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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS


 
FACULDADES PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE
 
Rodovia: MG 482 km 03 B.Gigante Cons. Lafaiete MG Cep:36400-000.
 

UNIPAC - LAFAIETE
 
MÁQUINAS DE FLUXO
 
Sumário

• Introdução

• Classificação

• Campo de aplicações

• Grandezas fundamentais

• Bombas
1. Introdução
 
Afinal, onde estão instaladas as máquinas de fluxo?
As máquinas de fluxo estão nas indústrias militar, aeronáutica, aeroespacial,
automotiva, naval e de geração de energia com alta eficiência.

Atualmente existe a preocupação no grande aumento de consumo de energia


elétrica no Brasil (necessidade de expansão de hidrelétricas, termelétricas
com ciclo combinado e ciclo híbrido, eólica, energia nuclear, célula
combustível, micro geradores,...).
Máquina de Fluxo pode ser definida como um transformador de energia (sendo
necessariamente o trabalho mecânico uma das formas de energia) no qual o
meio operante é um fluido que, em sua passagem pela máquina, interage com
um elemento rotativo, não se encontrando, em qualquer instante, confinado.
Todas as máquinas de fluxo funcionam teoricamente, segundo os mesmos
princípios, o que traz a possibilidade de utilização do mesmo método de cálculo.
De fato, esta consideração é plenamente válida apenas quando o fluido de
trabalho é um fluido ideal, já que, na realidade, propriedades do fluido, tais como
volume específico e viscosidade, podem variar diferentemente de fluido para
fluido e, assim, influir consideravelmente nas características construtivas dos
diferentes tipos de máquinas.

Como exemplos de máquinas de fluxo, citam-se:

• as bombas;
• os ventiladores,
• as turbinas hidráulicas,
• as turbinas a vapor,
• os turbocompressores,
• as turbinas a gás.
Este capítulo, além de apresentar a definição e os elementos construtivos
fundamentais de uma máquina de fluxo, fornece alguns critérios de classificação
dessas máquinas, objetivando estabelecer uma linguagem comum para a sua
abordagem e proporcionar meios de identificação dos seus diferentes tipos.

Figura 1.1 – Classificação das máquinas de fluido (BRASIL, 2010, pg.21


Classificações:

Quanto ao tipo, as máquinas de fluido podem ser classificadas:

a) Quanto ao sentido da transmissão de energia, pode-se classifica-las como:

Geradora: a máquina transforma energia mecânica em energia de fluido


(bombas e ventiladores).

Motora: a máquina transforma energia de fluido em energia mecânica (turbina,


gerador eólico, moinho de vento e rodas d’água.
b) Quanto ao tipo de energia envolvido no processo pode-se classifica-las como:

Máquinas de deslocamento positivo:

nestes equipamentos uma quantidade fixa de fluido de trabalho é confinada durante sua
passagem através da máquina, sendo submetido a trocas de pressão em razão da variação
no volume do recipiente em que se encontra contido. O fluido tem que mudar seu estado
energético. Caso a máquina pare de funcionar, o fluido de trabalho permanecerá no seu
interior indefinidamente. Também chamada máquina estática. Nestas máquinas a energia
transferida é substancialmente de pressão, sendo muito pequena a energia cinética
transferida, podendo ser desprezada. Ex. máquinas rotativas) como a bomba de
engrenagens e máquinas alternativas) como o compressor de pistão. Dependendo dos
seus órgãosconstitutivos podem ser alternativas, rotativas e mistas.

Máquinas de Fluxo ou Turbomáquinas :

ou máquinas dinâmicas, o fluido não se encontra em momento algum confinado dentro da


carcaça da máquina, mas sim num fluxo continuo através dela, estando sujeito a variações
de energia devido aos efeitos dinâmicos da corrente fluida. Nestas máquinas o escoamento
do fluido é orientado por meio de lâminas ou aletas solidárias a um elemento rotativo
(rotor). A energia transferida é substancialmente cinética, através da variação da velocidade
do fluido entre as pás, desde a entrada até a saída do rotor, a baixa pressão ou baixos
diferenciais de pressão.
Ex: as turbinas hidráulicas e ventiladores centrífugos
c) Quanto a direção do escoamento do fluido:

Axiais:
escoamento predominantemente na direção do eixo. O fluido entra no rotor na direção axial e
sai também na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas alturas. A força
predominante é de sustentação.

Radiais:
escoamento predominante na direção radial. O fluido entra no rotor na direção axial e sai na
direção radial. Tem como característica o recalque de pequenas vazões a grandes alturas.
Sua força predominante é a centrífuga.

Mista ou diagonal:
escoamento predominantemente na direção diagonal, parte axial e parte radial
Tangencial:
escoamento predominantemente tangente ao rotor
d) Quanto a forma dos canais entre as pás do rotor:

Máquinas de Ação:

nesta máquina toda energia do fluido é transformada em energia cinética, antes da


transformação em trabalho mecânico processado pela máquina. A pressão do fluido, ao
atravessar o rotor, permanece constante. Um exemplo são as turbinas Pelton, onde um ou
mais bocais (separados do rotor)aceleram o fluido resultando em jatos livres (a pressão
atmosférica) de alta velocidade, que transferem movimento para o rotor. O rotor gira mesmo
sem estar cheio de fluido.
 
• Turbomáquinas de ação (motoras): turbinas Pelton (tangencial) e Michell (duplo efeito
radial).

• Turbomáquinas de ação (geradoras) : não existe aplicação prática


• Máquinas de Reação:

• nesta máquina tanto a energia cinética quanto a de pressão são transformadas


em trabalho mecânico e vice-versa. Parte da energia do fluido é transformada em
energia cinética antes da entrada do rotor, durante sua passagem por perfis
ajustáveis (distribuidor), e o restante da transformação ocorre no próprio rotor. A
pressão do fluido varia ao atravessar o rotor. O rotor fica preenchido pelo líquido.

• Turbomáquinas de reação (motoras): turbinas Francis (radial ou diagonal) ,


Kaplan e Hélice (axiais);

• Turbomáquinas de reação (geradoras): bombas e ventiladores (radiais,


diagonais e axiais)
e) Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção):

• Sucção Simples (entrada unilateral): há somente uma boca de sucção para entrada
do fluido.
• Dupla Sucção: fluido entra por duas bocas de sucção paralelamente ao eixo de
rotação. Como se fossem dois rotores simples montados em paralelo. Tem como
vantagem a possibilidade de proporcionar equilíbrio dos empuxos axiais, que
melhora o rendimento da bomba, eliminando a necessidade de rolamento de
grandes dimensões para suporte axial sobre o eixo.

f) Quanto ao número de rotores:


• Simples estágio: bomba só tem um único rotor dentro da carcaça. Pode-se
teoricamente projetar uma bomba de simples estágio para qualquer situação de
altura manométrica e de vazão, porém, dimensões excessivas e baixo rendimento
fazem com que os fabricantes a limitem a alturas manométricas de 100 [m].
• Múltiplo estágio: a bomba tem dois ou mais rotores associados em série dentro da
carcaça. Permite a elevação do líquido a grandes alturas (>100 [m]), sendo o rotor
radial o indicado para esta aplicação.
g) Quanto ao posicionamento do eixo:

• Eixo horizontal: é a forma construtiva mais comum.

• Eixo vertical: Usada por exemplo para extração de água de poços.

h) Quanto ao tipo de rotor:

• Aberto: para bombas de pequenas dimensões. Tem pequenas


dimensões, baixa resistência estrutural e baixo rendimento. Como vantagem
dificulta o entupimento, podendo ser usado para bombear líquidos sujos.

• Semi-aberto: tem apenas um disco, onde são fixadas as aletas.

• Fechado: usado para bombear líquidos limpos. Possui dois discos com as
palhetas fixadas em ambos. Evita a recirculação de água, ou seja, o retorno
da água à boca de sucção.
i) Quanto à posição do eixo da bomba em relação ao nível da água:

• Não afogada (sucção positiva): o eixo da bomba está acima do nível d’água
do reservatório de sucção.
• Afogada (sucção negativa): eixo da bomba está abaixo do nível d’água do
reservatório de sucção.
Para o caso de máquinas de fluido geradoras
trabalhando com líquidos (bombas) a situação é
parecida com a de compressores, havendo
predomínio de bombas centrífugas, de fluxo misto e
axiais (máquinas de fluxo) para região de médias e
grandes vazões, enquanto bombas alternativas e
rotativas (máquinas de deslocamento positivo)
dominam a faixa de médias e grandes alturas de
elevação e pequenas vazões.
Para efeito de nomenclatura, será denominado
ventilador (fan) uma máquina que trabalha com gás
onde a alteração da densidade entre a admissão e
descarga é tão pequena que o gás pode ser
considerado um fluido incompressível (diferenças de
pressão até 10kPa ou 1000 mmca).
O compressor (compressor) também trabalha com
gás, porém a alteração da densidade é significativa
e não pode ser desprezada. Pode-se denominar
ainda de soprador (blower) a máquina que trabalhe
numa faixa de diferença de pressão entre admissão
e descarga da ordem de 10 a 300 kPa (1000 a
30000 mmca). Vê-se ainda na Fig.1.12 que há
regiões de superposição de diferentes tipos de
bomba, isto faz com que outras características
devam ser analisadas para seleção da bomba,
como a viscosidade do líquido bombeado, a
presença de sólidos em suspensão, variação ou não
da vazão em função da variação da resistência do
sistema de escoamento, facilidade de manutenção,
custos e outros.
Para turbinas hidráulicas
(máquinas de fluxo motoras), a
Fig. 1.13 apresenta os campos
de aplicação, que leva em
consideração a altura de queda,
a vazão e a potência.
Neste caso também aparecem
regiões de sobreposição, e
neste caso deve-se levar em
consideração o custo do
gerador, o risco de cavitação,
custo de construção civil,
flexibilidade de operação,
facilidade de manutenção, e
outros.
As turbinas Michell-Banki, ou
turbinas Ossberger, são muito
usadas em micro e minicentrais
(abaixo de 1000 kW) devido a
sua facilidade de fabricação,
baixo custo e bom rendimento.
CAMPOS DE APLICAÇÃO

Existe uma ampla gama de máquinas


de fluido que podem ser aplicadas em
um espectro muito grande de
aplicações sendo difícil definir
exatamente onde estão as melhores
aplicações para os tipos de máquinas
existentes, sendo que em alguns casos
vários tipos delas podem ser usadas em
determinada aplicação.
O caso de ventiladores (fans) e
compressores (compressor) é um
exemplo.
Pode-se ver na Fig.1.11 a faixa de
utilização de cada um deles.
Verifica-se que os compressores
centrífugos e axiais dominam
aplicações de grandes vazões. Porém,
na faixa de pequenas e médias vazões
com elevadas relações de pressão
entre descarga e admissão, os
compressores alternativos de êmbolos
ou pistão são predominantes.
GRANDEZAS DE FUNCIONAMENTO

Neste capítulo trataremos de como calcular algumas grandezas de funcionamento importantes


relacionadas às máquinas hidráulicas geradoras e motoras.
Estas grandezas tem importância para o dimensionamento e estudo do comportamento das
máquinas hidráulicas.
Pode-se analisar seu funcionamento pelo estudo de três grandezas básicas, consideradas
como características fundamentais das máquinas hidráulicas:
H - Altura de queda ou elevação [mca]
Q - Vazão [m3 /s]
n - Rotação da máquina [RPM]
Além das grandezas fundamentais são importantes as grandezas derivadas, como a potência
hidráulica, potência eficaz, o rendimento total e outras que serão vistas adiante.

Normas:

Algumas organizações internacionais que trabalham com a descrição e definição de bombas


são:
• Hydraulics institute (HI) American petroleum institute
• (API) American society of mechanical engineers (
• ASME) American standards institute (ANSI)
BOMBAS

A bomba hidráulica é um equipamento utilizado para transmitir energia ao fluido.


Ela recebe energia mecânica e a cede ao fluido na forma de energia hidráulica.
Segundo Macyntire o fluido utiliza esta energia para executar trabalho,
representado pelo deslocamento de seu peso entre duas posições, vencendo as
resistências existentes neste percurso.

A seguir serão descritos alguns conceitos importantes para o trabalho com


bombas.
Altura estática de sucção/aspiração (Hgeos)

É a diferença de altura geométrica (cotas) entre o plano horizontal que


passa pelo centro da bomba (datum) e o da superfície livre do reservatório
de captação. Também conhecida por static suction head. Independe se o
reservatório de sucção é pressurizado ou não.

Das figuras (2.1) e (2.2): 1 H z geos ,


(2. 1) observe que na Fig.2.1 “z1>0” e
na Fig.2.2 “z1
Altura estática de recalque (Hgeor)

É a diferença de altura geométrica entre os níveis onde o líquido é abandonado e o


nível do centro da bomba. Também conhecida por static discharge head. Independe
se o reservatório de descarga é pressurizado ou não.
Das Figs. 2.1 e 2.2:

As figuras (2.2) e (2.3)


mostram duas
possibilidades de
configuração de
descarga e como tratar
a altura estática de
recalque em cada um
dos casos.
Altura estática de elevação ou altura geométrica (Hgeo)

É a diferença de altura entre os dois reservatórios. Se o tubo de descarga está


posicionado acima do nível do reservatório de descarga, então o desnível deve
referir-se à linha de centro do tubo de descarga (Fig. 2.3). Sua unidade é o metro.

usando os conceitos já mencionados anteriormente,


Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs)

É a quantidade de energia por unidade de peso existente no flange de sucção, no


ponto 2 das figuras (2.1) e (2.2). Também conhecido por total suction head.
Considerando este conceito, pode-se calcular de duas formas.

Na primeira toma-se a energia diretamente no ponto de sucção (com a instalação


em funcionamento) através da equação de Bernoulli,

Embora não se verifique na prática o


cumprimento das exigências para
aplicação do teorema de Bernoulli, este
conceito será utilizado por dar
resultados razoáveis dentro da precisão
para os problemas abordados.

Quanto ao termo “c2 /2g” deve-se recordar que foi obtido considerando “c” a
velocidade média e em sua 2 /2g)” existe um fator de correção (α ) coenficiente de
energia cinética, que deve ser considerado. Como os escoamentos tratados serão
basicamente turbulentos, este fator de correção assume valor unitário, sendo
então suprimido da equação da energia.
Segundo Kárman, para tubos de seção circular α = 1,0449
Então, para o ponto de sucção:

Como a referência é o centro da bomba, no ponto de sucção, z2=0, resulta,

A eq (2.4) é definida pelo Hydraulic Institute como energia total ou absoluta de


aspiração, sendo definida por “suction head” se tiver valor positivo e “suction lift”
(elevador de sucção), se tiver valor negativo. Considerando que a leitura de
pressão será feita no manômetro, deve-se ter em conta que existirá certa
divergência entre o valor lido no manômetro e o valor na tubulação, onde foi
aplicada a equação da energia, uma vez que há uma coluna de líquido de altura
“a” no tubo que leva ao manômetro. Pode-se representar esta diferença pela
relação:

onde “p” é o valor da pressão estática no escoamento e “pm” é a pressão no


manômetro.
Deve-se tomar cuidado especial pois “a” pode assumir valores positivos ou
negativos.
Tendo por base a figura (2.4), se o manômetro estiver acima do ponto de tomada
de pressão no tubo então a>0, e se estiver abaixo então a e se estiver abaixo
então a<0
Como caso particular, se o manômetro indicar pressão menor que a atmosférica,
ou seja, Pabs > Patm, então pode-se assumir “a=0”

Considerando usar o valor de “a” em módulo, pode-se escrever de forma


genérica:
sendo “+” se o manômetro estiver acima do tubo e “-“ se tiver abaixo. Usando a
eq.(2.5) em (2.4) resulta,

Outra forma de avaliar a altura manométrica de sucção é analisando a energia


disponível no reservatório de sucção e as perdas de energia, na forma de
perdas de carga, até a flange de sucção.
Avaliando inicialmente o caso da bomba afogada (Fig. 2.1):

sendo “Hpcs” a perda de carga na sucção e “E” a energia calculada pela


equação de Bernoulli:
Para cálculo da altura manométrica de sucção pode-se indicar alguns casos:

Caso 1: Bomba afogada e reservatório de sucção pressurizado.

Caso2: Bomba afogada e reservatório de sucção aberto para atmosfera


Caso 3: Bomba não afogada e reservatório de sucção aberto para atmosfera
Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (Hr)

Representa a energia por unidade de peso que a bomba deve entregar ao fluido
para que, partindo da saída da bomba, atinja a boca de saída da tubulação de
recalque ou a superfície livre no reservatório superior, atendendo as condições de
processo.
Da mesma forma que considerado para altura manométrica de sucção, a altura
manométrica de recalque pode ser calculada de duas formas. Na primeira
considerando a medida da energia na flange de recalque da bomba, ponto 3.
Neste caso, com a instalação funcionando, são lidos os parâmetros necessários
para sua determinação:

Outra forma de cálculo é considerando a energia do fluido no reservatório de


recalque, somando as perdas de carga que o fluido sofreu no percurso da flange
de recalque até tal reservatório, desta forma, fazendo a análise de energias entre
os pontos “3” e “4”, resulta:
Considerando alguns possíveis casos:

Caso 1: Reservatório de descarga pressurizado e acima do centro da bomba.

Caso 2: Reservatório de descarga aberto e acima do centro da bomba


Caso 3: Reservatório de descarga aberto, acima do centro da bomba com entrada
“afogada”

Caso 4: Descarga livre, acima do nível do reservatório


Caso 5: Descarga livre, acima do nível do reservatório

Caso 6: Descarga livre, abaixo do centro da bomba


Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H)
É a quantidade de energia por unidade de peso que deve ser absorvida pelo
fluido que atravessa a bomba.
Esta é a energia necessária para que o fluido vença o desnível da instalação
(altura geométrica), a diferença de pressão entre os reservatórios e a resistência
natural que as tubulações e acessórios oferecem ao escoamento do fluido (perda
de carga).
Considerando o escoamento mais geral de uma bomba na Fig.2.1, com o
escoamento indo de “1” para “4”, teremos três formas para definí-la.

A primeira forma seria fazendo uma análise das energias envolvidas:


E se os reservatórios forem grandes o suficiente, pode-se fazer c1=c4 0, e
E finalmente, a terceira forma de obtenção é aplicando a 1ª lei da termodinâmica a
um sistema, tem-se que:

Considerando que a Fig.2.14 representa o volume de controle, cuja fronteira


coincide com as delimitações físicas da máquina de fluxo (M.F.) e limitado pelas
seções de entrada (inlet), representado pelo índice “2” e descarga (discharge ou
outlet) representado pelo símbolo “3”, de uma máquina de fluido com regime
permanente e utilizando grandezas específicas (propriedades intensivas), tem-se:
Como entalpia é dada por:

Substituindo (2.35) em (2.36) tem-se:

Para bombas hidráulicas (hydraulic pumps), considerando:

• Transformação adiabática sem atrito (isentrópica) S2 =S3 2 ds =0


• Trabalho recebido pelo sistema é negativo (convenção termodinâmica)

Das considerações de bombas hidráulicas já apresentadas anteriormente (ds=0):

Substituindo (2.40) em (2.38):


Dividindo por “g” e aplicando a eq. (2. 5) e na eq.(2.41):
 
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Perda de Carga

A equação de Darcy-Weisbach é uma das equações mais antigas usadas na


mecânica dos fluidos. Ela tem por finalidade calcular a perda de carga em tubos
transportando fluidos, podendo estes ser líquido ou gás.
Conforme o fluido escoa ao longo do tubo a pressão diminui devido a fricção do fluido
com a parede do tubo. A equação de Darcy pode ser usada para calcular essa
diminuição da pressão.

onde:
h = perda de carga (pressão) por fricção,
f = fator de atrito de Darcy,
L = comprimento do tubo,
D = diâmetro interno do tubo,
V = velocidade média do escoamento,
g = aceleração da gravidade.
 
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Para isto é necessário que se conheça o numero de Reynolds (Re) é calculado


da seguinte forma:
 
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Rugosidade absoluta

K
 
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Comprimentos Equivalentes

A técnica consiste em adicionar ao comprimento real (L), dos tubos retos de


seção circular constante, comprimentos de tubos (Leq), com o mesmo diâmetro
do conduto, capazes de provocar a mesma perda de energia gerada pelo
acessório.

Esse comprimento adicionado equivale virtualmente, sob o ponto de vista de


perda de carga, ao produzido pelo acessório.

Tabelas fornecendo o comprimento equivalente, são fornecidas por fabricantes


para um dado material do acessório (PVC rígido, cobre, aço galvanizado, aço inox
etc).

Apresentam o comprimento equivalente da peça (em geral, em metros) para


vários diâmetros.
 
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NPSH (Net Positive Suction Head) - Carga líquida positiva de sucção

É a energia (carga) medida em pressão absoluta disponível na entrada de sucção de


uma bomba hidráulica.

Deve-se ter sempre em mente que, em operações de bombeamento, a pressão em


qualquer ponto da linha de sucção nunca deve ser menor que a pressão de vapor
Pv do líquido bombeado na temperatura de trabalho, caso contrário haveria
vaporização do líquido, com consequente redução da eficiência de bombeio.

Neste caso, ocorreria cavitação no rotor da bomba pela implosão das bolhas de
vapor. Este processo é acompanhado por elevado nível de ruído e vibração, e
violenta corrosão das partes internas da bomba.
 
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Deste modo, para evitar estes efeitos negativos, a energia disponível para levar o
fluido do reservatório até o bocal de sucção da bomba deverá ser a altura estática
de sucção hs menos a pressão de vapor (expressa como coluna líquida) do líquido
na temperatura de bombeio.

É necessário estabelecer uma diferença entre NPSH disponível (NPSHd) e NPSH


requerido (NPSHr);

NPSHd - é característica do sistema no qual a bomba opera;

NPSH - é função da bomba em si, representando a energia mínima que deve existir
entre a carga de sucção e a pressão de vapor do líquido para que a bomba possa
operar satisfatoriamente.

Tanto o NPSH disponível quanto o requerido variam com a vazão do líquido;


 
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O NPSH disponível é reduzido com o aumento de vazão, devido ao aumento da


perda de carga por atrito.

O NPSH requerido, sendo função da velocidade do fluido no interior da bomba,


aumenta com a vazão.

Pelo que foi dito acerca do NPSH disponível e requerido, ficou claro que a
bomba opera satisfatoriamente se:
NPSHd  NPSHr

O NPSH disponível deve sempre ser maior que o NPSH requerido, para a bomba
operar corretamente.

É prática normal ter pelo menos 2 a 3 pés extras de NPSH disponível no flange
de sucção, para evitar qualquer problema no ponto de interesse.

1ft= 304,8 mm
 
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Potência e Eficiência

Potência de Freio:

É o trabalho executado por uma bomba; é função da carga total e do peso do


líquido bombeado, em um determinado período de tempo.

Potência de Entrada da Bomba ou potência de freio (BHP - break horse power) é a


potência real entregue ao eixo da bomba.

A BHP também pode ser lida das curvas da bomba a qualquer taxa de fluxo.

As curvas de bombas são baseadas em uma massa específica de 1.0 kg/m³.

Para outros líquidos, a massa específica deve ser corrigida


Produção da Bomba, ou Potência Hidráulica, ou Potência de água (WHP) é a
potência do líquido entregue pela bomba.
 
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Observação:

A potência de freio, ou de entrada, para uma bomba é maior que a potência


hidráulica ou de produção, devido às perdas mecânicas e hidráulicas ocorridas na
bomba.

Então a eficiência da bomba é a relação destes dois valores:

BEP – Ponto de Melhor Eficiência:

É a capacidade, com o impulsor de diâmetro máximo na qual a eficiência é mais


alta.

É a área na curva onde a conversão de energia de velocidade em energia de


pressão a uma determinada vazão, é ótima; em essência, é o ponto onde a bomba
é mais eficiente.
 
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Todos os pontos à direita ou à esquerda de BEP têm eficiência mais baixa.

H, NPSHr, a eficiência, e a potência BHP, todos variam com a vazão de fluxo, Q.

No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas para uma determinada


aplicação, a eficiência da bomba deveria ser levada em conta no projeto.

No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas para uma determinada


aplicação, a eficiência da bomba deve ser levada em conta no projeto.

A eficiência de bombas centrífugas é tomada como uma porcentagem e representa


uma unidade de medida que descreve a conversão da força centrífuga (expressa
como a velocidade do fluido) em energia de pressão.
 
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Velocidade Específica

A velocidade específica (Ns) é um índice adimensional de projeto, que identifica a


semelhança geométrica de bombas.

É usada para classificar os impulsores de acordo com seus tipos e proporções.

Bombas de mesmo Ns, mas de tamanhos diferentes, são consideradas


geometricamente semelhantes, sendo uma bomba um tamanho múltiplo da outra.

É um número adimensional, ou índice, que define as características de sucção de


uma bomba. É calculado pela mesma fórmula de Ns, substituindo H por NPSHr.

Em bombas de múltiplos estágios o NPSHr é baseado no impulsor do primeiro


estágio.
 
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A velocidade específica de sucção é usada comumente como base para calcular a


faixa operacional segura de capacidade para uma bomba.

Quanto mais alto Nss é, mais reduzida é a faixa operacional segura de seu ponto de
melhor eficiência BEP.

Os números variam entre 3.000 e 20.000. A maioria dos usuários preferem que
suas bombas tenham Nss na faixa de 8.000 a 11.000 para operação ótima e livre de
problemas.
 
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Leis de Afinidade

As Leis de Afinidade são expressões matemáticas que definem mudanças na


capacidade da bomba, carga, e BHP quando ocorrem mudanças na velocidade da
bomba, no diâmetro do impulsor, ou ambos.

Rotação do impelidor (n) – ao alterar a rotação da bomba, a vazão, a altura


manométrica desenvolvida e a potência absorvida variam de acordo com as
relações:
2 3
Q n H n P n
        
Q1 n1 H 1  n1  P1  n1 
 
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Diâmetro do impelidor (D) – para as bombas geometricamente semelhantes, a


variação de D estabelece as seguintes relações:

3 2 5
Q1  D1  H 1  D1  P D 
      1   1 
Q 2  D 2  H 2  D 2  P2  D 2 

quando a única variação ocorre no diâmetro do impelidor e se estas variações são


pequenas valem as seguintes relações:

2 5
Q D H  D P  D
        
Q1 D1 H 1  D1  P1  D1 
 
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Natureza do fluido

As curvas fornecidas pelos fabricantes referem-se à operação com água.

Ao operar com fluidos mais viscosos, as curvas sofrem alteração no sentido de um


aumento da potência absorvida e uma redução de H, a eficiência também sofre
alteração.

Tamanho e idade da bomba

Bombas geometricamente semelhantes também são teoricamente semelhantes.

Numa série de bombas semelhantes, as menores são menos eficientes devido o


aumento relativo das rugosidades e das folgas e imperfeições.

A idade provoca desgastes nas bombas alterando as suas curvas características.


 
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Curvas Características de uma Bomba Centrífuga:

A capacidade e a pressão necessária de qualquer sistema, podem ser definidas com


a ajuda de um gráfico chamado Curva do Sistema.

Semelhantemente o gráfico de variação da capacidade com a pressão para uma


bomba particular, define a curva característica de desempenho da bomba.

Os fabricantes de bombas tentam adequar a curva do sistema, fornecida pelo


usuário, com a curva de uma bomba que satisfaça estas necessidades tão
proximamente quanto possível.

Um sistema de bombeamento opera no ponto de interseção da curva da bomba


com a curva de resistência do sistema.
 
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A interseção das duas curvas define o ponto operacional de ambos, bomba e


processo.
Porém, é impossível que um ponto operacional atenda todas as condições
operacionais desejadas. Por exemplo, quando a válvula de descarga é
estrangulada, a curva de resistência do sistema desloca-se para a esquerda, sendo
acompanhada pelo deslocamento do ponto operacional.

Figura:

Curvas típicas do sistema e de eficiência da


bomba
 
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Construindo a curva do sistema:

A curva de resistência do sistema ou curva de carga do sistema, é a variação no


fluxo relacionada a carga do sistema.

Ela deve ser desenvolvida pelo usuário com base nas condições de serviço. Estas
condições incluem o lay-out físico, as condições de processo, e as características
do fluido.

Representa a relação entre a vazão e as perdas hidráulicas em um sistema, na


forma gráfica e, como as perdas por fricção variam com o quadrado da taxa de
fluxo, a curva do sistema tem a forma parabólica.

As perdas hidráulicas em sistemas de tubulação são compostas de perdas por


fricção no tubo, válvulas, cotovelos e outro acessórios, perdas de entrada e saída,
e perdas por mudanças na dimensão do tubo, em consequência de amplificação
ou redução do diâmetro.
 
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Desenvolvendo a curva de desempenho da Bomba:

O desempenho de uma bomba é mostrado pela sua curva característica de


desempenho, onde sua capacidade e a vazão volumétrica, é plotada contra a carga
desenvolvida.

A curva de desempenho da bomba também mostra sua eficiência (PME), a potência de


entrada requerida (em HP), NPSHr, a velocidade (em rpm), e outras informações como o
tamanho da bomba e o tipo, tamanho do impulsor, etc.

Esta curva é construída para uma velocidade constante (rpm) e um determinado


diâmetro de impulsor (ou série de diâmetros).
 
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Faixa Operacional Normal:

Uma curva de desempenho típica é um gráfico da Carga Total versus Vazão


volumétrica, para um diâmetro específico de impulsor.

O gráfico começa com fluxo zero.

A carga corresponde neste momento ao ponto de carga da bomba desligada. Ela


então decresce até um ponto onde o fluxo é máximo e a carga mínima. Este
ponto às vezes é chamado de ponto de esgotamento.

A curva da bomba é relativamente plana e a carga diminui gradualmente


conforme o fluxo aumenta.

Este padrão é comum para bombas de fluxo radiais. Além do ponto de


esgotamento, a bomba não pode operar. A faixa de operação da bomba é do
ponto de carga desligado ao ponto de esgotamento.
 
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A tentativa de operar uma bomba além do limite direito da curva resultará em


cavitação e eventual destruição da bomba.

Em resumo, através do gráfico da "curva de carga x curva da bomba" você pode


determinar:
1 - Em que ponto da curva a bomba irá operar
2 - Que mudanças acontecerão se a curva de carga do sistema ou a curva de
desempenho da bomba mudarem.

As curvas mais importantes são:


- Altura Manométrica ( H ) x Vazão ( Q );
- Potência Consumida ( P ) x Vazão ( Q );
- Rendimento Total (  ) x Vazão ( Q );
- NPSH requerido ( NPSH ) x Vazão ( Q ).

NOTA : É importante lembrar que as curvas características das bombas na maioria das vezes
vêm calculadas para água à temperatura ambiente e limpa. No caso de se estar
transportando outro líquido, é necessário corrigir as curvas de acordo com a viscosidade do
fluido, e a curva BHP x Q de acordo com o peso específico.
 
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Exemplo de uma Curva Característica de Bomba


 
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Ponto ótimo de trabalho de uma bomba

O ponto de operação de uma bomba centrífuga é definido como sendo a


intersecção da curva H x Q do sistema com a curva H x Q da bomba.
Portanto, o ponto de operação define a vazão no qual o sistema completo (vasos,
tubulações e bomba) vai operar.
Se plotarmos as curvas características da bomba e a curva do sistema em um
mesmo gráfico, obterEmos o ponto de trabalho nas interseções destas curvas, que
são:
 
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- A interseção da curva do sistema como a curva (H x Q da bomba) nos fornece


Htrabalho e QTrabalho.

- A interseção da curva (H x Q)Bomba com a curva ( x Q)Bomba nos fornece o


Trabalho.

- A interseção da curva (H x Q)Bomba com a curva (Pot x Q)Bomba nos fornece o


PotTrabalho.
H x Q sistema
T
x Q
HT
PotT
Pot x Q

H x Q bomba

QT
 
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Associação de bombas

As bombas são associadas em série e paralelo.

A associação de bombas em série é uma opção quando, para dada vazão


desejada, a altura manométrica do sistema é muito elevada, acima dos limites
alcançados por uma única bomba.
 
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Já a associação em paralelo é fundamentalmente utilizada quando a vazão


desejada excede os limites de capacidade das bombas adaptáveis a um
determinado sistema.
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FOX, R.W.; MACDONALD, A.T. Introdução à mecânica dos fluidos. 5ª Ed. Rio de
Janeiro

KSB. Manual de Treinamento – Seleção e aplicação de bombas centrífugas.

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