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MANUAL DE
USO INTERNO
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TÍTULO Nº MOSAIC PÁGINA

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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA MINERODUTO CP - T - 1002
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REVISÕES
TE: TIPO A -PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARACONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARAAPROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORMECOMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL CAM BRS GAM GAM 08/05/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
5.0 DEFINIÇÕES 4
6.0 CÓDIGO DE FONTE 5
7.0 REQUISITOS GERAIS 5
7.1 SUMÁRIO 5
7.2 RESPONSABILIDADES DA EMPRESA PROJETISTA 6
7.3 APRESENTAÇÃO DO PROJETO 7
7.4 HISTÓRICO DO PROJETO 8
7.5 LIMITES DE BATERIA 8
8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 10
8.1 DESCRIÇÃO BÁSICA DAS INSTALAÇÕES 10
8.2 PECULIARIDADES DE PROJETO 11
9.0 CRITÉRIOS PARAINSTALAÇÕES 17
9.1 MINERODUTO 17
9.2 ESTAÇÃO (ÕES)DE BOMBAS 18
10.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA 18

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer diretrizes e os critérios básicos para o desenvolvimento dos cálculos pertinentes


aos processos de um mineroduto bem como definir os requerimentos da hidráulica do
mineroduto e suas instalações auxiliares.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Mosaic.

3.0 DOCUMENTOS DEREFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-B-1001 Critérios de Projeto para Civil/ Infraestrutura, Rodovias, Acessos


e Sistema Viário
CP-E-1001 Critérios de Projeto de Elétrica
CP-J-1001 Critérios de Projetos para Automação Industrial
CP-L-1001 Critérios de Projeto para Mecânica Arranjos
CP-M-1001 Critérios de Projeto para Mecânica Equipamentos
CP-N-1001 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-T-1001 Critérios de Projeto para Tubulação
CP-T-1003 Critérios de Projeto para Sistemas de Utilidades
GU-E-1066 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos

4.0 CÓDIGOS ENORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

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 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


 AISC - American Institute of Steel Construction
 AISI - American Iron and Steel Institute
 ANSI - American National Standards Institute

ANSI/HI 12.1 Rotodynamic (Centrifugal) Slurry Pump Standard

 API - American Petroleum Institute


 ASME - American Society of Mechanical Engineers

B31.11 Pipeline Transportation Systems for Liquidand Slurries

 ASTM - American Society for Testingand Materials


 AWS - American Welding Society
 AWWA - American Water Works Association
 BSI - British Standards Institution
 DIN – Deutsches Institutfür Normung
 HI – Hydraulic Institute
 ISA - Instrument Society of America
 ISO – International Organization for Standardization
 MSS – Manufacturers Standardization Society
 NACE - InternationalAssociation for Corrosion Engineers
 NEMA - National Electric Manufacturers Association
 SSPC - Society for Protective Coatings

A Mosaic exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego conforme portaria 3214, de 08/06/1978, e suas atualizações, bem como
o atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação localvigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-1066.
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6.0 CÓDIGO DEFONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério refere-se à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código. Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes
critérios de projeto para mineroduto da Mosaic:

Código Descrição

A Critério fornecido pela Mosaic


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Mosaic)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOSGERAIS

Código de Fonte
B

Este é um documento de consulta geral para o desenvolvimento do projeto, planejamento,


elaboração de fluxogramas, especificações e folhas de dados, memórias de cálculo e outros
documentos necessários à execução de projetos de mineroduto para a Mosaic.

O projeto deverá observar os requisitos contidos neste documento, e os sistemas hidráulicos


deverão ser desenvolvidos e dimensionados de modo a apresentar a menor relação
custo/benefício durante sua aquisição e implantação.

A projetista deverá assegurar que os recursos empregados, pessoal, software e hardware


sejam adequados para se obter a qualidade requerida, gerando ainda, registros e evidências
durante a execução dos serviços.

7.1 SUMÁRIO

O transporte de sólidos a médias e longas distâncias através de dutos, denominados


minerodutos, é alternativa confiável e econômica aos modos tradicionais de transporte de
materiais sólidos.

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Mineroduto é definido como o modo de transporte de sólidos granulares misturados com um
líquido, que funciona como veículo de transporte.

Esse líquido normalmente é a água, mas pode ser qualquer outro líquido conveniente, como
por exemplo: álcool etílico, metanol, salmoura, etc.

O sólido granulado pode ser constituído também pelos mais diversos materiais: carvão,
minério de ferro, minério de cobre, concentrados de ferro, cobre ou fosfato, rejeitos de
beneficiamento, caulim, bauxita, etc.

Os dutos apresentam maior custo fixo e o menor custo variável. O alto custo fixo resulta do
direito de acesso (faixa de domínio), da construção, da necessidade de controle das
estações e da capacidade de bombeamento.

As vantagens do mineroduto em relação aos demais meios de transporte são:

 Transpõem obstáculos naturais com facilidade;


 Causam pequeno impacto ambiental;
 Têm baixo custo de operação;
 Independem das condições meteorológicas na sua operação;
 Têm alta confiabilidade

por sua vez, as desvantagens são:

 Exigem investimento inicial elevado;


 São inflexíveis em termos de origem e destino;
 Não são adequados ao transporte de material que esteja sujeito a mudança
de padrão de carregamento;
 Não aplicáveis quando existe escassez de água, digo líquido apropriado
como veículo de transporte no início da linha.

7.2 RESPONSABILIDADES DA EMPRESAPROJETISTA

A empresa projetista deve sempre assumir a total responsabilidade sobre o projeto, elaborar
todos os cálculos e demais documentos que constituem o projeto. É de exclusiva
responsabilidade da empresa projetista a estrita observância das prescrições deste
documento, bem como das disposições legais que possam afetar o projeto do mineroduto.

Devem também ser seguidas pela empresa projetista as exigências das normas e
especificações técnicas.

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A liberação ou aceitação total ou parcial do projeto, por parte da Mosaic, em nada diminui a
responsabilidade da projetista pelo projeto.

7.3 APRESENTAÇÃO DOPROJETO

O projeto de mineroduto deve ser apresentado contemplando, no mínimo, os seguintes


documentos:

 Lista de documentos do projeto de tubulação;


 Lista de materiais;
 Fluxogramas de engenharia;
 Lista de material por linha;
 Lista de linhas;
 Planta de locação (PlotPlan), com indicação das interferências na faixa do
mineroduto e limites de propriedade;
 Arranjos das casas de bombas com o seu parque de tanques de
abastecimento bem como a(s) estação(ões) de válvulas de controle;
 Desenhos apresentando claramente as soluções propostas para vencer, ou
contornar, os obstáculos encontrados ao longo do percurso do mineroduto;
 Plantas de tubulação;
 Desenhos de planta e de perfil do terreno com abrangência total do
caminhamento;
 Memórias de cálculo de tubulação;
 Memórias de cálculo de flexibilidade e transientes hidráulicos;
 Relatórios de testes hidrostáticos;
 Projeto de sinalização;
 Projeto do sistema de proteção catódica.

Os documentos de projeto devem observar as prescrições e indicações dos procedimentos


de engenharia fornecidos pela Mosaic e pertinentes ao projeto.

A relação de documentos indicados acima não exclui a possibilidade da necessidade ou


exigência de outros documentos, a critério da Mosaic.

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7.4 HISTÓRICO DOPROJETO

O projeto deverá ser elaborado em estrita conformidade com os conceitos determinados no


memorial descritivo, no que se refere a:

 Capacidade de transporte;
 Otimização da concentração da polpa;
 Possibilidade de atender expansão futura (quando for o caso);e
 Enquadramento nas leis e regulamentos pertinentes, especialmente aqueles
em defesa do meio ambiente.

7.5 LIMITES DEBATERIA

Os limites de bateria dentro da responsabilidade do projetista iniciam na alimentação dos


tanques de recebimento da polpa a ser transportada e terminam nos flanges de descarga
dos tanques de recebimento da polpa na estação de destino. Os projetos e abastecimentos
de todas as alimentações de processo e utilidades, tais como, concentrados de minério,
água, e energia elétrica, na(s) estação(ões) de bombas, válvulas de alívio de pressão e do
terminal serão da responsabilidade de terceiros.

As responsabilidades do projetista incluem a determinação dos parâmetros de projeto


(locação, tamanho, pressão, vazão, cargas, etc.) necessários na interface dos limites de
bateria para todas as linhas (digo tubulações) de processo e utilidades na entrada e saída
bem como a revisão do projeto dos sistemas auxiliares para assegurar que esses irão
oferecer apoio confiável da operação do mineroduto.

As seguintes instalações poderão ser incluídas no sistema do mineroduto:

 Estação inicial de bombeamento do mineroduto, incluindo:


- Tanques de estocagem da polpa com agitadores providos de
variadores de velocidade;
- Bombas de carga (quando definido pelo projeto um standby)
- e respectiva tubulação;
- Filtros do tipo cesta (quando definido pelo projeto um stand by) para
proteção das bombas principais;
- Bombas de água de selagem (quando definido pelo projeto uma
standby);
- Loop deteste;
- Instalação elétrica a partir do barramento de 4,16 kV (equipamentos de
manobra e proteção, CCM fiação, etc.);

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- Controle e instrumentação;
- Estação de trabalho dos operadores;
- Bombas principais, tubulação e amortecedores de pulsação;
- Lançador de“pig”;
- Válvulas diversas de manobra e bloqueio;
- Dispositivos de alívio depressão.

 Mineroduto (propriamente dito), incluindo:


- Tubulação e revestimento;
- Estações de monitoramento depressão;
- Obras especiais (travessias);
- Sistema de proteção catódica.

 Estação (ões) Booster:


- Controle e instrumentação;
- Bombas principais, tubulação e amortecedores de pulsação;
- Recebedor e Lançador de “pig”;
- Válvulas diversas de manobra e bloqueio;
- Dispositivos de alívio depressão.

 Estação terminal,incluindo:
- Projeto das válvulas da linha principal;
- Controle e instrumentação;
- Tanques de estocagem da polpa com agitadores providos de
variadores de velocidade;
- Dispositivo de alívio depressão;
- Recebedor de “pig”;
- Abastecimento de energia (projeto por terceiros).

 Sistemas de telecomunicação, incluindo:


- Comunicação via fibra ótica;
- Sistema de comunicação via rádio.

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 Sistema de Controle supervisório e Aquisição de dados (SCADA), incluindo:


- Estação de trabalho de operador;
- Software próprio do sistema;
- Sistema de detecção de vazamentos;
- Interfaces com a planta de beneficiamento e a planta de desaguamento
no terminal.

 Itens gerais, incluindo:


- Todas as utilidades dentro dos limites de bateria do mineroduto;
- Quaisquer outras estruturas ou sistemas de segurança dentro dos
limites de bateria do mineroduto; tais como torres de rádio.

8.0 REQUISITOSESPECÍFICOS

Código de Fonte
A, B
8.1 DESCRIÇÃO BÁSICA DASINSTALAÇÕES

A instalação de transporte de polpas a longa distância deve incluir, além da tubulação, as


estações de bombeamento, as estações de válvulas e placas de orifício, o sistema de
lançamento e recebimento de pigs, o sistema de recepção de polpa e toda a instrumentação
da linha.

O sistema de controle e a instrumentação se referem ao monitoramento da linha (pressões,


temperaturas, densidade de polpa e velocidades) e ao acionamento remoto de válvulas de
controle. O sistema deve ser projetado de modo que as bombas de polpa não sejam
acionadas enquanto as bombas de água auxiliares não estejam funcionando, e parem, em
caso de falha destas. Usualmente, o sistema de controle deve ser retroalimentado de modo
a permitir a variação automática da velocidade das bombas.

A instrumentação a ser instalada nos sistemas de bombeamento de polpa deve ser


composta de medidores de densidade, medidores magnéticos de vazão e medidores de
pressão diferencial ou absoluta, separados da polpa por diafragmas. Nenhum desses
instrumentos pode entrar em contato com a polpa em movimento, para se evitar qualquer
perturbação ao escoamento.

A instrumentação nas estações de bombeamento deve incluir medidores de velocidade das


bombas, medidores de temperatura dos mancais, medidores de pressão da água auxiliar,
medidores de pressão da tubulação de polpa e integradores da vazão enviada ou recebida.
Os valores medidos devem ser transmitidos por rádio ou por fibra ótica para o painel central
do mineroduto.

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Em condições normais de operação, o controle do sistema será realizado através da Sala de


Comando da Estação Primária de Bombeamento. Porém, sob determinadas condições
operacionais essa Sala de Comando poderá transferir o controle para a Sala de Operação
no Terminal, cujo sistema supervisório funcionará sempre em caráter de “hotstand-by”.

O terminal de bombeamento deve incluir facilidades para eliminar as partículas mais grossas
e, em muitos casos, para permitir a moagem em circuito fechado de modo a adequar a
granulometria da polpa ao transporte. A correção das porcentagens de sólidos é fator crítico
para o bombeamento bem-sucedido, devendo ser feita em tanques com agitador.
Eventualmente, esses tanques podem ter a função de estocagem de polpa (em casos de
manutenção e testes) para posterior bombeamento.

Se necessário, deverá ser considerada a utilização de espessador para garantir que a polpa
a ser bombeada esteja na porcentagem de sólidos especificada pelo projeto, sendo o
underflow direcionado para tanques de repolpagem.

O terminal de descarga deve consistir, basicamente, de tanques com agitador para a


recepção da polpa e bombas para envio à operação seguinte (desaguamento, filtragem,
secagem, etc.). Deve ser prevista a implantação de tanques ou lagoas de decantação, para
reaproveitamento da água, ou para o descarte da água dentro das condições exigidas pela
legislação.

Tanto o terminal de bombeamento como o de recepção devem incluir reservatórios de


emergência (ponds), escavados no chão e impermeabilizados, com a finalidade de receber a
polpa em caso de emergência, ou instabilidade operacional. Deve ser previsto um sistema
de retomada dos sólidos decantados (pá carregadeira ou máquina similar) e de recuperação
da água para o processo.

Outros reservatórios de emergência devem ser dispostos em locais convenientes, ou seja,


nos pontos de cota mais baixa de cada trecho, de modo a permitir o esvaziamento rápido da
tubulação em caso de parada do transporte.

8.2 PECULIARIDADES DEPROJETO

Além dos problemas comuns a todo o sistema de bombeamento de polpa, outras


considerações devem ser feitas, em face da complexidade do sistema. Grande parte delas
se refere às características físicas exigidas para o material a ser transportado, às restrições
impostas por seu processamento antes e após o mineroduto, e às providências para
assegurar a continuidade operacional do sistema.

8.2.1 Distribuição Granulométrica

Deverá ser feito teste reológico para o conhecimento da categoria da polpa para a
especificação da bomba e da tubulação.

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Em geral, os testes de laboratório a serem realizados são os seguintes:

 Distribuição granulométrica;
 Massa específica dos sólidos;
 Faixa de concentração dos sólidos;
 Faixa de pH da polpa;
 Determinação do “Miller Number” – (como indicador de desgaste, digo
erosão do tubo);
 Faixa de temperatura e a sua influência nos outros fatores;
 Reologia completa;
 Análise química da polpa;
 Estimativa de taxa de corrosão;
 Efeito de “trail-out” quando bombeado em bateladas alternadas com água.

A polpa é classificada quanto às suas características, como granulometria, concentração e


densidade dos sólidos. De acordo com o padrão ANSI/HI, as polpas são classificadas em
polpas homogêneas e em quatro categorias de polpas heterogêneas. As categorias são
definidas em função da perda por fricção (Hf) que elas provocam durante o seu transporte, e
da velocidade limite de sedimentação (VL).

De uma maneira mais direta, as categorias são classificadas pela granulometria e


concentração de sólidos.

A presença de partículas mais grossas, que são transportadas por saltitação ou arrastadas
no fundo do tubo, acarreta um desgaste dessa região.

No caso de concentrados, sejam de cobre, ferro ou fosfato, ou de rejeitos, a distribuição


granulométrica já está estabelecida previamente como resultado dos processos de
beneficiamento que geraram esses concentrados ou rejeitos. O mineroduto deve projetado
para transportar o material como ele se apresenta.

Outros casos, no entanto, como carvão para ser queimado, ou concentrado de minério de
ferro para pelotização (pellet feed), em que o material será moído para ser utilizado
industrialmente, deixam uma margem de escolha para a empresa projetista da melhor
solução para o transporte.

Em qualquer circunstância, é importante manter a distribuição granulométrica dos sólidos


constante ao longo de toda a vida do mineroduto. Portanto, é necessário prever um método
confiável para se controlar, principalmente, o tamanho máximo de partícula.

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É importante determinar a qualidade da água a ser utilizada como veículo, pois influi de uma
forma significativa na corrosão do tubo.

8.2.2 Diluição de Polpa e Velocidade de Transporte

A porcentagem de sólidos é parâmetro muito importante e o projeto deve prever valores


máximos e mínimos a serem obedecidos durante a operação. Para um sistema real, as
limitações de projeto e operação são:

 Velocidade mínima;
 Porcentagem limite de sólidos para operação segura;
 Velocidade máxima admissível para limitar o efeito da abrasão;
 Velocidade máxima compatível com as condições extremas de operação dos
equipamentos de bombeamento;
 Limitações da classe de pressão das tubulações e do sistema.

O objetivo é ter a máxima porcentagem de sólidos, levando em consideração as


características reológicas da polpa.

As considerações a serem levadas em conta referente ao mineroduto em si são as


seguintes:

 A rota e perfil;
 A capacidade de transporte em toneladas por ano;
 A vida útil do mineroduto;
 Os critérios hidráulicos de transporte;
 O monitoramento de pressão ao longo do percurso;
 Os requerimentos dos tanques de estocagem;
 Os requerimentos das bacias de emergência.

Recomendamos que os dutos devam ser definidos segundo as tensões permissíveis e


materiais especificados na norma ASME B 31.11.

Os dutos enterrados devem ser revestidos externamente segundo as AWWA C 214, ou outro
sistema que oferece uma proteção de qualidade comprovadamente igual, ou melhor.

A sobre-espessura para corrosão e erosão será o produto da taxa anual de corrosão pelo
número de anos da vida útil. Para tubulações em geral, toma-se em média de 10 a 15 anos
de vida útil. Valor diferente disso deve ser justificado e validado pela engenharia da Mosaic.

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A sobre espessura poderá ser substituída por revestimento polimérico com aprovação prévia
da MOSAIC.

No caso de polpas sedimentares, não deverá haver pontos baixos e, caso ocorram, estes
deverão ser providos de válvulas automáticas de descarga (para bacias de contenção) para
evitar acúmulos de material e entupimentos consequentes.

É necessário definir o mecanismo de corrosão, os tipos de abrasão e os materiais que


poderão ser utilizados para otimizar a vida do sistema. É importante observar que sistemas
sujeitos à abrasão e corrosão simultâneas têm tipicamente maior desgaste das superfícies
de contato.

8.2.3 Perfil da Instalação e Gradiente Hidráulico

Para o desenvolvimento do projeto do mineroduto, deverão ser lançados sobre o perfil do


terreno os vários gradientes hidráulicos que correspondem às condições extremas de
operação.

A elaboração do perfil e dos gradientes hidráulicos correspondentes permite simplificar as


etapas de seleção do diâmetro final da tubulação, número e posição das instalações de
bombeamento e determinar a espessura da parede da tubulação ao longo de toda a linha.

A determinação da espessura da parede da tubulação deverá considerar no mínimo:

 A pressão de operação, de acordo com as normas aplicáveis, calculadas a


partir da altura manométrica ou desnível geométrico e do gradiente
hidráulico;
 As sobre pressões decorrentes de manobras de válvulas, paradas de
bombas, etc.;
 A altura estática deparada;
 O desgaste abrasivo e corrosivo esperado durante a vida útil da tubulação,
que reduzirá a espessura da parede.

Para a determinação da espessura teórica das paredes, deve-se considerar a sobre-


espessura necessária, comparar as especificações do mercado e buscar a melhor solução
do ponto de vista técnico-econômico e em conformidade com o CP-T-1001.

8.2.4 Desgaste Abrasivo e Corrosão

O controle do desgaste abrasivo da tubulação deverá ser feito por um sistema adequado e
preciso, considerando os diferentes mecanismos de desgaste abrasivo: sul camento,
riscamento, erosão e moagem (lixamento), etc.

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Deverão ser adotadas medidas adequadas para o controle da corrosão, considerando o
monitoramento desse processo eletroquímico e dos seus efeitos ao longo da vida do
mineroduto.

Cuidado especial deverá ser dado para curvas que constituem um ponto fraco no
mineroduto, que deverão ser protegidas por revestimento adequado, tanto na curva
propriamente dita como a jusante dela, em razão de turbulência causada.

Desgastes em curvas muitas vezes provocam necessidade de manutenção e problemas


operacionais. Entretanto, por meio do projeto das curvas, poderão ser minimizados os
efeitos do mecanismo do desgaste.

Soluções para reduzir o desgaste nas curvas incluem: curvas de raio longo, endurecimento
das curvas, sobre espessura e revestimento com borracha ou polímeros. A tubulação de
saída das curvas e cotovelos deverá ser de material adequado devido ao desgaste
provocado pela turbulência que ocorre após a singularidade.

Curvas de gomos soldadas deverão ser evitadas.

8.2.5 Declividade Máxima

Na análise para escolha da rota mais adequada para o mineroduto deverá ser considerada,
dentro da topografia local, a declividade máxima possível para atender às características
reológicas da polpa, de modo a se evitar acúmulo da parte sólida e entupimento da
tubulação. A inclinação da tubulação não pode ser maior que o ângulo de repouso do
material.

Para polpa com comportamento homogêneo, a tubulação pode acompanhar a topografia,


desde que as inclinações não excedam a 25% e as declividades não ultrapassem 20%.

Nos pontos de sela, deverão ser previstos reservatórios para a descarga em caso da
tubulação paralisar com carga.
Para polpa heterogênea, em que as partículas mais grossas tendem a se localizar na parte
inferior da tubulação, deverá ser prevista a instalação, ao longo da tubulação, de dispositivos
adequados que neutralizem a formação de leito móvel decorrente de pontos com perda de
carga mínima, tais como: misturadores (“scramblers”), curvas verticais de 360° (“loops”), etc.

8.2.6 Tipo de Bomba

A definição do tipo de bomba para o sistema de bombeamento deverá considerar, no


mínimo, as seguintes premissas:

 Vazão mínima e máxima requeridas;


 Velocidade mínima e máxima da polpa;
 Limite mínimo e máximo de porcentagem de sólidos da polpa;
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 Viscosidade da polpa;
 Extensão da linha;
 Perfil topográfico da linha;
 Desnível entre a estação de bombeamento e o terminal de recebimento;
 Necessidade de estações intermediárias de bombeamento;
 Pressão máxima admissível;
 Disponibilidade operacional máxima;
 Eficiência de bombeamento máxima;
 Bombas stand by.

A velocidade periférica deverá ser compatível com a categoria da polpa e o material ou


revestimento do rotor, conforme a norma ANSI/HI – 12.1(Esta consideração somente se
aplica à utilização de bombas centrífugas).

8.2.7 Detecção de Vazamento

Medidores de fluxo magnético, ou outro sistema adequado, seguro e preciso, deverão ser
instalados nas duas extremidades da tubulação, para medir a taxa de fluxo. As medidas de
pressão deverão ser realizadas na estação de bombeamento principal, estações
intermediárias (caso haja) e nos demais pontos de medição a serem estabelecidos pelo
projeto.

Todos os dados e alarmes do sistema de detecção de vazamento deverão ser compatíveis e


conectados ao sistema de supervisão e controle da Mosaic.

8.2.8 Controle e Monitoramento de Processo

O sistema de controle e monitoramento de processo deverá abranger, no mínimo, as


seguintes variáveis de processo:

 Vazão e densidade da polpa de alimentação;


 Vazão e densidade da polpa na tubulação;
 Vazão das linhas de água de selagem;
 Nível dos tanques de repolpagem;
 Todas as demais variáveis requeridas pela Mosaic.

Todos os dados e alarmes do sistema de controle e monitoramento de processo deverão ser


compatíveis e conectados ao sistema de supervisão e controle da Mosaic

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CLASSIFICAÇÃO

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USO INTERNO
ENGENHARIA - ME
TÍTULO Nº MOSAIC PÁGINA

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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA MINERODUTO CP - T - 1002
REV.

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9.0 CRITÉRIOS PARAINSTALAÇÕES
Código de Fonte
A, B, F
9.1 MINERODUTO

O dimensionamento e seleção do diâmetro e materiais da tubulação deverão ser em


conformidade com a norma ANSI B 31.11.

O emprego de revestimento interno deverá ser determinado considerando as vantagens


técnico-econômicas baseadas nas taxas de erosão e corrosão esperadas.

O projeto deverá prever sistema de proteção catódica. Juntas adequadas deverão ser
previstas para isolar o mineroduto das instalações fixas; tais como, as estações de
bombeamento, válvulas redutoras de pressão e similares. O sistema de proteção catódica
deverá ser munido de cabos de teste (ponto de prova) ao longo do mineroduto. Os locais de
aplicação de corrente impressa da proteção deverão ser definidos na(s) Estação(ões) de
Bombeamento e no Terminal. Caso necessários, leitos de anodos de magnésio poderão ser
providos para proteger trechos intermediários do mineroduto onde energia local não seja
facilmente disponível e a pesquisa indique a sua necessidade.

Em casos onde a não utilização de sistema de proteção catódica seja indicada pelo projeto,
deverá ser providenciada a instalação do revestimento da qualidade especificada pela
projetista e definido um plano de inspeções periódicas no duto ao longo da vida útil
projetada.

A construção do mineroduto deverá ser de acordo com a ANSI B31. 11. A empresa projetista
deverá elaborar uma especificação de construção para o empreiteiro do mineroduto. A
tubulação deverá ser normalmente enterrada. A profundidade do enterramento deverá ser
verificada durante o projeto.

Nas travessias de cursos de água (rios, córregos, etc.) a tubulação será enterrada a uma
profundidade mínima de segurança abaixo da linha do “talveg” conforme definida por
investigações hidrológicas e estender a tubulação naquela profundidade nos dois lados do
leito. Sempre que possível, estas travessias deverão ser realizadas com furações horizontais
direcionais (HDD – Horizontal Directional Drilling).

As especificações de enterramento, incluindo material de apiloamento em volta da tubulação


na vala, deverão ser compatíveis com a especificação do revestimento escolhido e as
condições locais. Em áreas que ficam molhadas sazonalmente, a flutuabilidade da tubulação
precisa ser controlada.

O projeto do mineroduto deverá prever outros aspectos na sua conceituação, tais como:

 Sinalização da rota do mineroduto;

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 Áreas para lagoas e bacias de contenção;


 Restrições de aclividades e declividades em conformidade como ângulo de
repouso dos sólidos sedimentados.

O mineroduto será testado hidrostaticamente de acordo a ANSI B 31.11.

9.2 ESTAÇÃO (ÕES) DEBOMBAS

Bombas centrífugas horizontais de velocidade variável servirão para aumentar a pressão


estática dos tanques para um nível satisfatório para atender as bombas de deslocamento
positivo, quando o sistema prever o emprego de bombas desse tipo. As bombas de carga
serão projetadas para preencher duas funções: alimentar às bombas principais e recircular a
polpa de volta aos tanques de estocagem através do loop de teste.

A Estação de Bombas deverá ser munida de dispositivos de alívio de sobre pressões


causadas por eventuais instabilidades operacionais, inclusive discos de ruptura. Cada
Estação de bombas deverá conter no mínimo os seguintes sistemas de utilidades:

 HVAC e proteção contra incêndio;


 Abastecimento de energia e pacotes de SCADA e Telecom;
 Água de processo e selagem;
 Ar comprimido.

10.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA


Código de Fonte
F

Deverá ser realizada uma análise de riscos, a cada projeto, visando à identificação, não só
dos riscos do próprio sistema, mas também dos decorrentes das suas interfaces com outros
equipamentos e sistemas, bem como do ambiente em que estará inserido.

Os requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-1001 deverão ser atendidos.

Em geral, os métodos e técnicas de construção deverão seguir as diretrizes brasileiras de


saúde, segurança e meio ambiente; tais como, requisitos de controle de sedimentação e
erosão, revegetação, etc.
O critério referente ao nível de ruído na estação de bombas deverá seguir a norma brasileira
NR-15 – Anexo Nº 1. A estação deverá ter um arranjo que permite a adição de barreiras de
som posteriormente, se for constatado a sua necessidade.

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