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UNIDADE III
A PROVA PERICIAL
Elaboração
Márjorie Viúdes Calháo Leão
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
A PROVA PERICIAL................................................................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 1
DESENVOLVIMENTO DA PERÍCIA............................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 2
LAUDO PERICIAL......................................................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 3
ÉTICA PROFISSIONAL E A RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DO PERITO JUDICIAL............................ 17
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................35
APÊNDICES E ANEXOS..................................................................................................................................38
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A PROVA PERICIAL UNIDADE III
CAPÍTULO 1
DESENVOLVIMENTO DA PERÍCIA
a. Exames: perícia realizada em pessoas (avaliar o real estado desta, seja físico ou
mental), em coisas (pode se dar para a verificação de existência ou não, de defeitos
e vícios) ou Semoventes (animais).
b. Vistoria: recai sobre bens imóveis, com o intuito de verificar se estão comprometidos
ou danificados.
Classificam-se em:
b. a requerimento da parte.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
O art. 483 do CPC é claro ao dispor taxativamente sobre a finalidade da referida inspeção:
Não se discute o mérito da questão que envolve a prova a ser produzida antecipadamente,
mas apenas a higidez da prova, e somente será cabível caso não haja processo em
andamento.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
A valoração da prova ficará a cargo do juiz da causa principal, e não do juiz da medida
que antecipou a prova nos autos da ação de antecipação de provas.
O requerimento de provas nesse tipo de ação não possui limitação, ou seja, podem
ser requeridas quantas provas forem necessárias, com pedidos bem fundamentados,
amparados nos incisos do art. 381 do CPC, cabendo ao juiz a decisão sobre o deferimento.
O perito não será pego de surpresa quanto aos questionamentos a serem abordados em
Audiência, na qual os quesitos serão anteriormente disponibilizados nos autos para que,
assim, o especialista possa preparar toda a tese sobre os esclarecimentos pertinentes.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Com efeito, uma vez reputada a perícia como deficiente ou inconclusiva, haverá a
necessidade de realização de nova perícia com profissional diverso, em que outros os
honorários deverão ser pagos pela parte que acaba sendo onerada excessivamente e, por
conta disso, a redução e/ou até mesmo o não pagamento dos honorários poderá se impor.
Assim é o que dispõe o art. 465, § 5o, do CPC, ao ditar que poderá o juiz reduzir os
honorários do perito, caso considere a perícia deficiente ou inconclusiva.
Vale dizer ainda que, antes de a perícia ser declarada pelo juiz como inconclusiva ou
deficiente, poderá o perito prestar esclarecimentos em audiência específica para tanto,
a pedido das partes e/ou do próprio juízo.
Ocorre, então, a perícia deficiente ou inconclusiva quando o perito não observa seus
deveres de zelo, cautela e diligência, realizando a perícia com desleixo e negligência,
apresentando um laudo com conclusões singelas, sem esclarecer especialmente, o
ponto controvertido da causa, que nem mesmo após os eventuais esclarecimentos
será possível a valoração da prova pelo magistrado, que poderá, nesses casos, de
ofício ou a requerimento da parte, deferir a realização de uma nova perícia (art. 480
do CPC).
Não poderá funcionar o mesmo perito, uma vez que anteriormente lhe faltou conhecimentos
para suprir as necessidades do juízo (art. 468, I, do CPC), posto que não conseguiu realizar
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Quanto aos assistentes técnicos que laboraram na perícia anterior, eles poderão funcionar
na perícia nova a ser realizada.
Nos termos do art. 480, § 3o, do CPC, “a segunda perícia não substituirá a primeira,
cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra”.
Essa valoração virá apenas nos casos em que os vícios da perícia anterior sejam sanáveis,
já que, se o trabalho for considerado nulo, a hipótese lançada é que a segunda perícia
certamente substituirá a primeira. Nesses casos, a devolução e/ou não pagamento dos
honorários ao perito anterior será certa.
A finalidade da perícia tem por escopo a elucidação das questões técnicas ou científicas
pelo perito judicial especializado, incumbido a este exercer o encargo escrupulosamente,
a teor do art. 466 do CPC, o que significa atuar com zelo, cautela, diligência, observando
a boa técnica e a matéria posta em debate, devendo o laudo pericial ser redigido
em linguagem simples e plenamente fundamentado, com respostas conclusivas a
todos os quesitos, devendo constar os esclarecimentos necessários relativos ao objeto
da perícia.
Consequentemente, se o objetivo da perícia não foi atingido, esta não poderá ser considerada
válida, sendo de rigor ocorrer, a determinação de nova perícia em complementação ou
substituição.
Essa escolha deverá ser feita por meio de requerimento das partes, desde que plenamente
capazes e somente nas causas que admitem autocomposição, a teor do disposto no art.
471 CPC:
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UNIDADE III | A Prova Pericial
O trabalho pericial será realizado em local e data previamente agendados, tendo o perito
que apresentar seu laudo no prazo fixado pelo juiz, assim como deverão fazer também
os assistentes técnicos com seus pareceres (art. 471, § 2o, do CPC).
A perícia consensual substituirá, para todos os efeitos legais, a perícia que se realizaria
caso um expert fosse nomeado pelo magistrado (art. 471, § 3o, do CPC).
Existe a possibilidade legal de dispensa da prova pericial pelo juiz, ocorrendo nos casos
em que as partes apresentem, sobre a questão controvertida, pareceres técnicos ou
documentos elucidativos que o juiz entender como suficientes, conforme dispõe o art.
472 do CPC:
"O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na
contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos
ou documentos elucidativos que considerar suficientes."
Tal dispensa da prova pericial é pouco utilizada na prática, uma vez que, como se trata
de pareceres técnicos levados aos autos como prova unilateral, por perito que não é
de confiança do juízo, será facilmente impugnado pela parte adversa, ocasião em que
certamente será realizada a perícia com perito de confiança do juízo.
Porém, de bom alvitre dizer que um Parecer Técnico bem elaborado, juntado à Inicial
ou defesa, certamente contribuirá para que a parte corrobore os argumentos expendidos
em sua peça, dando uma maior credibilidade aos fatos.
Para que o perito judicial possa ter acesso a documentos da parte junto aos órgãos
e repartições públicas bem como empresas, bancos ou cartórios, é necessária uma
determinação judicial para tanto.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Muito embora esteja disposto em legislação específica que o perito pode “valer-se de todos
os meios necessários” para o desempenho de sua função, certo dizer que, na prática, os
órgãos e repartições públicas, bem como empresas, bancos e ainda cartórios, somente
liberarão documentações da parte periciada, com a apresentação de um ofício do juízo.
Poderão as partes, ainda, indicar mais de um assistente técnico para cada área de
especialidade e formular quesitos específicos para cada perito responder.
É importante dizer que os quesitos a serem respondidos pelo perito, a fim de esclarecimentos,
em audiência, serão previamente colacionados aos autos, para que possa, então, tomar
ciência e elaborar sua fundamentação oral.
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CAPÍTULO 2
LAUDO PERICIAL
O laudo pericial é peça técnica da lavra do perito expert que se pronunciará sobre as
questões submetidas à sua apreciação, de forma bastante clara e objetiva, com a finalidade
precípua de esclarecer o ponto controvertido da lide.
O magistrado, para formar seu convencimento, não está limitado ao laudo pericial,
podendo formar a sua convicção com outros elementos ou provas constantes dos autos,
podendo, inclusive, acatar os esclarecimentos manifestados no Parecer Técnico do
Assistente Técnico indicado nos autos, sendo o juiz livre para apreciar as provas constantes
dos autos, dando-lhes a valoração que entender devida
Estrutura
O art. 473 do CPC dispõe sobre a estruturação do laudo pericial, exigindo que o perito
judicial apresente:
Não existe um modelo padrão para o Laudo Pericial, porém existem formalidades que
compõem a sua estrutura e que devem ser observadas.
a. abertura:
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A Prova Pericial | UNIDADE III
› endereçamento ao juízo;
› no do processo, se houver;
b. Considerações iniciais
› metodologia utilizada;
› diligências realizadas.
Considerações finais:
e. Quesitos – Respostas:
f. Encerramento do laudo:
› local e data;
g. Anexos:
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Requisitos
O laudo pericial precisa esclarecer o ponto controvertido da demanda, ser elaborado
com toda capacidade técnica, de forma isenta, para que possa, assim, elucidar a questão
para que tenha o juiz a capacidade de julgar o pleito de forma eficaz.
O laudo pericial precisa ser escrito de forma clara e objetiva, evitando-se o prolixo e
termos científicos, em que o perito consignará as sínteses do objeto da perícia, os estudos,
a metodologia utilizada, as observações e diligências realizadas, bem como os critérios
adotados, resultados fundamentados, resposta aos quesitos e, finalmente, conclusões,
sendo o perito o único responsável pela preparação e redação do laudo, ainda que tenha
se valido de outro expert para o auxílio no encargo.
Como dito, poderá o perito se valer, na elaboração do seu trabalho pericial, de auxiliares
que operarão sob sua permanente orientação e supervisão, sendo importante saber
que não poderá ser imputada qualquer falha ou erro ao então auxiliar, uma vez ser
o perito judicial nomeado o único responsável, já que a nomeação recaiu somente a
sua pessoa.
A fim de garantir um bom trabalho pericial, o laudo pericial deve ser elaborado com:
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A Prova Pericial | UNIDADE III
A atenta e indispensável leitura dos autos para que se entenda sobre o ponto controvertido
é de fundamental importância para o perito judicial, pois esse é o ponto central da
perícia, que deverá ser realizada com o objetivo de esclarecer as partes e o juízo sobre
a matéria discutida.
Atente-se que o art. 473, IV, do Código de Processo Civil expressamente dispõe que o
perito deve dar “respostas conclusivas”, não sendo admitidos quesitos com respostas
sem fundamentação.
Pode ser apresentado durante a diligência, ocasião que o perito decidirá se responderá
no ato ou quando da entrega do Laudo Pericial ou, ainda, em Audiência de Instrução
e Julgamento.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Porém, havendo justo motivo, o perito poderá requerer ao juiz, uma única vez, a
prorrogação do prazo para entrega do laudo, o que não excederá a metade do prazo
originariamente assinado, na forma do art. 476 do CPC.
Havendo divergências ou dúvidas do juízo e das partes, ou, ainda, se houver pontos
divergentes entre os pareceres técnicos e o laudo pericial, o perito judicial será intimado
para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, apresentar os devidos esclarecimentos em
linguagem simples e com a devida fundamentação, na forma do art. 477, § 2o, do CPC.
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CAPÍTULO 3
ÉTICA PROFISSIONAL E A RESPONSABILIDADE CIVIL
E CRIMINAL DO PERITO JUDICIAL
O presente tema foi abordado por esta Professora, em trabalho publicado no site Jusbrasil.
Na busca pela verdade, perseguindo a prova, deve basear seu trabalho amparado no
senso crítico, de forma perspicaz, devendo observar criteriosamente todos os fatos e
dados ao seu alcance.
Deve ainda manter sua independência em qualquer circunstância, ou seja, não aceitar
pressão de advogados ou assistentes técnicos de uma parte ou de outra querendo interferir
no trabalho, devendo, assim, rejeitar qualquer tipo de pressão, vinda de qualquer parte,
mantendo-se, assim, independente na execução de seu trabalho, para evitar ingerências
que possam ocasionar ou induzir ao erro.
Em termos legais, o art. 466 do CPC apresenta a forma de conduta e do perito. Vejamos:
atuação
Art. 466 do CPC/2015: O perito cumprirá escrupulosamente o encargo
que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.
Em tal dispositivo, analisando a frase “escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido”,
podemos dizer que temos um conceito bastante amplo no âmbito da subjetividade, posto
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Dessa forma, a responsabilidade que representa a opinião do perito é algo que não só
se limita à qualidade do seu trabalho, indo muito além. Nesse sentido, temos que os
deveres do perito exigem um comportamento ilibado, exemplar, sincero e honesto,
sempre com boa técnica, respeito às legislações, muita cautela e responsabilidade na
execução do seu laudo pericial.
A atividade pericial é fundamental no processo judicial, tanto para a análise do fato alegado
quanto para, principalmente, o convencimento do juízo que não detém de conhecimentos
específicos sobre determinada matéria técnica. Tem o condão de convencer e revelar a
verdade dos fatos, sendo, por isso, imprescindível que o perito haja nos limites de sua
competência, atuando com toda diligência, cautela e de forma isenta.
Dispõe ainda o art. 156 do CPC, relativo ao trabalho do perito perante o juízo:
Concluindo sobre ética, em uma apertada síntese, temos os seguintes pontos que devem
nortear o trabalho dos peritos:
c. Sigilo profissional: deve ser assegurado o sigilo sobre tudo o que for analisado
durante a execução do trabalho, sendo proibida a sua divulgação, salvo, claro,
quando houver obrigação legal de fazê-lo. Somente sendo permitido em defesa
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A Prova Pericial | UNIDADE III
da sua conduta técnica profissional, podendo, para esse fim, requerer autorização
a quem de direito.
d. Probidade: deve o perito atuar com lisura, integridade, zelo e honestidade, sempre
na busca do justo e do bom direito
e. Zelo, cuidado e cautela: deve o perito cumprir com cautela e dedicação o encargo
que lhe for confiado, atendendo ao cumprimento de prazos e às prerrogativas
profissionais no exercício de sua função
Como já foi bem falado sobre ética e sua essência, vale fazermos uma análise do atuar
do perito desde sua nomeação, porque é a partir desse primeiro momento (quando é
nomeado nos autos) que o perito já encara o contato com seu proceder ético.
O perito, de imediato à sua nomeação, antes mesmo de arbitrar seus honorários, deve
analisar os autos para ver se não há nenhuma causa de impedimento ou suspeição para
o exercício daquela função, bem como avaliar se está capacitado para bem desempenhar
aquele trabalho, pois, caso exista alguma impossibilidade, deve informar ao juízo e
recusar-se à nomeação. Isso é atuar com ética.
A partir daí, desenvolver seu trabalho com toda a probidade possível, mantendo-se
sempre fiel a todos os ditames legais e técnicos.
Há de ser ressaltado que todo o atuar ético atribuído ao perito judicial deve ser também
atribuído ao Assistente Técnico, pois ambos possuem a obrigação de atuar com ética
e respeito a todos os ditames legais, pois ambos exercem seus trabalhos de extrema
relevância ao Poder Judiciário, embora o assistente técnico seja de confiança, apenas,
da parte, e não do juízo.
Uma observação importante a ser feita é que, como já bem dito, para a responsabilização
do perito ou órgão técnico e científico, basta ficar caracterizada a culpa pela imprudência,
negligência ou imperícia, não sendo necessária a demonstração da intenção de prejudicar
uma das partes.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Resumindo, então, essa punição do perito poderá vir nas diferentes esferas da
responsabilidade, vejamos:
Falsa perícia
Segundo Telles (2004, p. 497), a falsa perícia é um crime doloso, afirmando ser
“indispensável que o agente esteja consciente da falsidade da afirmação que fez
ou da verdade que nega ou cala e atuar com vontade livre de cometer falsidade.
Necessário, portanto, que ele tenha perfeita consciência de que falta com a verdade”.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
As atividades periciais, nesse contexto, estão regradas por uma série de deveres que, se
agredidos e desrespeitados pelo perito tanto culposa quanto dolosamente, acarretará
abertura às responsabilidades e sanções correspondentes.
DOLO CULPA
Art. 18, I, do Código Penal Art. 18, II, do Código Penal
Age com dolo aquele que quer cometer um delito ou assume o Age com culpa aquele que comete o crime por negligência,
risco de cometê-lo imprudência ou imperícia
Conduta pode ser de agir ou deixar de agir. É uma conduta Conduta voluntária, mas que gera um dano involuntário, através
intencional, voluntária e com objetivo de atingir certo resultado da conduta descuidada
*Culpa inconsciente – O agente não prevê o resultado danoso,
apensar de ser algo previsível
O agente comete o ato ilícito por vontade própria
*Culpa consciente – o agente prevê que o resultado danoso é
possível, mas acredita que não irá acontecer
Requisitos: prática do ato; vontade de causar dano; dano Requisitos: prática do ato, NÃO vontade de causar dano; dano
consumado consumado
Fonte: elaborada pela autora (2021).
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UNIDADE III | A Prova Pericial
culposa do crime. No que condiz com o laudo pericial, podemos dizer que é aquele
laudo confeccionado sem suporte em regras técnicas e racionais, sem estudo
diligente do caso, feito com descuido, desamparado por legislação específica
pertinente. Por isso, o perito precisa agir com toda cautela ao elaborar seu laudo
pericial, esquivando-se de assumir o risco de concretizar as condutas culposas na
espécie, quais sejam: negligência, imprudência ou imperícia, na confecção de seu
trabalho.
Tipo doloso – Falando sobre a elaboração de laudo com dolo, é certo dizer que, mesmo
que o perito não tenha agido de forma deliberada, com o intuito de cometer o crime, mas
agiu com clara consciência de que a sua conduta seria de considerável risco a qualquer
uma das partes, será tipificado no crime doloso. É preciso que o documento seja total
ou parcialmente falso ou enganoso, por ação ou omissão, ou seja, não correspondendo
à verdade ou buscando induzir alguém a erro.
E aqui não podemos deixar de falar que o crime doloso é uma agravante de pena.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando
as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo
os limites do indispensável para a remoção do perigo.
» caso fortuito entende-se por aqueles eventos que independem das partes
envolvidas no dano ou que sejam imprevisíveis, como guerras, greves, rebeliões;
» força maior, relacionada a eventos naturais que, ainda que previsíveis, são
inevitáveis (enchentes, terremotos);
» fato de terceiro, ocorre quando o fato foi cometido por terceiro, rompendo o
nexo causal.
A responsabilização civil do perito pode ser promovida por uma ação de indenização
por danos materiais e morais, sendo imprescindível para o dever de reparação, que haja
provado o efetivo dano e o nexo causal.
Tratando das responsabilidades, temos aqui a diferenciação básica entre as duas esferas para
breve melhor compreensão àqueles que não são da área do direito. Vejamos as diferenças:
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Com base no caput desse artigo, temos listadas três condutas que levam à possibilidade
de uma punição, intitulada como crime de falso testemunho ou falsa perícia:
» negar: ocorre quando se sabe a verdade, mas nega-se que não se sabe.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Temos que a penalidade prevista no caput do artigo pode ser majorada em três situações:
Entende-se por suborno o oferecimento de vantagem para obtenção de algo ilícito. Essa
vantagem, não necessariamente é em valor pecuniário, podendo ser vantagem moral,
sexual, um privilégio, um lucro, um benefício.
Pela leitura do art. 342, temos que, caso o sujeito se retrate ou declare a verdade, antes
da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o fato deixa de ser punível, ou seja,
não poderá ser responsabilizado penalmente.
Mas nada impede que haja a responsabilização na esfera civil, uma vez que as esferas
são independentes, como dispõe o art. 935 do Código Civil:
A retratação, para o direito, significa voltar atrás na afirmação prestada, dizendo a verdade.
Percebam ainda que a retratação deve ser feita antes da sentença do processo em
que houve a mentira, e não naquele processo em que o agente está respondendo pela
mentira.
Observação: tanto o crime de falso testemunho quanto o crime de falsa perícia são crimes
dolosos. Vale aqui comentar que, para a caracterização do crime, a afirmação falsa tem
que ser relevante, sendo capaz de influir no mérito da causa.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei
n. 10.268, de 2001)
O art. 343 do CP trata do crime de corrupção ativa especial, pois atenta contra a
administração da justiça, porque a corrupção aqui é voltada para a testemunha e os
auxiliares da justiça (perito, contador, tradutor ou intérprete).
O delito desse artigo exige, para sua configuração, o dolo específico, consistente
na vontade conscientemente dirigida à prática de qualquer das ações indicadas no
dispositivo legal.
Baseado no caput desse artigo, temos listadas três condutas que levam à possibilidade de
uma punição, intitulada como crime de corrupção ativa. E quais são essas condutas? Dar,
oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem (patrimonial ou moral).
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa! Assim, quem dá, oferece, promete, dinheiro
ou qualquer outra vantagem de ordem moral ou patrimonial com o objetivo de fazer
com que a testemunha, perito, intérprete, tradutor ou contador, faça afirmação falsa,
negue ou cale a verdade, em depoimento, perícia, cálculo, tradução ou interpretação,
responderá pelo crime do art. 343 do CP, ou seja, crime de corrupção ativa de testemunha
ou perito.
Observação: o delito tipificado no art. 343 do Código Penal exige que, no momento da
conduta típica, o destinatário da vantagem (aquele que recebe a vantagem) ostente a
condição de testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Por esse artigo, temos um dolo, qual seja, a vontade de praticar uma das condutas
previstas no tipo (dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem) cuja finalidade
específica (dolo específico) é o de determinar a prática de falso testemunho ou falsa
perícia (fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, tradução
ou interpretação).
O legislador deixou bem claro essa finalidade específica: “para fazer afirmação falsa,
negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação”.
Nesse crime em espécie, o agente poderá ser punido com pena privativa de liberdade
e multa, podendo essa penalidade ser majorada caso o crime seja cometido com o fim
de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou civil em que for parte
entidade da administração pública direta ou indireta.
Tabela 5. Crime de Falso Testemunho ou Falsa Perícia x Crime de Corrupção Ativa de Testemunha
ou Perito.
Crime de falso testemunho ou falsa perícia Crime de corrupção ativa de testemunha ou perito
Art. 342 CP Art. 343
Sujeito ativo: testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete Sujeito ativo: qualquer pessoa (que pratica o ato)
Conduta: dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra
Conduta: fazer afirmação falsa, calar ou negar a verdade
vantagem
Consumação: no momento da prática do ato (quando o sujeito dá,
Consumação: no momento da prática do ato (momento em que
oferece ou promete dinheiro ou vantagem), independentemente
o sujeito faz afirmação falsa, cala ou nega a verdade
de qualquer resultado e ainda que não aceita
Crime doloso = finalidade específica dirigida a prejudicar/
Crime doloso = finalidade específica de influir no mérito da causa
condenar
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Crime de falso testemunho ou falsa perícia Crime de corrupção ativa de testemunha ou perito
Art. 342 CP Art. 343
A maioria da doutrina não admite a forma tentada, pois entendem
É possível modalidade tentada (na forma escrita)
ser o ato unissubsistente (aquele que é realizado por ato único
Admite retratação, desde que ANTES da sentença -
Fonte: elaborada pela autora (2021).
É aquele crime cometido por particular contra a administração e tem suas regras definidas
no art. 333 do Código Penal Brasileiro.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, inclusive funcionário público, quando não
estiver no exercício da função.
A corrupção ativa somente pode ocorrer anteriormente à prática do ato, já que a vantagem
deve ser entregue como motivo determinante da prática do ato ou de seu retardamento
ou omissão pelo funcionário público.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
› caso o funcionário público aceite aquilo que foi prometido, responderá pelo
crime de corrupção passiva.
Nos casos em que há um aceite por parte do funcionário público e este pratique, omita
ou retarde o ato de ofício em razão da vantagem ou promessa, haverá um aumento de
pena, na forma do parágrafo único do art. 333 (a omissão ou o retardo do ato infringindo
dever funcional não representa mero exaurimento da conduta, mas sim uma causa de
aumento de pena).
O sujeito ativo desse crime é o funcionário público, sendo exigido desse vínculo
funcional.
A vantagem indevida tem que decorrer vinculada com a função do funcionário público,
não basta o sujeito ativo ser funcionário público, ele tem que buscar essa vantagem
indevida, essa propina, valendo-se da função pública.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
Nos verbos solicitar e aceitar – basta que o sujeito ativo pratique a conduta, que o
crime já vai estar consumado, pouco interessa se ele vai receber ou não essa propina.
Ensina Rogério Greco (2014, p. 454) que tais fatos simplesmente “poderiam ser excluídos
pela ausência de dolo, pois, nesses casos, não se poderia falar em verdadeira corrupção,
mas, sim, em agrados, gentilezas, política do bom relacionamento, mesmo que não
tão sinceras quanto pareça”. A razoabilidade e o bom senso são fundamentais em tais
situações.
Observação 1: Se, a pessoa que está pedindo a vantagem for uma testemunha, perito
não oficial, tradutor, ou intérprete em processo judicial, temos um crime específico, que
é o crime de falso testemunho ou falsa perícia (art. 342 do CP).
Observação 2: não necessariamente a vantagem precisa ser econômica, pode ser moral,
sexual ou outro tipo de vantagem.
E o Particular? Não pode ser sujeito ativo, mas pode ser coautor ou partícipe, desde que
tenha ciência de que o sujeito ativo é um funcionário público.
Já nas causas de diminuição da pena (privilégio), temos o § 2o do art. 317 do CP, que trata
da corrupção passiva privilegiada, e aqui, não se fala em vantagem ilícita, em propina,
não há um favorecimento pessoal do funcionário público. Aqui, há o coleguismo para
ajudar a terceiro. Nesse caso, a pena será minorada.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Assim, o assistente técnico é contratado pela parte para representá-la na perícia, sendo
pessoa de sua confiança e não do juízo.
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A Prova Pericial | UNIDADE III
A resposta é sim. Tanto o perito do juízo quanto o assistente técnico têm a obrigação
de atuar com lisura e honestidade no processo para que não incorram nas sanções civil
e criminal.
O assistente técnico será solidariamente responsável com seu cliente, se produzir laudo
pericial visando interpor ação temerária, desde que com aquele coligado para lesar a
parte contrária, o que deverá ser apurado em ação própria.
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UNIDADE III | A Prova Pericial
Pelo crime de falsa perícia não responde porque ele não é perito. A depender do caso
concreto, o assistente pode responder por falsidade ideológica (inserir informações
falsas em seu laudo).
Atenção: uma coisa é quando se emite uma opinião diversa da perícia (exemplo:
entendimento que a vítima caiu, ao passo que a perícia concluiu que foi jogada), o que
não configura crime algum.
Se, por acaso, o assistente insere informações falsas ou ainda omite informações, aí é o
caso de concluir pela falsidade ideológica.
» inserir = o próprio agente que com as próprias mãos insere a informação mentirosa.
» fazer inserir = criminoso se utiliza de terceira pessoa para fazer inserir informação
mentirosa.
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REFERÊNCIAS
BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Sinopses Jurídicas. Teoria geral do processo e processo
de conhecimento. 8. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
DIDIER Jr., Fredier. Curso de direito processual civil. [S.l]: Editora Podivm, [s.d.].
GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 8. ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2010.
GRECO, Rogério. Curso de direto penal – Parte Especial – Vol. IV. São Paulo. Impetus, 10. ed.
2014, p. 454.
TELLES, Ney Moura. Direito penal. Parte Especial. v. 3. São Paulo: Atlas, 2004.
VELHO, Jesus Antonio; GEISER, Gustavo Caminoto; ESPINDULA, Alberi. Ciências forenses:
uma introdução às principais áreas da criminalística moderna. 2. ed. São Paulo: Ed. Millennium,
2013.
Sites
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Lei 11.419/2006 - Dispõe sobre a informatização do processo judicial. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11419.htm. Acesso em: 27 out. 2021.
STF afasta artigos da reforma trabalhista que alteram acesso à justiça gratuita. Disponível em: http://
portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5250582. Acesso em: 27 out. 2021.
35
Referências
https://www.tjro.jus.br/noticias-pje/item/4565-cnj-divulga-beneficios-do-processo-judicial-eletronico-
pje. Acesso em: 27 out. 2021.
STF afasta artigos da reforma trabalhista que alteram acesso à justiça gratuita - https://www.jota.info/stf/
do-supremo/stf-afasta-artigos-da-reforma-trabalhista-que-alteram-acesso-a-justica-gratuita-20102021.
Acesso em: 26 out. 2021.
Institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico. Resolução 185/ 2013. Disponível em: https://atos.
cnj.jus.br/atos/detalhar/1933#:~:text=Institui%20o%20Sistema%20Processo%20Judicial,para%20
sua%20implementa%C3%A7%C3%A3o%20e%20funcionamento.&text=DJE%2FCNJ%20n%C2%B0%20
241,%2F12%2F2013%2C%20p. Acesso em: 31 out. 2021.
Resolução 281/2019. Altera a Resolução CNJ 185/2013 para instituir a opção de assinatura de documentos
e registro do ato processual em meio eletrônico no sistema do Processo Judicial Eletrônico. Disponível
em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/atos-normativos?documento=2880 . Acesso em: 31 out. 2021.
Imagens
Assinatura digital x assinatura eletrônica. Fonte: disponível em: https://www.eng.com.br/artigo.
cfm?id=7414&legislacao-sobre-assinaturas-eletronicas-o-que-mudou. Acesso em 31 out. 2021.
Tabela 1. Responsabilidade pelo Pagamento dos Honorários Periciais. Fonte: elaborada pela autora (2021).
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Referências
Tabela 2. Perito Judicial x Assistente Técnico. Fonte: elaborada pela autora (2021).
Tabela 4. Responsabilidade Civil x Responsabilidade Criminal. Fonte: elaborada pela autora (2021).
Tabela 5. Crime de Falso Testemunho ou Falsa Perícia x Crime de Corrupção Ativa de Testemunha ou
Perito. Fonte: elaborada pela autora (2021).
Tabela 6. Corrupção Ativa x Corrupção Passiva x Crime de Concussão. Fonte: elaborada pela autora (2021).
Tabela 8. Artigos Importantes para os Peritos e Assistentes Técnicos. Fonte: elaborada pela autora (2021).
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APÊNDICES E ANEXOS
Artigo Prazo
Pagamento dos Honorários do Perito se perícia requerida pela Fazenda Pública,
Art. 91
Ministério Público ou Defensoria Pública
Art. 95 Pagamento dos Honorários do Perito de forma adiantada
Pagamento dos Honorários do Perito quando parte é beneficiária da Gratuidade
Art. 95
de Justiça
Art. 98 Gratuidade de justiça
Art. 98, § 1o, Inc. VI Gratuidade de justiça. Atuação perito
Art. 144 e 156, § 4o. Impedimento
Art. 145 Suspeição
Art. 148, Inc. II Aplicação impedimento/suspeição aos auxiliares de justiça
Art. 149 Auxiliares da justiça
Art. 156 Perito
Art. 156, § 1o Nomeação do perito
Art. 156, § 2o Cadastro de peritos
Art. 156, § 3o Avaliação de peritos
Art. 156, § 5o Nomeação livre pelo juiz
Art. 157, caput Obrigação do perito
Art. 157, § 1o Prazo para recusa de nomeação 15 dias
Art. 157, § 2o Lista de peritos por varas
Art. 157, § 2o Nomeação equitativa
Art. 158, caput Sanção contra perito
Art. 193, caput Processo eletrônico
Art. 218, caput Prazo processual
Art. 218, § 1o Prazo estipulado pelo juiz
Cumprimento de ato processual pelas partes, inclusive, perito, sem prazo
Art. 218, § 3o 5 dias
estipulado pelo juiz ou preceito legal
Art. 219, caput Contagem de prazo em dias úteis
Art. 220 Suspensão de prazo geral
Art. 220, § 1o. Não suspensão de prazo para perito
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Apêndices e Anexos
Artigo Prazo
Art. 224, caput Contagem Inicial e final do prazo
Art. 357, § 8o Determinação de prova pericial
Art. 464, caput Prova pericial
Art. 464, caput Exame, vistoria, avaliação
Art. 464, § 1o Indeferimento de perícia
Art. 464, § 2o Prova técnica simplificada
Art. 464, 3o e 4o Arguição de perito
Art. 465, caput Nomeação do perito
Art. 465, § 1o Prazo intimação partes sobre nomeação
Art. 465, § 1o, inc. II Indicação de assistente técnico
Art. 465, § 1o, inc. III Prazo para as partes apresentarem quesitos
Art. 465, § 2o, inc. I Prazo para perito apresentar proposta de honorários 5 dias
Art. 465, § 2o, inc. II Prazo para perito apresentar currículo 5 dias
Art. 465, § 3o Prazo partes se manifestarem sobre proposta de honorários 5 dias
Art. 465, § 4o Adiantamento de honorários
Art. 465, § 5o Redução de honorários
Art. 466 Perito e cumprimento do encargo que lhe foi cometido
Art. 466, § 1o Assistente técnico
Art. 466, § 2o Comunicação sobre data diligência ao assistente técnico Mínimo 5 dias
Art. 467, caput Escusa ou recusa do perito por impedimento ou suspeição
Art. 467, parágrafo único Nomeação de novo perito por conta da escusa ou recusa do anterior nomeado
Art. 468 Possibilidades de substituição do perito
Art. 468, inciso I Por Falta de conhecimento do perito
Art. 468, inciso II Quando não cumpre encargo no prazo determinado
Art. 468, § 1o Multa em face do perito que não cumpre encargo no prazo determinado
Art. 468, § 2o Devolução de honorários pelo perito substituído 15 dias
Art. 469 Quesitos durante diligência
Art. 470, inciso I Indeferimento de quesitos impertinentes pelo juiz
Art. 470, inciso II Quesitos formulados pelo juiz
Art. 471 Escolha do perito de comum acordo entre as partes
Art. 471, § 2o Entrega do laudo pelo perito e assistente técnico em prazo fixado pelo juiz
Art. 473 e incisos Requisitos laudo pericial
Art. 473, § 2o Proibição opinião pessoal do perito
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Apêndices e Anexos
Artigo Prazo
Desempenho da função do perito, podendo valer-se de todos os meios
Art. 473, § 3o
necessários para a diligência
Art. 474 Data e local da diligência
Art. 475 Nomeação de mais de 1 perito
Art. 476 Prorrogação para apresentar laudo
Fixado pelo
juiz ou até 20
Art. 477, caput Prazo para entrega do laudo
dias antes da
AIJ
Art. 477, § 1o Prazo para partes se manifestarem sobre laudo 15 dias
Art. 477, § 2o Prazo para perito esclarecer pontos de seu laudo apresentados na Impugnação 15 dias
Art. 477, § 3o Requerimento de comparecimento de Perito e assistente técnico em audiência
Art. 477, § 4o Intimação perito ou assistente técnico para comparecimento à audiência Mínimo 10 dias
Art. 480 e §§ Nova perícia por culpa do perito
Fonte: elaborada pela autora (2021).
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