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CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇOS ES - C - 407
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PARA CONCRETO PROJETADO
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C INCLUSÃO NO SPE RSF JC EMV MD 22/12/06


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
1 C RSF GH EMV MP 29/02/08
PADRÃO PARA PROJETOS
2 C REVISÃO GERAL JRL LMM MB GJ 27/12/13

INCLUSÃO CLASSIF. INF. E REVISÃO


3 C RPS LMM MB GCC 17/11/17
DOS ITENS 3.0, 4.0, 6.0, 9.0 E 10.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicação e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 3
5.0 DEFINIÇÕES 4
6.0 ESCOPO 5
7.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS 5
7.1 CONCRETO PROJETADO POR VIA SECA 5
7.2 CONCRETO PROJETADO POR VIA ÚMIDA 5
7.3 DURABILIDADE 5
7.4 RESISTÊNCIA 6
7.5 MATERIAIS 6
7.6 CONCRETO 7
8.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS 8
8.1 EXECUÇÃO 8
8.2 REQUISITOS DE DESEMPENHO 12
8.3 CONTROLE 12
9.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 14
10.0 QUALIDADE 15

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos técnicos, as informações gerais e as instruções para a execução


das obras de concreto projetado nas instalações da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Esta especificação aplica-se a todas as áreas de implantação de projetos da Vale.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia


CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração Projetos de
Engenharia
EG-C-401 Especificação Geral para Concretos
ES-C-401 Especificação de Serviços para Obras de Concreto Armado
ES-R-403 Especificação dos Requisitos de SSMA para Contratação em
Projetos de Capital
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento


NBR 7211 Agregados para concreto - Especificação
NBR 7678 Segurança na execução de obras e serviços de construção
NBR 9204 Concreto endurecido - Determinação da resistividade elétrico-
volumétrica – Método de ensaio

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NBR 9778 Argamassa e concreto endurecidos - Determinação da absorção
de água, índice de vazios e massa específica
NBR 10786 Concreto endurecido - Determinação do coeficiente de
permeabilidade à água
NBR 11768 Aditivos químicos para concreto de cimento Portland - Requisitos
NBR 12653 Materiais pozolânicos - Requisitos
NBR 13044 Concreto projetado - Reconstituição da mistura recém-projetada
NBR 13069 Concreto projetado - Determinação dos tempos de pega em pasta
de cimento Portland, com ou sem a utilização de aditivo
acelerador de pega
NBR 13070 Moldagem de placas para ensaio de argamassa e concreto
projetados
NBR 13317 Concreto projetado - Determinação do índice de reflexão por
medição direta
NBR 13597 Procedimento para qualificação de mangoteiro de concreto
projetado aplicado por via seca
NBR 13956-1 Sílica ativa para uso com cimento Portland em concreto,
argamassa e pasta - Parte 1: Requisitos
NBR 14026 Concreto projetado - Especificação
NBR 14279 Concreto projetado - Aplicação por via seca

 JSCE - Japanese Society of Civil Engineers

JSCE-SF4 Method of Test for Flexural Strength and Flexural Toughness of


Steel Reinforced Concrete

A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho


e Emprego conforme portaria 3214 de 08/06/1978 e suas atualizações, e o atendimento
integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos podem ser


encontradas no GU-E-400.

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6.0 ESCOPO

Execução dos serviços para obras de concreto projetado conforme as características


técnicas, diretrizes, procedimentos e metodologia executiva apresentados no projeto, nessa
especificação e na requisição técnica, incluindo, sem a eles se limitar, os seguintes itens:

 Fornecimento de materiais, preparos, detalhes;


 Preparação da superfície;
 Execução de armação;
 Instalação de chumbadores e insertos;
 Fornecimento do concreto e execução dos serviços de concretagem:
- via seca ou úmida;
- com adições de fibras metálicas;
- simples, sobre malha soldada;
 Acabamento;
 Cura do concreto;
 Controle dos materiais e serviços;
 Execução dos ensaios recomendados.

7.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS

7.1 CONCRETO PROJETADO POR VIA SECA

No processo de projeção por via seca, os agregados poderão se apresentar úmidos e a


maior parte da água será adicionada no mangote ou no bico de injeção.

7.2 CONCRETO PROJETADO POR VIA ÚMIDA

No processo de projeção por via úmida, todos os materiais, incluindo a água, serão
misturados antes de serem colocados no equipamento de projeção.

7.3 DURABILIDADE

A durabilidade do concreto estará associada à sua porosidade, à penetração de fluidos e à


passagem de corrente elétrica. Os valores limites destas características deverão ser
previstos no projeto.

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7.4 RESISTÊNCIA

Os valores limites de resistência deverão estar de acordo com as especificações do projeto.

7.5 MATERIAIS

Além do estabelecido nesta especificação, o fornecimento dos materiais para o concreto


deverá atender aos documentos EG-C-401 e ES-C-401.

7.5.1 Sílicas Ativas

Se estiver prevista no projeto, poderá ser feita a adição de sílica ativa em quantidade que
não prejudique a resistência e a durabilidade previstas.

A sílica ativa deverá atender aos requisitos da norma NBR 13956-1.

7.5.2 Materiais pozolânicos

Se estiver prevista no projeto, poderá ser feita a adição de materiais pozolânicos ativos em
quantidade que não prejudique a resistência e a durabilidade previstas.

Os materiais pozolânicos deverão atender aos requisitos da norma NBR 12653.

7.5.3 Polímeros

Se estiver prevista no projeto, poderá ser feita a adição de polímeros como elemento de
estanqueidade, porém não será permitida a utilização de polímeros que abaixem o pH do
concreto.

7.5.4 Fibras Metálicas

Se estiver prevista no projeto, poderá ser feita adição de fibras metálicas. Se não
especificado de outra forma, as fibras metálicas deverão atender aos seguintes limites:

 Aço fyk  1.200 MPa;


 Relação L/D  50.

7.5.5 Aditivos

Poderão ser utilizados aditivos mediante prévia autorização da fiscalização.

Os aditivos deverão atender aos requisitos da norma NBR 11768.

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7.6 CONCRETO

O concreto a ser utilizado na obra deverá atender aos critérios e especificações da


EG-C-401.

As seguintes características e propriedades relacionadas a seguir poderão ser consideradas


como requisitos de especificação:

 Resistência à compressão axial;


 Resistência à tração por compressão diametral;
 Módulo de deformação estática;
 Massa específica, absorção de água e índice de vazios permeáveis;
 Absorção de água por capilaridade;
 Penetração de água sob pressão;
 Permeabilidade à água;
 Resistividade elétrica-volumétrica;
 Resistência equivalente à tração na flexão (exclusivo para concreto
projetado com fibras metálicas), conforme a norma JSCE-SF4.

7.6.1 Dosagem do Concreto

Os estudos de dosagem deverão ser apresentados com antecedência suficiente para


permitir a conclusão dos ensaios previstos no projeto.

7.6.2 Estudos Prévios

Deverão ser executados estudos prévios ao emprego do concreto projetado, visando


determinar sua composição.

Não será permitido o início dos serviços antes que os resultados dos ensaios sejam
conhecidos.

Deverão ser preparados tantos painéis de teste quanto necessários, conforme estabelecido
na norma NBR 13070. Os painéis deverão ser convenientemente dimensionados para
resistir aos impactos e ao peso do concreto.

Deverão ser realizados, no mínimo, os seguintes ensaios obrigatórios estabelecidos na


norma NBR 14026:

 Reconstituição da mistura recém-projetada, conforme a norma NBR 13044;

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 Massa específica (seca ou saturada), aos 7 dias de idade, conforme a norma


NBR 9778;
 Resistência à compressão axial aos 7 dias de idade (média de 3
exemplares);
 Determinação do tempo de pega, conforme a norma NBR 13069;
 Determinação da absorção de água, conforme a norma NBR 9778;
 Determinação da permeabilidade, conforme a norma NBR 10786;
 Determinação da resistividade elétrica, conforme a norma NBR 9204.

Quando estiver previsto o consumo de grande quantidade de concreto projetado, os painéis


de teste deverão ser locados em posições semelhantes àquelas projetadas. Se a utilização
de armadura estiver prevista no projeto, será recomendável que esta seja reproduzida em
alguns painéis para possibilitar a verificação da qualidade do produto da projeção.

8.0 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

8.1 EXECUÇÃO

8.1.1 Equipamentos e Procedimentos

A contratada deverá fornecer os procedimentos que serão adotados no fornecimento do


concreto inclusive:

 Descrição das instalações da usina;


 Sistemática de controle de qualidade da usina;
 Equipamentos para transporte e projeção do concreto.

O posicionamento do equipamento deverá atender às seguintes recomendações:

 A distância mínima entre o compressor e a máquina de projeção deverá ser


de 12 m;
 A máquina de projeção deverá ser colocada o mais próximo possível do
local de aplicação;
 O mangote deverá ser o mais curto possível e sem curvas desnecessárias.

Os demais equipamentos auxiliares como andaimes, plataformas e demais acessórios


necessários à execução dos serviços deverão estar em perfeitas condições de estabilidade,
segurança e funcionamento.

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8.1.2 Equipe de Projeção de Concreto

A equipe técnica encarregada da execução do concreto projetado deverá apresentar


certificados de capacitação técnica de acordo com os requisitos da norma NBR 13597. Os
atestados de capacitação deverão ser apresentados 15 dias antes do inicio da execução dos
trabalhos de projeção do concreto.

A execução dos serviços de projeção do concreto poderá ser prejudicial aos operadores dos
equipamentos, particularmente se o serviço for realizado em ambientes confinados e
fechados. Assim, nestes serviços deverão ser obedecidas as recomendações das normas
NBR 7678 e NBR 14026 e das normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e
Emprego aplicáveis ao tipo de serviço.

Deverão ser tomados os seguintes cuidados:

 O operador deverá manter total controle do jato de projeção do concreto de


modo a evitar que outras pessoas presentes no local sejam atingidas;
 Caso ocorra o entupimento do mangote, deverá ser paralisada a
alimentação de material da máquina de projeção e cortado o suprimento de
ar comprimido antes de ser processado o desentupimento. No processo de
via úmida deverá ser procedida a despressurização do mangote, só então,
poderá ser providenciado o desentupimento.

8.1.3 Preparação da Superfície

A superfície destinada à aplicação de concreto projetado deverá ser limpa e isenta de


materiais soltos, lama, matérias orgânicas, tinta, óleo e graxa. Para sua limpeza, poderão
ser empregadas escovas de aço e jatos de ar ou água.

As possíveis infiltrações, “bicheiras” ou falhas existentes na estrutura que receberá o


concreto deverão ser reparadas antes da projeção do concreto.

Os pontos de infiltração deverão ser tratados com produtos industrializados à base de


cimentos de pega ultra-rápida e aditivos cristalizantes. A aplicação destes materiais deverá
ser conforme as instruções do fabricante.

As juntas de construção existentes ou previstas no projeto deverão ser preservadas ou


executadas de acordo com o indicado no projeto.

Antes da projeção do concreto, a superfície a ser executada deverá ser umedecida, porém,
sem apresentar poças de água.

8.1.4 Armadura

A instalação das armaduras deverá ser conforme indicação do projeto.


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Na emenda por traspasse deverá ser mantido o espaçamento mínimo exigido entre as
barras conforme a norma NBR 6118.

Quando não estiver previsto de outra forma no projeto, o cobrimento mínimo do concreto
recomendado deverá ser de 4 cm.

8.1.5 Instalação de Chumbadores e Insertos

A instalação de chumbadores e insertos deverá ser conforme indicação do projeto.

8.1.6 Projeção do Concreto

A projeção do concreto deverá ser conforme a norma NBR 14026.

A aplicação de concreto por via seca deverá atender às recomendações da norma NBR
14279.

Deverão ser tomados cuidados especiais durante a projeção de concreto, evitando que a
armadura funcione como anteparo e provoque vazios no maciço projetado.

Será expressamente proibido o reaproveitamento do material refletido para uso em novas


projeções. Todo o material não aproveitável, resultante da operação de projeção, deverá ser
removido do local de aplicação.

O valor máximo do índice de reflexão deverá ser conforme projeto. Como referência, os
valores de reflexão em obras comuns são indicados na Tabela 8.1.

A determinação do índice de reflexão deverá ser feita conforme estabelecido na norma


NBR 13317.

Tabela 8.1 – Reflexão em obras comuns


REFLEXÃO (% em peso)
TIPO DE APLICAÇÃO
VIA SECA VIA ÚMIDA
Piso 5 a 15 Até 10
Parede ou talude 15 a 30 5 a 20
Teto 25 a 50 10 a 40

Se a espessura total desejada for alcançada em operações sucessivas, deverá ser permitido
que a última camada inicie a pega sem, entretanto, endurecer. As diversas camadas
deverão ser feitas, sempre, sobre superfícies úmidas.

Caso existam segregação, “bicheira”, laminação, desplacamento, bolsão de areia, vazio ou


outro defeito prejudicial, estes deverão ser removidos. O reparo poderá ser feito por nova
projeção de concreto.

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Os vazios deixados pela retirada de testemunhos deverão ser preenchidos com argamassa
ou concreto com a mesma resistência característica à compressão (f ck) do concreto
projetado.

A distância do bico será regulada pelo tipo de superfície que receberá o concreto, pela
pressão de saída e pela posição de aplicação.

Nas operações normais, o jato de concreto deverá ser perpendicular ao plano de aplicação,
e o bico deverá ser movimentado constantemente, de preferência com movimento elíptico,
distribuindo o concreto uniformemente.

A quantidade de água utilizada no processo deverá ser a suficiente para não provocar:

 A formação de bolsões de areia;


 O escorrimento do material;
 Reflexão excessiva.

Inicialmente deverá ser aplicada uma fina camada de concreto sobre a superfície limpa. Ela
funcionará como camada de aderência entre a superfície e as demais camadas projetadas.
A espessura desejada de concreto projetado deverá ser obtida através de várias camadas
formadas pelo movimento constante do bico.

8.1.7 Acabamento

O acabamento natural resultante da projeção deverá ser mantido, a menos que o projeto
exija acabamento especial. O acabamento especial, quando exigido, deverá obedecer às
recomendações da norma NBR 14026.

8.1.8 Cura

A cura do concreto deverá ser iniciada após o término da projeção e acabamento.

O sistema de cura a adotar deverá atender, no mínimo, uma das seguintes condições:

 A cura deverá ser feita por umedecimento durante 24 horas. Poderão ser
utilizados dispositivos que permitam cura por imersão, por aspersão, por
vapor d’água ou ainda pelo uso de material de cobertura mantido
constantemente molhado. A cura deverá prosseguir por um período mínimo
de 10 dias;
 Na impossibilidade de utilização de cura úmida, poderão ser utilizados
processos de cura química desde que aprovados pela fiscalização.

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8.2 REQUISITOS DE DESEMPENHO

Deverá ser observado que:

 Nenhuma armadura estrutural poderá estar exposta;


 Nenhuma infiltração será tolerada, principalmente apresentando lixiviação;
 Toda e qualquer fissura deverá ser tratada;
 Nenhuma segregação no concreto deverá ser verificada na análise visual da
estrutura;
 Os corpos-de-prova extraídos da estrutura deverão apresentar monolitismo e
homogeneidade.

8.3 CONTROLE

O controle da qualidade deverá ser acompanhado pela fiscalização nos seguintes itens:

 Controle dos materiais componentes;


 Verificação dos equipamentos para mistura, transporte e projeção do
concreto;
 Verificação dos procedimentos de aplicação do concreto projetado;
 Verificação da mão-de-obra utilizada;
 Controle do produto final.

8.3.1 Materiais

8.3.1.1 Armadura

As armaduras deverão atender ao estabelecido na ES-C-401.

8.3.1.2 Cimento

A qualidade do cimento deverá ser avaliada pela realização de ensaios de verificação. Os


resultados deverão ser comparados àqueles obtidos nos estudos prévios.

O cimento deverá atender ao estabelecido na EG-C-401 e na ES-C-401.

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8.3.1.3 Aditivos

No caso de suspeita quanto à compatibilidade cimento-aditivo deverão ser realizados


ensaios de verificação. Os resultados deverão ser comparados com aqueles obtidos nos
estudos prévios.

Os aditivos deverão atender ao estabelecido na EG-C-401 e na ES-C-401.

8.3.1.4 Agregados

A qualidade dos agregados deverá ser avaliada pela realização de ensaios de verificação.
Os resultados deverão ser comparados àqueles obtidos nos estudos prévios.

Os agregados deverão atender ao estabelecido na EG-C-401 e na ES-C-401.

8.3.2 Equipamentos

Todos os equipamentos envolvidos nas operações de projeção deverão ser previamente


aprovados pela fiscalização.

As balanças deverão ser aferidas mensalmente e os manômetros trimestralmente.

8.3.3 Serviços

Deverão ser realizados ensaios de controle dos serviços de acordo com normas específicas
citadas nesta especificação com a finalidade de verificar o atendimento aos requisitos
estabelecidos no projeto.

Deverão ser verificados:

 Controle do concreto projetado;


 Controle final.

8.3.4 Concreto Projetado

O concreto deverá atender ao estabelecido na EG-C-401 e na ES-C-401.

A contratada, independentemente do controle direto da fiscalização, deverá proceder ao


controle de produção do concreto para assegurar a obediência a esta especificação e aos
requisitos do projeto.

A qualidade do concreto projetado deverá ser avaliada pela realização de ensaios de


verificação. Os resultados deverão ser comparados àqueles obtidos nos estudos prévios.

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O controle de qualidade do concreto projetado deverá ser preventivo. Esse tipo de controle
deverá assegurar a economia, qualidade e segurança.

A qualidade do concreto projetado deverá ser comprovada mediante ensaios em corpos-de-


prova durante a fase de execução. Os corpos-de-prova deverão ser extraídos de painéis de
teste preparados de acordo com a norma NBR 13070.

Deverão ser preparados painéis de teste em quantidade suficiente para a execução dos
ensaios requeridos.

Caso os resultados obtidos sejam inferiores àqueles estabelecidos, deverão ser extraídos
corpos-de-prova do revestimento em igual número e no trecho da placa correspondente aos
resultados inferiores. A definição final sobre a liberação ou não ficará na dependência dos
resultados dos ensaios nestes corpos-de-prova e do parecer da projetista.

8.3.5 Controle Final

A aplicação do concreto projetado deverá ser acompanhada pela fiscalização, que verificará
os seguintes itens:

 A condição dos materiais a empregar e parâmetros de recebimento;


 A condição dos equipamentos;
 As formas e armaduras existentes;
 O posicionamento e a fixação dos dispositivos auxiliares (cavilhas e fios para
orientação);
 A aplicação propriamente dita;
 A condição final das superfícies revestidas;
 A cura e proteção das superfícies;
 A realização dos ensaios de controle e análise dos resultados.

9.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise
deverá englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com
outras atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no CP-R-501 e os requisitos de meio


ambiente descritos no CP-N-501 deverão ser atendidos.

Os critérios para mobilização e desmobilização de pessoal deverão atender aos requisitos


das normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, da ES-R-403 e das demais
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exigências contidas na Requisição Técnica para contratação de obras. O processo de
mobilização deverá seguir o Guia de Mobilização Vale, disponível no site da Vale
(www.vale.com – página de fornecedores).

10.0 QUALIDADE

A garantia de qualidade da execução dos serviços deverá ser estendida aos materiais e
equipamentos fornecidos e deverá também incluir a mão de obra e os materiais necessários
para a substituição ou o reparo dos componentes, objeto da garantia.

Todos os registros de inspeções, correções, modificações de projeto, aprovações e testes,


inclusive os de campo, deverão constar no manual de projeto, instalação, operação e
manutenção. Os registros deverão conter todas as informações necessárias para elaboração
dos documentos de “as built” da obra.

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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