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Motores hidráulicos e bombas hidráulicas.

DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES
máquinas hidráulicas:
- Motrizes: transformam energia hidráulica em energia mecânica, aproveitando o
potencial hidráulico das quedas hidráulicas. São os chamados motores hidráulicos. Exemplos: roda
d’água, turbinas hidráulicas, etc.;
- Geratrizes: transformam energia mecânica em energia hidráulica, podendo-se tomar
como exemplo, de modo geral, todas as bombas hidráulicas;
- Mistas ou especiais: modificam o estado de energia que o fluido possui, transformando
a energia hidráulica de uma forma para outra.

bombas hidráulicas:
São máquinas hidráulicas geratrizes, que transferem energia ao fluido a fim de
promover o seu deslocamento. Podem ser classificadas em dois grandes grupos:
Bombas volumógenas: A energia de pressão comunicada ao fluido independe da
velocidade de suas partes móveis; a velocidade afeta somente a vazão. Podem ser de escoamento
intermitente ou alternativas (bomba de pistão, de diafragma) e de escoamento contínuo (bomba
de engrenagens, de parafuso). Outras características deste tipo de bombas: a) a trajetória do
fluido no interior da bomba acompanha a trajetória de suas partes móveis; b) podem iniciar seu
funcionamento sem escorvamento.

Turbobombas: São também chamadas de bombas rotativas. Neste caso, a energia


(pressão) comunicada ao fluido depende da velocidade de suas partes móveis (rotores) e a
trajetória descrita pelo fluido difere da trajetória dos mesmos.

A principal classificação das turbobombas considera a trajetória desenvolvida pelo fluido


no rotor. Assim, classificam-se as turbobombas em:
- Bombas radiais ou centrífugas: o fluido penetra axialmente no rotor e sua trajetória é
bruscamente desviada para a direção radial. São bombas empregadas para valores relativamente
pequenos de vazões, em grandes alturas.
- Bombas axiais: a trajetória do fluido se desenvolve, em relação ao rotor, em direção
preponderantemente axial. O campo de emprego caracteriza-se pelo recalque de grandes vazões,
em pequenas alturas.
- Bombas diagonais: trata-se de caso intermediário entre os dois tipos anteriores, tanto
em relação à trajetória do fluido no rotor, como no campo de emprego.

TIPOS DE INSTALAÇÃO
-Bombas afogadas: o eixo da bomba encontra-se abaixo do nível da água do reservatório
de captação, dispensando o escorvamento (preenchimento do interior da bomba e da tubulação de
sucção com o fluido, expulsando-se o ar). Neste caso, a altura de sucção é considerada negativa.
-Bombas não-afogadas: a bomba encontra-se acima do nível da água do reservatório,
com altura de sucção positiva, necessitando-se de escorvamento.
-Bombas submersas: podem estar com o motor acima da água ou todo conjunto
motobomba submerso.

BOMBAS CENTRÍFUGAS
Os componentes de fabricação das bombas podem variar para atender as mais diversas
situações de bombeamento, porém, basicamente tem-se:
Rotor: órgão móvel, comumente com o formato de disco e dotado de pás, é acionado pelo
eixo que transmite o movimento de rotação do motor, criando depressão na região central da
bomba, possibilitando a sucção do fluido e aumento da pressão em sua periferia, promovendo o
seu deslocamento. Dependendo das substâncias em suspensão no fluido, o rotor poderá ser
aberto ou fechado
Difusor: canal de seção crescente, com a função de coletar o fluido expelido pelo rotor e
encaminhá-lo à tubulação de recalque;
Caixa de gaxetas: permite a colocação de anéis lubrificados (gaxeta), permitindo a vedação
entre a carcaça da bomba e seu eixo. Para essa função existem também os selos mecânicos, que
fazem a vedação com menor desgaste do que a gaxeta, empregando-se outros elementos de
vedação (porcelana, mola, anel, etc.);
Carcaça: é a parte estacionária que envolve o rotor, sustenta o eixo e possui abertura para
a sucção e para a descarga;
Rolamentos e acoplamentos: os rolamentos permitem o movimento do eixo em relação à
carcaça, necessitando lubrificação. Por sua vez, o eixo pode estar ligado ao motor por acoplamento
fixo ou móvel (junta elástica)

FUNCIONAMENTO
Para início de funcionamento da bomba, necessita-se fazer o escorvamento, quando se
tratam de bombas não-afogadas. Com a movimentação do rotor, o fluido é deslocado do centro
para a periferia, pelo efeito da força centrífuga, produzindo depressão no interior da mesma.
Estando a tubulação de sucção ligada ao poço, o líquido penetra continuamente na bomba pela
ação da pressão atmosférica.
A massa líquida, que sai do rotor com elevada energia cinética, adquire pressão pela ação
do difusor. Em muitos casos, as bombas possuem mais de um rotor (bomba de múltiplos
estágios), que quando instalados em série aumentam a capacidade de elevação do fluido.

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