Você está na página 1de 16

Bombas

As bombas são equipamentos que têm como principal função transportar líquidos ou
gases de um ponto a outro, utilizando energia para movimentar o fluido através de um
sistema de tubulações.

Bombas na mineração

As bombas desempenham um papel fundamental na mineração, sendo utilizadas para o


transporte de líquidos, como água, lamas e polpas, nas diversas etapas do processo de
extração mineral. As bombas ajudam a movimentar os materiais da mina, do
processamento mineral e do descarte, além de garantir a segurança e o controle
ambiental na operação.

Tipos de Bombas usadas na mineração

Existem vários tipos de bombas utilizadas na mineração, cada uma com suas próprias
características e aplicações específicas. Aqui estão alguns exemplos:

1. Bomba Centrifuga;
2. Bomba de deslocamento positivo.
3. Bomba Sucção.

Bombas centrifugas

Também chamadas de turbobombas, são caracterizadas por possuírem um órgão


rotatório dotado de pás, chamado rotor, que exerce sobre o líquido forças que
resultam da aceleração que lhe imprime. Essa aceleração, ao contrário do que se
verifica nas bombas de deslocamento positivo, não possui a mesma direção e o
mesmo sentido do movimento do líquido em contato com as pás.

A finalidade do rotor, também chamado “impulsor” ou “impelidor”, é


comunicar à massa líquida aceleração, para que adquira energia cinética e se
realize assim a transformação da energia mecânica de que está dotado, É, em
essência, um disco ou uma peça de formato cônico dotada de pás. O rotor pode
ser.
fechado (Fig. 3.16 a) quando, além do disco onde se fixam as pás, existe uma
coroa circular também presa às pás. Pela abertura dessa coroa, o líquido penetra
no rotor. Usa-se para líquidos sem substâncias em suspensão e nas condições
que veremos adiante;
Semi-aberto (Fig. 3.16 b) quando existe apenas um disco onde se fixam as pás
do rotor;
aberto quando não existe essa coroa circular anterior. Usa-se para líquidos
contendo pastas, lamas, areia, esgotos sanitários e para outras condições que
estudaremos (Fig. 3.16 c).
As turbobombas necessitam de um outro órgão, o difusor, também chamado
recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da elevada energia
cinética com que o líquido sai do rotor, em energia de pressão. Desse modo, ao
atingir a boca de saída da bomba, o líquido é capaz de escoar com velocidade
razoável, equilibrando a pressão que se opõe ao seu escoamento. Esta
transformação é operada de acordo com o teorema de Bernoulli, pois o difusor
sendo, em geral, de seção gradativamente crescente, realiza uma contínua e
progressiva diminuição da velocidade do líquido que por ele escoa, com o
simultâneo aumento da pressão, de modo a que esta tenha valor elevado e a
velocidade seja reduzida na ligação da bomba ao encanamento de recalque.
Ainda assim, coloca-se uma peça troncônica na saída da bomba, para reduzir
ainda mais a velocidade na tubulação de recalque, quando isso for necessário.

Figura 3.16 a, b e c – Rotores de turbobombas fechado, semi-aberto e aberto, respectivamente .

Dependendo do tipo de bomba o difusor pode ser:

 de tubo reto troncônico, nas bombas axiais;


 de caixa com forma de caracol ou voluta, nos demais tipos de bomba,
chamado neste caso simplesmente de coletor ou caracol.

Figura 3.17 – Bomba centrífuga em caixa em caracol ou voluta.


Estrutura da Bomba Centrífuga
Nas indústrias, sistemas de bombeamento são amplamente utilizados, responsáveis por
sinais elétricos e pelo consumo de energia.

A bomba centrífuga tem dois principais componentes mais importantes: o rotor e a


carcaça, que podem ser do tipo voluta ou difusor. Mas existem alguns componentes que
todas as bombas possuem em comum, eles são subdivididos na extremidade úmida e na
extremidade mecânica.

A extremidade úmida inclui as peças que determinam o desempenho hidráulico da


bomba, como o impulsor e a carcaça.

A extremidade mecânica inclui as peças que suportam o impulsor dentro da carcaça,


como o eixo, a vedação, os rolamentos e a luva do eixo.

1. Rotor

Também pode ser chamado de impelidor ou impulsor, ele é formado por palhetas e
lâminas, onde o líquido escoa suavemente Ele é ligado ao motor por meio do eixo e fica
localizado dentro da voluta e próximo dos tubos de sucção e descarga.

Ao girar rapidamente o rotor converte a energia do motor em cinética, isso faz com que
uma zona de alta pressão seja criada na periferia e uma zona de baixa pressão no centro.
Isso resulta que o líquido seja sugado, gerando um movimento na direção radial. O
fluido recebe energia cinética, sendo impulsionado para periferia da bomba, ou seja,
entrando no difusor.

A energia cinética do líquido é transformada em aumento de pressão. Mas para que isso
ocorra a carcaça do tipo voluta, possua um canal com bocal crescente em espiral.

No rotor também estão presentes os rolamentos no eixo dos mancais.

2. Carcaça

Na carcaça da bomba centrífuga é onde a energia de velocidade é transformada em


energia de pressão. É no interior que é possível o bombeamento do líquido.

Nessa parte temos os mancais para sustentação do eixo e o selo para impedir
vazamentos. Também há um tubo para sucção e outro para a descarga do fluido.
3. Eixo

Sua função é transmitir o torque de partida durante a operação, enquanto há o apoio no


impulsor e outras partes girantes.

4. Mancal

Tem como função sustentar o peso do conjunto giratório, forças radiais e axiais,
além da função secundária de manter todo o conjunto na posição adequada. Seu
princípio básico é o movimento rolante de um elemento sobre o outro, com baixo
atrito

Funcionamento da Bomba Centrifuga


O funcionamento de uma bomba centrífuga ocorre com base no princípio de força
centrífuga, que é a força que faz com que um objeto em movimento circular tenda a se
afastar do centro dessa trajetória. A estrutura básica de uma bomba centrífuga é
composta por um rotor, um estator e um eixo.

O rotor é formado por um conjunto de pás que giram dentro do estator, que é uma
carcaça cilíndrica. O eixo é responsável por transmitir o movimento do motor para o
rotor. Quando o motor é ligado, o rotor começa a girar em alta velocidade, fazendo com
que o fluido seja impulsionado para fora do centro da bomba e para a saída.
Essa ação das pás do rotor cria um vácuo na entrada da bomba, fazendo com que o
fluido seja sugado para dentro da bomba. À medida que o rotor continua a girar, a ação
das pás empurra o fluido para fora da bomba e para o sistema de tubulação, gerando
uma pressão no fluido e provocando seu movimento.

A capacidade de uma bomba centrífuga de transportar fluidos depende de vários fatores,


como o tamanho e a forma das pás do rotor, o tamanho da entrada e saída da bomba e a
potência do motor que a impulsiona. A escolha da bomba centrífuga ideal para cada
aplicação deve ser feita com base em critérios técnicos específicos e em função das
necessidades do projeto, considerando fatores como a capacidade de vazão, a pressão
requerida, o tipo de fluido a ser transportado e a eficiência energética da bomba.

Bombas centrifugas na mineração.

As bombas centrífugas são amplamente utilizadas na mineração para o bombeamento de


líquidos com sólidos em suspensão, como lamas e polpas. Elas funcionam com base no
princípio da força centrífuga, que empurra o líquido para fora do centro do rotor em
direção à saída da bomba.

Na mineração, as bombas centrífugas são utilizadas em diversas etapas do processo,


desde o transporte de água para a mina até o bombeamento de lamas e polpas para o
processamento mineral. Elas são eficientes para o transporte de líquidos com sólidos em
suspensão, pois possuem um design que permite a passagem dos sólidos sem obstrução.

Vantagens e desvantagens das bombas centrifugas na mineração


As bombas centrífugas apresentam várias vantagens e desvantagens, conforme listado a
seguir:

Vantagens:

 Alta capacidade de vazão: as bombas centrífugas podem mover grandes


volumes de fluido em um curto período de tempo.

 Construção simples e robusta: as bombas centrífugas são relativamente


simples em termos de construção e podem lidar com muitas condições adversas,
como poeira, umidade e calor.
 Possibilidade de trabalhar com altas pressões: as bombas centrífugas podem
gerar altas pressões em suas descargas, tornando-as ideais para transferir fluidos
a longas distâncias.

 Fácil manutenção: as bombas centrífugas são fáceis de manter e reparar, pois


possuem poucas peças móveis e não possuem válvulas ou outras partes
complexas.

 Custo-benefício: as bombas centrífugas são geralmente mais acessíveis e


econômicas em comparação com outros tipos de bombas.

Desvantagens:

 Eficiência energética: as bombas centrífugas são menos eficientes em termos


energéticos em comparação com outras tecnologias, como as bombas de
deslocamento positivo.

 Limitação de fluidos viscosos: as bombas centrífugas são menos eficazes no


manuseio de fluidos viscosos, como lodo ou pasta, porque eles tendem a escorrer
pelo rotor em vez de serem transportados.

 Requerem condições específicas de operação: as bombas centrífugas exigem que


o fluido seja bombeado em um fluxo uniforme e contínuo, caso contrário, a
performance da bomba pode ser comprometida.

 Possível cavitação: a operação inadequada da bomba centrífuga pode causar


cavitação, que é a formação de bolhas de ar no fluido que podem danificar a
bomba e prejudicar o processo de bombeamento.

 Sensibilidade à variações de carga: as bombas centrífugas são mais sensíveis às


variações de carga do que outros tipos de bombas, o que pode afetar a sua
performance.

Bombas de deslocamento positivo

Possuem uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento de um órgão


propulsor comunica energia de pressão ao líquido, provocando o seu
escoamento (fornecem determinada quantidade de fluido a cada rotação ou
ciclo. Proporciona então as condições para que se realize o escoamento na
tubulação de aspiração até a bomba e na tubulação de recalque até o ponto de
utilização.
Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe da pressão, com
exceção de perdas e vazamentos, praticamente todas as bombas necessárias
para transmitir força hidráulica em equipamento industrial, em maquinaria de
construção e em aviação são do tipo hidrostático. As bombas hidrostáticas
produzem fluxos de forma pulsativa, porém sem variação de pressão no
sistema.
As bombas de deslocamento positivo são indicadas em casos onde se requer
vazão constante independente de variação da carga sobre a bomba e também
onde o volume deve ser medido com precisão. A descarga é proporcional à
velocidade do propulsor da bomba.

As bombas de deslocamento positivo podem ser:

Nas bombas volumógenas existe uma relação constante entre a descarga e a


velocidade do órgão propulsor da bomba.
Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um
pistão ou êmbolo (pistão alongado) ou de uma membrana flexível (diafragma).
Podem ser de:
Simples efeito – quando apenas uma face do êmbolo atua sobre o líquido

Duplo efeito – quando as duas faces atuam.

Chamam-se ainda:
Simplex – quando existe apenas uma câmara com pistão ou êmbolo.
Duplex – quando são dois os pistões ou êmbolos.
Triplex – quando são três os pistões ou êmbolos.
Multiplex – quando são quatro ou mais pistões ou êmbolos.

Nas bombas rotativas, o líquido recebe a ação de forças provenientes de uma


ou mais peças dotadas de movimento de rotação que, comunicando energia de
pressão, provocam seu escoamento. A ação das forças se faz segundo a direção
que é praticamente a do próprio movimento de escoamento do líquido. A
descarga e a pressão do líquido bombeado sofrem pequenas variações quando a
rotação é constante. Podem ser de um ou mais rotores.
0

Figura 3.9 – exemplos de bombas de deslocamento positivo. (a) Bomba


de êmbolo; (b) Bomba de engrenagens; (c) Bomba helicoidal; (d)
Bomba de palhetas; (e) Bomba de lóbulos triplos; (f) Bomba de pistão
duplo circunferencial; (g) Bomba de tubo flexível ou de rolete.

Estrutura da Bomba de Deslocamento Positivo

As bombas de deslocamento positivo são aquelas que movimentam fluidos por meio do
deslocamento de um volume fixo de líquido a cada ciclo de operação. Essas bombas
podem ter diferentes tipos de estrutura interna, dependendo do seu design específico. No
entanto, as bombas de deslocamento positivo geralmente possuem as seguintes partes:

1. Câmara de entrada: é o ponto onde o líquido entra na bomba. A câmara de


entrada pode ter diferentes formatos e tamanhos, dependendo do tipo de bomba.

2. Rotor: é a parte móvel da bomba que gera o deslocamento positivo do líquido. O


rotor pode ter diferentes formas, tais como pistões, engrenagens, roscas
helicoidais ou diafragmas.

3. Câmara de compressão: é o espaço entre o rotor e a carcaça da bomba onde o


líquido é comprimido e deslocado. A forma da câmara de compressão varia de
acordo com o tipo de bomba, podendo ser cilíndrica, cônica ou espiral.

4. Válvulas de entrada e saída: são dispositivos que controlam a entrada e a saída


do líquido na câmara de compressão. As válvulas podem ser do tipo
unidirecional ou bidirecional, dependendo do tipo de bomba.

5. Carcaça: é o invólucro que protege as partes internas da bomba e fornece suporte


para as conexões de entrada e saída do líquido.

6. Eixo: é a parte que conecta o rotor ao motor que aciona a bomba. O eixo pode
ser acionado por um motor elétrico, motor a combustão interna ou outro
dispositivo.

Aplicações Bomba de deslocamento positivo na mineração

As bombas de deslocamento positivo são amplamente utilizadas na indústria de


mineração para transportar uma ampla variedade de líquidos e fluidos. Algumas das
aplicações comuns de bombas de deslocamento positivo na mineração incluem:

 Transferência de lodo: a mineração gera grandes quantidades de lodo, que é


composto por água e sedimentos finos. As bombas de deslocamento positivo são
frequentemente usadas para transferir o lodo para processamento ou descarte.
 Transporte de polpa: a polpa é um fluido viscoso e concentrado que contém
minerais ou outros materiais valiosos. As bombas de deslocamento positivo são
utilizadas para transportar a polpa em diferentes estágios do processo de
mineração.

 Bombeamento de água subterrânea: a mineração subterrânea requer a remoção


contínua de água para manter as operações seguras. As bombas de deslocamento
positivo são usadas para remover a água das áreas de mineração subterrâneas e
transportá-la para a superfície.

 Transporte de reagentes: os reagentes são produtos químicos utilizados no


processo de mineração para separar minerais e outros materiais valiosos do
restante do material. As bombas de deslocamento positivo são utilizadas para
transportar esses reagentes para as áreas de processamento.

Vantagens e desvantagens das bombas de deslocamento positivo

As bombas de deslocamento positivo apresentam vantagens e desvantagens em


relação a outras bombas, como as bombas centrífugas. Algumas das vantagens das
bombas de deslocamento positivo na mineração incluem:

 Alta eficiência energética: as bombas de deslocamento positivo têm um alto


rendimento, o que significa que são capazes de converter mais energia em
trabalho útil em comparação com outras bombas.

 Capacidade de lidar com fluidos viscosos: essas bombas são projetadas para
lidar com fluidos viscosos, como polpas e lodos, que outras bombas podem ter
dificuldade em transportar.

 Baixo ruído: as bombas de deslocamento positivo operam de forma


relativamente silenciosa, o que pode ser importante em ambientes de mineração
onde há outras fontes de ruído.

Por outro lado, as desvantagens das bombas de deslocamento positivo incluem:

 Sensibilidade a partículas sólidas: essas bombas podem ser mais sensíveis a


partículas sólidas do que outras bombas, o que pode reduzir sua eficiência e
aumentar a necessidade de manutenção.
 Limitações de capacidade de vazão: em comparação com as bombas centrífugas,
as bombas de deslocamento positivo têm limitações na capacidade de vazão, o
que pode limitar seu uso em determinadas aplicações.

 Custo operacional: as bombas de deslocamento positivo tendem a ser mais caras


do que as bombas centrífugas, o que pode aumentar os custos operacionais da
mineração. No entanto, em muitos casos, seu alto rendimento pode compensar
esse custo inicial mais elevado ao longo do tempo.

bombas de sucção

As bombas de sucção são equipamentos que transferem líquidos ou gases de um


ponto para outro, utilizando uma pressão negativa gerada pela sucção. Elas são
amplamente utilizadas em diversas áreas, incluindo a indústria química, alimentícia,
farmacêutica, de petróleo e gás, entre outras.

Essas bombas funcionam através de uma diferença de pressão entre o interior e o


exterior da bomba. Essa diferença de pressão é criada pelo processo de sucção, que
pode ser realizado de diversas formas, como através de rotores, êmbolos, diafragmas
ou vácuo.

As bombas de sucção podem ser utilizadas para uma ampla variedade de aplicações,
incluindo o transporte de líquidos viscosos, corrosivos, abrasivos ou sensíveis ao
cisalhamento. Além disso, elas podem ser utilizadas para transferir líquidos de um
local para outro, para a mistura de líquidos, ou para a transferência de líquidos entre
recipientes.

estrutura da bomba de sucção

As bombas de sucção geralmente possuem uma estrutura composta por diversas


partes, que podem variar de acordo com o tipo de bomba e a sua aplicação
específica. Algumas das partes mais comuns incluem:

Carcaça: é a estrutura principal da bomba, que contém as partes internas da bomba.

Rotor: é uma parte rotativa da bomba, que pode ser composta por pás, lóbulos,
pistões ou outro tipo de elemento, dependendo do tipo de bomba. O rotor é
responsável por criar o movimento necessário para a sucção e transferência do
líquido ou gás.
Eixo: é uma peça que se conecta ao rotor e é responsável por transmitir o
movimento do rotor para as outras partes da bomba.

Vedação: é uma parte importante da bomba, responsável por evitar vazamentos de


líquido ou gás. As vedação podem ser compostas por gaxetas, selos mecânicos,
anéis de vedação ou outros tipos de materiais.

Válvulas: são componentes que controlam o fluxo de líquido ou gás através da


bomba, abrindo e fechando em momentos específicos para permitir a entrada ou
saída do líquido.

Motor: é a fonte de energia que impulsiona a bomba e faz com que ela funcione. O
motor pode ser elétrico, a diesel, a gasolina ou outro tipo, dependendo da aplicação
da bomba.

estrutura das bombas sucção

As bombas de sucção geralmente possuem uma estrutura composta por diversas


partes, que podem variar de acordo com o tipo de bomba e a sua aplicação
específica. Algumas das partes mais comuns incluem:

Carcaça: é a estrutura principal da bomba, que contém as partes internas da bomba.

Rotor: é uma parte rotativa da bomba, que pode ser composta por pás, lóbulos,
pistões ou outro tipo de elemento, dependendo do tipo de bomba. O rotor é
responsável por criar o movimento necessário para a sucção e transferência do
líquido ou gás.

Eixo: é uma peça que se conecta ao rotor e é responsável por transmitir o


movimento do rotor para as outras partes da bomba.

Vedação: é uma parte importante da bomba, responsável por evitar vazamentos de


líquido ou gás. As vedação podem ser compostas por gaxetas, selos mecânicos,
anéis de vedação ou outros tipos de materiais.

Válvulas: são componentes que controlam o fluxo de líquido ou gás através da


bomba, abrindo e fechando em momentos específicos para permitir a entrada ou
saída do líquido.
Motor: é a fonte de energia que impulsiona a bomba e faz com que ela funcione. O
motor pode ser elétrico, a diesel, a gasolina ou outro tipo, dependendo da aplicação
da bomba.

Além dessas partes, as bombas de sucção podem ter outras peças e acessórios, como
dispositivos de filtragem, medidores de pressão, controladores de fluxo, entre
outros. A complexidade da estrutura da bomba depende do tipo de bomba e da sua
aplicação específica.

Aplicação das bombas de sucção na mineração

As bombas de sucção são amplamente utilizadas na indústria de mineração, para


uma variedade de aplicações, incluindo:

Transferência de lodo: a mineração muitas vezes envolve o uso de água para lavar
o minério, o que pode criar uma grande quantidade de lodo e resíduos. As bombas
de sucção são utilizadas para transferir esse lodo e resíduos de uma área para outra,
permitindo que eles sejam descartados ou reciclados adequadamente.

Transporte de fluidos corrosivos: muitos dos líquidos e produtos químicos


utilizados na mineração são altamente corrosivos e podem danificar outras bombas
ou equipamentos. As bombas de sucção são projetadas para lidar com esses líquidos
corrosivos, permitindo que eles sejam transferidos com segurança.

Drenagem de minas: as bombas de sucção são utilizadas para drenar água de minas
subterrâneas ou de superfície. Essa água pode ser contaminada com produtos
químicos ou metais pesados, tornando a drenagem segura uma parte crítica do
processo de mineração.

Flotação: a flotação é um processo utilizado para separar minerais de outros


materiais em uma mistura. As bombas de sucção são usadas para introduzir ar no
processo de flotação, permitindo que as bolhas de ar se prendam aos minerais e os
separem do resto da mistura.

Lavagem de minério: as bombas de sucção também podem ser usadas para lavar o
minério, removendo a sujeira e outros materiais indesejados. Esse processo ajuda a
preparar o minério para processamento adicional.

Perda de Carga
Perdas de carga referem-se à energia perdida pela água no seu deslocamento por alguma
tubulação. Essa perda de energia é provocada por atritos entre a água e as paredes da
tubulação, devido à rugosidade da mesma. Portanto, ao projetar uma estação de
bombeamento, deve-se considerar essa perda de energia.

sendo

hf1-2= perda de carga entre os pontos 1 e 2 de uma instalação (m);

J = perda de carga unitária (m/m);

Le = comprimento equivalente da tubulação.

Existem vários métodos para o cálculo de perda de carga unitária; entre esses, destaca-
se pela simplicidade e facilidade de uso, o Método de Hazen-Williams, que é feito
através da seguinte expressão.

sendo

Q= vazão (m3/s);

C = constante adimensional de Hazen-Williams;

D= diâmetro interno da tubulação (m).


Valores de C ( Hazen-Williams) para diversos materiais

Curva do Sistema

A curva do sistema, também conhecida como curva da tubulação, é uma curva traçada
no gráfico HmxQ e sua importância está na determinação do ponto de trabalho da
bomba, pois esse é obtido no encontro dessa curva com a curva característica da bomba.
Para traçá-la, é necessário retornar à definição de altura manométrica, fazendo com que
a equação 1 tenha a forma Hm=f(Q), através dos passos descritos a seguir. Assim, hf
pode também ser definida pela equação:

ou seja, basta desmembrar a vazão da equação de Hazen-Willians da perda de carga


unitária e multiplicar o comprimento equivalente pela outra parte da equação. Desta
forma, a equação Hm= f(Q), é a seguinte:
Dimensionamento

a) Dimensionamento da linha

O critério a ser utilizado para escolha de diâmetros de tubulações é o critério de


velocidade econômica, por ser simples e eficiente, e segundo muitos autores, seu valor
deve variar de 0,5 a 2,0 m/s. Para determinar o diâmetro a partir deste critério, procede-
se da seguinte forma, utilizando-se a relação abaixo:

em que V é a velocidade (m/s); Q é a vazão (m3/s); A é a área da seção do tubo, sendo


determinada por:

cálculo da potência necessária, utiliza-se a seguinte fórmula

Você também pode gostar