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MKT-MDL-05

Versão 00

Tópicos Integradores
Aula 04: Máquinas de Fluxo: Diagrama de
Velocidade
Profa. Tathiane Caminha Andrade
Diagrama de Velocidade

• Uma máquina de fluxo hidráulica é composta basicamente de


duas partes de constituição simétrica, uma fixa (n=0) e outra
móvel (n≠0).
• A parte fixa é composta pelo sistema diretor, por aletas
ajustáveis, o pré-distribuidor, injetores e tubo de sucção. Nestes
órgãos fixos poderá ocorrer a transformação de energia de
pressão em energia de velocidade ou energia de velocidade em
energia de pressão, conforme seu formato (injetor ou difusor).
Diagrama de Velocidade

• A parte móvel da
máquina é formada
apenas pelo rotor,
composto das pás, cubo
e coroa. Este é o
principal órgão da
máquina, responsável
pela transformação de
energia hidráulica em
energia mecânica ou
vice-versa.
Diagrama de Velocidade

• As máquinas são projetadas de modo que, na condição de


projeto, o fluido move-se suavemente (sem perturbações)
através das pás.
• Na situação idealizada para a velocidade de projeto, o
escoamento relativo supõe-se que o rotor entra e sai tangente ao
perfil da pá em cada seção.
• Para velocidades diferentes da velocidade de projeto, o fluido
pode sofrer impacto com as pás na entrada, na saída em um
ângulo relativo à pá, ou pode haver separação significativa no
escoamento, levando a uma redução na eficiência da máquina.
Diagrama de Velocidade

• Então, é importante definir as componentes da velocidade do


fluido e do rotor nas seções de entrada e de saída. Para este fim,
é útil desenvolver os diagramas de velocidade (ou polígonos de
velocidade ou, ainda, triângulo de velocidade)

• Antes disso, precisamos relembrar os conceitos de velocidade


absoluta e velocidade relativa.
Velocidades Absoluta x Relativa

Velocidades
absoluta:
Flash: 10 m/s
Sonic: 5m/s

Velocidade Relativa:
5 m/s
Velocidades Absoluta x Relativa

• Velocidade Relativa

• É o movimento da partícula percebido por um observador


movendo-se com o rotor. Neste caso a trajetória (relativa) da
partícula acompanha o perfil da pá, como se o rotor estivesse
parado (em repouso) e o fluido escoando através dos canais
formados pelas pás. A velocidade tangente a esta trajetória é
conhecida por velocidade relativa e será representada por “w”.
Velocidades Absoluta x Relativa

• Velocidade Absoluta

• É o movimento da partícula percebido por um observador


posicionado fora do rotor. A trajetória da partícula resulta da
composição de dois movimentos, um dentro dos canais do rotor e
outro de rotação do rotor. A velocidade tangente a esta
trajetória é denominada velocidade absoluta e será representado
por “c”.
Velocidades Absoluta x Relativa
Exercício de Velocidade Relativa

• A correnteza de um rio possui velocidade de 4m/s no sentido


indicado na figura abaixo. Um nadador percorrerá a diagonal AD
do quadrado ABCD em razão da composição de seu movimento
com o movimento da correnteza e, para isso, ele deve manter
uma velocidade constante de 3 m/s no sentido AB. Sendo assim,
determine o valor aproximado do tempo que será gasto pelo
nadador no percurso AD.
Velocidade Tangencial

• Como o rotor está em movimento de rotação, o fluido que escoa


através de seus canais acompanha esse movimento. É possível
obter a velocidade tangencial do fluido em cada ponto do rotor,
sabendo sua posição (diâmetro) e a rotação do rotor. A esta
velocidade é dada o nome de velocidade tangencial e
representada por “u”.
Diagrama de
Velocidade
Diagrama de Velocidade

: velocidade angular;
: velocidade da pá do rotor
(tangencial);
: distância radial medida a partir do
eixo da turbomáquina;
: velocidade absoluta do fluido;
: projeção do vetor V sobre o vetor
u;
: velocidade relativa da corrente
fluida
𝛂: ângulo formado pelos vetores
e;
𝛃: ângulo formado pelos vetores W
e –u (ângulo de inclinação das pás)
Diagrama de Velocidade

• A velocidade real do fluido (absoluta) é́ igual a soma vetorial da


velocidade relativa com a velocidade das pá́ s:
Diagrama de Velocidade

• A velocidade real do fluido (absoluta) é́ igual a soma vetorial da


velocidade relativa com a velocidade das pá́ s:
Diagrama de velocidade

• Os diagramas de velocidade de entrada e de saída fornecem todas


as informações necessárias para calcular o torque ou a potência
ideal, absorvida ou entregue pelo rotor.
• Os resultados representam o desempenho da turbomáquina sob
condições ideais no ponto de operação de projeto, desde que
tenhamos considerado:
• Torque desprezível devido às forças superficiais;
• Escoamento de entrada e de saída tangentes às pás;
• Escoamento uniforme na entrada e na saída
Diagrama de velocidade

• É importante notar que:


• Uma turbomáquina real não se comporta de modo a atender
todas estas considerações!
• Então, esta análise representa o limite superior do desempenho
de máquinas reais!
Diagrama de velocidade
Diagrama de velocidade

• Observe que esta vista é de topo, ou seja, é obtida olhando-se radialmente e


para o eixo do rotor.
• Observe que o movimento da pá é para baixo e que o escoamento que entra no
rotor é axial.
• O conceito mais importante mostrado neste esquema é que as pás do
ventilador (devido a sua forma e movimento) “empurram” o fluido e provocam
uma mudança na direção do escoamento. A direção do vetor velocidade
absoluta, V, não é a mesma nas seções (1) e (2). Inicialmente, o fluido não
apresenta componente de velocidade absoluta na direção do movimento da p á́,
a direção θ (ou tangencial (t)).
• Quando o fluido deixa a pá́ , a componente tangencial da velocidade absoluta
não é nula. Para que isto ocorra, a p á́ tem que empurrar o fluido na direção
tangencial. Isto é, a pá́ aplica uma força tangencial no fluido. Esta componente
tangencial da força e o movimento da p á́ apresentam mesma direção e sentido,
ou seja a pá́ realiza trabalho no fluido. Este dispositivo é uma bomba.
Diagrama de velocidade

• O moinho, ao invés de ser movido por


um motor, é movido pelo vento Nós
novamente observamos que as
velocidades absolutas nas seções (1) e
(2), V1 e V2, apresentam direções
diferentes. Lembre que isto só pode
ser provocado pela forma e
movimento das pás do moinho. Assim,
as pás têm que ser empurradas para
esquerda do fluido - o sentido oposto
ao sentido do movimento do fluido.
Deste modo, o fluido realiza um
trabalho nas pás. A extração de
energia do fluido é o objetivo de uma
turbina.

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