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DIREITO

PROCESSUAL
CIVIL
Dos Recursos em Espécies

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Recursos em Espécies
Anderson Ferreira

Dos Recursos em Espécies (Do Agravo Interno; Dos Embargos de Declaração, Do


Recurso Ordinário, Do Recurso Extraordinário, Do Recurso Especial, Do Agravo em
Recurso Especial e em Recurso Extraordinário dos Embargos de Divergência)...............3
Do Agravo Interno...........................................................................................................3
Embargos de Declaração................................................................................................ 7
Da Omissão..................................................................................................................... 7
Da Obscuridade...............................................................................................................8
Da Contradição................................................................................................................8
Do Erro Material. .............................................................................................................8
Do Princípio da Fungibilidade...........................................................................................9
Do Princípio da Complementariedade............................................................................ 10
Do Recurso Ordinário..................................................................................................... 11
Do Recurso Extraordinário (RE) e do Recurso Especial (REsp).. ..................................... 14
Das Disposições Gerais.................................................................................................. 14
Do Prequestionamento. ................................................................................................. 15
Da Interposição dos Recursos Extraordinário e Especial................................................17
Do Recurso Extraordinário............................................................................................ 21
Da Repercussão Geral...................................................................................................23
Recurso Especial (REsp)................................................................................................26
Do Julgamento dos Recursos Extraordinários e Especial Repetitivos........................... 28
Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário......................................32
Dos Embargos de Divergência.......................................................................................34
Questões de Concurso................................................................................................... 37
Gabarito........................................................................................................................ 51
Gabarito Comentado. .....................................................................................................52

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DOS RECURSOS EM ESPÉCIES (DO AGRAVO INTERNO;


DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, DO RECURSO
ORDINÁRIO, DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DO
RECURSO ESPECIAL, DO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO DOS
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA)
Apresentação

Olá, querido(a) amigo(a), é com grande satisfação e enorme entusiasmo que início, junto
como você, companheiro(a) virtual, mais um encontro. A aula de hoje terá como objeto de
análise os recursos em espécie, tema abordado, também, no encontro anterior. Então, vamos
lá! Venha comigo!

Do Agravo Interno

Amigo(a), vimos, na aula passada, que o Relator é incumbido de instruir o processo levado
a ele em sede de recurso e emitir um relatório, que será apreciado pelo colegiado quando do
julgamento. Vimos, também, que o rol do artigo 932, incisos III a V, elenca uma série de incum-
bências àquele que ocupa a relatoria, como negar provimento a recurso contrário à Sumula do
Superior Tribunal de Justiça, por exemplo.
Bem, o agravo interno é cabível para atacar as decisões monocráticas proferidas pelo
Relator. A título exemplificativo, seria possível manejar o aludido recurso, acaso o agravante
entenda que o processo carreado para reexame, o qual não prosperou, não ofende a súmula
do Tribunal de Cidadania e, com efeito, atacar a decisão daquele que ocupa a relatoria por
meio de agravo interno.

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão co-
legiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

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Veja que interessante!


Prezado(a), nos termos do Código de Processo Civil não há previsão de sustentação oral para
o agravo interno (art. 937, VII). Por outro lado, a doutrina entende, com base no artigo 1.021
que o regimento interno do tribunal poderá prever sustentação oral nos agravos internos.

O agravo interno será interposto por meio de petição, na qual o recorrente deverá impug-
nar, de modo específico, os fundamentos da decisão agravada. O agravo será encaminhado
ao Relator que deverá intimar o agravado para se manifestar em 15 (quinze) dias sobre o re-
curso. Além disso, o agravo Interno possui efeito devolutivo.

O prazo para oferecer o Agravo Interno é de 15 (quinze) dias, mesmo lapso temporal para
oferecer contrarrazões.

O agravo interno admite retratação pelo Relator, ou seja, ele poderá reconsiderar a decisão
proferida. No entanto, acaso não haja a aludida reconsideração, o relator levará a questão a
julgamento pelo órgão colegiado, o qual seria competente para analisar o recurso.

§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso
no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julga-
mento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar
improcedente o agravo interno.

Caso o agravo interno seja considerado inadmissível ou improcedente, em votação unâni-


me do colegiado, o agravante será condenado retirar o escorpião do bolso e pagar uma multa,
cujo valor irá variar de 1% a 5%, corrigidos, da quantia atribuída à causa, a qual será revertida
em favor do agravado. Saliento que o agravado só poderá interpor outro recurso se efetuar o

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depósito do valor da multa (salvo a Fazenda Pública e o beneficiário da gratuidade da justiça,


os quais pagarão o valor ao final).

§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em


votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao
agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da
multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça,
que farão o pagamento ao final.

Além do exposto, chamo sua atenção para o fato de que é possível o Agravo Interno con-
tra decisões do Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal cujo teor negue o seguimento do
Recurso Especial ou Recurso Extraordinário.

Veja que interessante!


O agravo interno pode ser interposto em face de qualquer decisão unipessoal proferida em
tribunal, ainda que do presidente ou vice-presidente do tribunal.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá
I – negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal
não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto
contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exa-
rado no regime de repercussão geral;
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em confor-
midade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, res-
pectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
(...)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do
art. 1.021.

Os dispositivos acima foram acrescentados pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, alterações
posteriores à Lei n. 13.105 de 2016.

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Art. 1.035 (...)


§ 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que
exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto
intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse
requerimento.
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado
em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.

Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS)


Em determinado caso, após a interposição de recurso especial e apresentação das contrarra-
zões, os autos foram conclusos ao presidente do tribunal recorrido, que negou seguimento ao
recurso sob o fundamento de ele ter sido interposto contra acórdão que estava em conformi-
dade com entendimento do STJ exarado no regime de recursos repetitivos.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta o único recurso ca-
bível contra essa decisão.
a) agravo de instrumento
b) agravo interno
c) agravo em recurso especial
d) recurso extraordinário
e) recurso ordinário

Letra b.
Veja que a alternativa B se harmoniza com o que estabelece o artigo 1.030, I, a, § 2º, da Lei n.
13.105 de 2015.

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Embargos de Declaração

Os embargos de declaração constituem uma espécie de recurso cabível contra decisões


interlocutórias, sentença, decisões monocráticas e acórdãos, em verdade, são cabíveis para
atacar qualquer decisão judicial. Esse recurso é oposto para atacar decisões obscuras, omis-
sas, contraditórias ou eivadas de erro material.

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a re-
querimento;
III – corrigir erro material.

Da Omissão

Considera-se omissa uma decisão que não aprecia determinada questão relevante so-
bre a qual o Juiz deveria ter se pronunciado. Imagine que Ted proponha uma ação em juízo,
por meio da qual pede danos emergentes, lucros cessantes e danos morais. Suponha que o
Julgador analise apenas os danos emergentes e lucros cessantes e não se pronuncie quanto
aos danos morais. Nesse cenário, a sentença será omissa quanto ao terceiro ponto. Além do
exposto, haverá omissão quando a decisão não se manifestar sobre tese firmada em casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente
de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

Além da omissão consignada no inciso acima, a decisão será omissa caso não haja fun-
damentação da decisão judicial, nas seguintes situações, previstas no artigo 489, § 1º, da Lei
de Ritos: limitar-se a indicar, reproduzir ou parafrasear ato normativo, sem a explicação da
relação com a questão ou causa decidida; empregar conceitos jurídicos indeterminados sem
explicar o motivo concreto da incidência ao caso; invocar motivos cujo teor justificaria qual-
quer outra decisão; não enfrentar todos os argumentos acostados ao processo capazes de,
em abstrato, infirmar a conclusão adotada; se limitar a invocar precedente ou enunciado de

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súmula sem demonstrar que o caso se amolda àqueles fundamentos; não seguir precedente,
enunciado de súmula ou jurisprudência invocada pela parte, sem que haja a demonstração da
existência de diferença entre o caso examinado ou que o entendimento foi superado.

Da Obscuridade

A obscuridade ocorre quando a decisão proferida não está clara, ou seja, não é compre-
ensível para quem a lê.

Da Contradição

A contradição pode ser definida pela incoerência de raciocínio. Imagine que Ted proponha
uma ação de danos morais, danos emergentes e lucros cessantes relativos à cirurgia plástica
mal sucedida. Suponha que na fundamentação da sentença haja a indicação de que a inter-
venção cirúrgica tenha causado graves transtornos a Ted e que ele tem sofrido muito, perdeu
a chance de ser modelo de revistas famosas e, quando você está prestes a retirar o lenço do
bolso para chorar por conta do sofrimento do autor da ação, o dispositivo da sentença nega
provimento aos pedidos. Percebe que não houve uma coerência entre a fundamentação e a
decisão? Nesse caso, é cabível embargos de declaração.

Do Erro Material

Trata-se de equívoco relativo à informação constante no processo, como a qualificação


das partes, por exemplo: ao invés de escrever Bill, escreveu-se Billson. Veja, nesses casos, é
possível que o Juiz corrija a incorreção de ofício.
Bem, amigo(a) do Gran Cursos Online, o prazo para opor os embargos é de 5 (cinco) dias
úteis, lapso temporal que é contado em dobro em caso de litisconsórcio com diferentes pro-
curadores de escritórios distintos (com fulcro no artigo 229 da Lei Adjetiva), não aplicável em
processos eletrônicos.
Veja, os embargos são endereçados no juízo prolator da decisão e devem estar funda-
mentados com a indicação do erro, obscuridade, contradição ou erro material.

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Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.

Os embargos de declaração não se sujeitam ao preparo... Então, o embargante pode manter


o escorpião no bolso!

Querido(a), o embargado só se manifestará, no prazo de 5 (cinco) dias, em contrarrazões,


caso os embargos impliquem modificação da decisão embargada (isto é, ocorra o efeito in-
fringente, modificativo), porquanto, do contrário, não há necessidade de manifestação. Con-
forme o artigo 1.024 da Lei n. 13.105 de 2015, o Juiz julgará os embargos no lapso temporal
de cinco dias.

§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre
os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embar-
gada.
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.

Do Princípio da Fungibilidade

Bem, na aula anterior, comentei acerca do Princípio da Fungibilidade, que está “fresqui-
nho” na sua memória! Veja, por meio dele, é possível “trocar” um recurso por outro, desde que
atendidos alguns requisitos. Certo! O artigo 1.024, § 3º, estabelece a aplicação da fungibilida-
de caso o embargante oponha embargos de declaração, mas seja o caso de agravo interno,
desde que determine a intimação do recorrente para complementar as razões recursais no
prazo de 5 (cinco) dias. Acompanhe comigo o dispositivo em comento:

§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser
este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo
de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art.
1.021, § 1º.

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Do Princípio da Complementariedade

Imagine que Bill ocupe o polo ativo de uma demanda e oponha embargos de declaração
no quarto dia (lembre-se de que ele possui cinco dias para opor o aludido recurso), porquanto
fizera dois pedidos e um deles foi deferido e outro não, mas a sentença relativa ao segundo
pleito fora obscura. Contudo, suponha que Pepe (ocupante do polo passivo da demanda)
tenha manejado uma apelação no terceiro dia (lembro-te que o ele possui quinze dias para
apelar). Pense, ainda, que Bill logre êxito quanto ao segundo pedido no julgamento dos em-
bargos de declaração, ou seja, é atribuído aos embargos o efeito modificativo. Nesse caso,
Pepe poderá complementar a apelação ou alterar as razões nos limites da modificação (na
situação hipotética, quanto ao segundo pedido, uma vez que a apelação se referiu ao primeiro
pleito), no prazo de 15 (quinze) dias, contados da intimação dos embargos.

§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embarga-


da, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de
complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze)
dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.

Segundo o § 5º do artigo 1.024 do Novo Código:

Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento an-


terior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de
declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

Os embargos podem ser opostos para fins de pré-questionamento, consoante o artigo


1.025 da Lei Adjetiva, o que irradia efeitos para o Recurso Especial e Extraordinário. Um pon-
to digno de nota se refere ao fato de que os embargos de declaração em regra não possuem
efeito suspensivo. Contudo, todavia e entretanto! Os embargos podem ter efeito suspensivo
quanto à eficácia da decisão monocrática ou colegiada, acaso seja demostrada a probabili-
dade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano
grave ou de difícil reparação, com base no artigo 1.026, § 1ª, do Novo Código de 2015.

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Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeita-
dos, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para
a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou
relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamen-
tação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.

Cumpre destacar que quando os embargos de declaração forem protelatórios (só para “en-
rolar”), poderá o Julgador aplicar a multa de até 2% do valor atualizado da causa. Essa multa
será elevada para 10 %, caso o embargante reitere a conduta (“enrole” de novo). Porém, a partir
de então, qualquer outro recurso só será interposto se houver o prévio pagamento da multa, sal-
vo para a Fazenda Pública e beneficiário da justiça gratuita, os quais recolherão o valor ao final.

§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em de-


cisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois
por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada
a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário
de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.

Agora, saliento que se os dois embargos tiverem sido considerados protelatórios, não
serão admitidos novos embargos, porque aí...haja protelação!

§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido
considerados protelatórios.

Do Recurso Ordinário

Prezado(a) estudante, o Recurso Ordinário é previsto tanto na Constituição da Repúbli-


ca quanto no Código de Processo Civil de 2015. Essa espécie de recurso é encaminhada ao
Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fim de que sejam
examinadas decisões proferidas por Tribunais.
O artigo 102, inciso II da Carta Fundante estabelece as hipóteses de cabimento do Recur-
so Ordinário. Acompanhe comigo:

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Além da previsão constitucional, o artigo 1.027 da Lei de Ritos prevê o cabimento do Re-
curso Ordinário para a Suprema Corte quando ocorrer uma decisão denegatória de mandados
de segurança, habeas data e de mandados de injunção decididos em única instância pelos
Tribunais Superiores, quando denegatória a decisão.

Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:


I – pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de
injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;

Ao seguir na leitura da Constituição de 1988, percebe-se que o artigo 105, inciso II, da Car-
ta Fundante também estabelece ser cabível Recurso Ordinário dirigido ao Superior Tribunal de
Justiça nas seguintes situações:

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Além das disposições constitucionais, o artigo 1.027 da Lei de Adjetiva disciplina o tema
ao reproduzir, quase na integralidade, o que foi estabelecido pela Carta Fundante.

Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:


(...)
II – pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pe-
los tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional
e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Cumpre destacar que nos casos cujos envolvidos sejam Estado Estrangeiro ou organismo
internacional em um polo da relação processual, Município ou pessoa residente ou domici-
liada no País no outro polo do processo, acaso haja uma decisão interlocutória, será cabível
agravo de instrumento dirigido ao Tribunal de Cidadania, além de serem aplicadas as dispo-
sições relativas à apelação conjugadas com o Regimento Interno do STJ no que diz respeito
aos requisitos de admissibilidade e procedimento do recurso.
Bem, nos casos que versem sobre Mandado de Segurança, Habeas Data e Mandados de
Injunção a serem julgados pelo Supremo ou Mandado de Segurança de competência do Tri-
bunal de Cidadania, o Recurso Ordinário deverá ser interposto perante o Tribunal de origem e
compete ao Presidente ou Vice-presidente da Corte determinar a intimação do recorrido para
presentar contrarrazões no prazo de 15 dias, conforme estatui o artigo 1.028, § 2º, do Novo
Código. Segundo o § 3º do dispositivo mencionado, após o aludido prazo, os autos serão re-
metidos ao Tribunal Superior, independentemente de juízo de admissibilidade.

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Do Recurso Extraordinário (RE) e do Recurso Especial (REsp)

Amigo(a) leitor (a), o Novo Código consigna, por meio das disposições gerais dos recursos
mencionados, pontos de convergência entre o Recurso Extraordinário e o Recurso Especial.
Com base nisso, analisarei, junto com você, os pontos comuns entre as aludidas espécies
recursais e, depois, falarei sobre as especificidades de cada um. Antes, porém, vamos definir
nosso objeto de estudo.
Bem, o Recurso Extraordinário é uma espécie de recurso cabível nas hipóteses do artigo
102, inciso III, alíneas a, b e c da Constituição Federal e 1.029 da Lei de Ritos, cuja competên-
cia para julgamento é do Supremo Tribunal Federal. Noutro giro, o Recurso Especial é cabível
nas hipóteses estabelecidas no artigo 105, inciso III, da Carta Política e 1.029 da Lei Adjetiva,
cuja competência para exame é do Superior Tribunal de Justiça.

Das Disposições Gerais

Conforme vimos, linhas acima, o RE ou o REsp serão endereçados ao STF e ao STJ, res-
pectivamente, sem embargos de interposição simultânea dos dois recursos (desde que em
petições separadas, as quais devem estar nos moldes do artigo 1.029, incisos I, II e III da Lei
de Ritos). Esses recursos deverão ser interpostos ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribu-
nal recorrido, o qual realizará o juízo de admissibilidade.

Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Fede-
ral, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições
distintas que conterão:
I – a exposição do fato e do direito;
II – a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.

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Vamos analisar o raciocínio esposado por meio do esquema gráfico abaixo:

Para que os Recursos Extraordinário e Especial sejam admitidos, eles deverão possuir os
requisitos de admissibilidade mencionados quando do estudo da Teoria Geral (cabimento,
interesse, legitimidade, tempestividade preparo, além de possuir uma regularidade formal e
ausência de fatores impeditivos). Saliento que se aplica, outrossim, os custos relativos ao
porte remessa e retorno, além de todos os aspectos relativos aos artigos 180, 183, 186, 219 e
229 da Lei Adjetiva.
Um ponto relevante se refere à possibilidade de desconsideração de vício formal ou cor-
reção do RE e REsp quando forem interpostos de modo tempestivo, uma inovação da Lei n.
13.105 de 2015.

§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício for-
mal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.

Do Prequestionamento

Prezado(a), estudante, um requisito específico para os Recursos Extraordinário e Especial


se refere ao pré-questionamento, o qual restringe o cabimento das aludidas peças recursais
a causas examinadas em via ordinária.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
(...)
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:

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(...)
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
(...)
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribu-
nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida:

Súmula n. 356 do STF:


O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios,
não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestiona-
mento.

Uma questão relevante, quanto ao pré-questionamento, se refere à possibilidade de os


embargos de declaração terem o condão de prequestionar a matéria, ou seja, uma vez inter-
postos com os fins a ele inerentes, considera-se a matéria prequestionada e não há de se fa-
lar de supressão de instância, mesmo que os embargos sejam inadmitidos ou rejeitados, caso
o Tribunal Superior considere que existe erro, omissão, contradição ou obscuridade, conforme
assevera o artigo 1.025 do Novo Código.

Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeita-
dos, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Amigo(a), nos termos do Novo Código de Processo Civil, tem-se admitido a figura do
pré-questionamento ficto, o qual é configurado pela oposição dos embargos de declaração,
mesmo que esse recurso não seja admitido. Esse posicionamento supera a posição do Supe-
rior Tribunal de Justiça (Súmula n. 211), o qual inadmitia o prequestionamento mencionado.

O novo Código de processo Civil, por meio do artigo 1.025, permite o pré-questionamento ficto.

Conforme a súmula 356 do Supremo Tribunal Federal, o ponto omisso da decisão sobre o
qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de Recurso Extraordi-

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nário, por faltar o requisito de prequestionamento. Ademais, a Súmula 98 do Superior Tribunal


de Justiça consigna os embargos de declaração com nítido objetivo de prequestionamento,
não serão considerados protelatórios.

Da Interposição dos Recursos Extraordinário e Especial

Bem, uma vez que a exordial dos recursos foi interposta, ela será recebida pela secretaria
do Tribunal, a qual intimará o recorrido para apresentar as contrarrazões em 15 (quinze) dias
(esse também é o prazo para interpor o RE e REsp). O lapso temporal conferido ao recorrido foi
inserido pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, uma alteração posterior à Lei n. 13.105 de 2015.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para
apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:

Após o prazo para apresentação de contrarrazões, os autos serão conclusos ao Presiden-


te o ou ao Vice-presidente do Tribunal recorrido e as seguintes posturas (previstas no artigo
1,030, I, II, III, IV e V da Lei de Ritos) poderão ser adotadas por eles, as quais lhe apresento em
esquema gráfico:

1ª Postura:

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2ª Postura:

3ªPostura:

4ª Postura:

5ª Postura:

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Se forem adotadas a 1ª e 3ª posturas pelo Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal, elas


serão atacadas por meio de Agravo Interno (nos moldes do artigo 1.021 da Lei Adjetiva).
Contudo, se a 5ª postura for adotada, será atacada por Agravo em Recurso Extraordinário e
Especial (previsto no artigo 1.042 da Lei de Ritos).

Estimado(a) leitor(a), como exposto nesta aula, é possível que os Recursos Extraordinário
e Especial sejam interpostos de modo simultâneo, em peças vestibulares distintas (petições
iniciais diferentes). Isso ocorre quando há ofensa, tanto à Constituição Federal como à Lei
Federal de uma vez só... numa só “paulada”! (como diria meu pai).

Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os


autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.

Veja, em caso de interposição de peças simultâneas, os autos serão remetidos ao Su-


perior Tribunal de Justiça para julgamento e depois ao Supremo. Contudo, pode o relator do
Recurso no Tribunal de Cidadania sobrestar (suspender) o julgamento, em decisão irrecorrí-
vel, porquanto entenda que a questão deve ser apreciada pela Suprema Corte, em razão de
questão prejudicial. Agora, se o Relator do Recurso Extraordinário rejeitar a prejudicialidade,
em decisão irrecorrível, devolverá o os autos ao STJ.

§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal


Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão
irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a
prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso
especial.

Chamo sua atenção para fato de que o Relator pode considerar que o Recurso Especial
interposto no Tribunal de Cidadania versa acerca de questão constitucional e, com efeito,
deve ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, será concedido prazo de 15

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(quinze) dias para que um requisito específico do Recurso Extraordinário seja demostrado,
qual seja: a repercussão geral (que será tratada em momento próprio da aula). Após o cum-
primento dessa diligência, o Relator do Superior Tribunal de Justiça irá remeter o Recurso à
Suprema Corte, a qual realizará o juízo de admissibilidade.
Noutro giro, o Supremo também pode remeter os autos ao Superior Tribunal de Justiça em
razão de considerar como reflexa a ofensa à Carta Fundante afirmada por Recurso Extraordi-
nário, por pressupor a necessidade de revisão de Lei Federal ou Tratado. Então, perceba que
as Cortes podem “transitar” com os recursos de acordo com entendimento sobre a matéria a
ser examinada e com a competência para julgamento.

Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirma-
da no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado,
remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou
o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito.
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, de-
volve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo
impugnado.

Atento(a) leitor(a), tanto o RE quanto o REsp possuem efeito devolutivo e, em regra, não
possuem efeito suspensivo.

Eita! Já sei professor! Lá vem as exceções! Isso mesmo!

Atente-se para o fato de que o artigo 1.029, § 5º prevê hipóteses em que a suspensão
pode ser requerida (o dispositivo em comento teve a redação original alterada pela Lei n.
13.256 de 2016), acompanhe comigo:

§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial


poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de
admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para
julgá-lo;
II – ao relator, se já distribuído o recurso;

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III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a


interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de
o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.

Do Recurso Extraordinário

O Recurso Extraordinário possui base legal em dois diplomas normativos, a saber: A Cons-
tituição de 1988 e na Lei n. 13.105 de 2015. Veja, esse é um recuso extremo que levará uma
questão ao Tribunal de Superposição, qual seja: ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Porém, há de se ressaltar que não são todos os assuntos que serão analisados pela Corte
Suprema, cuja insigne missão é a de defender a Constituição Federal quando houver contra-
riedade à Carta Cidadã, seja quanto a aplicação dos dispositivos constitucionais, como na
interpretação daquilo que nela está positivado. Diante do exposto, o cabimento do Recurso
Extraordinário está previsto nas hipóteses do artigo 102, inciso III, alíneas a, b, c e d, que tra-
tam acerca da competência do Supremo para julgar as causas decididas em única ou última
instância.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
(...)
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;

Conforme consignado em linhas acima, caberá o RE, quando ocorrer contrariedade à Car-
ta Política, como a impossibilidade de ampla defesa, por exemplo.

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

Nesse caso, será cabível a análise pelo Supremo, o que não ocorrerá acaso a inconstitu-
cionalidade verse sobre lei local ou municipal. Nesse sentido, veja o teor da Súmula 280 da
Suprema Corte:

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Súmula n. 280 do STF: Por ofensa ao direito local não cabe recurso extraordinário.

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

É cabível o Recurso Extraordinário se a for julgada válida uma lei local ou ato de governo
contestado em face da Constituição, ou seja, é necessário avaliar se ocorreu desconformida-
de com a Carta Política.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Essa é a última hipótese de cabimento do Recuso Extraordinário, prevista pela Emenda


Constitucional n. 45 de 2004. Veja, estimado(a) leitor(a), quando se julga válida uma lei lo-
cal contestada em face de lei federal, de modo reflexo estar-se-á discutindo a Carta Magna
(competência legislativa dos entes federados), haja vista que, em uma perspectiva oriunda de
Hans Kelsen, a aludida legislação deve estar em consonância com a Constituição.

Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal – REsp.
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal – RE.

Chamo sua atenção para o fato de que aquilo que é levado ao Supremo deverá versar so-
bre matéria de direito e não de fato.

Como assim, professor?

Vou explicar com mais vagar logo abaixo:


• Matéria de direito: quando me refiro à matéria de direito, estou diante de uma divergên-
cia jurídica. A título de exemplo, imagine que Pepe Nouglas alugue sapatos de boliche
para uma partida decisiva no campeonato internacional da modalidade. Porém, após
o contrato de locação, percebe que as cores utilizadas não são permitidas na compe-

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tição. Ao retornar ao estabelecimento, a fim de trocar os calçados, percebe que seu


contrato não permite a troca, mas o de outros clientes admite (em flagrante falta de
isonomia), além de outras cláusulas abusivas relativas à relação contratual. Veja, essa
é uma questão de direito, jurídica, pois a discussão versará sobre aspectos jurídicos.
• Matéria de fato: são discussões acerca da divergência de fatos. Suponha que Pepe es-
teja dirigindo seu veículo e venha a colidir no carro de Bill. Bill alega que Pepe ultrapas-
sou o sinal vermelho, mas Pepe nega. Perceba, querido(a) amigo(a), que a discussão se
refere a fatos e necessita de provas para que a responsabilidade civil seja imputada a
alguém. Saliento que as matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não
pelos Tribunais Superiores.

As matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não pelos Tribunais Superiores,
os quais examinam matéria de direito.

Súmula n. 279 do STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Da Repercussão Geral

Bem, um ponto digno de nota para a interposição do Recurso Extraordinário, versa sobre
a necessidade de que o recorrente comprove a Repercussão Geral, ou seja, demonstre que
o assunto carreado à Suprema Corte supere os interesses individuais das partes, ou seja, a
questão traspassa os limites subjetivos dos litigantes. Saliento que a controvérsia deve ser
relevante para a sociedade, porquanto há uma importância do ponto de vista econômico; so-
cial; jurídico e político.

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extra-
ordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos
deste artigo.

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§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos
do processo.

A Repercussão Geral foi introduzida no ordenamento jurídico pátrio por meio da Emenda
Constitucional n. 45 de 2004. Esse pressuposto recursal específico funciona como filtro no
que se refere a carrear questões para o Supremo, como a famosa briga entre vizinhos por
conta de um papagaio que foi parar na Suprema Corte!

Amigo(a), a demonstração da Repercussão Geral compete aquele que recorre e deverá ser
apreciada pelo Supremo Tribunal Federal. A Suprema Corte decidirá se há ou não a incidência
e, com efeito, se é ou não cabível o Recurso Extraordinário.

§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva


pelo Supremo Tribunal Federal.

O Código de Processo Civil prevê, por meio do artigo 1.035, § 3º, incisos I e III, que haverá
repercussão geral quando o recurso impugnar acórdão que contrarie à Súmula ou jurispru-
dência dominante do Tribunal de Superposição ou que tenha reconhecido a inconstituciona-
lidade de Tratado ou Lei Federal nos moldes do artigo 97 da Carta Fundante.

§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:


I – contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II – (Revogado);

O inciso II foi revogado pela Lei n. 13.256 de 2016, uma alteração posterior à Lei n. 13.105
de 2015.

III – tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97
da Constituição Federal.

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Segundo o artigo 987 do NCPC:

Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.


§ 1 O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional
eventualmente discutida.

Veja, estimado(a) estudante, como a Repercussão Geral ultrapassa os limites subjetivos


dos interessados, é possível que o Relator do Recurso admita a participação de terceiros (uma
instituição renomada na área de conhecimento discutido, por exemplo). Além disso, uma vez
reconhecida a repercussão, o Ministro que irá emitir o relatório determinará a suspensão de
todos os processos pendentes, sejam individuais ou coletivos, que tratem da mesma questão
em todo Brasil.

§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subs-


crita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a sus-
pensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem
sobre a questão e tramitem no território nacional.

Conforme o artigo 1.035, § 9º, os recursos, cuja repercussão geral for reconhecida, deve-
rão ser jugados no prazo de até um ano, com preferência sobre os demais feitos, exceto casos
relativos a réu preso e pedidos de Habeas Corpus.

§ 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano
e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de
habeas corpus.

Chamo sua atenção para o fato de que a Constituição Federal estabelece que o Recurso
Extraordinário não será admitido se a Repercussão geral for afastada por dois terços dos Mi-
nistros do Supremo Tribunal Federal (oito dos onze).

Art. 102 (...)

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§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões


constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão
do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

Recurso Especial (REsp)

Conforme comentei, em momento anterior desta aula, o Recurso Especial se presta a exa-
minar matéria de direito quando ocorrer afronta à Lei Federal, cuja competência é atribuída ao
Superior Tribunal de Justiça, guardião das Leis Federais. Bem, o artigo 105, III, da Constituição
elenca as hipóteses de cabimento do REsp.

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


(...)
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribu-
nais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Compete ao Superior Tribunal de Justiça examinar a contrariedade a Tratado ou Lei


Federal.

Segundo a Súmula n. 518 do Tribunal de Cidadania:

Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial fun-
dado em alegada violação de enunciado de súmula.

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

O julgamento recairá sobre a invalidade de ato de governo local.

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

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Amigo(a), é importante que as decisões conflitantes entre Tribunais sejam sanadas, até
para que não haja aplicações diferentes entre Tribunais de locais diferentes, ou seja, uma
mesma situação jurídica com provimento favorável no Tribunal do Rio Grande do Sul e des-
favorável no Rio Grande do Norte. Nesse sentido, poderá ser interposto recurso com prova
da divergência e menção as circunstâncias em que se identifiquem ou assemelhem casos
semelhantes, com fulcro no artigo 1.029, § 1º.

§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da diver-


gência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a
reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva
fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou asseme-
lhem os casos confrontados.

Segundo a Súmula n. 13 do Superior Tribunal de Justiça:

A divergência de julgados no mesmo tribunal não enseja recurso especial.

Quanto aos requisitos gerais aplicáveis aos recursos, eles são aplicados ao Recurso Es-
pecial, no qual é preciso pré-questionamento. O prazo para interposição do REsp é de 15
(quinze) dias e deverão ser considerados os artigos 180, 183, 219 e 229 da Lei de Ritos.
Conforme analisado na interposição do Recurso Extraordinário, o Recurso Especial deve
ser interposto por petição na qual deverão ser acostados os seguintes requisitos:

Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Fede-
ral, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições
distintas que conterão:
I – a exposição do fato e do direito;
II – a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da diver-
gência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado,
inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a

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reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva


fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou asseme-
lhem os casos confrontados.

O Recurso Especial (assim como o Extraordinário) será endereçado ao Tribunal e, após


os autos conclusos, interpostos ao Presidente ou Vice-Presidente para exame de admissi-
bilidade.

As matérias de fato serão analisadas em segunda instância e não pelos Tribunais Superiores,
os quais examinam matéria de direito.

Do Julgamento dos Recursos Extraordinários e Especial Repetitivos.

Amigo(a), quando diversos recursos (Extraordinários ou Especiais) que versam sobre a


mesma controvérsia jurídica são carreados ao Poder Judiciário, o Presidente ou Vice Pre-
sidente do Tribunal, além do Relator da Corte superior, podem destacar dois ou mais casos
com fundamentação jurídica idêntica (paradigmas) para serem analisados pelo Supremo ou

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Tribunal de Cidadania com mais vagar, de maneira mais exauriente e, com isso, analisar uma
questão jurídica, a qual teria que ser examinada repetidas vezes seja discutida uma vez e tor-
ná-la dotada de repercussão em relação aos demais recursos posteriores os quais possuam
a mesma fundamentação. A decisão emanada pelas aludidas Cortes possuirá efeito vincu-
lante em relação aos demais processos que tramitam acerca do mesmo tema, os quais fica-
rão sobrestados (suspensos) até a manifestação sobre a causa, o que ocorrerá em relação a
todos os processos que tramitem em Território Nacional, os quais se encartem na situação
mencionada.

Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com funda-
mento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposi-
ções desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e
no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal sele-
cionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao
Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a
suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no
Estado ou na região, conforme o caso.
(...)
§ 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos represen-
tativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do
presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
§ 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumen-
tação e discussão a respeito da questão a ser decidida.

Veja, como haverá eficácia vinculante em relação aos demais processos é necessária uma
argumentação e discussão abrangentes acerca da questão a ser decidida.
Conforme o artigo 1.036, §§ 2º e 3º, da Lei Adjetiva, o interessado poderá requerer a ex-
clusão da decisão de sobrestamento e inadmissão do REsp ou RE quando tiverem sido inter-
postos de modo intempestivo. O recorrente terá o lapso temporal de 5 (cinco) dias para se
manifestar. Se não for afastado o sobrestamento, será cabível agravo interno ao Tribunal.

Art. 1.036 (...)


2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de
sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto

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intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse
requerimento.
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno.
(...)

Veja, uma vez selecionados os recursos, o Relator proferirá uma decisão inicial (com iden-
tificação da questão a ser submetida a julgamento e suspensão dos processos coletivos e
individuais os quais versem sobre a mesma questão). Segundo o artigo 1.037 da Lei de Ritos,
uma vez selecionados os recursos, no Tribunal Superior, constatando a presença do pressu-
posto no artigo 1.036 (caput), proferirá a decisão de afetação na qual:

I – identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;


II – determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
III – poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tri-
bunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia.
§ 1º Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vice-presidente de tribunal
de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior,
comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revo-
gada a decisão de suspensão referida no art. 1.036, § 1º .

Chamo sua atenção para o fato de que os recursos afetados serão julgados em até um
ano, com precedência sobre os demais, salvo nos casos em que há réu preso ou Habeas Cor-
pus. Certo, professor! E se não houver o julgamento em até um ano? Bem, nesse caso, não
acontece nada, não existe uma previsão de consequência prevista em legislação! O § 5º esta-
belecia o fim da suspensão dos processos após esse lapso temporal, contudo a Lei n. 13.256
de 2016 revogou esse dispositivo, aliás, é significativa a quantidade de alterações posteriores
no que se refere ao RE e REsp.
Além do exposto, o Relator poderá adotar as seguintes providências, previstas no artigo
1.038 da Lei Adjetiva:

Art. 1.038. O relator poderá:


I – solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvér-
sia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;

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Veja que é possível a participação do amicus curiae.

II – fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhe-
cimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;

Nesse caso, podem ser ouvidas pessoas com experiência e conhecimento acerca da ma-
téria, com o objetivo de instruir o procedimento.

III – requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a dili-
gência, intimará o Ministério Público para manifestar-se.

A parte final do inciso supracitado, estabelece a obrigatoriedade da participação do Mi-


nistério Público como fiscal da ordem jurídica nos julgamentos de casos repetitivos.

§ 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados,
sempre que possível, por meio eletrônico.

Cumpre destacar que aqueles que tiveram os processos sobrestados serão intimados
acerca do sobrestamento e podem demostrar que a questão a ser examinada no RE ou REsp é
diferente do processo em que se é parte e requerer o prosseguimento da demanda, consoante
o § 9º do artigo 1.037 da Lei de Ritos, e dessa decisão que resolver esse requerimento caberá
agravo de instrumento (caso o processo esteja no primeiro grau de Jurisdição) e agravo in-
terno (se a decisão for do Relator) .

§ 8º As partes deverão ser intimadas da decisão de suspensão de seu processo, a ser proferida
pelo respectivo juiz ou relator quando informado da decisão a que se refere o inciso II do caput.
§ 9º Demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada
no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu
processo.

Consoante o artigo 1.039 da Lei n. 13.105 de 2015, uma vez decididos os recursos afe-
tados, os órgãos colegiados declararão prejudicados os outros recursos que versem sobre
idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese firmada. Segundo o parágrafo único do
dispositivo em comento: “Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário

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afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo


processamento tenha sido sobrestado”.
Conforme o artigo 1.040, publicado o acordão paradigma:

I – o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos espe-


ciais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a orientação
do tribunal superior;
II – o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência
originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido con-
trariar a orientação do tribunal superior;
III – os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso para
julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;
IV – se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de con-
cessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente
ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes
sujeitos a regulação, da tese adotada.
§ 1º A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a
sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da con-
trovérsia.
§ 2º Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento
de custas e de honorários de sucumbência.
§ 3º A desistência apresentada nos termos do § 1º independe de consentimento do réu, ainda que
apresentada contestação.
Art. 1.041. Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordi-
nário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, § 1º .
§ 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se
for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou neces-
sário em decorrência da alteração.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras
questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame
pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de
admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais
questões. (Redação dada pela Lei n. 13.256, de 2016)

Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário

Vimos que o Juízo prévio de admissibilidade do REsp e RE compete ao Presidente ou Vice


do Tribunal de origem. Bem, caso o recurso seja indeferido por eles, será cabível o manejo
do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário em desfavor da decisão a qual

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inadmitir o processamento dos aludidos recursos em razão da ausência dos requisitos de


admissibilidade.

O Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário poderá ser manejado se o REsp


ou RE não forem admitidos em razão da ausência dos requisitos de admissibilidade, tratados
no decorrer dessa aula, exceto quando fundada na aplicação de entendimento firmado em re-
gime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos (consoante a parte final
do artigo 1.042).

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido
que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.

O prazo para interposição do agravo mencionado é de 15 (quinze) dias, lapso temporal no


qual o agravante deverá comprovar o cabimento do recurso. A petição da aludida peça recur-
sal será encaminhada ao Presidente ou Vice-presidente do Tribunal de origem e o agravado
terá o prazo de 15 (quinze) dias para oferecer contrarrazões. Encerrado o prazo para resposta,
se não ocorrer o juízo de retratação, o agravo será encaminhado ao Tribunal competente a
fim de ser examinado. Saliento que não é necessário o recolhimento de custas e despesas
postais, ou seja, pode manter o escorpião no bolso ou na bolsa!

§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e


independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercus-
são geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo
de retratação.

Essa redação foi determinada pela Lei n. 13.256 de 2016, ou seja, uma alteração posterior
ao Novo Código de 2015.

§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior
competente.

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§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou
extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no re-
gimento interno do tribunal respectivo.

Caso haja a interposição conjunta de REsp e RE, o agravante deverá interpor um agravo
para cada um dos recursos não admitidos, consoante o parágrafo 6º do artigo 1.042 da Lei de
Ritos. Quando houver apenas um agravo, o recurso será remetido ao Tribunal competente e,
em caso de interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Tribunal de Cidadania.

§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deve-


rá interpor um agravo para cada recurso não admitido.
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo inter-
posição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso
especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal
para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado.

Dos Embargos de Divergência

Esse tema me faz lembrar dos tempos da academia, quando eu e outros amigos de fa-
culdade discutíamos (em conflito de ideias saudável) acerca de controvérsias jurídicas... é...
elas são muitas. Veja, estimado(a) estudante, o Supremo Tribunal Federal é composto por 11
Ministros e possui turmas e Plenário, já o Superior Tribunal de Justiça possui 33 Ministros, os
quais compõem as turmas, seções (cujo número total é fracionado), com base nos regimen-
tos internos das aludidas Cortes.
Bem, nessa esteira de raciocínio, quando um Recurso Extraordinário ou Especial é exami-
nado pelo Supremo Tribunal ou Superior Tribunal, respectivamente, e existir uma divergência
entre órgãos dos próprios Tribunais, é cabível o manejo dos Embargos de Divergência, nas
hipóteses previstas nos incisos I e III do artigo 1.043 do Novo Código, o qual teve os incisos II
e IV revogados pela Lei n. 13.256 de 2016.

Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:


I – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro
órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
(...)

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III – em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro


órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso,
embora tenha apreciado a controvérsia;

As divergências entre os órgãos fracionários, as quais autorizam a interposição de em-


bargos de divergência, podem versar sobre a aplicação de Direito Material ou Processual. Em
regra, o aludido recurso será manejado quando divergirem os órgãos fracionários. Contudo, é
possível manejá-los quando o acordão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão
embargada, desde que a composição dela tenha sido alterada em mais da metade de seus
membros, conforme estabelece o artigo 1.043, § 3º, da Lei Adjetiva.

§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que pro-
feriu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade
de seus membros.

Cabem Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que pro-
feriu a decisão embargada, consoante o § 3º do artigo 1.043.

Conforme o artigo 1.043, § 4º, da Lei de Ritos, o recorrente deverá provar a divergência por
meio de cópias, com certidão ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudên-
cia, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodu-
ção de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e
mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
O prazo para a interposição de Embargos de Divergência será de 15 (quinze) dias e o re-
curso mencionado observará os ditames dos regimentos internos da Suprema Corte e Tribu-
nal de Cidadania. Uma vez interpostos os embargos no Superior Tribunal de Justiça, o prazo
para interposição do Recurso Extraordinário será interrompido.

Art. 1.044. No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido


no regimento interno do respectivo tribunal superior.

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§ 1º A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo


para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes.
§ 2º Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamen-
to anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento
dos embargos de divergência será processado e julgado independentemente de ratificação.

Acompanhe comigo as Súmulas n. 168 e n. 316 do Superior Tribunal de Justiça acerca dos
Embargos de Divergência:

Súmula n. 168:
Não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do tribunal se firmou no
mesmo sentido do acórdão embargado.
Súmula n. 316:
Cabem embargos de divergência contra acórdão que, em agravo regimental, decide
recurso especial.

Bem, estimado(a) amigo(a), após essas considerações acerca do tema abordado, vamos
à nossa bateria habitual de exercícios a fim de verificar como o assunto trabalhado é cobrado
em prova.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com o
CPC, é presumida a repercussão geral da questão constitucional discutida nos casos em que
houver interposição de recurso extraordinário contra acórdão
a) em que tenha sido examinado o mérito de incidente de resolução de demandas repetitivas.
b) em que incidentalmente tenha sido declarada a constitucionalidade de lei federal.
c) que tenha sido prolatado em julgamento de qualquer matéria examinada pelo plenário ou
por órgão especial de tribunal.
d) que tenha sido proferido em julgamento de recurso especial repetitivo no âmbito do STJ.
e) em que, em qualquer hipótese, tenha sido decidida matéria já examinada pelo STF.

Questão 2 (CESPE/2018/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR


FEDERAL) A respeito de recursos nos tribunais, meios de impugnação das decisões judiciais,
processo de execução e mandado de segurança, julgue o item a seguir.
O amicus curiae possui legitimidade para interpor recurso especial ou extraordinário contra
acórdão de tribunal que tiver julgado incidente de resolução de demandas repetitivas.

Questão 3 (CESPE/2018/EBSERH/ADVOGADO) Julgue o item a seguir, considerando as re-


gras do atual Código de Processo Civil acerca das sentenças e dos recursos.
A insuficiência no valor do preparo — que, em regra, constitui um dos requisitos de admissibi-
lidade recursal — implica imediata deserção.

Questão 4 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da re-


percussão geral da questão constitucional e do mandado de segurança, julgue o item que se
segue.
Haverá repercussão geral sempre que o recurso extraordinário atacar decisão contrária à sú-
mula ou à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal.

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Questão 5 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Foi interposto,


no tribunal de origem, um recurso especial, oportunidade na qual o vice-presidente daquele
tribunal, após a juntada das contrarrazões, admitiu o apelo e o encaminhou ao Superior Tri-
bunal de Justiça.
Nessa situação hipotética, conforme o Código de Processo Civil, o vice-presidente do tribunal
cometeu um erro procedimental, porque ele não poderia examinar a admissibilidade do recur-
so; mas, como, posteriormente, o processo foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça,
não houve nulidade a ser declarada, ante a ausência de prejuízo.

Questão 6 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código


de Processo Civil e da doutrina pertinente, julgue o item a seguir, acerca dos recursos extra-
ordinário e especial.
Ressalvada a possibilidade de oposição de embargos de declaração, será irrecorrível a deci-
são do Supremo Tribunal Federal que não conhecer do recurso extraordinário por considerar
que a questão constitucional arguida pelo recorrente não atende à repercussão geral.

Questão 7 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código


de Processo Civil e da doutrina pertinente, julgue o item a seguir, acerca dos recursos extra-
ordinário e especial.
Situação hipotética: Determinado tribunal de justiça prolatou um acórdão que possui dois
capítulos distintos, um, com fundamento constitucional, e outro, com fundamento infracons-
titucional referente à aplicação de lei federal. Assertiva: Nessa situação, se a parte vencida
interpuser apenas recurso especial, o Superior Tribunal de Justiça deverá considerá-lo inad-
missível, porque a decisão recorrida estaria assentada em fundamentos de mais de uma na-
tureza.

Questão 8 (CESPE/2017/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Tendo em vista que uma


das funções primordiais do STJ é a sistematização e uniformização da jurisprudência relativa
à legislação processual, julgue o próximo item à luz do entendimento desse tribunal.

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Sob pena de ser julgado extemporâneo, o recurso especial interposto antes do julgamento de
embargos de declaração deve ser ratificado, ainda que o resultado do julgamento anterior não
seja alterado.

Questão 9 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA - CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue, referentes ao procedimento comum no processo civil.
Situação hipotética: Ao receber a petição inicial de determinada ação judicial, o magistrado
deferiu pedido de tutela provisória e determinou que o município réu fosse comunicado para
ciência e apresentação de defesa. Assertiva: Nessa situação, a apresentação de embargos de
declaração pelo réu pode interromper o prazo para contestação.

Questão 10 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA - CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


No que concerne aos meios de impugnação das decisões judiciais, julgue o item a seguir, de
acordo com o CPC e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
Ainda que, em exame de embargos declaratórios, seja mantido o resultado do julgamento
anterior, o recorrente deverá ratificar recurso especial que tenha sido interposto antes do jul-
gamento dos embargos.

Questão 11 (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) O Ministro Relator de


Recurso Especial nega seguimento à impugnação recursal. Neste caso,
a) é cabível agravo interno.
b) é cabível agravo de instrumento.
c) é cabível agravo de admissibilidade.
d) é irrecorrível, a decisão.
e) são cabíveis somente embargos de declaração.

Questão 12 (FCC/2018/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre o recurso de Agravo de Instru-


mento e suas disposições no Código de Processo Civil, é correto afirmar:

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a) Caberá agravo de instrumento, dentre outras hipóteses, contra decisões interlocutórias


proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.
b) Quer sejam eletrônicos os autos do processo, quer sejam físicos, a petição de agravo de
instrumento será instruída obrigatoriamente com cópias da petição inicial, da contestação, da
petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respec-
tiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.
c) O juízo de primeiro grau pode atribuir efeito suspensivo ao recurso de agravo de instru-
mento, desde que o agravante demonstre a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo
relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
d) A má formação do instrumento de agravo por ausência de peça obrigatória só é sanável
por motivo de força maior que, se não comprovado, enseja a imediata inadmissão do recurso.
e) A juntada aos autos do processo, pela parte agravante, de cópia da petição de agravo de
instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que o instru-
íram é facultada ao agravante no prazo de 03 dias, contados da efetiva interposição, mas a
omissão dessa providência não autoriza a inadmissão do recurso.

Questão 13 (FCC/2018/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO) A sustentação oral nos agravos de


instrumento,
a) será cabível nas decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência,
bem como nas decisões sobre o mérito da causa.
b) passou a ser cabível de qualquer decisão interlocutória, desde que tenha causado gravame
à parte recorrente.
c) não é cabível em nenhuma situação, por não caber sustentação oral de decisões interlo-
cutórias.
d) passou a ser cabível de decisões interlocutórias que versem somente sobre o mérito da
causa.

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e) só é cabível nas decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência
ou da evidência.

Questão 14 (FCC/2018/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDI-


CAS) O recurso adequado para a impugnação de decisão que indefere a petição inicial, sob o
fundamento de inépcia, é o de
a) agravo de instrumento, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.
b) apelação, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado.
c) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.
d) agravo de instrumento, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado.
e) apelação, sendo facultado ao juiz, após a citação do réu para responder ao recurso, retra-
tar-se no prazo de dez dias.

Questão 15 (FCC/2018/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) Em relação ao agravo de ins-


trumento,
a) na sistemática do atual Código de Processo Civil cabe sustentação oral em qualquer hipó-
tese de interposição de agravo de instrumento.
b) o relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso, mas não antecipar a tutela recursal,
o que caracterizaria supressão de instância.
c) para a legislação processual civil, o rol das hipóteses que admitem a interposição do agra-
vo de instrumento é meramente elucidativo e não taxativo.
d) da decisão do relator que examina e concede ou não pedido de efeito suspensivo no agravo
de instrumento não cabe recurso, podendo porém ser impetrado mandado de segurança.
e) entre outras hipóteses, cabe agravo de instrumento contra decisões interlocutórias pro-
feridas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.

Questão 16 (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) O Ministro Relator de


Recurso Especial nega seguimento à impugnação recursal. Neste caso,
a) é cabível agravo interno.

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b) é cabível agravo de instrumento.


c) é cabível agravo de admissibilidade.
d) é irrecorrível, a decisão.
e) são cabíveis somente embargos de declaração.

Questão 17 (FCC/2017/TRF - 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-


LIADOR FEDERAL) Atenção: Considere o novo Código de Processo Civil para responder à
questão.
Ao receber ação de consignação em pagamento formulada por Pedro contra André, o juiz in-
deferiu a petição inicial, por entender ausente o interesse de agir. Nesse caso, Pedro poderá
interpor
a) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença; se não hou-
ver retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determi-
nar a remessa do feito ao Tribunal.
b) agravo, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da decisão; se não houver
retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determinar a
remessa do feito ao Tribunal.
c) apelação, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, de-
terminar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a
prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro grau.
d) agravo, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, deter-
minar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a
prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro grau.
e) interpor apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença; se
não houver retratação, o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determi-
nar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem ordenar a citação do réu.

Questão 18 (FCC/2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Ronaldo ajuizou


ação de obrigação de fazer contra Luciano visando a compeli-lo a prestar determinado

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serviço. Contra a decisão que concedeu a tutela antecipada, foram interpostos embargos de
declaração, os quais
a) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso e suspendem automaticamente
a eficácia da decisão embargada.
b) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem automati-
camente a eficácia da decisão embargada
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, bem como suspendem automa-
ticamente a eficácia da decisão embargada.
d) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem automati-
camente a eficácia da decisão embargada.
e) não interrompem nem suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, mas sus-
pendem automaticamente a eficácia da decisão embargada.

Questão 19 (FCC/2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Para que o Supremo Tribu-


nal Federal examine a admissão do recurso extraordinário, o recorrente deverá demonstrar
a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, isto é, a existência de
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem
os interesses subjetivos do processo. Há casos, no entanto, nos quais se entende que há re-
percussão geral sem que seja necessária argumentação que demonstre a existência dessas
questões que ultrapassem os interesses subjetivos do caso. Nesse sentido, haverá repercus-
são geral sempre que
a) o parecer do Procurador-Geral da República for favorável à admissão.
b) a União for parte do processo.
c) o caso envolver direitos fundamentais.
d) os preceitos constitucionais fundamentais forem questionados.
e) o recurso impugnar acórdão que contrarie súmula do Supremo Tribunal Federal.

Questão 20 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Considere as assertivas a


seguir a respeito da apreciação e julgamento de recurso extraordinário e de recurso especial.

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I – Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, não se


devolve ao Tribunal Superior o conhecimento dos demais fundamentos para solução
do capítulo impugnado.
II – Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afir-
mada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal
ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como re-
curso especial.
III – Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa
sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de quinze dias para que o re-
corrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão
constitucional.
IV – O Supremo Tribunal Federal, em decisão apenas recorrível por agravo interno, não co-
nhecerá de recurso extraordinário quando a questão constitucional versada não tiver
repercussão geral.
V – O relator poderá solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades
com interesse na controvérsia, considerada a relevância da matéria e fixar data para,
em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento
na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento.

É correto o que se afirma APENAS em


a) III e IV.
b) I, III e V.
c) II, III e V.
d) II e IV.
e) I, II e V.

Questão 21 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) No processamento de re-


curso extraordinário e de recurso especial, findo o prazo para apresentação de contrarrazões,
os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido que

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a) realizará o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeterá o processo ao Supremo Tribu-


nal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, ainda que a matéria tenha sido submetida ao
regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos.
b) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e dessa decisão caberá agravo interno.
c) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e essa decisão é irrecorrível.
d) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e dessa decisão caberá agravo ao tribunal superior.
e) remeterá o processo ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, onde
será realizado o juízo de admissibilidade.

Questão 22 (FCC/2016/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Diante de um Acórdão do Tri-


bunal de Justiça do Mato Grosso que condenou o Estado ao pagamento de gratificação a ser-
vidor público, o Procurador do Estado opôs embargos de declaração para o fim de prequestio-
nar dispositivos da lei federal que, embora tenham sido alegados nas razões de apelação, não
foram enfrentados no Acórdão. Entretanto, os embargos foram rejeitados, sob o fundamento
de inexistência de omissão a ser sanada. Após ser intimado desta decisão, o Procurador deve
a) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nas razões de apelação, pois o requisito do prequestionamento foi atendido, uma
vez que é suficiente a menção dos dispositivos nas razões recursais; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito no Tribunal ad quem.
b) opor novos embargos de declaração, pois ainda permanece a omissão quanto aos disposi-
tivos da lei federal, sob pena de não ser conhecido eventual recurso especial.

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c) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nos embargos declaratórios, pois o requisito do prequestionamento foi atendido,
uma vez que a lei admite expressamente o prequestionamento virtual; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito no Tribunal a quo.
d) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
do Código que tratam dos embargos de declaração, pois o Acórdão não enfrentou a aplicação
dos dispositivos apontados nos embargos declaratórios; o primeiro juízo de admissibilidade
deste recurso será feito no Tribunal a quo.
e) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nos embargos declaratórios, pois o requisito do prequestionamento foi atendido,
uma vez que a lei admite expressamente o prequestionamento virtual; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito pelo relator sorteado no Tribunal ad quem.

Questão 23 (FCC/2018/TRT - 2ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)


Considere a seguinte situação hipotética:
No ano de 2015, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça julgou um importante tema
de direito privado em sede de recurso especial envolvendo contratos bancários. Neste ano de
2018 houve alteração na composição da referida Turma, com a saída de três dos cinco Mi-
nistros e a posse de três novos Ministros. No mês de Abril do corrente ano, a mesma Terceira
Turma do Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento de outro recurso especial, di-
vergiu do julgamento anterior proferido no ano de 2015, quando da análise da mesma questão
de mérito envolvendo contratos bancários. Neste caso, nos termos estabelecidos pelo Código
de Processo Civil, a parte interessada poderá interpor
a) agravo regimental.
b) embargos de divergência.
c) embargos infringentes.
d) mandado de segurança.
e) reclamação.

Questão 24 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Examine os enunciados seguintes, con-


cernentes aos recursos:

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I – A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada; já o capítulo


da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória não é impugnável na
apelação, mas por meio de interposição de agravo autônomo.
II – Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e
no processo de inventário.
III – Nos embargos de divergência, entre outras hipóteses, é embargável o acórdão de ór-
gão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do jul-
gamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e
outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia.
IV – Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão ori-
ginária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de dez dias, contado da intimação da decisão dos embargos de
declaração.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Questão 25 (FCC/2017/TRT - 24ª REGIÃO-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL) Os embargos de declaração, nos termos preconizados pelo Código de
Processo Civil, serão opostos em petição dirigida ao juiz no prazo de
a) 10 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.
b) 10 dias, possuindo efeito suspensivo, e suspendendo o prazo para a interposição de recurso.
c) 3 dias, possuindo efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.
d) 5 dias, possuindo efeito suspensivo e suspendendo o prazo para a interposição de recurso.

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e) 5 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.

Questão 26 (FCC/2017/TRT - 11ª REGIÃO-AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE


JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) José ajuizou procedimento comum, mas a petição inicial foi
indeferida por conter pedidos incompatíveis entre si. Nesse caso, dessa decisão
a) caberá agravo de instrumento.
b) caberá apelação.
c) caberá agravo interno.
d) caberá recurso especial.
e) não caberá recurso.

Questão 27 (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA - PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/ANA-


LISTA ADMINISTRATIVO) O recurso de Agravo
a) é cabível apenas na forma retida, contra decisão que indeferir oitiva de testemunha.
b) não é cabível contra decisão que decidir sobre a exclusão de litisconsorte.
c) não é cabível no processo de inventário, devendo a parte se valer da ação autônoma.
d) é cabível contra decisões que versarem sobre os pedidos de tutelas provisórias, admissão
ou não de intervenção de terceiros e proferidas em sede de execução.
e) sempre é recebido no efeito suspensivo.

Questão 28 (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA - PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/AD-


VOGADO) Cabe apelação da decisão que
a) rejeitar pedido de limitação do litisconsórcio.
b) versar sobre tutela provisória.
c) rejeitar alegação de convenção de arbitragem.
d) versar sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
e) indeferir a petição inicial.

Questão 29 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Em ação de anulação de


negócio jurídico fundada na alegação de incapacidade relativa do autor, que, na data de sua
prática, contava dezessete anos de idade, além de ele haver sido submetido a coação, o juiz

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julgou-a improcedente, porque provado que no ato de obrigar-se declarou-se maior. Não ten-
do sido apreciada a arguição de coação, o autor
a) poderá opor embargos de declaração e o juiz acolhê-los, com efeitos modificativos, inde-
pendentemente de audiência do embargado, que já teve oportunidade de impugnar a alega-
ção do vício na contestação, operando-se a preclusão.
b) somente poderá interpor apelação.
c) poderá opor embargos de declaração, e o juiz acolhê-los com efeitos modificativos, depois
de intimar o embargado para, querendo, manifestar-se.
d) não poderá opor embargos de declaração, porque o juiz já encontrou um motivo suficiente
para rejeitar o pedido.
e) poderá opor embargos de declaração, apenas para prequestionar a matéria, pois, na hipó-
tese, é inviável atribuir efeitos infringentes a esse recurso, devendo, em seguida, apelar.

Questão 30 (FGV/2019/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO) Maria, por intermédio da


Defensoria Pública, impetrou mandado de segurança contra ato ilegal de autoridade estatal.
A ordem requerida foi indeferida por unanimidade pelo Tribunal de Justiça, órgão competente
para conhecer originariamente do pedido. Na avaliação da Defensoria Pública, o acórdão pro-
ferido é manifestamente contrário à ordem constitucional.
À luz da sistemática estabelecida pela Constituição da República de 1988, o acórdão proferi-
do, uma vez preenchidos os demais requisitos previstos em lei, pode ser impugnado via:
a) recurso especial, a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça;
b) recurso ordinário, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal;
c) recurso extraordinário, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal;
d) recurso ordinário, a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) recurso especial, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Questão 31 (CESPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/PROCURADOR MUNICIPAL)


Acerca de representação processual, prazos processuais e advocacia pública, julgue o item
seguinte.

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Deverá ser considerado intempestivo o recurso especial interposto antes da publicação do


acórdão que tenha negado provimento a determinado recurso de apelação.

Questão 32 (CESPE/2019/CGE - CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/ÁREA DE CORREI-


ÇÃO) De acordo com o Código de Processo Civil, contra a decisão denegatória de mandado
de segurança que tenha sido decidido em única instância por tribunal regional federal caberá
a) recurso especial.
b) apelação.
c) agravo de instrumento.
d) recurso extraordinário.
e) recurso ordinário.

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GABARITO
1. a 28. e
2. C 29. c
3. E 30. d
4. C 31. E
5. E 32. e
6. C
7. E
8. E
9. E
10. E
11. a
12. a
13. e
14. c
15. e
16. a
17. a
18. b
19. e
20. c
21. b
22. c
23. b
24. a
25. e
26. b
27. d

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) De acordo com o
CPC, é presumida a repercussão geral da questão constitucional discutida nos casos em que
houver interposição de recurso extraordinário contra acórdão
a) em que tenha sido examinado o mérito de incidente de resolução de demandas repetitivas.
b) em que incidentalmente tenha sido declarada a constitucionalidade de lei federal.
c) que tenha sido prolatado em julgamento de qualquer matéria examinada pelo plenário ou
por órgão especial de tribunal.
d) que tenha sido proferido em julgamento de recurso especial repetitivo no âmbito do STJ.
e) em que, em qualquer hipótese, tenha sido decidida matéria já examinada pelo STF.

Letra a.
Amigo(a), a assertiva A se harmoniza como o que estabelece parágrafo 1º do artigo 987 do
Novo Código. Acompanhe comigo:

Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, confor-
me o caso.
§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucio-
nal eventualmente discutida.

Questão 2 (CESPE/2018/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR


FEDERAL) A respeito de recursos nos tribunais, meios de impugnação das decisões judiciais,
processo de execução e mandado de segurança, julgue o item a seguir.
O amicus curiae possui legitimidade para interpor recurso especial ou extraordinário contra
acórdão de tribunal que tiver julgado incidente de resolução de demandas repetitivas.

Certo.
Sim, por força do artigo 138, § 3º, o amicus curiae possui legitimidade para interposição do RE
ou RESP contra acórdão de Tribunal que tiver julgado o incidente de resolução de demandas
repetitivas.

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Questão 3 (CESPE/2018/EBSERH/ADVOGADO) Julgue o item a seguir, considerando as re-


gras do atual Código de Processo Civil acerca das sentenças e dos recursos.
A insuficiência no valor do preparo — que, em regra, constitui um dos requisitos de admissibi-
lidade recursal — implica imediata deserção.

Errado.
Negativo, consoante o artigo 1.007, § 2º, da Lei de Ritos, o recorrente será intimado na pessoa
de seu advogado para supri-lo em 5 (cinco) dias.

Questão 4 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A respeito da re-


percussão geral da questão constitucional e do mandado de segurança, julgue o item que se
segue.
Haverá repercussão geral sempre que o recurso extraordinário atacar decisão contrária à sú-
mula ou à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal.

Certo.
Essa é a dicção do artigo 1.035, § 3º, I, da Lei Adjetiva.

Questão 5 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Foi interposto,


no tribunal de origem, um recurso especial, oportunidade na qual o vice-presidente daquele
tribunal, após a juntada das contrarrazões, admitiu o apelo e o encaminhou ao Superior Tri-
bunal de Justiça.
Nessa situação hipotética, conforme o Código de Processo Civil, o vice-presidente do tribunal
cometeu um erro procedimental, porque ele não poderia examinar a admissibilidade do recur-
so; mas, como, posteriormente, o processo foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça,
não houve nulidade a ser declarada, ante a ausência de prejuízo.

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Errado.
Veja, segundo o artigo 1.030, V, da Lei de Ritos, o Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal
fará o juízo de admissibilidade dos Recursos Extraordinário e Especial.

Questão 6 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código


de Processo Civil e da doutrina pertinente, julgue o item a seguir, acerca dos recursos extra-
ordinário e especial.
Ressalvada a possibilidade de oposição de embargos de declaração, será irrecorrível a deci-
são do Supremo Tribunal Federal que não conhecer do recurso extraordinário por considerar
que a questão constitucional arguida pelo recorrente não atende à repercussão geral.

Certo.
A questão está abalizada com o artigo 1.035 do Novo Código.

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extra-
ordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos
deste artigo.

Questão 7 (CESPE/2018/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) À luz do Código


de Processo Civil e da doutrina pertinente, julgue o item a seguir, acerca dos recursos extra-
ordinário e especial.
Situação hipotética: Determinado tribunal de justiça prolatou um acórdão que possui dois
capítulos distintos, um, com fundamento constitucional, e outro, com fundamento infracons-
titucional referente à aplicação de lei federal. Assertiva: Nessa situação, se a parte vencida
interpuser apenas recurso especial, o Superior Tribunal de Justiça deverá considerá-lo inad-
missível, porque a decisão recorrida estaria assentada em fundamentos de mais de uma na-
tureza.

Errado.
No caso em tela, o Relator deverá conceder prazo para que o recorrente demonstre a Reper-
cussão Geral e se manifeste sobre a questão constitucional.

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Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre
questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre
a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o recurso ao Supre-
mo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de
Justiça.

Questão 8 (CESPE/2017/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) Tendo em vista que uma


das funções primordiais do STJ é a sistematização e uniformização da jurisprudência relativa
à legislação processual, julgue o próximo item à luz do entendimento desse tribunal.
Sob pena de ser julgado extemporâneo, o recurso especial interposto antes do julgamento de
embargos de declaração deve ser ratificado, ainda que o resultado do julgamento anterior não
seja alterado.

Errado.
Veja, segundo o artigo 1.024, parágrafos 4º e 5º, da Lei de Ritos:

§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embarga-


da, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de
complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze)
dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração;
§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento
anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de
declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

Ademais, segundo a Súmula n. 579 do Tribunal de Cidadania:

Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos


embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.

Questão 9 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA - CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue, referentes ao procedimento comum no processo civil.
Situação hipotética: Ao receber a petição inicial de determinada ação judicial, o magistrado
deferiu pedido de tutela provisória e determinou que o município réu fosse comunicado para

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ciência e apresentação de defesa. Assertiva: Nessa situação, a apresentação de embargos de


declaração pelo réu pode interromper o prazo para contestação.

Errado.
Veja, o artigo 1.026 da Lei de Ritos consigna que os embargos de declaração interrompem
o prazo para interposição de recurso, a contestação é uma peça que refuta os argumentos
acostados à petição inicial.

Questão 10 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA - CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


No que concerne aos meios de impugnação das decisões judiciais, julgue o item a seguir, de
acordo com o CPC e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
Ainda que, em exame de embargos declaratórios, seja mantido o resultado do julgamento
anterior, o recorrente deverá ratificar recurso especial que tenha sido interposto antes do jul-
gamento dos embargos.

Errado.
Amigo(a), a assertiva contraria o teor do § 5º do artigo 1.024 da Lei de Ritos, acompanhe co-
migo:

Art. 1.024 (...)


§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento
anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de
declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.

Questão 11 (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) O Ministro Relator de


Recurso Especial nega seguimento à impugnação recursal. Neste caso,
a) é cabível agravo interno.
b) é cabível agravo de instrumento.
c) é cabível agravo de admissibilidade.
d) é irrecorrível, a decisão.
e) são cabíveis somente embargos de declaração.

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Letra a.
Vimos, no decorrer da aula, que o recurso cabível contra decisões do Relator é o Agravo Inter-
no, o que torna a assertiva A correta e as demais erradas. No caso em tela, tem-se o estribo
da assertiva por meio do artigo no artigo 1.030 do NCPC.

Questão 12 (FCC/2018/DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre o recurso de Agravo de Instru-


mento e suas disposições no Código de Processo Civil, é correto afirmar:
a) Caberá agravo de instrumento, dentre outras hipóteses, contra decisões interlocutórias
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.
b) Quer sejam eletrônicos os autos do processo, quer sejam físicos, a petição de agravo de
instrumento será instruída obrigatoriamente com cópias da petição inicial, da contestação, da
petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respec-
tiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.
c) O juízo de primeiro grau pode atribuir efeito suspensivo ao recurso de agravo de instru-
mento, desde que o agravante demonstre a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo
relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
d) A má formação do instrumento de agravo por ausência de peça obrigatória só é sanável
por motivo de força maior que, se não comprovado, enseja a imediata inadmissão do recurso.
e) A juntada aos autos do processo, pela parte agravante, de cópia da petição de agravo de
instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que o instru-
íram é facultada ao agravante no prazo de 03 dias, contados da efetiva interposição, mas a
omissão dessa providência não autoriza a inadmissão do recurso.

Letra a.
a) Certa. A assertiva está em consonância com a previsão do artigo 1.015, parágrafo único,
da Lei Adjetiva.
b) Errada. Veja, se os autos forem eletrônicos, serão dispensadas as seguintes peças:

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Art. 1.017 (...)


I – obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a de-
cisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro docu-
mento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado;
II – com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo
advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
(...)
§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do
caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compre-
ensão da controvérsia.

c) Errada. Essa é uma postura do Relator, consoante o artigo 1.019, inciso I, e não do juízo de
1º grau.
d) Errada. Consoante o artigo 932, parágrafo único, da Lei de Ritos o Relator deverá conceder
o prazo de cinco dias para correção da documentação.
e) Errada. A assertiva contraria os ditames do artigo 1.018 da Lei n. 13.105 de 2015, acompa-
nhe comigo:

Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do
agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que
instruíram o recurso.
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o
agravo de instrumento.
§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo
de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agrava-
do, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.

Questão 13 (FCC/2018/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO) A sustentação oral nos agravos de


instrumento,
a) será cabível nas decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência,
bem como nas decisões sobre o mérito da causa.
b) passou a ser cabível de qualquer decisão interlocutória, desde que tenha causado gravame
à parte recorrente.

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c) não é cabível em nenhuma situação, por não caber sustentação oral de decisões interlo-
cutórias.
d) passou a ser cabível de decisões interlocutórias que versem somente sobre o mérito da
causa.
e) só é cabível nas decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência
ou da evidência.

Letra e.
A assertiva E está correta por se alinhar a dicção do artigo 937, VIII, do Código de Processo
Civil de 2015.

Art. 937 (...)


VIII – no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tute-
las provisórias de urgência ou da evidência.

Questão 14 (FCC/2018/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDI-


CAS) O recurso adequado para a impugnação de decisão que indefere a petição inicial, sob o
fundamento de inépcia, é o de
a) agravo de instrumento, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.
b) apelação, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado.
c) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se.
d) agravo de instrumento, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado.
e) apelação, sendo facultado ao juiz, após a citação do réu para responder ao recurso, retra-
tar-se no prazo de dez dias.

Letra c.
Querido(a), a assertiva C está em consonância com os artigos 330, I, 331 e 1.009, haja vista
que se trata de uma sentença, a qual é atacável por meio de apelação.

Questão 15 (FCC/2018/PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO) Em relação ao agravo de ins-


trumento,

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a) na sistemática do atual Código de Processo Civil cabe sustentação oral em qualquer hipó-
tese de interposição de agravo de instrumento.
b) o relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso, mas não antecipar a tutela recursal,
o que caracterizaria supressão de instância.
c) para a legislação processual civil, o rol das hipóteses que admitem a interposição do agra-
vo de instrumento é meramente elucidativo e não taxativo.
d) da decisão do relator que examina e concede ou não pedido de efeito suspensivo no agravo
de instrumento não cabe recurso, podendo porém ser impetrado mandado de segurança.
e) entre outras hipóteses, cabe agravo de instrumento contra decisões interlocutórias pro-
feridas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.

Letra e.
a) Errada. Não será cabível sustentação oral em todas as hipóteses de agravo de instrumento.
Na verdade, será cabível na hipótese do artigo 937, VIII, da Lei Adjetiva.
b) Errada. Negativo, essa postura poderá ser adotada pela Relator, consoante o artigo 1.019,
I, da Lei de Ritos.
c) Errada. O rol do artigo 1.015 (relativo ao agravo de instrumento) é de taxatividade mitigada
(entendimento do STJ).
d) Errada. Opa! Lembro-te que das decisões do Relator, é cabível Agravo Interno.
e) Certa. A questão reproduz a dicção do artigo 1.015, parágrafo único, do Novo Código.

Questão 16 (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) O Ministro Relator de


Recurso Especial nega seguimento à impugnação recursal. Neste caso,
a) é cabível agravo interno.
b) é cabível agravo de instrumento.
c) é cabível agravo de admissibilidade.
d) é irrecorrível, a decisão.
e) são cabíveis somente embargos de declaração.

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Letra a.
Consoante o artigo 1.021 da Lei de Ritos, as decisões do Relator são atacáveis por meio de
Agravo Interno.

Questão 17 (FCC/2017/TRF - 5ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-


LIADOR FEDERAL) Atenção: Considere o novo Código de Processo Civil para responder à
questão.
Ao receber ação de consignação em pagamento formulada por Pedro contra André, o juiz in-
deferiu a petição inicial, por entender ausente o interesse de agir. Nesse caso, Pedro poderá
interpor
a) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença; se não hou-
ver retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determi-
nar a remessa do feito ao Tribunal.
b) agravo, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da decisão; se não houver
retratação, o juiz mandará citar André para responder ao recurso, para só então determinar a
remessa do feito ao Tribunal.
c) apelação, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, de-
terminar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a
prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro grau.
d) agravo, caso em que o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, deter-
minar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem possibilidade de retratação, pois com a
prolação da sentença se encerra a jurisdição de primeiro grau.
e) interpor apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de 5 dias, retratar-se da sentença; se
não houver retratação, o juiz deverá, independentemente de juízo de admissibilidade, determi-
nar a imediata remessa do feito ao Tribunal, sem ordenar a citação do réu.

Letra a.
A assertiva está abalizada como o que prevê o artigo 331 do Novo Código, quanto à possibili-
dade de retratação. Lembro-te que o juízo de admissibilidade, no caso em tela, será realizado

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pelo Tribunal, com base no artigo 1.010, § 3º. Sendo assim, as demais assertivas estão incor-
retas por não se adequarem ao questionamento.

Questão 18 (FCC/2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Ronaldo ajuizou


ação de obrigação de fazer contra Luciano visando a compeli-lo a prestar determinado ser-
viço. Contra a decisão que concedeu a tutela antecipada, foram interpostos embargos de
declaração, os quais
a) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso e suspendem automaticamente
a eficácia da decisão embargada.
b) interrompem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem automati-
camente a eficácia da decisão embargada
c) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, bem como suspendem automa-
ticamente a eficácia da decisão embargada.
d) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, mas não suspendem automati-
camente a eficácia da decisão embargada.
e) não interrompem nem suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, mas sus-
pendem automaticamente a eficácia da decisão embargada.

Letra b.
Veja, consoante o artigo 1.026 do Novo Código, os embargos de declaração interrompem o
prazo para interposição de outros recursos. No entanto, em regra, não possuem efeito sus-
pensivo.

Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo
para a interposição de recurso.

Questão 19 (FCC/2017/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Para que o Supremo Tribu-


nal Federal examine a admissão do recurso extraordinário, o recorrente deverá demonstrar
a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, isto é, a existência de
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem

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os interesses subjetivos do processo. Há casos, no entanto, nos quais se entende que há re-
percussão geral sem que seja necessária argumentação que demonstre a existência dessas
questões que ultrapassem os interesses subjetivos do caso. Nesse sentido, haverá repercus-
são geral sempre que
a) o parecer do Procurador-Geral da República for favorável à admissão.
b) a União for parte do processo.
c) o caso envolver direitos fundamentais.
d) os preceitos constitucionais fundamentais forem questionados.
e) o recurso impugnar acórdão que contrarie súmula do Supremo Tribunal Federal.

Letra e.
Consoante o artigo 1.035, § 3º, I, do Novo Código, além da relevância do ponto de vista eco-
nômico, social, político e jurídico da questão, é possível demonstrar repercussão geral quando
houver contrariedade à súmula ou jurisprudência dominante da Suprema Corte.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
(...)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão
do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (In-
cluída pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

Veja o que consigna o artigo 1.035 da Lei Adjetiva:

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extra-
ordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos
deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos
do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva
pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I – contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;

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Questão 20 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Considere as assertivas a


seguir a respeito da apreciação e julgamento de recurso extraordinário e de recurso especial.
I – Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, não se
devolve ao Tribunal Superior o conhecimento dos demais fundamentos para solução
do capítulo impugnado.
II – Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afir-
mada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal
ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como re-
curso especial.
III – Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa
sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de quinze dias para que o re-
corrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão
constitucional.
IV – O Supremo Tribunal Federal, em decisão apenas recorrível por agravo interno, não co-
nhecerá de recurso extraordinário quando a questão constitucional versada não tiver
repercussão geral.
V – O relator poderá solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades
com interesse na controvérsia, considerada a relevância da matéria e fixar data para,
em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento
na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento.

É correto o que se afirma APENAS em


a) III e IV.
b) I, III e V.
c) II, III e V.
d) II e IV.
e) I, II e V.

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Letra c.
I – Errado. O item contraria o artigo 1.034, parágrafo único, da Lei de Ritos.

Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, de-
volve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo
impugnado.

II – Certo. O item está em harmonia com o que prevê o artigo 1.033 da Lei de Ritos.

Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirma-
da no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado,
remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.

III – Certo. O item está em consonância com aquilo que estabelece o artigo 1.032 da Lei
13.015 de 2015.

Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre
questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre
a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.

IV – Errado. O item afronta a dicção do artigo 1.035 do Novo Código. Veja:

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extra-
ordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos
deste artigo.

V – Certo. Veja, a situação trazida pelo item configura uma das posturas do relator, encartada
no artigo 1.038 da Lei adjetiva.

Art. 1.038. O relator poderá:


I – solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvér-
sia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno;
II – fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhe-
cimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento;

Questão 21 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) No processamento de re-


curso extraordinário e de recurso especial, findo o prazo para apresentação de contrarrazões,
os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido que

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a) realizará o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeterá o processo ao Supremo Tribu-


nal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, ainda que a matéria tenha sido submetida ao
regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos.
b) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e dessa decisão caberá agravo interno.
c) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e essa decisão é irrecorrível.
d) negará seguimento a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acór-
dão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Su-
perior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos, e dessa decisão caberá agravo ao tribunal superior.
e) remeterá o processo ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, onde
será realizado o juízo de admissibilidade.

Letra b.
a) Errada. Veja, a assertiva não se alinha ao artigo 1.030, inciso V, a, uma vez que o processo
deverá ser sobrestado.

Art. 1.030 (...)


V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou
ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: (Incluído pela Lei n. 13.256, de 2016)
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de
recursos repetitivos

b) Certa. A assertiva está alinhada ao artigo 1.030, inciso I, § 2º, da Lei de Ritos.

I – negar seguimento:
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal
não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto

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contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exa-
rado no regime de repercussão geral; (Incluída pela Lei n. 13.256, de 2016) (Vigência)
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em con-
formidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça,
respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei n.
13.256, de 2016) (Vigência)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do
art. 1.021

c) Errada. Amigo(a), a decisão não será irrecorrível, ao revés do que assevera a assertiva, por-
quanto caberá agravo interno.
d) Errada. A assertiva não se alinha à redação do artigo 1.030, I, alínea b, § 2º, da Lei de Ritos.
e) Errada. Lembro-te que o juízo de admissibilidade é realizado pelo Tribunal de origem, não
pela instância superior.

Questão 22 (FCC/2016/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Diante de um Acórdão do Tri-


bunal de Justiça do Mato Grosso que condenou o Estado ao pagamento de gratificação a ser-
vidor público, o Procurador do Estado opôs embargos de declaração para o fim de prequestio-
nar dispositivos da lei federal que, embora tenham sido alegados nas razões de apelação, não
foram enfrentados no Acórdão. Entretanto, os embargos foram rejeitados, sob o fundamento
de inexistência de omissão a ser sanada. Após ser intimado desta decisão, o Procurador deve
a) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nas razões de apelação, pois o requisito do prequestionamento foi atendido, uma
vez que é suficiente a menção dos dispositivos nas razões recursais; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito no Tribunal ad quem.
b) opor novos embargos de declaração, pois ainda permanece a omissão quanto aos disposi-
tivos da lei federal, sob pena de não ser conhecido eventual recurso especial.
c) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nos embargos declaratórios, pois o requisito do prequestionamento foi atendido,
uma vez que a lei admite expressamente o prequestionamento virtual; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito no Tribunal a quo.

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d) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
do Código que tratam dos embargos de declaração, pois o Acórdão não enfrentou a aplicação
dos dispositivos apontados nos embargos declaratórios; o primeiro juízo de admissibilidade
deste recurso será feito no Tribunal a quo.
e) interpor recurso especial alegando que o Tribunal a quo negou vigência aos dispositivos
apontados nos embargos declaratórios, pois o requisito do prequestionamento foi atendido,
uma vez que a lei admite expressamente o prequestionamento virtual; o primeiro juízo de ad-
missibilidade deste recurso será feito pelo relator sorteado no Tribunal ad quem.

Letra c.
Veja, atento(a) estudante, os embargos de declaração se prestam a prequestionar a questão.
O novo CPC, por meio do artigo 1.025, prevê o prequestionamento nos moldes em que a as-
sertiva propõe, e as demais questões não se adequam ao que prevê o dispositivo em comento.

Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeita-
dos, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Questão 23 (FCC/2018/TRT - 2ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA)


Considere a seguinte situação hipotética:
No ano de 2015, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça julgou um importante tema
de direito privado em sede de recurso especial envolvendo contratos bancários. Neste ano de
2018 houve alteração na composição da referida Turma, com a saída de três dos cinco Mi-
nistros e a posse de três novos Ministros. No mês de Abril do corrente ano, a mesma Terceira
Turma do Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento de outro recurso especial, di-
vergiu do julgamento anterior proferido no ano de 2015, quando da análise da mesma questão
de mérito envolvendo contratos bancários. Neste caso, nos termos estabelecidos pelo Código
de Processo Civil, a parte interessada poderá interpor
a) agravo regimental.
b) embargos de divergência.

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c) embargos infringentes.
d) mandado de segurança.
e) reclamação.

Letra b.
Bem, a questão, em certa medida, até auxilia na resposta ao afirmar que a turma divergiu, não
é? Veja, o Novo Código prevê que se ocorrer alteração na turma em mais da metade de seus
membros a decisão será embargável.

Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:


(...)
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que pro-
feriu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade
de seus membros.

Questão 24 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Examine os enunciados seguintes, con-


cernentes aos recursos:
I – A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada; já o capítulo
da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória não é impugnável na
apelação, mas por meio de interposição de agravo autônomo.
II – Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e
no processo de inventário.
III – Nos embargos de divergência, entre outras hipóteses, é embargável o acórdão de ór-
gão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do jul-
gamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e
outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia.
IV – Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão ori-
ginária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de dez dias, contado da intimação da decisão dos embargos de
declaração.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Letra a.
I – Errado. Veja, consoante o artigo 1.013, § 5º, o capítulo da sentença que concede ou revoga
a apelação é atacável por apelação.
II – Certo. A questão está em consonância com o artigo 1.015, parágrafo único.
III – Certo. O item reproduz a redação do artigo 1.043, III, da Lei de Ritos.
IV – Errado. Consoante o artigo 1.024, § 4º, o prazo para complementar ou alterar as razões é
de 15 dias (lapso temporal padrão do Novo Código).

Questão 25 (FCC/2017/TRT - 24ª REGIÃO-MS/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL) Os embargos de declaração, nos termos preconizados pelo Código de
Processo Civil, serão opostos em petição dirigida ao juiz no prazo de
a) 10 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.
b) 10 dias, possuindo efeito suspensivo, e suspendendo o prazo para a interposição de recurso.
c) 3 dias, possuindo efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.
d) 5 dias, possuindo efeito suspensivo e suspendendo o prazo para a interposição de recurso.
e) 5 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso.

Letra e.
Conforme os artigos 1.023 e 1.026 da Lei de Ritos, os embargos serão opostos no prazo de
5 (cinco) dias e não terão efeito suspensivo, em regra, além de interromperem o prazo para
interposição de outro recurso.

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Questão 26 (FCC/2017/TRT - 11ª REGIÃO-AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE


JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) José ajuizou procedimento comum, mas a petição inicial foi
indeferida por conter pedidos incompatíveis entre si. Nesse caso, dessa decisão
a) caberá agravo de instrumento.
b) caberá apelação.
c) caberá agravo interno.
d) caberá recurso especial.
e) não caberá recurso.

Letra b.
Veja, prezado estudante, essa decisão possui conteúdo decisório e se abaliza com os arti-
gos 330 e 331 da Lei de Ritos, porquanto é cabível apelação quando houver indeferimento
da petição inicial. As demais assertivas não se compatibilizam com o caso apresentado pela
questão, portanto, estão erradas.

Questão 27 (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA - PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/ANA-


LISTA ADMINISTRATIVO) O recurso de Agravo
a) é cabível apenas na forma retida, contra decisão que indeferir oitiva de testemunha.
b) não é cabível contra decisão que decidir sobre a exclusão de litisconsorte.
c) não é cabível no processo de inventário, devendo a parte se valer da ação autônoma.
d) é cabível contra decisões que versarem sobre os pedidos de tutelas provisórias, admissão
ou não de intervenção de terceiros e proferidas em sede de execução.
e) sempre é recebido no efeito suspensivo.

Letra d.
a) Errada. Veja, o rol do artigo 994 da Lei de Ritos não prevê a como espécie de recurso o Agra-
vo Retido, o qual era cabível no Código de 1973.
b) Errada. É cabível agravo de instrumento, conforme o artigo 1.015, VII.
c) Errada. É cabível agravo de instrumento, conforme o artigo 1.015, parágrafo único.

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d) Certa. Sim, é cabível agravo de instrumento, conforme o artigo 1.015, I, parágrafo único, e
IX.
e) Errada. A regra é o efeito devolutivo. Porém, lembro-te que pode ser atribuído efeito sus-
pensivo pelo Relator.

Questão 28 (FCC/2016/PREFEITURA DE TERESINA - PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/AD-


VOGADO) Cabe apelação da decisão que
a) rejeitar pedido de limitação do litisconsórcio.
b) versar sobre tutela provisória.
c) rejeitar alegação de convenção de arbitragem.
d) versar sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
e) indeferir a petição inicial.

Letra e.
a) Errada. O recurso adequado é o de Agravo de Instrumento (artigo 1.015, VIII).
b) Errada. O recurso adequado é o de Agravo de Instrumento (artigo 1.015, I).
c) Errada. O recurso adequado é o de Agravo de Instrumento (artigo 1.015, III).
d) Errada. O recurso adequado é o de Agravo de Instrumento (artigo 1.015, IV).
e) Certa. Aí sim! A questão versa sobre uma decisão de conteúdo decisório, sobre a qual é
possível recair apelação com base nos artigos 330 e 331 da Lei Adjetiva.

Questão 29 (FCC/2016/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) Em ação de anulação de


negócio jurídico fundada na alegação de incapacidade relativa do autor, que, na data de sua
prática, contava dezessete anos de idade, além de ele haver sido submetido a coação, o juiz
julgou-a improcedente, porque provado que no ato de obrigar-se declarou-se maior. Não ten-
do sido apreciada a arguição de coação, o autor
a) poderá opor embargos de declaração e o juiz acolhê-los, com efeitos modificativos, inde-
pendentemente de audiência do embargado, que já teve oportunidade de impugnar a alega-
ção do vício na contestação, operando-se a preclusão.

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b) somente poderá interpor apelação.


c) poderá opor embargos de declaração, e o juiz acolhê-los com efeitos modificativos, depois
de intimar o embargado para, querendo, manifestar-se.
d) não poderá opor embargos de declaração, porque o juiz já encontrou um motivo suficiente
para rejeitar o pedido.
e) poderá opor embargos de declaração, apenas para prequestionar a matéria, pois, na hipó-
tese, é inviável atribuir efeitos infringentes a esse recurso, devendo, em seguida, apelar.

Letra c.
Amigo(a), perceba que o Juiz não avaliou a questão relativa à coação, o que acarreta omissão
na apreciação dos pedidos. Nesse caso, é possível opor embargos de declaração com a inti-
mação do embargado para se manifestar em 5 dias, conforme o artigo 1.023, § 2º.

Questão 30 (FGV/2019/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO) Maria, por intermédio da


Defensoria Pública, impetrou mandado de segurança contra ato ilegal de autoridade estatal.
A ordem requerida foi indeferida por unanimidade pelo Tribunal de Justiça, órgão competente
para conhecer originariamente do pedido. Na avaliação da Defensoria Pública, o acórdão pro-
ferido é manifestamente contrário à ordem constitucional.
À luz da sistemática estabelecida pela Constituição da República de 1988, o acórdão proferi-
do, uma vez preenchidos os demais requisitos previstos em lei, pode ser impugnado via:
a) recurso especial, a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça;
b) recurso ordinário, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal;
c) recurso extraordinário, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal;
d) recurso ordinário, a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) recurso especial, a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

Letra d.
A assertiva se harmoniza com o artigo 105, II, b, da Constituição, o que a torna correta. Obser-
ve o que estabelece o dispositivo constitucional:

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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


(...)
II – julgar, em recurso ordinário:
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
(...)

Questão 31 CESPE/2019/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/PROCURADOR MUNICIPAL) Acerca


de representação processual, prazos processuais e advocacia pública, julgue o item seguinte.
Deverá ser considerado intempestivo o recurso especial interposto antes da publicação do
acórdão que tenha negado provimento a determinado recurso de apelação.

Errado.
Segundo o artigo 218, § 4º, da Lei n. 13.105 de 2015:

Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

Questão 32 (CESPE/2019/CGE - CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/ÁREA DE CORREI-


ÇÃO) De acordo com o Código de Processo Civil, contra a decisão denegatória de mandado
de segurança que tenha sido decidido em única instância por tribunal regional federal caberá
a) recurso especial.
b) apelação.
c) agravo de instrumento.
d) recurso extraordinário.
e) recurso ordinário.

Letra e.
A assertiva se harmoniza com o que estabelece o artigo 1.027 da Lei de Ritos. Acompanhe
comigo o dispositivo em comento:

Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário:


(...)
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pe-
los tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

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Bem, querido(a) amigo(a), após os exercícios trabalhados, encerro a aula de hoje com
aquele costumeiro agradecimento a você pela companhia e confiança, companheiro (a) virtu-
al, que merece um carinho especial, pois possui a coragem e determinação necessárias nessa
caminhada com foco na aprovação. Acredito no seu potencial! Fique com Deus e até nosso
próximo encontro!
“Para realizar um sonho, primeiramente você precisa acreditar que aquele sonho é possí-
vel. Eu sempre tive um sonho, sempre acreditei e sempre trabalhei para isso, não importava o
que acontecesse.” (José Aldo)

Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)

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