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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA
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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA FERROVIAS CP - B - 506
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO
Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.
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ÍNDICE
1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 6
6.0 CÓDIGO DA FONTE 6
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1.0 OBJETIVO
2.0 APLICAÇÃO
Os projetos das instalações fixas devem ser tratados pela disciplina Arquitetura e ser
atendidos os requisitos do CP-A-501.
Este documento deve ser usado pela empresa projetista como base para a elaboração dos
critérios de projeto específico do empreendimento. Os procedimentos para elaboração do
CP estão descritos no PR-E-027.
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CP-A-501 Critérios de Projeto para Arquitetura
CP-B-501 Critérios de Projeto para Civil/Infraestrutura, Rodovias, Acessos
e Sistema Viário
CP-B-508 Critérios de Projeto para Pontes e Viadutos
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
CP-X-501 Critérios de Projeto para Fundações de Estruturas e Obras de
Terra
EG-B-401 Especificação Geral para Drenagem
EG-B-405 Especificação Geral para Drenagem Industrial
ES-V-501 Especificação de Serviços para Levantamento Topográfico
ES-X-401 Especificação de Serviços para Investigações e
Instrumentações Geotécnicas de Campo
ES-X-402 Especificação de Serviços para Fundações de Estruturas
GU-C-611 Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso
das Metodologias BIM e AWP
GU-E-344 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Civil / Infraestrutura
GU-E-360 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Civil / Infraestrutura
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-411 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto
Conceitual (FEL 2) – Civil / Infraestrutura
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto
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80-EG-000A-21-0000 Projeto de Pátios
80-EG-000A-26-0000 Estudo de traçado
80-EG-000A-28-0000 Estudos Topográficos
Em casos especiais ou no caso de omissão das normas brasileiras vigentes, devem ser
consultadas e/ou utilizadas as normas internacionais de conceituação comprovada.
5.0 DEFINIÇÕES
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Código Descrição
Código de Fonte
A/F/J
Os projetos de ferrovias devem ser elaborados de acordo com as normas aplicáveis, sob a
responsabilidade de profissionais legalmente habilitados e com experiência anterior
comprovada. Entende-se por projeto o conjunto de documentos, especificações, manuais,
dimensionamentos e desenhos necessários à implantação do empreendimento.
Na etapa de estudos devem ser abordados todos os estudos e parâmetros necessários para
a definição da alternativa de projeto mais adequada à implantação da obra, incluindo quando
necessário e não se limitando a: estudos ferroviários, estudos topográficos, estudos de
traçado, estudos de simulação operacional, estudos hidrológicos, estudos geológicos,
estudos geotécnicos, estudos de apoio ambiental, estudos de interferências, e qualquer
outro necessário e pertinente à execução do projeto. Quanto mais precisos e detalhados
forem os elementos coletados, maior é a probabilidade de se alcançar uma solução
adequada, econômica e durável.
Na etapa de projeto devem ser abordados os tópicos pertinentes a, sem a eles se limitar:
projeto geométrico, projeto de terraplenagem, projeto de drenagem e obras de arte
correntes, projeto da superestrutura ferroviária, projeto de obras de arte especiais e túneis,
projeto de obras de contenção, projeto de detecção de interferências, projeto de obras
complementares, projeto de aquisição de áreas.
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dimensionamentos, especificações e informações necessárias para o entendimento do
projeto e para a correta execução da obra.
Os guias listados abaixo devem ter suas diretrizes seguidas no desenvolvimento do projeto
em suas diferentes fases:
Nos casos de cruzamentos com vias sob domínio de órgãos oficiais, rodovias, ferrovias ou
vias navegáveis, deve-se atender também aos critérios, prescrições e requisitos legais dos
respectivos órgãos, que têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste
documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos. O documento
NBR 16387 fornece informações importantes para a classificação de vias férreas.
7.2 UNIDADES
Devem ser usadas as unidades do Sistema Internacional, exceto onde a tradição de uso ou
disponibilidade de mercado tenha consagrado o uso de outras unidades.
Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as
características das estruturas, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e de manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de
execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais.
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O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida
útil diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de movimentação em
estruturas de pontes.
Código de Fonte
A/F/J
8.1 ESTUDOS
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As normas brasileiras NBR 5565, NBR 7641, NBR 8681, NBR 12915, ISF-214 possuem
informações importantes a serem consideradas na etapa de estudo e durante a execução do
projeto executivo.
8.1.1.1 Materiais
Os 3 principais materiais que compõem as ferrovias são trilho, dormente e lastro. Abaixo os
itens serão detalhados individualmente.
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deve seguir as medidas e características técnicas básicas presentes no documento
NBR 7590 e norma VALEC 80-DES-000A-58-8004,
A bitola deve ser analisada e definida em função das conexões com vias existentes a serem
realizadas. Mesmo quando não houver qualquer conexão com vias existentes, deve-se
realizar uma análise detalhada para definição da bitola em função dos equipamentos já
utilizados para manutenção e a compatibilização com novas ferrovias. Hoje nas linhas
férreas, a bitola métrica (1,00m) e a bitola larga (1,60m) são as mais utilizadas. Abaixo
segue um trecho extraído da NBR 12915 que mostras os gabaritos a serem utilizados em
linhas com bitola métrica (Figura 01) e bitola larga (Figura 02).
Abaixo seguem os gabaritos ferroviários para bitola métrica (1,00m) e bitola larga (1,60m):
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8.1.3 Estudos Geológicos e Geotécnicos
Nos locais de ocorrência de materiais pétreos que poderão ser utilizados como brita, deve
ser verificada a existência de área que permita a instalação de equipamentos de britagem e
praça para estocagem do material explorado e britado, tendo em vista que as atividades de
manutenção do lastro permanecem durante toda a fase de operação da linha férrea.
Os estudos para apoio ambiental devem atender aos requisitos apresentados no CP-B-501 e
CP-N-501.
Os estudos de traçado devem ser desenvolvidos tomando por base os elementos cadastrais
e de relevo obtidos pelos estudos topográficos e de interferências, as recomendações dos
estudos geológicos e geotécnicos para minimizar os problemas construtivos e as exigências
geométricas como os valores de rampas máximas e raios para curvas horizontais e verticais.
Devem ser estudadas alternativas para identificação da diretriz a ser utilizada, sendo
observada a ocorrência de fatores que tendem a onerar os custos de construção, como
solos compressíveis e/ou instáveis, afloramentos rochosos, lençol freático alto, áreas de
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cultura não cíclica e/ou de preservação ambiental, faixas inundáveis, entre outros. Devem
ser avaliados o uso e ocupação das áreas transpostas, evitando-se aquelas de maior valor
de propriedade, as obras de arte especiais e de contenções necessárias e outros fatores a
considerar nos custos para implantação de cada uma das alternativas.
Com base nos estudos topográficos e geológicos, devem ser analisados os movimentos de
terra das opções estudadas. Devem ser apresentadas as premissas empregadas, as seções
tipo de corte e aterro, os volumes de corte e aterro, e as quantidades dos serviços
preliminares previstas, buscando a redução dos impactos ambientais e o equilíbrio na
distribuição de massas para minimizar a necessidade de áreas de empréstimo ou para
deposição de materiais excedentes de terraplenagem.
As alternativas validadas devem ser submetidas aos estudos de simulação operacional, que
identificará os segmentos que devem sofrer modificações para melhoria das características
e necessidades operacionais.
De posse dos elementos que caracterizam a ferrovia, devem ser identificados os intervalos
críticos onde se verifique a existência de gargalos operacionais, os quais devem ser
reavaliados para que os tornem adequados à operação dos trens.
8.2 PROJETOS
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De acordo com o documento do DNIT ISF-209 e norma AREMA 2009 – Seção 3.6, 5-3-15,
As curvas de concordância vertical devem obedecer a fórmula abaixo:
Segundo a norma da AREMA Seção 3.6, 5-3-15 e DNIT ISF-209, as acelerações verticais
devem seguir os valores informados abaixo:
Em áreas onde houver curvas de concordância vertical, não são permitidos a instalação de
AMVs (Aparelho de Mudança de Via).
Nas linhas principais, a mudança de sentido das rampas verticais não deve ocorrer
diretamente, sendo recomendável a interposição de tangente com comprimento igual a
40 m. Nos demais casos de linhas secundárias, ramais e pátios, a situação supracitada
poderá ser permitida.
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Para as concordâncias horizontais devem ser empregadas curvas circulares com ramos de
transição em espiral, cuja extensão é determinada em função do raio de cada curva e da
velocidade de operação das composições ferroviárias e da distribuição da superelevação.
Os raios mínimos das curvas devem ser definidos em função da velocidade operacional, da
bitola do trecho e da superelevação máxima. Para a superelevação deve ser considerado o
critério de segurança ao tombamento justificado pela necessidade emergencial de parada da
composição ferroviária em quaisquer pontos dos segmentos em curva. O documento
normativo NBR 16995 fornece as equações e métodos de cálculo necessários para o cálculo
do raio mínimo horizontal em curva.
Os raios dos ramos circulares das curvas horizontais devem ser superiores a 400 m e
respeitar as peculiaridades de cada ferrovia, salvo exceções em que os raios mínimos
poderão ser empregados como casos em que as condições locais de relevo ou de ocupação
forem impeditivas quanto ao emprego de outra solução com melhores características
geométricas.
3600 1146
G= =
( R ) R
Onde:
• i(%) = rampa compensada;
• imáx(%) = rampa máxima para trecho em tangente;
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• Rc = resistência de curva;
• G = grau da curva para corda de 20 m;
• R = raio da curva circular de concordância horizontal.
Nas linhas principais, a mudança de sentido das rampas verticais não deve ocorrer
diretamente, sendo recomendável a interposição de tangente com comprimento igual a
40 m. Nos demais casos de linhas secundárias, ramais e pátios, a situação supracitada
poderá ser permitida.
A locação dos pontos de interseção dos alinhamentos verticais (PIV’s) deve permitir o
posicionamento da composição ferroviária prevista para tráfego em, no máximo, uma
condição de transição vertical de mudança de sentido (uma rampa ascendente e outra
descendente), de modo a minorar as dificuldades operacionais.
B V 2
s=
(127 R )
Fonte: BRINA, H. L. Estradas de ferro. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1988. vol. 1.
258 p.
Onde:
• s = superelevação, em metro;
• B = distância entre eixos dos trilhos, em metros;
• V = velocidade, em km/h;
• R = raio do ramo circular da curva, em metros.
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O valor encontrado para a superelevação deve ser distribuído ao longo do ramo de transição
em espiral das curvas de concordância horizontal, sendo constante no segmento circular
como ilustrado na figura 8.3. Não poderá ser admitida a distribuição da superelevação nas
tangentes.
Na figura 8.3, para a linha em nível, o S = 0. Para os pontos com inclinação variável S = S1
e S = S2 quando a inclinação for constante.
L = 744 x s 40
Onde:
• L = comprimento mínimo do ramo de transição, em metros;
• s = valor da superelevação calculada, em metros.
A extensão dos ramos de transição deve sempre ser arredondada para valores múltiplos de
10 m, sendo que o comprimento mínimo deve ser de 40 m. Já o comprimento máximo dos
ramos de transição deve permitir na curva de concordância horizontal a inserção de
segmento circular com desenvolvimento mínimo de 40 m.
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No caso de linha férrea projetada prioritariamente para transporte de carga utilizada por
composições de transporte de passageiros, a velocidade da operação deve ser adequada às
características geométricas da ferrovia, principalmente aos valores considerados de
superelevação. Cabe a ressalva que a superelevação não é aplicável em linhas situadas em
pátios ferroviários devido à baixa velocidade de locomoção das composições nesses locais.
Os pátios ferroviários devem ser projetados em nível. Casos em que haja a necessidade de
se introduzir inclinação longitudinal, pátios para situações específicas, a declividade máxima
admissível para a linha nesses locais deve ser de 0,25%. A aplicação deste limite de
inclinação deve trazer aprimoramentos ao sistema de drenagem superficial a projetar e
acarretará dificuldades adicionais a operação de demarragem.
Nos projetos geométricos dos pátios e peras, devem ser consideradas as exigências
técnicas e dimensionais a serem utilizadas na operação dos equipamentos de carga e de
descarga dos produtos transportados (silos, virador de vagões, etc.), das instalações fixas
(balanças, lavadores, postos de abastecimento, oficinas de manutenção, pontos de apoio,
etc.) que neles serão edificadas e das linhas para formação das composições. Em pátios
situados próximos às regiões urbanas, deve ser prevista a adoção de medidas que dificultem
o acesso de terceiros às áreas. As medidas poderão ser representadas por dispositivos de
vedação do perímetro das áreas (cercas, muros, alambrados, etc.), portões para controle de
acesso, entre outras.
Nos trechos situados em túneis, a rampa mínima a se adotar deve ser também de 0,25% de
forma a possibilitar o escoamento das águas provenientes da interceptação do lençol
freático.
A extensão e largura dos pátios de cruzamento e a distância entre eles deve ser função do
tamanho das composições, da entrevia a se utilizar, do modelo de aparelho de mudança de
via a ser empregado, das instalações que serão implantadas e do ciclo operacional
considerado para as composições que trafegam pela linha, tendo em vista a velocidade
operacional e o tempo previsto nas operações de carga e descarga dos produtos/ insumos
transportados.
Os aparelhos de mudança de via não poderão ser previstos em trechos verticais curvos; no
alinhamento horizontal, somente em tangentes. Caso seja constatada a necessidade, devem
ser estudadas e apresentadas alternativas à Vale para análise e aprovação.
Para desvios saídos da linha principal, o aparelho de mudança de via (AMV) a ser
empregado deve ser de 1:20. Entre os limites extremos do AMV (ponta da agulha e coice do
jacaré) e os pontos iniciais e finais das curvas deve ser interposta tangente mínima de 40 m.
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Para as situações em pátios, poderá ser usada até o AMV 1:10, sendo o emprego do 1:8
feito somente em casos especiais, que deve ser justificado e apresentado à Vale para
aprovação. No caso de pátios, devido ao não emprego de superelevação e consequente
ausência de esforços de torção na composição, não é necessária distância mínima entre o
posicionamento limite do AMV e o início ou término das curvas. A distância entre o ponto de
curva e a ponta de agulha do AMV ou entre as pontas das agulhas deve ser previsto o
comprimento mínimo suficiente para inserção do veículo ferroviário em segmento de
tangente.
Para definição da seção tipo da plataforma ferroviária a ser empregada em projeto (figura
8.4), devem ser considerados:
• Bitola;
• Número de linhas e distância da entrevia;
• Tipo, altura e comprimento do dormente;
• Altura mínima do lastro sob o dormente na direção do trilho;
• Largura do ombro;
• Rampa da saia do lastro e o achatamento do talude provocado pelo tráfego
durante a operação;
• Declividade do subleito e do sublastro (sentido e valor);
• Altura de dimensionamento do sublastro;
• Rampa de talude do sublastro;
• Atendimento da largura do sublastro ao achatamento da rampa do lastro na
fase operacional;
• Superelevação máxima possível de adoção;
• Largura necessária para circulação da equipe de manutenção (rua);
• Dispositivos de drenagem empregados.
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largura da rua
ombro
ombro
comprimento
s%
Altura do
yC
dormente
xC i%
i%
yA
xA
ELEMENTOS
Figura 8.4 - DA PLATAFORMA
Elementos FERROVIÁRIA
da plataforma ferroviária
Caso a faixa destinada à construção dos dispositivos de drenagem apresente variações para
os segmentos em corte e aterro, devem ser definidas seções tipo para cada uma das
situações.
O projeto de drenagem e obras de arte corrente deve atender aos requisitos apresentados
nos documentos PNR-000088, PNR-000095, CP-B-501, EG-B-401, EG-B-405, e se
orientará pelos documentos do DNIT IPR-715, IPR-724 e IPR-736.
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8.2.4 Projeto da Superestrutura Ferroviária
Para cálculo do coeficiente de impacto (coeficiente dinâmico) deve ser utilizada a equação
da AREMA (American Railway Engineering and Maintenance-of-Way Association):
33V
Cd = 1 +
100 D
Onde:
• Cd = coeficiente de impacto;
• V = velocidade operacional, em milhas por hora;
• D = diâmetro das rodas, em polegadas (locomotivas e vagões).
Deve ser empregado o maior valor entre os calculados para locomotivas e vagões, sendo
que o coeficiente adotado deve ser arredondado para cima em uma casa decimal após a
vírgula.
O cálculo do dormente mais carregado deve ser definido pela distribuição de Togno em 5
(cinco) dormentes consecutivos. Deve ser adotado o valor de 40% da carga dinâmica
encontrada:
Q0 = 0,40 Cd Pr
Onde:
• Qo = carga dinâmica por roda no dormente;
• Cd = coeficiente de impacto;
• Pr = carga por roda.
A área sobre a qual se apoia o dormente (área de socaria) deve ser determinada conforme
recomendação de Hay, adotando-se assim o valor de 1/3 da área de contato do dormente.
Dessa forma, a pressão do dormente sobre o lastro deve ser definida como:
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Q0
P0 =
c
b
3
Onde:
• Po = pressão do dormente sobre o lastro (kg/cm2);
• Qo = carga dinâmica por roda no dormente (kg);
• c = comprimento do dormente (cm);
• b = largura do dormente (cm).
1,5Q0
Psl =
3(l − d ) + b hl tan
Onde:
• Psl = pressão no sublastro (kg/cm2);
• Qo = carga dinâmica por roda no dormente (kg);
• l = comprimento do dormente (cm);
• d = espaçamento entre eixos dos trilhos (cm);
• b = largura do dormente (cm);
• hl = espessura do lastro sob o dormente (cm);
• = ângulo do cone de distribuições de tensão (ângulo entre a linha vertical e
a linha de espraiamento das tensões).
1,5Q0
Pse =
3(l − d ) + b (hl + hsl ) tan
Onde:
• Pse = pressão no subleito (kg/ cm2);
• Qo = carga dinâmica por roda no dormente (kg);
• l = comprimento do dormente (cm);
• d = espaçamento entre eixos dos trilhos (cm);
• b = largura do dormente (cm);
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A tensão admissível nas camadas deve ser calculada pela equação de Heukelon:
0,006 E d
adm =
(1 + 0,7 log N )
Onde:
• adm = tensão admissível na camada considerada;
• Ed = módulo de resiliência do material = 100 x CBR;
• N = número de ciclos durante a fase de operação do projeto.
N = (L el ) + (V ev ) C D A
Onde:
• L = número de locomotivas por composição;
• el = número de eixos por locomotiva;
• V = número de vagões por composição;
• ev = número de eixos por vagão;
• C = número de composições diárias (carregada + descarregada);
• D = número de dias trabalhados por ano;
• A = período de projeto, normalmente igual a 12 anos.
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melhoria das condições de fundação do pavimento ferroviário, dentre outros. A NBR 6122
fornece informações importantes para a formação de um terreno de suporte à linha férrea.
Como a distribuição das pressões não é uniforme ao longo das camadas de diferentes
granulometrias, deve ser adotado um coeficiente de distribuição (Ct) para cada uma,
tomando por base o lastro que deve ser considerado igual a 1, conforme as hipóteses
admitidas por Gerhard Schramm. Para as demais camadas, os coeficientes de distribuição
são obtidos pela relação entre a tangente do ângulo de distribuição de cada camada e a
tangente do ângulo da camada de lastro. As espessuras reais das camadas de sublastro e
reforço devem ser calculadas usando-se a seguinte correlação:
H eq
HC =
Ct
Onde:
• Hc = altura corrigida;
• Heq = altura relativa equivalente ao lastro;
• Ct = coeficiente de distribuição.
Os contratrilhos devem ser usados com o objetivo de evitar o descarrilamento dos veículos
ferroviários. Devem ser previstos estes dispositivos nos AMVs, em segmentos críticos do
traçado da ferrovia, em segmentos sinuosos junto a encostas íngremes ou situados às
margens de rios, entre outros.
Deve ser verificada necessidade de largura de ombro do lastro maior nos trechos em curvas,
uma vez que os esforços transversais em curvas são superiores àqueles que ocorrem nos
segmentos em tangente e nos pátios. Sendo necessário, a transição da largura de ombro
entre os intervalos em tangente e curva deve ser feito sempre na tangente de modo a
manter a integridade do ombro no trecho mais solicitado.
Deve ser previsto nas obras de arte especiais ferroviárias (pontes, viadutos, trincheiras) o
uso de contra-trilhos por medida de segurança, reduzindo os danos causados às obras na
eventualidade de ocorrência do descarrilamento.
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No dimensionamento de pontes e viadutos devem ser atendidos, ainda, os critérios dos
PNR-000019, PNR-000020, PNR-000021, PNR-000047, PNR-000084, PNR-000088 e CP-B-
508.
Nos projetos de túneis devem ser apresentadas as seções que os caracterizem e que
devem atender aos gabaritos viários, com respectivos desenhos, instrumentação que será
instalada e a extensão de cada uma. Devem ser calculados os volumes e definidas as
categorias dos materiais que serão escavados em conformidade com o perfil geológico
constante do projeto. Devem constar no projeto os resultados obtidos pelas sondagens
executadas e que servirão de subsídios para o processo construtivo eleito para a situação
encontrada. O projeto deve fornecer também detalhes executivos do emboque, da abóbada,
do arco invertido e do sistema de drenagem.
O projeto de sinalização ferroviária deve ser constituído por sistema de dispositivos fixos de
controle e orientação do tráfego posicionados de forma a assegurar alto padrão de
segurança para a circulação das composições ferroviárias assim como para o tráfego
rodoviário em eventuais passagens em nível. É composto de sinalização por placas,
sinalização de passagem em nível, marcos quilométricos e marcos de segurança em
entrevia. Os documentos de engenharia devem conter indicações de localização, montagem,
dimensões, tipos de suporte e quantidades dos dispositivos e equipamentos.
Os marcos de segurança devem ser utilizados nas regiões de aproximação dos aparelhos
de mudança de via (AMV) para indicar o ponto limite em que um veículo ferroviário pode
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ficar estacionado em um desvio, com gabarito suficiente, de modo a permitir que um outro
veículo possa trafegar livremente com segurança pela outra via. Deve servir também de
orientação aos maquinistas e manobreiros para que possam realizar suas manobras de
forma segura e com adequado aproveitamento dos desvios.
A determinação das áreas a serem adquiridas tomará por base o traçado do projeto e a faixa
de domínio estabelecida. Casos em que os limites dos offsets acrescidos de 10 m for
superior à faixa prevista, deve ser adotada a maior dimensão. Este acréscimo também deve
ser considerado na delimitação e descrição das demais áreas e não somente ao longo da
extensão do trecho.
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considerando o uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das
guias: GU-E-633, GU-G-657 e GU-C-611.
Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Essa análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.
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