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CLASSIFICAÇÃO

MANUAL DE
USO INTERNO
ENGENHARIA - ME
TÍTULO Nº MOSAIC PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA CONTROLE E EF-J-1001
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AUTOMAÇÃO DE TRANSPORTADORES DE CORREIA
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REVISÕES
TE: TIPO A -PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARACONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARAAPROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORMECOMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL RSV BRS GAM GAM 06/06/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
5.0 DEFINIÇÕES 4
6.0 ESCOPO 4
7.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS 4
7.1 DEFINIÇÃO DO EQUIPAMENTO 4
7.2 CARACTERÍSTICAS DO FORNECIMENTO 5
7.3 INSTRUMENTAÇÃO PARA TRANSPORTADORES DE CORREIA 5
8.0 FUNCIONALIDADES 6
8.1 MODOS DE OPERAÇÃO 8
8.2 CONTROLE, SEQUENCIAMENTO E INTERTRAVAMENTO 8
8.3 RASTREAMENTO DE MATERIAL (TRACKING) 12

8.4 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO 12


8.5 SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO 12
8.6 GERENCIAMENTO DE ATIVOS 13

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer as características funcionais básicas de controle e automação para


transportadores de correia a serem utilizados nas instalações da MOSAIC.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da MOSAIC.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-J-1001 Critérios de Projeto para Automação Industrial


CP-J-1002 Critérios de Projeto para Instrumentação
EG-J-1001 Especificação Geral para Sistemas de Automação em
Equipamentos Mecânicos
EG-J-1003 Especificação Geral para Sistema de Supervisão e Controle
ET-J-1021 Especificação Técnica para Sistema de Monitoramento de
Defeitos em Correias de Transportadores
GU-E-1066 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 13742 Transportadores Contínuos – Transportadores de Correia –


Procedimentos de Segurança
NBR 13759 Segurança de máquinas - Equipamentos de parada de
emergência - Aspectos funcionais - Princípios para projeto
NBR 13862 Transportadores Contínuos – Transportadores de Correia –
Requisitos de Segurança para Projetos

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NBR 14153 Segurança de máquinas — Partes de sistemas de comando
relacionados à segurança — Princípios gerais para projeto
NBR ISO 12100 Segurança de máquinas — Princípios gerais de projeto —
Apreciação e redução de riscos

 ISA - International Society of Automation

ANSI/ISA 95 Enterprise-Control System Integration


ANSI/ISA 62443 Security for Industrial Automation and Control Systems
(ISA 99)

A MOSAIC exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego conforme portaria no 3214, de 08/06/1978 e sua atualizações e o
atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-1066.

6.0 ESCOPO

Esta especificação se aplica a automação e controle de transportadores de correia em


ambientes industriais e determina, através de alguns conjuntos de regras, a maneira de
como esses equipamentos deverão operar.

7.0 CARACTERÍSTICASGERAIS

7.1 DEFINIÇÃO DO EQUIPAMENTO

Dentro do contexto desta especificação deverá ser entendido como equipamento, a mínima
unidade operável pelo sistema supervisório. Unidade operável é aquela em que o operador
poderá estabelecer comandos tais como liga, desliga, abrir, fechar, mudança do modo de
operação etc.

No caso de um transportador de longa distância, dotado de dois ou mais motores para


acionamento, deverá ser considerado como equipamento o transportador e nunca cada um
dos motores, pois o operador só pode atuar no conjunto. A lógica do controlador
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programável deverá acionar todos os motores, quando o operador solicitar a partida do
transportador.

7.2 CARACTERÍSTICAS DO FORNECIMENTO

O acionamento, controle e intertravamento do transportador de correia serão executados


através do sistema de supervisão e controle da unidade industrial. Esses sistemas estão
referenciados nas especificações gerais EG-J-1001 e EG-J-1003.

Maiores detalhes deverão ser como foi definido na especificação técnica e requisição técnica
do transportador de correia.

7.3 INSTRUMENTAÇÃO PARA TRANSPORTADORES DE CORREIA

A utilização de sensores, atuadores, relé ou controlador programável de segurança e


analisadores on-line de defeitos nas correias (tipo, quantidade e localização) deverão ser
avaliados para cada transportador de correia, em função de suas características, posição no
processo e do processo no qual estão inseridos e os riscos envolvidos em cada situação.

Cada projeto deverá definir no documento critérios de instrumentação, específico de cada


projeto, quais instrumentos deverão ser utilizados em cada equipamento individualmente,
bem como outros que possam vir a ser necessários.

A instrumentação típica para transportadores de correia é listada a seguir:

 Sensores Discretos:
- Chave de emergência;
- Chave de desalinhamento de correia;
- Detector de rasgo;
- Chave de esticamento da correia;
- Chave de nível alto/entupimento de chute;
- Sensor de posição de chute;
- Chaves de fim de curso (Tripper Car, cabeça móvel, translado, etc.);
- Detector de metais;
- Chave de deslizamento/velocidade baixa (contagem de pulsos).

 Sensores Analógicos:
- Balança de fluxo ou integradora;
- Sensor de velocidade;
- Sensores de vibração;

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- Sensores de temperatura;
- Medição decorrente.

 Atuadores Discretos:
- Alarmes sonoros;
- Alarmes visuais;
- Comando de motores –CCM;
- Posição de chutes;
- Freio hidráulico (instrumentação da unidade hidráulica);
- Acionamento extrator de sucata.

 Atuadores Analógicos:
- Variadores de frequência;

 Relés / controlador programável de segurança;


 Analisadores on-line de defeitos em correias de transportadores.

8.0 FUNCIONALIDADES

A cada equipamento estarão associados três conjuntos operacionais, a saber:

 Comandos: corresponderão a ações operacionais emitidas pelo supervisório,


tais como, liga, desliga, operação automática, seleção, rearme, etc.
 Estados: conjunto de estados que um equipamento poderá assumir,
derivado de um comando do operador e compilado pela lógica de
intertravamento do controlador programável, tais como: funcionando, parado,
pronto para partir, defeito, não selecionado, sem permissão, local, remoto,
manual, automático, etc.
 Diagnóstico: conjunto das causas de impedimento de funcionamento de um
equipamento, tais como: sobreaquecimento, sobrecorrente, defeito de
posicionamento, desalinhamento, falta de permissão de outros
equipamentos, etc.

O sistema de controle e supervisão dos transportadores de correia deverá implantar os


recursos e funcionalidades descritos neste item. O transportador deverá ser fornecido com
toda a instrumentação necessária à implantação destas funcionalidades.

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Os transportadores de correia são parte integrante de sistemas de transporte de material


(rota), para:

 Transporte da mina para uma pilha de estocagem;


 Transporte de um virador de vagões para uma pilha de estocagem;
 Transporte de uma pilha de estocagem para um carregador de navios;
 Transporte de uma pilha de estocagem para um carregador de vagões;
 Transporte entre equipamentos e pilhas ou silos, em plantas de
beneficiamento;
 Outros.

Os equipamentos de origem ou à montante do transportador poderão ser:

 Silo ou moega de estocagem;


 Virador de vagões;
 Retomadora de pilha de estocagem;
 Outro transportador(transferência/chute).

Os equipamentos de destino ou à jusante do transportador poderão ser:

 Silo ou moega de estocagem;


 Empilhadeira de pilha de estocagem;
 Carregadores de vagões;
 Carregadores de navios;
 Silo de embarque;
 Outro transportador(transferência/chute).

Como parte integrante de um sistema de transporte, os detalhes específicos do acionamento


e intertravamento de cada transportador deverão ser especificados no projeto de engenharia
do sistema de automação e controle.

Os requisitos aqui apresentados deverão ser complementados pela documentação


específica do projeto.

Para transportadores de correia de velocidade variável deverão ser considerados os


parâmetros que atuarão na velocidade, tais como:

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 Taxa de transporte desejada;


 Taxa de ocupação da correia (perfil de carga);
 Outros definidos pelo processo.

8.1 MODOS DE OPERAÇÃO

Os modos de operação e manutenção, nos quais qualquer dos tipos de transportador de


correia deverá funcionar, estão definidos no documento de critérios de projeto de
automação, específico de cada projeto. Em projetos existentes deverá ser seguida a filosofia
já utilizada.

8.2 CONTROLE, SEQUENCIAMENTO E INTERTRAVAMENTO

Consistem no acionamento do transportador de correia e implantação de intertravamentos


de segurança, intertravamentos de processo e sequenciamentos para operações
automáticas.

8.2.1 Acionamento Local

O acionamento local deverá ser feito através de botoeiras individuais para cada motor
elétrico e instalados próximos aos mesmos, devendo ser utilizado somente para
manutenções ou em situações de contingências. Deverão existir:

 Botão Liga: quando em modo local ou manutenção, o acionamento desse


botão comandará a partida do transportador. No modo de operação remoto o
botão Liga deverá ficar desabilitado no campo. Deverá existir um botão para
cada sentido de acionamento, com contatos tipo momentâneo;
 Botão Desliga: em qualquer estado de operação, o acionamento desse
botão comandará a parada normal do transportador e gerará um alarme
correspondente para o operador na sala de controle. Deverá ser do tipo
contato momentâneo;
 Botão Emergência: em qualquer situação, o acionamento desse botão
comandará a parada de emergência do transportador e gerará um alarme
para o operador. Deverá ser utilizado botão tipo cogumelo, com contato com
retenção, com rearme apenas local.

Os botões de comando local Liga e Desliga deverão ser ligados às entradas digitais dos
controladores.

O botão de emergência é para segurança pessoal e deverá ter um dos contatos ligado às
entradas digitais dos controladores e em atendimento à norma NBR-14153, o outro contato
desse botão deverá ser utilizado em conjunto com a chave de emergência e com o relé ou
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controlador de segurança, para intertravamento físico do equipamento, abrindo o circuito de
controle diretamente no CCM.

A diferença entre o botão Desliga e o botão de Emergência é que o acionamento desse


último, causa a parada abrupta do equipamento e no caso de acionamento do botão Desliga,
a parada é efetuada por lógica no controlador programável.

Além dos botões acima, deverão existir as chaves de emergência, cujo acionamento, em
qualquer situação, deverá comandar a parada de emergência do transportador e seu rearme
só deverá ser possível localmente.

As chaves de emergência deverão promover a parada incondicional do equipamento e


enviar sinal para o sistema de supervisão e controle da planta, seja através de relés de
segurança, seja através de controlador programável de segurança.

Toda partida de transportador deverá ser precedida de todos os procedimentos de


segurança, como acionamento dos alarmes sonoros locais, sinalizações visuais locais e
outros.

8.2.2 Permissões

Como o transportador de correia normalmente é um equipamento componente de uma


sequência de equipamentos, na lógica do intertravamento do equipamento deverão existir
permissões para que ele possa operar. Essas permissões poderão vir de equipamentos à
montante ou à jusante do transportador, dependo do tipo de partida e parada em
andamento.

A permissão para operar deverá ser uma combinação de condições, que represente as
condições operacionais necessárias à operação do transportador de correia e de seus
equipamentos periféricos.

As permissões deverão obedecer ao modo de operação, sendo que em modo local não
deverá depender da permissão dos equipamentos a montante ou a jusante do transportador.
Em nenhum modo de operação as chaves e botoeiras de emergência poderão ser
desconsideradas.

8.2.3 Partida a Vazio

A partida a vazio é caracterizada pelo fato de que todos os equipamentos da sequência se


encontram parados e completamente vazios no momento da partida.

8.2.4 Partida Reversa a Vazio

Nessa modalidade, os equipamentos são acionados de jusante para montante, ou seja,


determinado equipamento só fornece a “permissão para partir” para o equipamento a

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montante, após ele próprio se encontrar em funcionamento normal. Essa lógica deverá
repetir para cada equipamento, até que toda a sequência esteja em funcionamento.

Depois que todos os equipamentos estiverem em funcionamento, o início da alimentação de


material para o primeiro equipamento da sequência deverá ser liberado.

8.2.5 Partida Direta a Vazio

Nessa modalidade, os equipamentos são acionados de montante para a jusante, ou seja,


determinado equipamento somente deverá fornecer a “permissão para partir” do
equipamento à jusante, após este estar carregado com uma quantidade determinada de
material.

Para a contabilização do material presente no equipamento, deverá ser feito um


rastreamento da carga sobre o transportador (tracking). Essa lógica deverá se repetir para
cada equipamento, até que toda a sequência esteja em funcionamento.

Para a implantação desse tipo de partida deverão ser levados em consideração a


velocidade, o comprimento e o tempo de aceleração do transportador de correia à jusante.

Esse tipo de partida permite uma economia de tempo e de energia quando comparada à
partida reversa, mas necessita de um maior nível de sensoreamento.

8.2.6 Partida com Carga

A partida com carga é caracterizada pelo fato de que todos os equipamentos da sequência
ou pelo menos alguns deles, se encontram com material no momento da partida. Os
equipamentos deverão partir de jusante para montante.

Nessa modalidade, o equipamento mais a jusante deverá ser acionado e após esse
equipamento entrar em funcionamento normal, ele fornece a “permissão para partir” para o
equipamento à montante. Essa lógica deverá se repetir para cada equipamento até que toda
a sequência esteja em funcionamento.

8.2.7 Parada a Vazio

A parada a vazio é caracterizada pela parada da sequência somente após todos os seus
equipamentos se encontrarem vazios.

Nessa modalidade a alimentação do primeiro equipamento da sequência deverá ser


desligada, após um determinado tempo, suficiente para o esvaziamento do equipamento.
Essa lógica deverá se repetir para cada equipamento de montante para jusante, até que
todos os equipamentos da sequência estejam vazios e desligados.

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8.2.8 Parada de Emergência

A ocorrência de qualquer dos eventos listados a seguir deverá causar uma parada de
emergência do transportador de correia:

 Acionamento das botoeiras ou chaves de emergência local deverá comandar


a parada imediata da sequência, independentemente se o controle estiver
em modo local ou modo remoto;
 Acionamento do comando emergência remoto caracterizará a parada
imediata da sequência, somente quando o controle estiver em modo remoto;
 Falta de permissão para operar (equipamento à montante ou à jusante) é a
parada imediata da sequência (parcial ou total);
 Atuação da chave de desalinhamento interromperá a sequência de
operação, depois de decorrido certo tempo de atuação da chave (tempo de
confirmação). Esse tempo é necessário para evitar desligamentos em função
de desalinhamentos temporários da correia;
 Atuação do sensor de rasgo, dependendo do tipo de sensor utilizado
(passível de atuação temporária indevida), fará a parada da sequência
depois de decorrido certo tempo de atuação deste sensor (tempo de
confirmação). Esse tempo é necessário para evitar desligamentos indevidos;
 Falhas graves do sistema de lubrificação;
 Atuação do sistema de monitoramento on-line da correia;
 Atuação de detector de metais.

A parada do transportador devido à atuação do detector de metais deverá ser avaliada caso
a caso. Quando instalados em redundância (detector 1 + extrator de metais + detector 2), a
atuação do detector 1 não deverá ocasionar a parada do transportador.

Caso existam, outros motivos deverão ser descritos na documentação específica do projeto.
A retomada do funcionamento deverá depender do restabelecimento funcional do
equipamento com defeito.

8.2.9 Parada Parcial de Emergência

Na parada parcial de emergência, todos os equipamentos da sequência que se encontram à


montante do equipamento em emergência deverão ser desligados simultaneamente (com
material). Os equipamentos a jusante deverão continuar em funcionamento normal até o seu
esvaziamento ou até o restabelecimento funcional da sequência.

8.2.10 Parada Total de Emergência

Na parada total de emergência, todos os equipamentos da sequência deverão ser


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desligados simultaneamente (com material). A retomada do funcionamento deverá depender
do restabelecimento funcional do equipamento com defeito.

A definição da utilização de parada total ou parada parcial de emergência deverá ser feita
com base no processo do projeto.

8.3 RASTREAMENTO DE MATERIAL(TRACKING)

O rastreamento de material consiste no acompanhamento da quantidade de material em


cada trecho ao longo do transportador de correia.

As informações fornecidas pelos sensores de peso ou fluxo e pelo sensor de velocidade do


transportador deverão ser utilizadas para esse rastreamento.

O rastreamento deverá permitir um controle dinâmico das paradas e partidas com carga e do
intertravamento do transportador de correia com os equipamentos a montante e a jusante. O
rastreamento de material é fundamental para a implantação das partidas sequenciais diretas,
em que os equipamentos deverão ser acionados de montante para jusante e, também, para
a parada a vazio da sequência ou rota.

8.4 SISTEMAS DELUBRIFICAÇÃO

Os transportadores de correia poderão possuir, em função da sua extensão, um ou mais


sistemas de lubrificação associados.

O acionamento do equipamento lubrificado irá depender do seu sistema de lubrificação estar


ou não em funcionamento. Uma vez acionado, os sistemas de lubrificação deverão ser
responsáveis pela injeção periódica de lubrificante nas partes móveis dos equipamentos
lubrificados. O acionamento dos sistemas de lubrificação deverá estar logicamente
associado ao funcionamento do equipamento lubrificado.

Os sistemas de lubrificação associados deverão estar operando continuamente, enquanto o


equipamento lubrificado estiver em funcionamento normal. Dependendo da extensão,
eventuais falhas no sistema de lubrificação poderão parar o equipamento lubrificado (parada
de emergência).

O funcionamento do sistema de lubrificação deverá ser conforme definido pelo fornecedor.

8.5 SISTEMAS DESINALIZAÇÃO

O sistema de sinalização terá a função de alertar, normalmente por meio de sinalização


sonora, os momentos que antecedem a partida e a parada do equipamento (normal e
emergência). Deverá ser utilizado por questões de segurança de pessoas e do próprio
equipamento, com o intuito de evitar acidentes durante os procedimentos de partida e de
parada. A intensidade do aviso sonoro deverá ser adequada à área onde o transportador de
correia for instalado. Deverá ser também observado:

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 O uso de aviso sonoro de tipo contínuo para sinalização de partida e parada
do transportador de correia;
 A duração de no mínimo 20 (vinte) segundos, podendo ser maior em função
da análise de risco. Esse tempo deverá ser suficiente para permitir que o
pessoal presente na área se coloque em situação segura, bem como ser
suficiente para a entrada em regime normal de operação de todos os
componentes do transportador de correia.

Transportadores de correia móveis deverão ter a sinalização sonora contínua enquanto


estiverem sendo movimentados.

8.6 GERENCIAMENTO DE ATIVOS

O gerenciamento de ativos deverá fazer a coleta, o tratamento estatístico e o


armazenamento das informações funcionais dos transportadores de correia, tais como
tempo de funcionamento, quantidade de paradas normais, quantidade de paradas de
emergência e outros.

Caso existam, deverão também ser coletados os dados dos sensores de vibração e
temperatura instalados nos eixos e mancais dos motores principais do transportador.

Esses dados deverão ser tratados por software específico para o cálculo e gerenciamento
dos índices de desempenho e condição dos transportadores de correia.

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