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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

CRITÉRIOS DE PROJETO PARA 1/41


CP - B - 501
CIVIL/ INFRAESTRUTURA, RODOVIAS, ACESSOS E REV.
SISTEMA VIÁRIO 10

REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL RSF GH EMV MP 29/02/08


REVISADO ITENS: 1.0; 2.0; 3.0; 4.0; 4.1;
1 C 4.2; 4.3; 5.0; 5.1; 5.2; 6.0; 6.3; 6.4.1; 6.4.2; RCR RVM CFD MB 17/12/10
6.4.3; 6.6 E 7.0
2 C REVISÃO DO ITEM 5.1 LMM CSP MB GJ 26/04/13

REVISÃO GERAL. CANCELA E


3 C JCC LMM MB GJ 27/12/13
SUSTITUI O CP-B-502

4 C REVISÃO DO ITEM 8 LMM EMG MB AC 17/05/16

REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.0 E 8.0


5 C RPS LMM MB GCC 21/11/16
E INCLUSÃO DO ITEM 9.0
REVISÃO DOS ITENS 2.0, 3.0, 4.0, 7.1;
6 C ALB EMG MB GCC 21/02/20
8.1.4; 8.1.7; 8.2.3; 8.2.5; 8.2.6 E 8.2.10
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 8.1.4; 8.2.1;
7 C ALB EMG EMG GCC 11/12/20
8.2.6 E INCLUSÃO ITEM 9.0 (REF. PNR)
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 4.0; 7.0; 8.1.1;
8 C 8.2.1; 8.2.3; 8.2.5; 8.2.7; 8.2.9; 8.2.10 E ALB EMG MB CIU 14/04/21
9.0
9 C REVISÃO DOS ITENS 3.0, 9.0 e 10.0 RLJ BAR BAR CIU 02/08/21
REVISÃO DOS ITENS 3.0; 7.0; 8.1.1;
10 C RLJ HLL HLL KLM 24/02/22
8.1.5; 8.2.1; 8.2.5; 8.2.6; 8.2.10 e 9.0

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicação e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 6
6.0 CÓDIGO DA FONTE 7

7.0 REQUISITOS GERAIS 7


7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 8
7.2 UNIDADES 9
7.3 VIDA ÚTIL DE PROJETO 9
8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS 9
8.1 ESTUDOS 9
8.2 PROJETOS 18
9.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 40
10.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 41

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios para o desenvolvimento dos projetos de engenharia de


infraestrutura, rodovias, acessos e sistema viário nos empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da Vale.

Este documento deverá ser usado pela empresa projetista como base para a elaboração dos
critérios de projeto específico do empreendimento. Os procedimentos para elaboração do
CP estão descritos no PR-E-027.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000015 Sistemas de Proteção e Combate a Incêndio (SPCI) - Geral


PNR-000019 Estruturas - Obras de Arte Especiais - Geral
PNR-000020 Estruturas - Obras de Arte Especiais - Pontes Rodoferroviárias
PNR-000021 Estruturas - Obras de Arte Especiais - Viadutos Rodoferroviários
PNR-000030 Diretrizes Básicas de Geotecnia - DBG
PNR-000035 Gestão de Recursos Hídricos e Efluentes
PNR-000038 Sistemas de Manuseio – Carregadores de Vagões
PNR-000047 Integridade Estrutural - Geral
PNR-000069 Requisitos de Atividades Críticas - RAC
PNR-000084 Integridade Estrutural - Estruturas de Concreto
PNR-000088 Layout de Instalações - Critérios Seguros de Layout
PNR-000126 Estruturas – Obras de Arte Especiais – Passarelas
PNR-000142 Sistemas de Controle e Tratamento – Efluentes
PNR-000145 Diretrizes Básicas de Segurança
PNR-000155 Diretrizes Básicas de Projetos
PNR-000162 Estruturas – Obras de Arte Especiais – Túneis – Estrutura e
Drenagem
CP-B-505 Critérios de Projeto para Tratamento de Efluentes Esgoto Sanitário
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CP-B-506 Critérios de Projeto para Ferrovias
CP-B-508 Critérios de Projeto para Pontes e Viadutos
CP-C-501 Critérios de Projeto para Estruturas de Concreto
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
Engenharia
CP-R-535 Critério de Projeto para Sistema de Detecção, Alarme e Combate a
Incêndio
CP-X-501 Critérios de Projeto para Fundações de Estruturas e Obras de
Terra
EG-B-401 Especificação Geral para Drenagem
EG-B-403 Especificação Geral Sistema de Tratamento de Efluente Sanitário
EG-B-405 Especificação Geral para Drenagem Industrial
ES-V-501 Especificação de Serviços para Levantamento Topográfico
ES-X-401 Especificação de Serviços para Investigações e Instrumentações
Geotécnicas de Campo
GU-E-344 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Civil / Infraestrutura
GU-E-360 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Civil / Infraestrutura
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-E-411 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) – Civil / Infraestrutura
GU-E-549 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) – Geotecnia
GU-E-550 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Geotecnia
GU-E-551 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Geotecnica
PR-E-027 Procedimento de Engenharia para a Elaboração de Critérios de
Projeto

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.
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• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 8681 Ações e Seguranças nas Estruturas - Procedimento


NBR 7187 Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido -
Procedimento
NBR 11682 Estabilidade de encostas
NBR 12209 Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de
tratamento de esgotos sanitários
NBR 12211 Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água – Procedimento
NBR 13133 Execução de levantamento topográfico
NBR 14885 Segurança no tráfego - Barreiras de concreto
NBR 15486 Segurança no tráfego — Dispositivos de contenção viária —
Diretrizes de projeto e ensaios de impacto.
NBR ISO 39001 Sistemas de gestão da segurança viária (SV) - Requisitos com
orientações para uso

• DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

IPR-667 Método de projeto de pavimentos flexíveis


IPR-698 Manual de Projetos de Obras-de-Arte Especiais
IPR-706 Manual de projeto geométrico de rodovias rurais
IPR-714 Manual de pavimentos rígidos
IPR-718 Manual de projeto de interseções
IPR-719 Manual de pavimentação
IPR-720 Manual de restauração de pavimentos asfálticos
IPR-723 Manual de estudos de tráfego
IPR-724 Manual de drenagem de rodovias
IPR-736 Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem
IPR-737 Manual de recuperação de pavimentos rígidos
IPR-743 Manual de sinalização rodoviária

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• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Resolução 396/2008 Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o


enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências
Resolução 404/2008 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de
aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos
Resolução 430/2011 Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução nº 357/2005

• Ministério da Saúde

Portaria 2914/2011 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da


qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade

• SEPRT - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho

NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

• Legislação da República Federativa do Brasil

Lei Federal Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos


12305/2010

A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras – NRs da Consolidação


das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme portaria
3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, bem como o atendimento integral aos requisitos
de saúde e segurança da legislação local vigente.

Em casos especiais ou no caso de omissão das normas brasileiras vigentes, deverão ser
consultadas e/ou utilizadas as normas internacionais de conceituação comprovada.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

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6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo se refere a fonte de informação utilizada na execução


deste documento.

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS

Código de Fonte
A/F

Os projetos de infraestrutura, rodovias, acessos e sistema viário deverão ser elaborados de


acordo com as normas aplicáveis, sob a responsabilidade de profissionais legalmente
habilitados e com experiência anterior comprovada. Entende-se por projeto o conjunto de
documentos, especificações, manuais, dimensionamentos e desenhos necessários à
implantação do empreendimento. Os projetos deverão utilizar o PNR-000155 - Diretrizes
Básicas de Projetos - para nortear a definição clara de papéis e responsabilidades e da
descrição dos requisitos mínimos para o desenvolvimento e execução de projetos, com
maior atenção aos itens 5 a 9 do PNR-000155.

Os critérios a empregar são apresentados neste documento, abordando as etapas de


estudos e projetos nas diversas disciplinas.

Deverão ser atendidas as prescrições dos padrões normativos PNR-000047, PNR-000084,


PNR-000088 e PNR-000155, da norma NBR 8681 e demais normas aplicáveis ao projeto.

Na etapa de estudos deverão ser abordados todos os estudos e parâmetros necessários


para a definição da alternativa de projeto mais adequada à implantação da obra, incluindo
quando necessário e não se limitando a: estudos de tráfego, estudos topográficos, estudos
geológicos, estudos geotécnicos, estudos hidrológicos, estudos de apoio ambiental, estudos
de interferências, estudos geométricos e de traçado, e qualquer outro necessário e

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pertinente à execução do projeto. Quanto mais precisos e detalhados forem os elementos
coletados, maior é a probabilidade de se alcançar uma solução adequada, econômica e
durável.

Na etapa de projeto deverão ser abordados os tópicos pertinentes a, sem a eles se limitar:
projeto geométrico, projeto de terraplenagem, projeto de drenagem e obras de arte
correntes, projeto de pavimentação, projeto de obras de arte especiais e túneis, projeto de
fornecimento de água, projeto de destinação de efluentes líquidos, projeto de destinação de
resíduos sólidos, projeto de obras de contenção e estabilidade de taludes, projeto de
sinalização viária, projeto de detecção de interferências, projeto de obras complementares,
projeto de aquisição de áreas.

Os projetos deverão ser desenvolvidos de maneira a obter soluções técnico-econômicas


compatíveis sob o ponto de vista geotécnico, geológico, hidrológico, de execução, de
integração ao meio ambiente e às características regionais, de estética, e que atenda às
condições locais de acesso à obra e de disponibilidade de materiais e mão-de-obra. Deverão
ser apresentados em desenhos ou outros documentos todas as justificativas, cálculos,
dimensionamentos, especificações e informações necessárias para o entendimento do
projeto e para a correta execução da obra.

7.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Os guias listados abaixo deverão ter suas diretrizes seguidas no desenvolvimento do projeto
em suas diferentes fases:

• Projeto Conceitual: GU-E-411;


• Projeto Básico: GU-E-344;
• Projeto Detalhado: GU-E-360.

Para pontes e viadutos deverão ser atendidos também os requisitos do CP-B-508 e da NBR
7187. Os projetos de ferrovias deverão atender aos critérios do CP-B-506.

Nos casos de cruzamentos com vias sob domínio de órgãos oficiais, rodovias, ferrovias ou
vias navegáveis, deve-se atender também aos critérios, prescrições e requisitos legais dos
respectivos órgãos, que têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste
documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritivos.

Procedimentos específicos decorrentes de situações particulares do projeto que


apresentarem divergências em relação às orientações estabelecidas neste documento
deverão ser previamente apresentados, justificados e formalmente aprovados pela Vale
anteriormente à aplicação.

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7.2 UNIDADES

Deverão ser usadas as unidades do Sistema Internacional, exceto onde a tradição de uso ou
disponibilidade de mercado tenha consagrado o uso de outras unidades.

7.3 VIDA ÚTIL DE PROJETO

As estruturas deverão ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições


ambientais previstas e utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem a segurança,
a estabilidade e a aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.

Por vida útil de projeto entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as
características das estruturas, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e de manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, bem como de
execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais.

O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida
útil diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de movimentação em
estruturas de pontes.

8.0 REQUISITOS ESPECÍFICOS

Código de Fonte
A/F/J
8.1 ESTUDOS

8.1.1 Estudos de Tráfego

As informações operacionais necessárias ao desenvolvimento dos projetos rodoviários, de


acessos e de sistema viário serão fornecidas pela Vale e deverão ter como premissa de
projeto as informações contidas no documento do DNIT IPR-723. Elas poderão ser
complementadas por outros dados a serem obtidos junto a órgãos ou por pesquisas de
contagem de tráfego, se necessário, e possibilitarão o planejamento da circulação do
trânsito e o dimensionamento de pavimento das vias a ser projetadas.

A Vale deverá fornecer as seguintes informações, sem a elas se limitar:

• Veículos tipo a considerar, suas dimensões e características operacionais,


limitações de manobras e o peso transmitido ao pavimento;
• Origem e destino das operações de transporte;
• Volume de tráfego e tempo de viagem previstos;
• Composição da frota;

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• Distribuição do tráfego por sentido;


• Variações sazonais de fluxo de tráfego esperadas;
• Velocidade diretriz do projeto;
• Taxa a adotar para o crescimento do tráfego.

Nos casos em que o tráfego de veículos gerado pela operação da Vale se misturar com
outros usuários, as informações operacionais da Vale deverão ser complementadas por
pesquisas de tráfego e respectivas projeções para os anos de projeto. Esses dados
adicionais poderão ser obtidos junto a órgãos públicos ou serem oriundos de contagem do
tráfego local. Os modos e tipos de pesquisas a realizar deverão se basear no documento do
DNIT IPR-723. Esses elementos deverão ser representados por fluxogramas onde estejam
discriminados os sentidos e movimentos de tráfego, o ano de projeto, as unidades adotadas
e os volumes por unidade de tempo.

O tratamento das informações fornecidas pela Vale e decorrente das pesquisas de tráfego
permitirá a obtenção do volume horário de projeto, que deverá ser empregado para o
dimensionamento geométrico das vias e interseções, determinação de níveis de serviço,
planejamento da operação da via, sinalização e regulamentação do trânsito. Para fins de
projeto, o volume de tráfego a utilizar deverá ser o que representa a faixa de rolamento mais
solicitada.

Os dados dos estudos de tráfego também contribuirão para definir a classificação funcional
da via em projeto dentro do sistema viário e a escolha do veículo de projeto.

A partir do conhecimento dos volumes de tráfego e das cargas atuantes por eixo, associado
ao crescimento previsto para o período de projeto, deverá ser definido o número “N”,
parâmetro de tráfego utilizado para o dimensionamento do pavimento.

8.1.2 Estudos Topográficos

Os estudos topográficos têm por finalidade a obtenção de modelo topográfico digital da área
ou da faixa de terreno necessário à realização dos demais estudos e projetos. Os desenhos
dos elementos topográficos deverão ser georreferenciados e com precisão de 4 casas
decimais. Todos os arquivos de dados deverão ser entregues à Vale.

A execução do levantamento topográfico deverá atender às prescrições da norma


NBR 13133 e às especificações de serviços ES-V-501.

A dimensão da área ou da faixa a levantar deverá ser estabelecida em função dos estudos
preliminares necessários à definição dos demais projetos, e a precisão do levantamento
deverá ser compatível com a fase do projeto a elaborar.

A poligonal principal de apoio deverá estar referenciada tanto em planimetria como em


altimetria à rede primária de apoio oficial, no caso do Brasil, a do IBGE, segundo o sistema

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UTM e cotas verdadeiras em relação ao nível do mar. Deverá ser constituída por pares de
marcos de concreto situados à distância máxima de 10 km entre si.

Complementarmente, deverá ser implantada rede de apoio secundária, materializada por


marcos de concreto a cada 500 m, no máximo, ao longo da diretriz estabelecida.

Os modelos dos marcos de concreto estão apresentados na ES-V-501.

O levantamento topográfico deverá ser executado de forma a possibilitar a caracterização


planialtimétrica e cadastral pelo detalhamento do relevo, benfeitorias, edificações e outros
elementos existentes no local e que influenciem nas soluções dos demais estudos e projetos
a elaborar. Nas situações em que o levantamento das interferências situadas no subsolo
seja necessário e que não puder ser realizado por métodos convencionais, deverão ser
adotadas tecnologias, como as de geofísica, para detecção dos elementos.

Nas obras lineares, como rodovias e acessos, o eixo de projeto deverá ser materializado em
campo na etapa de projeto básico, na qual o eixo já esteja definido. A faixa a ser levantada
deverá ter o relevo caracterizado por pontos posicionados no terreno como se fossem
seções transversais, de forma a caracterizá-la de forma fiel, evitando a concentração de
pontos em locais de mais fácil acesso em detrimento dos lugares mais difíceis. O
levantamento dos pontos de conflito entre diferentes tipos de modal de transporte ou de
interseção das rodovias e acessos deverão abranger áreas com dimensões que permitam o
desenvolvimento de soluções para equacionamento dos problemas apresentados.

Para levantamento dos locais com previsão de implantação de túneis, a faixa para cada lado
do eixo proposto deverá ter largura mínima representada pelo dobro da profundidade da
obra em relação à superfície, tomando como referência a geratriz inferior, ou 10 vezes o
diâmetro estimado, adotando-se a menor. Na situação de túneis paralelos, o diâmetro
deverá ser o equivalente à distância entre os pontos externos extremos da escavação e
eixos individualizados para cada túnel.

Os levantamentos por batimetria deverão permitir a caracterização do perfil da travessia do


curso d’água na região de transposição pelo traçado da via ou de interesse aos demais
estudos e projetos.

Levantamentos complementares para caracterização de áreas destinadas a empréstimos de


solos ou materiais de construção ou de áreas para a deposição de materiais excedentes ou
inservíveis decorrentes das operações de terraplenagem deverão ser realizados com o
objetivo de caracterizá-las e quantificar a capacidade de utilização. Deverão ser indicadas as
providências a tomar para a recuperação e preservação do terreno e do entorno.

8.1.3 Estudos Geológicos

Os estudos geológicos necessários à implantação da obra deverão permitir a identificação


de aspectos e parâmetros que auxiliem na definição do traçado ou locação da obra. Deverão
identificar áreas de ocorrência de solos compressíveis e/ou com baixa capacidade de

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suporte, dados dos maciços terrosos e rochosos, zonas de potencial instabilidade, cicatrizes
de antigos movimentos dos maciços, orientação das descontinuidades, expectativa de
comportamento dos maciços atravessados, afloramentos rochosos, tipo e características dos
materiais, caracterização hidrogeológica, classificação geomecânica, potenciais áreas para
fornecimento de materiais ou deposição de materiais excedentes ou inadequados para
aplicação na obra, entre outros pertinentes e necessários ao desenvolvimento do projeto.

O mapeamento geológico deverá ser apresentado em relatório contendo, sem a eles se


limitar:

• Mapa geológico da região em escala que permita a visualização e


entendimento dos dados nele lançados, utilizando a mesma base topográfica
obtida dos estudos topográficos;
• Descrições da geologia regional e local, condicionantes ao traçado ou à
obra, interpretação dos dados e parâmetros obtidos da coleta de dados e
inspeção de campo;
• Recomendações para solução dos problemas construtivos detectados em
virtude da geologia local e sugestão de estudos específicos necessários ao
equacionamento de demandas pontuais.

8.1.4 Estudos Geotécnicos

Os estudos geotécnicos deverão permitir a caracterização de materiais das áreas de


empréstimo e verificar a estabilidade de taludes e as condições de suporte de fundação de
rodovias, de acessos, de aterros, de obras de arte especiais, de obras de arte correntes, de
obras de contenção e de demais obras de infraestrutura em geral. Os estudos geotécnicos
deverão ser elaborados conforme diretrizes apresentadas no PNR-000030 e nas guias
GU-E-549, GU-E-550 e GU-E-551.

O plano de investigações geotécnicas deverá ser feito em consonância com o projeto


geométrico em desenvolvimento e as recomendações emanadas dos estudos geológicos. A
distribuição, espaçamento, profundidade dos furos, coleta de amostras dos materiais, tipos
de ensaios de laboratório e de campo deverão respeitar as características específicas de
cada segmento, tanto no que se refere à geologia local como ao tipo de construção que nele
será executada.

A profundidade dos furos de investigação deverá ser definida de modo a ultrapassar as


cotas previstas no projeto de terraplenagem. Em toda extensão do furo deverão ser
coletadas amostras para reconhecimento e caracterização do material e verificação da
possibilidade de uso para aterro, reforço de subleito, sub-base ou para construção (jazidas,
pedreiras, areais). Nos casos de sondagens SPT, os ensaios a percussão deverão ser
iniciados apenas após o furo da sondagem atingir a cota de terraplenagem. Os critérios de
paralisação das sondagens deverão ser estabelecidos pela projetista em função das
necessidades específicas de suporte exigidas.

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O plano de investigações geotécnicas deverá ser compatível com a fase do projeto. No


projeto de sites ou de outras obras que ocupem grande área, recomenda-se que na fase de
projeto Conceitual, quando não se tem uma definição precisa das edificações, as
investigações sejam feitas em malha. Os serviços de investigações geotécnicas de campo
deverão atender as diretrizes da ES-X-401.

As investigações deverão permitir a classificação dos materiais de terraplenagem (1ª, 2ª e 3ª


categorias e solo mole) e a elaboração de seções geológico-geotécnicas, tantas quantas
forem necessárias ao entendimento do subsolo, com indicação das investigações em planta
e perfil, posição e influência do nível d´água, índice de resistência à penetração, Índice de
Qualidade da Rocha (RQD), classificação dos materiais, entre outros.

A classificação dos materiais de terraplenagem a ser utilizada deverá ser:

• 1ª categoria – compreendem os solos em geral, residuais ou sedimentares,


seixos rolados ou não, qualquer que seja o teor de umidade. Sua escavação
pode exigir o uso do escarificador e não é exigido o emprego de explosivos;
• 2ª categoria – compreendem os materiais com resistência ao desmonte
mecânico inferior à rocha sã, cuja extração se processa por combinação de
métodos que obriguem a utilização contínua e indispensável de equipamento
de escarificação, constituídos por trator de esteira pesado com escarificador
– ripper, de dimensões adequadas ou o uso de explosivos. Estão incluídos
nessa classificação os blocos de rocha de volume inferior a 2,0 m³ e os
matacões ou pedras de diâmetro médio inferior a 1,0 m;
• 3ª categoria – compreendem as rochas sãs, matacões maciços, blocos e
rochas fraturadas de volume superior a 2,0 m³ que só possam ser extraídos
após a redução em blocos menores, exigindo o uso contínuo de explosivos
ou outros materiais, equipamentos e outros dispositivos para desagregação
da rocha;
• Solo mole – compreendem os solos que não apresentam, em seu estado
natural, capacidade de suporte para apoio direto dos equipamentos de
escavação, geralmente com presença de material orgânico decomposto que
não possa ser enquadrado como material de 1ª, 2ª ou 3ª categoria. Sua
escavação somente é possível com escavadeiras apoiadas fora da área de
remoção e em aterros ou estivas colocadas para propiciar suporte adequado
ao equipamento.

Deverão ser executados ensaios para determinação do fator de conversão do corte para
aterro, por meio da obtenção da massa específica aparente in situ e comparação com os
resultados obtidos nos ensaios de compactação em laboratório.

Para os estudos de contenção e estabilidade dos taludes deverão ser considerados os


aspectos identificados nos estudos geológicos tais como a localização de áreas de maior
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instabilidade, descontinuidades. Os estudos deverão considerar as benfeitorias atingidas, os
custos advindos de remanejamentos e/ou ressarcimentos, e a possibilidade de execução de
sistemas de contenção ou mesmo soluções mistas de forma a atender as prerrogativas
técnicas e o custo de implantação mais viável.

Para os estudos de fundação das obras de arte especiais, deverão ser atendidos também os
critérios do CP-B-508 e CP-X-501.

Nas áreas de empréstimo e de ocorrência de material para construção, deverão ser


executadas investigações em malha e coletadas amostras para a execução dos ensaios de
laboratório. Os furos para investigação e coleta deverão ter profundidades suficientes e
serem feitos em quantidade necessária para a identificação dos limites horizontal e vertical
de exploração dos materiais aproveitáveis. Deverão ser elaborados os croquis onde seja
apresentada a malha com a localização e numeração dos furos, a delimitação da área
aproveitável, o nome e o endereço do proprietário do terreno, o volume de material utilizável,
a distância de transporte real até algum ponto do projeto, as condições de acesso e de
exploração, a vegetação existente, área que permita a estocagem do material explorado,
entre outros.

Os materiais granulares e de terraplenagem deverão ser submetidos a ensaios de limite de


liquidez, limite de plasticidade, granulometria completa, teor de impureza orgânica,
equivalente de areia, ensaios de compactação, Índice de Suporte Califórnia (ISC), umidade
e densidade in situ. Deverá ser apresentado o quadro estatístico dos resultados dos ensaios
e as curvas granulométricas do material.

Para os materiais pétreos, deverão ser realizados ensaios de abrasão Los Angeles,
durabilidade, índice de forma, solubilidade, absorção de água, resistência mecânica,
resistência ao esmagamento, resistência ao choque, perda por degradação e perda por
atrito seco e úmido. Rochas com aplicação prevista como agregado de concreto deverão ser
ensaiadas à reatividade potencial ao álcali do cimento. Deverá ser verificada a existência de
área que permita a instalação de equipamentos de britagem e praça para estocagem do
material explorado e britado.

8.1.5 Estudos Hidrológicos

Os estudos hidrológicos deverão fornecer subsídios para o planejamento da obra e


determinação das vazões de dimensionamento das estruturas hidráulicas e do sistema de
captação de água para o empreendimento alinhados às orientações do padrão normativo
PNR-000035 - Gestão de Recursos Hídricos e Efluentes. Deverão identificar as bacias de
contribuição e a rede hidrográfica afetada pelo projeto, intervenções futuras previstas nas
áreas das bacias que possam representar modificações em suas características, as obras
hidráulicas existentes ou projetadas situadas a montante e a jusante da locação do projeto e
que influenciem nos estudos, como barragens, canalizações, dragagens e retificações.

Os dados hidrometeorológicos deverão ser obtidos junto aos órgãos oficiais. Deverão ser
utilizados os dados dos postos pluviométricos, fluviométricos e meteorológicos cujo período

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de observação seja superior a 15 anos e que melhor caracterize o regime climático na
região. Os postos representativos para as áreas rurais deverão ser definidos empregando-se
o método do polígono de Thiessene. Em casos de não existência de postos na região,
deverão ser descritos e justificados os dados e as fontes utilizados.

Os períodos de recorrência utilizados na determinação da vazão de projeto e no


dimensionamento dos dispositivos de drenagem são definidos em função do tipo, segurança
e importância da obra, e da avaliação dos danos para vazões superiores à vazão de projeto,
considerando danos a terceiros, custos para recuperação ou reconstrução da obra e custos
devidos à paralização da operação. Salvo indicação contrária do projeto ou quando
justificado, deverão ser adotados os períodos de recorrência apresentados na Tabela 8.1.

Tabela 8.1 - Período de Recorrência


TIPO DA OBRA PERÍODO DE RECORRÊNCIA
Drenagem superficial 10 anos

25 anos para dimensionamento como canal;


Bueiros tubulares
50 anos para verificação como orifício.
50 anos para dimensionamento como canal;
Bueiros celulares
100 anos para verificação como orifício.

Pontilhões e pontes 100 anos e verificação para 200 anos

O tempo de concentração das variadas bacias deverá ser definido em função do


comprimento e do desnível do talvegue principal da bacia, calculado pela fórmula de Kirpich:

0 , 385
 L3 
tc = 57 
H

Onde:
• tc = tempo de concentração, em minutos;
• L = comprimento do talvegue, em quilômetros;
• H = desnível do talvegue, em metros.

No caso das bacias que apresentem talvegues com declividades variadas, para
determinação do tempo de concentração deverá ser calculada a declividade efetiva do
talvegue, empregando-se a fórmula abaixo:
2
 L 
i =  
 K n 

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Ln
Kn =
in

Onde:
• L = comprimento total do talvegue;
• Ln = comprimentos parciais das diferentes declividades do talvegue;
• in = declividades parciais do talvegue.

Para as obras de drenagem superficial, o tempo mínimo de concentração deverá ser igual a
5 minutos. Para o caso de obras de arte correntes (bueiros de grota), o tempo mínimo a ser
adotado será de 10 minutos.

Os coeficientes de escoamento superficial deverão ser determinados em função do uso e


ocupação do solo, declividade e características de permeabilidade de cada bacia de
contribuição, avaliados por inspeção local ou pelo uso de imagens de satélite e cartas da
região. Deverá ainda, considerar a existência de projetos que preveem a intervenção futura
em terrenos parcial ou totalmente contidos nas bacias de contribuição e que acarretem
alterações na caracterização do uso e ocupação do solo.

No cálculo das vazões de projeto, deverá ser utilizado:

• Bacias com áreas até 400ha – Método Racional;


• Bacias com áreas entre 400ha e 1.000ha – Método Racional acrescido do
coeficiente de retardo adimensional;
• Bacias com áreas superiores a 1000ha – Método do Hidrograma Unitário.

Para projetos em transposições de cursos d’água de maior porte, a metodologia a empregar


para determinação das vazões deverá ser aprovada junto a Vale.

No caso de cursos d’água que sofram influência dos movimentos das marés ou de remansos
causados pela proximidade com recurso hídrico de maior porte, esses efeitos, bem como as
consequências geradas, deverão ser considerados para dimensionamento das obras de
transposição.

8.1.6 Estudos para Apoio Ambiental

Os estudos para apoio ambiental deverão identificar a existência de áreas de interesse


ambiental e abrangerão pesquisas sobre:

• Áreas de parques, buscando se informar sobre os limites e os decretos/ leis


que os criaram;

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• Áreas de preservação permanente a considerar;


• Largura das faixas de preservação ao longo dos cursos d’água e
reservatórios em conformidade com o porte de cada um;
• Sítios arqueológicos/ paleontológicos/ espeleológicos;
• Comunidades impactadas;
• Uso e ocupação do solo dentro dos limites dos terrenos atingidos;
• Mapeamento da variação da densidade de vegetação existente na área de
influência;
• Localização de nascentes de água;
• Informações sobre a fauna e flora local, principalmente sobre espécies
protegidas e em extinção e corredores de locomoção de animais;
• Demais aspectos determinantes na adoção de dispositivos especiais pelo
projeto.

No caso do sistema viário, estes estudos deverão ser desenvolvidos e as restrições


consideradas quando da elaboração do projeto de urbanização para parcelamento e
ocupação da área.

8.1.7 Estudos de Interferências

Os estudos de interferência deverão apresentar as interferências existentes com utilidades


públicas, infraestrutura, benfeitorias, intervenções futuras previstas e também atender aos
requisitos apresentados no ES-X-401. Compreendem nos estudos as investigações
necessárias para identificar possíveis interferências considerando as exigências e
particularidades de todas as disciplinas envolvidas.

Deverão ser buscadas informações junto às concessionárias de serviços públicos, órgãos


públicos e empresas a respeito de empreendimentos existentes localizados na área em
estudo, notadamente os de natureza subterrânea cuja verificação na superfície não se
mostrar possível. Deverão ser identificadas, também, obras já projetadas e aprovadas,
ampliações ou novas instalações previstas que possam influenciar na diretriz estudada.

As áreas que possam interferir no empreendimento e que o acesso a elas não foi permitido
pelos proprietários deverão ser identificadas.

8.1.8 Estudos Geométricos e de Traçado

Os estudos geométricos e de traçado deverão ser desenvolvidos tomando por base os


elementos cadastrais e de relevo obtidos pelos estudos topográficos e de interferências, as
recomendações dos estudos geológicos e geotécnicos para minimizar os problemas
construtivos e as exigências geométricas do empreendimento.

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O traçado do sistema viário deverá atender a diretriz estabelecida pelo projeto de
parcelamento e ocupação da área onde o mesmo será inserido quanto às necessidades
dimensionais horizontais e verticais e as demais condicionantes operacionais das disciplinas
envolvidas.

Deverão ser estudadas alternativas para identificação da diretriz a ser utilizada, sendo
observada a ocorrência de fatores que tendem a onerar os custos de construção, como
solos compressíveis ou instáveis, afloramentos rochosos, lençol freático alto, áreas de
cultura não cíclica ou de preservação ambiental, faixas inundáveis, entre outros. Deverão ser
avaliados o uso e ocupação das áreas envolvidas, evitando-se aquelas de maior valor de
propriedade, as obras de arte especiais e de contenções necessárias e outros fatores a
considerar nos custos para implantação de cada uma das alternativas.

Com base nos estudos topográficos e geológicos, deverão ser analisados os movimentos de
terra das opções estudadas buscando a redução dos impactos ambientais e o equilíbrio na
distribuição de massas para minimizar a necessidade de áreas de empréstimo ou para
deposição de materiais excedentes de terraplenagem. Deverão ser apresentadas as
premissas empregadas, as seções tipo de corte e aterro, os volumes de corte e aterro, e as
quantidades dos serviços preliminares previstas.

8.2 PROJETOS

8.2.1 Projeto Geométrico

O projeto geométrico deverá ser elaborado considerando-se os elementos obtidos pelos


estudos geométricos e de traçado e pelos estudos de tráfego, quando aplicável. Deverá
atender às diretrizes de parcelamento e ocupação da área estabelecidas pelo projeto, ao
plano diretor do projeto e aos demais condicionantes operacionais das disciplinas
envolvidas.

Quando houver a necessidade de remanejamentos e adequações de rodovias, acessos e


sistema viário, deverão ser considerados o atendimento às propriedades e
empreendimentos localizados ao longo do projeto, as demandas atual e futura do tráfego
local e da região que o utilize, as atividades de manutenção da via e as condições de
segurança ofertadas aos usuários (visibilidade, rampas de acesso, tipo de revestimento). No
caso de acessos que se caracterizem como passagens em nível, deverão ser consideradas
as recomendações apresentadas no item Projeto de Obras Complementares deste
documento.

Nos projetos de sistemas viários em áreas que apresentem parcelamento tipicamente


urbano (industriais, portos, terminais de carga e descarga, entre outros), deverão ser
atendidas as exigências e recomendações operacionais específicas quanto ao raio mínimo
de giro do veículo representativo do projeto, necessidades de estacionamento, raios de
concordância entre as vias componentes do sistema, entre outras. Em áreas com greides
em nível (planos), quer seja no arruamento, pátios de estacionamento, armazenamento,
manobra e outros, o projeto deverá adotar soluções que possibilitem o direcionamento das

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águas pluviais aos dispositivos de coleta, evitando o alagamento parcial ou total das vias e
demais áreas. Os estudos de terminais de carga e descarga deverão ser elaborados
conforme diretrizes apresentadas no PNR-000038.

Os projetos geométricos de rodovias e acessos rodoviários no Brasil deverão ser elaborados


conforme orientações e critérios da publicação do DNIT IPR-706, sendo que para projetos
viários em outros países deverão ser seguidas as exigências e recomendações praticadas
nos respectivos locais.

Na elaboração dos projetos, os alinhamentos horizontais e verticais deverão ser tratados em


conjunto fazendo a combinação dos elementos geométricos da rodovia e acessos
rodoviários (tangente, curva horizontal, rampa, curva vertical) de modo a oferecer condições
de conforto e segurança aos usuários a custos razoáveis de implantação, conforme
preconiza a norma do DNIT IPR-667 -

A determinação da classe de projeto da rodovia e acessos rodoviários deverá ser definida


em função do volume de tráfego futuro previsto e do nível de serviço a ser prestado. A
velocidade diretriz a adotar deve conferir aos veículos uma operação segura e confortável,
mas não deve ser inferior às velocidades de operação que efetivamente deverão
predominar. A escolha da velocidade diretriz deverá considerar, ainda, o custo de
construção decorrente da opção adotada.

As distâncias de visibilidade a adotar deverão oferecer ao usuário a condição de condução


segura do veículo. Para o projeto rodoviário deverá ser considerada obrigatoriamente a
distância de visibilidade de parada, recomendando-se ainda as distâncias necessárias para
a tomada de decisões e de ultrapassagem.

Os raios mínimos a aplicar nos projetos deverão ter valores que possibilitem aos usuários
percorrerem as curvas que empregam a taxa máxima de superelevação na velocidade
diretriz estabelecida com segurança e conforto. Raios mínimos somente deverão ser
utilizados em situações limites que exijam essa prática.

O transporte em minas a céu aberto deverá obedecer aos requisitos mínimos do PNR-
000088, observando o item 6.1.1.8.5.2.

Para as estradas de mina, as curvas deverão ser projetadas considerando o desempenho


dos caminhões, permitindo, sempre que possível, o percurso com o emprego de velocidade
constante sem acarretar o aumento do tempo de ciclo do transporte.

O emprego de superlargura em curvas horizontais está condicionado à manutenção para o


usuário das mesmas condições de conforto e segurança dos segmentos em tangente.
Quando necessária, o valor mínimo no ramo circular deverá ser de 0,40 m. Acostamentos
pavimentados poderão eliminar a necessidade de superlargura na pista principal. Para
sistemas viários em que a velocidade de deslocamento seja baixa não haverá necessidade
de emprego da superlargura nem de superelevação.

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Em rodovias e acessos rodoviários, a instalação da superelevação estará associada ao
projeto de drenagem superficial das pistas. Deverá ser prevista a utilização de dispositivos
para coleta e condução em quantidades, dimensões e posições que impeçam a transposição
localizada das águas pluviais de uma borda para outra nos pontos de achatamento (inversão
do abaulamento). Para segmentos em corte, esses mesmos cuidados deverão ser tomados
quanto às águas pluviais incidentes sobre os taludes.

Para as estradas de mina, os valores de superelevação deverão ser inferiores a 6%,


situando-se normalmente de 3% a 4%. A superelevação deverá ser empregada em vias com
alto volume de tráfego e em vias permanentes ou com maior vida útil. Nas vias em que a
vida útil prevista seja inferior a dois anos e com baixo volume de tráfego, a utilização da
superelevação é opcional.

Em estradas de mina é usual a adoção de declividades longitudinais variando entre 8% e


10%, entretanto deverão ser observadas as especificações operacionais dos equipamentos
de transporte e as limitações geométricas por elas ocasionadas.

A dimensão transversal da pista de rolamento deverá atender ao volume de tráfego e as


larguras do veículo de projeto e da faixa de segurança, mantendo uniformidade ao longo do
trecho em projeto. O emprego de faixas de rolamento estreitas só deverá ser justificado para
implantação de vias com baixo volume de tráfego, em regiões de relevo adverso e com
pequena participação de veículos comerciais. O uso de larguras excessivas em rodovias de
pista simples, além de elevar os custos de implantação, poderá gerar insegurança pela
possibilidade de formação de filas adicionais de veículos, quando da queda da velocidade de
deslocamento decorrente de volume de tráfego elevado.

Nas estradas de mina, a largura mínima das vias de trânsito deve obedecer ao seguintes
critérios:

• Para pista simples deve ser duas vezes maior que a largura do maior
veículo utilizado;
• Para pistas duplas, a largura mínima deve ser calculada conforme a
equação de Tannant a seguir:

L = (1,5V + 0,5)T

Onde:
• L = largura da pista de rolamento;
• V = número de faixas de tráfego;
• T = largura do veículo.
• Para vias de trânsito com pista dupla, com volume de tráfego intenso e/ou
visibilidade limitada, a largura mínima deve ser quatro vezes maior que a
largura do maior veículo utilizado.

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Na impossibilidade de atendimento ao prescrito acima, procedimentos adicionais de
operação e sinalização deverão ser adotados para garantir a segurança do tráfego. Larguras
adicionais deverão ser consideradas para acomodar a implantação dos dispositivos de
drenagem e das leiras de proteção.

Para as estradas de mina, deverão ser previstas leiras centrais como dispositivo separador
de tráfego para os equipamentos que se deslocam em sentidos opostos e leiras laterais nos
locais onde possam ocorrer quedas de veículos. Esses elementos apresentam normalmente
as formas triangulares ou trapezoidais e podem ser construídos com materiais terrosos
existentes na mina, como estéreis, capeamento não consolidado, minério, cascalho ou
fragmentos de rocha utilizados no revestimento das pistas. A altura das leiras deverá
atender ao estabelecido no item 6.1.1.8.5.2 do PNR-000088:

• Nas laterais das bermas ou estradas onde houver riscos de quedas de


veículos devem ser construídas leiras com altura mínima correspondente a
dois terços do diâmetro do maior pneu de veículo que por elas trafegue,
com inclinação 2H:1V.
• Leiras centrais devem ser construídas em trechos em declive acentuado. A
altura da leira deve ser 2,5 vezes a altura livre sobre o solo do maior veículo
utilizado, com inclinação de 4H:1V.

O caminhamento das leiras deverá sofrer interrupções para permitir o atendimento às


necessidades de lançamento da drenagem das águas pluviais precipitadas sobre a estrada
e faces dos taludes adjacentes. O espaçamento das saídas de água (bigodes ou sangras)
dependerá da largura da plataforma, da declividade da pista e do tipo de terreno que a
compõe, e deverá ser estabelecido pelo projeto de drenagem.

Os acessos rodoviários deverão obedecer aos requisitos mínimos do PNR-000088 (atentar


ao item 6.1.1.8.5.3).

As rodovias e acessos rodoviários deverão ser dotados de acostamentos, pavimentados ou


não, evitando-se desníveis entre esses e a pista de rolamento. Deverão apresentar
características que desestimulem a utilização como faixa de rolamento. Em acostamentos
não pavimentados, a largura de 0,30 m a 0,50 m na faixa de contato com a pista de
rolamento deverá ser, preferencialmente, revestida. A manutenção das faixas de
acostamentos em obras de arte especiais deverá ser avaliada, considerando os custos de
construção envolvidos e os critérios mínimos de segurança adotados. O uso de sinalização
ostensiva nesses locais permitirá a redução parcial ou total do acostamento.

Em sistemas viários localizados em áreas com típico parcelamento urbano, o emprego do


acostamento não será necessário, sendo substituído pelas áreas destinadas ao
estacionamento de veículos.

A declividade transversal em tangente desejada para as pistas de rolamento com


revestimento em concreto betuminoso deverá ser de 2%; para revestimento de concreto de
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cimento Portland deverá ser de 1,5%. O emprego de valores mais elevados dependerá de
particularidades do projeto (revestimentos com faixa granulométrica aberta, emprego de
revestimento primário, outros).

Os projetos das interseções deverão considerar e atender com segurança aos movimentos
previstos de execução pelos veículos, ao volume e tipo de tráfego que a ela se destina e as
dimensões das áreas disponíveis para a implantação. O volume do tráfego deverá ser
elemento fundamental para definir se a interseção será em nível ou em níveis diferenciados,
e determinar os sentidos que deverão ser considerados como principais. Caso haja restrição
física no local para contemplar a totalidade dos movimentos a realizar, deverá ser estudado
o atendimento parcial com o deslocamento de movimentos secundários para outro ponto. Os
projetos deverão apresentar faixas de aceleração e desaceleração com extensões
compatíveis ao volume de tráfego, à velocidade diretriz das vias afluentes e às condições de
visibilidade. Em interseções que propiciem o acesso a terminais de carga e descarga,
centros de abastecimento e armazenagem e outros, a intensidade do fluxo de veículos
pesados tipo reboque e semirreboque deverá ser considerada tendo em vista o impacto que
acarretará nos raios e larguras das pistas dos ramos a projetar. No Brasil, os projetos de
interseções deverão se orientar pela publicação do DNIT IPR-718. Para projetos em outros
países deverão ser atendidas as normas e exigências locais.

8.2.2 Projeto de Terraplenagem

O projeto de terraplenagem deverá conter informações suficientes para quantificar e


qualificar o movimento de terra necessário à implantação do empreendimento.

No desenvolvimento, deverão ser considerados os estudos topográficos, geológicos,


geotécnicos e demais projetos elaborados (geométrico, drenagem, contenção e estabilidade
de taludes, interferências, entre outros).

Com base nos estudos geotécnicos e no projeto geométrico, os materiais escavados


deverão ser classificados em 1ª, 2ª e 3ª categorias e solo mole. Deverão ser calculados os
volumes de todas as classes de materiais encontradas. A classificação dos materiais é
definida no item Estudos Geotécnicos deste documento.

Nas camadas finais de terraplenagem (último metro) deverão ser empregados os materiais
de 1ª categoria, salvo exceções, sendo a expansão igual ou inferior a 2% e o índice de
suporte CBR igual ou superior a 6%, utilizando-se as demais categorias somente no corpo
dos aterros.

Os materiais de 2ª categoria deverão ter as propriedades avaliadas, visto que suas


características poderão permitir a utilização nas camadas de reforço do subleito, sub-base,
base ou sublastro.

Quando do uso de material de 3ª categoria, deverão constar do projeto recomendações


executivas que impossibilitem a ocorrência de vazios decorrentes do engaiolamento das
pedras de diâmetro variável.

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Para o corpo de aterro, o material deverá apresentar expansão igual ou inferior a 4% e


índice de suporte CBR igual ou superior a 2%. Os materiais que apresentem expansão
superior a 4% e CBR inferior a 2% não poderão ser empregados nas obras de
terraplenagem e terão seus quantitativos destinados às áreas de disposição de materiais
excedentes (ADME) ou para conformação de áreas degradadas.

No caso de cortes em rocha, deverão ser previstos rebaixos com altura que possibilite a
execução de conjunto composto por camada drenante e drenos para coleta e condução das
águas provenientes do lençol freático ou daquelas decorrentes de infiltração na plataforma
para fora do corpo do terrapleno a fim de evitar danos à terraplenagem.

Para estabelecimento da relação entre o volume de material originado nos cortes e o volume
de ocupação nos aterros deverá ser determinado o fator de conversão. Esse fator deverá ser
obtido por meio da realização de ensaios que determine a densidade aparente seca do
material “in situ” (geralmente pelo método do frasco de areia) e aquela definida pelo ensaio
de compactação na energia prevista de emprego do mesmo material no corpo de aterro,
normalmente Proctor Normal. A relação que deverá ser usada é apresentada a seguir.

da
Vc = Va 
dc

Onde:
• Vc = volume de corte;
• Va = volume de aterro;
• da = densidade compactada no aterro;
• dc = densidade “in situ” no corte.

Esta relação poderá apresentar valores diferentes para os solos em um mesmo projeto, pois
dependerá da tipologia dos diversos materiais atravessados.

A espessura de limpeza da área de terraplenagem deverá ser definida conforme a situação


local e nível de solicitação a ser aplicado na região do terrapleno. Quando verificadas
condições favoráveis e que não gerem prejuízo ao projeto, aterros com altura superior a
3,0 m poderão ficar isentos da retirada do material de cobertura vegetal, ficando o corte das
árvores rente à superfície do terreno natural, não sendo necessário o destocamento.

A faixa de supressão vegetal e de limpeza que deverá ser quantificada corresponde à área
compreendida pela obra acrescentada da distância de 5,0 m para cada lado com a finalidade
de proporcionar a implantação dos dispositivos de drenagem projetados.

Os taludes de aterro e de corte e a altura limite a partir da qual se faça necessária a


utilização de banquetas deverão ser definidos em função das características dos materiais

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componentes identificados ao longo do trecho de forma a garantir a estabilidade durante a
vida útil. Os taludes não poderão apresentar inclinação superior a 1H:1V para corte e 3H:2V
para aterro. Os taludes de corte em rocha deverão ter inclinação máxima de 1H:8V. No caso
de aterros, a qualidade do solo de fundação também poderá influenciar a definição desses
parâmetros, exigindo o emprego de bermas de equilíbrio para evitar movimentação do aterro
e recalques. As exceções a esses parâmetros deverão ser tratadas pontualmente, conforme
o item Projeto de Obras de Contenção e de Estabilidade de Taludes deste documento.

A fim de proporcionar boas condições de manutenção dos taludes e limpeza dos dispositivos
de drenagem constituintes dos cortes e aterros, a largura das banquetas não poderá ser
inferior a 4,0 m.

A distribuição de massa deverá ser elaborada de forma a fornecer a solução mais


econômica quanto à distância média de transporte e aproveitamento do material dos cortes
segundo a classificação e volumes envolvidos. Deverá apresentar também dados a respeito
das áreas de empréstimo cuja exploração se faça necessária em função do equilíbrio a ser
alcançado ou do emprego de material de melhor desempenho geotécnico. Deverá
considerar, ainda, a necessidade de execução de depósitos temporários dos materiais cujas
características sejam indicadas para as camadas superiores de acabamento de
terraplenagem. A distância de transporte para destinação de materiais inservíveis ou
excedentes ao equilíbrio da distribuição de massas deverá considerar a deposição somente
em áreas ambientalmente liberadas e licenciadas para essa finalidade (ADMEs).

As áreas de empréstimo e de deposição de material excedente ou inservível deverão estar,


quando possível, situadas dentro da área diretamente afetada pelo projeto. Deverão ser
apresentadas soluções para recuperação das áreas degradadas, apresentadas no item
Projeto de Obras Complementares deste documento.

O resultado do projeto de terraplenagem deverá ser apresentado com o emprego do


diagrama de Brückner e do quadro do diagrama de massas em que são indicadas as
informações obtidas na distribuição do material escavado quanto à origem, destino e volume
a movimentar. As notas de serviço necessárias à implantação das obras deverão ser parte
integrante do produto entregue na fase do projeto detalhado.

Os caminhos de serviço para possibilitar o tráfego seguro dos equipamentos durante a


implantação das obras deverão constar de projeto. Esses caminhos contemplarão os
acessos às áreas de empréstimo, de deposição de material excedente e de obtenção de
materiais para construção. As estradas e acessos existentes terão as rotas avaliadas e
verificadas as possibilidades de adequação das mesmas à demanda de volume e carga do
tráfego a que estarão sujeitas. Essa análise abrangerá o reforço de pontilhões e mata-
burros, ajustes de traçado, elevação de greide, lançamento de revestimento primário,
implantação de dispositivos de sinalização, entre outras melhorias. O movimento de terra
necessário à construção desses caminhos, além das demais benfeitorias a executar, deverá
ser quantificado e considerado no custo para implantação do projeto. A influência da
sequência construtiva deverá ser considerada na previsão dos caminhos de serviço.

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8.2.3 Projeto de Drenagem e Obras de Arte Correntes

O projeto de drenagem e obras de arte correntes deverá ser elaborado considerando-se os


elementos obtidos pelos estudos hidrológicos e pelo projeto geométrico. Os dispositivos de
drenagem, sejam eles superficial, subsuperficial ou profunda, deverão ser capazes de captar
e conduzir adequadamente as águas de modo a preservar as estruturas do empreendimento
e possibilitar a operação durante a incidência de precipitações mais intensas. O projeto
deverá atender às especificações do PNR-000088, do EG-B-401 e do EG-B-405. Os
projetos de drenagem de rodovias, acessos e sistema viário deverão atender também aos
critérios das publicações do DNIT IPR-724, IPR-736.

O dimensionamento dos dispositivos de drenagem deverá ser feito considerando-se as


vazões de projeto calculadas nos estudos hidrológicos para os períodos de recorrência
adotados conforme o tipo de dispositivo, apresentados na Tabela 8.1.

Os dispositivos de drenagem superficial, os quais darão o correto escoamento das águas


pluviais precipitadas sobre a plataforma, são representados por valetas de proteção de
cortes e aterros, sarjetas de cortes e aterros, sarjetas de plataforma, descidas e saídas
d’água, bueiros de greide, canaletas de banquetas, caixas coletoras e de passagem,
dissipadores de energia, entre outros.

As canaletas de banquetas deverão ser dimensionadas de forma a ter, sempre que possível,
o comprimento crítico suficiente para conduzir as águas coletadas aos pontos de passagem
sem a necessidade de construção de dispositivos intermediários para o esgotamento.

Nas plataformas onde o alinhamento vertical é preferencialmente plano (áreas dos pátios e
pêras ferroviárias, por exemplo), as declividades para esgotamento das águas pluviais pelos
dispositivos de drenagem superficial deverão ser obtidas pela variação da profundidade.
Nessa situação, o caimento dos dispositivos da plataforma (sarjetas) e das bermas
(canaletas) deverão ser, salvo exceções, projetados no sentido que vai do ponto médio
central dos cortes e aterros para os pontos de passagem, utilizando as valetas de proteção
de corte ou aterro para condução das águas coletadas até o ponto de lançamento. Esse
critério evitará o emprego de descidas d’água no interior dos cortes e aterros, eliminando
pontos frágeis do sistema de drenagem.

Os dispositivos de drenagem subsuperficial deverão ter estruturas para coleta e condução


das águas pluviais que infiltram na plataforma e deverão ser representados por drenos
longitudinais, camada drenante, drenos transversais e terminais de drenos.

Os elementos de drenagem profunda deverão promover a interceptação e rebaixamento das


águas do lençol freático e condução a ponto de lançamento seguro de forma a impedir que
as águas drenadas promovam a degradação da plataforma. Deverão ser compostas por
drenos profundos, drenos tipo espinha de peixe, drenos de talvegue, drenos sub-horizontais,
colchão drenante, terminais de drenos, entre outros.

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Descidas d’água e estruturas para dissipação de energia deverão atender tanto as obras de
drenagem superficial quanto as obras para transposição dos talvegues e de lançamento das
águas de infiltração ou subterrâneas.

Todos os pontos de lançamento das águas pluviais ou oriundas do lençol subterrâneo


deverão ser verificados à necessidade de emprego de dispositivos que promovam a redução
das velocidades nesses locais, mantendo-as em valores compatíveis ao terreno natural
situado a jusante.

O dimensionamento de bueiros deverá considerar a possibilidade/conveniência de a obra


poder trabalhar ou não com carga hidráulica a montante, visto que essa condição poderá
proporcionar o transbordamento das águas do talvegue e acarretar danos aos aterros e à
plataforma que o transpõe. Se for admitida a elevação do nível d’água a montante até o
limite da cota máxima admitida como de baixo risco, o bueiro deverá ser dimensionado como
orifício. Caso contrário, deverá ser dimensionado como canal. Para verificação dos bueiros
celulares e tubulares quando do funcionamento como orifício, a relação H W D deverá ser
inferior a 1,2.

Sempre que possível deverá ser evitado o uso de obras esconsas na transposição dos
talvegues de modo a reduzir ao limite mínimo a extensão das mesmas sob a plataforma.

8.2.4 Projeto de Pavimentação

O projeto de pavimentação deverá ser elaborado considerando o projeto geométrico e os


dados obtidos dos estudos de tráfego e estudos geotécnicos.

A caracterização quantitativa e qualitativa das ocorrências de materiais disponíveis para


construção, obtida nos estudos geotécnicos, e os elementos apresentados nos estudos de
tráfego deverão ser utilizados para a definição da solução de viabilidade técnica e
econômica da estrutura do pavimento.

Os materiais existentes nas jazidas poderão ser aplicados tanto na forma in natura como em
misturas com solos e agregados ou modificados pela adição de cal, cimento ou betume. A
execução de misturas e modificações deverá considerar as características naturais e as
necessidades de melhoria das propriedades mecânicas dos materiais de modo a permitir o
emprego nas camadas do pavimento. O uso de materiais com qualidade superior permitirá
reduzir as espessuras das camadas do pavimento e deverá ser considerado na avaliação
técnica e econômica das alternativas disponíveis.

A definição do tipo (primário, betuminoso, concreto) e da espessura mínima do revestimento


a empregar deverá ter relação com o número “N” calculado nos estudos de tráfego,
respeitando-se o comportamento das camadas de base e as prerrogativas estabelecidas
para o projeto. Para pátios de estacionamento de veículos ou plataformas sujeitas a
vazamento de materiais que reduzam a vida útil de revestimentos betuminosos, como óleos
e solventes, deverá ser considerado o emprego de revestimento em concreto.

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Na definição do subleito das plataformas, deverá ser analisado o nível do lençol freático
informado nos estudos geotécnicos para verificar a necessidade de implantação de sistema
de drenagem profunda para rebaixo e controle das águas subterrâneas, que são prejudiciais
e reduzem a vida útil do pavimento. Quando a camada inferior à cota do subleito apresentar
características de impermeabilidade, deverá ser analisada a necessidade de coleta e
condução das águas infiltradas na plataforma de modo a evitar danos ao pavimento
projetado. Essa situação deverá ser particularmente verificada nos cortes em rocha.

O dimensionamento de pavimentos flexíveis deverá adotar o método usado pelo DNIT


apresentado nas publicações DNIT IPR-667, IPR-719 e IPR-720.

Para o dimensionamento do pavimento flexível na região dos acostamentos, deverá ser


definido pelo projeto se a estrutura será a mesma da pista de rolamento ou se terá solução
diferenciada. O DNIT considera que, para fins de escolha do revestimento, o tráfego nos
acostamentos equivale a 1% do tráfego da pista de rolamento. A adoção de projetos
diferenciados deverá, ainda, avaliar a viabilidade executiva em função da largura do
acostamento. Quando da utilização de soluções distintas, o material a empregar na
pavimentação dos acostamentos deverá apresentar característica de permeabilidade
(condutividade hidráulica) ao menos equivalente à do solo utilizado na pista de rolamento.
Essa situação fará com que as águas infiltradas pelo revestimento na pista de rolamento
escoem naturalmente pelas laterais externas. Caso o material empregado na execução do
pavimento do acostamento apresente permeabilidade inferior ao material da pista de
rolamento, será necessária a utilização de sistema de drenagem profunda nas bordas da
pista de rolamento.

O projeto de pavimentos rígidos deverá considerar o tipo de revestimento a ser empregado,


se em concreto simples ou estruturalmente armado, e deverá ser orientado pelas
publicações DNIT IPR-714 e IPR-737. Estas publicações também abordam o método de
dimensionamento com o emprego de peças pré-moldadas em concreto, que poderão ser
utilizadas em pátios e acostamentos. O concreto a empregar deverá ter resistência ao
desgaste compatível com os esforços e solicitações impostas aos revestimentos dos
pavimentos rodoviários, recomendando-se que a resistência à compressão seja superior a
25,0 MPa.

As juntas em revestimentos de concreto deverão ser projetadas com a finalidade de controle


das fissuras transversais e longitudinais que poderão reduzir a vida útil do pavimento e
influenciar negativamente na qualidade da superfície de rolamento. Deverão ser serradas ou
moldadas no concreto fresco, deverão ser dispostas nos sentidos transversais e
longitudinais e poderão utilizar ou não barras de transferência. O espaçamento entre as
juntas dependerá das variações de temperatura e de umidade da região onde o pavimento
for implantado, do tipo de tráfego, da magnitude das cargas, do tipo de fundação, do atrito
entre a placa de concreto e a camada inferior, e do agregado graúdo a ser empregado no
concreto. Recomenda-se que a abertura da ranhura das juntas seja entre 3 mm e 10 mm. As
juntas deverão ser seladas para impedir a entrada de água e materiais sólidos
incompressíveis. Quando se optar pelo emprego de pavimento rígido em tabuleiros de

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pontes e viadutos, a solução a ser adotada deverá ser apresentada no projeto de obras de
arte especiais.

As metodologias para o dimensionamento dos pavimentos flexíveis e rígidos poderá, após


aprovação da Vale, ser complementada pela adoção de modelos para previsão de
desempenho do tipo mecanístico–empírico. Esses modelos permitem quantificar o nível de
serventia e os defeitos ocasionados ao longo da vida de serviço, gerando a possibilidade de
aperfeiçoamento da estrutura que deverá ser proposta para o pavimento. Esses modelos
analisarão a capacidade de cada uma das camadas componentes do pavimento em resistir
à deterioração provocada pelas cargas transmitidas pelo tráfego e se basearão nas
propriedades mecânicas dos solos e dos materiais que poderão ser empregados.

O projeto de pavimentação deverá, ainda, considerar a condição de implantação do


pavimento em duas ou mais etapas. Deverá ser, então, avaliada a construção parcial da
camada de revestimento em um primeiro momento e a complementação em fase posterior,
quando a via já estará em utilização. Quando o revestimento previsto for do tipo de
tratamento superficial, a pequena espessura e as características do revestimento poderão
possibilitar o acréscimo na espessura da camada de base, anteriormente à execução de
novo revestimento. Sem prejuízo à qualidade dos trabalhos, esse procedimento permitirá a
redução dos custos iniciais de implantação, a aferição da composição do tráfego prevista
para o período de projeto e a correção de pequenas irregularidades ocorridas nos anos
iniciais de trabalho.

Para as estradas de mina, as camadas do pavimento deverão, preferencialmente, empregar


os materiais existentes na própria mina ou no entorno. O material a utilizar no revestimento
deverá permitir a trafegabilidade dos veículos e equipamentos em condições climáticas
variadas. Esses procedimentos terão por objetivo minimizar a ocorrência de poeira no
período seco e a formação de piso escorregadio na estação chuvosa e apresentar, ainda,
baixo custo de aquisição e reduzida necessidade de manutenção.

8.2.5 Projeto de Obras de Arte Especiais e Túneis

No dimensionamento de pontes e viadutos deverão ser atendidos os critérios dos Padrões


Normativos PNR-000019, PNR-000020, PNR-000021, PNR-000126, PNR-000162,
CP-B-508 e DNIT IPR-698.

Nos projetos de túneis deverão ser apresentadas as seções que os caracterizem e que
deverão atender aos gabaritos viários, com respectivos desenhos, instrumentação que será
instalada e a extensão de cada uma. Deverão ser calculados os volumes e definidas as
categorias dos materiais que serão escavados em conformidade com o perfil geológico
constante do projeto. Deverão constar no projeto os resultados obtidos pelas sondagens
executadas e que servirão de subsídios para o processo construtivo eleito para a situação
encontrada, detalhes executivos do emboque, da abóbada, do arco invertido e do sistema de
drenagem.

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Os acessos e saídas de emergência de túneis deverão atender ao PNR-000088 (atenção ao
item 6.1.1.8.6).

A Construção de Passarelas para passagem de pedestres e/ou ciclistas devem ser


criteriosamente estudadas e avaliadas seguindo as orientações do PNR-000126 - Estruturas
– Obras de Arte Especiais – Passarelas, com atenção nos itens 2.0., 6.0, 7.0 e 8.0.

Na Construção de túneis rodoviários devem ser observadas as orientações que constam no


PNR-000162 - Estruturas – Obras de Arte Especiais – Túneis – Estrutura e Drenagem, com
atenção aos itens 2.0, 6.0, 7.0 e 8.0.

8.2.6 Projeto de Fornecimento de Água

Para a elaboração do projeto deverão ser levantadas as demandas de água bruta e potável
necessárias à execução dos processos industriais e ao consumo humano durante a
operação do empreendimento e para as instalações temporárias na fase de implantação do
projeto. A localização das instalações temporárias relativamente à área do empreendimento
poderá exigir um projeto específico para a etapa de implantação.

A água para consumo humano deverá atender ao padrão de potabilidade definido pela
Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. A concepção dos sistemas de abastecimento de
água deve atender aos critérios da norma NBR 12211 e do PNR-000035 - Gestão de
Recursos Hídricos e Efluentes.

Deverá ser realizado levantamento sobre as possíveis fontes de captação das águas, sejam
elas subterrâneas ou de superfície. A escolha do ponto de captação deverá considerar a
qualidade da água local, a suficiência dos recursos hídricos em função da demanda
esperada, a proximidade de fontes poluentes ou de estações de tratamento de efluentes, a
extensão e as diferenças de nível que deverão ser transpostas pelas adutoras até a estação
de tratamento e dessa aos reservatórios e pontos de consumo, e as fontes de fornecimento
da energia para a operação. A definição do ponto de captação deverá ser feita junto com a
equipe de meio ambiente.

As fontes de captação das águas subterrâneas deverão ter vazões máximas e os


parâmetros hidrodinâmicos (nível estático e dinâmico da água) determinados para
certificação do atendimento às necessidades do projeto e definição da profundidade de
instalação da bomba. Em locais com mais de um poço, os ensaios de vazão deverão
considerar a interferência entre eles. A área onde se localizarão os poços deverá ser dotada
de perímetro de proteção sanitária fisicamente delimitado. A tubulação na saída do poço
deverá possuir dispositivos que evitem o retorno da água e possibilitem a interrupção ou
controle do fluxo d’água, permitindo as operações de medição de vazão, limpeza do poço e
descarga da adutora. A classificação e as diretrizes para o enquadramento das águas
subterrâneas são apresentadas na Resolução CONAMA nº 396/2008 e também deve ser
observado o item 5.3 do PNR-000035.

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No caso de captação de água em fontes superficiais, deverá ser feito o balanço hídrico a
partir dos estudos hidrológicos e da demanda de água do empreendimento. Se verificada a
necessidade de reservatórios de acumulação, deverão ser levantados os impactos
ambientais ocasionados e a necessidade de aquisição das áreas que serão inundadas.

As instalações de captação deverão se situar em cota superior à da máxima cheia do curso


d’água ou da barragem de acumulação, ter arranjo com flexibilidade física que possibilite a
ampliação, apresentar facilidade de acesso e ser dotadas de dispositivos de segurança que
evitem o acesso de terceiros aos locais. Na possibilidade de captação direta nos cursos de
água, esta deverá ser feita em trechos retilíneos ou na margem situada no lado externo das
curvas, evitando-se o lado interno devido à possibilidade da ocorrência de deposição dos
materiais sólidos carreados. Na captação em barragem, deverá ser prevista a descarga de
fundo para garantir o fluxo residual a jusante e permitir a limpeza do reservatório.

Os dispositivos utilizados para captação deverão ser dotados de grades, telas ou crivos,
ancorados e protegidos contra a ação das águas superficiais e apresentar acessórios para
impedir o assoreamento ou o carreamento de solos para o interior da tubulação de tomada
d’água. Nos cursos d’água onde o transporte de sólidos for mais intenso, deverá ser previsto
dispositivo para retenção de areia. Para mananciais com lâmina d’água de elevada altura ou
ampla variação de nível, deverão ser previstos pontos de captação a diferentes
profundidades. A velocidade da água nos condutos da tomada d’água deverá evitar a
deposição de material sólido no interior da tubulação.

O sistema de adução poderá ser executado por gravidade, recalque ou misto e contemplar
tanto água bruta quanto tratada. O traçado das adutoras deverá considerar o relevo, as
características geológico-geotécnicas dos solos e as facilidades de acesso. Deverão ser
evitadas regiões alagadas, vias de tráfego intenso, áreas de proteção e preservação
ambiental, instalações aeroportuárias e zonas de atracação de embarcações. Quando
necessárias, as travessias aéreas ou enterradas em faixas de domínio público ou apoiadas
em obras de arte especiais deverão atender às recomendações dos órgãos responsáveis e
ser aprovadas por eles. As estruturas de suporte não poderão restringir os movimentos de
dilatação e contração da tubulação, evitando a transmissão de esforços às estruturas de
apoio. O recobrimento mínimo de tubos assentados em vias com tráfego de veículos deverá
ser compatível com a intensidade e tipo de tráfego, material da tubulação e a necessidade
de periodicidade de manutenção preventiva/corretiva. Nos casos em que esses dados ainda
não estiverem definidos, poderá ser adotado como referência o recobrimento de 0,90 m.

Deverá ser definido por unidade elevatória um conjunto de bombas reserva. Os poços de
sucção da água tratada deverão ser impermeabilizados, cobertos e protegidos por
dispositivos que impeçam a entrada de águas superficiais. A laje de cobertura deverá estar
em nível superior ao do piso de entorno. Deverão ser indicadas e aprovadas pela Vale as
estações elevatórias onde deverão ser instalados medidores de vazão e de nível e
dispositivos para escorva das bombas. Nas estações elevatórias onde a presença de
operadores seja permanente ou de elevada frequência, deverão ser verificadas junto à Vale
a necessidade de instalações, inclusive sanitárias, para uso da equipe de operação.

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O dimensionamento da estação de tratamento dependerá da demanda de água, da
qualidade da água captada e do tipo de tratamento que deverá ser empregado para adequá-
la para o consumo humano e para os processos industriais. A definição da localização
deverá considerar a disponibilidade de áreas com dimensões adequadas e relevo favorável
à implantação. O modelo de tratamento deverá se basear em amostras de água coletadas
nos pontos de captação em diferentes épocas ao longo do ano, de forma a considerar a
sazonalidade da contaminação e a concentração em períodos de menor vazão. As
instalações físicas de apoio e laboratoriais para a realização dos ensaios rotineiros de
caracterização da água tratada deverão ser dimensionadas em conformidade com as
necessidades operacionais. Os resíduos provenientes do tratamento da água deverão ter os
quantitativos considerados no projeto de destinação de resíduos sólidos. Deverão ser
atendidos integralmente os critérios e disposições contemplados no CP-B-505.

Os reservatórios deverão ser dotados de tubulações que possibilitem tanto a descarga de


fundo para a manutenção quanto extravasar o volume excedente. As dimensões dos
reservatórios deverão possibilitar a reserva do volume de água necessário ao atendimento
das variações diárias de consumo e das demandas de emergência devido a paralisações
acidentais do sistema. Essas variações de consumo e demandas de emergência deverão
considerar os processos operacionais e turnos de trabalho, entre outros, e serão definidas
pela Vale e avaliadas pela empresa projetista.

O dimensionamento das redes de distribuição deverá considerar as vazões destinadas aos


pontos de consumo, a pressão de trabalho a disponibilizar, as perdas de carga ocorrentes
na tubulação e o perfil da rede. Para atendimento aos limites de pressão, a rede deverá ser
subdividida em zonas de pressão. A tubulação de água para atendimento ao combate de
incêndios deverá ser exclusiva. Os hidrantes poderão ser de coluna ou subterrâneos. A
capacidade e o espaçamento entre eles deverão atender às normas, às particularidades do
projeto e ao estabelecido no PNR-000015 e no CP-R-535. Quando localizadas em vias com
tráfego de veículos, o recobrimento mínimo das redes de distribuição deverá ser de 0,90 m.

8.2.7 Projeto de Destinação de Efluentes

Para a elaboração do projeto deverão ser classificados os tipos e quantificados os diferentes


efluentes líquidos industriais e sanitários gerados pelas atividades de operação do
empreendimento e os efluentes líquidos provenientes das instalações temporárias
necessárias à implantação do projeto. A localização das instalações temporárias em relação
à área do empreendimento poderá exigir um projeto específico para a etapa de implantação.
Os projetos deverão atender aos critérios dos PNR-000088 (item 6.2.2.1) e PNR-000142, do
CP-B-505 e às especificações do EG-B-403 e EG-B-405.

Deverão ser identificadas as áreas onde possam ocorrer a contaminação das águas pluviais
devido à presença de contaminantes na superfície e ser quantificadas as vazões dessas
contribuições. Essas áreas deverão receber tratamento especial para proteção do solo e dos
recursos hídricos de possíveis contaminações, em especial o lençol freático. A rede do
sistema de drenagem de água contaminada deverá ser independente da rede de água não
contaminada. As águas pluviais precipitadas sobre os terrenos adjacentes e que possam

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fluir para as áreas contaminadas deverão ser coletadas e desviadas. Essa sistemática
deverá ser revista naqueles casos em que a diluição das águas reduza ou até mesmo
elimine a necessidade de tratamento.

Deverão ser identificados os contaminantes presentes e os tratamentos que poderão ser


aplicados, inclusive com o emprego de produtos químicos, quando necessário. A qualidade
da água obtida pelo tratamento deverá estar em conformidade com a classe do curso
receptor para o qual os efluentes serão direcionados ou ter compatibilidade com a finalidade
de reuso, quando previsto.

A possibilidade de reuso das águas servidas para o emprego em processos industriais ou


outras finalidades deverá ser considerada. O reuso dos efluentes tratados, ainda que para
fins não potáveis, poderá exigir a complementação do sistema de tratamento de modo a
garantir a qualidade requerida. Quando considerado o reuso das águas tratadas, a etapa de
tratamento dos efluentes deverá ser incluída no processo industrial.

Os sistemas projetados para a coleta e condução dos efluentes deverão considerar os


diferentes tipos de contaminantes. Deverá ser verificada a possibilidade de emprego de rede
única para aqueles casos em que as necessidades e modelos para tratamento de diferentes
efluentes sejam as mesmas, ou mesmo quando a mistura desses efluentes possa agregar
valor ao processo.

As redes de coleta e condução dos efluentes deverão ser dimensionadas para velocidade do
fluido acima da velocidade mínima na qual haja deposição dos sólidos em suspensão.
Deverão ser evitadas redes com profundidade superior a 4,50 m. Para as redes localizadas
sob vias com tráfego de veículos, o recobrimento não deverá ser inferior a 0,90 m. Caso seja
exigido recobrimento menor, deverá ser prevista proteção para que sejam evitados danos às
tubulações. Nos pontos de mudança de direção, declividades, tipos de material e diâmetros
dos tubos, deverão ser previstos poços de visita. Quando situados em área externa ao
arruamento, os tampões dos poços de visita deverão ter a cota de assentamento a 0,50 m
acima do terreno natural. As redes de efluentes deverão se situar em cota inferior e à
distância mínima de 1,0 m da rede de água potável. Quando necessárias, as travessias
aéreas ou enterradas em faixas de domínio público ou apoiadas em obras de arte especiais
deverão atender às exigências dos órgãos responsáveis e ser aprovadas por eles.

Deverá ser executado levantamento sobre os possíveis pontos de lançamento dos efluentes
tratados e dos não contaminados. Para isso, deverão ser avaliadas as localizações e
classes dos cursos d’água receptores, a existência ou previsão de implantação de ponto de
captação para abastecimento d’água situado a jusante, a necessidade de estações
elevatórias e de conjunto elevatório reserva para a condução dos efluentes, as fontes de
fornecimento de energia para a operação e os impactos ambientais gerados. Cursos d’água
que apresentarem capacidade de autodepuração permitirão reduzir os valores finais dos
parâmetros de tratamento, gerando menores custos para a implantação do sistema. O
tratamento necessário e o descarte final deverão ser definidos junto com a equipe de meio
ambiente. A resolução CONAMA 430/2011 deverá ser observada.

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Os sistemas de tratamento de efluentes deverão ser capazes de tratar os efluentes até que
esses atendam os índices requeridos de depuração, padrões de lançamento e padrões de
qualidade do corpo d’água receptor. Os modelos de tratamento a empregar deverão
considerar os volumes dos efluentes, o prazo para a realização dos processos, os tipos de
contaminantes envolvidos, os níveis de descontaminação a obter, as particularidades do
clima local, a área disponível para implantação e os custos de implantação envolvidos.
Deverá ser analisada a possibilidade de adoção de sistemas que exijam menos
equipamentos, como as lagoas de estabilização (facultativas, anaeróbias, aerada facultativa
e de maturação), nos casos em que haja disponibilidade de área e os custos para aquisição
de terrenos não forem relevantes. O arranjo deverá ter flexibilidade física que possibilite a
ampliação, se necessário. Para a implantação das unidades de tratamento deverão ser
evitados terrenos alagados ou situados nas bacias de inundação dos cursos d’água. Nos
casos em que a área disponibilizada se localize em área de inundação, as instalações
deverão estar situadas em cota superior ao da máxima cheia. A escolha do local deverá
considerar, ainda, a direção predominante dos ventos, a proximidade dos terrenos com
ocupações humanas e a facilidade de acesso. Nos casos em que os terrenos disponíveis
estiverem situados próximos a ocupações humanas, poderá ser necessário o plantio de
cinturão verde com a finalidade de promover a quebra da velocidade e a mudança de
direção do vento para eliminar o encaminhamento de odores às áreas ocupadas. As
unidades de tratamento deverão ser dotadas de dispositivos de segurança que evitem e
inibam a acesso de terceiros ao local. O projeto das estações de tratamento de esgoto
sanitário deverá atender aos critérios da norma NBR 12209 e do PNR-000142.

Deverão ser previstas instalações físicas de apoio e laboratoriais para a realização dos
ensaios rotineiros de caracterização dos efluentes após o tratamento, as quais deverão ser
dimensionadas em conformidade com as necessidades operacionais definidas pela Vale. A
qualidade do efluente deverá ser monitorada de modo a garantir as características físico-
químicas estabelecidas pela legislação ambiental para lançamento em conformidade com a
classe do curso d’água receptor ou parâmetros exigidos para o reuso previsto no projeto.

O destino final do lodo resultante dos processos de tratamento deverá ser definido pela Vale,
podendo ser utilizado em atividades agrícolas após adequação, incinerado ou lançado em
aterro sanitário. Conforme a destinação prevista para o lodo, poderão ser incluídas no
processo as etapas de adensamento, estabilização e desidratação, em conjunto ou
isoladamente, com a finalidade de redução do volume ou do teor de matéria orgânica. Caso
o lodo obtido seja destinado ao aterro sanitário, o volume a ser gerado durante o período de
operação do empreendimento, acrescido das quantidades prováveis do material gradeado,
da escuma e da areia, deverá ser considerado na definição da capacidade volumétrica
necessária. A vida útil do aterro sanitário deverá considerar a contribuição do lodo resultante
dos processos de tratamento.

8.2.8 Projeto de Destinação de Resíduos Sólidos

Para a elaboração do projeto de destinação de resíduos sólidos deverão ser estimados o


período, a frequência e as quantidades de resíduos gerados e ser classificados por tipo e
periculosidade. A partir da análise desses dados, associada às informações sobre a

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infraestrutura disponível da localidade onde estará situado o empreendimento e à estratégia
de integração que se adotará junto à comunidade local, deverão ser definidos pela Vale o
modelo de manejo a empregar quanto à destinação final dos resíduos sólidos e a estratégia
quanto ao reaproveitamento dos materiais que poderão ser classificados como recicláveis e
o tratamento parcial ou total da fração orgânica gerada.

Os resíduos sólidos classificados como tóxicos não poderão ser lançados no aterro sanitário.
Deverá ser previsto o armazenamento temporário em local restrito e seguro, com posterior
encaminhamento para queima em unidade de incineração ou aterro de resíduos industriais.

Resíduos sólidos gerados em instalações da Vale não poderão ser destinados a aterros
controlados ou lixões. No dimensionamento do aterro sanitário deverão também ser
considerados os resíduos sólidos oriundos das instalações temporárias necessárias à
implantação do empreendimento e o lodo resultante dos processos de tratamento de água e
de efluentes. O aterro sanitário deverá ter vida útil compatível com o prazo previsto para o
empreendimento.

A escolha do terreno onde será implantado o aterro sanitário deverá ser feita junto com a
equipe de meio ambiente. Deverão ser evitadas as áreas onde for constatada a presença do
lençol freático em nível elevado e as áreas localizadas nas bacias de inundação dos cursos
d’água. As águas pluviais precipitadas sobre os terrenos adjacentes que se direcionem para
o local do aterro sanitário deverão ser coletadas e desviadas através de sistema de
drenagem. A origem e quantidade do material terroso que deverá ser aplicado na cobertura
sistemática e rotineira dos resíduos sólidos a ser lançados no aterro sanitário deverão ser
identificadas pelo projeto.

Deverão ser identificadas as quantidades e modelos de equipamentos necessários para a


coleta e transporte dos resíduos e para a operação do aterro sanitário, e as dimensões das
instalações e das áreas destinadas ao armazenamento temporário, tratamento e disposição
final.

Os projetos de destinação de resíduos sólidos deverão atender às diretrizes da Lei Federal


12305/2010. Para aterros sanitários de pequeno porte, com disposição diária de até 20 t,
deverão ser atendidos os critérios e diretrizes da Resolução CONAMA nº 404/2008.

8.2.9 Projeto de Obras de Contenção e de Estabilidade de Taludes

O projeto de obras de contenção e de estabilização de taludes deverá ser elaborado


considerando-se os elementos obtidos pelos estudos geométricos, geológicos, geotécnicos,
hidrológicos e de interferências. Deverá ser prevista a execução de contenção ou outra
medida corretiva nas áreas de risco e em locais que, durante o desenvolvimento dos
projetos geométrico e de terraplanagem, tenha sido detectada sua necessidade visando a
obtenção da perfeita estabilidade dos maciços. Os muros deverão ser projetados de forma a
apresentar baixos custos, podendo ser do tipo gabião, de gravidade, de flexão, atirantados,
entre outros. O projeto deverá atender aos requisitos da norma NBR 11682.

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Para a escolha da solução a adotar, deverão ser considerados o acesso, a altura do talude,
materiais disponíveis, características do terreno, presença de construção, possibilidade de
instalação de ancoragens sub-horizontais, situações do perfil projetado em relação ao
existente, meio ambiente, relocações, entre outros. A solução a empregar no
equacionamento deverá ser previamente analisada e acordada com a Vale.

As soluções adotadas podem ser enquadradas em uma ou mais das seguintes


classificações:

• Obras de estabilização sem elementos de contenção:


- modificação da geometria do talude (retaludamento total ou parcial do
solo ou rocha, desmonte de partes instáveis, aterro estabilizante de pé
de talude, dentre outros);
- modificação do regime geo-hidrológico (drenos sub-horizontais
profundos, poços ou drenos verticais de rebaixamento de lençol
freático, galerias de drenagem, trincheiras drenantes, dentre outros);
- melhoria de resistência ao cisalhamento do solo e de zonas de
fraqueza de terrenos rochosos (injeção de calda de cimento com
produtos químicos, preenchimento de fendas em talude rochosos com
argamassas de cimento, dentre outros);
• Obras de estabilização com elementos de contenção:
- estruturas de alvenaria ou concreto (muros de arrimo de peso, muros
esbeltos de paramento inclinado na direção do talude, muros à flexão
de concreto armado ou protendido, dentre outros);
- estruturas chumbadas ou ancoradas (estruturas ancoradas na
fundação, estruturas com ancoragem passivas em blocos ou placas
verticais, cortinas com ancoragens injetadas e protendidas, dentre
outros.);
- estruturas diversas e dispositivos de reforço e proteção do terreno:
telas de aço galvanizadas fixadas com chumbadores, gunitagem com
ou sem malha fixada, chumbadores e tirantes protendidos em taludes
rochosos, estacas-raiz, presso-ancoragens, gabiões, aterro de base de
taludes com geo-têxteis, micro ancoragens ou terra armada, dentre
outros.)
• Obras de proteção contra processos indutores de instabilidade:
- contra erosão;
- de prevenção de deslizamentos;
• Obras e outras medidas de proteção contra os efeitos de instabilidade:
- adoção de áreas de segurança junto a locais instáveis;
- estrutura de impacto para circunscrição de áreas de risco;
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- anteparos em taludes rochosos;
- cortinas de impacto sucessivas em taludes rochosos.

Para o dimensionamento das estruturas, deverão ser considerados:

• Cálculo do empuxo: o empuxo de terra nas estruturas é determinado de


acordo com os princípios da mecânica dos solos, em função de sua natureza
(ativo, passivo ou de repouso) e das características do terreno. Os empuxos
ativo e de repouso deverão ser considerados nas situações mais
desfavoráveis. A atuação do empuxo passivo só poderá ser levada em conta
quando sua ocorrência puder ser garantida ao longo de toda a vida útil da
obra;
• Influência do nível d’água: o empuxo d’água e a subpressão deverão ser
considerados nas situações mais desfavoráveis, sendo dada especial
atenção ao estudo dos níveis máximo e mínimo dos cursos d’água e do
lençol freático. Empuxos adicionais devido à elevação dos níveis d’água e do
lençol freático provocado por chuvas deverão ser evitados através do projeto
de um sistema de drenos, sejam eles superficiais, subsuperficiais ou
profundos. O nível d’água a considerar nos cálculos deverá ser o nível
máximo obtido nos estudos hidrológicos e geotécnicos acrescido de 1 m;
• Cargas adicionais: deverão ser consideradas cargas adicionais quando as
áreas sobre o muro a ser construído possam ser utilizadas como depósito de
material de construção ou trafego de veículos, por exemplo. Nas áreas onde
existirem equipamentos permanentes ou outras fundações próximas às
estruturas enterradas e que possam produzir efeitos significativos, a
sobrecarga deverá ser estudada separadamente;
• Verificação de estabilidade: deverá ser realizada para cada fase de
implantação da obra de contenção, principalmente na obra que exige
parcializações construtivas, como cortina atirantada. As verificações devem
incluir, no caso de cortina atirantada envolvendo reaterro, a influência do
carregamento proveniente de compactação dos solos;
• Coeficientes de segurança: os coeficientes de segurança, globais ou
parciais, devem ser compatíveis em cada etapa de desenvolvimento do
projeto, considerando o grau de conhecimento das solicitações e materiais a
serem utilizados, a caracterização do subsolo pelos dados disponíveis e sua
dispersão, a complexidade da execução do projeto, a confiabilidade dos
métodos adotados, cálculos e execução, a permanência das condições
previstas durante o tempo da existência da obra, as consequências em caso
de acidentes envolvendo danos materiais e humanos, e o caráter transitório
ou permanente da obra. As contenções deverão ser calculadas
considerando-se o escorregamento, flexão, falta de apoio e estabilidade do
talude.

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Para o dimensionamento estrutural de contenções em concreto armado deverão ser
atendidos também os critérios dos PNR-000047, PNR-000084 e CP-C-501.

8.2.10 Projetos de Segurança e de Sinalização Viária

O primeiro aspecto a ser observado na abordagem de um projeto de segurança viária é a


adoção do PNR-000145 e das normas NBR 15486, NBR 14885 e NBR ISO 39001. Segundo
essas normas, os dispositivos de contenção devem ser considerados nos trechos da via nos
quais estejam presentes obstáculos fixos, estruturas de drenagem e obras de maior
duração. Com a função de minimizar a severidade dos acidentes, os dispositivos de
contenção viária deverão ser projetados, de forma a conter, redirecionar os veículos e
absorver a energia do impacto reduzindo a gravidade do acidente e impedindo que veículos
invadam lugares de risco ou alcancem obstáculos fixos.

Devem ser levadas em consideração variáveis como o tráfego (velocidade operacional,


percentual de veículos pesados) e as características locais do trecho da via como, por
exemplo, a declividade do terreno ou a distância da pista, entre outras.

A norma NBR 15486 considera que os dispositivos de contenção viária poderão ser
necessários em função:

• da existência de obstáculos fixos;


• da existência de taludes críticos, não recuperáveis e não traspassáveis;
• das estruturas de drenagem lateral;
• da presença de usuários vulneráveis, como pedestres e ciclistas;
• de qualquer outra situação que exija a contenção de veículos
desgovernados.

Ao projetista cabe a análise de cada caso e suas características, em consonância com a


mais recente normalização para proceder à escolha do dispositivo a ser utilizado em cada
trecho e obter o melhor custo-benefício. Dentre os principais dispositivos, destacam-se:

• Defensas metálicas;
• Barreiras de concreto;
• Barreiras plásticas;
• Terminais de início e de saída de barreiras;
• Sistemas de cabos.

O projeto de sinalização viária permanente deverá ser constituído por sistema de


dispositivos fixos de controle e orientação do tráfego posicionados de forma a possibilitar
tempo de reação adequado do usuário quanto às informações fornecidas. A definição de
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uma sinalização adequada dependerá, dentre outros fatores, da densidade e do tipo de
tráfego, das características físicas da rodovia, da velocidade diretriz de projeto, do traçado
da via, da complexidade das manobras a serem realizadas e do uso e ocupação dos
terrenos laterais.

Deverá ser composto por três tipos: sinalização vertical, sinalização horizontal e sinalização
semafórica. No Brasil, os projetos de sinalização viária deverão ser elaborados conforme
orientações e critérios da publicação do DNIT IPR-743. Para projetos em outros países
deverão ser atendidas as normas e exigências locais.

O projeto de sinalização vertical deverá apresentar placas, painéis e dispositivos auxiliares


que tem por objetivo regulamentar o uso da via, alertar sobre situações potencialmente
perigosas ou problemáticas e fornecer indicações, informações e orientações aos usuários,
inclusive mensagens educativas. Para que a sinalização vertical seja efetiva, deverão ser
considerados os seguintes fatores para os seus dispositivos: posicionamento dentro do
campo visual do usuário, legibilidade das mensagens e símbolos, mensagens simples e
claras e padronização. Em estradas de mina, o emprego desse tipo de sinalização será de
fundamental importância para a segurança da via, que deverá ser intensificada nos locais de
interseção e em segmentos onde sejam impostas restrições de velocidade e de circulação
aos equipamentos que as utilizam.

O projeto de sinalização horizontal deverá ser representado por marcações e dispositivos


auxiliares implantados no pavimento de modo a canalizar o fluxo de tráfego, orientar os
deslocamentos dos veículos, complementar e enfatizar as mensagens transmitidas pela
sinalização vertical, servir como meio de regulamentação (proibição) e orientar o tráfego
noturno.

Nos locais de interseções, terceiras faixas e pontos de redução de acostamentos, o projeto


de sinalização, tanto horizontal quanto vertical, deverá considerar a necessidade de
intensificação dos dispositivos de alerta dos usuários sobre as restrições a que estarão
sujeitos. A tomada de decisões por parte dos usuários não deverá causar prejuízo ao fluxo
normal do tráfego devido à ausência ou insuficiência de informações em pontos adequados.

A sinalização semafórica deverá ter o emprego restrito aos ambientes com parcelamento
típico urbano (industriais, pátios, terminais, outros) e deverá ser baseada em estudos de
tráfego que considerem as características das vias, o modelo de operação do tráfego e os
locais de ocorrência dos fluxos de pedestres.

No caso de Passarelas, a sinalização também deve observar as orientações presentes no


documento PNR-000126 - Estruturas – Obras de Arte Especiais – Passarelas, com atenção
aos itens 6.1.1.2 e 6.1.1.3 desse PNR.

Para o caso de túneis rodoviários, também deve ser considerado as informações que
constam no PNR-000162, com atenção aos itens da tabela 18.

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8.2.11 Projeto de Detecção de Interferências

O projeto de detecção de interferências deverá ser elaborado considerando o projeto


geométrico e os elementos obtidos nos estudos de interferências e nos cadastros dos
estudos topográficos. Em conjunto com as demais disciplinas envolvidas, deverão ser
detectadas as interferências existentes e apresentadas, quando possível, as respectivas
soluções considerando os aspectos construtivos para o equacionamento de cada caso
dentro das necessidades, prerrogativas e particularidades das situações encontradas. Onde
existir a possibilidade de remanejamento dos dispositivos atingidos, deverá ser feita
avaliação técnica e econômica e ser apresentada como alternativa ao projeto.

Nos casos de interferências com empreendimentos de concessionárias de serviços públicos,


órgãos responsáveis e empresas, deverão ser analisadas e discutidas as propostas de
equacionamento de forma que as soluções e medidas adotadas estejam em consonância
com os aspectos funcionais e operacionais das partes afetadas.

As áreas que possam interferir no empreendimento e que o acesso a elas não foi permitido
pelos proprietários deverão ser identificadas e indicadas no projeto.

8.2.12 Projeto de Obras Complementares

O projeto de obras complementares deverá ser elaborado considerando o projeto


geométrico e consistirá na apresentação e detalhamento de dispositivos que deverão ser
implantados como cercas, alambrados, muros de vedação, porteiras, mata-burros,
passagens para trânsito de animais, revestimento vegetal, tratamento paisagístico e
passagens em nível, entre outros. Incluem também os projetos de recuperação das áreas
degradadas, como as áreas de empréstimo e de deposição de material excedente ou
inservíveis.

As cercas, alambrados, muros de vedação, porteiras, mata-burros e passagens para trânsito


de animais deverão ter a necessidade de implantação avaliada e o posicionamento definido
de modo a evitar a invasão da faixa de domínio da via e das áreas correlatas à construção,
operação e manutenção por animais e elementos estranhos ao meio. A finalidade é a
obtenção de níveis seguros para o tráfego, ocupantes de terrenos e benfeitorias adjacentes,
e o direcionamento adequado de pedestres e usuários de veículos. As áreas de pátios e
terminais deverão ter o acesso vedado a terceiros. Para os pátios situados em áreas
urbanas ou nas proximidades dessas, recomenda-se que as divisas sejam fechadas pelo
emprego de muros de vedação.

As condições de conservação dos mata-burros, porteiras e outros dispositivos existentes


deverão ser avaliadas para definição da necessidade de introdução de melhorias ou
substituição dos mesmos.

Deverá ser apresentado projeto para recuperação das áreas de empréstimo e de deposição
de material excedente ou inservível, o qual deverá constar a situação inicial e a configuração
final do terreno. Esse projeto deverá ser composto pelas disciplinas de terraplenagem,

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drenagem, recomposição da vegetação, obras complementares e outras que se fizerem
necessárias.

8.2.13 Projeto de Aquisição de Áreas

O projeto de aquisição de áreas deverá identificar as áreas a serem adquiridas para permitir
a implantação do projeto. Deverão ser considerados os terrenos destinados a pátios,
instalações fixas e acessos, áreas de jazidas e pedreiras destinadas à construção e
manutenção, áreas de deposição de materiais excedentes, entre outros. O projeto de
aquisição de áreas deverá ser elaborado o quanto antes para permitir os processos de
negociação e não afetar as prerrogativas e considerações dos demais projetos.

Deverão ser apresentadas e descritas as poligonais para aquisição de áreas componentes


do projeto. Deverão constar no projeto a descrição dos limites das áreas atingidas,
identificando os proprietários e seus ocupantes, e a indicação das benfeitorias existentes e
que serão afetadas. Essas informações deverão ser confidenciais e subsidiarão os
processos de negociação para aquisição dos terrenos.

No caso do sistema viário, as faixas destinadas à implantação da obra estão situadas


internamente à área destinada à implantação do projeto. Assim, o projeto de aquisição de
áreas se restringirá aos terrenos destinados às áreas de empréstimo, fontes de materiais
para construção, áreas para deposição de materiais excedentes e/ ou inservíveis, e outros
localizados externamente ao local destinado à implantação do empreendimento e que
afetam o sistema viário.

Além das necessidades citadas, deverão ser consideradas, ainda, as áreas necessárias ao
atendimento dos projetos para fornecimento de água, destinação de efluentes líquidos e
destinação de resíduos sólidos quando situadas externamente ao terreno previsto para a
implantação do empreendimento.

9.0 ATENDIMENTO AOS PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento deverão seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deverá prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deverá atender os requisitos estabelecidos nos


padrões normativos PNR-000015, PNR-000019, PNR-000020, PNR-000021, PNR-000030,
PNR-000035, PNR-000038, PNR-000047, PNR-000069, PNR-000084, PNR-000088, PNR-
000126, PNR-000142, PNR-000145, PNR-000155 e PNR-000162.

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10.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise
deverá englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com
outras atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no PNR-000069 e CP-R-501 e de meio


ambiente descritos no CP-N-501 deverão ser contemplados na realização dos projetos.

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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