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MANUAL DE
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL RSV BRS GAM GAM 22/08/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 5
6.0 CÓDIGOS DA FONTE 5
7.0 REQUISITOS GERAIS 5
7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 6
7.2 UNIDADES 7
7.3 AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE 7
7.4 VIDA ÚTIL DE PROJETO 7
7.5 MATERIAIS 7
8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 8
8.1 ESTUDOS 8
8.2 DEFINIÇÃO DO TIPO ESTRUTURAL 12
8.3 ELEMENTOS DO PROJETO 16
8.4 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 22
8.5 DIRETRIZES COMPLEMENTARES 22
8.6 PASSARELAS 29
9.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 30

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios para o desenvolvimento dos projetos de engenharia de pontes e


viadutos.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos de capital da


MOSAIC.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Deverão ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-B-1001 Critérios de Projeto para Civil/ Infraestrutura, Rodovias, Acessos


e Sistema Viário
CP-B-1004 Critérios de Projeto para Ferrovias
CP-C-1001 Critérios de Projeto para Estruturas / Concreto
CP-N-1001 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-S-1001 Critérios de Projeto para Estruturas Metálicas
CP-X-1001 Critérios de Projeto para Fundações de Estruturas e Obras de
Terra
EG-C-1001 Especificação Geral para Concretos
EG-S-1001 Especificação Geral para Fabricação de Estrutura Metálica
ES-C-1001 Especificação de Serviços para Obras de Concreto Armado
ES-C-1004 Especificação de Serviços para Obras de Concreto Protendido
ES-X-1001 Especificação de Serviços para Investigações Geotécnicas de
Campo
GU-E-1009 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) Civil/Infraestrutura
GU-E-1018 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) Civil/Infraestrutura
GU-E-1066 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos

GU-E-1032 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual (FEL 2)


Civil/Infraestrutura

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4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Deverão ser utilizados na
sua revisão mais recente.

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto – Procedimento


NBR 6122 Projeto e execução de fundações
NBR 7187 Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido –
Procedimento
NBR 7188 Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos,
passarelas e outras estruturas
NBR 7189 Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias
NBR 8681 Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
NBR 8800 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios
NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos
NBR 10839 Execução de obras de arte especiais em concreto armado e
concreto protendido

 DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte

IPR-698 Manual de Projetos de Obras-de-Arte Especiais

A MOSAIC exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do ministério do


Trabalho e Emprego conforme portaria 3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, e o
atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação local vigente.

Em casos especiais ou no caso de omissão das normas brasileiras vigentes, deverão ser
consultadas e/ou utilizadas as normas internacionais de conceituação comprovada.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

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5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-1066.

6.0 CÓDIGOS DA FONTE

O código em letras listado abaixo se refere à fonte de informação utilizada na execução


deste documento.

Código Descrição

A Critério fornecido pela MOSAIC


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da MOSAIC)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A/F/J

Os projetos de pontes e viadutos deverão ser elaborados de acordo com as normas


aplicáveis, sob a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados e com experiência
anterior comprovada. Entende-se por projeto o conjunto de documentos, especificações,
manuais, dimensionamentos e desenhos necessários à implantação do empreendimento.

Os critérios a empregar são apresentados neste documento, abordando as etapas de


estudos e projetos nas diversas disciplinas.

Na etapa de estudos deverão ser abordados todos os estudos e parâmetros necessários


para a definição da alternativa de projeto mais adequada à implantação da obra, aos
processos construtivos e sistemas estruturais, incluindo: estudos topográficos e batimétricos,
quando necessário, estudos de interferências, estudos hidrológicos, estudos geológicos e
geotécnicos, estudos geométricos, gabaritos, parâmetros executivos, parâmetros
operacionais e de segurança, parâmetros arquitetônicos. Quanto mais precisos e detalhados

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forem os elementos coletados, maior é a probabilidade de se alcançar uma solução
adequada, econômica, durável e estética.

Na etapa de projeto deverão ser abordados os tópicos pertinentes a, sem a eles se limitar:
projeto geométrico, projeto de terraplenagem, projeto de drenagem, projeto de
pavimentação, projeto de estabilização de taludes e encostas, projeto de sinalização, projeto
de fundação, projetos estruturais da superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura.

Os projetos deverão ser desenvolvidos de maneira a obter soluções técnico-econômicas


compatíveis sob o ponto de vista estrutural, geotécnico, geológico, hidrológico, de execução,
de integração ao meio ambiente e às características regionais, de estética, e que atenda às
condições locais de acesso à obra e de disponibilidade de materiais e mão-de-obra. Deverão
ser apresentadas em desenhos ou outros documentos todas as justificativas, cálculos,
dimensionamentos, especificações e informações, necessários para o entendimento do
projeto e correta execução da obra.

Os requisitos descritos nos documentos CP-C-1001 e CP-S-1001 deverão ser atendidos no


desenvolvimento de projetos de pontes e viadutos.

7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Os guias listados abaixo deverão ter suas diretrizes seguidas no desenvolvimento do projeto
em suas diferentes fases:

 Projeto Conceitual: GU-E-1032;


 Projeto Básico: GU-E-1009;
 Projeto Detalhado: GU-E-1018.

Deverão ser atendidas as prescrições das normas NBR 7187, NBR 7188, NBR 7189 e de
demais normas aplicáveis ao projeto. Recomenda-se seguir as orientações da publicação do
DNIT IPR-698 durante o desenvolvimento do projeto.

Os projetos complementares, como drenagem, sinalização, terraplenagem, etc, deverão ser


elaborados conforme critérios do CP-B-1001, de civil/infraestrutura. Para pontes e viadutos
ferroviários, deverão ser atendidos também os requisitos do CP-B-1004.

Nos casos de cruzamentos com vias sob domínio de órgãos oficiais, rodovias, ferrovias ou
vias navegáveis, deve-se atender também aos critérios, prescrições e requisitos legais dos
respectivos órgãos, que têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste
documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

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7.2 UNIDADES

Deverão ser usadas as unidades do Sistema Internacional, exceto onde a tradição de uso ou
disponibilidade de mercado tenha consagrado o uso de outras unidades.

7.3 AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE

Deverá ser definida a classe de agressividade ambiental a que a estrutura está sujeita. A
agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam
sobre as estruturas, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas
de origem térmica e outras previstas no dimensionamento das estruturas.

7.4 VIDA ÚTIL DE PROJETO

As estruturas deverão ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições


ambientais previstas e utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem a segurança,
a estabilidade e a aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.

Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as
características das estruturas, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e de manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de
execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais.

O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida
útil diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de dilatação.

7.5 MATERIAIS

Os materiais deverão satisfazer às especificações da Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT) e aos requisitos das especificações da MOSAIC: EG-C-1001; ES-C-1001,
ES-C-1004 e EG-S-1001. A utilização de materiais não previstos nesses documentos
deverá ser submetida à apreciação da MOSAIC.

Para estruturas de concreto, o projeto deverá especificar a resistência característica mínima


necessária e fator água/cimento para atender a todas as fases de solicitações e nas idades
previstas para sua ocorrência. Quando necessário, outras características principais, como
diâmetro máximo do agregado, deverão ser indicadas para garantir durabilidade e aparência
adequadas ao concreto.

As propriedades do concreto e do aço da armadura passiva ou ativa estão indicadas na NBR


6118.

Para estruturas metálicas, o projeto deverá especificar os tipos de aço que serão utilizados
na estrutura, que devem ser compatíveis entre si, evitando a formação de pilha galvânica e

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que tenham resistência estrutural e durabilidade compatíveis com as necessidades do
projeto.

As propriedades dos aços estruturais e dos materiais de ligação estão indicadas na NBR
8800.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J
8.1 ESTUDOS

8.1.1 Estudos Topográficos e de Interferências

Fazem parte dos estudos topográficos e de interferências, sem a eles se limitar:

 Perfil longitudinal do terreno ao longo do eixo do traçado, com greide cotado,


desenhado em escala de 1/100 ou 1/200 e numa extensão tal que seja
exequível e suficiente para a definição da obra e dos aterros de acesso.
Em caso de transposição dos cursos d’água, deverá ser levantada a seção
transversal dos mesmos a intervalos máximos de cinco metros e com
indicação das respectivas cotas de fundo;
 Planta topográfica do trecho em que será implantada a obra, com curvas de
nível de metro a metro, contendo o eixo do traçado, interferências existentes
tais como limites de divisas, linhas de transmissão, etc., e obstáculos a
serem vencidos com suas respectivas esconsidades, abrangendo área
suficiente para a definição da obra e de seus acessos;
Tanto o perfil como a planta topográfica do trecho em que será implantada a
obra deverão ser amarrados ao estaqueamento e à referência de nível
(RRNN) do projeto da rodovia ou ferrovia, devendo ser especificadas essas
amarrações e suas localizações perfeitamente definidas nos desenhos;
 Estudos detalhados da transição da obra-de-arte para a rodovia ou ferrovia,
seja ela feita através de encontros ou de dispositivos de transição das
pontes com extremos em balanço.
O comprimento da obra e a transição da obra-de-arte para a rodovia ou
ferrovia somente poderão ser bem definidos com o desenho preliminar dos
“off-sets” das saias de aterro em queda livre. Deverá ser assegurada a
perfeita contenção dos aterros de acesso, evitando-se escorregamentos e o
consequente descalçamento da via projetada;
 Conhecimento de todas as condições topográficas de implantação das
fundações, evitando-se escavações exageradas que venham a comprometer
a estabilidade de encostas.

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8.1.2 Estudos Hidrológicos

Os estudos hidrológicos da região deverão permitir uma adequada implantação da obra-de-


arte especial e o completo conhecimento das condicionantes a eles pertinentes, que
influenciam na escolha do tipo de fundação e em um correto dimensionamento das seções
de vazão dos dispositivos de drenagem.

Para os estudos de vazão dos rios, deverá ser considerado período de recorrência de 100
anos, salvo nos casos em que se apresente justificativa técnica para consideração de outro
valor. Nesses casos, os tempos de recorrência e de concentração para a drenagem
superficial deverão ser definidos em função da complexidade da obra e de uma análise de
risco quanto à estabilidade e segurança da OAE e dos acessos.

Deverão ser definidos, sem a eles se limitar:

 Níveis máximo e mínimo das águas;


 Seção de vazão do projeto;
 Regime fluvial, com indicação de períodos de enchente e seca e dos meses
mais convenientes para execução das fundações;
 Necessidade de proteção das encostas e das margens, nas proximidades da
obra-de-arte especial;
 Direção e velocidade da correnteza;
 Existência e tipo de erosão do fundo e das margens do rio;
 Arraste de material sólido;
 Necessidade de gabarito de navegação;
 Forma conveniente e espaçamento mínimo dos pilares.

8.1.3 Estudos Geológicos e Geotécnicos

Os estudos geológicos e geotécnicos necessários à implantação das obra-de-arte especiais


deverão permitir a determinação do comprimento total da obra e sua extensão, dos aterros
de acesso e da definição estrutural da mesma no que concerne à interação solo-estrutura.

Uma vez definida a diretriz básica da obra, deverão ser programadas investigações ao longo
da diretriz, com um mínimo de quatro furos, simétricos em relação ao eixo do acidente a ser
vencido, sendo dois nas transições da obra-de-arte com os aterros de acesso. O tipo de
investigação (sondagens a percussão, mistas, CPTu, entre outras) deverá ser definido com
base na geologia local de modo que as investigações sejam representativas e permitam
traçar o perfil geológico/geotécnico ao longo da diretriz básica da obra.

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Na fase de Projeto Básico, os estudos deverão permitir à projetista o dimensionamento da
infraestrutura em função das cargas aplicadas.

Após a conclusão do Projeto Básico, no qual foram definidas as posições dos pilares, as
investigações deverão ser complementadas de modo que haja, pelo menos, um furo no
exato local de cada fundação na fase de Projeto Detalhado.

Todos os boletins de investigações deverão apresentar indicação de coordenadas e cotas


das bocas dos furos e atender a ES-X-1001.

Para a escolha do tipo adequado de fundação deverá ser atendido o CP-X-1001.

8.1.4 Estudos Geométricos

Os estudos geométricos tratam da integração do projeto de obra-de-arte especial com o


projeto geométrico da rodovia ou ferrovia e com as condições locais, topográficas,
geotécnicas, hidrológicas e ambientais. Deverão ser evitadas obras desnecessariamente
longas, travessias em pontos desfavoráveis de rios, travessias de grande esconsidade e
travessias em locais com solos que exijam fundações particularmente difíceis de executar. O
cruzamento com qualquer obstáculo (rodovia, rio, MOSAIC, etc.) deverá ser realizado tão
próximo de 90° quanto possível, assegurando-se, ao mesmo tempo, um traçado suave e
contínuo. O cruzamento ortogonal, ou quase ortogonal, conduz a obras mais curtas e
econômicas. É indispensável a participação do projetista de estruturas durante a elaboração
dos estudos geométricos.

Os estudos geométricos deverão atender aos requisitos constantes no CP-B-1001 e CP-B-


1004.

8.1.5 Gabaritos

Em cruzamentos sob domínio de órgãos oficiais, rodovias, ferrovias, vias navegáveis, serão
obedecidos todos os gabaritos horizontais e verticais aprovados pelas autoridades
competentes, tanto da via superior quanto da via inferior.

Em cruzamentos com cursos d’água não navegáveis, a folga mínima a ser exigida entre o
nível da enchente máxima e a face inferior da superestrutura será:

 De 1,00 m para condições normais de escoamento;


 De 0,50 m no caso de bacia de represamento, quando houver controle do
nível máximo d’água e não existir vegetação flutuante;
 De 2,00 m no caso de rios de regime torrencial e com possibilidade de
transporte superficial de vegetação densa.

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8.1.6 Parâmetros Executivos

O tipo estrutural deverá atender às disponibilidades existentes na região, adequando-o aos


resultados das análises de:

 Condições de segurança;
 Equipamentos;
 Mão-de-obra;
 Vias de acesso existentes ou a projetar;
 Topografia local;
 Custo inicial e facilidade de manutenção;
 Elementos repetitivos;
 Duração da construção.

No caso particular de estruturas em elementos pré-moldados ou metálicos, deverão ser


considerados os seguintes fatores adicionais:

 Peso dos elementos;


 Dimensões máximas dos elementos e rotogramas;
 Duração da linha de produção;
 Produção industrial comparada com produção local;
 Custo de transporte e de montagem.

8.1.7 Parâmetros Operacionais e de Segurança

O tipo estrutural selecionado deverá atender às utilidades funcionais da via projetada,


considerando-se os seguintes fatores:

 Prazo da construção;
 Condições de segurança;
 Desvio ou acomodação do tráfego durante a construção;
 Manutenção do tráfego fluvial;
 Flexibilidade para ajustes futuros.

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A segurança da estrutura será observada:

 Durante a construção, para proteção das propriedades vizinhas,


equipamentos, equipe de construção e tráfego existente;
 Após a construção, de forma a minimizar os efeitos do tráfego ou eventuais
impactos sobre a estrutura.

8.1.8 Parâmetros Arquitetônicos

Entre soluções estruturais comparáveis, deverá ser escolhida aquela que apresentar:

 Semelhança e harmonia com estruturas vizinhas;


 Integração com o meio ambiente e com paisagens urbanas ou rurais;
 Formas e revestimentos adequados.

A estrutura deverá ser projetada de tal maneira que atenda, da melhor maneira possível, ao
seu propósito principal, e apresentar uma forma simples e que inspire uma sensação de
estabilidade.

Na engenharia estrutural, além da função principal de suportar cargas e vencer vãos, outros
requisitos, tais como proteção adequada contra intempéries e vandalismo, limitação de
deformações e vibrações, entre outros, deverão ser atendidos.

8.2 DEFINIÇÃO DO TIPO ESTRUTURAL

A escolha da solução estrutural e a otimização de comprimento e número de vãos será


definida depois de elaborados todos os estudos necessários e após o conhecimento de
todos os parâmetros de implantação da obra.

O tipo estrutural que melhor atender à interação solo-estrutura e que apresentar maiores
vantagens após a análise técnico-econômica de todas as variáveis envolvidas será o
escolhido.

Recomenda-se, que o padrão FAST-EV para seleção de alternativas de sistemas estruturais


de pontes e viadutos.

Comprimento da Obra e Distribuição dos Vãos

O comprimento total da obra será estabelecido em função da seção a ser transposta pela
estrutura e conforme a utilização prevista para a obra. O comprimento da obra deverá ser
suficiente para:

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 Permitir o seu perfeito encaixe nos taludes extremos, quando se tratar de


terrenos acidentados;
 Permitir que os aterros de acesso fiquem permanente e convenientemente
protegidos das enchentes, quando se tratar de travessias fluviais.

O número e comprimento dos vãos será definido pelos seguintes fatores:

 Vão máximo permitido pela seção da viga longitudinal escolhida;


 Complexidade de execução das fundações escolhidas;
 Gabarito da via inferior (caso aplicável);
 Análise de carga nas fundações de acordo com o vão escolhido.

8.2.1 Sistemas construtivos

Deverão ser definidos os sistemas construtivos da mesoestrutura e da superestrutura, uma


vez que os mesmos influem no dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais.

A escolha do sistema construtivo da mesoestrutura depende principalmente da altura dos


pilares, podendo ser executados, pelo menos, de quatro maneiras distintas:

 Através de peças metálicas ou pré-moldadas, em passarelas e obras de


pequenos vãos;
 Através de concretagem convencional, na qual são executadas as fôrmas e
feitas as concretagens contínuas;
 Através de fôrmas deslizantes, de cerca de 1,0 m de altura, empurradas
continuamente para cima, simultaneamente com a concretagem, contínua e
vibrada;
 Através de fôrmas trepantes, de cerca de 3,0 m de altura, concretagem por
segmentos, vibrada e interrompida.

No caso particular de fôrmas deslizantes, recomenda-se um cobrimento adicional das


armaduras, de 3 a 4 cm, para combater a tendência à fissuração da camada superficial do
concreto, provocada pelo arraste das fôrmas.

Os principais sistemas construtivos da superestrutura são:

 Execução sobre escoramentos;


 Lançamento por empurramento sobre roletes ou Teflon;
 Lançamento por treliças;

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 Balanços sucessivos;
 Lançamentos por incrementos modulados.

8.2.2 Escolha da Seção Transversal

Deverá ser definida a seção transversal da obra-de-arte especial que melhor atenda a uma
série de fatores, dentre eles:

 Comprimento dos vãos e sistema estrutural longitudinal;


 Altura disponível para a estrutura ou a esbeltez desejada;
 Gabarito inferior;
 Condições locais, métodos construtivos e equipamentos disponíveis;
 Economicidade da solução e do método construtivo.

A largura da seção transversal da obra-de-arte especial deverá ser determinada de forma a


considerar, quando aplicável e em conformidade com a via projetada, os seguintes
elementos:

 Faixas de rolamento/linha férrea;


 Acostamentos ou faixas de segurança;
 Faixa de aceleração e desaceleração;
 Faixa para pedestre;
 Faixa para ciclista;
 Elementos de proteção: barreiras e guarda-corpos;
 Tubulações.

Sempre que possível, deverá ser adotada uma seção transversal constante ao longo da
obra-de-arte especial.

Para uma mesma classe de projeto de rodovia, dependendo das características topográficas
da região, plana, ondulada ou montanhosa, há variações, às vezes mínimas, de larguras de
acostamentos e de faixas de rolamento. É de toda conveniência limitar, nas obras-de-arte
especiais, estas variações, para reduzir o número de tipos de seções transversais.

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8.2.3 Escolha do Tipo de Fundação

Em função da carga atuante na mesoestrutura e do resultado das prospecções efetuadas no


terreno, a escolha do tipo de fundação deverá considerar seguintes fatores, sem a eles se
limitar:

 As cargas da mesoestrutura deverão ser transmitidas às camadas do


subsolo capazes de suportá-las com segurança;
 As deformações das camadas subjacentes à fundação deverão ser
compatíveis com as permitidas pela superestrutura;
 A implantação das fundações não deve causar danos às estruturas vizinhas
nem comprometer a estabilidade das encostas ou dos maciços em que as
mesmas se apoiem.

Na escolha do tipo adequado de fundação deverão ser atendidos o CP-X-1001 e as


prescrições da NBR 6122.

8.2.3.1 Fundações Diretas

A utilização de fundações diretas superficiais, em sapatas de concreto armado ou em blocos


de concreto simples, deverá fundamentar-se na análise dos seguintes elementos:

 Características do subsolo: expressas, em geral, pela pressão admissível


sobre o terreno da fundação e nas camadas de solo subjacente,
estabelecida não apenas em função da resistência, mas também da
capacidade de deformação admitida pela estrutura;
 Profundidade da camada resistente: o nível de assentamento de uma
fundação direta deverá situar-se suficientemente próximo da superfície, de
forma que a implantação das sapatas não implique em escavações
exageradas ou que possam afetar estruturas ou apoios próximos. Entre as
condicionantes de assentamento de fundações diretas está o de não expor
as fundações a descalçamentos provocados por fenômenos superficiais ou
subterrâneos, tais como fluxos d’água, erosão, etc;
 Uniformidade do subsolo: o nível de assentamento da fundação deverá
respeitar, sempre que possível, a localização em uma mesma camada de
solo, de modo a reduzir os recalques diferenciais. No caso das fundações se
situarem em camadas não uniformes, deverá considerar a possibilidade da
ocorrência de recalques diferenciais.

8.2.3.2 Fundações Profundas

Nos casos em que seja inviável a utilização de fundações diretas, seja porque a camada
resistente se situe muito abaixo da superfície, ou porque ocorram camadas subjacentes
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sujeitas a recalques incompatíveis com a estrutura ou, ainda haja dificuldades ou gastos
excessivos na implantação de uma fundação direta, deverão ser adotadas fundações
profundas.

A opção entre um ou outro tipo dependerá, fundamentalmente, da análise técnico econômica


dos fatores ligados à resistência da fundação e pela inviabilidade do processo executivo
característico de cada tipo.

Nesse sentido, deverão ser analisadas as condições de acesso ao local, necessidade de


deslocamento de equipamentos e características do subsolo tais como problemas de
posição do lençol freático e profundidade da fundação.

8.3 ELEMENTOS DO PROJETO

8.3.1 Geometria da Obra

O projeto geométrico deverá ser desenvolvido de acordo com a sua finalidade, atender ao
volume de tráfego e à topografia regional. Nos casos de cruzamentos sob domínio de órgãos
oficiais, rodovias, ferrovias ou vias navegáveis, deve-se atender também aos parâmetros
físicos, geométricos e funcionais para cada tipo de via definidos pelos respectivos órgãos.

Os desenhos deverão conter elementos geométricos que permitam a execução do projeto,


tais como: declividades transversal e longitudinal, elementos de curvas verticais e
horizontais, valor e posição de gabaritos mínimos da passagem superior ou inferior,
coordenadas dos eixos dos pilares, e toda informação necessária para o entendimento do
projeto.

O desenvolvimento em perfil deverá ser feito para todo o comprimento da obra,


considerando o alinhamento anterior e posterior da estrada. No caso de transposição de rios,
deverão ser indicados os níveis máximo e mínimo das águas.

No desenvolvimento em planta deverá ser previsto o cruzamento com o obstáculo (rodovia,


rio, MOSAIC, etc) tão próximo de 90° quanto possível, assegurando-se, ao mesmo tempo,
um traçado suave e contínuo. O cruzamento ortogonal, ou quase ortogonal, conduz a obras
mais curtas e econômicas.

Em rios, os pilares deverão ser locados preferencialmente em posições que tenham os


efeitos da correnteza reduzidos.

8.3.2 Drenagem Superficial

Deverão ser dimensionados dispositivos de drenagem superficial, os quais darão o correto


escoamento das águas superficiais de modo a preservar a estrutura do corpo estradal, dos
acessos e de suas áreas adjacentes resguardando sua estabilidade e segurança, bem como
possibilitar a operação durante a incidência de precipitações mais intensas.

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8.3.3 Superestrutura e Mesoestrutura

A mesoestrutura e a superestrutura deverão ser projetadas com pleno conhecimento do


processo construtivo que será adotado.

A utilização de fôrmas convencionais, trepantes, ou deslizantes, implica em, pelo menos,


diferentes espessuras de cobrimentos e armaduras com detalhes também diferenciados.

No caso de mesoestrutura ou de superestrutura com seção caixão, deverá ser previsto o


acesso a seu interior e um sistema de drenagem para o caso de eventual infiltração de
águas.

Nos pilares-parede e nos pilares celulares, as transições entre blocos e pilares deverão ter
armaduras horizontais convenientemente dispostas para absorver efeitos de retrações
diferentes, de concretos de idades diferentes. Nos topos destes pilares, além das fretagens
convencionais, haverá necessidade de armaduras horizontais adicionais, levando-se em
conta a possibilidade de carregamento parcial, como a entrada de cargas da superestrutura.

Se houver pontos de descontinuidade nos pilares, como é o caso da transição de uma seção
caixão para uma seção com apenas duas lâminas verticais, estes deverão ser
cuidadosamente estudados.

Para o dimensionamento das mesoestruturas destinadas a suportar estrados de vigas pré-


moldadas ou estrados construídos por incrementos modulados, haverá necessidade de se
conhecer todo o processo construtivo e as cargas de construção.

Toda a mesoestrutura deverá ser projetada de maneira a possibilitar uma fácil e rápida troca
de aparelhos de apoio.

8.3.4 Infraestrutura

Serão considerados, agindo sobre a infraestrutura, todos os esforços provenientes da


mesoestrutura, dos aterros de acesso, dos cursos d’água e do próprio terreno atravessado
pela fundação.

Os efeitos de segunda ordem, considerados para a mesoestrutura, deverão ser levados em


conta no cálculo e dimensionamento dos elementos de fundação.

Quando os efeitos da aplicação das ações diretamente na infraestrutura originarem


deslocamentos ou esforços importantes sobre as meso e superestruturas, esses efeitos
deverão ser considerados.

O cálculo dos esforços solicitantes e das deformações de estacas e tubulões submetidos a


esforços horizontais poderá considerar o confinamento provocado pelo solo desde que os
valores dos coeficientes de recalque horizontal sejam estabelecidos criteriosamente em
função das características do terreno. O confinamento não poderá ser considerado em

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comprimento inferior a 1,5 vezes o diâmetro do tubulão ou da estaca, ou 1,5 m contados a
partir da face inferior do bloco ou da superfície do terreno natural, nos casos em que o
processo executivo da fundação prejudique o confinamento.

A menos de situações especiais e convenientemente justificadas, não se considerará o


efeito do confinamento sobre o bloco de coroamento das estacas.

No modelo da análise estrutural, o vínculo a ser admitido na extremidade enterrada de


estacas será:

 Livre, nos casos onde a base da fundação esteja assente no solo;


 Articulado, nos casos onde a base esteja assente em rocha;
 Engastado, nos casos onde a base esteja embutida na rocha a uma
profundidade maior ou igual a 1,5 vezes o diâmetro do fuste do tubulão ou
estaca, desde que devidamente comprovada a resistência da rocha aos
esforços laterais provenientes da flexão no engastamento.

No caso de fundações profundas em solo mole, deverá ser analisada a possibilidade da


ocorrência de esforços horizontais induzidos nos elementos de fundação provenientes de
deslocamento do solo muito deformável em virtude de carregamentos na superfície do
terreno (Efeito Tschebotarioff).

A análise da estabilidade dos aterros de acesso deverá determinar a inclinação aconselhável


com um fator de segurança mínimo de 1,50. Deverá ser apresentada memória de cálculo
justificativa, com análise em termos de tensões totais e/ou efetivas, conforme a necessidade.
Os parâmetros de resistência deverão ser definidos em função do solo de empréstimo,
devendo os mesmos ser justificados em função de ensaios geotécnicos disponíveis.

No caso do mapeamento geológico e dos estudos geotécnicos indicarem a ocorrência de


instabilidade em encostas vizinhas que possam acarretar danos para o aterro ou viaduto, ou
ainda, que a própria execução dos aterros possa vir a provocar tal instabilidade, deverá ser
realizada uma análise para estabilização e contenção das encostas.

No caso de possibilidade de ocorrência de rebaixamento rápido do lençol freático, como por


exemplo, nos aterros em bacias inundáveis por barragens, deverá ser apresentada memória
de cálculo justificativa da segurança do aterro a esse rebaixamento.

Além dos aspectos estruturais já indicados, os recalques deverão ser analisados no trecho
de transição rodovia/ferrovia-estrutura, no que se refere à durabilidade da pavimentação.
Quando os estudos indicarem a possibilidade de a mesma ser afetada, deverá ser
apresentada solução para o problema.

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Casos especiais poderão surgir indicando a necessidade de acompanhamento do
comportamento do terreno ao longo da vida da estrutura. Quando isso ocorrer, deverão ser
especificados os critérios de acompanhamento e a instrumentação necessária.

No caso de fundações profundas, os desenhos deverão apresentar tabela de locação de


todos os pontos de estacas ou tubulões.

No dimensionamento da infraestrutura deverão ser atendidos o CP-X-1001 e as prescrições


da NBR 6122.

8.3.5 Dimensionamento Estrutural

As estruturas das pontes e viadutos deverão ser projetadas e dimensionadas de modo a


atender, para todas as combinações de ações suscetíveis de ocorrer durante a sua
construção e utilização, a todos os estados limites últimos e de utilização exigíveis, bem
como às condições de durabilidade requeridas.

Os critérios de segurança adotados na norma NBR 8681 deverão ser atendidos.

8.3.5.1 Estados limites e durabilidade

As estruturas devem ser concebidas, dimensionadas e detalhadas de modo a garantir que,


para todas as combinações de ações suscetíveis de ocorrer durante sua construção e
utilização, sejam respeitados os estados limites:

 Estados limites últimos:


- Estado-limite último de perda de equilíbrio da estrutura;
- Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da
estrutura, no seu todo ou em parte, devido às solicitações normais e
tangenciais;
- Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da
estrutura, no seu todo ou em parte, considerando os efeitos de
segunda ordem;
- Estado-limite último de fadiga;
- Outros estados-limites últimos que eventualmente possam ocorrer,
gerados por certos tipos de ação, como sismos, impactos e fogo, ou
por métodos construtivos, como concreto pré-moldado, concreto
protendido, etc.

 Estados limites de utilização:


- Estado limite de deformações excessivas;
- Estado limite de vibrações excessivas;
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- Outros estados-limites que eventualmente possam ocorrer, gerados por
certos tipos de ação ou por métodos construtivos.

Deverão ser atendidos os estados-limites últimos e de serviços e os requisitos destinados


especificamente à garantia da durabilidade indicados na NBR 6118, para estruturas de
concreto, e na NBR 8800, para estruturas metálicas. Outros estados-limites últimos ou de
serviço que eventualmente possam ocorrer, gerados por certos tipos de ação, como sismos,
impactos e fogo, ou por métodos construtivos, como concreto pré-moldado, concreto
protendido, formas deslizantes, balanços sucessivos, lançamentos progressivos, etc,
deverão ser complementados e eventualmente ajustados para as condições ou prescrições
de normas específicas.

8.3.5.2 Ações a considerar

Deverão ser consideradas as ações descritas na norma NBR 7187 e qualquer outra que
possa ocorrer na estrutura em projeto, classificando-as conforme a norma NBR 8681:

 Ações Permanentes;
 Ações Variáveis;
 Ações Excepcionais.

Para vias ferroviárias, deverá ser feito estudo para definição do trem-tipo que atenda ao
carregamento da composição ferroviária a ser utilizada na via. Deverá ser comparada, para
todos os vãos entre pilares, a envoltória de esforços solicitantes devidos aos carregamentos
do trem-tipo e devidos aos carregamentos da composição ferroviária. Os esforços do trem-
tipo não poderão ser inferiores, em valores absolutos, aos esforços da composição
ferroviária. Poderá ser adotado trem-tipo definido na NBR 7189 ou em outras normas, desde
que corretamente estudado e justificado.

Quando não definido pela MOSAIC, em vias rodoviárias deverá adotar carga móvel de
veículo- tipo de 450kN, conforme prescrições da norma NBR 7188. Para veículo-tipo
diferente daqueles apresentados na NBR 7188, deverá ser feito estudo equivalente ao de
vias ferroviárias.

Quando os efeitos da aplicação das ações diretamente na infraestrutura originarem


deslocamentos ou esforços importantes sobre as meso e superestruturas, esses efeitos
deverão ser considerados.

8.3.5.3 Propriedades dos Materiais

As propriedades do concreto e do aço de armadura passiva ou ativa estão indicadas na NBR


6118.

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As propriedades dos aços estruturais e dos materiais de ligação estão indicadas na NBR
8800.

8.3.5.4 Análise Estrutural

Na análise estrutural deverá ser considerada a influência de todas as ações que possam
produzir efeitos significativos para a estrutura, levando-se em conta os estados-limites
últimos e de serviço.

A análise estrutural deverá ser feita com um modelo realista, que permita representar a
geometria dos elementos estruturais, os carregamentos atuantes, as condições de contorno,
as características e respostas dos materiais, sempre em função do objetivo específico da
análise. Em um projeto pode ser necessário mais de um modelo para realizar as verificações
necessárias. Onde necessário, a interação solo-estrutura e o comportamento das ligações
deverão ser contemplados no modelo.

O modelo estrutural pode ser idealizado como a composição de elementos estruturais


básicos, formando sistemas estruturais resistentes que permitam representar de maneira
clara todos os caminhos percorridos pelas ações até os apoios da estrutura.

No caso de modelos baseados no método dos elementos finitos, diferenças finitas ou


analogia de grelha, entre outros, estes devem ser comparados com um modelo análogo
unifilar de forma a garantir que a estrutura se comporta de maneira adequada e conhecida.
A discretização da estrutura deverá ser suficiente para não trazer erros significativos para a
análise quando comparados com o modelo unifilar.

Nos casos em que esteja previsto diferentes fases construtivas, como por exemplo, obras
com elementos pré-fabricados ou estruturas mistas, deverão ser consideradas as
particularidades de todas as etapas construtivas na análise estrutural.

As condições de equilíbrio deverão ser necessariamente respeitadas. As equações de


equilíbrio podem ser estabelecidas com base na geometria indeformada da estrutura (teoria
de 1ª ordem), exceto nos casos em que os deslocamentos alterem de maneira significativa
os esforços internos (teoria de 2ª ordem).

Em estruturas de concreto armado, quando as condições de compatibilidade não forem


verificadas no estado-limite considerado, deverão ser adotadas medidas que garantam
ductilidade adequada da estrutura no estado-limite último, resguardado um desempenho
adequado nos estados-limites de serviço.

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 7187 e das normas
NBR 6118 e NBR 8800, quando aplicáveis.

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8.3.5.5 Solicitações, deformações e deslocamentos

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 7187 e das normas
NBR 6118 e NBR 8800, quando aplicáveis.

8.3.5.6 Dimensionamento, verificações de segurança e detalhamento

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 7187 e das normas
NBR 6118 e NBR 8800, quando aplicáveis.

8.4 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 7187 e das normas
NBR 6118 e NBR 8800, quando aplicáveis.

8.5 DIRETRIZES COMPLEMENTARES

8.5.1 Dispositivos Básicos de Proteção

8.5.1.1 Barreiras de Concreto

As barreiras de concreto são dispositivos rígidos, de concreto armado, de proteção lateral de


veículos. Elas deverão ter altura, capacidade resistente e perfil adequados para impedir a
queda do veículo desgovernado, absorver o choque lateral e propiciar sua recondução à
faixa de tráfego.

Em rodovias de pista simples, as barreiras laterais deverão ser posicionadas logo após as
faixas de segurança ou acostamentos incorporados. Em rodovias de pista dupla, deverá usar
barreira mediana como elemento separador.

No dimensionamento dos guarda-rodas, deverão ser consideradas as prescrições da norma


NBR 7188.

8.5.1.2 Guarda-corpos

Deverão ser previstos guarda-corpos quando houver passeios laterais, com a finalidade de
assegurar proteção adequada a pedestres e ciclistas.

A escolha dos guarda-corpos deverá considerar aspectos técnico-econômicos. Deverão


proporcionar leveza à obra e desestimular o roubo ou vandalismo. Podem ser de concreto
armado, metálicos ou de soluções mistas.

No dimensionamento dos guarda-corpos, deverá ser considerada a carga horizontal mínima


de 0,8 kN/m aplicada em sua aresta superior e de 1,5 kN/m quando se tratar de passeios
mistos, para pedestres e ciclistas.

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8.5.1.3 Defensas Metálicas

A transição entre as defensas metálicas, flexíveis, da rodovia, e as barreiras de concreto,


rígidas, das pontes ou viadutos, deverá ser feita sem superfícies salientes.

8.5.2 Passeios de Pedestres

Os passeios são destinados, essencialmente, ao tráfego de pedestres e, eventualmente, ao


de ciclistas.

Os passeios laterais deverão ser colocados entre a barreira rígida de concreto e os guarda-
corpos extremos.

A largura mínima recomendada para passeios laterais será de 1,50 m, sendo o mínimo
admissível 1,20 m, para passeios predominantemente de pedestres e de 3,00 m para
passeios e ciclovias, em conjunto. As prescrições da norma NBR 9050 deverão ser
atendidas.

8.5.3 Dispositivos Básicos de Transição e Contenção

Problemas na transição rodovia/ferrovia e obra-de-arte estão ligados às deficiências de


projeto, de construção e de conservação, como aterros mal compactados ou em processo
de adensamento, drenagem insuficiente ou mal cuidada e excessiva movimentação das
extremidades dos balanços. Por conta disso, deverão ser adotadas medidas que garantam
compactação e conservação eficientes dos aterros de acesso e limitação das deformações
admissíveis nas extremidades dos balanços das pontes rodoviárias com extremos em
balanço.

Em obras rodoviárias, os dispositivos básicos de contenção e transição rodovia com obra-


de-arte são as lajes de transição, os encontros e as cortinas e alas.

Basicamente, as pontes e viadutos rodoviários têm apoios extremos ou os extremos em


balanço. As obras com apoios extremos realizam a transição com a rodovia através de
encontros dotados de cortinas, alas e lajes de transição, enquanto que as obras com
extremos em balanço fazem a transição através de, cortinas, alas e lajes de transição.

Em obras ferroviárias, os dispositivos básicos de contenção e transição ferrovia com obra-


de-arte são os encontros.

8.5.3.1 Encontros

Os encontros, ao mesmo tempo em que são os apoios extremos das pontes ou viadutos,
são elementos de contenção e estabilização dos aterros de acesso. Deverão possibilitar uma
boa transição entre as obras-de-arte especiais e rodovias ou ferrovias.

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Em viadutos e pontes ferroviários, os encontros, do tipo caixa, deverão ser preenchidos com
material adequado e de fácil compactação.

8.5.3.2 Lajes de Transição

Os viadutos e pontes rodoviários deverão ser providos de lajes de transição, de espessura


não menor que 0,25 m e comprimento 4,0 m, ligados à estrutura ou ao encontro por meio de
articulações de concreto, sem armaduras passantes, e apoiadas no aterro de acesso
compactado em toda sua extensão nos casos em que os estudos de tráfego realizado no
projeto da MOSAIC indicarem semelhanças com os parâmetros técnicos definidos pelo
DNIT. Nas demais situações, quando tecnicamente justificado e adequadamente
dimensionado, em cruzamentos que não se encontram sob a jurisdição do DNIT, esses
limites poderão ser modificados.

As lajes de transição serão de espessura maior que 0,25 m e de comprimento mínimo de 4


m nos. Nos demais casos, as dimensões mínimas deverão ser dimensionadas de acordo
com as solicitações a serem resistidas pela estrutura.

As características do aterro nas proximidades das lajes de transição deverão ser indicadas
no projeto.

Os esforços de carga permanente da laje de transição somente deverão ser considerados


quando desfavorável para a estrutura.

8.5.3.3 Cortinas

Recomenda-se que estas sejam dimensionadas para um trem-tipo constituído de duas


cargas concentradas, afastadas de dois metros e cada uma com o valor da metade da carga
do veículo-tipo, sem impacto; as solicitações de carga permanente das lajes de transição
somente poderão ser consideradas quando desfavoráveis para a estrutura.

8.5.3.4 Alas

Alas são estruturas laminares, solidárias às cortinas e com geometria adequada para
contenção lateral dos aterros de acesso e confinar a laje de transição.

As alas deverão ser projetadas de forma que fiquem mergulhadas, pelo menos, 50 cm no
terrapleno projetado e, de preferência, deverá confinar toda a laje de transição.

Como as barreiras rígidas de concreto deverão ser prolongadas até as extremidades das
alas, onde se fazem as transições com as defensas metálicas da rodovia, as alas deverão
ter um aumento localizado de espessura para acomodar as barreiras e serem
dimensionadas para absorver, além do empuxo de terra e da sobrecarga, o eventual impacto
do veículo na barreira.

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Havendo passeios laterais, as barreiras e os guarda-corpos deverão ser prolongados até o
alinhamento com as extremidades das alas.

8.5.4 Taludes de Acesso

O reaterro da região situada entre a obra e a estrada/ferrovia deverá ser feito com material
selecionado que confira ao aterro condições satisfatórias de apoio da laje de transição com
um mínimo de recalque.

Poderá ser utilizado solo-cimento em proporções tais que resulte em uma mistura
homogênea e que, após devidamente compactado, apresente condições de suporte
adequadas.

O projeto deverá prever, sempre, proteção superficial dos taludes nos trechos da
estrada/ferrovia adjacentes às obras-de-arte especiais. Os comprimentos desses trechos
não devem ser inferiores a três vezes as alturas dos aterros de acesso. Sob as obras-de-
arte, onde os raios solares não alcançam e consequentemente a vegetação não floresce, a
proteção dos taludes poderá ser constituída por placas pré-moldadas de concreto,
rejuntadas, ou por alvenaria argamassada. Nos trechos laterais, onde há incidência de raios
solares, a proteção dos taludes poderá ser efetuada por vegetação adequada.

8.5.5 Juntas

As juntas de dilatação intermediárias, quando necessárias, e as situadas nos encontros


deverão ser escolhidas em função da movimentação prevista após a sua colocação.

O projeto das juntas deverá ser detalhado considerando-se os efeitos residuais da retração e
deformação lenta, a partir daquela data, além dos efeitos de temperatura e movimentação de
apoios previstos ao longo da vida útil da estrutura.

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 10839, quando


aplicáveis.

8.5.6 Drenagem de Tabuleiros

O projeto geométrico do greide nas imediações das pontes e viadutos deverá prever a maior
declividade longitudinal possível, desaconselhando-se valores menores que 0,5%.

No caso de situações favoráveis, rampa com declividade maior ou igual a 2% e comprimento


menor que 50 m, a drenagem será prevista apenas por captação localizada no extremo mais
baixo da obra, desde que se tenham seções transversais favoráveis, declividade transversal
maior ou igual a 2%.

No caso de situações desfavoráveis, declividade longitudinal nula, ou trecho mais baixo de


uma curva vertical côncava, a drenagem será projetada com o auxílio de canaleta lateral,
com declividade não nula.

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8.5.6.1 Elementos de Captação

Na impossibilidade de situar-se fora da obra-de-arte especial a captação de águas pluviais, a


drenagem deverá ser feita pela adequada localização de elementos de captação sobre o
tabuleiro. Esses elementos, com a maior capacidade de captação possível, deverão situar-
se, de preferência, na faixa próxima à barreira.

Quando houver possibilidade de descarga direta, em obras sobre cursos d'água ou terreno
natural protegido contra a erosão das descargas, a captação será feita através de buzinotes
com diâmetros e espaçamentos estabelecidos em função da área de contribuição.

Nos outros casos, como nas obras urbanas, a solução de drenagem deverá ser composta
por elementos de grande capacidade de vazão e prumadas semi-verticais. Os elementos de
captação, como as caixas com grelhas, deverão ser dispostos próximos aos pilares para
facilidade de fixação ou da instalação embutida da prumada semi-vertical.

8.5.6.2 Drenagem das Partes Internas da Estrutura

Sempre que houver possibilidade de acúmulo de água em partes internas da estrutura


deverão ser deixados buzinotes, de diâmetro mínimo de 75 mm, nos pontos baixos de cada
parte dessa estrutura.

8.5.6.3 Drenagem dos Encontros

Quando o viaduto for drenado por buzinotes, a captação sobre a região do aterro de
encontro deverá ser lançada fora dos limites da obra-de-arte especial, evitando-se a
consequente erosão dos aterros.

Caso exista entre as pistas um canteiro central fora da obra-de-arte especial, este poderá
ser drenado com valeta e o deságue deverá ser feito antes da obra-de-arte.

8.5.6.4 Pingadeiras

As pingadeiras são elementos de drenagem essenciais à manutenção, ao bom aspecto das


obras-de-arte especiais e ao aumento de sua durabilidade. Elas deverão ser eficazes,
impedindo o livre escoamento das águas pluviais.

8.5.7 Pavimentação

A pavimentação da superestrutura de uma ponte ou viaduto rodoviário poderá ser rígida, de


concreto, ou flexível, de concreto asfáltico.

Para pavimento rígido ou flexível, caso o estudo de tráfego realizado no projeto da MOSAIC
apresentar semelhanças com os parâmetros técnicos definidos pelo DNIT, poderá ser
utilizada a metodologia de dimensionamento do DNIT. Nas demais situações, deverão ser

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aplicados métodos já consagrados na engenharia ou métodos mecanístico-empírico ou
mecanístico.

Nas pontes e viadutos com pavimento rígido, além das juntas de dilatação da estrutura,
deverão ser previstas juntas de contração e de construção.

As juntas de contração deverão ser executadas tanto longitudinalmente quanto


transversalmente para o combate às trincas provocadas pelas variações volumétricas do
concreto e pela combinação dos efeitos do empenamento restringido das placas e das
solicitações do tráfego.

As juntas de construção deverão ser executadas, necessariamente, nos pontos onde houver
paralisação na concretagem da placa. Deverão ser atendidas as recomendações e
prescrições da norma NBR 10839.

8.5.8 Aparelhos de Apoio

O projeto deverá conter todos os elementos necessários para garantir o correto


funcionamento dos aparelhos de apoio, tais como:

 Dimensões;
 Posicionamento;
 Tipo;
 Características do material de constituição;
 Instruções de colocação e montagem;
 Detalhes do berço de assentamento.

Quando utilizados aparelhos de apoio fixos, unidirecionais ou multidirecionais, deverão ser


corretamente distribuídos para não gerar sobrecargas diferenciais na meso e na
superestrutura.

A distância mínima entre faces de aparelhos de apoio e faces de pilares ou de vigas não
deve ser inferior a 10 cm.

As armaduras de cantos de pilares e vigas deverão ser detalhadas de maneira a garantir a


integridade do concreto.

Nas estruturas com vigas pré-moldadas que utilizam placas de ancoragem, o apoio em
aparelhos de neoprene deverá ser feito inteiramente na placa de ancoragem ou inteiramente
na viga pré-moldada, e nunca parcialmente ou simultaneamente nestes dois elementos
estruturais.

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Deverão ser previstos no projeto estruturas que, através de nichos, rebaixos ou outros
dispositivos, permitam a troca dos aparelhos de apoio com relativa facilidade. Deverão ser
previstos e indicados:

 Equipamentos destinados ao levantamento do tabuleiro;


 Posicionamento dos equipamentos;
 Dimensões e capacidades de carga dos equipamentos;
 Especificações para as operações de levantamento;
 Especificações para a substituição dos aparelhos de apoio.

8.5.9 Detalhamento das Armaduras

8.5.9.1 Estruturas de Concreto Armado Convencional

O detalhamento das armaduras deverá atender a função estrutural e as condições


adequadas de execução, particularmente com relação ao lançamento e ao adensamento do
concreto no interior da fôrma. O arranjo das armaduras deverá ser projetado de forma a
garantir a passagem dos agregados, a introdução do vibrador sem a segregação dos
agregados e geração de vazios no interior das formas dos elementos estruturais.

Todos os pontos que apresentam descontinuidades deverão ser tratados, dimensionados e


detalhados.

8.5.9.2 Estruturas de Concreto Protendido

As obras-de-arte especiais em concreto protendido serão projetadas com cabos internos e


aderentes. Cabos externos ou internos, não aderentes, somente poderão ser utilizados em
fases transitórias de execução ou em obras de reforço.

No detalhamento deverá ser observado o posicionamento e a distância entre as armaduras


passivas da estrutura e as bainhas das armaduras ativas de modo a evitar perfuração da
bainha pela agulha do vibrador de imersão.

Deverão ser evitados cabos com saídas superiores e inferiores. Deverá ser dada preferência
para as saídas de topo, nas extremidades das vigas ou das aduelas, e para as saídas
laterais.

Cabos com ancoragens mortas não devem ser protendidos com tensões muito altas, pois a
ruptura de uma cordoalha poderá trazer problemas de difícil e trabalhosa solução.

A introdução e a difusão da protensão deverão ser convenientemente consideradas.

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Cabos ancorados em lajes ou faces de vigas implicam na obrigatoriedade de colocação de
armaduras especiais de dispersão das tensões de tração.

O gradiente térmico deverá ser, obrigatoriamente, considerado.

Deverão ser previstos e indicados nos desenhos relativos a detalhes de protensão, os


seguintes elementos, sem a eles se limitar:

 Força a ser aplicada na extremidade do macaco de protensão;


 Tipo de bainha e coeficientes de atrito previstos em trechos retos e curvos;
 Sequência de protensão dos cabos;
 Tabela de alongamentos previstos, de acordo com o diagrama
tensão/deformação do aço utilizado;
 Idade e resistência mínimas do concreto previstas para a operação de
protensão.

8.5.10 Escoramento e Plano de Concretagem

Todas as informações referentes ao processo construtivo, como fases e processos de


concretagem, juntas construtivas, sentido da concretagem e eventuais transferências rápidas
de cargas, deverão ser apresentadas, seja em desenhos, especificações técnicas ou outros
documentos, de modo que a obra tenha condições de elaborar os projetos de escoramento e
planos de concretagem.

8.5.11 Inspeção da Obra

O projeto deverá ser desenvolvido e detalhado de forma a garantir o acesso a todos os


pontos da estrutura, para inspeção e manutenção permanentes, exigindo-se atenção
especial no caso de estruturas em caixão, articulações do tipo Gerber, aparelhos de apoio e
pilares vazados especiais.

As aberturas destinadas a esse fim, previstas na estrutura, deverão ser localizadas em


regiões de pequenas solicitações, consideradas no cálculo e convenientemente armadas ou
reforçadas, devendo ser evitadas as aberturas de inspeção na laje superior.

Deverão ser atendidas as recomendações e prescrições da norma NBR 10839, quando


aplicáveis.

8.6 PASSARELAS

As passarelas são obras-de-arte especiais destinadas, essencialmente, ao tráfego de


pedestres e, eventualmente, ao de ciclistas. Sempre que crescer a importância de separar o

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tráfego de veículos do cruzamento de pedestres, aumentando a segurança dos pedestres e
facilitando o fluxo de tráfego, faz-se necessária a construção de uma passarela.

As rampas de acesso deverão ter início e fim em pontos de atração natural tais como
cruzamentos de ruas, saídas de fábricas, escolas, etc.

Geralmente, as passarelas são construídas sobre rodovias/ferrovias já existentes e de


tráfego intenso. A execução deverá se processar com segurança, causar o mínimo de
transtornos ao fluxo normal de veículos e com o menor prazo possível.

Para a definição da geometria da passarela, deverão ser atendidas as prescrições da norma


NBR 9050 e de demais normas aplicáveis ao projeto.

Os gabaritos exigidos para as passarelas são os mesmos das demais obras-de-arte


especiais.

Quando há pilares em canteiros centrais, deverão ser protegidos por meio de defensas ou
barreiras contra eventuais choques de veículos desgovernados.

9.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise
deverá englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com
outras atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-1001 deverão ser contemplados na


realização dos projetos.

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