga dinâmica do art. 373, § 3º.

c) Certa. Ao contrário da legislação de 1973, a codificação contemporânea, no art.

381, estabelece os motivos para a antecipação da produção de provas, acompanhe

comigo o teor do dispositivo:

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:


I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

d) Errada. Consoante o art. 379 do Código, a parte não é obrigada a produzir pro-

vas contra si mesma.

e) Errada. A ata lavrada não tem o condão de atestar a veracidade do fato, mas da

veracidade da declaração feita ao tabelião, o que torna a assertiva incorreta.

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Das Provas em Espécie

Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos! Comentei, em linhas transcritas, sobre a

teoria geral das provas e, doravante, trabalharei as provas em espécie. Veja, a te-

mática pode ser dividida em:

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No que se refere às provas em espécie, a nova codificação processual civil dis-

ciplinou o tema, a partir do art. 384, com os seguintes meios de prova:

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As provas mencionadas são típicas, porquanto encontram previsão no Código de

Processo Civil de 2015. Saliento que esse rol é exemplificativo, uma vez que o art.

369 da Lei de Ritos permite que as partes empreguem todos os meios legais e legí-

timos, mesmo que sem previsão na codificação hodierna, para provar a veracidade

dos fatos alegados e influenciar na convicção de juiz, ou seja, permite a produção

de provas atípicas a fim de convencer o julgador sobre aquilo que é alegado, desde

que o elemento probatório não afronte a eticidade e moralidade.

Da Ata Notarial

A ata notarial era considerada uma prova atípica no Código de Buzaid. No entanto,

com o advento da nova legislação processual, está expressa a partir do art. 384.

Essa prova em espécie possui o condão de atestar ou documentar a existência

ou modo de existir de algum fato percebido por um tabelião (que possui fé pública),

o qual verifica uma situação e a descreve mediante ata (certifica o fato por meio

de instrumento público).

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Exemplo: diante do raciocínio apresentado, suponha que Bill S. Preston celebrou

um contrato de compra e venda de 100 gravatas borboletas verdes com Ted Theo-

dore Logan. Conquanto Bill tenha pagado pelo adorno, Ted não entregou o objeto

contratual. Inconformado, Bill resolve ajuizar uma ação e solicita ao tabelião que

veja as mensagens entre os contratantes, por meio das quais Ted negocia as grava-

tinhas e afirma que mesmo tendo recebido o valor acordado, não iria entregá-las.

Bem, o tabelião poderá atestar a situação mediante a lavratura da ata.

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Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos ele-
trônicos poderão constar da ata notarial.

A ata verifica a existência ou modo de existir de algum fato, porém, não comprova

a veracidade deles (dos fatos).

Do Depoimento Pessoal

Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos, ocorrerá o depoimento pessoal quando

as partes (autor e réu) forem chamadas a prestar esclarecimentos acerca de fatos

relativos ao processo. Antes de verticalizar um pouco mais acerca do depoimento

das partes, é necessário que se estabeleça uma diferença entre depoimento pes-

soal e interrogatório, haja vista o art. 385 do Código de Processo Civil citá-los em

seu texto.

Veja, o depoimento objetiva o esclarecimento da parte acerca de fatos relativos

ao processo, poderá ser requerido pelo adverso (a parte contrária) bem como pelo

juiz, de ofício, e ocorrerá na audiência de instrução e julgamento. Noutro giro, o

interrogatório se presta a esclarecer algum ponto que não tenha ficado claro e pode

ser requerido pelo adversário processual ou pelo juiz a qualquer momento.

O novo CPC trouxe o depoimento pessoal, de ofício, que é chamado de interro-

gatório, e deslocou para os poderes do juiz. Um dos poderes do juiz é interrogar as

partes sobre a causa. A distinção principal é o fato de que o depoimento pessoal

da parte admite a pena de confissão ficta, enquanto o interrogatório não pode ser

feito sob pena de confissão ficta.

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Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz
de ordená-lo de ofício.

Ok, a parte será intimada pessoalmente para prestar o depoimento e o juiz irá

adverti-la sobre a pena de confesso, a qual significa que serão presumidos ver-

dadeiros os fatos alegados pela parte contrária (presunção relativa, juris tantum)

caso o intimado não compareça à audiência ou compareça, mas se recuse a depor,

se a parte não responder as perguntas a ela dirigidas ou for evasivo (se desviar das

perguntas feitas) o juiz avaliará os outros elementos probatórios e, com base neles,

declarará se a parte se recusou a depor.

A confissão, no depoimento pessoal, decorre não apenas do não compareci-

mento, mas decorre também do comparecimento sem depoimento.

Amigo (a), muitas vezes, o pretenso depoente reside em local diverso de onde

tramita o processo e, em razão disso, por meio dos recursos tecnológicos disponíveis,

é admissível a colheita do depoimento via videoconferência ou outro recurso de trans-

missão de dados em tempo real, situação possível na audiência de instrução.

No momento do depoimento a parte responderá acerca dos fatos que interes-

sem ao processo. Porém, para isso, não poderá levar o depoimento escrito, afinal,

imagine as partes levarem um best-seller com o mesmo número de páginas de um

Vade Mecum para a audiência... aí, não! Contudo, a boa notícia, para o depoente,

é que o art. 387 da Lei Adjetiva permite a consulta a breves apontamentos, cujo

objetivo seja complementar esclarecimentos.

Agora, o art. 388 da Lei de Ritos prevê alguns casos em que as partes não pre-

cisarão depor e sobre elas não incidirá a pena de confesso. Vamos analisar o dispo-

sitivo e seus incisos, vem comigo!

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Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:


I – criminosos ou torpes que lhe forem imputados;

Quer dizer, a parte não estará obrigada depor sobre fatos que acarretem autoin-

criminação (olha aí o princípio do nemo tenetur se detegere).

II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;

O inciso mencionado evidencia a situação de psicólogos, médicos, advogados e

líderes religiosos, por exemplo, aos quais segredos recônditos são confiados e, em

razão da ética profissional, devem ser resguardados.

III – acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

É... se houver desonra própria ou do cônjuge ou parente em grau sucessível,

não há obrigatoriedade em depor. Um fato interessante se refere ao fato de não

haver menção ao amigo íntimo na codificação processual contemporânea.

IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.

Querido(a), alguns processos podem apresentar riscos à integridade física da

parte ou dos parentes dela e, se assim for o caso, também não haverá obrigatorie-

dade em depor.

Chamo sua atenção para o parágrafo único do art. 388, que estabelece não

ser aplicável as disposições mencionadas às relações familiares, até porque

esses relacionamentos, muitas vezes, imprimem uma maior dificuldade em se

angariar provas.

Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.

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Da Confissão

Estimado(a) estudante, a confissão ocorre quando uma das partes admite fatos
desfavoráveis aos seus interesses e, por conseguinte, favoráveis ao adversário. Ela
pode ser:
• Judicial: quando a parte admite fatos contrários ao próprio interesse duran-
te o transcorrer do processo. Esse tipo de confissão poderá ser espontâneo,
por meio da qual a parte confessará em outro momento que não seja no de-
poimento pessoal ou provocada, que ocorre durante o depoimento pessoal;
• Extrajudicial: quando a parte confessar fora do processo. Esse tipo de con-
fissão deverá ser provado, seja por documentação ou por prova testemunhal,
por exemplo. Esse tipo de confissão, caso tenha sido feito de forma oral,
somente será válido se a lei não exigir prova literal, conforme o art. 394 da
legislação adjetiva.

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de


fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.

A confissão espontânea pode ser feita pelo procurador, desde que a procuração
confira a ele esse poder especial, como, por exemplo, uma procuração ad judicia et
extra, com o empoderamento para confessar ou transigir.
A confissão também poderá ser:
• expressa: quando uma das partes admite algo que lhe é desfavorável por
meio de escrito o externa de modo verbal;
• ficta ou presumida: quando a parte, diante da pergunta, não responde à
indagação ou é evasivo (parece uma minhoca ensaboada) ou não comparece
à audiência. Essa confissão acarreta presunção de veracidade (juris tantum)
acerca daquilo sobre o que se discute.

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Se a relação processual contiver mais litigantes no polo passivo ou ativo (litis-


consórcio), a confissão de um não prejudicará os demais litisconsortes. Nas ações
que versem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão
de um dos cônjuges ou companheiros não terá efeitos sem a anuência do outro, ex-
ceto se o regime de casamento for de separação absoluta de bens. Aliás, já comen-
tei com você que, quando se casa, a vida muda um pouquinho, e é preciso pedir
autorização para confessar, assim como para jogar futebol com os amigos, respirar,
gastar o próprio dinheiro...essas coisinhas básicas... Rs... Brincadeira, viu?

Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.

Querido(a), chamo sua atenção para o fato de que o art. 392 da codificação
processual estabelece casos nos quais a confissão não será válida ou será ineficaz,
vamos analisá-los:

Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

Não valerá a confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, sobre os quais


não é possível transigir, como saúde, a dignidade humana, dentre outros.

§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que
se referem os fatos confessados.

Se não houver capacidade de dispor sobre o direito, não há de se falar em con-


fissão e, por conseguinte, na atribuição dos efeitos a ela atribuídos.

§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado.

Bem, se o representante não pode tratar sobre determinado assunto, menos


ainda poderá incidir a confissão.

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Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.

Veja que interessante!

Sobre a confissão, os arts. do 213 e 214 do Código Civil foram incorporados pelo

NCPC.

Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do
direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites
em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de
fato ou de coação.

Aquele que confessou não pode voltar atrás e dizer que não quer mais confessar

(irrevogável), mas pode desfazer a confissão caso prove algum defeito (anulável).

Por que não cabe anular uma confissão por dolo? Veja, a confissão é ciência de

fato. Só tem sentido invalidar a confissão se comprometer a declaração de ciência

sobre o fato. Não há nenhuma razão para se invalidar por dolo, se ele não levou ao

erro. Se o dolo não levou a erro, é irrelevante para a anulação da confissão.

O art. 393 da Lei de Ritos versa sobre a anulação da confissão caso ela seja ob-

tida por meio de erro (falsa percepção da realidade), bem como por coação (física

ou moral), o que, diga-se de passagem, são vícios de consentimento em sede de

Direito Civil e ensejam a anulação do negócio jurídico.

Consoante o art. 395 do Código de Processo Civil, a confissão, em regra, é indi-

visível de modo que a parte não pode aceitá-la no trecho que a beneficiar e rejei-

tá-la no tópico que lhe for desfavorável. Entretanto, a confissão pode sofrer cisão

(separação) caso o confitente (aquele que confessa) acoste fatos novos ao proces-

so, os quais sejam capazes de constituir fundamento de defesa de direito material

ou de reconvenção (a qual amplia os limites objetivos da demanda).

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Da Prova Documental

Querido(a), quando falo a respeito de documentos, faço menção a informações

que foram captadas e cristalizadas em um determinado suporte, seja o papel, DVD,

CD, pendrive, disquete (“o que é isso professor?” Esse suporte é pré-histórico!),

fotografias, enfim, algum meio que registre uma informação escrita, por sons ou

imagens em um determinado momento e a mantém. Bem, nossa cultura fomenta

esse tipo de prova, uma vez que os contratos, em regra, são escritos (embora a

legislação civilista permita relações contratuais verbais).

Da Força Probante do Documento

Os documentos, no que se refere a quem o produziu, podem ser classificados em:

• Públicos: são documentos produzidos por servidores públicos, os quais ates-

tam fatos que ocorreram na presença deles;

Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos
fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocor-
reram em sua presença.

• Privados: são produzidos por particulares, ou seja, não contam com a par-

ticipação de servidores públicos.

Algumas provas dependem de solenidade, de modo que, caso não estejam

presentes, não poderão ser supridas por outra forma, como, por exemplo, a exi-

gência de escritura pública para a celebração de contrato de compra e venda de

imóveis. Noutro giro, se a lei não exigir formalidades, o documento é denominado

não solene. Chamo sua atenção para o fato de que o documento público produzido

por oficial público incompetente ou sem as formalidades exigidas pela legislação,

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com assinatura das partes, é equiparado, em termos de força probante, a docu-

mentos particulares

Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do
documento particular.

Amigo(a), as cópias autenticadas com firma reconhecida possuem a mesma

força probante dos documentos originais, entendimento previsto no art. 425,

II, além de ser o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Além disso, o

novo Código estabelece que as cópias dos processos contam com a mesma for-

ça probatória das originais e o advogado pode autenticá-las e, com efeito, se

responsabiliza pela autenticação.

Bem, nos tempos atuais, vivemos na era da informática e o suporte em papel

tende a ser muito diminuído nas repartições públicas, vide os processos judiciais

eletrônicos. Sendo assim, as reproduções digitalizadas de documentos públicos ou

particulares acostadas (juntadas) aos autos pelo Ministério Público e seus auxilia-

res, Defensoria Pública e seus auxiliares bem como pelas Procuradorias e reparti-

ções públicas serão equiparados ao documento original.

Da Exibição do Documento ou da Coisa

Muitas vezes, durante a marcha processual, uma das partes pode requerer

(pedir) e o juiz requisitar (ordenar) a apresentação de documento ou coisa em

poder da parte ou de terceiro. Trata-se de um incidente processual cuja inten-

ção é a de que sejam exibidos documentos ou coisas. Seria o caso de um reque-

rimento do autor para que um banco, o qual financiou o seu imóvel, apresente

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todos os valores recebidos por demonstrativo (exiba a documentação pertinen-


te ao caso). Nesse exemplo, haveria a figura do requerente (quem financiou o
imóvel) e o requerido (o banco).

Quando esse pedido ou requisição é endereçado à parte, ela não tem a obriga-

ção de apresentá-lo, mas um encargo. Isso significa que, se o documento não for

apresentado, o juiz admitirá os fatos alegados como verdadeiros, caso o requerido

não evidencie que a coisa ou documento não estão em seu poder, que as alegações

não correspondem à verdade ou que a recusa foi dada por ilegítima, isto é, a parte

arca com o ônus da não apresentação.

Já o terceiro para quem ocorreu o encargo de exibir o documento ou a coisa es-

tará obrigado a apresentá-la. Caso não faça, o juiz poderá utilizar-se dos poderes a

ele conferidos e expedir mandado de busca e apreensão, sem embargo de imputar

o crime de desobediência e multa àquele que não atendeu à ordem para apresentar

aquilo que o julgador requisitou. Para que o terceiro exiba a coisa ou documento,

o requerente proporá uma ação incidente, uma vez que o terceiro não figura na

relação jurídica originária, o que nos leva a verificar que será por meio de petição

inicial com todas as formalidades previstas pela peça vestibular.

Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre
em seu poder.

Amigo(a), o pleito formulado pela parte deverá trazer individualização da coisa

ou documento a ser exibido, bem como a finalidade da apresentação e as circuns-

tâncias as quais fundamentaram o pedido do requerente no sentido de afirmar que

a documentação ou coisa se acha em poder da parte adversa.

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:


I – a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II – a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou
com a coisa;

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III – as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou


a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

Uma vez cientificado acerca da necessidade de exibir o documento ou a coisa,

o requerido responderá a nos dias subsequentes, lapso temporal no qual poderá

apresentar o que foi exigido, alegar que não possui mais o documento ou coisa ou

provar que a declaração não corresponde à verdade.

Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio (observados o limites legais, mo-
rais e legítimos), que a declaração não corresponde à verdade.

Cumpre destacar que o julgador não admitirá que o requerido recuse a apresen-

tação do documento ou da coisa nos casos previstos no art. 399 da Lei de Ritos:

Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:


I – o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II – o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
III – o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio
do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I – o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;
II – a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.

O prazo para que o terceiro exiba a coisa ou documento sob sua posse é de 15 dias,

consoante o art. 401 do Código de Processo. O art. 404 estabelece que tanto a parte

quanto o terceiro podem se eximir de exibir o documento nas seguintes hipóteses:

Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:


I – concernente a negócios da própria vida da família;
II – sua apresentação puder violar dever de honra;
III – sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus paren-
tes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;

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IV – sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profis-
são, devam guardar segredo;
V – subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifi-
quem a recusa da exibição;
VI – houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respei-
to a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório,
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado autocircunstanciado.

O parágrafo único nos dá a ideia de que o documento poderá ser exibido, em

parte, no cartório do juízo para extração de cópias sobre o que não versar sobre os

incisos I a VI do art. 404.

Da Falsidade Documental

Prezado(a), muitas vezes, o documento, seja público ou particular, que fora

acostado aos autos, pode ser falso e, por conseguinte, deverá ser desentranha-

do (extraído) dos autos e imputada a responsabilidade criminal a quem proce-

deu à falsidade.

O novo Código de Processo Civil estatui que a falsidade ocorre quando for for-

mado um documento não verdadeiro (confeccionar uma certidão de nascimento

falsa), alterar um documento verdadeiro (uma assinatura falsa) ou a fé relativa a

ele (a crença na veracidade do documento). A autenticidade pode ser impugnada

quando o documento for assinado em branco e houver preenchimento abusivo

(como um documento assinado em um local e preenchido indevidamente em mo-

mento posterior) ou quando existir a impugnação do documento até que se possa

verificar se ele é ou não autêntico. Veja como a legislação adjetiva trata o tema:

Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicial-


mente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste em:

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I – formar documento não verdadeiro;


II – alterar documento verdadeiro.
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I – for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;
II – assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com
texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de
outrem, violando o pacto feito com o signatário.

Infelizmente, algumas pessoas assinam documentos em branco no afã de con-


seguirem um empréstimo bancário ou financiamento para que esses papéis sejam
preenchidos depois. Bem, caso o preenchimento ocorra posteriormente, de modo
indevido, estará caracterizado o abuso, o qual pode acarretar sanções criminais.

Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:


I – se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte que a arguir;
II – se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento.

Ok, feitas as considerações acima, saliento que os art. 430 a 433 do Código de
Processo permitem e disciplinam a arguição de falsidade documental por meio da
qual o autor ou réu suscitam o falso.
Consoante o art. 430 da Lei de Ritos, a falsidade deverá ser suscitada na con-
testação (momento em que o réu aponta o falso) ou na réplica (peça por meio da
qual o autor indica a existência da falsidade). O prazo para arguição é de 15 dias
(prazo preclusivo), contados da intimação da juntada do documento aos autos.

Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15


(quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.

Amigo(a), a arguição de falsidade será resolvida pelo juiz como uma questão in-
cidental no processo, ou seja, um questionamento que orbita a marcha processual,
mas não recairá sobre o mérito, exceto se a parte requerer que o julgador decida
a falsidade como questão principal, por meio da qual o autor limita-se a declaração
da autenticidade ou falsidade do documento.

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Nas arguições de falsidade, a parte deverá expor os motivos da pretensão, con-

soante o art. 431 da Lei de Ritos, bem como pretende provar a alegação. Seria o

caso de um documento em que a parte verifica que a assinatura não é sua e solicita

um exame pericial grafotécnico, a fim de provar o que alega. Após a oitiva do ad-

verso, no prazo de 15 dias, a perícia será realizada, consoante ditames do art. 432

da Lei n. 13.105/2015. Agora, se a parte concordar em retirar o documento, não

haverá perícia na documentação contestada.

Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental,
salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do
inciso II do art. 19.
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão
e os meios com que provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado
o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o docu-
mento concordar em retirá-lo.

Prezado(a) estudante, se a declaração sobre a falsidade documental for susci-

tada como questão principal, constará na parte dispositiva da sentença (elemento

essencial por meio do qual o juiz resolve as questões principais a ele carreadas) e

fará coisa julgada, o que a torna atacável por meio de recurso de apelação. Noutro

giro, se a questão for incidental, o recurso cabível será o de agravo de instrumento,

consoante o art. 1.015, IV.

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versa-


rem sobre:
VI – exibição ou posse de documento ou coisa;

Da Prova Testemunhal

Quando falamos em prova testemunhal, estamos diante de fatos que foram pre-

senciados ou conhecidos por pessoas (captados por meios sensoriais, tais como:

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visão e audição), cujo teor será reduzido a termo (escrito) e subscrito (assinado ao

final), pois interessam ao processo.

A princípio, a prova testemunhal é admitida sempre, essa é a regra, excepcio-

nalizada caso a lei apresente disposição em contrário. Mesmo com a admissão das

provas testemunhais pelo Código, o juiz indeferirá a oitiva quando os fatos estive-

rem sido provados por documentos, houver confissão da parte ou quando os fatos

só puderem ser comprovados por meio de documentação ou avaliação do perito

(prova pericial).

O CPC/1973 e o CC estabeleciam que, para contratos acima de 10 salários míni-

mos, não cabe prova exclusivamente testemunhal. Essas regras não existem mais.

Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:


I – já provados por documento ou confissão da parte;
II – que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova
testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a
qual se pretende produzir a prova.

Uma vez arroladas as testemunhas, elas deverão ser qualificadas, isto é, serão

indicados dados pessoais como nome, estado civil, profissão, número da identida-

de, local de trabalho, onde residem. Agora, é preciso destacar que essa qualificação

ocorrerá sempre que possível, porquanto, com base no art. 450 da Lei de Ritos, em

alguns casos, a parte não tem como indicar com precisão quem é a testemunha,

pois só a conhece pelo primeiro nome ou sabe apenas onde ela reside e necessitará

do auxílio do Poder Judiciário para identificar o pretenso depoente.

A parte pode provar os fatos por meio de testemunhas nas hipóteses do art.

446, o qual examino como você:

Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:


I – nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada;

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Esse é um tema comentado nas aulas de Direito Civil e ocorre, por exemplo,

quando alguém realiza uma simulação no negócio jurídico, como no caso em que

um devedor, o qual não pagou uma dívida assumida por contrato, simula uma alie-

nação (venda) de um bem para o nome de um amigo, mas de fato continua a uti-

lizá-lo, ou seja, fez isso apenas para não cumprir a obrigação, a qual se satisfaria

no patrimônio “alienado”, o que caracteriza um vício.

II – nos contratos em geral, os vícios de consentimento.

Seriam os negócios celebrados por meio de dolo, estado de perigo, coação, erro,

ou seja, situações que comprometem a higidez da celebração do negócio jurídico e

admitem a anulação.

Querido(a), como dito, a regra no nosso sistema processual civil é que todas as

pessoas possam figurar como testemunhas. Contudo, o art. 447 do Novo Código

prevê alguns casos de pessoas que não poderão depor nessa condição, haja vista

serem incapazes (acometidas por enfermidade mental anterior ou contemporânea

aos fatos), os cegos e surdos (quando essa função sensorial seja necessária para

instrução) e os menores de 16.

Outro motivo para que não seja admitida a testemunha se refere ao fato de ela

ser impedida, isto é, quando for cônjuge, ascendente ou descendente, em qualquer

grau civil da parte e colateral até o terceiro grau civil, seja por afinidade ou con-

sanguinidade (exceto se o caso se relacionar com o interesse público, a causa se

relacionar ao estado da pessoa a situação não puder ser obtida por outro modo e o

julgador entenda ser necessária ao exame de mérito).

Além do exposto, também será considerada impedida a testemunha que é parte

na causa, ou que intervenha em nome da parte (como tutor, representante da pes-

soa jurídica, o próprio juiz, o advogado e outras pessoas que tenham sido ou sejam

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assistentes das partes). As aludidas hipóteses estão previstas no § 2º, incisos I a

III, do Código de 2015.

Além do exposto, o § 3 do Código de Processo estabelece as testemunhas que

podem ser consideradas suspeitas nos seguintes casos: inimigos da parte ou ami-

gos íntimos delas (porque aí fica difícil agir com imparcialidade, né?), ou se o pre-

tenso depoente tiver interesse no litígio.

O condenado por crime de falso testemunho e o que, por seus costumes, não

for digno de fé não estão mais no rol dos suspeitos.

Veja, estimado(a) estudante, embora o Código trate acerca da impossibilidade

de incapazes, impedidos e suspeitos figurarem como testemunhas, a mesma co-

dificação permite ao juiz colher o depoimento delas quando necessário sem que

prestem compromisso de dizer a verdade. No entanto, o julgador valorará os de-

poimentos conforme o caso e merecimento.

Bem, cumpre destacar que as testemunhas não são obrigadas a depor em re-

lação a tudo, pois existem fatos que podem prejudicar os parentes dela ou violar

sigilos relacionados ao exercício profissional do pretenso depoente, como nos casos

dos médicos.

Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:


I – que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.

Quanto à produção de provas, o Código prevê que o rol de testemunhas está li-

mitado a 10, que podem ser substituídas nos seguintes casos previstos pelo art. 451.

Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, a parte


só pode substituir a testemunha:
I – que falecer;
II – que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III – que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.

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Se a testemunha residir em local diverso da sede do juízo (onde, em regra, são


ouvidas), a oitiva poderá ser realizada por videoconferência ou outro meio tecno-
lógico, que poderá ocorrer durante a audiência de instrução. Os aparatos para a
realização da oitiva mencionada deverão ser disponibilizados pelos juízos.
Amigo(a), existem pessoas que, em razão do cargo ocupado, serão inquiridas
na própria residência ou no local onde exercem as funções laborais. O art. 454 do
novo Código prevê o rol de testemunhas nessa condição:

Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:


I – o presidente e o vice-presidente da República;
II – os ministros de Estado;
III – os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de
Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal
Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV – o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Minis-
tério Público;
V – o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do
Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI – os senadores e os deputados federais;
VII – os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII – o prefeito;
IX – os deputados estaduais e distritais;
X – os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros
dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI – o procurador-geral de justiça;
XII – o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a
agente diplomático do Brasil.

Caso as autoridades sejam arroladas como testemunhas, o juiz remeterá a


elas uma cópia da petição inicial, a qual conterá informações acerca dos fatos, e
solicitará à testemunha que indique o dia, hora e lugar para que seja realizada a
inquirição. Caso a autoridade não faça a indicação no prazo de um mês, o julgador
marcará a inquirição, a qual se dará, de modo preferencial, na sede do juízo, o que
é a regra. O mesmo ocorrerá se o pretenso depoente não comparecer, de forma
injustificada, no dia, hora e lugar determinado.

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Nos tempos atuais, o advogado poderá intimar testemunhas que reputar rele-

vantes para o processo. Nesse caso, deverá informar à testemunha o dia, hora e

lugar da inquirição e dispensar a intimação do juízo. O art. 444, § 1º, consigna que

a intimação deverá ser feita por carta com aviso de recebimento (AR) e cópia da

correspondência relativa à intimação e comprovante do recebimento acostados aos

autos com antecedência, de, pelo menos, três dias da data da audiência.

A parte também pode se comprometer a levar a testemunha sem intimá-la, po-

rém, caso não compareça, presume-se que a parte desistiu da inquirição.

Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos, muitas vezes, a intimação feita pelo Poder

Judiciário se faz necessária, sendo assim, o art. 455, § 4º, estabelece as hipóteses

nas quais a comunicação será feita pela via judicial, vamos ver:

§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:


I – for frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo;
Esse é o caso da intimação feita pelo advogado.
II – sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;

Como nos casos das testemunhas que se recusam a comparecer em juízo quan-

do a parte solicita.

III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o
requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;

No inciso acima, o juiz oficiará ao órgão para que o servidor compareça para

depor em dia, hora e lugar marcados.

IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.

São as testemunhas inquiridas na própria residência ou onde exercem

as funções.

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Bem, feitas as considerações acima, antes de o juiz iniciar os depoimentos, qua-

lificará a testemunha e verificará se há algum grau de parentesco com a parte ou

interessado no processo (em caso afirmativo, poderá escutá-la como informante)

e perguntará se há algum caso de impedimento suspeição ou incapacidade que

comprometa a inquirição além de informar à testemunha acerca do compromisso

de dizer a verdade e adverti-la sobre a sanção penal (crime de falso testemunho)

em caso de afirmação falsa, calar ou ocultar a verdade.

As testemunhas são ouvidas separadamente, primeiro as do autor e, depois, as

do réu, de modo que uma não ouça o depoimento das outras. Embora a codificação

processual traga essa ordem, poderá ser alterada, caso as partes concordem.

As perguntas direcionadas às testemunhas serão feitas a elas diretamente, isto

é, não precisam ser feitas ao juiz para que sejam reperguntadas ao inquirido (típi-

co de um sistema de condução presidencialista de inquirição, previsto no Tribunal

do Júri). O julgador não permitirá preguntas que possam induzir a resposta, não

tiverem relação com a atividade probatória (tipo perguntar qual cor preferida da

testemunha, rs) ou que tiverem sido respondidas.

Caso o juiz indefira as perguntas, elas serão transcritas no termo de au-

diência, se a parte assim o requerer, além do que as testemunhas devem ser

tratadas com urbanidade.

Querido(a), quando as testemunhas divergirem em determinado ponto re-

levante, que pode influenciar no julgamento, o juiz poderá determinar uma

acareação, por meio da qual a questão controvertida será reperguntada as tes-

temunhas e reduzidas a termo em auto de acareação (a qual pode ser realizada

por videoconferência ou outro meio tecnológico em tempo real). Esse ato pode

ser ordenado pelo juiz de ofício ou requerido pela parte, consoante o art. 461

do Código de Processo Civil.

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Da Prova Pericial

Quando se analisa a prova pericial, está-se diante de uma prova técnica, mais

complexa, a qual depende de um perito (auxiliar da Justiça que detém uma exper-

tise, uma qualificação em determinado assunto) que emitirá um laudo, a fim de

nortear a decisão do juiz.

A prova pericial pode consistir em:

• Exame: recai sobre pessoas ou coisas;

• Vistoria: é realizada sobre bens imóveis;

• Avaliação: sobre um bem.

Como estamos diante de uma prova que pode demandar dinheiro e tempo,

ela poderá ser indeferida nos casos elencados pelo art. 464, § 1º, que passa-

mos a analisar:

§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:


I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;

Fatos que podem ser avaliados por pessoas desprovidas de conhecimento es-

pecializado ou científico.

II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

Como o juiz não está obrigado a decidir com base na prova pericial, em virtude da

persuasão racional, o corpo probatório pode ser suficiente para a emissão da sentença.

III – a verificação for impraticável.

Há casos em que não há possibilidade de realização da perícia, como, por exem-

plo, uma perícia em um barco que afundou em alto mar e o local é inacessível.

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Além disso, a perícia poderá ser simplificada e pode ser substituída pela inquiri-

ção do perito sobre ponto de menor complexidade, o que deve ser requerido pelas

partes ou de ofício pelo juiz.

§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia,


determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for
de menor complexidade.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo
juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico
ou técnico.

Chamo sua atenção, atento(a) estudante, que o especialista deverá ter forma-

ção acadêmica específica na área objeto de seu depoimento.

Amigo(a), destinei uma aula própria para tratar a respeito do perito, bem como

do assistente técnico. Porém, nesse ponto da nossa caminhada, relembrarei algu-

mas características desses profissionais, haja vista o tema ora tratado exigir.

Bem, o perito é um auxiliar da Justiça que deve agir com diligência e impar-

cialidade, o qual responde por prejuízos causados e tem por objetivo entregar um

laudo, cujo escopo é auxiliar o juiz a emitir a decisão sobre o processo. Além disso,

compete ao aludido profissional responder a quesitos (perguntas) formulados pelas

partes acerca do assunto objeto da perícia. Chamo sua atenção para o fato de que,

sobre o perito, recairão as hipóteses de impedimento e suspeição (arts. 144 e 145

do Código de Processo Civil), que podem ser arguidas pelas partes no prazo de 15

dias contados do despacho de nomeação do perito (normalmente no saneamento

do processo).

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato


o prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho
de nomeação do perito:
I – arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II – indicar assistente técnico;
III – apresentar quesitos.

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Vamos relembrar outros conceitos, em apertada síntese, sobre alguns pontos


relativos ao perito, os quais foram trabalhados em aula passada:
• o novo CPC estatui que perito tem que ser legalmente habilitado, ou seja,
aquele que se cadastrou;
• o art. 156, § 1º, estabelece que os peritos serão nomeados entre os profis-
sionais legalmente habilitados nos órgãos técnicos ou científicos devidamen-
te inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado;
• consoante o § 2º da legislação adjetiva, para formação do cadastro, os Tribu-
nais devem realizar consulta pública.
Querido(a), o inciso II, acima mencionado, versa sobre o assistente técnico,
que, tal qual o perito, fora analisado em aula própria. No entanto, vale relembrar
alguns conceitos acerca desse profissional. Veja, o assistente é parcial (ao contrá-
rio do perito) e é contratado pela parte (o perito é nomeado pelo juiz) para emitir
parecer (não é laudo) e sobre ele não recaem as hipóteses de suspeição ou impe-
dimento. Contudo, o assistente não deverá agir com má-fé.
O assistente terá acesso às diligências e exames realizados pelo perito, mas de-
verá comunicar ao mencionado auxiliar da Justiça, de modo comprovado nos autos,
com antecedência mínima de cinco dias, consoante o art. 465, § 2º, o intento de
acessar as diligências.

§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento


das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos
autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Os honorários do perito serão arbitrados no início da atividade pericial e o jul-


gador poderá autorizar o pagamento no importe de até 50% do valor quando o
aludido auxiliar da Justiça iniciar a atividade laborativa e o restante ao final, com a
entrega do laudo. No entanto, esse valor pode ser reduzido quando a perícia não

estiver a contento ou for inconclusiva.

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§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários
arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser
pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclareci-
mentos necessários.

Querido(a), essa é uma regra nova. O juiz pode dizer que o perito poderá ser

pago até 50 % dos honorários. E, ao final, ser exigido o restante.

§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração


inicialmente arbitrada para o trabalho.

Amigo(a), quando a perícia tiver de ser realizada por cartas (precatória, rogató-

ria, de ordem), a nomeação de perito ou assistentes realizar-se-á pelo juiz depre-

cado, ou seja, onde foi requisitada a perícia.

§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e


à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.

O perito pode não aceitar o encargo ou ser recusado quando sobre ele recaírem

as hipóteses de impedimento ou suspeição, as quais caso sejam aceitas pelo juiz,

será nomeado outro profissional. Além disso, o art. 468 estabelece os casos nos

quais o perito poderá ser substituído, acompanhe comigo:

Art. 468. O perito pode ser substituído quando:


I – faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissio-
nal respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da
causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.

Nos casos acima mencionados, o perito deverá restituir os valores recebidos,

pois não realizou a atividade para a qual estava incumbido, sob pena de ficar im-

pedido de atuar como perito judicial pelo prazo de cinco anos, conforme o § 2º do

art. 468 do Código de Processo Civil.

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Conforme comentei, linhas acima, o perito deverá responder a quesitos formu-

lados pelas partes, porém, algumas inquirições serão indeferidas pelo juiz, caso

sejam impertinentes, bem como o julgador poderá formular perguntas que entenda

necessárias ao esclarecimento do assunto.

O juiz poderá escolher o perito em cadastro do tribunal. Agora, as partes tam-

bém podem convencionar a escolha do aludido profissional desde que sejam plena-

mente capazes e a causa admita autocomposição

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante


requerimento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos
para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente
anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pare-
ceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito
nomeado pelo juiz.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opi-
niões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

 Obs.: a perícia deve se ater o objeto da perícia. Qualquer violação a esse artigo é

violação ao requisito formal do laudo, que implicará nulidade.

§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se


de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando
documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou ou-
tros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.

Estimado(a) estudante, existem casos em que as perícias são complexas e exi-

gem mais de uma área de conhecimento, de modo que o juiz pode nomear mais

de um perito, bem como as partes indicar mais de um assistente técnico. Além,

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disso, algumas perícias podem ser mais trabalhosas e, por essa razão, permitem

que o perito, de modo justificado, solicite prorrogação de prazo, uma vez, com

acréscimo de metade do tempo inicialmente solicitado, conforme o art. 476 da Lei

n. 13.105/2015.

Após as atividades laborais, o perito protocolará o laudo em juízo com antece-

dência mínima de 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento de modo

que as partes serão intimadas e poderão se manifestar prazo comum de 15 dias,

bem como os assistentes técnicos poderão apresentar em igual prazo o parecer

com suas conclusões.

Caso a perícia não tenha sido clara, poderá ser determinada nova perícia pelo

juiz, ou a requerimento da parte. A segunda perícia recairá sobre os mesmos fatos

e visa corrigir omissões ou inexatidões da primeira e compete ao juiz valorar as

duas perícias, conforme estabelece o art. 480 do Código de Processo Civil.

Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova


perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e
destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma
e de outra.

Da Inspeção Judicial

A inspeção judicial ocorre quando o juiz vai ao encontro de coisas ou pessoas

com o objetivo de examiná-las, observá-las e, ao inspecioná-las, esclarecer os fa-

tos que importem à demanda e interessem no processo decisório. Essa inspeção

poderá ocorrer em qualquer fase do processo.

Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do pro-


cesso, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à
decisão da causa.

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Durante a inspeção, o julgador pode ir acompanhado de um ou mais peritos

quando entender que esse acompanhamento se faz necessário, a fim de melhor

verificar ou interpretar os fatos. São hipóteses que tornam viável a inspeção judi-

cial: o juiz julgar necessário, a fim de melhor verificar ou interpretar os fatos que

devam ser observados, quando as coisas não puderem ser apresentadas em juízo

sem consideráveis despesas ou graves dificuldades ou quando determinar a re-

constituição do fatos.

Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:


I – julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva
observar;
II – a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.

Querido(a), é vedada a visita “surpresa”, ou seja, que o juiz vai ao local da ins-

peção sem comunicar as partes, pois elas têm direito de assistir à inspeção, prestar

esclarecimentos e fazer observações que entenderem relevantes para a causa. Por

fim, ao final da inspeção, será produzido um autocircunstanciado, onde será men-

cionado tudo aquilo que for relevante para o julgamento da causa.

Amigo(a), a confissão é indivisível, de modo que a parte não poderá, por

conveniência, aceitar a parte que o beneficie e rejeitar a que lhe prejudica, por-

que aí fica fácil, né? Nesse caso, não dá para nadar só em águas cristalinas. No

entanto, a prova poderá sofrer uma cisão (separação) se o confitente trouxer

fatos novos capazes de constituir fundamento de defesa a direito material ou

para propositura de reconvenção, com fundamento no art. 395 da legislação

processual contemporânea.

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11. (2018/FCC/TRT-15ª REGIÃO/SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/

OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Sobre provas, considere:

I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-

buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

II – O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das

formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória

do documento particular.

III – Se for arrolado como testemunha, o juiz da causa declarar-se-á suspeito, ain-

da que nada saiba sobre os fatos, por ficar demonstrado seu vínculo pessoal com

a parte que o arrolou.

IV – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contes-

tação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos

elucidativos que considerar suficientes.

V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, inspecio-

nar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato ou direito que interesse à

solução da causa.

Está correto o que consta APENAS de

a) III, IV e V.

b) II, III e V.

c) I, II, III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e V.

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Letra d.

I – Certo. O Item está em conformidade com o que estabelece o art. 372 do Códi-

go, o qual consagra a prova emprestada.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

II – Certo. O item descreve o que está disciplinado no art. 407 da Lei de Ritos.

Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do
documento particular.

III – Errado. Veja, o item contraria o art. 452, I e II do Código, o qual estatui

que o juiz, se nada souber, mandará excluir seu nome do rol de testemunhas e se

declarará impedido se tiver conhecimento dos fatos que possam influir na decisão.

Art. 452. Quando for arrolado como testemunha, o juiz da causa:


I – declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam influir na deci-
são, caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento;
II – se nada souber, mandará excluir o seu nome.

IV – Certo. O item está em consonância com o art. 472.

Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na con-
testação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos
elucidativos que considerar suficientes.

V – Errado. Consoante o art. 481, a inspeção judicial pode ser requerida pela parte

e não somente pelo juiz, de ofício.

Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do pro-


cesso, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à
decisão da causa.

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12. (2018/FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) Considere as asser-

tivas abaixo.

I – O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.

II – Em ações de estado e de família, a parte não é obrigada a prestar depoimento

sobre fatos, ainda que venham a resultar em desonra própria.

III – Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar

depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparece em juízo.

IV – É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

V – A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pessoal.

Em consonância com as disposições do Código de Processo Civil, está correto o que

se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II, III e V.

c) I, II e V.

d) III, IV e V.

e) I, III e IV.

Letra d.

I – Errado. Vimos que o depoimento pessoal pode, sim, ser determinado pelo juiz,

de ofício, conforme assevera o art. 385 do Código.

II – Errado. No decorrer da aula, falei que, com base no art. 388, parágrafo único,

da Lei Processual Civil, a não obrigatoriedade do depoimento da parte não se aplica

às ações de estado de família.

Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:


I – criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III – acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;

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IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.

III – Certo. O item se alinha ao conceito de confissão ficta ou presumida, a qual

pode ser verificada por meio do art. 385, § 1º.

§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da


pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz apli-
car-lhe-á a pena.

IV – Certo. Bem, o item está disciplinado no art. 385, § 2º.

§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

V – Certo. De fato, o art. 385, caput, evidencia que a parte não pode requerer o

próprio depoimento pessoal, apenas o seu adverso.

13. (2018/FCC/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO) No que se refere às regras da

confissão previstas no CPC, a confissão

a) em juízo vale como admissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, se feita

por agente maior e capaz.

b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda

ser anulada se decorreu de erro de fato, de dolo ou de coação.

c) judicial só pode ser espontânea, já que a confissão provocada é exclusiva do

procedimento extrajudicial.

d) judicial faz prova contra o confitente, prejudicando os litisconsortes.

e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei

não exija prova literal.

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Letra e.

a) Errada. Veja, consoante o art. 392 do Código, a confissão não vale se os fatos

versarem sobre direitos indisponíveis.

Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.

b) Errada. Opa! Cuidado com essa questão, pois a confissão é irrevogável, em re-

gra, e anulável se decorrer de erro de fato ou coação. Não há de se falar em dolo.

Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.

c) Errada. A confissão judicial poderá ser espontânea ou provocada, conforme o

art. 390 da Lei n. 13.105/2015.

Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada

d) Errada. Vimos, no decorrer da aula, que a confissão de um dos litisconsortes

não se estende aos demais.

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia,
os litisconsortes.

e) Certa. Aí sim! Veja a dicção do art. 394 do novo Código:

Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos
em que a lei não exija prova literal.

14. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as provas,

segundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:

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I – É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o da

parte contrária.

II – A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litisconsor-

tes, caso se trate de litisconsórcio unitário.

III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudi-

nário provar-lhe-á o teor e a vigência, independentemente de determinação do juiz.

IV – Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento

particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao

interessado em sua veracidade.

V – A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de

obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e V.

b) II e III.

c) IV e V.

d) II e IV.

e) I e III.

Letra c.

I – Errado. Estudamos que, quem requer o depoimento pessoal da parte, é o ad-

versário processual, conforme estabelece o art. 385.

II – Errado. O art. 391 da Lei de Ritos assevera que a confissão feita por um dos

litisconsortes não prejudicará os demais, mas fará prova contra o confitente. No

caso do litisconsórcio unitário, os litisconsortes serão considerados litigantes distin-

tos e os atos e omissões de um não prejudicarão os demais, contudo, pode-

rão beneficiá-los, consoante o art. 117 do NCPC.

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Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa,
como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.

Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia,
os litisconsortes.

III – Errado. Nesse caso, a prova recairá sobre direito e dependerá da determina-

ção do juiz, consoante o art. 376 da Lei Adjetiva.

IV – Certo. O item se coaduna com o teor do art. 408 da Lei de Ritos.

Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou so-


mente assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.

V – Certo. O item mantém uma relação de compatibilidade com o art. 416 da Lei

n. 13.105/2015, acompanhe comigo:

Art. 416. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de


obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.

15. (2017/FCC/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação à prova docu-

mental, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:

a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-

derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.

b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se

a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em

atenção ao princípio do livre convencimento motivado.

c) Quando o documento particular contiver declaração de ciência de determinado

fato, incumbirá ao signatário o ônus de provar a veracidade ou não do fato contido

no documento.

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d) Caso haja arguição de falsidade de documento juntado com a inicial, indepen-

dentemente de pedido de declaração de falsidade incidental, será feito o exame

pericial pertinente, ainda que o autor concorde em retirar o documento dos autos,

no prazo de réplica.

e) Incumbe ao réu instruir a contestação com os documentos destinados a provar

suas alegações e, a critério do juiz, após expressa justificativa do motivo de impe-

dimento de apresentação anterior, avaliar a possibilidade de juntada de documen-

tos em momento posterior.

Letra e.

a) Errada. Quando a parte for intimada a falar sobre o documento, poderá

adotar algumas posturas consignadas pelo art. 436 da Lei de Ritos, conforme

colaciono a seguir:

Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I – impugnar a admissibilidade da prova documental;
II – impugnar sua autenticidade;
III – suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsi-
dade;
IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em
argumentação específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.

Diante do artigo, a parte não ficará adstrita a impugnar a falsidade quando for inti-

mada a se manifestar nos autos, ao contrário do que assevera a questão.

b) Errada. Ao contrário do que a assertiva afirma, caso a lei exija documento pú-

blico como da substância do ato, o juiz não poderá utilizar outra prova.

Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.

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c) Errada. Em verdade, o ônus de provar compete ao interessado na veracidade

do documento, não necessariamente ao signatário (quem produziu).

Art. 408. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou so-


mente assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato,
o documento particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de
prová-lo ao interessado em sua veracidade.

d) Errada. Veja, se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo,

não se procederá ao exame pericial, consoante o art. 432, parágrafo único, da

Lei Processual.

Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o docu-
mento concordar em retirá-lo.

e) Certa. A alternativa se alinha com o texto do art. 435 do Código:

Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para con-
trapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após
a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessí-
veis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o mo-
tivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso,
avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.

16. (2016/FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) O novo Código de Processo Civil

a) não prevê expressamente o princípio da identidade física do juiz.

b) impõe ao advogado e ao defensor público o ônus de intimar a testemunha por

ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a

intimação do juízo.

c) abandonou completamente o sistema de distribuição do ônus da prova diante

do polo ocupado pela parte na demanda.

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d) exige para a produção antecipada de provas prova de fundado receio de que

venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pen-

dência da ação.

e) mantém o sistema de reperguntas para a produção da prova testemunhal.

Letra a.

a) Certa. A nova Lei de Ritos não prevê o princípio da identidade física do juiz, o

que era previsto na codificação de Buzaid.

b) Errada. Veja, conquanto o advogado possa intimar a testemunha, esse regra-

mento não é extensivo ao defensor público, o qual se valerá da intimação judicial

para exercer o seu mister.

c) Errada. Negativo, vimos que o ônus da prova compete a quem alega (teoria da

carga estática) e admite a inversão (teoria da carga dinâmica), nos casos previstos

no art. 373, § 1º.

d) Errada. O art. 381 do Novo Código apresenta as hipóteses para a antecipação

de prova, o que significa dizer que a aludida antecipação não se dará, apenas, em

razão de fundado receio de tornar-se muito difícil ou impossível a verificação de

certos fatos na pendência da ação produção da prova.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:


I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação
de certos fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

e) Errada. O art. 459 admite perguntas diretas à testemunha, ou seja, não há o

sistema de reperguntas.

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17. (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Quanto à produção

da prova testemunhal, é correto afirmar:

a) É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impe-

dimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são

imputados, provar a contradita, somente com documentos.

b) As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, come-

çando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a res-

posta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória

ou importarem repetição de outra já respondida.

c) A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando ela houver sido

arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria, ou ainda quando se frustrar a

intimação por via postal.

d) Cabe ao Juízo informar ou intimar a testemunha arrolada pela parte do dia, da

hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação postal.

e) O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do réu

e depois as do autor, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das

outras; o juiz poderá alterar essa ordem, a seu livre arbítrio.

Letra b.

a) Errada. A produção de provas não está adstrita a documentos, também poderá

ser comprovada por provas documentais, consoante o art. 457, § 1º.

b) Certa. A questão está de acordo com a dicção do art. 459 do novo Código.

c) Errada. Negativo, o art. 455, § 4º, elenca mais hipóteses para as quais é pos-

sível a intimação pela via judicial. Acompanhe comigo:

§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:


I – for frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo;
II – sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;

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III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o
requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.

d) Errada. Conforme o art. 455 da Lei de Ritos, cabe ao advogado o informar ou


intimar a testemunha, não ao magistrado.
e) Errada. Embora o juiz possa mudar a ordem das oitivas, isso não ocorrerá ao
livre arbítrio do julgador, haja vista o parágrafo único do art. 456 consignar a ne-
cessidade da anuência das partes para a mencionada alteração.

18. (2015/FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO) A existência e o modo de existir de algum


fato podem ser atestados ou documentados
a) por qualquer servidor público, dada a fé pública dos atos por ele praticados.
b) por simples declaração do interessado, que se presume verdadeira.
c) somente pelo registro de documento particular em cartório de títulos e documentos.
d) por tabelião em ata notarial, a requerimento do interessado.
e) apenas por escritura pública de declaração, lavrada em notas de tabelião.

Letra d.
A questão apresenta o conceito de ata notarial expressa pelo art. 384 da Lei n.
13.105/2015, o qual passo em revista com você:

Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

19. (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Não havendo processo anterior


que trate da situação, a demonstração de que determinado fato ocorreu em rede
social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos

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a) de declaração pessoal do autor.

b) de prova emprestada.

c) do computador.

d) da prova pericial.

e) de ata notarial.

Letra e.

Amigo(a), esse é um meio de prova admitido no parágrafo único do art. 384 da

codificação processual hodierna.

Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos ele-
trônicos poderão constar da ata notarial.

20. (2018/CESPE/PC-MA/MÉDICO LEGISTA) De acordo com o Código de Processo

Civil, o(a)

I – perito, para o desempenho de sua função, poderá ouvir testemunhas, faculdade

que não se estende aos assistentes técnicos.

II – laudo pericial deverá conter a indicação do método utilizado.

III – perito poderá ser intimado para audiência por meio eletrônico.

IV – escolha do perito é prerrogativa exclusiva do juiz.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) I, III e IV.

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Letra c.
I – Errado. Conforme o art. 473, § 3º, os assistentes técnicos, tal qual os peritos,
podem ouvir testemunhas.
II – Certo. Segundo o art. 473 da Lei Processual, o laudo deverá conter o método
utilizado.
III – Certo. Tanto o perito quanto o assistente técnico podem ser intimados por
meio eletrônico com antecedência de 10 dias da audiência, conforme estabelece o
art. 477, § 4º, da Lei de Ritos.
IV – Errado. As partes podem convencionar a escolha do perito desde que o sejam
plenamente capazes e a causa possa ser resolvida por autocomposição.

21. (2017/CESPE/TRT-7ª REGIÃO/CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)


Designada a audiência de instrução e julgamento relativa a ação ajuizada pelo Mi-
nistério Público contra determinada empresa por supostas irregularidades, o Minis-
tério Público arrolou testemunhas.
Nessa situação, conforme disposições do CPC, a intimação das testemunhas deverá
ser realizada por
a) via judicial.
b) edital.
c) carta com aviso de recebimento.
d) carta simples.

Letra a.
Bem, essa é uma das hipóteses previstas pelo art. 455, § 4º, IV, do Código para
que a intimação seja feita por meio de via judicial.

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22. (2017/CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) No que se re-

fere às provas no processo civil, assinale a opção correta.

a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas pelo juiz.

b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for con-

testada a autenticidade deste.

c) Devido ao fato de os indivíduos com menos de dezesseis anos de idade serem

incapazes para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.

d) É permitido ao advogado requerer o depoimento pessoal da parte que esteja

sob o seu patrocínio.

e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda

que tais meios sejam moralmente ilegítimos.

Letra b.

a) Errada. Não há de se falar em livre convencimento puro como sendo adotado

pela codificação de ritos, o convencimento deve ser motivado.

b) Certa. A questão consigna o que o art. 429, II, consigna a respeito da produção

de provas.

c) Errada. Opa! Embora o critério biológico seja importante, o juiz pode, sim, ouvir

os menores de 16 anos, consoante o art. 447, § 4º.

d) Errada. Não, consoante o art. 385 da Lei n. 13.105/2015, o depoimento pessoal

deve ser requerido pela parte ou pelo juiz.

e) Errada. Conquanto sejam admitidos meios típicos e atípicos de provas, devem

ser moralmente legítimos, ao contrário do que afirma a questão (vide art. 369).

23. (2017/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/PROVIMENTO) Para que a sentença declare o direito, faz-se necessário que o

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magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das
provas. Com relação às provas, analise as afirmativas abaixo:
I – Em hipótese alguma o magistrado pode modificar a ordem legal da produção
das provas, sob pena de ferir o princípio da legalidade.
II – A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a
ação que venha a ser produzida.
III – Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
poderão constar da ata notarial e servir como meio de prova.
IV – O CPC/2015 extinguiu a exigência das reperguntas às testemunhas, cabendo
às partes formularem as perguntas diretamente às testemunhas.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I e III.

Letra b.
I – Errado. Os poderes instrutórios atribuídos a juiz permitem que ele modifique a
ordem das provas, consoante o art. 139, VI, da legislação processual.
II – Certo. Esse é o entendimento do art. 381, § 3º, do Código.
III – Certo. O item se refere à ata notarial, prevista no parágrafo único do art. 384.
IV – Certo. O art. 459 da Lei de Ritos permite o sistema de inquirição direta às
testemunhas.

24. (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-


TROS/PROVIMENTO) Relativamente à arguição de falsidade, dentre as alternativas
abaixo, apenas uma é INCORRETA. Assinale-a:

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a) A falsidade deverá ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de vinte

dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos; uma vez

arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte reque-

rer que o juiz a decida como questão principal.

b) A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão

e os meios com que provará o alegado.

c) Depois de ouvida a outra parte no prazo de quinze dias, será realizado o exame

pericial; se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo, não se pro-

cederá ao exame pericial.

d) A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão

principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a

autoridade da coisa julgada.

Letra a.

a) Errada. A incorreção da questão se refere ao prazo de para apresentar o falso,

que pode ser na contestação na réplica, ou no prazo de 15 dias, não vinte como

afirma a questão.

b) Certa. A questão se compatibiliza com o art. 431 do Código.

c) Certa. A questão se alinha com o art. 432 do Código.

d) Certa. A questão se compatibiliza com o art. 433 do Código.

25. (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/REMOÇÃO) Sabidamente, a prova pericial consiste em exame, vistoria ou

avaliação. A esse respeito, é correto afirmar:

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a) No corpo do laudo pericial, o perito deverá apresentar sua fundamentação em

linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclu-

sões, sendo-lhe vedado ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir

opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

b) O juiz não poderá, de ofício ou atendendo a requerimento de qualquer das par-

tes, determinar a produção de prova técnica simplificada em substituição à perícia,

ainda que se trate de ponto controvertido de menor complexidade, porque não se

pode subtrair das partes a amplitude do debate sobre o objeto do litígio.

c) O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, mediante

aposição de assinatura em termo de compromisso especialmente lavrado para as-

sumir o encargo pericial.

d) Ainda que a perícia seja inconclusiva ou deficiente, o juiz não poderá reduzir a

remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho pericial.

Letra a.

a) Certa. A questão evidencia o que é consignado no art. 473, §§ 1º e 2º do Código.

§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e


com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opi-
niões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

b) Errada. Negativo, o art. 464, § 2º, permite que haja a substituição da perícia

por prova técnica simplificada.

§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia,


determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for
de menor complexidade.

c) Errada. Veja que o perito cumprirá de modo escrupuloso o encargo, indepen-

dentemente de termo de compromisso.

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Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, indepen-
dentemente de termo de compromisso.

d) Errada. O art. 465, § 5º, do Código, prevê a redução da remuneração do perito


quando a perícia for inconclusiva.

§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração


inicialmente arbitrada para o trabalho.

26. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Acerca do procedimen-


to comum, julgue o item que se segue.
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é
possível por convenção das partes.

Errado.
Amigo(a), vimos que é possível a convenção dinâmica do ônus da prova. Essa previsão
poder ser evidenciada por meio do art. 373, § 3º, do novo Código de Processo Civil.

27. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próximo item.
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade
de o magistrado atuar de ofício está expressamente prevista em lei e é compatível
com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo cooperativo.

Certo.
Bem, o novo Código adota o princípio da cooperação, estudado logo em nossas
lições introdutórias. Essa atividade cooperativa pode ser evidenciada no art. 6º da
Lei de Ritos e vista, também, nos arts. 370 e 421 da codificação hodierna.

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28. (2017/IBFC/TJ-PE/OFICIAL DE JUSTIÇA) Sobre as provas em direito processu-

al civil, analise os itens abaixo.

I – É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem

como os moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos em que se funda o

pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

II – O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sen-

do vedada a inversão do ônus da prova sob qualquer hipótese.

III – Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontrover-

sos independerão de prova.

IV – O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-

-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas I e III são corretos

b) Apenas II e IV são corretos

c) Apenas II e III são corretos

d) Apenas I e IV são corretos

e) I, II, III e IV são corretas

Letra d.

I – Certo. A assertiva está em harmonia com o que assevera o art. 369 da Lei

de Ritos.

II – Errado. O art. 373, § 1º, apresenta hipóteses nas quais se admite a inversão

do ônus da prova, ao contrário do que afirma o item.

III – Errado. Além dos fatos notórios, o art. 374 do Código estabelece outras hi-

póteses que independerão de provas, as quais reviso com você:

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Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

IV – Certo. Essa é a dicção do art. 372 do novo Código de Processo.

29. (2017/FGV/TRT-12ª REGIÃO/SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)

Milena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por obje-

to o fornecimento de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de

prestação de serviços consta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos

serviços o ônus de provar, em caso de eventual litígio judicial, que o local de sua

residência oferece as condições técnicas adequadas para o fornecimento do sinal

de TV a cabo com a qualidade contratada.

Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a

cláusula é:

a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus

da prova;

b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;

c) válida, pois tem amparo no CPC;

d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;

e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

Letra b.

Querido(a), pode-se dizer que a cláusula mencionada pela questão é nula, por-

quanto na aludida relação de consumo há vulnerabilidade e hipossuficiência por

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parte do consumidor, o qual não possui a capacitação técnica para comprovar os

aspectos exigidos pelo fornecedor como no caso em tela, o que tornaria o ônus da

prova excessivamente oneroso para o contratante e afrontaria o art. 373, § 3º, II

do Código de Processo Civil de 2015.

30. (2017/MPT/MPT/PROCURADOR DO TRABALHO) Acerca da produção probatória,

de acordo com o Código de Processo Civil (CPC), assinale a alternativa INCORRETA.

a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moral-

mente legítimos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos

fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo

na realização de inspeção judicial que for considerada necessária.

c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em

lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou exces-

siva dificuldade de se cumprir o encargo da distribuição legal do ônus da prova ou

à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que por decisão

fundamentada.

d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas ne-

cessárias ao julgamento do mérito.

e) Não respondida.

Letra b.

a) Certa. Bem, a questão está alinhada com o art. 369 do Código, de modo

que as partes podem utilizar de provas típicas ou atípicas, desde que sejam

moralmente legítimas.

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b) Errada. Ao contrário do que afirma a questão, a parte não estará obrigada a pro-

duzir prova contra si mesma, consoante o art. 379 da codificação contemporânea.

c) Certa. A assertiva se harmoniza com a previsão do art. 373, § 1º, do NCPC,

que prevê a possibilidade da aplicação da teoria da carga dinâmica relativa ao

ônus da prova.

d) Certa. A assertiva está em conformidade com o art. 370 do Novo Código.

e) Certa. Bem, essa não dá para comentar, porque não tem resposta! Rs.

Querido(a) amigo(a), após todas essas questões de prova sobre o assunto pro-

vas (rs), despeço-me de você, companheiro(a) virtual, por meio daquele habitual

e sincero agradecimento pela companhia e, sobretudo, pela confiança! Um abraço

fraterno, fique com Deus e até o nosso próximo encontro!

“Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cul-

tivá-las.” (Augusto Cury).

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1. (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Em relação à audiên-

cia de instrução e julgamento, é correto afirmar:

a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em

meio digital ou analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse

caso desde que haja autorização judicial.

b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemu-

nhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem

licença do juiz.

c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-

vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, regra porém não

aplicável ao Ministério Público, em face dos interesses indisponíveis defendidos.

d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada mas em

caso algum cindida, ainda que haja concordância das partes.

e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate

oral deverá ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo

autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada

vista dos autos.

2. (2018/VUNESP/FAPESP/PROCURADOR) No dia e na hora designados, o juiz de-

clarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes

e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar,

observando que:

a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não

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tenha ocorrido o emprego de outros métodos de solução consensual de conflitos.

b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da

sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente.

c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes

pessoas na ordem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.

d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adia-

da.

e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Minis-

tério Público que não esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.

3. (2017/FGV/TRT-12ª REGIÃO/SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-

LIADOR FEDERAL) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Luana

estava designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a

despeito de o juiz estar em seu gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não ha-

via sido realizado. Os advogados tentaram saber o que estava acontecendo, e a

resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando do almoço.

Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:

a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabine-

te;

b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e

nem que esse espere os litigantes;

c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de

multa àquele que se retira da Corte sem justificativa;

d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao

início previsto de sua audiência;

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e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso

de até 1 hora é tolerado por Lei, o que ainda não havia acontecido.

4. (2017/FAFIPA/Fundação Araucária-PR/ADVOGADO) Em se tratando das disposi-

ções do Código de Processo Civil vigente (Lei 13.105/2015) acerca da audiência de

instrução e julgamento, assinale a alternativa CORRETA.

a) Subscreverão o termo da audiência o juiz, os advogados, o membro do Ministé-

rio Público e o escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quan-

do houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.

b) As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, prefe-

rencialmente: o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas; o perito e os

assistentes técnicos.

c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-

vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, não se aplicando

essa regra ao Ministério Público.

d) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate

oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo

autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua interven-

ção, em prazos sucessivos de 10 (dez) dias, assegurada a vista dos autos.

5. (2018/FCC/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação ao Capítulo das Provas no

Código de Processo Civil, considere as seguintes afirmações.

I – A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário

provar-lhe-á, de imediato, o teor e a vigência.

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II – A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das par-

tes, antes ou durante o processo.

III – Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma das

partes.

IV – Caberá ao juiz, mediante requerimento da parte, determinar as provas ne-

cessárias ao julgamento do mérito.

Está correto o que consta APENAS de:

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e IV.

e) III e IV.

6. (2018/FCC/TRT-6ª REGIÃO/PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Con-

sidere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas processuais.

I – Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem

como os notórios, necessitam ser provados nos autos.

II – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,

atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

III – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas

necessárias ao julgamento do mérito, indeferindo, em decisão fundamenta-

da, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

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IV – As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-

ralmente legítimos, desde que especificados na norma processual civil, para

provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido e influir eficazmente

na convicção do juiz.

V – A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade

das partes, desde que a convenção respectiva seja celebrada durante o curso

do processo, necessariamente.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) III, IV e V.

b) I, II e V.

c) II, III e V.

d) II e III.

e) I e IV.

7. (2018/FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO) Quanto

às provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:

a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e

confessados pela parte contrária.

b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas ex-

pressamente em lei.

c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contra-

ditório e a ampla defesa.

d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo

convencioná-lo de outro modo por acordo das partes.

e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas ne-

cessárias ao julgamento do mérito, indeferindo em decisão fundamentada as dili-

gências inúteis ou meramente protelatórias.

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8. (2017/FCC/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) O Novo Código de Processo Civil

a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte

para se desincumbir do ônus que lhe tenha atribuído.

b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por

convenção das partes, desde que celebrada durante o processo.

c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais

possível a dilação probatória em caráter antecedente.

d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.

e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, con-

tudo, atribuir a ela o mesmo valor dado no processo originário.

9. (2018/FCC/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) Em relação às provas,

a) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia de va-

lores, tendo a confissão como a de maior valor e a prova testemunhal como a de

menor valor.

b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas neces-

sárias ao julgamento do mérito, indeferindo por despacho as diligências inúteis ou

procrastinatórias.

c) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde

que tenha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma

parte o exercício do direito.

d) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à parte

comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for perguntado; colaborar com o

juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária; e praticar o

ato que lhe for determinado.

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e) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa, previ-

ne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

10. (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Segundo disposições do novo

Código de Processo Civil sobre o direito probatório,

a) as partes podem, independentemente da natureza do direito em disputa, antes

ou durante o processo, convencionar a forma de distribuição do ônus da prova de

forma diversa da estabelecida pela lei, desde que sejam capazes para a celebração

do negócio jurídico-processual.

b) a nova legislação abandonou completamente o modelo de distribuição estática

do ônus da prova, contemplada pela legislação revogada, que atribuía o ônus da

prova ao autor em relação aos fatos constitutivos de seu direito, e ao réu com re-

lação à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor,

passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.

c) a nova legislação prevê expressamente a possibilidade de produção antecipada

da prova ainda que não haja situação de urgência que justifique tal antecipação,

desde que a prova seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio

adequado de solução do litígio ou o prévio conhecimento dos fatos possa justificar

ou evitar o ajuizamento de ação.

d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra

si própria, mas tal aplicação decorre dos princípios constitucionais da legalidade, da

ampla defesa e do devido processo legal.

e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm efi-

cácia probatória não somente da declaração, como também do fato declarado, que

se presume verdadeiro, salvo se existir prova em sentido contrário.

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11. (2018/FCC/TRT-15ª REGIÃO/SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/

OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Sobre provas, considere:

I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo,

atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

II – O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância

das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia

probatória do documento particular.

III – Se for arrolado como testemunha, o juiz da causa declarar-se-á suspeito,

ainda que nada saiba sobre os fatos, por ficar demonstrado seu vínculo pes-

soal com a parte que o arrolou.

IV – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na con-

testação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou

documentos elucidativos que considerar suficientes.

V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, ins-

pecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato ou direito que

interesse à solução da causa.

Está correto o que consta APENAS de

a) III, IV e V.

b) II, III e V.

c) I, II, III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e V.

12. (2018/FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) Considere as asser-

tivas abaixo.

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I – O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.

II – Em ações de estado e de família, a parte não é obrigada a prestar depoimen-

to sobre fatos, ainda que venham a resultar em desonra própria.

III – Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar

depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparece em

juízo.

IV – É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.

V – A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pes-

soal.

Em consonância com as disposições do Código de Processo Civil, está correto o que

se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) II, III e V.

c) I, II e V.

d) III, IV e V.

e) I, III e IV.

13. (2018/FCC/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO) No que se refere às regras da

confissão previstas no CPC, a confissão

a) em juízo vale como admissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, se feita

por agente maior e capaz.

b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda

ser anulada se decorreu de erro de fato, de dolo ou de coação.

c) judicial só pode ser espontânea, já que a confissão provocada é exclusiva do

procedimento extrajudicial.

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d) judicial faz prova contra o confitente, prejudicando os litisconsortes.

e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei

não exija prova literal.

14. (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre as provas,

segundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:

I – É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o

da parte contrária.

II – A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litiscon-

sortes, caso se trate de litisconsórcio unitário.

III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consue-

tudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, independentemente de determi-

nação do juiz.

IV – Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento

particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de pro-

vá-lo ao interessado em sua veracidade.

V – A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo

de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e V.

b) II e III.

c) IV e V.

d) II e IV.

e) I e III.

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15. (2017/FCC/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação à prova docu-

mental, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:

a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-

derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.

b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se

a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em

atenção ao princípio do livre convencimento motivado.

c) Quando o documento particular contiver declaração de ciência de determinado

fato, incumbirá ao signatário o ônus de provar a veracidade ou não do fato contido

no documento.

d) Caso haja arguição de falsidade de documento juntado com a inicial, indepen-

dentemente de pedido de declaração de falsidade incidental, será feito o exame

pericial pertinente, ainda que o autor concorde em retirar o documento dos autos,

no prazo de réplica.

e) Incumbe ao réu instruir a contestação com os documentos destinados a provar

suas alegações e, a critério do juiz, após expressa justificativa do motivo de impe-

dimento de apresentação anterior, avaliar a possibilidade de juntada de documen-

tos em momento posterior.

16. (2016/FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) O novo Código de Processo Civil

a) não prevê expressamente o princípio da identidade física do juiz.

b) impõe ao advogado e ao defensor público o ônus de intimar a testemunha por

ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a

intimação do juízo.

c) abandonou completamente o sistema de distribuição do ônus da prova diante

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do polo ocupado pela parte na demanda.

d) exige para a produção antecipada de provas prova de fundado receio de que

venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pen-

dência da ação.

e) mantém o sistema de reperguntas para a produção da prova testemunhal.

17. (2016/FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/PROCURADOR) Quanto à produção

da prova testemunhal, é correto afirmar:

a) É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impe-

dimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são

imputados, provar a contradita, somente com documentos.

b) As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, come-

çando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a res-

posta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória

ou importarem repetição de outra já respondida.

c) A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando ela houver sido

arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria, ou ainda quando se frustrar a

intimação por via postal.

d) Cabe ao Juízo informar ou intimar a testemunha arrolada pela parte do dia, da

hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação postal.

e) O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do réu

e depois as do autor, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das

outras; o juiz poderá alterar essa ordem, a seu livre arbítrio.

18. (2015/FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO) A existência e o modo de existir de algum

fato podem ser atestados ou documentados

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a) por qualquer servidor público, dada a fé pública dos atos por ele praticados.

b) por simples declaração do interessado, que se presume verdadeira.

c) somente pelo registro de documento particular em cartório de títulos e docu-

mentos.

d) por tabelião em ata notarial, a requerimento do interessado.

e) apenas por escritura pública de declaração, lavrada em notas de tabelião.

19. (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Não havendo processo anterior

que trate da situação, a demonstração de que determinado fato ocorreu em rede

social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos

a) de declaração pessoal do autor.

b) de prova emprestada.

c) do computador.

d) da prova pericial.

e) de ata notarial.

20. (2018/CESPE/PC-MA/MÉDICO LEGISTA) De acordo com o Código de Processo

Civil, o(a)

I – perito, para o desempenho de sua função, poderá ouvir testemunhas, facul-

dade que não se estende aos assistentes técnicos.

II – laudo pericial deverá conter a indicação do método utilizado.

III – perito poderá ser intimado para audiência por meio eletrônico.

IV – escolha do perito é prerrogativa exclusiva do juiz.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e IV.

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c) II e III.

d) I, III e IV.

21. (2017/CESPE/TRT-7ª REGIÃO/CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)

Designada a audiência de instrução e julgamento relativa a ação ajuizada pelo Mi-

nistério Público contra determinada empresa por supostas irregularidades, o Minis-

tério Público arrolou testemunhas.

Nessa situação, conforme disposições do CPC, a intimação das testemunhas deverá

ser realizada por

a) via judicial.

b) edital.

c) carta com aviso de recebimento.

d) carta simples.

22. (2017/CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) No que se

refere às provas no processo civil, assinale a opção correta.

a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas pelo

juiz.

b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for con-

testada a autenticidade deste.

c) Devido ao fato de os indivíduos com menos de dezesseis anos de idade serem

incapazes para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.

d) É permitido ao advogado requerer o depoimento pessoal da parte que esteja

sob o seu patrocínio.

e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda

que tais meios sejam moralmente ilegítimos.

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23. (2017/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/PROVIMENTO) Para que a sentença declare o direito, faz-se necessário que o

magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das

provas. Com relação às provas, analise as afirmativas abaixo:

I – Em hipótese alguma o magistrado pode modificar a ordem legal da produção

das provas, sob pena de ferir o princípio da legalidade.

II – A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a

ação que venha a ser produzida.

III – Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos

poderão constar da ata notarial e servir como meio de prova.

IV – O CPC/2015 extinguiu a exigência das reperguntas às testemunhas, cabendo

às partes formularem as perguntas diretamente às testemunhas.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e II.

b) II, III e IV.

c) III e IV.

d) I e III.

24. (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/PROVIMENTO) Relativamente à arguição de falsidade, dentre as alternativas

abaixo, apenas uma é INCORRETA. Assinale-a:

a) A falsidade deverá ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de vinte

dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos; uma vez

arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte reque-

rer que o juiz a decida como questão principal.

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b) A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão

e os meios com que provará o alegado.

c) Depois de ouvida a outra parte no prazo de quinze dias, será realizado o exame

pericial; se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo, não se pro-

cederá ao exame pericial.

d) A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão

principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a

autoridade da coisa julgada.

25. (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGIS-

TROS/REMOÇÃO) Sabidamente, a prova pericial consiste em exame, vistoria ou

avaliação. A esse respeito, é correto afirmar:

a) No corpo do laudo pericial, o perito deverá apresentar sua fundamentação em

linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclu-

sões, sendo-lhe vedado ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir

opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

b) O juiz não poderá, de ofício ou atendendo a requerimento de qualquer das par-

tes, determinar a produção de prova técnica simplificada em substituição à perícia,

ainda que se trate de ponto controvertido de menor complexidade, porque não se

pode subtrair das partes a amplitude do debate sobre o objeto do litígio.

c) O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, mediante

aposição de assinatura em termo de compromisso especialmente lavrado para as-

sumir o encargo pericial.

d) Ainda que a perícia seja inconclusiva ou deficiente, o juiz não poderá reduzir a

remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho pericial.

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26. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Acerca do procedimen-

to comum, julgue o item que se segue.

Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é

possível por convenção das partes.

27. (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR

FEDERAL) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próxi-

mo item.

No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade

de o magistrado atuar de ofício está expressamente prevista em lei e é compatível

com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo cooperativo.

28. (2017/IBFC/TJ-PE/OFICIAL DE JUSTIÇA) Sobre as provas em direito processu-

al civil, analise os itens abaixo.

I – É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem

como os moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos em que se

funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

II – O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato,

sendo vedada a inversão do ônus da prova sob qualquer hipótese.

III – Apenas os fatos notórios e aqueles admitidos no processo como incontrover-

sos independerão de prova.

IV – O juiz poderá se utilizar de prova emprestada de outro processo, atribuindo-

-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas I e III são corretos

b) Apenas II e IV são corretos

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c) Apenas II e III são corretos

d) Apenas I e IV são corretos

e) I, II, III e IV são corretas

29. (2017/FGV/TRT-12ª REGIÃO/SC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)

Milena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por obje-

to o fornecimento de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de

prestação de serviços consta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos

serviços o ônus de provar, em caso de eventual litígio judicial, que o local de sua

residência oferece as condições técnicas adequadas para o fornecimento do sinal

de TV a cabo com a qualidade contratada.

Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a

cláusula é:

a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus

da prova;

b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;

c) válida, pois tem amparo no CPC;

d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;

e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

30. (2017/MPT/MPT/PROCURADOR DO TRABALHO) Acerca da produção probatória,

de acordo com o Código de Processo Civil (CPC), assinale a alternativa INCORRETA.

a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-

ralmente legítimos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade

dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção

do juiz.

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b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo

na realização de inspeção judicial que for considerada necessária.

c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em

lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou exces-

siva dificuldade de se cumprir o encargo da distribuição legal do ônus da prova ou

à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que por decisão

fundamentada.

d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas ne-

cessárias ao julgamento do mérito.

e) Não respondida.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Audiência de Instrução e Julgamento
Prof. Anderson Ferreira

GABARITO

1. b 25. a

2. b 26. E

3. d 27. C

4. a 28. d

5. d 29. b

6. d 30. b

7. e

8. a

9. d

10. c

11. d

12. d

13. e

14. c

15. e

16. a

17. b

18. d

19. e

20. c

21. a

22. b

23. b

24. a

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