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PROCESSUAL CIVIL
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Audiência de Instrução e Julgamento
Prof. Anderson Ferreira
SUMÁRIO
Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ) e das Provas...................................3
Das Provas (Parte Geral)............................................................................ 13
Da Produção Antecipada de Provas.............................................................. 26
Das Provas em Espécie............................................................................... 31
Da Ata Notarial......................................................................................... 33
Do Depoimento Pessoal.............................................................................. 34
Da Confissão............................................................................................. 37
Da Prova Documental................................................................................. 40
Da Força Probante do Documento................................................................ 40
Da Exibição do Documento ou da Coisa........................................................ 41
Da Falsidade Documental............................................................................ 44
Da Prova Testemunhal................................................................................ 46
Da Prova Pericial....................................................................................... 53
Da Inspeção Judicial.................................................................................. 58
Questões Comentadas em Aula................................................................... 83
Gabarito................................................................................................. 102
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Olá, querido(a) amigo(a), é com grande satisfação e enorme alegria que inicio,
junto com você, companheiro(a) virtual, mais um encontro para tratar de alguns
cessual, a qual, como dito no parágrafo acima, é uma etapa do processo de conhe-
cimento, assunto tratado na aula anterior. Essa etapa nem sempre é necessária,
pois ocorrerá quando o juiz entender que se faz necessária a produção de provas,
como, por exemplo, ouvir peritos, autor, réu e testemunhas, ou seja, produzir pro-
va oral no processo por meio da marcação de data para que as oitivas ocorram ou
uma resolução consensual, mesmo que tenha havido outras tentativas no sentido
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Em razão do exposto, o art. 360 da Lei de Ritos confere ao juiz o poder de po-
lícia, com vistas à manutenção da ordem durante a audiência (de modo a ordenar
requisitar força policial (se for necessário), a tratar com urbanidade as partes, ad-
que participe do processo, pois isso reflete, de forma positiva, na condução harmô-
quais, segundo o art. 361 da codificação vigente, possuem uma ordem preferencial
mentos formulados;
• o autor;
• o réu;
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e advogados não poderão intervir ou apartear (interromper aquele que fala), sem a
Civil. Até porque, vamos combinar, isso é chato, né? Até quando a gente quer con-
tar uma história, ser interrompido não é legal, o que dirá em uma audiência!
será marcada com indicação de dia e hora para acontecimento. No entanto, o art.
362, do mesmo diploma normativo, estatui que poderá ocorrer o adiamento nas
seguintes situações:
• se a pessoa que deva participar, ou seja, cuja presença for essencial, não
puder comparecer por motivo justificado, o qual deverá ser comprovado até
cia. É uma obviedade, que deve ser dita, porquanto, às vezes, o óbvio também
é cobrado em provas!
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Cumpre destacar que, aquele que der causa ao adiamento da audiência, res-
que representa a parte não tenha comparecido à instrução, o juiz poderá dispensar
Fique atento(a)!
§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra
ao Ministério Público.
e do réu, pelo prazo de 20 minutos para cada um deles e ao Ministério Público (nos
casos em que o parquet deva intervir), tempo esse que poderá ser dilatado por
sentar questões mais complexas quanto a fatos e direito, os debates orais podem
ser substituídos por razões finais por escrito, em prazo sucessivo de 15, escritos
denominados de memoriais.
produzida. O novo Código consigna que o prazo das razões finais é de 15 dias. Não
é um prazo comum. São 15 dias para cada parte. Pela nova Lei de Ritos, o juiz pode
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por exemplo, vítimas de uma terrível indigestão após comer torresmo, rs). Sendo
assim, a instrução poderá ocorrer em outro momento, desde que haja a anuência
das partes e seja marcada em data mais próxima possível em pauta preferencial.
dias. O servidor que acompanha a audiência lavrará o termo com os eventos ocor-
ridos, os quais serão subscritos (assinados ao final) pelo juiz, advogados, membro
subscrever, salvo quando houver ato de disposição para cuja prática os advogados
não tenham poderes (segundo o § 2º do art. 367), ou seja, a atuação não puder
Vale destacar que as audiências poderão ser gravadas, inclusive pelas partes
sem que, para isso, seja necessária autorização do juiz e, salvo exceções previstas
Chamo sua atenção para o fato de que, agora, pode haver depoimento a distância.
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Ok, esse ato é público e as partes podem levar seu Ipad ou celular e gravarem
o ato. Agora, pergunto: a parte tem que avisar que está gravando? Fredie Didier
entende que sim, já que o princípio da boa-fé rege as relações processuais. Avisar
é uma coisa, mas pedir autorização é outra. Avisar está de acordo com a boa-fé e
a ética, sem falar que dá tempo de aquele que será filmado ajeitar o cabelo, a gola
meio digital ou analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse
licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-
vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, regra porém não
oral deverá ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo
autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada
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Letra b.
a) Errada. Vimos que a audiência pode ser gravada sem a autorização do juiz, ao
b) Certa. Sim, conforme o art. 367, § 6º, os peritos, assistentes técnicos, partes
d) Errada. Vimos, durante a aula, que conquanto a audiência seja una e contínua,
e) Errada. O prazo será de 15 dias e não 10, como a questão assevera. Além disso,
o debate poderá ser substituído por alegações finais e não deverá (o que é compul-
e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar,
observando que:
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pessoas na ordem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Minis-
tério Público que não esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.
Letra b.
a) Errada. O juiz buscará a conciliação mesmo que tenha ocorrido tentativa ante-
d) Errada. A audiência poderá ser adiada por convenção das partes, não das tes-
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e) Errada. Não, ao contrário do que estabelece a questão, caso o parquet não es-
teja presente na audiência, a prova pode ser dispensada.
§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado
ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra
ao Ministério Público.
Letra d.
Vimos que uma das causas de adiamento da audiência, consoante o art. 362, III,
da Lei de Ritos, é o atraso injustificado por tempo superior a 30 minutos. No caso
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do houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.
as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas; o perito e os
assistentes técnicos.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-
oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo
autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua interven-
Letra a.
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assevera a assertiva.
Amigo(a), sempre gostei muito do assunto relativo a provas, por meio delas é
possível que o juiz decida de forma mais acertada, porquanto orienta o julgamento
as partes.
Chamo sua atenção no sentido de que o julgador avalia as provas referentes aos
fatos a ele carreados, de modo que os meios probatórios não se referem ao direito
controvertido, ou seja, não dizem respeito a questões jurídicas, porquanto isso será
avaliado pelo juiz e não haverá controvérsia acerca disso, mas, sim, em relação à
Exemplo: a título ilustrativo, imagine que Pepe Nouglas tenha tido um roman-
Abrahan Durval. Suponha, ainda, que Nouglas não queira assumir a paternidade da
criança de modo que seja necessário o esclarecedor exame de DNA, o qual detecta
que Pepe é, de fato, o pai de Abrahan e, com efeito, o aludido exame faz nascer
uma obrigação à prestação de alimentos por parte do genitor. Perceba que se dis-
cute o fato de Pepe ser ou não o pai da criança, o que é constatado por meio de
da figura paterna.
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situações fáticas, haja vista o juiz ser um conhecedor do Direito (iura novit curia),
existem casos nos quais o assunto versa sobre a vigência direito municipal, esta-
o direito deverá comprovar o vigor e teor do alegado ao juiz (o que pode ser feito
de provas legítimas (legais, que não afrontem as normas de direito material ou pro-
cessual) para provar a veracidade das alegações daquilo que carreiam ao julgador
de modo que esse possa formar a convicção para sentenciar. As provas podem ser:
• Típicas: aquelas que são previstas no Código de Processo Civil, tais como os
direito, como, por exemplo, uma gravação telefônica feita pelo pai da criança
e gravada pela genitora, em que ele afirma ser o genitor, porém, negará em
juízo essa condição. Isso é um meio legítimo, o qual, mesmo sem previsão
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
ralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
de modo a determinar que se produza aquelas que sejam relevantes para o jul-
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gamento do processo, bem como indeferir os pleitos feitos pelas partes os quais
contribuem para o deslinde da ação). Porém, a decisão que indeferir as provas re-
ção do juiz, o que significa dizer que, de modo fundamentado, o julgador, ao apre-
sentido, raciocínio o qual afasta o sistema legal de apreciação das provas (cuja
prova era valorada) ou da íntima convicção (típico do tribunal do júri, por meio do
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que
a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
possa ser utilizada em outro, de modo que o juiz irá valorá-la de acordo com àquilo
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
Veja que interessante: a prova emprestada pode ser um processo arbitral, pe-
portar uma prova, para utilizar no processo, se a pessoa contra quem a prova for
mentei com você sobre a petição inicial, peça por meio da qual o autor leva à
cognição do juiz uma situação fática que feriu um direito. Noutro giro, o réu
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pode refutar o que fora afirmado pelo proponente da ação por meio de uma
serão feitas alegações, nas quais podem ser necessárias provas que norteiem a
tinção do direito alegado por quem ocupa o polo ativo da demanda. Veja o que
antes que seus cabelos arrepiem igual ao daquele gênio chamado Albert Eins-
tein, explico que a aludida teoria se refere ao fato de que, em regra, cabe, em
Ok, porém, existem casos em que se torna muito difícil ou mesmo impossível
Exemplo: imagine uma situação em que uma empresa negative o nome do clien-
te ou mesmo de alguém que não é cliente (isso, infelizmente, acontece com muita
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em provar que não celebrou nenhum contrato com a aludida empresa, ou seja, isso
da qual o ônus probatório poderá ser alterado quando houver excessiva dificuldade
para provar aquilo que é alegado ou quando existir maior facilidade de obtenção da
• Legais: em caso nos quais, por previsão em lei, inverte-se o ônus probatório
sobre o encargo probatório, desde que essa deliberação verse sobre direito
das partes exercer o direito. Chamo sua atenção para o fato de que essa con-
prova oportunizando que a parte possa se desincumbir do encargo que lhe fora
atribuído.
ônus da prova, com base no art. 373. Agora, terá que fundamentar. Se não fun-
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§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Amigo(a), embora os fatos devam ser provados, cumpre destacar que existem
perceba que são situações nas quais uma parte admite o que fora afirmado
de: são casos nos quais existe uma presunção, aliás, o direito trabalha com
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Estimado(a) leitor(a), costumo avaliar que o novo Código ficou mais operável
para o juiz quando comparado com seu antecessor de 1973. Um dos motivos que
me leva a pensar dessa maneira se refere ao art. 375 da Lei de Ritos, o qual possi-
do ocorre de forma ordinária no cotidiano forense, além das regras relativas à ex-
atividade probatória, uma vez que as provas podem ser obtidas por meio de cartas
sempre que possível a verdade real. Porém, as partes possuem o direito de não
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Chamo sua atenção para fato de que o juiz possui poderes de caráter indutivo,
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o direito de não produzir prova contra si. Pela primeira vez, está expressamente
II – A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes,
das partes.
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a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e IV.
e) III e IV.
Letra d.
I – Errado. O item erra ao asseverar que a parte deverá provar o direito de ime-
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
III – Errado. Negativo, vimos que os atos notórios não dependem de prova, con-
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Letra d.
I – Errado. O item contraria o art. 374, I e II, do Código.
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II – Certo. A questão está alinhada com o texto do art. 372 da Lei n. 13.105/2015,
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
III – Certo. Sim, vimos que o juiz indeferirá provas inúteis ou protelatórias, con-
para serem admitidas, porquanto a legislação admite a prova alinhada com os va-
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
ralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas ex-
pressamente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contra-
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Letra e.
a) Errada. Além dos fatos notórios, a legislação admite outras hipóteses nas quais
as provas não são necessárias como fatos incontroversos, afirmados por uma parte
b) Errada. O art. 369 do Código admite provas moralmente legítimas não especi-
ficadas na codificação.
ocorra o contraditório e ampla defesa, consoante art. 372 da Lei de Ritos, ou seja,
a prova emprestada.
convencional desde que verse sobre direito disponível e não torne impossível ou
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
e) Certa. A questão está em consonância com o que estabelece o art. 370, pará-
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a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
Letra a.
a) Certa. Esse é o teor do art. 373, § 1º, do Código, o qual se coaduna com a teoria
da carga dinâmica do ônus da prova, desde que seja dado a parte o direito de se
c) Errada. A questão contraria o que estabelece o art. 381 da Lei de Ritos, acom-
panhe comigo:
na, permite a aplicação da teoria dinâmica do ônus da prova, o que era admitido
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meio da qual incumbe ao autor provar os fatos alegados e ao réu comprovar fatos
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
mos diante de uma situação na qual é necessário que uma prova relativa ao pro-
uma testemunha que precisa ser ouvida, com brevidade, pois está muito doente),
ou para que a parte tenha elementos necessários para subsidiar uma ação (um
dano moral em razão de uma calúnia por meio do WhatsApp quando autor não sabe
Com base no exposto, há a produção antecipada de provas como uma ação autô-
noma, cuja natureza jurídica é preparatória (ocorre antes de se ajuizar uma ação prin-
cipal ou colher dados para subsidiar a propositura da ação) ou incidental (a qual ocorre
“Certo, professor, mas o que é uma ação probatória?” Bem, é uma ação que
tem por objeto a produção de uma prova. Agora, qualquer meio de prova que se
cautelar. É uma ação de jurisdição voluntária cujo propósito é produzir uma prova.
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Ou seja, o inciso acima versa sobre uma prova urgente. Seria o caso de um
depoimento de suma importância para a marcha processual, o qual de depende da
oitiva de uma pessoa enferma que está no leito de morte.
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
Nesse caso, há, mais uma vez, o novo Código estimulando a autocomposição
entre as partes as quais podem, por meio da antecipação da prova, optar pela outra
via adequada à solução de conflitos.
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Como exemplificado nas linhas acima, seria o caso de uma ofensa à honra de
outrem na rede social e somente a perícia poderá indicar o ofensor, de modo que o
conhecimento dos fatos viabiliza a propositura da ação ou, até mesmo, o não ajui-
zamento da demanda.
A produção antecipada de prova é de competência do juízo ou foro de onde a
prova deva ser produzida ou no foro domicílio do réu. Contudo, a antecipação não
torna prevento o juízo para eventual ação a ser proposta, consoante os §§ 2º e 3º
do Código de Processo.
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Caso a ação tenha como réu a União, autarquia ou empresa pública federal e
ao juiz, por meio da petição, o motivo pelo qual pretende a antecipá-la com a men-
ção precisa dos fatos sobre os quais a atividade probatória deverá recair.
cipação ou do fato a ser provado (exceto se não houver caráter litigioso). Segundo
curso, exceto contra a decisão indeferir totalmente a produção de prova, cuja peça
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
menor valor.
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b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas neces-
procrastinatórias.
c) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde
que tenha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma
Letra d.
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forma diversa da estabelecida pela lei, desde que sejam capazes para a celebração
do negócio jurídico-processual.
prova ao autor em relação aos fatos constitutivos de seu direito, e ao réu com re-
passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.
da prova ainda que não haja situação de urgência que justifique tal antecipação,
d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra
e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm efi-
cácia probatória não somente da declaração, como também do fato declarado, que
Letra c.
a) Errada. O art. 373, § 3º, I e II, estabelece as hipóteses em que a lei não per-
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
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teoria da distribuição estática do ônus da prova, com previsão no art. 371, § 1º, da
d) Errada. Consoante o art. 379 do Código, a parte não é obrigada a produzir pro-
e) Errada. A ata lavrada não tem o condão de atestar a veracidade do fato, mas da
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
teoria geral das provas e, doravante, trabalharei as provas em espécie. Veja, a te-
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Processo Civil de 2015. Saliento que esse rol é exemplificativo, uma vez que o art.
369 da Lei de Ritos permite que as partes empreguem todos os meios legais e legí-
timos, mesmo que sem previsão na codificação hodierna, para provar a veracidade
de provas atípicas a fim de convencer o julgador sobre aquilo que é alegado, desde
Da Ata Notarial
A ata notarial era considerada uma prova atípica no Código de Buzaid. No entanto,
com o advento da nova legislação processual, está expressa a partir do art. 384.
ou modo de existir de algum fato percebido por um tabelião (que possui fé pública),
o qual verifica uma situação e a descreve mediante ata (certifica o fato por meio
de instrumento público).
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
um contrato de compra e venda de 100 gravatas borboletas verdes com Ted Theo-
dore Logan. Conquanto Bill tenha pagado pelo adorno, Ted não entregou o objeto
contratual. Inconformado, Bill resolve ajuizar uma ação e solicita ao tabelião que
veja as mensagens entre os contratantes, por meio das quais Ted negocia as grava-
tinhas e afirma que mesmo tendo recebido o valor acordado, não iria entregá-las.
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Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos ele-
trônicos poderão constar da ata notarial.
A ata verifica a existência ou modo de existir de algum fato, porém, não comprova
Do Depoimento Pessoal
das partes, é necessário que se estabeleça uma diferença entre depoimento pes-
soal e interrogatório, haja vista o art. 385 do Código de Processo Civil citá-los em
seu texto.
ao processo, poderá ser requerido pelo adverso (a parte contrária) bem como pelo
interrogatório se presta a esclarecer algum ponto que não tenha ficado claro e pode
da parte admite a pena de confissão ficta, enquanto o interrogatório não pode ser
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Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz
de ordená-lo de ofício.
Ok, a parte será intimada pessoalmente para prestar o depoimento e o juiz irá
adverti-la sobre a pena de confesso, a qual significa que serão presumidos ver-
dadeiros os fatos alegados pela parte contrária (presunção relativa, juris tantum)
se a parte não responder as perguntas a ela dirigidas ou for evasivo (se desviar das
perguntas feitas) o juiz avaliará os outros elementos probatórios e, com base neles,
Amigo (a), muitas vezes, o pretenso depoente reside em local diverso de onde
tramita o processo e, em razão disso, por meio dos recursos tecnológicos disponíveis,
sem ao processo. Porém, para isso, não poderá levar o depoimento escrito, afinal,
Vade Mecum para a audiência... aí, não! Contudo, a boa notícia, para o depoente,
é que o art. 387 da Lei Adjetiva permite a consulta a breves apontamentos, cujo
Agora, o art. 388 da Lei de Ritos prevê alguns casos em que as partes não pre-
cisarão depor e sobre elas não incidirá a pena de confesso. Vamos analisar o dispo-
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Quer dizer, a parte não estará obrigada depor sobre fatos que acarretem autoin-
líderes religiosos, por exemplo, aos quais segredos recônditos são confiados e, em
III – acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu
companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
parte ou dos parentes dela e, se assim for o caso, também não haverá obrigatorie-
dade em depor.
Chamo sua atenção para o parágrafo único do art. 388, que estabelece não
angariar provas.
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Da Confissão
Estimado(a) estudante, a confissão ocorre quando uma das partes admite fatos
desfavoráveis aos seus interesses e, por conseguinte, favoráveis ao adversário. Ela
pode ser:
• Judicial: quando a parte admite fatos contrários ao próprio interesse duran-
te o transcorrer do processo. Esse tipo de confissão poderá ser espontâneo,
por meio da qual a parte confessará em outro momento que não seja no de-
poimento pessoal ou provocada, que ocorre durante o depoimento pessoal;
• Extrajudicial: quando a parte confessar fora do processo. Esse tipo de con-
fissão deverá ser provado, seja por documentação ou por prova testemunhal,
por exemplo. Esse tipo de confissão, caso tenha sido feito de forma oral,
somente será válido se a lei não exigir prova literal, conforme o art. 394 da
legislação adjetiva.
A confissão espontânea pode ser feita pelo procurador, desde que a procuração
confira a ele esse poder especial, como, por exemplo, uma procuração ad judicia et
extra, com o empoderamento para confessar ou transigir.
A confissão também poderá ser:
• expressa: quando uma das partes admite algo que lhe é desfavorável por
meio de escrito o externa de modo verbal;
• ficta ou presumida: quando a parte, diante da pergunta, não responde à
indagação ou é evasivo (parece uma minhoca ensaboada) ou não comparece
à audiência. Essa confissão acarreta presunção de veracidade (juris tantum)
acerca daquilo sobre o que se discute.
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Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro,
salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta de bens.
Querido(a), chamo sua atenção para o fato de que o art. 392 da codificação
processual estabelece casos nos quais a confissão não será válida ou será ineficaz,
vamos analisá-los:
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do direito a que
se referem os fatos confessados.
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado.
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Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.
Sobre a confissão, os arts. do 213 e 214 do Código Civil foram incorporados pelo
NCPC.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do
direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites
em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de
fato ou de coação.
Aquele que confessou não pode voltar atrás e dizer que não quer mais confessar
(irrevogável), mas pode desfazer a confissão caso prove algum defeito (anulável).
Por que não cabe anular uma confissão por dolo? Veja, a confissão é ciência de
sobre o fato. Não há nenhuma razão para se invalidar por dolo, se ele não levou ao
O art. 393 da Lei de Ritos versa sobre a anulação da confissão caso ela seja ob-
tida por meio de erro (falsa percepção da realidade), bem como por coação (física
visível de modo que a parte não pode aceitá-la no trecho que a beneficiar e rejei-
tá-la no tópico que lhe for desfavorável. Entretanto, a confissão pode sofrer cisão
(separação) caso o confitente (aquele que confessa) acoste fatos novos ao proces-
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Da Prova Documental
CD, pendrive, disquete (“o que é isso professor?” Esse suporte é pré-histórico!),
fotografias, enfim, algum meio que registre uma informação escrita, por sons ou
esse tipo de prova, uma vez que os contratos, em regra, são escritos (embora a
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos
fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocor-
reram em sua presença.
• Privados: são produzidos por particulares, ou seja, não contam com a par-
presentes, não poderão ser supridas por outra forma, como, por exemplo, a exi-
não solene. Chamo sua atenção para o fato de que o documento público produzido
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mentos particulares
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do
documento particular.
novo Código estabelece que as cópias dos processos contam com a mesma for-
tende a ser muito diminuído nas repartições públicas, vide os processos judiciais
particulares acostadas (juntadas) aos autos pelo Ministério Público e seus auxilia-
res, Defensoria Pública e seus auxiliares bem como pelas Procuradorias e reparti-
Muitas vezes, durante a marcha processual, uma das partes pode requerer
rimento do autor para que um banco, o qual financiou o seu imóvel, apresente
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Quando esse pedido ou requisição é endereçado à parte, ela não tem a obriga-
ção de apresentá-lo, mas um encargo. Isso significa que, se o documento não for
não evidencie que a coisa ou documento não estão em seu poder, que as alegações
não correspondem à verdade ou que a recusa foi dada por ilegítima, isto é, a parte
tará obrigado a apresentá-la. Caso não faça, o juiz poderá utilizar-se dos poderes a
o crime de desobediência e multa àquele que não atendeu à ordem para apresentar
aquilo que o julgador requisitou. Para que o terceiro exiba a coisa ou documento,
o requerente proporá uma ação incidente, uma vez que o terceiro não figura na
relação jurídica originária, o que nos leva a verificar que será por meio de petição
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre
em seu poder.
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apresentar o que foi exigido, alegar que não possui mais o documento ou coisa ou
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio (observados o limites legais, mo-
rais e legítimos), que a declaração não corresponde à verdade.
Cumpre destacar que o julgador não admitirá que o requerido recuse a apresen-
tação do documento ou da coisa nos casos previstos no art. 399 da Lei de Ritos:
O prazo para que o terceiro exiba a coisa ou documento sob sua posse é de 15 dias,
consoante o art. 401 do Código de Processo. O art. 404 estabelece que tanto a parte
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IV – sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profis-
são, devam guardar segredo;
V – subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifi-
quem a recusa da exibição;
VI – houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respei-
to a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório,
para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado autocircunstanciado.
parte, no cartório do juízo para extração de cópias sobre o que não versar sobre os
Da Falsidade Documental
acostado aos autos, pode ser falso e, por conseguinte, deverá ser desentranha-
deu à falsidade.
O novo Código de Processo Civil estatui que a falsidade ocorre quando for for-
verificar se ele é ou não autêntico. Veja como a legislação adjetiva trata o tema:
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Ok, feitas as considerações acima, saliento que os art. 430 a 433 do Código de
Processo permitem e disciplinam a arguição de falsidade documental por meio da
qual o autor ou réu suscitam o falso.
Consoante o art. 430 da Lei de Ritos, a falsidade deverá ser suscitada na con-
testação (momento em que o réu aponta o falso) ou na réplica (peça por meio da
qual o autor indica a existência da falsidade). O prazo para arguição é de 15 dias
(prazo preclusivo), contados da intimação da juntada do documento aos autos.
Amigo(a), a arguição de falsidade será resolvida pelo juiz como uma questão in-
cidental no processo, ou seja, um questionamento que orbita a marcha processual,
mas não recairá sobre o mérito, exceto se a parte requerer que o julgador decida
a falsidade como questão principal, por meio da qual o autor limita-se a declaração
da autenticidade ou falsidade do documento.
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soante o art. 431 da Lei de Ritos, bem como pretende provar a alegação. Seria o
caso de um documento em que a parte verifica que a assinatura não é sua e solicita
um exame pericial grafotécnico, a fim de provar o que alega. Após a oitiva do ad-
verso, no prazo de 15 dias, a perícia será realizada, consoante ditames do art. 432
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental,
salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do
inciso II do art. 19.
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão
e os meios com que provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado
o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o docu-
mento concordar em retirá-lo.
essencial por meio do qual o juiz resolve as questões principais a ele carreadas) e
fará coisa julgada, o que a torna atacável por meio de recurso de apelação. Noutro
Da Prova Testemunhal
Quando falamos em prova testemunhal, estamos diante de fatos que foram pre-
senciados ou conhecidos por pessoas (captados por meios sensoriais, tais como:
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visão e audição), cujo teor será reduzido a termo (escrito) e subscrito (assinado ao
nalizada caso a lei apresente disposição em contrário. Mesmo com a admissão das
provas testemunhais pelo Código, o juiz indeferirá a oitiva quando os fatos estive-
rem sido provados por documentos, houver confissão da parte ou quando os fatos
(prova pericial).
mos, não cabe prova exclusivamente testemunhal. Essas regras não existem mais.
Uma vez arroladas as testemunhas, elas deverão ser qualificadas, isto é, serão
indicados dados pessoais como nome, estado civil, profissão, número da identida-
de, local de trabalho, onde residem. Agora, é preciso destacar que essa qualificação
ocorrerá sempre que possível, porquanto, com base no art. 450 da Lei de Ritos, em
alguns casos, a parte não tem como indicar com precisão quem é a testemunha,
pois só a conhece pelo primeiro nome ou sabe apenas onde ela reside e necessitará
A parte pode provar os fatos por meio de testemunhas nas hipóteses do art.
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Esse é um tema comentado nas aulas de Direito Civil e ocorre, por exemplo,
quando alguém realiza uma simulação no negócio jurídico, como no caso em que
um devedor, o qual não pagou uma dívida assumida por contrato, simula uma alie-
nação (venda) de um bem para o nome de um amigo, mas de fato continua a uti-
lizá-lo, ou seja, fez isso apenas para não cumprir a obrigação, a qual se satisfaria
Seriam os negócios celebrados por meio de dolo, estado de perigo, coação, erro,
admitem a anulação.
Querido(a), como dito, a regra no nosso sistema processual civil é que todas as
pessoas possam figurar como testemunhas. Contudo, o art. 447 do Novo Código
prevê alguns casos de pessoas que não poderão depor nessa condição, haja vista
aos fatos), os cegos e surdos (quando essa função sensorial seja necessária para
Outro motivo para que não seja admitida a testemunha se refere ao fato de ela
grau civil da parte e colateral até o terceiro grau civil, seja por afinidade ou con-
relacionar ao estado da pessoa a situação não puder ser obtida por outro modo e o
soa jurídica, o próprio juiz, o advogado e outras pessoas que tenham sido ou sejam
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podem ser consideradas suspeitas nos seguintes casos: inimigos da parte ou ami-
gos íntimos delas (porque aí fica difícil agir com imparcialidade, né?), ou se o pre-
O condenado por crime de falso testemunho e o que, por seus costumes, não
dificação permite ao juiz colher o depoimento delas quando necessário sem que
Bem, cumpre destacar que as testemunhas não são obrigadas a depor em re-
lação a tudo, pois existem fatos que podem prejudicar os parentes dela ou violar
dos médicos.
Quanto à produção de provas, o Código prevê que o rol de testemunhas está li-
mitado a 10, que podem ser substituídas nos seguintes casos previstos pelo art. 451.
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Nos tempos atuais, o advogado poderá intimar testemunhas que reputar rele-
vantes para o processo. Nesse caso, deverá informar à testemunha o dia, hora e
lugar da inquirição e dispensar a intimação do juízo. O art. 444, § 1º, consigna que
a intimação deverá ser feita por carta com aviso de recebimento (AR) e cópia da
autos com antecedência, de, pelo menos, três dias da data da audiência.
Bem, amigo(a) da rede Gran Cursos, muitas vezes, a intimação feita pelo Poder
Judiciário se faz necessária, sendo assim, o art. 455, § 4º, estabelece as hipóteses
nas quais a comunicação será feita pela via judicial, vamos ver:
Como nos casos das testemunhas que se recusam a comparecer em juízo quan-
do a parte solicita.
III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o
requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
No inciso acima, o juiz oficiará ao órgão para que o servidor compareça para
IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
as funções.
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do réu, de modo que uma não ouça o depoimento das outras. Embora a codificação
processual traga essa ordem, poderá ser alterada, caso as partes concordem.
é, não precisam ser feitas ao juiz para que sejam reperguntadas ao inquirido (típi-
do Júri). O julgador não permitirá preguntas que possam induzir a resposta, não
tiverem relação com a atividade probatória (tipo perguntar qual cor preferida da
por videoconferência ou outro meio tecnológico em tempo real). Esse ato pode
ser ordenado pelo juiz de ofício ou requerido pela parte, consoante o art. 461
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Da Prova Pericial
Quando se analisa a prova pericial, está-se diante de uma prova técnica, mais
complexa, a qual depende de um perito (auxiliar da Justiça que detém uma exper-
Como estamos diante de uma prova que pode demandar dinheiro e tempo,
ela poderá ser indeferida nos casos elencados pelo art. 464, § 1º, que passa-
mos a analisar:
Fatos que podem ser avaliados por pessoas desprovidas de conhecimento es-
pecializado ou científico.
Como o juiz não está obrigado a decidir com base na prova pericial, em virtude da
persuasão racional, o corpo probatório pode ser suficiente para a emissão da sentença.
plo, uma perícia em um barco que afundou em alto mar e o local é inacessível.
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Além disso, a perícia poderá ser simplificada e pode ser substituída pela inquiri-
ção do perito sobre ponto de menor complexidade, o que deve ser requerido pelas
Chamo sua atenção, atento(a) estudante, que o especialista deverá ter forma-
Amigo(a), destinei uma aula própria para tratar a respeito do perito, bem como
mas características desses profissionais, haja vista o tema ora tratado exigir.
Bem, o perito é um auxiliar da Justiça que deve agir com diligência e impar-
cialidade, o qual responde por prejuízos causados e tem por objetivo entregar um
laudo, cujo escopo é auxiliar o juiz a emitir a decisão sobre o processo. Além disso,
partes acerca do assunto objeto da perícia. Chamo sua atenção para o fato de que,
do Código de Processo Civil), que podem ser arguidas pelas partes no prazo de 15
do processo).
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§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários
arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser
pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclareci-
mentos necessários.
Querido(a), essa é uma regra nova. O juiz pode dizer que o perito poderá ser
Amigo(a), quando a perícia tiver de ser realizada por cartas (precatória, rogató-
O perito pode não aceitar o encargo ou ser recusado quando sobre ele recaírem
será nomeado outro profissional. Além disso, o art. 468 estabelece os casos nos
pois não realizou a atividade para a qual estava incumbido, sob pena de ficar im-
pedido de atuar como perito judicial pelo prazo de cinco anos, conforme o § 2º do
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lados pelas partes, porém, algumas inquirições serão indeferidas pelo juiz, caso
sejam impertinentes, bem como o julgador poderá formular perguntas que entenda
bém podem convencionar a escolha do aludido profissional desde que sejam plena-
Obs.: a perícia deve se ater o objeto da perícia. Qualquer violação a esse artigo é
gem mais de uma área de conhecimento, de modo que o juiz pode nomear mais
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disso, algumas perícias podem ser mais trabalhosas e, por essa razão, permitem
que o perito, de modo justificado, solicite prorrogação de prazo, uma vez, com
n. 13.105/2015.
Caso a perícia não tenha sido clara, poderá ser determinada nova perícia pelo
Da Inspeção Judicial
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verificar ou interpretar os fatos. São hipóteses que tornam viável a inspeção judi-
cial: o juiz julgar necessário, a fim de melhor verificar ou interpretar os fatos que
devam ser observados, quando as coisas não puderem ser apresentadas em juízo
constituição do fatos.
Querido(a), é vedada a visita “surpresa”, ou seja, que o juiz vai ao local da ins-
peção sem comunicar as partes, pois elas têm direito de assistir à inspeção, prestar
conveniência, aceitar a parte que o beneficie e rejeitar a que lhe prejudica, por-
que aí fica fácil, né? Nesse caso, não dá para nadar só em águas cristalinas. No
processual contemporânea.
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I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
II – O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória
do documento particular.
III – Se for arrolado como testemunha, o juiz da causa declarar-se-á suspeito, ain-
da que nada saiba sobre os fatos, por ficar demonstrado seu vínculo pessoal com
IV – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contes-
V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, inspecio-
nar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato ou direito que interesse à
solução da causa.
a) III, IV e V.
b) II, III e V.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
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Letra d.
I – Certo. O Item está em conformidade com o que estabelece o art. 372 do Códi-
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atri-
buindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
II – Certo. O item descreve o que está disciplinado no art. 407 da Lei de Ritos.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das
formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do
documento particular.
III – Errado. Veja, o item contraria o art. 452, I e II do Código, o qual estatui
que o juiz, se nada souber, mandará excluir seu nome do rol de testemunhas e se
declarará impedido se tiver conhecimento dos fatos que possam influir na decisão.
Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na con-
testação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos
elucidativos que considerar suficientes.
V – Errado. Consoante o art. 481, a inspeção judicial pode ser requerida pela parte
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tivas abaixo.
I – O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.
III – Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar
IV – É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
V – A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pessoal.
se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e V.
c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.
Letra d.
I – Errado. Vimos que o depoimento pessoal pode, sim, ser determinado pelo juiz,
II – Errado. No decorrer da aula, falei que, com base no art. 388, parágrafo único,
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IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
V – Certo. De fato, o art. 385, caput, evidencia que a parte não pode requerer o
b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda
procedimento extrajudicial.
e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei
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Letra e.
a) Errada. Veja, consoante o art. 392 do Código, a confissão não vale se os fatos
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis.
b) Errada. Opa! Cuidado com essa questão, pois a confissão é irrevogável, em re-
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato
ou de coação.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia,
os litisconsortes.
Art. 394. A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos
em que a lei não exija prova literal.
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parte contrária.
II – A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litisconsor-
III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudi-
particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.
Letra c.
I – Errado. Estudamos que, quem requer o depoimento pessoal da parte, é o ad-
II – Errado. O art. 391 da Lei de Ritos assevera que a confissão feita por um dos
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Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa,
como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia,
os litisconsortes.
III – Errado. Nesse caso, a prova recairá sobre direito e dependerá da determina-
IV – Certo. O item se coaduna com o teor do art. 408 da Lei de Ritos.
V – Certo. O item mantém uma relação de compatibilidade com o art. 416 da Lei
a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-
derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.
b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se
a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em
no documento.
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pericial pertinente, ainda que o autor concorde em retirar o documento dos autos,
no prazo de réplica.
Letra e.
adotar algumas posturas consignadas pelo art. 436 da Lei de Ritos, conforme
colaciono a seguir:
Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos autos, poderá:
I – impugnar a admissibilidade da prova documental;
II – impugnar sua autenticidade;
III – suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de arguição de falsi-
dade;
IV – manifestar-se sobre seu conteúdo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação deverá basear-se em
argumentação específica, não se admitindo alegação genérica de falsidade.
Diante do artigo, a parte não ficará adstrita a impugnar a falsidade quando for inti-
b) Errada. Ao contrário do que a assertiva afirma, caso a lei exija documento pú-
blico como da substância do ato, o juiz não poderá utilizar outra prova.
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
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Lei Processual.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o docu-
mento concordar em retirá-lo.
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para con-
trapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após
a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessí-
veis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o mo-
tivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso,
avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.
intimação do juízo.
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dência da ação.
Letra a.
a) Certa. A nova Lei de Ritos não prevê o princípio da identidade física do juiz, o
c) Errada. Negativo, vimos que o ônus da prova compete a quem alega (teoria da
carga estática) e admite a inversão (teoria da carga dinâmica), nos casos previstos
de prova, o que significa dizer que a aludida antecipação não se dará, apenas, em
sistema de reperguntas.
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dimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são
çando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a res-
posta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória
c) A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando ela houver sido
e depois as do autor, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das
Letra b.
b) Certa. A questão está de acordo com a dicção do art. 459 do novo Código.
c) Errada. Negativo, o art. 455, § 4º, elenca mais hipóteses para as quais é pos-
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III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o
requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
Letra d.
A questão apresenta o conceito de ata notarial expressa pelo art. 384 da Lei n.
13.105/2015, o qual passo em revista com você:
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou docu-
mentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
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b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
Letra e.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos ele-
trônicos poderão constar da ata notarial.
Civil, o(a)
I – perito, para o desempenho de sua função, poderá ouvir testemunhas, faculdade
III – perito poderá ser intimado para audiência por meio eletrônico.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
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Letra c.
I – Errado. Conforme o art. 473, § 3º, os assistentes técnicos, tal qual os peritos,
podem ouvir testemunhas.
II – Certo. Segundo o art. 473 da Lei Processual, o laudo deverá conter o método
utilizado.
III – Certo. Tanto o perito quanto o assistente técnico podem ser intimados por
meio eletrônico com antecedência de 10 dias da audiência, conforme estabelece o
art. 477, § 4º, da Lei de Ritos.
IV – Errado. As partes podem convencionar a escolha do perito desde que o sejam
plenamente capazes e a causa possa ser resolvida por autocomposição.
Letra a.
Bem, essa é uma das hipóteses previstas pelo art. 455, § 4º, IV, do Código para
que a intimação seja feita por meio de via judicial.
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a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas pelo juiz.
b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for con-
incapazes para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.
e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda
Letra b.
b) Certa. A questão consigna o que o art. 429, II, consigna a respeito da produção
de provas.
c) Errada. Opa! Embora o critério biológico seja importante, o juiz pode, sim, ouvir
ser moralmente legítimos, ao contrário do que afirma a questão (vide art. 369).
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magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das
provas. Com relação às provas, analise as afirmativas abaixo:
I – Em hipótese alguma o magistrado pode modificar a ordem legal da produção
das provas, sob pena de ferir o princípio da legalidade.
II – A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a
ação que venha a ser produzida.
III – Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
poderão constar da ata notarial e servir como meio de prova.
IV – O CPC/2015 extinguiu a exigência das reperguntas às testemunhas, cabendo
às partes formularem as perguntas diretamente às testemunhas.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II, III e IV.
c) III e IV.
d) I e III.
Letra b.
I – Errado. Os poderes instrutórios atribuídos a juiz permitem que ele modifique a
ordem das provas, consoante o art. 139, VI, da legislação processual.
II – Certo. Esse é o entendimento do art. 381, § 3º, do Código.
III – Certo. O item se refere à ata notarial, prevista no parágrafo único do art. 384.
IV – Certo. O art. 459 da Lei de Ritos permite o sistema de inquirição direta às
testemunhas.
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dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos; uma vez
arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte reque-
c) Depois de ouvida a outra parte no prazo de quinze dias, será realizado o exame
Letra a.
que pode ser na contestação na réplica, ou no prazo de 15 dias, não vinte como
afirma a questão.
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linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclu-
sões, sendo-lhe vedado ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir
d) Ainda que a perícia seja inconclusiva ou deficiente, o juiz não poderá reduzir a
Letra a.
b) Errada. Negativo, o art. 464, § 2º, permite que haja a substituição da perícia
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Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, indepen-
dentemente de termo de compromisso.
Errado.
Amigo(a), vimos que é possível a convenção dinâmica do ônus da prova. Essa previsão
poder ser evidenciada por meio do art. 373, § 3º, do novo Código de Processo Civil.
Certo.
Bem, o novo Código adota o princípio da cooperação, estudado logo em nossas
lições introdutórias. Essa atividade cooperativa pode ser evidenciada no art. 6º da
Lei de Ritos e vista, também, nos arts. 370 e 421 da codificação hodierna.
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I – É reconhecido o direito das partes de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos em que se funda o
II – O ônus da prova em direito processual civil incumbe a quem alegar o fato, sen-
Letra d.
I – Certo. A assertiva está em harmonia com o que assevera o art. 369 da Lei
de Ritos.
II – Errado. O art. 373, § 1º, apresenta hipóteses nas quais se admite a inversão
III – Errado. Além dos fatos notórios, o art. 374 do Código estabelece outras hi-
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Milena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por obje-
serviços o ônus de provar, em caso de eventual litígio judicial, que o local de sua
Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a
cláusula é:
a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus
da prova;
Letra b.
Querido(a), pode-se dizer que a cláusula mencionada pela questão é nula, por-
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aspectos exigidos pelo fornecedor como no caso em tela, o que tornaria o ônus da
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moral-
mente legítimos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, desde que por decisão
fundamentada.
e) Não respondida.
Letra b.
a) Certa. Bem, a questão está alinhada com o art. 369 do Código, de modo
que as partes podem utilizar de provas típicas ou atípicas, desde que sejam
moralmente legítimas.
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b) Errada. Ao contrário do que afirma a questão, a parte não estará obrigada a pro-
ônus da prova.
e) Certa. Bem, essa não dá para comentar, porque não tem resposta! Rs.
Querido(a) amigo(a), após todas essas questões de prova sobre o assunto pro-
vas (rs), despeço-me de você, companheiro(a) virtual, por meio daquele habitual
“Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cul-
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meio digital ou analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse
licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-
vogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, regra porém não
oral deverá ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo
autor, réu e Ministério Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada
e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar,
observando que:
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pessoas na ordem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adia-
da.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Minis-
tério Público que não esteja presente em audiência, devendo portanto redesigná-la.
estava designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a
despeito de o juiz estar em seu gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não ha-
te;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e
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de até 1 hora é tolerado por Lei, o que ainda não havia acontecido.
do houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.
as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas; o perito e os
assistentes técnicos.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo ad-
oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo
autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua interven-
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II – A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das par-
III – Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma das
partes.
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e IV.
e) III e IV.
I – Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem
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IV – As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
na convicção do juiz.
das partes, desde que a convenção respectiva seja celebrada durante o curso
do processo, necessariamente.
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas ex-
pressamente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contra-
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a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
menor valor.
b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas neces-
procrastinatórias.
c) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde
que tenha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma
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forma diversa da estabelecida pela lei, desde que sejam capazes para a celebração
do negócio jurídico-processual.
prova ao autor em relação aos fatos constitutivos de seu direito, e ao réu com re-
passando a existir uma distribuição judicial do ônus da prova para cada demanda.
da prova ainda que não haja situação de urgência que justifique tal antecipação,
d) a lei não assegura expressamente à parte o direito de não produzir prova contra
e) a ata notarial e as declarações prestadas por meio de escritura pública têm efi-
cácia probatória não somente da declaração, como também do fato declarado, que
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das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia
ainda que nada saiba sobre os fatos, por ficar demonstrado seu vínculo pes-
V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, ins-
a) III, IV e V.
b) II, III e V.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
tivas abaixo.
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I – O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.
III – Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar
juízo.
V – A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pes-
soal.
se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e V.
c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.
b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda
procedimento extrajudicial.
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e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei
da parte contrária.
III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consue-
nação do juiz.
particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de pro-
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.
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a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-
derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.
b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se
a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em
no documento.
pericial pertinente, ainda que o autor concorde em retirar o documento dos autos,
no prazo de réplica.
intimação do juízo.
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dência da ação.
dimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são
çando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a res-
posta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória
c) A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando ela houver sido
e depois as do autor, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das
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a) por qualquer servidor público, dada a fé pública dos atos por ele praticados.
mentos.
social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
Civil, o(a)
III – perito poderá ser intimado para audiência por meio eletrônico.
a) I e II.
b) I e IV.
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c) II e III.
d) I, III e IV.
a) via judicial.
b) edital.
d) carta simples.
a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas pelo
juiz.
b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for con-
incapazes para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.
e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda
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magistrado se certifique da verdade dos fatos alegados, o que se dá por meio das
a) I e II.
c) III e IV.
d) I e III.
dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos; uma vez
arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte reque-
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c) Depois de ouvida a outra parte no prazo de quinze dias, será realizado o exame
linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclu-
sões, sendo-lhe vedado ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir
d) Ainda que a perícia seja inconclusiva ou deficiente, o juiz não poderá reduzir a
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Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é
FEDERAL) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próxi-
mo item.
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da prova;
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ralmente legítimos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade
do juiz.
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GABARITO
1. b 25. a
2. b 26. E
3. d 27. C
4. a 28. d
5. d 29. b
6. d 30. b
7. e
8. a
9. d
10. c
11. d
12. d
13. e
14. c
15. e
16. a
17. b
18. d
19. e
20. c
21. a
22. b
23. b
24. a
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