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Introdução
A distribuição de água têm sido, desde muito tempo atras, uma das maiores preocupações da
humanidade. Para o abastecimento de água em locais mais afastados dos rios, foi necessária a
criação de alternativas que permitissem captar a água, transportá-la e armazená-la para ser
utilizada quando fosse o caso. Nesse caso foi necessário encontrar recursos para levar a água a
locais onde pudesse atender às necessidades de consumo e à irrigação de terras para fins
agrícolas.
O progresso industrial e a melhoria das condições de saúde e conforto estão diretamente ligados
ao progresso da ciência e da tecnologia das máquinas denominadas de bombas. O progresso na
tecnologia das bombas permitiu a construção de tipos próprios para esgotos sanitários, dragagem,
bombeamento de argamassa, minério, concreto, polpa de papel, fibras, plásticos, líquidos
extremamente viscosos e líquidos muito voláteis, entre outras aplicações.
3. Classificação
As bombas podem ser classificadas pela sua aplicação ou pela forma com que a energia é cedida
ao fluido.
São caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás (rotor) que exerce sobre
o líquido forças que resultam da aceleração que lhe imprime. A finalidade do rotor
(impelidor ou impulsor) é comunicar à massa líquida aceleração, para que adquira energia
cinética e se realize assim a transformação da energia mecânica de que é dotado. Ele pode
ser aberto(figura 1) quando não existe esta coroa circular inferior, fechado (figura 2):
quando, além do disco onde se fixam as pás, existe uma coroa circular também presa às pás;
simples sucção(figura 3),dupla sucção(figura 4).
Outro elemento constituinte das turbas bombas é o difusor (recuperador), no qual é feita a
transformação da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor, em
energia de pressão. Em geral, tem seção transversal gradativamente crescente e dependente
do tipo de turbo bomba pode ser: de tubo reto troncônico (nas bombas axiais); de caixa com
forma de caracol ou voluta ou coletor (nas demais bombas).
a) Nas bombas centrífugas radiais puras toda energia cinética é obtida através do
desenvolvimento de forças puramente centrífugas na massa líquida devido ao
movimento do rotor.
O líquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a
periferia fazendo com que o líquido saia numa direção perpendicular ao eixo (radial).
Possuem pás cilíndricas (simples curvatura), com geratrizes paralelas ao eixo de
rotação, sendo estas pás fixadas a um disco e uma coroa circular (rotor fechado) ou a um
disco apenas (rotor aberto).
Figura 10 - Bomba centrífuga radial
b) Nas bombas centrifugas tipo Francis, as pás possuem curvaturas em dois planos. A
região inicial das pás se apresenta com a forma de superfícies de dupla curvatura,
para melhor atender à transição das partículas líquidas, da direção axial para radial,
sem provocar choques (mudanças bruscas no sentido do escoamento) nem
turbulências excessivas.
a) Bombas de fluxo Axial ou Propulsora Neste tipo de bomba toda a energia cinética é
transmitida à massa líquida por forças puramente de arrasto.
O rotor é colocado no interior de um tubo com formato troncônico, e o motor que o aciona fica
acima do tubo.
Figura 15 - Bomba axial Figura 9.16 - Bomba axial de pás de passo variável para irrigação
Estas bombas são utilizadas em irrigação, embora classificadas como centrífugas, no seu
princípio de funcionamento não se constata o efeito desta força. São empregados para grandes
descargas (até várias dezenas de m3 /s) e alturas de elevação até mais de 40 m.
b) Bombas Diagonais ou de fluxo misto
Nas bombas hélico-centrífuga, o líquido penetra no rotor axialmente, atinge as pás cujo bordo de
entrada é curvo e inclinado em relação ao eixo, segue uma trajetória que é uma curva reversa,
pois as pás são de dupla curvatura, e atinge o bordo de saída que é paralelo ao eixo ou
ligeiramente inclinado em relação a ele. Sai do rotor segundo um plano perpendicular ao eixo ou
segundo uma trajetória ligeiramente inclinada em relação ao plano perpendicular ao eixo.
Nas bombas helicoidais ou semi-axiais, o líquido atinge o bordo das pás que é curvo e bastante
inclinado em relação ao eixo, a trajetória é uma hélice cônica,e as pás são superfícies de dupla
curvatura.
O bordo de saída das pás é uma curva bastante inclinada em relação ao eixo. O rotor
normalmente possui apenas uma base de fixação das pás com forma de um cone ou de uma
ogiva. São utilizadas para grandes descargas e alturas de elevação pequenas e médias.
Figura 20 - Bomba helicoidal sulzer
a) Bombas de Sucção Simples Neste tipo de bomba a entrada do líquido é unilateral, se faz
de um lado e pela abertura circular na coroa do roto.
b) Bombas de Sucção Dupla Neste tipo de bomba o rotor é de tal forma que permite receber
líquidos por dois sentidos opostos, paralelamente ao eixo de rotação.
O rotor tem uma forma simétrica em relação a um plano normal ao eixo, e equivale
hidraulicamente a dois rotores simples montados em paralelo e é capaz de elevar,
teoricamente, uma descarga dupla, da que se obteria com o rotor simples.
Desse modo, devido a simetria, o empuxo axial é equilibrado. A carcaça para este tipo de
bomba é bipartida, isto é, constituída de duas seções separadas por um plano horizontal à
meia altura e aparafusadas uma a outra. Estas bombas são utilizadas para descargas médias.
Essa transfomação, como vimos, se realiza no difusor, de modo que esse critério
corresponde à indicação dos tipos de difusor. Temos assim:
1) Bomba de difusor com pás guias (diretrizes) colocadas entre o rotor e o coletor.
- A finalidade ou destinação;
- A posição do eixo;
- Outros critérios;
4. Princípio e Funcionamento
Figura:23-Princípio de funcionamento
5. Principais Componentes
A bomba centrifuga e constituída essencialmente de duas partes:
Rotor é a peça fundamental de uma bomba centrífuga, a qual tem a incumbência de receber o
líquido e fornecer-lhe energia. Do seu formato e dimensões relativas vão depender as
características de funcionamento da bomba.
Carcaça é o componente fixo que envolve o rotor. Apresenta aberturas para entrada do liquido
até ao centro do rotor e saída do mesmo para a tubulação de descarga. Fundido juntamente, ou a
ela preso mecanicamente, tem a câmara (ou câmaras) de vedação e a caixa (ou caixas) de
mancal. Possui na sua parte superior, uma abertura (suspiro) para ventagem e escorva; e na parte
inferior, uma outra para drenagem. Nas bombas de maior porte, tem ainda as conexões para as
tubulações de “líquido de selagem” e “líquido de refrigeração”. O bocal (flange) de entrada do
fluido na carcaça recebe o nome de “sucção da bomba” e o de saída de “descarga da bomba”. Os
materiais geralmente utilizados na fabricação da carcaça são: ferro fundido, aço fundido, bronze
e aços liga.
6. Cálculo de potência
As perdas nas bombas incluem perdas hidráulicas, mecânicas, pelo atrito hidráulico, e por
vazamentos. Diante disto, nem toda a potência é utilizada para gerar pressão e fluxo. Uma parte
da energia é transformada em calor (devido ao atrito) dentro da bomba.
A energia pode também ser perdida em virtude da recirculação de fluido entre o rotor e a voluta.
O esquema abaixo ilustra o processo de transferência de energia para o fluido de trabalho, em
uma bomba:
A potência retirada da rede elétrica pode ser obtida, também, pela seguinte expressão:
Pel =√ 3 ×U × I ×cos θ
7. Cavitação
Sempre que a bomba estiver acima do reservatório de sucção, ela tem uma pressão necessária
para trazer água até a sua entrada e, assim, garantir seu perfeito funcionamento. A bomba, ao
sugar a água que entra por ela, provoca uma pressão que é chamada de pressão de sucção. Essa
pressão de sucção tem que ser menor que a pressão sobre a superfície do reservatório para que
haja o perfeito funcionamento da bomba. Quando a bomba succiona água a uma pressão
demasiadamente baixa, ocorre uma intensa formação de bolhas de vapor de água na entrada da
bomba, devido à queda de pressão.
As bolhas de vapor serão conduzidas pelo fluxo do líquido até atingirem a região do rotor que,
normalmente, gira à alta velocidade e, assim, provoca o aumento da pressão no interior da
bomba. Quando essas bolhas, provocadas pelo aumento da pressão, atingem a superfície do
rotor, condensam-se de forma rápida e transformam-se em líquido novamente. A rápida
condensação dessas bolhas resulta numa implosão delas sobre o rotor. Essa implosão provoca a
formação de pequenas bolsas, bolhas ou cavidades sobre ele. Com o tempo, esse fenômeno tem
como efeito a retirada de material da superfície do rotor, onde essas implosões ocorrem. A esse
fenômeno se dá o nome de cavitação.
7.1. Características
Os efeitos da cavitação são visíveis a longo prazo e a curto prazo, sendo ambos
mensuráveis. A longo prazo os rotores, apresentam perdas consideráveis de massa,
comprometendo a performance da bomba e podendo levar a sua rotura. A curto prazo o
fenômeno da cavitação compromete a performance da bomba com a queda de
rendimento da bomba, vibração não característica da bomba e ruídos, esses provocados
pela "implosão" do líquido.
A cavitação, além de ocorrer no rotor. pode-se manifestar na entrada bomba, na linha de
aspiração, na voluta e nas pás diretrizes do difusor. Esse último é mais intenso quando a
bomba opera fora da descarga nominal, devido à divergência entre os ângulos de saída
do líquido no rotor e de entrada no difusor.
queda do rendimento;
necessidade de aumento da potência de eixo (bombas);
queda da potência de eixo (turbinas);
marcha irregular, trepidação e vibração das máquinas, pelo desbalanceamento que
acarreta ruído, provocado pelo fenômeno de implosão das bolhas.
8. Exercícios de semelhança de uma bomba
9. Conclusão
[1] DE MATTOS, EDSON E., DE FALCO, REINALDO, Bombas Industriais, 2ª Ed, Rio de
Janeiro, Interciência 1998.
[2] FOX, ROBERT W., MCDONALD, ALAN T., PRITCHARD, PHILIP J., Introdução à
Mecânica dos Fluidos, 6ª Ed. LTC 2006.
[3] DA SILVA, MARCOS A., Manual de Treinamento KSB - Seleção e Aplicação de Bombas
Centrífugas, 5ª Ed., 2003.
[4] TALARICO, BRUNA, Revista Veja Rio – O Lazer nosso de cada dia, 2013. (acessado em
14/06/2014)