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DIREITO

PROCESSUAL CIVIL
Audiência de Instrução e Julgamento e
das Provas

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Audiência de Instrução e Julgamento e das Provas
Anderson Ferreira

Sumário
Audiência de Instrução e Julgamento e das Provas................................................................. 3
Da Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ)........................................................................... 3
Das Provas......................................................................................................................................... 8
Das Disposições Gerais.. ................................................................................................................. 8
Da Produção Antecipada De Provas. . ......................................................................................... 14
Questões de Concurso.................................................................................................................. 18
Gabarito............................................................................................................................................ 24
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 25

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Audiência de Instrução e Julgamento e das Provas
Anderson Ferreira

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO E DAS


PROVAS
Olá, querido(a) amigo(a), é com grande satisfação e enorme alegria que inicio, junto com
você, companheiro (a) virtual, mais um encontro para tratar de alguns assuntos encartados no
nosso importantíssimo Código de Processo Civil. Nossa aula traz como objetos de estudo a
audiência de instrução e julgamento (AIJ) e o fascinante tema relativo a provas, ambos inseri-
dos na fase instrutória do processo. Bem, posto isso, vamos lá, venha comigo!

Da Audiência de Instrução e Julgamento (AIJ)


Amigo (a), a audiência de instrução e julgamento é uma etapa da marcha processual, a
qual faz parte do processo de conhecimento. Essa etapa nem sempre é necessária, pois ocor-
rerá quando o Juiz entender que é necessário produzir provas, instruir o processo, como, por
exemplo, ouvir peritos, autor, réu e testemunhas, ou seja, produzir prova oral no processo por
meio da marcação de data para que as oitivas ocorram quando não for o caso de julgamento
antecipado do mérito.

Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento
e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela
devam participar.

Bem, mesmo com a designação de audiência de instrução e julgamento, o Juiz buscará a


conciliação entre as partes, de modo a perguntar a elas se é possível uma resolução consensu-
al, mesmo que tenha havido outras tentativas no sentido de conciliá-las. Em verdade, quando
começa a audiência de instrução e julgamento, quer-se que as partes entrem em acordo.

Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego
anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.

Agora, a depender do nível de litigiosidade entre as partes, elas possuirão dificuldades de


se conciliarem, aliás, até de estarem no mesmo recinto, acredite em mim... Já presenciei uma
situação em audiência que parecia a promoção de luta entre lutadores de Artes Marciais Mis-
tas (MMA)! É, estimado(a), leitor(a), quase deu briga!
Em razão do exposto, o artigo 360 da Lei de Ritos confere ao Juiz o poder de polícia, com
vistas à manutenção da ordem durante a audiência (de modo a ordenar que aqueles os quais
possuam comportamento inconveniente se retirem da sala); requisitar força policial (se for
necessário). Além disso, o Julgador deverá tratar com urbanidade as partes, Advogados, Mem-
bros do Ministério Público ou Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo,
pois isso reflete, de forma positiva, na condução harmônica da instrução. Ademais, o Juiz deve
registrar os requerimentos (pedidos) apresentados em audiência.
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Conforme mencionei, a audiência de instrução objetiva a produção de provas orais, as


quais, segundo o artigo 361 da Codificação vigente, possuem uma ordem preferencial (perce-
ba que não é obrigatória), por meio da qual se escuta:
• Os peritos e assistentes técnicos, para responderem a quesitos e esclarecimentos for-
mulados.
• O autor.
• O réu.
• As testemunhas arroladas pelo autor.
• As testemunhas arroladas pelo réu.

Enquanto os peritos, assistentes técnicos, estiverem em oitiva, autor e réu prestarem de-
poimentos pessoais e as testemunhas forem inquiridas, o Ministério Público e Advogados não
poderão intervir ou apartear (interromper aquele que fala), sem a autorização do Juiz, consoan-
te o parágrafo único do artigo 361 do Código de Processo Civil. Até porque, vamos combinar,
isso é chato, né? Até quando a gente quer contar uma história, ser interrompido não é legal, o
que dirá em uma audiência!

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos
no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemu-
nhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.

O artigo 358 do Código de Processo Civil estabelece que a audiência será marcada com
indicação de dia e hora para acontecimento. No entanto, o artigo 362, do mesmo diploma nor-
mativo, estatui que poderá ocorrer o adiamento nas seguintes situações:
• Convenção das partes.
• Se a pessoa que deva participar, ou seja, cuja presença for essencial, não puder compa-
recer por motivo justificado (tipo um problema de saúde), o qual deverá ser comprovado
até a abertura da audiência, sob pena de ocorrer a instrução, conforme o § 1º do artigo
362 da Lei n. 13.105/2015.
• Por atraso injustificado para o início da instrução por tempo superior a trinta minutos da
hora marcada (então, olha a pontualidade do Novo Código!).

Além do exposto, está expresso no novo Código de Processo Civil que as partes têm que
ser intimadas, se houver cancelamento, adiamento ou antecipação da audiência e o Juiz, de
ofício, ou a requerimento da parte, determinará a intimação de advogados ou da sociedade de
advogados acerca da nova designação, conforme prevê o artigo 363 da Lei n. 13.105/2015.

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Cumpre destacar que aquele que der causa ao adiamento da audiência responderá pelas
despesas dela decorrentes e, caso o Advogado ou Defensor Público, que representa a parte,
não tenha comparecido à instrução, o Juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas.
Essa regra se aplica ao Ministério Público.

Se o Ministério Público não comparecer à instrução, o Juiz poderá dispensar a produção de


provas requeridas pelo Parquet.

§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defen-
sor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público.

Ao final da audiência de instrução, o Juiz dará a palavra aos advogados do autor e do réu,
pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um deles e ao Ministério Público (nos casos em que
o Parquet deva intervir), tempo esse que poderá ser dilatado por mais 10 (dez) minutos, caso
o Julgador entenda necessário. Contudo, se a causa apresentar questões mais complexas,
quanto a fatos e direito, os debates orais podem ser substituídos por razões finais por escrito,
em prazo sucessivo de 15 (quinze dias), escritos denominados de memoriais.
Então, acompanhe o seguinte raciocínio comigo:
• Quando se fala em razões finais, estamos diante da manifestação da parte sobre a prova
produzida. É uma espécie de memorial, a qual se manifesta acerca da prova produzida.
O novo Código consigna que o prazo das razões finais é de 15 dias. Não é um prazo co-
mum. São 15 dias para cada parte. Pela nova Lei de Ritos, o Juiz pode dilatar os prazos,
mas não pode reduzir.

A audiência é una e deve ser realizada de modo contínuo (com estribo no artigo 365 da
Lei n. 13.105/2015). Contudo, há situações em que o perito ou testemunhas não podem com-
parecer (por problemas de saúde, por exemplo). Sendo assim, a instrução poderá ocorrer em
outro momento, desde que haja a anuência das partes e seja marcada em data mais próxima
possível em pauta preferencial.

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na au-
sência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento
no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta
preferencial.

Encerradas as etapas mencionadas nas linhas acima, o Juiz poderá proferir a sentença
na própria audiência ou informar às partes que proferirá no prazo de 30 (trinta) dias (prazo
impróprio). O servidor que acompanha a audiência lavrará o termo com os eventos ocorridos,

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os quais serão subscritos (assinados ao final) pelo Juiz, Advogados, Membro do Ministério
Público e escrivão ou chefe de secretaria. As partes não precisam subscrever, salvo quando
houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes (segundo o § 2º
do artigo 367), ou seja, a atuação não puder ser praticada pelo procurador.
Vale destacar que as audiências poderão ser gravadas, inclusive pelas partes, sem que
para isso seja necessária autorização do Juiz e, salvo exceções previstas em lei (processos
que tramitam em segredo de justiça), serão públicas.
Nos tempos atuais, a legislação trata a gravação da audiência da seguinte forma:

Art. 365
(..)
§ 5º A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou
analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a
legislação específica.

Chamo sua atenção para o fato de que, agora, pode haver depoimento a distância.

§ 6º A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por qualquer das
partes, independentemente de autorização judicial.

Ok, esse ato é público e as partes podem levar seu Ipad ou celular e gravarem o ato. Agora,
pergunto: a parte tem que avisar que está gravando? O brilhante processualista Fredie Didier en-
tende que sim, já que o princípio da boa-fé rege as relações processuais. Avisar é uma coisa, mas
pedir autorização é outra. Avisar está de acordo com a boa-fé e a ética, sem falar que dá tempo de
aquele que será filmado ajeitar o cabelo, a gola da camisa, enfim, se preparar para a gravação (Rs)!

001. (VUNESP/CÂMARA DE SÃO ROQUE - SP/ PROCURADOR JURÍDICO/2019) No dia e


na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento, devendo
o serventuário da Justiça apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras
pessoas que dela devam participar, e,
a) finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, sucessivamente, pelo
prazo de 10 (dez) minutos para cada um.
b) instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, desde que não empregados anterior-
mente outros métodos de solução consensual de conflitos.
c) as provas orais serão nela produzidas, ouvindo-se, preferencialmente, primeiro as partes,
depois os peritos e, por último, as testemunhas.
d) a audiência poderá ser adiada por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30
(trinta) minutos do horário marcado.
e) o juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor
público não tenha comparecido à audiência, não se aplicando a mesma regra ao Ministério Público.

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a) Errada. Segundo o artigo 364 do CPC de 2015:

“Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do
Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) mi-
nutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz”.

b) Errada. Segundo o artigo 359 do CPC de 2015:

“Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior


de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem”.

c) Errada. Segundo o artigo 361 do CPC de 2015:

”As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos
no prazo e na forma do art. 477 , caso não respondidos anteriormente por escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas”.

d) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 362 da Lei n.
13.105/2015.
e) Errada. Segundo o artigo 362, § 2º do CPC de 2015:

“O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor
público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público”.
Letra d.

002. (CESPE/TRE-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA (ADAPTADA)/2017)


Acerca do procedimento ordinário, assinale a opção correta.
A audiência de instrução poderá ser fracionada injustificadamente pelo juiz.

Segundo o artigo 365 do Novo Código, a audiência é contínua, mas pode ser fracionada de
modo excepcional e justificada.

“Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na
ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes”.
Errado.

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Das Provas
Das Disposições Gerais
Amigo (a), sempre gostei muito do assunto relativo a provas, pois entendo que, por meio
delas, orienta-se o julgamento baseado em documentos, perícias, oitivas de testemunhas, de-
poimentos pessoais, dentre outras modalidades probatórias acerca de fatos sobre os quais
controvertem as partes.
Chamo sua atenção no sentido de que o Julgador avalia as provas referentes aos fatos a
ele carreados, de modo que os meios probatórios não se referem ao direito controvertido, ou
seja, não dizem respeito a questões jurídicas, porquanto isso será avaliado pelo Juiz e não ha-
verá controvérsia acerca disso, mas sim em relação à situação fática ocorrida.
A título ilustrativo, imagine que Pepe Nouglas tenha tido um romance com Doralice durante
o carnaval de Salvador e, dessa relação, tenha nascido Pepinho. Suponha, ainda, que Nouglas
não queira assumir a paternidade da criança, de modo que seja necessário o esclarecedor exa-
me de DNA, o qual detecta que Pepe é, de fato, o pai de Pepinho e, com efeito, o aludido exame
faz nascer uma obrigação à prestação de alimentos por parte do genitor. Perceba que se dis-
cute o fato de Pepe ser ou não o pai da criança, o que é constatado por meio de prova (exame)
e não o direito do filho à prestação de alimentos, o qual é obrigação legal da figura paterna.
Querido (a), embora as considerações feitas no parágrafo acima se refiram à regra do nos-
so processo, ou seja, o fato de o Julgador avaliar as provas relativas a situações fáticas, haja
vista o Juiz ser um conhecedor do Direito (jura novit curia), existem casos nos quais o assunto
versa sobre a vigência do direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário (costu-
meiro). Nesses casos, a parte que alega o direito deverá comprovar o vigor e teor do alegado
ao Juiz (o que pode ser feito por meio de certidões e pareceres jurídicos).

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á
o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Cumpre destacar que as partes envolvidas na relação processual podem se valer de provas
legítimas (que não afrontem o Direito) para provar a veracidade das alegações daquilo que
carreiam ao Julgador, de modo que esse possa formar a convicção para sentenciar. As provas
podem ser:
• Típicas: aquelas que são previstas no Código de Processo Civil, tais como os depoimen-
tos pessoais, oitivas, inspeção judicial e perícias.
• Atípicas: não previstas no Código, mas admitidas, a fim de salvaguardar o direito, como,
por exemplo, a obtenção de dados em cadastro de inadimplentes, uma prova de infor-
mação. Isto é um meio legítimo, o qual, mesmo sem previsão legal, influirá no julgamen-
to do processo.

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Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se
funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Durante a marcha processual, o Juiz poderá participar da produção de provas, de modo a


determinar que se produzam aquelas que sejam relevantes para o julgamento do processo,
bem como indeferir os pleitos feitos pelas partes, os quais se mostrem inúteis ou protelatórios
(só para enrolar o julgamento, pois em nada contribuem para o deslinde da ação). Porém, a
decisão que indeferir as provas requeridas deverão ser fundamentadas pelo julgador.
Bem, estamos inseridos em um sistema processual pautado pela convicção do Juiz, o que
significa dizer que, de modo fundamentado, o Julgador, ao apreciar os elementos probatórios,
indicará o motivo pelo qual decidiu em determinado sentido, raciocínio o qual afasta o sistema
legal de apreciação das provas (cuja prova era valorada) ou da íntima convicção (típico do tri-
bunal do júri, por meio do qual o Julgador não precisa motivar a decisão proferida). Chamo sua
atenção para o fato de que o Juiz apreciará as provas, independentemente de quem a houver
promovido, conforme prevê o artigo 371 da Lei de Ritos, o qual consagra o princípio da comu-
nhão das provas.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver
promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.

Nosso sistema processual admite que uma prova produzida em um processo possa ser
utilizada em outro, de modo que o Juiz irá valorá-la de acordo com aquilo que entender ade-
quado, desde que aplique o contraditório. Esse é o entendimento da Lei n. 13.105/2015, o qual
consagra a prova emprestada.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.

003. (VUNESP/ESEF - SP/PROCURADOR JURÍDICO (ADAPTADA)/ 2019) Considerando que pro-


va emprestada é aquela advinda de outro processo, a respeito do tema, assinale a alternativa correta .
A prova emprestada é considerada típica e possui previsão expressa no Código de Processo
Civil de 2015.

Conforme vimos acima, a prova emprestada possui previsão no artigo 372 do Código de Pro-
cesso Civil de 2015.
Certo.

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Prezado (a), em aula anterior, comentei com você sobre a petição inicial, peça por meio da
qual o autor leva à cognição do Juiz uma situação fática que feriu um direito. Noutro giro, o réu
pode refutar o que fora afirmado pelo proponente da ação por meio de uma peça defensiva,
qual seja, a contestação. Perceba que, em ambas as peças, serão feitas alegações, nas quais
podem ser necessárias provas que norteiem a atuação do Magistrado, o que gerará um ônus
(encargo) para o autor e para o réu no sentido de provarem o que foi alegado.
Quanto ao ônus da prova, incumbe ao autor provar o que alega, ou seja, acerca dos fatos
constitutivos do direito alegado e ao réu o encargo do ônus probante sobre fatos relativos à
existência de impedimento, modificação ou extinção do direito alegado por quem ocupa o
polo ativo da demanda. Veja o que diz o artigo 373 do Código:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.

Com base no exposto, estamos diante da chamada teoria estática do ônus da prova. Eita
professor! É física isso??!!! Não, estimado(a), e antes que seus cabelos arrepiem, explico que
a aludida teoria se refere ao fato de que, em regra, cabe, em abstrato, ao autor provar as alega-
ções feitas e ao réu demonstrar impedimento, extinção ou modificação do que fora alegado.
Ok, porém, existem casos em que se torna muito difícil ou mesmo impossível que uma das
partes consiga provar o alegado. Imagine uma situação em que uma empresa negative o nome
do cliente ou mesmo de alguém que não é cliente (isso, infelizmente, acontece com muita
frequência), pense na dificuldade de o consumidor ou equiparado (com situação de vulnera-
bilidade e hipossuficiência técnica, econômica, financeira e jurídica) teria em provar que não
celebrou nenhum contrato com a aludida empresa, ou seja, isso seria excessivamente difícil
ou até mesmo impossível!
Bem, para casos como o supramencionado, a Lei de Ritos adotou a passibilidade de apli-
cação da teoria dinâmica do ônus da prova, por meio da qual o ônus probatório poderá ser
alterado quando houver excessiva dificuldade para provar aquilo que é alegado ou quando
existir maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, situação já admitida pela ju-
risprudência.

Art. 373 (...)


§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibili-
dade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade
de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

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Veja, pode-se dizer que as provas podem ser distribuídas de forma diversa do ônus nas
seguintes situações:
• Legal: ocorre por previsão em legislação, casos previstos por lei. Inverte-se o ônus pro-
batório (como nas relações de consumo amparadas pela Lei n. 8.078 de 1990, a qual
prevê que o ônus da prova recai sobre a prestador de serviços ou fornecedor).
• Convencional: Nesse caso, as partes podem chegar a um acordo, transigir sobre o en-
cargo probatório, desde que essa deliberação verse sobre direito disponível ou quando
não se tornar excessivamente difícil ou impossível a uma das partes exercer o direito.
Chamo sua atenção para o fato de que essa convenção pode ocorrer antes ou durante
a marcha processual.

No entanto, vale salientar que o Juiz deve fundamentar a inversão do ônus da prova, opor-
tunizando que a parte possa se desincumbir do encargo que lhe fora atribuído.
Veja que interessante!
• O Juiz não pode simplesmente dizer: redistribuo o ônus da prova ou inverto o ônus da
prova, com base no artigo 373, ou seja, terá que fundamentar. Se não fundamentar, ha-
verá nulidade. Impõe-se, então, um requisito formal, a saber: fundamentação específica
sobre isso. O Código de Defesa do Consumidor consagra a inversão do ônus da prova
pelo Juiz, em favor do consumidor, desde que preenchidos alguns requisitos estabeleci-
dos pela Codificação mencionada.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibili-


dade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade
de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.

Chamo sua atenção para o fato de que da decisão do Juiz que redistribui o ônus da prova
cabe o recurso de agravo de instrumento.

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo
quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Embora os fatos devam ser provados, cumpre destacar que existem situações que não
dependem de prova, quais sejam:
• Notórios: são fatos de conhecimento comum, público, como, por exemplo, a morte do autor
da herança comprovada por atestado de óbito, o que permite a sucessão dos herdeiros.

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• Fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária: perceba que são
situações nas quais uma parte admite o que fora afirmado por outra, de modo que as
provas não se fazem necessárias.
• Admitidos no processo como incontroversos: vimos, linhas acima, que as provas são
cabíveis para fatos controvertidos. Ora, se não há controvérsia entre as partes, também
não será necessária a produção probatória.
• Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade: são casos nos
quais existe uma presunção, aliás, o direito trabalha com presunções, sejam elas relati-
vas (juris tantum) ou absolutas (jure et jure). Nessa esteira de pensamento, seria o caso
de um condutor incauto, o qual colide no veículo à sua frente. Presumivelmente, o moto-
rista causador do abalroamento será culpado (por presunção relativa).

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

Estimado (a) leitor (a), costumo avaliar que o novo Código ficou mais operável para o Juiz
quando comparado com seu antecessor de 1973. Um dos motivos que me leva a pensar dessa
maneira se refere ao artigo 375 da Lei de Ritos, o qual possibilita ao Julgador a aplicação de re-
gras da experiência adquirida pelas observações do que ocorre de forma ordinária no cotidiano
forense, além das regras relativas à experiência técnica adquirida, ressalvado o exame pericial,
veja o dispositivo em comento:

Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que
ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o
exame pericial.

Uma questão interessante diz respeito à cooperação entre os juízos quanto à atividade pro-
batória, uma vez que as provas podem ser obtidas por meio de cartas precatórias, rogatórias e
de ordem (assunto tratado em aula específica).
Segundo os artigos 378 e 379 da Lei n. 13.105/2015, ninguém deve se eximir de colaborar
com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade, sempre que possível, a verdade real.
Porém, as partes possuem o direito de não produzir provas contra si mesmas, no entanto, a
elas incumbe:

I – comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;


II – colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III – praticar o ato que lhe for determinado.

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Bem, o artigo 380 da Lei Instrumental estabelece as incumbências de terceiros em qual-


quer causa, os quais devem:

I – informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;


II – exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

Chamo sua atenção para fato de que o Juiz possui poderes de caráter indutivo, coercitivo,
mandamentais e sub-rogatórios, além de poder impor multa àquele que descumprir os encar-
gos previstos nos incisos I e II do artigo 380 do Novo Código de Processo Civil.

Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da imposição de


multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.

Veja que interessante!


• O novo CPC consagra expressamente o direito a não autoincriminação, que é o direito
de não produzir prova contra si. Pela primeira vez, está expressamente previsto no
novo Código de Processo Civil.

004. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO - JUDICIÁRIA/2018) Acerca do procedimento co-


mum, julgue o item que se segue.
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é possível por
convenção das partes.

O artigo 373, § 3º da Lei de Ritos prevê distribuição diversa do ônus da prova por convenção
das partes, ao contrário do que estabelece a questão.
Errado.

005. (FCC/ DPE-RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Em relação ao Capítulo das Provas no Código


de Processo Civil, considere as seguintes afirmações.
I – A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á,
de imediato, o teor e a vigência.
II – A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, antes ou
durante o processo.
III – Os fatos notórios dependem de prova, quando controvertidos por alguma das partes.
IV – Caberá ao juiz, mediante requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao jul-
gamento do mérito.

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Está correto o que consta APENAS de:


a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e IV.
e) III e IV.

I – Errado. O item erra ao asseverar que a parte deverá provar o direito de imediato. Em verdade
essa prova deverá ser produzida se o Juiz determinar.

“Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o
teor e a vigência, se assim o juiz determinar”.

II – Certo. Esse é o teor do artigo 373 §§ 3º e 4º da Lei de Ritos.

“§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes,
salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo”.

III – Errado. Negativo, vimos que os atos notórios não dependem de prova, consoante o artigo 374, I.

“Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios”;

IV – Certo. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, determinar a produção de


provas necessárias ao julgamento de mérito.

“Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias
ao julgamento do mérito”.
Letra d.

Da Produção Antecipada De Provas


Estimado(a) leitor(a), quando se fala em produção antecipada de prova, estamos diante de
uma situação na qual é necessário que uma prova relativa ao processo seja produzida, em ra-
zão do receio do perecimento dela (como no caso de uma testemunha que precisa ser ouvida,
com brevidade, pois está muito doente), ou para que a parte tenha elementos necessários para
subsidiar uma ação (um dano moral, em razão de uma calúnia por meio do WhatsApp, quando
o autor não sabe quem enviou a mensagem e é necessária perícia a fim de identificar a autoria)
ou mesmo para subsidiar uma autocomposição.

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Com base no exposto, temos a produção antecipada de provas como uma ação autônoma,
cuja natureza jurídica é preparatória (ocorre antes de se ajuizar uma ação principal ou colher
dados para subsidiar a propositura da ação) ou incidental (a qual ocorre no curso do processo,
haja vista a necessidade de produzir elementos probatórios).
Certo, professor, mas o que é uma ação probatória? Bem, é uma ação que tem por objeto a
produção de uma prova. Agora, qualquer meio de prova que se quer produzir antecipadamente
poderá ser produzido. A ação probatória autônoma é uma ação autônoma independente, não
precisando de outro processo. Não é cautelar. É uma ação de reconhecimento do direito típico
de jurisdição voluntária, cujo propósito é produzir uma prova. Para os insignes autores Fredie
Didier Junior, Paula Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira:

“A ação de produção antecipada de prova é a demanda pela qual se afirma o direito à produção
de uma determinada prova e se pede que essa prova seja produzida antes da fase instrutória do
processo para o qual ela serviria. É, pois, ação que se busca o reconhecimento do direito autônomo
à prova¹, direito este que se realiza com a coleta da prova em típico procedimento de jurisdição vo-
luntária²”. (DIDIER JR., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito
Processual Civil, Volume. 2. Editora Jus Podivm, 10ª Ediçao, p. 137).

Uma vez visto o conceito, é necessário que sejam examinados os motivos de admissão
para aludida antecipação, os quais estão disciplinados no artigo 381 da Lei de Ritos.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos
fatos na pendência da ação;

Ou seja, o inciso acima versa sobre uma prova urgente. Seria o caso de um depoimento
de suma importância para a marcha processual, o qual de depende da oitiva de uma pessoa
enferma que está no leito de morte.

II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado
de solução de conflito;

Nesse caso, temos, mais uma vez, o Novo Código estimulando a autocomposição entre
as partes as quais podem, por meio da antecipação da prova, optar pela outra via adequada à
solução de conflitos.

III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Como exemplificado nas linhas acima, seria o caso de uma ofensa à honra de outrem na
rede social e somente a perícia poderá indicar o ofensor, de modo que o conhecimento dos
fatos viabiliza a propositura da ação ou, até mesmo, o não ajuizamento da demanda.

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A produção antecipada de prova é de competência do juízo ou foro de onde a prova deva


ser produzida ou no foro domicílio do réu. Contudo, a antecipação não torna prevento o juízo
para eventual ação a ser proposta, consoante os §§ 2º e 3º do Código de Processo Civil.

§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produ-
zida ou do foro de domicílio do réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a
ser proposta.

Caso a ação tenha a participação da União, autarquia ou empresa pública federal e não
haja, na localidade da petição, Justiça Federal, competirá à Justiça Estadual a competência
para produção antecipada de prova.
Amigo(a), quando alguém pretender a antecipação de prova, deverá justificar ao Juiz, por
meio da petição, o motivo pelo qual pretende a antecipá-la, com a menção precisa dos fatos
sobre os quais a atividade probatória deverá recair.
Quanto ao procedimento relativo à produção antecipada de provas, a petição com a justi-
ficativa será encaminhada ao Juiz, o qual citará os interessados na antecipação ou no fato a
ser provado (exceto se não houver caráter litigioso). Segundo o § 3º do artigo 382 da Lei de
Ritos, os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimen-
to, desde que se relacione ao mesmo fato, porém não será admitida, se a produção conjunta
acarretar demora excessiva.
Saliento que, no procedimento mencionado, não será admitida defesa ou recurso, exce-
to contra a decisão que indeferir totalmente a produção de prova, cuja peça recursal será
a apelação.

§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.

Após o término do procedimento, os autos permanecerão no cartório do foro, para extração


de cópias e certidões pelos interessados pelo período de 1 (um) mês (para os autos físicos).

006. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ - SP/PROCURADOR LEGISLATIVO (ADAPTADA)/2019)


As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legíti-
mos, ainda que não especificados no diploma processual, para provar a verdade dos fatos em
que se funda o pedido ou a defesa e influir de maneira eficaz na convicção do juiz. A respeito
das provas e seu regime jurídico no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta.
a) A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, desde que
celebrada antes do início do processo.

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b) A parte que alegar direito municipal provar-lhe-á, no mesmo ato, o teor e a vigência, sob pena
de não conhecimento da alegação.
c) A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que o prévio conhecimento
dos fatos possa evitar o ajuizamento da ação.

a) Errada. Segundo o artigo 373, § 4º do CPC de 2015: “A convenção de que trata o § 3º pode
ser celebrada antes ou durante o processo”.
b) Errada. Segundo o artigo 376 do CPC de 2015: “A parte que alegar direito municipal, estadu-
al, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar”.
c) Correta. Aí sim! A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 381, III do
CPC de 2015.
Letra c.

007. (FCC/ PGE-AP/PROCURADOR DO ESTADO/2018) Em relação às provas,


a) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia de valores, tendo a
confissão como a de maior valor e a prova testemunhal como a de menor valor.
b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas necessárias ao julga-
mento do mérito, indeferindo por despacho as diligências inúteis ou procrastinatórias.
c) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes, desde que te-
nha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente difícil a uma parte o exercício
do direito.
d) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em
juízo, respondendo ao que lhe for perguntado; colaborar com o juízo na realização de inspeção
judicial que for considerada necessária; e praticar o ato que lhe for determinado.
e) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa, previne a compe-
tência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

a) Errada. Não há hierarquia entre as provas, ao contrário do que afirma a questão.


b) Errada. O Juiz também pode determinar, de ofício, a produção de provas, consoante o artigo
370 da Lei de Ritos.
c) Errada. A distribuição do ônus da prova poderá ocorrer antes e durante o processo.
d) Certa. Essa é a dicção do artigo 379 da Lei n. 13.105/2015.
e) Errada. O questionamento se mostra contrário ao artigo 381 § 3º, o qual consigna que a
produção antecipada de prova não previne competência.
Letra d.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS – SP/PROCURADOR/2016) Em relação à audiência
de instrução e julgamento, é correto afirmar:
a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em meio digital ou
analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse caso desde que haja autoriza-
ção judicial.
b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não po-
derão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou de-
fensor público não tenha comparecido à audiência, regra, porém não aplicável ao Ministério
Público, em face dos interesses indisponíveis defendidos.
d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada, mas em caso algum
cindida, ainda que haja concordância das partes.
e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral deverá
ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo autor, réu e Ministério
Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada vista dos autos.

002. (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) No dia e na hora designados, o juiz declarará


aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos
advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar, observando que:
a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não tenha ocor-
rido o emprego de outros métodos de solução consensual de conflitos.
b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da sala de au-
diência os que se comportarem inconvenientemente.
c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes pessoas na or-
dem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Ministério Público
que não esteja presente em audiência, devendo, portanto, redesigná-la.

003. (FGV/TRT - 12ª REGIÃO (SC)/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA-


DOR FEDERAL/2017) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Luana estava desig-
nada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a despeito de o juiz estar em seu
gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não havia sido realizado. Os advogados tentaram saber
o que estava acontecendo, e a resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando do almoço.
Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:
a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabinete;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e nem que esse
espere os litigantes;
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c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de multa àque-
le que se retira da Corte sem justificativa;
d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao início previs-
to de sua audiência;
e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso de até 1 hora
é tolerado por Lei, o que ainda não havia acontecido.

004. (FCC/TRT - 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/2018) Consi-


dere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas processuais.
I – Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem como os notó-
rios, necessitam ser provados nos autos.
II – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
III – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou mera-
mente protelatórias.
IV – As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, desde que especificados na norma processual civil, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido e influir eficazmente na convicção do juiz.
V – A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade das partes, des-
de que a convenção respectiva seja celebrada durante o curso do processo, necessariamente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.

005. (FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO/2018) Quanto às


provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e confessados
pela parte contrária.
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas expressa-
mente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contraditório e a
ampla defesa.
d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo convencioná-lo
de outro modo por acordo das partes.
e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito, indeferindo em decisão fundamentada as diligências inúteis ou mera-
mente protelatórias.

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006. (FCC/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2017) O Novo Código de Processo Civil


a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte para se de-
sincumbir do ônus que lhe tenha atribuído.
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, desde que celebrada durante o processo.
c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais possível a dila-
ção probatória em caráter antecedente.
d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.
e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, contudo, atribuir
a ela o mesmo valor dado no processo originário.

007. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA - SP/PROCURADOR/2016) A respeito das disposi-


ções gerais sobre as provas, assinale a afirmativa incorreta.
a) Não será admitida prova produzida em outro processo.
b) É possível utilizar a teoria da carga dinâmica do ônus da prova nos casos previstos em lei, ou
diante de peculiaridades da causa, relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade
de produzir a prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, de modo a
permitir que haja a inversão por decisão devidamente motivada.
c) A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair
sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício
do direito.
d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá provar
o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
e) Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em
juízo, respondendo ao que lhe for interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção
judicial que for considerada necessária e praticar o ato que lhe for determinado.

008. (FCC/TRT - 15ª REGIÃO (SP)/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE


JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL (ADAPTADA)/ 2018) Sobre provas, considere:
I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.

009. (FGV/ TRT - 12ª REGIÃO (SC)/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Mi-
lena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por objeto o fornecimen-
to de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de prestação de serviços, cons-
ta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos serviços o ônus de provar, em caso de
eventual litígio judicial, que o local de sua residência oferece as condições técnicas adequadas
para o fornecimento do sinal de TV a cabo com a qualidade contratada.

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Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a cláusula é:
a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus da prova;
b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;
c) válida, pois tem amparo no CPC;
d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;
e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

010. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2017) Acerca da produção probatória, de acordo


com o Código de Processo Civil (CPC), assinale a alternativa INCORRETA.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legíti-
mos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda
o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização
de inspeção judicial que for considerada necessária.
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou dian-
te de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se
cumprir o encargo da distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, desde que por decisão fundamentada.
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.

011. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de ins-
trução e julgamento não implicará a revelia para o réu, nem a extinção do processo para o au-
tor; porém, o juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas pela parte, cujo advogado
estiver ausente.

012. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta
dias úteis, previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judi-
ciário, por se tratar de prazo próprio expresso no referido código.

013. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
Ao réu, cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor, caberá provar
fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda.
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014. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO/2020) A respeito de provas previstas


no Código de Processo Civil (CPC), julgue os itens a seguir.
I – A prova escrita é imprescindível para a comprovação de vício do consentimento em contra-
to realizado entre particulares.
II – A ata notarial é meio de prova idôneo para comprovar fatos que o tabelião declarar que
foram constatados em sua presença.
III – Quando a parte invocar direito de natureza estadual ou municipal, o magistrado somente
poderá examinar a questão, se houver provas nos autos que demonstre a existência da regra
jurídica invocada.
IV – Cabe ao advogado da parte intimar a testemunha que arrolou por carta com aviso de re-
cebimento, devendo juntar aos autos, no prazo legal, cópia da correspondência de intimação e
do aviso de recebimento, sob pena de se considerar desistência da inquirição o não compare-
cimento da testemunha.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

015. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Sobre a audiência de instrução e jul-


gamento, é correto afirmar que
a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito
ou de testemunha, independentemente da concordância das partes.
b) na impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o
juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta comum.
c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou
no prazo de 10 (dez) dias.
d) a audiência não poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital
ou analógico.
e) a gravação da audiência pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, indepen-
dentemente de autorização judicial.

016. (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO - SP/ PROCURADOR/2019) No dia e


na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará
apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam
participar. Instalada a audiência,
a) o juiz tentará conciliar as partes, desde que não tenha havido no processo o emprego ante-
rior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, nesta ordem, preferencialmente,
autor, réu, peritos e assistentes técnicos e testemunhas arroladas pelas partes.

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Audiência de Instrução e Julgamento e das Provas
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c) incumbe ao juiz manter a ordem e o decoro e incumbe ao escrevente registrar em ata, com
exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
d) qualquer das partes, independentemente de autorização judicial, poderá gravar a audiência,
observados os requisitos legais.
e) e encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência
ou no prazo de 15 (quinze) dias.

017. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ - SP/PROCURADOR LEGISLATIVO (ADAPTADA)/2019)


As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legíti-
mos, ainda que não especificados no diploma processual, para provar a verdade dos fatos em
que se funda o pedido ou a defesa e influir, de maneira eficaz, na convicção do juiz. A respeito
das provas e seu regime jurídico no Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta.
A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, desde que
celebrada antes do início do processo.

018. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Sobre a distribuição diversa do ônus


da prova que pode ocorrer por convenção das partes, assinale a alternativa correta.
a) A convenção não poderá ser celebrada antes do processo.
b) Não poderá ocorrer quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
c) Poderá ocorrer inclusive quando recair sobre direito indisponível da parte.
d) A convenção somente poderá ser celebrada durante o processo.
e) Não poderá ocorrer quando recair sobre direito disponível da parte.

019. (VUNESP/TJ-RJ/ JUIZ LEIGO/2018) Não dependem de prova os fatos


a) que se demonstrarem com a juntada de documentos.
b) que sejam admitidos no processo como incontroversos.
c) que tornarem excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) sobre os quais haja prévio conhecimento.
e) que recaírem sobre direito indisponível da parte.

020. (FGV/AL-RO/ANALISTA LEGISLATIVO - PROCESSO LEGISLATIVO/2018) Acerca das


provas no processo civil, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus da prova incumbe ao réu quanto aos fatos constitutivos do direito.
b) Não dependem de prova os fatos notórios, mas precisam ser provados os afirmados por
uma parte e confessados pela parte contrária.
c) Não cabe a prova de direito, mas apenas das alegações fáticas.
d) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
e) Diante das peculiaridades da causa, é possível ao juiz na sentença distribuir o ônus da prova
da maneira que entender mais justa.
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GABARITO
1. b
2. b
3. d
4. d
5. e
6. a
7. a
8. C
9. b
10. b
11. C
12. E
13. E
14. c
15. e
16. d
17. E
18. b
19. b
20. d

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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS – SP/PROCURADOR/2016) Em relação à audiência
de instrução e julgamento, é correto afirmar:
a) A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem ou em áudio, em meio digital ou
analógico, inclusive diretamente por qualquer das partes, nesse caso desde que haja autoriza-
ção judicial.
b) Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não po-
derão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
c) O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou de-
fensor público não tenha comparecido à audiência, regra, porém não aplicável ao Ministério
Público, em face dos interesses indisponíveis defendidos.
d) A audiência é una e contínua, podendo ser excepcionalmente adiada, mas em caso algum
cindida, ainda que haja concordância das partes.
e) Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral deverá
ser substituído por alegações finais, apresentadas sucessivamente pelo autor, réu e Ministério
Público, no prazo de dez dias, para cada um, assegurada vista dos autos.

a) Errada. Vimos que a audiência pode ser gravada sem a autorização do Juiz, ao contrário do
que a assertiva afirma.
b) Certa. Sim, conforme o parágrafo único do artigo 361 os peritos, assistentes técnicos, par-
tes ou testemunhas só podem ser aparteados em suas falas, terem intervenções do Ministério
Público ou advogados, mediante licença do Juiz.
c) Errada. Negativo! O Ministério Público também é abrangido pela regra, consoante o artigo
362 § 2º do Código.
d) Errada. Vimos, durante a aula, que conquanto a audiência seja una e contínua, ela poderá ser
cindida (separada), quando houver ausência de perito ou testemunha, com a concordância das
partes (conforme artigo 365 da Lei de Ritos).
e) Errada. O prazo será de 15 (quinze) dias e não dez, como a questão assevera. Além disso, o
debate poderá ser substituído por alegações finais e não deverá (o que é compulsório), confor-
me o artigo 364 § 2º da Lei n. 13.105/ 2015.
Letra b.

002. (VUNESP/FAPESP/PROCURADOR/2018) No dia e na hora designados, o juiz declarará


aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos
advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar, observando que:
a) instalada a audiência, tentará conciliar as partes, desde que anteriormente não tenha ocor-
rido o emprego de outros métodos de solução consensual de conflitos.

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b) exercerá o poder de polícia sobre ela, incumbindo-lhe ordenar que se retirem da sala de au-
diência os que se comportarem inconvenientemente.
c) havendo necessidade de prova oral, ouvirá, preferencialmente, as seguintes pessoas na or-
dem que segue, a saber: partes, testemunhas e por fim o perito.
d) por convenção das partes, em conjunto com as testemunhas, poderá ser adiada.
e) não poderá dispensar a produção das provas requeridas pelo membro do Ministério Público
que não esteja presente em audiência, devendo, portanto, redesigná-la.

a) Errada. O Juiz buscará a conciliação, mesmo que tenha ocorrido tentativa anterior (art. 359),
ao contrário do que afirma a assertiva.
b) Certa. O Juiz exerce o poder de polícia durante a audiência, empoderamento que permite ao
Julgador retirar da sala quem se comportar de modo inconveniente, consoante o artigo 360, II,
do Código.
c) Errada. Negativo! Veja comigo a ordem preferencial estabelecida pela Codificação de 2015:

“Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos
no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas”.

d) Errada. A audiência poderá ser adiada por convenção das partes, não das testemunhas. Veja
o texto do artigo 362 sobre o adiamento:

“Art. 362. A audiência poderá ser adiada:


I – por convenção das partes;
II – se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessaria-
mente participar;
III – por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado”.

e) Errada. Não, ao contrário do que estabelece a questão, caso o Parquet não esteja presente
na audiência, a prova pode ser dispensada.

“§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou
defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Minis-
tério Público”.
Letra b.

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003. (FGV/TRT - 12ª REGIÃO (SC)/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-


LIADOR FEDERAL/2017) A audiência de divórcio litigioso do ex-casal Altamir e Luana estava
designada para 13:30 horas. Ocorre que todos estavam esperando e, a despeito de o juiz estar
em seu gabinete, já eram 14:15 horas e o pregão não havia sido realizado. Os advogados tenta-
ram saber o que estava acontecendo, e a resposta do escrivão foi que o juiz estava repousando
do almoço.
Nesse sentido, e de acordo com o disposto no CPC, é correto afirmar que:
a) o ex-casal terá de aguardar, porque o juiz se encontra presente em seu gabinete;
b) não há previsão na Lei de limite temporal para que as partes aguardem o juiz e nem que esse
espere os litigantes;
c) a retirada do casal dependeria de autorização judicial, sob pena de aplicação de multa àque-
le que se retira da Corte sem justificativa;
d) Altamir e Luana poderão se retirar, devido ao atraso transcorrido em relação ao início previs-
to de sua audiência;
e) a fixação de um horário é referencial, e não vinculante, razão pela qual o atraso de até 1 hora
é tolerado por Lei, o que ainda não havia acontecido.

Vimos que uma das causas de adiamento da audiência, consoante o artigo 362, III, da Lei de
Ritos, é o atraso injustificado por tempo superior a 30 (trinta) minutos. No caso em tela, o atra-
so se deu por 45 minutos, o que nos leva a assinalar o item D.

“Art. 362. A audiência poderá ser adiada:


(...)
III – por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado”.
Letra d.

004. (FCC/TRT - 6ª REGIÃO (PE)/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/2018) Consi-


dere as afirmações a seguir, que concernem à produção das provas processuais.
I – Os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, bem como os notó-
rios, necessitam ser provados nos autos.
II – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
III – Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou mera-
mente protelatórias.
IV – As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, desde que especificados na norma processual civil, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido e influir eficazmente na convicção do juiz.
V – A distribuição do ônus da prova pode ocorrer de forma diversa pela vontade das partes, des-
de que a convenção respectiva seja celebrada durante o curso do processo, necessariamente.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) III, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) II e III.
e) I e IV.

I – Errada. O item contraria o artigo 374, I e II do Código.

“Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária”;

II – Certa. A questão está alinhada com o texto do artigo 372 da Lei n. 13.105/2015, o qual
consagra a prova emprestada.

“Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe
o valor que considerar adequado, observado o contraditório”.

III – Certa. Sim, vimos que o Juiz indeferirá provas inúteis ou protelatórias, consoante o pará-
grafo único do artigo 370.
IV – Errada. As provas, não necessariamente, precisam estar previstas no Código para serem
admitidas, porquanto a legislação admite a prova alinhada com os valores moralmente aceitos.

“Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se
funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz”.

V – Errada. A convenção pode ocorrer antes ou durante o processo.

“§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes,
salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
(...)
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo”.
Letra d.

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005. (FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO/2018) Quanto às


provas, a legislação competente sobre a matéria estabelece:
a) Se não forem notórios, dependem de prova os fatos afirmados por uma parte e confessados
pela parte contrária.
b) As únicas provas que se admitem nos processos judiciais são as previstas expressa-
mente em lei.
c) Não pode ser admitida a prova produzida em outro processo por ferir o contraditório e a
ampla defesa.
d) O ônus da prova é sempre o estabelecido na lei processual, não se podendo convencioná-lo
de outro modo por acordo das partes.
e) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito, indeferindo em decisão fundamentada as diligências inúteis ou mera-
mente protelatórias.

a) Errada. Além dos fatos notórios, a legislação admite outras hipóteses, nas quais as provas
não são necessárias como fatos incontroversos, afirmados por uma parte e confessados pela
parte contrária; admitidos no processo como incontroversos; em cujo favor milita presunção
legal de existência ou de veracidade.
b) Errada. O artigo 369 do Código admite provas moralmente legítimas não especificadas na
codificação.
c) Errada. A codificação admite provas oriundas de outro processo, desde que ocorra o con-
traditório e a ampla defesa, consoante artigo 372 da Lei de Ritos, ou seja, a prova emprestada.
d) Errada. Vimos, no decorrer da aula, que é admitida a inversão do ônus da prova convencio-
nal, desde que verse sobre direito disponível e não torne impossível ou excessivamente difícil
o exercício do direito para a parte.

“§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes,
salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte;
II – tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito”.

e) Certa. A questão está em consonância com o que estabelece o artigo 370, parágrafo único
da Lei n. 13.105/2015.
Letra e.

006. (FCC/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO/2017) O Novo Código de Processo Civil


a) exige do juiz, sempre que inverter o ônus da prova, que dê oportunidade à parte para se de-
sincumbir do ônus que lhe tenha atribuído.
b) prevê que a distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das
partes, desde que celebrada durante o processo.

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c) extingue a ação cautelar de produção antecipada de provas, não sendo mais possível a dila-
ção probatória em caráter antecedente.
d) adota com exclusividade a distribuição dinâmica do ônus da prova.
e) admite a utilização de prova produzida em outro processo, devendo o juiz, contudo, atribuir
a ela o mesmo valor dado no processo originário.

a) Certa. Esse é o teor do artigo 373, § 1º do Código, o qual se coaduna com a teoria da carga
dinâmica do ônus da prova, desde que seja dado à parte o direito de se desincumbir do encar-
go imposto.
b) Errada. Não, a convenção poderá ser celebrada antes do processo, consoante o artigo 373 4º.
c) Errada. A questão contraria o que estabelece o artigo 381 da Lei de Ritos, acompanhe comigo:

“Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos
fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado
de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação”.

d) Errada. Negativo, consoante o artigo 373, § 1º da Legislação processual hodierna, permite a


aplicação da teoria dinâmica do ônus da prova, o que era admitido pela jurisprudência. Contu-
do, adota-se a Teoria Estática da produção de provas, por meio da qual incumbe ao autor pro-
var os fatos alegados e ao réu comprovar fatos extintivos, modificativos e extintivos de direito.
e) Errada. A prova emprestada é admissível, entretanto, será valorada de acordo com a avalia-
ção do Juiz.

“Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe
o valor que considerar adequado, observado o contraditório”.
Letra a.

007. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA - SP/PROCURADOR/2016) A respeito das disposi-


ções gerais sobre as provas, assinale a afirmativa incorreta.
a) Não será admitida prova produzida em outro processo.
b) É possível utilizar a teoria da carga dinâmica do ônus da prova nos casos previstos em lei, ou
diante de peculiaridades da causa, relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade
de produzir a prova ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, de modo a
permitir que haja a inversão por decisão devidamente motivada.
c) A distribuição do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando recair
sobre direito indisponível da parte ou tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício
do direito.
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d) A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário deverá provar
o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.
e) Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte comparecer em
juízo, respondendo ao que lhe for interrogado, colaborar com o juízo na realização de inspeção
judicial que for considerada necessária e praticar o ato que lhe for determinado.

Antes de comentar a assertiva, veja que o examinador deseja saber qual a resposta incorreta.
a) Errada. Ao contrário do que afirma a assertiva, o Novo Código de Processo Civil admite a
figura da prova emprestada.

“Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe
o valor que considerar adequado, observado o contraditório”.

b) Certa. A assertiva se alinha com o que prevê o artigo 373, § 1º da lei processual civil.

“§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibi-


lidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade
de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído”.

c) Certa. A assertiva se harmoniza com o que prevê o artigo 373, § 2º da Lei n. 13.105/2015.

“§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil”.

d) Certa. A assertiva se alinha com o que prevê o artigo 376 da Lei n. 13.105/2015.

“Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o
teor e a vigência, se assim o juiz determinar”.

e) Certa. A assertiva está em consonância com o que prevê o artigo 379, I da Lei de Ritos.

“Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I – comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II – colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III – praticar o ato que lhe for determinado”.
Letra a.

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008. (FCC/TRT - 15ª REGIÃO (SP)/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA/OFICIAL DE


JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL (ADAPTADA)/ 2018) Sobre provas, considere:
I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.

O Item está em conformidade com o que estabelece o artigo 372 do Código, o qual consagra
a prova emprestada.

“Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe
o valor que considerar adequado, observado o contraditório”.
Certo.

009. (FGV/ TRT - 12ª REGIÃO (SC)/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2017) Mi-
lena celebrou um contrato de adesão com a empresa Céu S.A., tendo por objeto o fornecimen-
to de sinal de TV a cabo. Em determinada cláusula do contrato de prestação de serviços, cons-
ta convenção das partes, atribuindo à adquirente dos serviços o ônus de provar, em caso de
eventual litígio judicial, que o local de sua residência oferece as condições técnicas adequadas
para o fornecimento do sinal de TV a cabo com a qualidade contratada.
Diante dessa situação hipotética, e de acordo com o CPC, é correto afirmar que a cláusula é:
a) nula, pois o CPC não admite convenção das partes sobre distribuição do ônus da prova;
b) nula, pois torna excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito;
c) válida, pois tem amparo no CPC;
d) nula, pois recai sobre direito indisponível da parte;
e) válida, pois tem amparo no Código de Defesa do Consumidor.

Querido(a), pode-se dizer que a cláusula mencionada pela questão é nula, porquanto na aludi-
da relação de consumo há vulnerabilidade e hipossuficiência por parte do consumidor, o qual
não possui a capacitação técnica para comprovar os aspectos exigidos pelo fornecedor, como
no caso em tela, o que tornaria o ônus da prova excessivamente oneroso para o contratante e
afrontaria o artigo 373 § 3º, II do Código de Processo Civil de 2015.
Letra b.

010. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2017) Acerca da produção probatória, de acordo


com o Código de Processo Civil (CPC), assinale a alternativa INCORRETA.
a) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legíti-
mos, ainda que não especificados pelo CPC, para provar a verdade dos fatos em que se funda
o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

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b) Incumbirá à parte, ainda que produzindo prova contra si, colaborar com o juízo na realização
de inspeção judicial que for considerada necessária.
c) Aplicar-se-á a distribuição dinâmica do ônus da prova nos casos já previstos em lei ou dian-
te de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de se
cumprir o encargo da distribuição legal do ônus da prova ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, desde que por decisão fundamentada.
d) Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.

a) Certa. Bem, a questão está alinhada ao artigo 369 do Código, de modo que as partes podem
utilizar de provas típicas ou atípicas, desde que sejam moralmente legítimas.
b) Errada. Ao contrário do que afirma a questão, a parte não estará obrigada a produzir prova
contra si mesma, consoante o artigo 379 da Codificação contemporânea.
c) Certa. A assertiva se harmoniza com a previsão do artigo 373, § 1º do NCPC, que prevê a
possibilidade da aplicação da Teoria da carga dinâmica relativa ao ônus da prova.
d) Certa. A assertiva está em conformidade com o artigo 370 do Novo Código.
Letra b.

011. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
O não comparecimento injustificado do advogado de qualquer das partes na audiência de instrução
e julgamento não implicará a revelia para o réu, nem a extinção do processo para o autor; porém, o
juiz poderá dispensar a produção de provas requeridas pela parte, cujo advogado estiver ausente.

A assertiva se alinha com o que estabelece o artigo 362, § 2º da Lei n. 13.105/2015.


Certo.

012. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
O juiz poderá proferir a sentença em audiência ou posteriormente, atendendo ao prazo de trinta
dias úteis, previsto no Código de Processo Civil, fator esse que deve ser observado pelo Judi-
ciário, por se tratar de prazo próprio expresso no referido código.

O prazo a ser observado pelo Judiciário é impróprio. Já os prazos para as partes são próprios
e estão sujeitos à preclusão.
Errado.
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013. (CESPE/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - REMOÇÃO


(ADAPTADA)/2019) Acerca da audiência de instrução e julgamento e do direito à produção de
provas no curso desse ato processual, assinale a opção correta.
Ao réu, cabe comprovar fatos constitutivos de seu direito subjetivo; ao autor, caberá provar
fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito discutido na demanda.

Consoante o artigo 373 da Lei de Ritos:

“Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”.
Errado.

014. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO/2020) A respeito de provas previstas


no Código de Processo Civil (CPC), julgue os itens a seguir.
I – A prova escrita é imprescindível para a comprovação de vício do consentimento em contra-
to realizado entre particulares.
II – A ata notarial é meio de prova idôneo para comprovar fatos que o tabelião declarar que
foram constatados em sua presença.
III – Quando a parte invocar direito de natureza estadual ou municipal, o magistrado somente
poderá examinar a questão, se houver provas nos autos que demonstre a existência da regra
jurídica invocada.
IV – Cabe ao advogado da parte intimar a testemunha que arrolou por carta com aviso de re-
cebimento, devendo juntar aos autos, no prazo legal, cópia da correspondência de intimação e
do aviso de recebimento, sob pena de se considerar desistência da inquirição o não compare-
cimento da testemunha.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

I – Errada. O artigo 446 estabelece que:

“É lícito à parte provar com testemunhas: I - nos contratos simulados, a divergência entre a vonta-
de real e a vontade declarada; II - nos contratos em geral, os vícios de consentimento”.

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II – Certa. Conforme o artigo 384 do NCPC:

“A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requeri-
mento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião”.

III – Errada. Segundo o 376, II:

“A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor
e a vigência, se assim o juiz determinar”.

IV – Certa. Artigo 455 da lei processual civil:

“Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo.
§ 1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado
juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da cor-
respondência de intimação e do comprovante de recebimento. § 2º A parte pode comprometer-se
a levar a testemunha à audiência, independentemente da intimação de que trata o § 1º, presumin-
do-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de sua inquirição.
§ 3º A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1º importa desistência da inquirição
da testemunha”.
Letra c.

015. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Sobre a audiência de instrução e jul-


gamento, é correto afirmar que
a) é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito
ou de testemunha, independentemente da concordância das partes.
b) na impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o
juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta comum.
c) encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou
no prazo de 10 (dez) dias.
d) a audiência não poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital
ou analógico.
e) a gravação da audiência pode ser realizada diretamente por qualquer das partes, indepen-
dentemente de autorização judicial.

a) Errada. Segundo o artigo 365 do CPC de 2015:

“A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de


perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes”

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b) Errada. Segundo o artigo 365, parágrafo único do CPC de 2015:

“Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o


juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta preferencial”.

c) Errada. Segundo o artigo 366 do CPC de 2015:

“Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no


prazo de 30 (trinta) dias”.

d) Errada. Segundo o artigo 367, § 5º do CPC de 2015:

“A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógi-
co, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, observada a legisla-
ção específica”.

e) Certa. Segundo o artigo 367, § 6º do CPC de 2015:

“A gravação a que se refere o § 5º também pode ser realizada diretamente por qualquer das partes,
independentemente de autorização judicial”.
Letra e.

016. (VUNESP/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO - SP/ PROCURADOR/2019) No dia e


na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará
apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam
participar. Instalada a audiência,
a) o juiz tentará conciliar as partes, desde que não tenha havido no processo o emprego ante-
rior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
b) as provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se, nesta ordem, preferencialmente,
autor, réu, peritos e assistentes técnicos e testemunhas arroladas pelas partes.
c) incumbe ao juiz manter a ordem e o decoro e incumbe ao escrevente registrar em ata, com
exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
d) qualquer das partes, independentemente de autorização judicial, poderá gravar a audiência,
observados os requisitos legais.
e) e encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência
ou no prazo de 15 (quinze) dias.

a) Errada. Segundo o artigo 359 do CPC de 2015:

“Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior


de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem”.

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b) Errada. Segundo o artigo 361 do CPC de 2015:

“361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:
I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos
no prazo e na forma do art. 477 , caso não respondidos anteriormente por escrito;
II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas”.

c) Errada. Segundo o artigo 360 do CPC de 2015:

“O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:


I – manter a ordem e o decoro na audiência;
II – ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III – requisitar, quando necessário, força policial;
IV – tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defen-
soria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;
V – registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência” .

d) Certa. A assertiva está em conformidade com o que estabelece o artigo 367, §§ 5º e 6º do


CPC de 2015.
e) Errada. Segundo o artigo 366 do CPC de 2015:

“Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no


prazo de 30 (trinta) dias”.
Letra d.

017. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ - SP/PROCURADOR LEGISLATIVO (ADAPTA-


DA)/2019) As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os mo-
ralmente legítimos, ainda que não especificados no diploma processual, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir, de maneira eficaz, na
convicção do juiz. A respeito das provas e seu regime jurídico no Código de Processo Civil,
assinale a alternativa correta.
A distribuição diversa do ônus da prova pode ocorrer por convenção das partes, desde que
celebrada antes do início do processo.

Segundo o artigo 373 § 4º do CPC de 2015:

“A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo”.


Errado.

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018. (VUNESP/UNIFAI/PROCURADOR JURÍDICO/2019) Sobre a distribuição diversa do ônus


da prova que pode ocorrer por convenção das partes, assinale a alternativa correta.
a) A convenção não poderá ser celebrada antes do processo.
b) Não poderá ocorrer quando tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
c) Poderá ocorrer inclusive quando recair sobre direito indisponível da parte.
d) A convenção somente poderá ser celebrada durante o processo.
e) Não poderá ocorrer quando recair sobre direito disponível da parte.

a) Errada. Segundo o artigo 373, § 4º do CPC de 2015:

“A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo”.

b) Certa. Segundo artigo 373, § 3º, II do CPC de 2015:

“A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo
quando: (...) II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito”.

c) Errada. Segundo o artigo 373, § 3º, I do CPC de 2015:

“A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I – recair sobre direito indisponível da parte”.

d) Errada. A assertiva contraria o disposto no artigo 373, § 4º (veja o comentário da assertiva A).
e) Errada. Veja o artigo 373, § 3º, I do CPC de 2015.
Letra b.

019. (VUNESP/TJ-RJ/ JUIZ LEIGO/2018) Não dependem de prova os fatos


a) que se demonstrarem com a juntada de documentos.
b) que sejam admitidos no processo como incontroversos.
c) que tornarem excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
d) sobre os quais haja prévio conhecimento.
e) que recaírem sobre direito indisponível da parte.

Segundo o artigo 374 do CPC de 2015:

“Não dependem de prova os fatos:


I – notórios;
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos no processo como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade”.

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Diante do exposto, a alternativa B está correta em razão do disposto no artigo 374, III do
CPC de 2015.
Letra b.

020. (FGV/AL-RO/ANALISTA LEGISLATIVO - PROCESSO LEGISLATIVO/2018) Acerca das


provas no processo civil, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus da prova incumbe ao réu quanto aos fatos constitutivos do direito.
b) Não dependem de prova os fatos notórios, mas precisam ser provados os afirmados por
uma parte e confessados pela parte contrária.
c) Não cabe a prova de direito, mas apenas das alegações fáticas.
d) O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
e) Diante das peculiaridades da causa, é possível ao juiz na sentença distribuir o ônus da prova
da maneira que entender mais justa.

a) Errada. Segundo o artigo 373 do CPC de 2015:

“o ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”.

b) Errada. Segundo o artigo 374 do CPC de 2015:

“não dependem de prova os fatos:


(...) II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária”.

c) Errada. Segundo o artigo 376 do CPC de 2015:

“A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor
e a vigência, se assim o juiz determinar”.

Nesse caso, cabe prova sobre direito.


d) Certa. Segundo o artigo 372 do CPC de 2015:

“o juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório”.

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e) Errada. Segundo o artigo 373, § 1º do CPC de 2015:

“nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade


ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desin-
cumbir do ônus que lhe foi atribuído”.
Letra d.

Querido (a) amigo (a), após essas questões de prova sobre o assunto provas (Rs), despe-
ço-me de você, companheiro(a) virtual, por meio daquele habitual e sincero agradecimento pela
companhia e, sobretudo, pela confiança! Um abraço fraterno, fique com Deus e até o nosso pró-
ximo encontro!
“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificulda-
des que superou no caminho”.
Abraham Lincoln

Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)

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