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MANUAL DE
USO INTERNO
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CRITÉRIOS DE PROJETO CP - E - 1001
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL CAM BRS GAM GAM 26/04/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
6.0 CÓDIGO DA FONTE 5
7.0 CONDIÇÕES GERAIS 6
7.1 RELÉS DE PROTEÇÃO DIGITAIS MICROPROCESSADOS 6
7.2 TRANSFORMADORES PARA SERVIÇOS DE MEDIÇÃO E DE PROTEÇÃO 8
7.3 CRITÉRIOS DE ATERRAMENTO DO NEUTRO 9
7.4 ATENDIMENTO À REDE BÁSICA 11
8.0 PROTEÇÃO DA SUBESTAÇÃO PRINCIPAL 11
8.1 PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE ENTRADA DA SUBESTAÇÃO 11
9.0 PROTEÇÃO DAS SUBESTAÇÕES SECUNDÁRIAS 12
9.1 CONJUNTO DE MANOBRA DE MÉDIA TENSÃO 13
9.2 CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES DE MÉDIA TENSÃO 14
9.3 CONJUNTO DE MANOBRA DE BAIXA TENSÃO 15

9.4 CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES DE BAIXA TENSÃO 16


10.0 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA 18
10.1 GERAL 18
10.2 TRANSFORMADORES COM POTÊNCIA INFERIOR A 5 MVA 18
10.3 TRANSFORMADORES COM POTÊNCIA IGUAL OU ACIMA DE 5 MVA 19
11.0 PROTEÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES DE MÉDIA TENSÃO 19
12.0 PROTEÇÃO DE FILTRO PASSIVO DE HARMÔNICAS 19
13.0 TABELA DE FUNÇÕES DE PROTEÇÃO ANSI X IEC 20

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14.0 TABELA DE LOGICAL NODES IEC 61850 21

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios mínimos a serem aplicados na proteção dos sistemas elétricos


industriais em subestações secundárias a ser utilizada nas instalações da Mosaic. Para
casos particulares, como em áreas isoladas, aplicações pontuais no campo, fica a cargo do
projeto definir a forma mais adequada simplificando o projeto, mas em atendimento completo
das normas de proteção e segurança.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todos os Projetos de Capital da Mosaic.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou contêm


instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão mais
recente.

CP-E-1002 Critérios de Projeto de Elétrica


CP-J-1001 Critérios de Projeto para Automação Industrial

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os Códigos e/ou Normas relacionados foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6855 Transformadores de Potencial Indutivos


NBR 6856 Transformador de Corrente – Especificação e Ensaios
NBR 5060 Guia para Instalação e Operação de Capacitores de Potência -
Procedimento
NBR 5356-1 Transformadores de Potência – Parte 1: Generalidades
NBR 5356-5 Transformadores de Potência – Parte 5: Capacidade de Resistir a
Curtos-Circuitos

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 ANSI - American National Standards Institute

C37.110-1996 Guide for the Application of Current Transformers

 IEC - International Electrotechnical Commission

IEC 61850-5 Communication Networks and Systems for Power Utility


Automation - Part 5: Communication Requirements for Functions
and Device Models

 IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

C37. 2-2008 Standard for Electrical Power System Device Function Numbers,
Acronyms and Contact Designations
C37. 1-2007 Standard for SCADA and Automation System
C37. 90-2005 Standard for Relays and Relay Systems Associated with Electric
Power Apparatus
C37. 99-2012 Guide for the Protection of Shunt Capacitor Banks
C37. 96-2012 Guide for AC Motor Protection
C37. 91-2008 Guide for Protecting Power Transformers
IEEE 32 Standard Requirements, Terminology and Test Procedure for
Neutral Grounding Devices

 MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

NR 10 Segurança das Instalações e Serviços em Eletricidade

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos poderão ser


encontradas no GU-E-1066.

6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério se refere à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos, podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código. Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes
critérios de projeto para a Mosaic:

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Código Descrição

A Critério fornecido pela Mosaic


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Mosaic)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 CONDIÇÕES GERAIS

Código da fonte
A, B

O projeto do Sistema Elétrico Industrial de Proteção deverá atender a requisitos mínimos


citados neste critério e ao estudo de Seletividade e Coordenação da Proteção (documento
específico do projeto).

As funções de proteção citadas neste documento servem de recomendações exceto por


expressa determinação normativa e a definição destas é responsabilidade da engenharia do
projeto.

A segurança pessoal deverá ser priorizada com a aplicação de medidas de proteção que
minimizem os tempos de exposição aos riscos elétricos.

7.1 RELÉS DE PROTEÇÃO DIGITAIS MICROPROCESSADOS

Os relés de proteção digitais microprocessados, denominados Dispositivos Eletrônicos


Inteligentes (IED - Intelligent Electronic Device), que farão parte dos sistemas de proteção,
poderão apresentar caráter multifuncional dispondo não apenas de funções de proteção
necessárias a uma situação específica, bem como funções adicionais de proteção e outras
funções, tais como controle, medição, intertravamentos, automatismos, registro de eventos,
oscilografia, etc. Em função do exposto acima, deverá ser objetivada uma redução de tipos
de relés empregados e/ou especificados.

Os IEDs de média tensão são de utilização recomendável e para a baixa tensão, as funções
de LSIG deverão ser avaliadas pelo projeto.

Os IEDs deverão processar os sinais provenientes dos circuitos secundários dos


transformadores de potencial (TP) e de corrente (TC). Os circuitos secundários dos TP e TC
deverão passar por chaves/blocos de teste antes de serem conectados aos IED.

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A comunicação dos dispositivos de proteção deverá estar em conformidade com o CP-J-


1001.

Os IED deverão:

 Ser providos de rotinas de autodiagnose, com alcance a todos os seus


módulos funcionais internos, e com capacidade de localizar e registrar,
localmente e remotamente, qualquer anormalidade funcional;
 Possuir na face frontal uma Interface Homem-Máquina (IHM) composta de
teclado e visor de cristal líquido;
 Permitir a parametrização/leitura local dos parâmetros, por meio de teclado
na IHM;
 Permitir a parametrização/leitura local e remota dos parâmetros, por meio de
software instalado em microcomputador/notebook;
 Possuir relógio e calendário interno com sincronismo externo via entrada tipo
IRIG-B ou outra tecnologia de mesma precisão. Este sinal, por sua vez,
deverá ser proveniente de relógio sincronizado por GPS;
 Possuir o acesso ao menu de parametrização e de ajustes, protegido por
senha de usuário;
 Disponibilizar para leitura, no mínimo, os valores das grandezas medidas
tais como tensões, correntes, potências, energias, demandas, fator de
potência e frequência;
 Dispor de quatro contatos, no mínimo, sendo dois para alarme e outros dois
para desligamento;
 Possuir meios para implantação do esquema de seletividade lógica e da
função de falha de disjuntor (Função 50/62BF), sem a necessidade de relés
auxiliares externos;
 Possuir meios para, após a operação das funções de proteção, reter o sinal
de disparo (Função 86), sem a necessidade de relés auxiliares de bloqueio
externos;
 Possuir preferencialmente saídas com capacidade de energizar diretamente,
por exemplo, bobinas de disjuntores, sem a necessidade de utilização de
relés auxiliares de disparo de alta velocidade;
 Possuir meios para implantar lógicas de controle, de forma a eliminar a
utilização externa de chaves de controle externas e de relés auxiliares
multiplicadores de contatos, relés auxiliares biestáveis, relés auxiliares de
bloqueio e relés auxiliares temporizadores;
 Possibilitar o registro de sequência de evento;
 Possibilitar o registro de oscilografia.
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7.2 TRANSFORMADORES PARA SERVIÇOS DE MEDIÇÃO E DE PROTEÇÃO

7.2.1 Geral

Os transformadores para medição e proteção deverão:

 Ser projetados e fabricados conforme os requisitos das normas NBR 6855 e


NBR 6856;
 Possuir níveis de isolamento compatíveis com a classe de tensão do circuito
elétrico onde estiverem instalados.

Os transformadores para medição e proteção de baixa e média tensão, para instalação no


interior dos cubículos deverão ser do tipo seco encapsulados em resina epóxi.

Os transformadores para medição e proteção de alta tensão, para instalação externa no


pátio de subestações, deverão:

 Ser imersos em óleo isolante mineral;


 Ter caixa de terminais secundários com grau de proteção, no mínimo, IP54 e
equipada com dispositivos para aplicação de lacre.

7.2.2 Transformadores de corrente (TC)

Os transformadores de corrente deverão:

 Ser para corrente secundária nominal de 1A ou 5A;


 Ter capacidade de suportar os efeitos térmicos e dinâmicos devidos à
passagem das correntes térmica nominal e dinâmica nominal no ponto do
sistema onde eles estiverem instalados.

A especificação da corrente primária do TC para serviço de medição deverá ser baseada na


corrente nominal do circuito acrescida de um fator de sobrecarga (no mínimo 20%),
adotando-se o primeiro valor padronizado de corrente primária de TC, acima do valor
calculado.

A especificação de carga nominal do TC para serviço de medição deverá ser baseada na


soma das cargas dos equipamentos conectados no secundário.

A especificação da corrente primária do TC para serviço de proteção deverá ser baseada na


corrente de curto-circuito do barramento dividida pelo fator “20” (vinte), conforme a norma

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NBR 6856 adotando-se o primeiro valor padronizado de corrente primária de TC acima do
valor calculado.

Os transformadores de corrente para serviço de proteção não deverão saturar quando da


circulação das correntes de curto-circuito, obtendo-se desta forma as correntes e
oscilografias.

Para que isto seja possível a tensão secundária que irá aparecer no TC, quando da
circulação da corrente de curto-circuito, deverá ser inferior à tensão secundária nominal para
a qual foi especificado.

Esta tensão secundária nominal deverá ser especificada de acordo com a expressão contida
na norma ANSI C37.110-1996, a qual leva em consideração a assimetria do circuito, e
consta dos seguintes termos:

 A relação X/R do circuito primário até o ponto de falta;


 O valor eficaz da corrente de curto-circuito primária;
 A impedância total do secundário do TC.

Nos cubículos de baixa e de média tensão, para a proteção de sobrecorrente de terra do tipo
ground sensor deverá ser instalado um transformador de corrente tipo janela, na barra de
saída de cada cubículo dos ramais de saída, no compartimento de cabos, preferencialmente
entre os terminais dos cabos e a parte inferior do cubículo.

7.2.3 Transformadores de potencial (TP)

Os transformadores de potencial deverão levar em consideração o seguinte:

 A especificação de carga nominal do TP deverá considerar a soma das


cargas dos equipamentos conectados secundário;
 A proteção no secundário dos TP deverá ser feita por disjuntor
termomagnético tipo caixa moldada.

7.3 CRITÉRIOS DE ATERRAMENTO DO NEUTRO

7.3.1 Considerações gerais

Os critérios de aterramento do neutro do sistema elétrico da Mosaic, nos diversos níveis de


tensão, foram definidos tendo em vista o atendimento dos seguintes requisitos:

 Garantia de segurança quanto às tensões de toque e de passo máximas


admissíveis pelo corpo humano;

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 Limitação das sobretensões sustentadas nas fases sãs na ocorrência de


faltas fase-terra, bem como das sobretensões transitórias originadas pelas
faltas fase-terra de características intermitentes, em níveis compatíveis com
o isolamento dos equipamentos;
 Garantia de um sistema de proteção contra faltas fase-terra sensível, rápido
e seletivo;
 Redução do risco de destruição dos equipamentos devido ao fato de operar
com baixos valores de correntes de falta fase-terra;
 Simplificação do sistema de proteção contra faltas fase-terra;
 Simplificação da localização do ponto da falta fase-terra, possibilitando
consequentemente a sua eliminação;
 Continuidade de operação da planta mesmo após a ocorrência da primeira
falta fase-terra.

7.3.2 Limitação da corrente de falta fase-terra na média tensão

A eventual ocorrência de curto-circuito fase-terra na média tensão (MT) deverá ser limitada
nos valores citados no CP-E-1002, por meio da instalação de resistores de aterramento no
neutro dos secundários dos transformadores.

O sistema de proteção nesse caso deverá ser composto por um módulo com resistor de
aterramento de média tensão juntamente com um transformador de corrente (TC), no
secundário do qual deverá ser ligado um relé digital microprocessado de sobrecorrente não
direcional de terra (Funções 51N e 50N).

A circulação das correntes de falta fase-terra, referidas anteriormente, requer a eliminação


rápida delas (desligamento do circuito com defeito) via TC e relés de proteção.

Os tempos de atuação da proteção contra falta fase-terra deverão ser escolhidos de modo
que o sistema elétrico opere de forma segura a partir de um determinado valor de corrente
(em geral 10% da máxima corrente de falta à terra).

7.3.3 Limitação da corrente de falta fase-terra na baixa tensão (BT) em 480 V

A eventual ocorrência de curto-circuito fase-terra na tensão de 480 V deverá ser limitada no


valor especificado no CP-E-1002, por meio da instalação de resistor de aterramento no
neutro dos secundários dos transformadores, em conjunto com um Sistema de Supervisão
de Falta para a Terra.

O sistema de proteção nesse caso deverá ser composto por um módulo com resistor de
aterramento de baixa tensão em conjunto com um módulo com sistema de supervisão de
falta para terra.

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A limitação de uma eventual corrente de falta fase-terra ao valor proposto, na primeira
ocorrência de falta, deverá possibilitar que o sistema elétrico permaneça em operação pelo
tempo necessário à localização e correção da referida falta.

O sistema de supervisão deverá possibilitar a localização do ponto onde ocorreu o defeito.

7.3.4 Limitação da corrente de falta fase-terra na baixa tensão (BT) em 380/220 V e


220/127 V

Transformadores com tensão secundária de 380/220 V e 220/127 V deverão ter o neutro


solidamente aterrado, não havendo, portanto, nesses níveis de tensão a utilização de
resistores e consequentemente a limitação da corrente de falta fase-terra.

7.4 ATENDIMENTO À REDE BÁSICA

As subestações elétricas alimentadas pela rede básica deverão atender os requisitos


descritos nos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

8.0 PROTEÇÃO DA SUBESTAÇÃO PRINCIPAL

Código da fonte
A, B

8.1 PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE ENTRADA DA SUBESTAÇÃO

As subestações principais tem o seu suprimento de energia elétrica feito através de uma
subestação da rede básica ou de uma outra subestação, via linha de transmissão, em nível
de tensão compatível com a demanda do projeto e com a disponibilidade da concessionária
local.

As subestações principais deverão ser constituídas, basicamente, por um pátio externo para
equipamentos de alta tensão e por uma casa de comando, compreendendo a sala de painéis
elétricos e a sala de cabos.

O projeto deverá estabelecer o limite máximo de energia incidente das instalações para que
sejam tomadas as medidas necessárias de adequação do projeto do sistema de proteção.

Caso indicado pelo projeto, deverá ser instalado relés de proteção de arco elétrico.

Para as subestações principais, diversas situações a seguir apresentadas podem acontecer.


Para cada uma delas estão elencados os códigos de proteção (ANSI/IEEE C37.2)
adequados a serem implementados a título de recomendação.

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Ao final do documento, os códigos ANSI e os “logical nodes” do IEC 61850 estão indicados
(itens 13 e 14).

O projeto deverá definir quais as proteções a serem utilizadas.

8.1.1 Proteção do circuito de entrada com alimentação única até a tensão de 138 kV

Neste caso recomenda-se a proteção do circuito de entrada com as funções 27, 50, 51, 50N,
51N, 46, 49, 86, 59 e 64G ou 59N.

8.1.2 Proteção do circuito de entrada com alimentação dupla até a tensão de 138 kV

Neste caso recomenda-se a proteção de cada circuito de entrada com as funções 50, 51,
50N, 51N, 46, 49, 86, 27, 59, 64G ou 59N, 67 e 67N.

8.1.3 Proteção do circuito de entrada com alimentação única em tensão acima de 138
kV

Neste caso a proteção do circuito de entrada deverá obedecer às recomendações do ONS,


pois irá tratar-se de uma subestação pertencente à rede básica.

8.1.4 Proteção do circuito de entrada com alimentação dupla em tensão acima de 138
kV

Neste caso a proteção de cada circuito de entrada deverá obedecer às recomendações do


ONS, pois irá tratar-se de uma subestação pertencente à rede básica.

9.0 PROTEÇÃO DAS SUBESTAÇÕES SECUNDÁRIAS

Código da fonte
A, B

Essas subestações, compostas basicamente por Sala de Painéis Elétricos, Sala de Cabos e
Baias Externas para transformadores de força, deverão estar localizadas próximas aos
centros de carga da Planta Industrial, sendo interligadas à Subestação Principal,
preferencialmente por meio de redes aéreas.

Essas subestações deverão abrigar, entre outros, equipamentos elétricos tais como painéis
do tipo de Conjuntos de Manobra de Média (CJM-MT) e de Baixa (CJM-BT) Tensão, Centro
de Controle de Motores de Média (CCM-MT) e de Baixa (CCM-BT) Tensão, cujos sistemas
de proteção serão descritos a seguir.

Recomenda-se a instalação para todos os conjuntos de manobra e centros de controle de


motores de baixa e de média tensão, de sistema de diagnóstico térmico e sistema de

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detecção e proteção de arco elétrico, para monitoramento e desligamento, visando à
proteção pessoal dos operadores, dos equipamentos e das instalações, conforme CP-E-
1002.

O projeto deverá estabelecer o limite máximo de energia incidente das instalações para que
sejam tomadas as medidas necessárias de adequação do projeto do sistema de proteção.
Caso indicado pelo projeto, deverá ser instalado relés de proteção de arco elétrico.

Para as subestações secundárias, diversas situações a seguir apresentadas podem


acontecer. Para cada uma delas estão elencados os códigos de proteção (ANSI/IEEE C37.2)
adequados a serem implementados a título de recomendação.

Ao final do documento, os códigos ANSI e os “logical nodes” do IEC 61850 estão indicados
(itens 13 e 14).

A engenharia do projeto deverá definir quais as proteções a serem utilizadas.

9.1 CONJUNTO DE MANOBRA DE MÉDIA TENSÃO

O sistema de proteção dos CJM-MT será dividido em circuitos de entrada e em circuitos de


saída.

9.1.1 Proteção dos circuitos de entrada

Os circuitos de entrada podem ser constituídos por:

 Circuitos de média tensão vindo de uma outra subestação;


 Circuitos de média tensão vindo da mesma subestação;
 Circuitos de média tensão vindo da mesma subestação e que fazem parte
do enrolamento secundário de um transformador de potência com potência
nominal menor que 5 MVA;
 Circuitos de média tensão vindo da mesma subestação e que fazem parte
do enrolamento secundário de um transformador de potência com potência
nominal maior ou igual a 5 MVA.

As funções recomendadas para a proteção dos circuitos de entrada, listados nos itens
acima, são:

 Circuito único: 50GS, 51GS, 50, 51, 46, 49, 86, 27, 59, 64G ou 59N;
 Circuito duplo: 50GS, 51GS, 50, 51, 46, 49, 86, 27, 59, 64G ou 59N, 67 e
67N.

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9.1.2 Proteção dos circuitos de saída

Os circuitos de saída podem ser constituídos por:

 Circuitos de média tensão de alimentação de um CCM-MT na mesma


subestação;
 Circuitos de média tensão de alimentação de um CCM-MT em outra
subestação;
 Circuitos de média tensão de alimentação de transformadores de potência;
 Circuitos de média tensão de alimentação de bancos de capacitores/filtros
de harmônicos;
 Circuitos de média tensão de alimentação de transformadores de
iluminação;
 Circuitos de média tensão de alimentação de painéis de inversores de
freqüência.

As funções recomendadas para a proteção dos circuitos de saída, listados nos itens acima,
são: 50GS, 51GS, 50, 51, 46, 49 e 86.

9.2 CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES DE MÉDIA TENSÃO

9.2.1 Proteção dos circuitos de entrada

9.2.1.1 Proteção do circuito de entrada com alimentação única

Neste caso recomenda-se a proteção do circuito de entrada com as funções 50, 51, 50GS,
51GS, 46, 49, 86, 27, 59, 47 e 81.

9.2.1.2 Proteção do circuito de entrada com alimentação dupla

Neste caso recomenda-se a proteção de cada circuito de entrada com as funções 50, 51,
50GS, 51GS, 46, 49, 67,67N , 86, 27, 59, 47 e 81.

9.2.2 Proteção dos Circuitos de Saída de Alimentação de Motores de Média Tensão

A proteção dos circuitos de saída de alimentação de motores de média tensão varia


consideravelmente e depende da potência, custo e da importância do motor para o
processo.

Para efeito de definição da proteção, os motores de indução de média tensão podem ser
distribuídos em três categorias de potência:

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 Potências de até 500 kW, inclusive;


 Potências acima de 500 kW até 2000 kW, inclusive;
 Potências acima de 2000 kW.

9.2.2.1 Proteções mínimas para motores com potências até 500 kW, inclusive,
comandados por disjuntor ou contator-fusível

A configuração contator-fusível é uma aplicação bastante viável para motores de potências


menores sujeitos a um grande número de manobras.

Nesse caso a interrupção da corrente de curto-circuito deverá ser realizada pelo fusível,
advindo daí que as funções 50 e 51 do relé deverão ser ajustadas para alarme ou bloqueio
associado à seletividade lógica.

As funções recomendadas neste caso são: 38/49T, 46, 49, 48, 50GS, 51GS, 50, 51 e 86.

9.2.2.2 Motores com potências maiores que 500 kW e até 2000 kW, inclusive

As funções recomendadas neste caso são: 38/49T, 49, 48, 50GS, 51GS, 50, 51, 46, 66, 64G
ou 59N, 27, 37, 50BF, 59, 47, 74 e 86.

9.2.2.3 Motores com potência acima de 2000 kW

As funções recomendadas neste caso são: 38/49T, 49, 48, 50GS, 51GS, 50, 51, 46, 66, 64G
ou 59N, 27, 37, 50BF, 59, 47, 74, 81, 87G, 32U e 86.

9.2.3 Proteção dos circuitos de saída de alimentação de cargas diversas que não sejam
motores

Os CCM-MT poderão, eventualmente, alimentar cargas diversas, que não sejam motores,
assumindo a função de um Conjunto de Manobras (CJM-MT).

As funções recomendadas neste caso são: 27, 59, 46, 47, 49, 50, 51, 50GS, 51GS, 86,
50BF e 81.

9.3 CONJUNTO DE MANOBRA DE BAIXA TENSÃO

9.3.1 Proteção do Circuito de Entrada

O sistema de proteção do circuito de entrada do conjunto de manobras de baixa tensão


deverá contar com um relé de proteção, de preferência digital microprocessado (IED), com
as seguintes funções de proteção recomendadas: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49, 27, 59, 86.

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9.3.2 Proteção dos Circuitos de Saída

Os circuitos de saída dos CJM-BT não deverão ter a finalidade de alimentar motores
individuais, sendo a sua finalidade principal a alimentação de mais de um CCM-BT, podendo
alimentar outros tipos de cargas tais como bancos de capacitores, transformadores de
potência, etc.
Os circuitos de saída poderão ser constituídos dos seguintes tipos de dispositivos de
proteção:

9.3.2.1 Disjuntores de Caixa Moldada:

Os disjuntores deverão dispor das funções de proteção L, S, I e G, sendo que todas essas
funções deverão ser ajustáveis, e a função I passível de ser bloqueada. A função
instantânea deverá possibilitar o envio de bloqueio para a função instantânea do disjuntor de
entrada.

9.3.2.2 Disjuntores Abertos (ACB) e Relé de Proteção Digital Microprocessado

Os relés de proteção digitais microprocessados deverão dispor, no mínimo, das funções de


proteção 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49 e 86.

9.3.3 Interruptor do Tipo Diferencial Residual (DR)

Deverá ser prevista proteção adicional por DR em todos os circuitos com tensão de 480 V,
de 220 V ou de 127 V, em todos os prédios, escritórios, áreas industriais, oficinas e demais
instalações, conforme CP-E-1002.

9.4 CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES DE BAIXA TENSÃO

9.4.1 Proteção do circuito de entrada

O sistema de proteção do circuito de entrada do centro de controle de motores de baixa


tensão deverá contar com um relé de proteção, de preferência digital microprocessado
(IED), com as seguintes funções de proteção recomendadas: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 47,
49, 27, 59 e 86.

9.4.2 Proteção dos circuitos de saída de alimentação de motores de baixa tensão

A proteção dos circuitos de saída de alimentação de motores de baixa tensão deverá ser
constituída por disjuntores de caixa moldada com as funções L, S e I, e por relés de
proteção, de preferência IED, com as seguintes funções de proteção recomendadas: 38,
50GS, 46, 47, 48, 49, 27, 59.

Todas estas funções do disjuntor deverão ser ajustáveis e com a função instantânea
passível de ser bloqueada, quando o estudo de seletividade assim o definir.

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9.4.3 Proteção dos circuitos de saída de alimentação de Inversores e Softer-Starters

Em princípio a proteção dos alimentadores dos painéis de inversores e soft-starters deverá


ser feita por disjuntores.
Os motores com partida através de inversor de frequência e ou soft-starter deverão ser
protegidos pelo próprio equipamento de acionamento através das funções de proteção dos
motores de baixa tensão.

9.4.4 Proteção das demais saídas

Os CCM-BT poderão, eventualmente, alimentar cargas diversas, que não sejam motores,
assumindo a função de um Conjunto de Manobras (CJM-BT).

Neste caso a proteção poderá ser feita por:

 Disjuntor de Caixa Moldada;


 Disjuntor de Caixa Moldada e Relé de Proteção de Fuga a Terra (DR);
 Disjuntor Aberto (ACB) e Relé de Proteção Multifuncional (IED).

9.4.4.1 Cubículo de Saída com Disjuntor de Caixa Moldada

Os disjuntores deverão dispor das funções de proteção L, S, I e G sendo que todas essas
funções deverão ser ajustáveis, e a função I passível de ser bloqueada.

A função instantânea deverá possibilitar o envio de bloqueio para a função instantânea do


disjuntor de entrada.

9.4.4.2 Cubículo de Saída com Disjuntor de Caixa Moldada e Relé de Proteção de Fuga a
Terra

Os disjuntores deverão dispor das funções de proteção L, S e I sendo que todas essas
funções deverão ser ajustáveis, e a função I passível de ser bloqueada.

A função instantânea deverá possibilitar o envio de bloqueio para a função instantânea do


disjuntor de entrada.

Esta saída deverá contar também com um relé de proteção de fuga a terra do tipo DR.

9.4.4.3 Cubículo de Saída com disjuntor Aberto (ACB) e Relé de Proteção Multifuncional
(IED)

Os relés de proteção digitais microprocessados deverão dispor, no mínimo, das funções 50,
51, 50GS, 51GS, 46, 49 e 86.

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10.0 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

10.1 GERAL

Os sistemas de proteção deverão ser aplicados aos transformadores de potência com duas
finalidades:

 Isolar o transformador do sistema na ocorrência de um defeito no interior do


tanque do próprio transformador;
 Proteger o transformador contra defeitos externos ao tanque causados por
perfuração ou descarga pela superfície externa de buchas, e por
sobrecargas ou curto circuitos nas linhas ou outros equipamentos por ele
alimentados.

Os defeitos no interior do tanque poderão ser causados, por exemplo, por falhas do
isolamento dos enrolamentos, defeitos dos comutadores de tensão, falhas de isolamento
entre chapas do núcleo ou falta de aterramento desse, interrupção de uma fase, baixo nível
do óleo isolante.

Os transformadores a seco alimentados por disjuntores a vácuo, quando submetidos a TRV


(Transient Recovery Voltage) que possa danificar as bobinas ou reduzir a vida útil do
transformador, devem estar protegidos por supressores de surto (snubber) e para raios de
óxido de zinco o mais próximo possível das buchas de entrada do transformador.

Não existem normas ou padrões rígidos para determinar as funções de proteção que serão
aplicadas a cada transformador de potência, sendo que cada caso particular deverá ser
estudado levando em consideração, entre outros os seguintes fatores:

 Potência do transformador;
 Localização do transformador no sistema.

No caso geral, para efeito de definição do sistema de proteção, os transformadores serão


classificados em duas faixas de potência, inferior a 5 MVA e igual ou superior a 5 MVA.

10.2 TRANSFORMADORES COM POTÊNCIA INFERIOR A 5 MVA

Para essa faixa de potência, são recomendadas as seguintes funções de proteção: 50, 51,
46, 49, 50GS, 51GS, 86, 50BF.

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10.3 TRANSFORMADORES COM POTÊNCIA IGUAL OU ACIMA DE 5 MVA

Para essa faixa de potência são recomendadas as seguintes funções de proteção: 50P, 51P,
46P, 49, 50GSP, 51GSP, 86, 50BFP, 87, 87N, 50S, 51S, 46S, 50GSS, 51GSS, 50BFS.

Onde:
P=Primário;
S=Secundário.

O projeto de proteção deverá prever para cada lado do transformador as funções 46, 50, 51,
50GS, 51GS e 50BF;

11.0 PROTEÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES DE MÉDIA TENSÃO

Os disjuntores aplicados nas manobras e proteção de bancos de capacitores são


submetidos a severas solicitações devidas aos transitórios de corrente e tensão que ocorrem
durante as referidas manobras. Por esse motivo, a probabilidade desses disjuntores
falharem é maior do que disjuntores utilizados em outras aplicações.

Por isso, a norma IEEE C37.99-2000 recomenda a aplicação de esquemas de proteção


contra falha de disjuntor nos alimentadores de bancos de capacitores.

A ação desses relés deverá provocar a desenergização do barramento de alimentação do


banco de capacitores, através do desligamento dos disjuntores adjacentes ligados ao banco.
Caso estes estejam remotamente instalados, devem ser utilizados canais de comunicação.

As funções de proteção recomendadas para banco de capacitores em média tensão são:

 Estrela Isolada: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49, 64G ou 59N (ou 59), 50BF e
86;
 Estrela Aterrada: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49, 64G ou 59N (ou 59), 50BF e
86;
 Dupla Estrela Isolada: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49, 61, 50BF e 86;
 Dupla Estrela Aterrada: 50, 51, 50GS, 51GS, 46, 49, 61, 50BF e 86.

12.0 PROTEÇÃO DE FILTRO PASSIVO DE HARMÔNICAS

O sistema de proteção do filtro passivo de harmônicas deverá ser projetado levando-se em


consideração cada componente do filtro, como por exemplo, reatores, banco de capacitores
e resistores.

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As funções de proteção recomendadas para filtro passivo de harmônicas são: 50, 51, 50GS,
51GS, 46, 49, 27, 59, 61, 50BF e 86.

13.0 TABELA DE FUNÇÕES DE PROTEÇÃO ANSI X IEC

A tabela seguinte indica as principais funções de proteção ANSI e sua localização no corpo
do documento bem como seu equivalente LN (Logical Node) para utilização com o IEC
61850.

Alguns códigos ANSI não possuem equivalente LN.

Tabela 13.1 - Referência Cruzada ANSI x IEC 61850


ANSI/ IEC 61850 –
IEEE LOGICAL Descrição Localização
C37.2 NODES
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.2.1.1 / 9.2.1.2
27 PTUV Relé de subtensão / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 / 9.3.1 /
9.4.1 / 9.4.2 / 12.0
PDPR /
32U Relé de potência direcional 9.2.2.3
PWDE
Relé de mínima corrente ou de mínima
37 PVCP 9.2.2.2 / 9.2.2.3
potência
PMSU / Dispositivo de proteção de
38 9.4.2
PTTR sobretemperatura de mancal
Função de proteção térmica efetuada
PMSU /
38/49T por meio de termoresistores (38 para 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
PTTR
Mancal e 49T para enrolamento)
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 /
Relé de inversão de fase ou de 9.2.1.2 / 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
46 PPBR
desequilíbrio de correntes de fase 9.2.3 / 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.2 /
9.4.4.3 / 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
9.2.1.1 / 9.2.1.2 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
47 PPBV Relé de sequência de fase de tensão
9.2.3 / 9.4.1 / 9.4.2
Relé de sequência incompleto-partida
48 PMSU 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.4.2 /
longa
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 /
9.2.1.2 / 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
49 PTTR Relé de Sobrecarga Térmica
9.2.3 / 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.2 /
9.4.4.3 / 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.1.2 9.1.1 /
Relé de sobrecorrente instantâneo de 9.2.1.1 / 9.2.1.2 / 9.2.2.1 / 9.2.2.2 /
50 PIOC
fase 9.2.2.3 / 9.2.3 / 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1
/ 9.4.4.3 / 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 /
Relé de sobrecorrente temporizado de 9.2.1.2 / 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
51 PTOC
fase 9.2.3 / 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.4.3
/ 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
Relé de proteção contra falha de 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 / 10.2 / 10.3 /
50BF RBRF
disjuntor 11.0 / 12.0

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ANSI/ IEC 61850 –
IEEE LOGICAL Descrição Localização
C37.2 NODES
Relé de sobrecorrente instantâneo de
50N 7.3.2 / 8.1.1 / 8.1.2
neutro
Relé de sobrecorrente temporizado de
51N 7.3.2 / 8.1.1 / 8.1.2
neutro
9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 / 9.2.1.2 /
Relé de sobrecorrente instantâneo do 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 /
50GS
tipo ground-sensor 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.2 / 9.4.4.3
/ 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 / 9.2.1.2 /
Relé de sobrecorrente temporizado do 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 /
51GS
tipo ground-sensor 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.4.3 / 10.2 /
10.3 / 11.0 / 12.0
8.1.1 / 8.1.2 / 12.0 / 9.1.1 / 9.2.1.1 /
59 PTOV Relé de sobretensão 9.2.1.2 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 /
9.3.1 / 9.4.1 / 9.4.2 / 11.0 / 12.0
64G ou Relé de sobretensão residual ou de 8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3
PHIZ
59N sobretensão de neutro / 11.0
61 Relé de balanceamento de corrente 11.0 / 12.0
Relé de supervisão do número de
66 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
partidas
67 PDOC Relé de sobrecorrente direcional de fase 8.1.2 / 9.1.1 / 9.2.1.2
67N PDEF Relé sobrecorrente direcional de neutro 8.1.2 / 9.2.1.2 / 9.1.1
74 Relé de alarme 9.2.2.2 / 9.2.2.3
79 RREC Relé de religamento
9.2.1.1 / 9.2.1.2 / 9.2.2.3 / 9.2.3 /
81 PFRQ Relé de frequência
9.4.4.1
8.1.1 / 8.1.2 / 9.1.1 / 9.1.2 / 9.2.1.1 /
9.2.1.2 9.2.2.1 / 9.2.2.2 / 9.2.2.3 /
86 Relé auxiliar de bloqueio
9.2.3 / 9.3.1 / 9.3.2.2 / 9.4.1 / 9.4.4.3
/ 10.2 / 10.3 / 11.0 / 12.0
87 PDIF Relé diferencial 10.3
87N PNDF Relé de proteção de falta terra restrita 10.3
87G PGDF Relé diferencial de terra 9.2.2.3

14.0 TABELA DE LOGICAL NODES IEC 61850

A tabela seguinte indica os principais LNs (Logical Nodes) do IEC 61850.

Tabela 14.1 - Logical Nodes Principais


Descrição do Logical Node Código
Regulador de Corrente Neutra ANCR
Controle de Potência Reativa ARCO
Controlador de Comutador de Carga Automático ATCC

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Descrição do Logical Node Código
Controle de Tensão AVCO
Tratamento de Alarme CALH
Controle de Grupo de Refrigeração CCGR
Intertravamento CILO
Chaveamento em Ponto na Onda CPOW
Controlador de Chave CSWI
Controle de Processo Automático Genérico GAPC
Processo Genérico I/O GGIO
Aplicação de Segurança Genérica GSAL
Arquivamento IARC
Interface Homem Máquina IHMI
Interface telecontrolada ITCI
Interface de Telemonitoramento ITMI
Nó Lógico Zero LLN0
Informação de Dispositivo Físico LPHD
Medidas Diferenciais MDIF
Harmônicos ou Interharmônicos não Relacionados a Fase MHAM
Metragem MMTR
Medição não Relacionada a Fase MMXN
Medição MMXU
Seqüência e Desbalanceamento MSQI
Estatísticas de Metragem MSTA
Diferencial PDIF
Comparação de Direção PDIF
Distância PDIS
Alta Tensão (Sobrepotência) Direcional PDOP
Baixa tensão (subpotência) Direcional PDUP
Taxa de Oscilação da Freqüência PFRC
Restrição Harmônica PHAR
Detector de Terra PHIZ
Sobrecorrente Instantânea PIOC
Inibição de Ligamento de Motor PMRI
Supervisão do Tempo de Partida de Motor PMSS
Fator de Sobrepotência POPF
Medição do Ângulo de Fase PPAM
Esquema de Proteção PSCH
Falta para a Terra Direcional Sensitiva PSDE
Falta à Terra Transiente PTEF
Tempo Sobrecorrente PTOC
Sobrecarregamento de Freqüência (Sobrefreqüência) PTOF

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Descrição do Logical Node Código
Sobrecarregamento de Tensão PTOV
Condicionando Proteção Trip PTRC
Sobrecarregamento Termal PTTR
Subcorrente PTUC
Subfreqüência PTUF
Subtensão PTUV
Fator Subpotência PUPF
Tempo Sobrecorrente Controlada por Tensão PVOC
Volts por Hz PVPH
Velocidade Zero ou Subvelocidade PZSU
Gravador de Distúrbio Canal Analógico RADR
Gravador de Distúrbio Canal Binário RBDR
Falha de Disjuntor RBRF
Elemento Direcional RDIR
Função Gravadora de Distúrbio RDRE
Tratamento de Gravação de Distúrbio RDRS
Localizador de Falha RFLO
Detecção/Bloqueio de Oscilação de Potência RPSB
Auto religamento RREC
Verificação de Sincronismo ou Sincronização RSYN
Monitoramento e Diagnósticos para Arcos SARC
Supervisão de Isolamento do Meio SIMG
Supervisão de Isolamento do Meio (líquido) SIML
Monitoramento e Diagnósticos para Descargas Parciais SPDC
Transformador de Corrente TCTR
Transformador de Tensão TVTR
Disjuntor XCBR
Chave de Circuito XSWI
Neutralizador de Falta para Terra (Bobina de Petersen) YEFN
Comutador de Tap YLTC
Bobina de Potência YPSH
Transformador de Potência YPTR
Rede Auxiliar ZAXN
Bateria ZBAT
Bushing ZBSH
Cabo de Força ZCAB
Banco Capacitor ZCAP
Conversor ZCON
Gerador ZGEN
Linha Isolada por Gás ZGIL

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Descrição do Logical Node Código
Linha Sobrecarregada de Energia ZLIN
Motor ZMOT
Reator ZREA
Componente Reativo Rotativo ZRRC
Estabilizador ZSAR
Conversor de Freqüência Controlado por Tiristor (Thyristor Controlled Frequency Converter) ZTCF
Componente Reativo Controlado por Tiristor (Thyristor Controlled Reactive Component) ZTCR

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