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Aula 6

Das provas

Direito Processual do Trabalho para Analista


Judiciário - Área Judiciária e Oficial de...

Prof. Gabriel Furlan


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Direito Processual do Trabalho para Analista Judiciário - Ár...
Aula 6: Das provas

Sumário
.......................................................................................................................................................................................

1. DA PROVA – CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................... 3

2. DA PROVA TESTEMUNHAL: QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS .................................................................. 5

3. CAUSAS DE INCAPACIDADE, IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO. ....................................................................... 6

4. PROVA DOCUMENTAL: FALSIDADE DOCUMENTAL. .................................................................................. 9

5. PROVA PERICIAL....................................................................................................................................... 13

8- QUESTÕES COMENTADAS........................................................................................................................ 20

9 - GABARITO................................................................................................................................................ 37

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1. Da prova – considerações iniciais


Ônus da prova é o encargo que um sujeito processual possui, uma faculdade que a parte em sustentar as afirmações,
requerimentos e pedidos vinculados. Não se trata de uma obrigação, mas sim um encargo, ou seja, caso não cumprido,
não restará punições, mas sim consequências jurídicas.
Nesse sentido, atualmente aplica-se a regra da teoria estática da prova, ou seja, o ônus probatório incumbe ao autor
quanto aos fatos constitutivos de seu direito, e ao réu, quanto aos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
direito do autor – art. 373 do CPC e art. 818 da CLT.

Art. 818, CLT O ônus da prova incumbe:

I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato
contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso
em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão referida no § 1º deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da
parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
§ 3º A decisão referida no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.

Nessa toada, o art. 818 da CLT foi reformulado para dispor conforme acima disposto. Atualmente a CLT prevê
expressamente aplicação da distribuição dinâmica do ônus da prova no seguinte sentido: o juiz poderá atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada que deverá ser proferida antes da abertura da
instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer
meio em direito admitido.
Nesse sentido, o TST editou a instrução normativa 39, sobre a aplicabilidade das normas do CPC/15 ao processo do
trabalho, prevendo, em seu art. 3º, em face de omissão e compatibilidade, a possibilidade de incidência do disposto nos
parágrafos 1º e 2º do art. 373, CPC, limitando, todavia, sua aplicação somente em casos de decisão judicial, e não por
convenção das partes, conforme se verifica no ordenamento civil.
Assim sendo, a IN 39 vetou a aplicação dos parágrafos §§ 3º e 4 do art. 373 que possibilita a distribuição diversa do ônus
por convenção das partes:

Art. 373, CPC

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

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II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo.

Quanto ao ônus da prova, sugiro estudo da Sumulas 6, 107, 212, 338, 385, 402, 410, 460, 461 e 463 do TST.

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2. Da prova testemunhal: quantidade de testemunhas


Preliminarmente, a forma de notificação da testemunha já foi estudada na aula passada.

Abaixo segue a quantidade de testemunhas dos ritos procedimentais trabalhistas:

INQUÉRITO DE APURAÇÃO DE
SUMARÍSSIMO ORDINÁRIO
FALTA GRAVE

- 2 testemunhas

- 3 testemunhas - 6 testemunhas
Art. 852-H, CLT: Todas as provas
serão produzidas na audiência de
Art. 821, CLT: Cada uma das Art. 821, CLT: Cada uma das partes
instrução e julgamento, ainda que não
partes não poderá indicar mais de 3 não poderá indicar mais de 3 (três)
requeridas previamente.
(três) testemunhas, salvo quando testemunhas, salvo quando se
§ 2º As testemunhas, até o máximo
se tratar de inquérito, caso em que tratar de inquérito, caso em que
de duas para cada parte,
esse número poderá ser elevado a 6 esse número poderá ser elevado a
comparecerão à audiência de
(seis). 6 (seis).
instrução e julgamento
independentemente de intimação.

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3. Causas de incapacidade, impedimento e suspeição.

Abaixo serão elencadas as causas de impedimento e suspeição das testemunhas:

Art. 447, CLT: Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.

§ 1o São incapazes:

I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;

II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia
discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;

IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.

§ 2º São impedidos:

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau,
de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa
relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do
mérito;
II - o que é parte na causa;

III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica,
o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.

§ 3o São suspeitos:

I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;

II - o que tiver interesse no litígio.

§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.

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§ 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o


valor que possam merecer.

Sempre é bom lembrar o que dispõe o CPC sobre fatos que não são obrigatórios de depoimento pela testemunha:

Art. 448, CPC: A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:

I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou
afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.

Por fim, com a reforma trabalhista, aplica-se a litigância de má-fé prevista na CLT para a testemunha:

Art. 828, CLT - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome,
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta
ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.

Desse modo, aplica-se contra a testemunha o que dispõe a reforma trabalhista no tocante a responsabilidade
por dano processual de 1% a 10% do valor corrigido da causa para indenizar a parte contraria dos prejuízos sofridos
(art 793-C, CLT):

Art. 793-D, CLT: Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha
que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)

Sobre tal dispositivo, o TST deixou certo que a aplicabilidade será através de um procedimento que deve ser obedecido
(IN 41 de 2018):

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Art. 10, IN 41: O disposto no caput do art. 793-D será aplicável às ações ajuizadas a partir de 11 de novembro de 2017
(Lei nº 13.467/2017).
Parágrafo único. Após a colheita da prova oral, a aplicação de multa à testemunha dar-se-á na sentença e
será precedida de instauração de incidente mediante o qual o juiz indicará o ponto ou os pontos controvertidos no
depoimento, assegurados o contraditório, a defesa, com os meios a ela inerentes, além de possibilitar a retratação.

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4. Prova documental: falsidade documental.

Primeiramente devemos definir o que é documento:

Diante dos princípios do acesso à justiça, da ampla possibilidade probatória e do avanço tecnológico, o conceito de
documento tem sido amplo para abranger todo objeto real corpóreo ou incorpóreo (desde que possa ser
demonstrado), destinado a demonstrar os fatos em juízo. Abrange escritos, gravações magnéticas, fotografias,
pedras, instrumentos de trabalho, vestimentas, etc. (SCHIAVI, 2018, p. 769)

Documentos podem ser públicos ou privados:

Art. 405, CPC: O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o
chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.
Art. 406, CPC: Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais
especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 407, CPC: O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância das formalidades legais,
sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia probatória do documento particular.
Art. 408, CPC: As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado
presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a
ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.

Sobre documentos, sabe-se que o momento correto de sua exibição para o reclamante é na petição inicial e para o
reclamado é na contestação.
Há previsão no Código de Processo Civil aplicável ao processo do trabalho sobre a exibição de documentos:

Art. 396, CPC: O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.

Art. 397, CPC: O pedido formulado pela parte conterá:

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I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;

II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;

III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe
e se acha em poder da parte contrária.
Art. 398, CPC: O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.

Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente
prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 399, CPC: O juiz não admitirá a recusa se:

I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;

II - o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;

III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

Art. 400, CPC: Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa,
a parte pretendia provar se:
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;

II - a recusa for havida por ilegítima.

Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
para que o documento seja exibido.
Art. 401, CPC: Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para
responder no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 402, CPC: Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará
audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em
seguida proferirá decisão.
Art. 403, CPC: Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-lhe-á que proceda ao
respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o
ressarça pelas despesas que tiver.
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário,
força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.
Art. 404, CPC: A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:

I - concernente a negócios da própria vida da família;

II - sua apresentação puder violar dever de honra;

III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até
o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo;

V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição;

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VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.

Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas uma parcela do
documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo
lavrado auto circunstanciado.

Ademais, sobre arguição de falsidade documental também se aplica que se dispõe no CPC:

Art. 427, CPC: Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.

Parágrafo único. A falsidade consiste em:

I - formar documento não verdadeiro;

II - alterar documento verdadeiro.

Art. 428, CPC: Cessa a fé do documento particular quando:

I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;

II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.

Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em
parte formá-lo ou completá-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.
Art. 429, CPC: Incumbe o ônus da prova quando:

I - se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte que a arguir;

II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o documento.

Subseção II

Da Arguição de Falsidade

Art. 430, CPC: A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a
partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o
juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.
Art. 431, CPC: A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios com que
provará o alegado.

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Art. 432, CPC: Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial.

Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo.

Art. 433, CPC: A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, constará da
parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada.

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5. Prova pericial

Prova pericial é um meio de prova que é utilizada quando há necessidade de um conhecimento técnico
diferenciado que não pode ser feito único e exclusivamente pelo juiz:
Logo, prova pericial é o meio probatório utilizado sempre que houver a necessidade de conhecimentos técnicos
especializados para a comprovação dos fatos alegados em juízo. (SILVA JUNIOR, 2017, p. 669)

São três espécies de perícia:

Exame: verificação objetiva, seja de pessoas, semoventes ou moveis.

Vistoria: é a espécie de prova pericial que tem o objetivo de verificar imóveis ou lugares.

Avaliação: é a espécie que verifica a estimação de valores de bem e obrigações.

Ademais, o juiz é livre para apreciar a perícia, não estando vinculado a seu resultado:

Art. 479, CPC: O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença
os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método
utilizado pelo perito.

Ademais, o CPC prevê que a prova pericial será indeferida quando:

Art. 464, CPC: A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:

I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;

II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

III - a verificação for impraticável.

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§ 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de
prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido
da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.

Ao fixar a perícia, é necessário entender o que dispõe a CLT sobre os honorários periciais:

Art. 790-B, CLT: A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão
objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho
Superior da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de
suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Nesse sentido, a jurisprudência trabalhista deixa certo que é a União que arca com os honorários periciais do
beneficiário da justiça gratuita, devendo ser comungado a interpretação com a reforma trabalhista.
Assim, a reforma trabalhista deixa certo que somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha
obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União
responderá, desse modo, a jurisprudência do TST ainda não foi atualizada:

SUM-453 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO


INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma
proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a
realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em
condições perigosas.

Ademais, não cabe honorários periciais prévios na seara trabalhista:

OJ-SDI2-98 MANDADO DE SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE


HONORÁRIOS PERICIAIS

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É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o
processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do
depósito.

No tocante aos honorários de assistente técnico, quem arca é a própria parte que o nomeou:

SUM-341 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO

A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda
que vencedora no objeto da perícia.

Ademais, a correção monetária da perícia é diferente dos créditos trabalhistas:

OJ-SDI1-198 HONORÁRIOS PERICIAIS. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Diferentemente da correção aplicada aos débitos trabalhistas, que têm caráter alimentar, a atualização monetária
dos honorários periciais é fixada pelo art. 1º da Lei nº 6.899/1981, aplicável a débitos resultantes de decisões judiciais.

Por fim, elenca-se abaixo duas jurisprudências do TST sobre pericia com alta incidência na prova, sendo a primeira deixa
certo sobre a não distinção entre perícia realizada entre médico e engenheiro pela CLT para caracterização de
insalubridade e periculosidade e a segunda sobre a perícia em local de trabalho desativado:

OJ-SDI1-165 PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE.


VÁLIDO. ART. 195 DA CLT
O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e
classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente
qualificado.

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OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO

A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização,
como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.

ATENÇÃO – MUDANÇA DE 2018

Art. 819, CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio
de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba
escrever.
§ 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se
beneficiária de justiça gratuita. (Redação dada pela Lei nº 13.660, de 2018)

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6. Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica.

Atualmente a CLT prevê disposição expressa quanto ao Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica que é o
procedimento que visa a retirada do véu da personalidade jurídica para o atingimento da responsabilidade dos sócios.
Há previsão expressa da aplicação das disposições previstas no CPC:

Seção IV

Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos
arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:

I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta Consolidação;

II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;

III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal.

§ 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza
cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil)

Como visto acima, o incidente suspenderá o processo, bem como na fase de conhecimento não caberá recurso diante
do princípio da irrecorribilidade imediata das decisões na justiça do trabalho.
Como visto acima, há a aplicação do que dispõe o CPC:

CAPÍTULO IV

DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério
Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.

§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.

Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento
de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.

§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na


petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.

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§ 4º O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da
personalidade jurídica.
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis
no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.

Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será
ineficaz em relação ao requerente.

A título de conhecimento, a Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, de 19 de


dezembro de 2019, prevê expressamente a necessidade de instauração do incidente, corroborando a necessidade de
aplicação do incidente. Assim, atualmente não há como negar a aplicabilidade na justiça do trabalho.

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7. Do processo de Jurisdição Voluntária para homologação de acordo extrajudicial

A reforma trabalhista previu novas disposições processuais – uma delas é o processo de jurisdição voluntária para
homologação de acordo extrajudicial:

CAPÍTULO III-A

DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a
representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.

§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.

Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não
afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação.
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará
audiência se entender necessário e proferirá sentença.
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos
direitos nela especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar
a homologação do acordo.

Destaca-se que tal procedimento é obrigatória a representação por advogados (desde que não seja advogado comum),
a petição suspende o prazo de prescricional e audiência só acontecerá se necessário, destacando que não haverá
colheita de provas nessa modalidade de processo.

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8- Questões Comentadas
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) Prova: FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Na reclamação trabalhista “X”, Ronaldo alega que prestou serviços na qualidade de empregado para a empresa “L”
requerendo, dentre diversos pedidos, o reconhecimento do vínculo de emprego. Já na reclamação “Y”, Frederica alega
que teve o seu contrato de trabalho celebrado com a empresa “B” rescindido sem justa causa, não tendo recebido as
verbas rescisórias a que tinha direito. Em sede de contestação, a empresa “L” negou a prestação de serviços e a
empresa “B” negou o despedimento. Nesses casos, o ônus de provar o término do contrato de trabalho nas
reclamações trabalhistas “X” e “Y”, de acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho

é, respectivamente, de Ronaldo e da empresa “B”.

é, respectivamente, da empresa “L” e de Frederica.

é, respectivamente, da empresa “L” e da empresa “B”.

é, respectivamente, de Ronaldo e de Frederica.

dependerá do rito processual a ser seguido.

Comentários:

Súmula nº 212 do TST

DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço (caso da reclamação
trabalhista "X") e o despedimento (caso da reclamação trabalhista "Y"), é do empregador, pois o princípio da
continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT -
1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa

Rita ingressou com reclamação em face da empresa Padaria Pão Quentinho Ltda., pleiteando o pagamento de horas
extraordinárias e diferenças salariais para o piso da categoria estabelecido em instrumento normativo. Apresentou
pedido certo e quantitativamente determinado, indicando como valor da causa o importe de R$ 11.500,00. Diante de
tais considerações, é correto afirmar que

a sentença nesse processo, da qual deverá constar relatório, fundamentação e dispositivo, mencionará os
elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência.

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a audiência será, obrigatoriamente, una, sendo permitida a oitiva de até duas testemunhas para cada parte,
mas a reclamante terá o prazo de 05 dias para se manifestar acerca da contestação e documentos.
todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo serão
decididos por ocasião da sentença, em razão da natureza célere dessa modalidade de rito processual, ao fito
de se evitar intercorrências na realização da audiência, que deve ser una.
todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, desde que requeridas
previamente.
vigora, no caso em análise, o Princípio Dispositivo, posto que o magistrado possui liberdade para ordenar a
produção das provas que julgar pertinentes, para excluir ou limitar as que julgar impertinentes, excessivas ou
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.

Comentários:

a) Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos
em audiência, dispensado o relatório.
b) Art. 852-H, § 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte
contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo (e não qualquer documento), no prazo comum de cinco
dias.
c) Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da
audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença.
d) Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas
previamente.
e) O princípio a que se refere a alternativa E não é o dispositivo, mas sim o inquisitivo.

Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT -
1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa

Relativamente à distribuição do ônus da prova, assinale a alternativa correta.

Vige, na sistemática de distribuição do ônus da probante no processo do trabalho, a distribuição dinâmica


ônus da prova, prevista originariamente no CPC de 2015 (art. 373, § 1º). Assim, nos casos previstos em lei ou
diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo probatório ou, ainda, à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo
atribuir o ônus da prova de modo diverso.
O juízo poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, o que
deverá ser feito na audiência de conciliação, tendo a parte reclamada apresentado contestação escrita.
A decisão que atribuir o ônus da prova de modo diverso será proferida na abertura da audiência de instrução,
não sendo permitido, por tal motivo, o adiamento da audiência respectiva.
O juízo poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, o que
deverá ser feito na abertura da audiência de instrução, não sendo possível à parte à qual o encargo
probatório foi transferido desincumbir-se de tal ônus.

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No direito do trabalho, a prova das alegações incumbe à parte que às fizer, sendo irrelevante se uma das
partes apresenta impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir seu encargo probatório.

Comentários:

Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.


(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da
parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte
seja impossível ou excessivamente difícil. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: FCC - 2018 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Conforme normas aplicáveis à produção das provas nas reclamatórias trabalhistas que tramitam pelo rito ordinário,
NÃO é correto afirmar que

cada uma das partes não poderá indicar mais de cinco testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito para
apuração de falta grave, caso em que esse número poderá ser elevado a seis.
como regra, o ônus da prova incumbe ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do reclamante.
o depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de
intérprete nomeado pelo juiz.
se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitado ao chefe
da repartição seu comparecimento à audiência marcada.
o documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua
responsabilidade pessoal.

Comentários:

Art. 821, CLT - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).

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Art. 822, CLT - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu
comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
Art. 823, CLT - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao
chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824, CLT - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas
demais que tenham de depor no processo.
Art. 825, CLT - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a
condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 21ª Região (RN) Prova: FCC - 2017 - TRT - 21ª Região (RN) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

No tocante ao ônus da prova, de acordo com a Lei n° 13.467/2017, considere:

I. Nos casos previstos em lei ou sendo impossível ou excessivamente difícil para a parte cumprir seu ônus probatório,
poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, fundamentando sua decisão desde logo ou deixando para fazê-
lo na sentença, uma vez que se trata de decisão interlocutória.
II. A decisão do juiz de atribuir o ônus da prova de modo diverso deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a
requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência, possibilitando provar fatos por qualquer meio em direito
admitido.
III. A decisão do juiz de atribuir o ônus da prova de modo diverso não pode gerar situação em que a desincumbência do
encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
IV. A decisão do juiz de atribuir o ônus da prova de modo diverso deverá ser proferida após a abertura da instrução e
sempre implicará no adiamento da audiência, independentemente do requerimento da parte, possibilitando provar
fatos por qualquer meio em direito admitido.
Está correto o que consta APENAS em

I e IV.

I e II.

II, III e IV.

II e III.

I e III.

Comentários:

Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

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I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.


(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da
parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte
seja impossível ou excessivamente difícil. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 21ª Região (RN) Prova: FCC - 2017 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista
Judiciário - Área Judiciária

Acerca do ônus da prova e da revelia e confissão no Processo do Trabalho, conforme Lei n° 13.467/2017, considere:

I. Cabe ao reclamante o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito e ao reclamado a prova dos fatos
modificativos, extintivos e impeditivos, podendo o juiz inverter essa disposição se verificar que uma parte tenha maior
facilidade de produzir a prova.
II. É dever do juiz, na aferição do ônus probatório, atribuir a cada parte seu encargo no tocante à produção de provas,
levando em conta critérios de facilidade e dificuldade de a parte se desincumbir de seu ônus.
III. A ausência do reclamado em audiência implicará na decretação de sua revelia e confissão quanto à matéria de fato,
salvo, por exemplo, se a petição inicial estiver desacompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato.
IV. É facultado ao juízo, ainda que ausente o reclamado em audiência, mas presente o seu advogado ao ato, a aceitação
da contestação e os documentos eventualmente apresentados, com o fim de evitar os efeitos da confissão.
Está correto o que consta APENAS em

I e III.

II e III.

II e IV.

I e IV.

III e IV.

Comentários:

I - CORRETO

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Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.


(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da
parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte
seja impossível ou excessivamente difícil. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - INCORRETO. Trata-se de faculdade do juiz inverter o ônus probatório disposto do "caput" do 818 da CLT e no 373 do
CPC levando em conta critérios de facilidade e dificuldade de a parte se desincumbir de seu ônus.
Art. 818, CLT. O ônus da prova incumbe: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante.


(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
III - CORRETO

Art. 844, CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:

I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;

IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova
constante dos autos.
IV - INCORRETA. Trata-se de dever do juiz receber a contestação, nesse caso, ocorrerá a revelia, porém não haverá a
confissão.
Art. 844. § 5º, CLT: Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os
documentos eventualmente apresentados.

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Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRT - 7ª Região (CE) Prova: CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Acerca da utilização de documentos como prova na justiça do trabalho, julgue os itens a seguir.

I- Após a apresentação da defesa, é vedado juntar aos autos novos documentos, ainda que destinados a provar fatos
ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos produzidos nos autos.
II- Na justiça do trabalho, o documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio
advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
III- A falsidade de documento pode ser suscitada em qualquer fase do processo, em consonância ao princípio da
simplicidade.
Assinale a opção correta.

Apenas o item I está certo.

Apenas o item II está certo.

Apenas o item III está certo.

Todos os itens estão certos.

Comentários:

Item I:

CPC, Art. 435 - É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer
prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Item II:

CLT, Art. 830 - O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob
sua responsabilidade pessoal.
Item III:

CPC, Art. 430 - A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de quinze dias, contado a partir da
intimação da juntada do documento aos autos.

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRT - 7ª Região (CE) Prova: CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Com relação às testemunhas nas audiências de instrução da justiça do trabalho, assinale a opção correta.

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Nos processos que correm pelo procedimento sumaríssimo, cada parte pode indicar, no máximo, quatro
testemunhas.
A condução coercitiva de testemunha é vedada na justiça do trabalho, por violar o princípio da celeridade
processual.
As testemunhas deverão comparecer à audiência independentemente de notificação ou intimação.

É vedado ao juiz do trabalho intimar as testemunhas que não comparecerem à audiência.

Comentários:

A- Art. 852-H § 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e
julgamento independentemente de intimação.
B e D - Art. 852-H § 3º SÓ será deferida intimação de testemunha que, COMPROVADAMENTE convidada, deixar de
comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.
C- Art. 825 - As TESTEMUNHAS comparecerão a audiência INDEPENDENTEMENTE de notificação (citação) ou
INTIMAÇÃO.

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRT - 7ª Região (CE) Prova: CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal

No processo do trabalho em rito ordinário, a audiência una poderá, excepcionalmente, ser adiada por motivo relevante,
sendo designada audiência em prosseguimento. A partir dessas informações, assinale a opção correta.

É necessária a comprovação de que houve convite para que o juiz determine a intimação de testemunha
ausente.
Se for pactuado que, independentemente de intimação, a testemunha comparecerá à audiência em
prosseguimento, sua ausência implicará preclusão e desistência tácita da oitiva.
O prazo de recurso da parte que tiver sido intimada e que não comparecer à audiência em prosseguimento
para a prolação da sentença é contado da data de realização da audiência.
O juiz poderá determinar a condução coercitiva das testemunhas que a parte se comprometeu a levar a juízo,
independentemente de terem sido intimadas.

Comentários:

a) INCORRETA

Art. 852-H, CLT. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas
previamente.
§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.
b) CORRETA

Art. 825, CLT. As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

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Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a
condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
c) INCORRETA

SUM-197 TST: Prazo. prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para
a prolação da sentença conta-se de sua publicação.
d) INCORRETA

Art. 825, CLT. As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex oficio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a
condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.

Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRT - 7ª Região (CE) Prova: CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista
Judiciário - Área Administrativa

Podem prestar depoimento durante a audiência trabalhista na condição de testemunha

os cônjuges.

os cegos.

os interessados no litígio.

as crianças.

Comentários:

a) ERRADO

CPC, Art. 447, 2o São impedidos:

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de
alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa
relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do
mérito;
b)CERTO

d)ERRADO

CPC, Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.

§ 1o São incapazes:

III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;

IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.

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§ 2o A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe
assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.
c)ERRADO

§ 3o São suspeitos:

II - o que tiver interesse no litígio.

Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto

O art. 818 da CLT estabelece que a prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Em se tratando da prova e do ônus
da prova no processo do trabalho, com base na CLT e no entendimento das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do
TST, extrai-se:

Em se tratando de reclamação trabalhista com pedido de adicional de insalubridade, a realização de perícia


será obrigatória diante da determinação legal do art. 195 da CLT, podendo, contudo, o julgador utilizar-se de
outros meios de prova quando desativado o local de trabalho do reclamante ou encerrada a atividade da
empresa.
Tendo em vista o princípio da autodeterminação coletiva, previsto no art. 7, XXVI da CF, a presunção de
veracidade da jornada de trabalho, quando prevista em instrumento normativo, não pode ser elidida por
prova em contrário.
Cabe ao empregado, em reclamação trabalhista, o ônus da prova de demonstrar que satisfaz os requisitos
indispensáveis para a concessão do vale-transporte.
Uma vez negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregado o ônus de provar o término do
contrato de trabalho por iniciativa do empregador, na medida em que a CLT estabelece que a prova das
alegações incumbe à parte que as fizer.
Em matéria de horas extras, na hipótese de aplicada a confissão ao reclamado que, expressamente intimado
com aquela cominação, não compareceu à audiência, na qual deveria depor, o indeferimento da oitiva de
testemunha convidada pelo demandado caracterizará cerceamento ao seu direito de defesa, pois a
presunção de veracidade da jornada de trabalho pode ser elidida por prova em contrário.

Comentários:

a) CORRETA

OJ 278 SDI1 TST-ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.PERÍCIA.LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO.A realização de


perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de
fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.

b) ERRADA.

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SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA II - A presunção de veracidade da jornada de


trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

c) ERRADA

SUM-460.VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA.É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não


satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.
d) ERRADA.

SUM-212 DESPEDIMENTO.ÔNUS DA PROVA.O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego
constitui presunção favorável ao empregado.
e) ERRADA.

SUM-74.CONFISSÃO.I-Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II-A prova pré-constituída nos autos pode ser
levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts.442 e 443,CPC/15- art.400,I,CPC/73),não implicando
cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III-A vedação à produção de prova posterior pela parte
confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo.

Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região (SC) Prova: FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal

Cecília postula o pagamento de horas extras, afirmando que excedia a jornada de trabalho. Em defesa, a ex-
empregadora de Cecilia nega a jornada articulada na peça pórtica e apresenta controles de ponto nos quais se verifica
que a jornada foi anotada e assinada em todos os dias como sendo das 10:00 às 19:00 horas, com intervalo de 1 hora,
sem variação.
Diante da situação apresentada e do entendimento consolidado pelo TST acerca da distribuição do ônus da prova, é
correto afirmar que:

se os controles estão assinados, isso é suficiente para conferir-lhes credibilidade, de modo que o ônus de
provar a jornada é da reclamante;
a solução para o caso é a aplicação da pena de confissão em desfavor da reclamada, considerando-se de
plano a jornada dita na inicial como verdadeira, sem necessidade de outras provas;
os controles serão reputados inválidos, transferindo-se o ônus da prova para o empregador, que deverá
provar que a anotação neles feita é verdadeira, sob pena de acolher-se a jornada da inicial;
a presunção de veracidade da jornada anotada nos controles é absoluta, de modo que o juiz deve receber
aqueles horários como fidedignos e indeferir outras provas;
a jurisprudência determina que o juiz deve analisar o caso concreto e, em decisão fundamentada, atribuir a
quem compete o ônus da prova, dependendo das circunstâncias.

Comentários:

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Súmula nº 338 do TST. JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações
Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade
da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003,
DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida
por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova,
invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da
inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)

Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região (SC) Prova: FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário – Área Judiciária

Rickson ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Pastel de Ouro Ltda., postulando o pagamento de vale-
transporte, FGTS não depositado em 6 meses do ano de 2016, horas extras, diferença em razão de equiparação salarial
e verbas resilitórias. Em defesa, a Pastel de Ouro Ltda. advoga que Rickson é vizinho da empresa, portanto não utiliza
transporte público; que depositou regularmente o FGTS na conta vinculada do empregado; que a quantidade e
qualidade da produção do modelo era superior à do autor; que a convenção coletiva da categoria afirma que a jornada
lançada nos controles é correta, pois o sistema foi auditado pelo sindicato de classe dos empregados; que a empresa
não dispensou o reclamante, e sim que esse deixou de comparecer ao serviço.
Em relação ao ônus da prova no caso apresentado, à luz da jurisprudência do TST, é correto afirmar que:

o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o


despedimento, é do empregado, por se tratar de fato constitutivo de seu direito;
é do empregado o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o não pagamento é
fato constitutivo do direito do autor;
a presunção de veracidade da jornada de trabalho pode ser elidida por prova em contrário, salvo se prevista
em instrumento normativo;
em processo que verse sobre pedido de equiparação salarial, é ônus do equiparando provar que
desempenhava o seu trabalho com a mesma produtividade e a mesma perfeição técnica que o paradigma;
é do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a
concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.

Comentários:

A)ERRADA. SÚMULA 212 TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de
serviço e o despedimento,É DO EMPREGADOR, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui
presunção favorável ao empregado.
B)ERRADA.SÚMULA 461 TST: É DO EMPREGADOR o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS,
pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015).

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C)ERRADA.SÚMULA 338 ,II TST: II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, AINDA QUE prevista em
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
D)ERRADA.SÚMULA 6,VIII TST: VIII - É DO EMPREGADOR o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou
extintivo da equiparação salarial.
E)CERTA.É DO EMPREGADOR o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a
concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.
SÚMULA 460 TST:

É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do
vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício.

Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região (SC) Prova: FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista
Judiciário – Área Judiciária

Em determinado processo trabalhista, o juiz determinou o fracionamento da audiência. Na primeira delas, tentou sem
êxito o acordo e, após receber a defesa, definiu as provas que seriam produzidas: depoimentos pessoais recíprocos, sob
confissão, e testemunhal. Na segunda audiência designada, a reclamada não se fez presente à audiência, embora tenha
comparecido o advogado da empresa. O juiz manifestou-se no sentido de que não desejava espontaneamente produzir
provas.
À luz da legislação trabalhista e da jurisprudência uniforme do TST, é correto afirmar que:

o juiz deverá aplicar a confissão contra a empresa e julgar de acordo com as provas já produzidas nos autos;

deverá ser aplicada a revelia em desfavor da acionada em virtude da sua ausência;

estando o advogado da ré presente, a demanda deve prosseguir normalmente, com colheita do depoimento
pessoal do autor e das testemunhas, se houver;
não há previsão legal ou jurisprudencial a respeito, assim o juiz deverá apreciar a situação com equidade e
definir o destino do feito como entender justo;
o juiz adiará a audiência e concederá prazo para a juntada de justificativa da ausência do preposto da
reclamada.

Comentários:

a) CERTA

SÚMULA 74 TST: I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer
à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta
para confronto com a confissão ficta.
B ERRADA

SÚMULA 122 TST: A reclamada, AUSENTE à audiência em que deveria apresentar defesa, É REVEL, ainda que presente
seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que
deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da
audiência.

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c) ERRADA – apenas continua analisando provas pré-constituídas

d) ERRADA

SÚMULA 74 TST: I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer
à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta
para confronto com a confissão ficta.
e) ERRADO

SÚMULA 74 TST: I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer
à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta
para confronto com a confissão ficta.

Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região (SC) Prova: FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

Margarida compareceu a uma audiência para ser ouvida como testemunha da reclamante, mas foi contraditada pela
empresa ao argumento de que possuía ação em curso contra a reclamada, o que foi confirmado por Margarida.
À luz da jurisprudência uniforme do TST, é correto afirmar que:

Margarida não tem a necessária isenção neste caso porque está em litígio contra a empresa, pelo que a
contradita deverá ser aceita;
qualquer pessoa pode ser ouvida como testemunha, pois não há óbice legal nem condições especiais a serem
cumpridas;
somente se Margarida estiver postulando no seu processo os mesmos pedidos que a reclamante é que não
poderá ser ouvida como testemunha;
o fato de estar litigando contra a empresa não torna Margarida impedida nem suspeita de depor como
testemunha;
o juiz deve acolher a contradita se Margarida estiver sendo assistida na sua ação pelo mesmo advogado que
dá assessoria à autora do caso em que irá depor.

Comentários:

Súmula nº 357 do TST

TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.

Ano: 2017 Banca: MPT Órgão: MPT Prova: MPT - 2017 - MPT - Procurador do Trabalho

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De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, analise as seguintes afirmativas:

I - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete
trazido pela parte interessada, que arcará com os ônus de sua nomeação.
II - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento das
partes, seus representantes ou advogados.
III - O juiz providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor
no processo.
IV - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação, sendo que aquelas
que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva,
além da penalidade de multa, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Assinale a alternativa CORRETA:

Apenas a assertiva I está incorreta.

Apenas a assertiva III está correta.

Apenas a assertiva IV está incorreta.

Todas as assertivas estão corretas.

Não respondida.

Comentários:

ASSERTIVA I - INCORRETA:

Art. 819, CLT. O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de
intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
ASSERTIVA II - CORRETA:

Art. 820, CLT. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu
intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
ASSERTIVA III - CORRETA:

Art. 824, CLT. O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas
demais que tenham de depor no processo.
ASSERTIVA IV - CORRETA:

Art. 825, CLT - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.

Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a
condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Art. 730, CLT - Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão na multa de
Cr$ 50,00 (cinquenta cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros). (Vide Leis nºs 6.986, de 1982 e 6.205, de 1975)

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Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal

No final da audiência em que foram ouvidas duas testemunhas de cada parte em uma reclamatória trabalhista com
pedido de indenização por danos morais, o magistrado resolveu convocar uma pessoa referida em todos os
depoimentos para ser ouvida como testemunha do Juízo. Ocorre que a pessoa referida, de nome Ceres, ocupa a função
de técnica administrativa do Tribunal Eleitoral e terá que depor em hora de serviço. No caso, segundo norma contida na
Consolidação das Leis do Trabalho, Ceres

será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.

prestará seu depoimento por escrito, respondendo aos quesitos formulados pelo Juiz, para posterior juntada
aos autos.
comparecerá espontaneamente à audiência designada e justificará a ausência no serviço mediante atestado.

somente está obrigada a comparecer se for conduzida por Oficial de Justiça à audiência designada.

será ouvida na sua própria repartição, através de Carta de Ordem, respondendo aos quesitos formulados pelo
Juiz.

Comentários:

Art. 823, CLT - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao
chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.

Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico
Judiciário - Área Administrativa

O ônus da prova pode ser assim problematizado: quem deve provar? Em princípio, as partes tem o ônus de provar os
fatos jurídicos narrados na petição inicial ou na peça de resistência, bem como os que se sucederem no envolver da
relação processual. Quanto às provas no Processo do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho estabelece:

Qualquer que seja o procedimento, não é permitida a arguição dos peritos compromissados ou dos técnicos,
uma vez que o laudo que apresentam já é suficiente como prova.
As testemunhas devem, necessariamente, ser previamente intimadas para depor.

Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade,
profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
Cada uma das partes, no procedimento ordinário e também quando se tratar de inquérito para apuração de
falta grave, não poderá indicar mais de 3 testemunhas.
A testemunha que for parente até o segundo grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes,
prestará compromisso, mas o seu depoimento valerá como simples informação.

Comentários:

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A - ERRADA,

Art. 827 - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao
processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado.
B – ERRADA – regra trabalhista da não intimação da testemunha

C – correta

Art. 828, CLT - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome,
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
D – ERRADA – inquérito é até 06 testemunhas

E – ERRADO

Art. 829, CLT - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes,
não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.

9 - Gabarito

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