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CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO GERAL DE MECÂNICA PARA EG - M - 401
REV.
FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C PARA CONHECIMENTO WCJ MFO EMV MD 31/08/05

1 C REVISÃO GERAL WCJ RBR EMV MD 01/12/06


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
2 C ETO WCJ EMV MP 29/02/08
PADRÃO PARA PROJETOS

3 C REVISÃO GERAL ETO GC RSF MP 11/08/08

4 C REVISADO ITEM 9.0 ETO GC MO MP 11/11/08

5 C REVISADO ITEM 6.3 ETO GC MO JBM 09/12/08

6 C REVISÃO ITENS 2.3 e 9.1.6; RMS HB JS JBM 12/05/09


REVISÃO ITENS 2; 4.12; 9..1.; 9.1.3 e
7 C PTL FCC CFD JMS 11/11/09
9.1.4
8 C REVISÃO ITEM 9.0 PTL FCC CFD MB 10/12/10
REVISÃO GERAL PARA INCLUSÃO DE
9 C REQUISITOS NOS PROJETOS DE IAM FCC MB PP 27/11/12
REVISÃO DOS ITENS 8.0; 9.2; 10.2; 10.3;
10 C 11.0; 12.1; 12.1.4.1; 13.0; 15.0; 18.0;18.1; IAM GGG MB GJ 20/05/13

11 C REVISÃO DOS ITENS 2.0; 7.7; 8.0 e 10.2 GGG IAM MB WQ 09/12/14

REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.0 E


12 C INCLUSÃO DE CLASSIF.DE INFORMAÇÃO
AWB GGG MB AC 02/03/16

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicação e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 5
2.0 APLICAÇÃO 5
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 5
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 6
5.0 DEFINIÇÕES 8
6.0 INSTRUÇÕES GERAIS 8
6.1 LEIS E REGULAMENTOS LOCAIS 8
6.2 MATERIAIS 8
7.0 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E CONSTRUTIVAS 10
7.1 INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 10
7.2 ACESSOS PARA MANUTENÇÃO 11
7.3 NÍVEL DE RUÍDO 11
7.4 BALANCEAMENTO ESTÁTICO E DINÂMICO 11
7.5 MINIMIZAÇÃO DE ESTOQUE 11
7.6 LAYOUT DE EQUIPAMENTO 11
7.7 IDENTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 11
7.8 VARIADORES DE VELOCIDADE 12
7.9 MONITORAMENTO DE VIBRAÇÃO 12
7.10 COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO 12
7.11 VEDAÇÃO POR LABIRINTO 13
7.12 LUBRIFICAÇÃO 13
7.13 BASES DE ACIONAMENTO 15
7.14 OLHAIS DE IÇAMENTO 15
7.15 ESCADAS E PLATAFORMAS METÁLICAS 15

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7.16 FORNECIMENTO DE UNIDADE COMPACTA 15


7.17 REGIME OPERACIONAL 16
7.18 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E FOLHA DE DADOS 16
8.0 FATOR DE SERVIÇO 16
9.0 MOTORES 16
9.1 MOTORES ELÉTRICOS 16
9.2 MOTORES HIDRÁULICOS 17
10.0 ACOPLAMENTOS 17
10.1 ACOPLAMENTOS FLEXÍVEIS 17
10.2 ACOPLAMENTOS HIDRODINÂMICOS 17
10.3 ACOPLAMENTOS MAGNÉTICOS 21
11.0 TRANSMISSÃO POR CORREIAS EM “V” 22
12.0 REDUTORES 22
12.1 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA FORNECIMENTO DE REDUTORES 22
13.0 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 31
13.1 CONEXÕES PARA SISTEMAS HIDRÁULICOS 32
14.0 MANCAIS 33
15.0 ROLAMENTOS 34
16.0 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 35
17.0 PINTURA 35
18.0 INSPEÇÃO E TESTES 35
18.1 INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO 36
18.2 COMPLETAÇÃO MECÂNICA 36
18.3 PRÉ-COMISSIONAMENTO 36
18.4 COMISSIONAMENTO 37
18.5 TESTES DE PERFORMANCE 37
19.0 GARANTIA DA QUALIDADE E ACEITAÇÃO 38

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19.1 TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO 39


19.2 TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO 39
20.0 ASSISTÊNCIA TÉCNICA 39
21.0 SUPERVISÃO DE MONTAGEM E PARTIDA 39
22.0 TREINAMENTO 40
23.0 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO, EMBARQUE E ARMAZENAMENTO 40

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mecânicos gerais, que não estão descritos nas especificações
técnicas de cada equipamento. Todo equipamento mecânico deverá atender aos requisitos
deste documento, salvo quando indicado em contrário na especificação técnica do
equipamento em particular.

2.0 APLICAÇÃO

Esta especificação se aplica a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos


da Vale.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-M-501 Critérios de Projeto para Mecânica Equipamentos


CP-R-501 Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração Projetos de
Engenharia
CP-S-501 Critérios de Projeto para Estruturas Metálicas
DT-S-602 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-Corpo para Plataformas
e Rampas
DT-S-603 Detalhe Típico para Corrimão e Guarda-Corpo para Escada
DT-S-605 Detalhe Típico para Escada Marinheiro Dimensões Gerais
DT-S-607 Detalhe Típico para Escada Marinheiro Saída Lateral
DT-S-608 Detalhe Típico para Escada Marinheiro Saída Frontal
DT-S-610 Detalhe Típico para Escada Inclinada
DT-S-611 Detalhe Típico para Fixação de Corrimão e Guarda-Corpo em
Estrutura Metálica
DT-S-612 Detalhe Típico para Fixação de Guarda-Corpo em Concreto
DT-S-613 Fixação de Escada Inclinada
EG-E-421 Especificação Geral para Motores Elétricos de Baixa Tensão
EG-E-422 Especificação Geral Motores Elétricos de Média Tensão
EG-G-401 Especificação Geral para Embalagem Identificação, Manuseio
Armazenamento, Preservação e Embarque

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EG-J-401 Especificação Geral para Sistemas de Automação e
Instrumentação em Equipamentos Mecânicos
EG-J-402 Especificação Geral para Instrumentação
EG-M-402 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
ES-G-401 Especificação de Serviços Diligenciamento
ES-G-402 Especificação de Serviços Inspeção
GU-C-006 Comissionamento e testes
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
GU-G-622 Planejamento dos Testes de Performance
INS-0041-G Instrução para Requisitos de Atividades Críticas (RAC)
PE-Q-600 Modelo de PIT - Plano de Inspeção e Testes
PR-C-003 Completação Mecânica
PR-C-004 Pré-Comissionamento
PR-E-271 Requisitos Mínimos para o Plano da Qualidade para
Fornecedores de Equipamentos e Serviços

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

O projeto, a fabricação, os testes e o desempenho de todos os equipamentos e materiais


deverão estar de acordo com a última edição das normas aplicáveis da ABNT- Associação
Brasileira de Normas Técnicas.

Equipamentos, mecanismos e materiais não cobertos por essas normas deverão ser
projetados de acordo com as últimas edições publicadas dos códigos e normas,
regulamentos e padrões técnicos, estabelecidos neste documento e nas especificações
técnicas dos equipamentos em particular, e emitidos por organizações
nacionais/estrangeiras, reconhecidas internacionalmente, e aprovadas pela Vale.

A Vale exige o atendimento integral ás normas regulamentadoras do ministério do trabalho e


emprego conforme portaria 3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, bem como o
atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais tem sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações onde estes sejam mais restritos.

Os seguintes órgãos normativos estão aprovados pela Vale, para serem aplicados aos
projetos de engenharia:

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ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGMA American Gear Manufacturers Association
AFBMA Anti-Friction Bearing Manufacturers Association
American Institute of Mining Metallurgical and Petroleum
AIME
Engineers
AISC American Institute of Steel Construction
AISI American Iron and Steel Institute
AMCA Air Moving and Conditioning Association
ANSI American National Standards Institute
API American Petroleum Institute
ASHRAE American Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning
ASME American Society of Mechanical Engineers
ASTM American Society for Testing and Materials
AWS American Welding Society
AWWA American Water Works Association
BS British Standards
BSS British Standard Specifications
CEMA Conveyor Equipment Manufacturers Association
CMAA Crane Manufacturers Association of America
DIN Deustches Institut für Normung
FEM Federation Europeene de ll Manutention
FM Factory Mutual
HI Hydraulic Institute
ISA Instrument Society of America
ISSO International Standard Organization
JIS Japanese Industrial Standard
MPTA Mechanical Power Transmission Association
MSHA Mine Safety and Health Administration
NFPA National Fire Protection Association
TEM Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego
OSHA Occupational Safety and Health Administration
RMA Rubber Manufacturers Association

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SAE Society of Automotive Engineers
SSPC Steel Structure Painting Council
UL Underwriters Laboratories
VDI Verein Deutscher Ingenieure
VSMA Vibrating Screen Manufacturers Association
UBC Uniform Building Code

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 INSTRUÇÕES GERAIS

As instruções apresentadas abaixo deverão ser seguidas para o fornecimento de todos os


equipamentos mecânicos.

6.1 LEIS E REGULAMENTOS LOCAIS

O fornecedor deverá especificar, na proposta, as normas, regulamentos e padrões técnicos


que adotará para a execução do projeto. Caso pretenda utilizar normas e padrões que não
constem na relação anterior, o fornecedor deverá anexar, à proposta técnica, informações e
dados a esse respeito, em quantidade suficiente para compreensão e julgamento.

Caso os dados e/ou informações da especificação técnica e/ou da folha de dados (FD) do
equipamento sejam conflitantes com os constantes nesta especificação geral, prevalecerão,
para efeito da proposta, aqueles constantes da especificação técnica e/ou da FD do
equipamento.

6.2 MATERIAIS

Todas as peças especificadas como material segundo padrões da ASTM, DIN e SAE
deverão ter certificados. Sempre que solicitado, os certificados deverão ser apresentados à
Vale. Caso aprovados previamente pela Vale, outros materiais de mesmas características
poderão ser usados.

Todos os materiais utilizados deverão ser novos. Madeiras ou outros materiais combustíveis
somente poderão ser utilizados se especificamente solicitados.

As peças fundidas deverão ser isentas de bolhas e outras imperfeições internas e externas.
As superfícies externas dessas peças deverão ser isentas de falhas. A eventual aceitação
de peças fundidas com falhas em superfícies ficará a critério da Vale.
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As peças deverão ter cantos arredondados, para evitar concentração de tensões. As peças
de aço deverão ser tratadas termicamente, para alívio de tensões e melhora das
propriedades mecânicas.

Todos os padrões aqui referenciados deverão ser adotados em sua última edição. Padrões
alternativos deverão ser submetidos à aprovação prévia da Vale.

Os materiais abaixo, em conformidade com seus respectivos padrões, deverão ser usados
em equipamentos e máquinas e apoios, para que satisfaçam as condições de desempenho,
durabilidade, economia e apresentação:

• Ferro fundido para componentes mecânicos: ASTM A48, classe 35;


• Ferro fundido maleável: ASTM A47;
• Aço carbono fundido com resistência de média a moderada, para aplicações
gerais: ASTM A27, grau U-60-30, ou SAE 1020;
• Aço fundido de alta resistência: ASTM A148, grau 90-60 ou superior;
• Aço forjado: AISI 1045, ASTM A108, ou superior;
• Olhais para içamento: ASTM A237, classe C;
• Rodas de aço forjado: ASTM A504/A504M, classe C;
• Aço-carbono laminado a quente: AISI 1070;
• Barras de aço-liga, laminadas a quente: ASTM A322, SAE 1020 e SAE
1045;
• Barras de aço-liga, laminadas a frio: ASTM A331, SAE 1020 e SAE 1045;
• Aço estrutural para componentes de máquinas e dos transportadores de
correia: ASTM-A-36 e/ou ASTM-A-572, Grau 50, e ASTM A283;
• Aço-carbono de alta resistência: ASTM A242 e SAE 4340;
• Chapas de aço-carbono de baixa ou média resistência: ASTM A283;
• Ferro maleável: ASTM A536, grau 80-55-06;
• Parafusos e porcas comuns: ASTM A307, DIN 931, DIN 933 e DIN 934;
• Parafusos e porcas de alta resistência: ASTM A325, DIN 931, DIN 933 e DIN
934;
• Trilhos: ASTM A1 (Carbon Steel Tee Rail);
• Bronze para buchas normalizadas: SAE 62 ou SAE 64;
• Bronze para buchas de bronze-magnésio: ASTM B138 ou ASTM B147;
• Bronze para buchas de bronze-alumínio: ASTM B148;
• Borracha para para-choques: ASTM D2000;
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• Borracha para revestimento de tambores: ASTM D 2000 4AA 625 A13 B13
K11 Z1, contendo polímero antiderrapante polibutadieno;
• Feltro para vedação contra poeira: SAE F10 (mínimo);
• Condições para aceitação de testes por ultrassom: ASTM A886, ASTM A609
e ASTM A435;
• Placas de pneus radiais de caminhão fora de estrada, de patente da Vale.

O uso de material diferente do relacionado acima deverá ser submetido à aprovação da


Vale.

Sempre que exigida conformidade do material com as normas ASTM, ABNT ou outro
padrão, na respectiva FD, o fornecedor deverá apresentar à Vale uma cópia de certificado
ou de relatório de ensaio, comprovando que o material está de acordo com a especificação
em questão. A critério da Vale, em casos específicos, a apresentação desses relatórios
poderá ser dispensada.

A critério da Vale, os seguintes itens poderão ser solicitados:

• Informação sobre a corrida, ou o lote, de que o material para fabricação foi


selecionado, utilizando marcas de identificação no aço;
• Cópias dos certificados mostrando os resultados dos ensaios físicos
executados em cada corrida, ou lote, do qual foi selecionado o material
utilizado para fabricação;
• Fornecimento dos resultados dos ensaios químicos executados na corrida,
ou lote, dos quais o aço fabricado foi obtido;
• Fornecimento de resultados do ensaio mais recente, executado nos últimos
12 meses, realizado no lote representativo dos eletrodos de solda a serem
utilizados.

Todas as peças forjadas e fundidas deverão ser ensaiadas por meio de métodos não
destrutivos padronizados.

7.0 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E CONSTRUTIVAS

7.1 INTERRUPÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Todos os componentes deverão ser projetados para evitar que súbitas interrupções no
suprimento de energia elétrica ocasionem a quebra do equipamento/mecanismo, acidentes,
danos ou transtornos operacionais.

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7.2 ACESSOS PARA MANUTENÇÃO

O equipamento deverá ser projetado com acesso fácil e seguro para manutenção e
substituição de partes ou componentes defeituosos. Os pontos de lubrificação deverão ser
projetados de forma que a lubrificação seja feita com o equipamento em operação, sem a
necessidade de instalação provisória de acessos.

7.3 NÍVEL DE RUÍDO

Todo equipamento deverá ser projetado de acordo com a mais moderna técnica de
engenharia e obedecendo às normas e padrões técnicos estabelecidos neste documento e
nas especificações técnicas dos equipamentos, em particular. Sempre que possível, o nível
de ruído emitido pelo equipamento em operação não deverá ultrapassar a 85 dB(A) a 1m de
distância da base dos componentes. Quando isso for tecnicamente inviável, o fornecedor
deverá indicar na lista de desvios da Requisição Técnica(RT).

7.4 BALANCEAMENTO ESTÁTICO E DINÂMICO

As partes móveis deverão ser balanceadas estática e dinamicamente, quando solicitado,


conforme ISO 1940, Grau de Qualidade Q 6,3. Os eixos deverão operar em menos de 65 %
de sua velocidade crítica.

7.5 MINIMIZAÇÃO DE ESTOQUE

Os componentes do equipamento deverá, sempre que possível, ser padronizados e


intercambiáveis, de forma a minimizar as necessidades de estoque de peças sobressalentes
para a Vale.

7.6 LAYOUT DE EQUIPAMENTO

Os componentes e estruturas que fazem parte do equipamento deverão ser projetados de


forma a evitar o acúmulo de materiais a granel e de água.

As tubulações deverão ser submetidas a limpeza e provas de pressão, quando requerido, e


serão projetadas de modo a minimizar as conexões externas (por terceiros) e permitir fácil
acesso para manutenção. Proteções adequadas deverão ser previstas nas conexões.

7.7 IDENTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deverá ser fornecido com uma plaqueta de aço inox, ou no material mais
adequado a atmosfera que se encontra exposto, bem fixada em local de fácil acesso, por
meio de parafusos ou rebites, na qual deverão estar gravadas em baixo relevo, no mínimo,
as seguintes informações:

• Número da Ordem de Compra;

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• Número da RT;
• Nome e número do projeto Vale;
• Nome do Fabricante;
• Nome do Equipamento;
• Características do equipamento (potência, dimensões, volume, peso etc.);
• Identificação do equipamento (TAG);
• Pressão de testes hidrostáticos (quando aplicável);
• Pressão e temperatura de projeto/trabalho (quando aplicável);
• Ano de fabricação;
• Número de série.

7.8 VARIADORES DE VELOCIDADE

A variação de velocidade do equipamento deverá ser obtida por meio da instalação de


inversor de frequência ou acoplamento hidráulico com controle de velocidade, quando
necessário.

7.9 MONITORAMENTO DE VIBRAÇÃO

Sensores para monitoramento de vibração, com o objetivo de obter a indicação de


anormalidade na operação, deverão ser providos nos locais indicados pelas FD´s.

Equipamento de grande porte deverá ser fornecido com monitoramento que indique a
ocorrência de ultrapassagem de um limite de vibração pré-estabelecido.

Para equipamentos rotativos (Britadores, Peneiras, Moinhos, etc.), o fornecedor deverá


informar, em desenhos específicos e no Data Book, as frequências naturais previstas para a
operação, assim como os respectivos momentos de inércia das partes girantes.

7.10 COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO

Todos os componentes do sistema de transmissão, como polias, acoplamento, roldanas,


rodas dentadas, engrenagens, bem como suas respectivas proteções, serão fornecidos pelo
fornecedor do equipamento.

A Vale poderá, a seu critério, fornecer motores elétricos de acordo com a especificação do
fornecedor. As características construtivas de motores elétricos existentes serão informadas
ao fornecedor do equipamento, ficando a cargo do mesmo executar eventuais adaptações
necessárias nos componentes de transmissão.

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Transmissões ou acoplamentos não referenciados nesta especificação deverão seguir o
critério de dimensionamento do fornecedor.

7.11 VEDAÇÃO POR LABIRINTO

Deverá ser provida por sistema de retentores de neoprene, com lubrificação e carga de
graxa independente, por meio de graxeira, montados em tampas bipartidas e aparafusados
à caixa do mancal. Dependendo da aplicação e da viabilidade, poderão ser utilizados outros
tipos de vedação, como: gaxeta, vedação hidrodinâmica, selo mecânico ou vedação
magnética.

7.12 LUBRIFICAÇÃO

O Fornecedor deverá preencher devidamente a FD de lubrificação, anexa à RT, de acordo


com os requisitos mecânicos do equipamento a ser fornecido.

As considerações mínimas abaixo deverão ser consideradas no fornecimento do sistema de


lubrificação dos equipamentos à Vale:

• Os lubrificantes deverão ser especificados de acordo com o sistema de


padronização de lubrificantes da Vale, a ser disponibilizado na ocasião da
elaboração do projeto. Somente serão aceitas exceções caso a linha de
lubrificantes padronizados da Vale não possua equivalente. As
especificações, as quantidades e a periodicidade de troca de lubrificantes
deverão ser informadas na proposta técnica;
• Os planos de lubrificação deverão incluir tipos de lubrificação e de
lubrificantes, suas quantidades por ponto de aplicação, e periodicidade de
troca requerida;
• Situações onde for tecnicamente e economicamente viável, a lubrificação
deverá ser centralizada, automática, com dispositivos que permitam
períodos prolongados de lubrificação e com indicador de nível visível;
• Deverão ser previstos sistemas de lubrificação eficientes, capazes de
minimizar o desgaste de partes móveis, reduzir ruídos de operação,
refrigerar as partes mecânicas móveis, prevenir a corrosão das superfícies
móveis em contato, proteger as peças de contaminação por materiais
estranhos, e reter contaminantes;
• O sistema de lubrificação empregado em cada equipamento deverá ser
individualizado e atender aos limites de temperatura de operação do
equipamento e do lubrificante utilizado, nas condições locais de instalação;
• Os sistemas de lubrificação deverão ser projetados, fabricados e montados
de acordo com as últimas versões publicadas pela SAE, API, AGMA, ASME
e ASTM;

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• Para cada equipamento, deverá ser especificado um lubrificante adequado


às condições de operação (viscosidade, ponto de fluidez, temperatura,
aditivos, contaminação por poeira e/ou outras impurezas). O lubrificante
deve ser especificado de acordo com a última versão publicada pela API
/SAE /AGMA;
• Nos manuais técnicos de cada equipamento, deverão constar informações
específicas sobre o lubrificante recomendado para cada sistema ou ponto de
lubrificação, além da identificação de cada item do sistema ou de cada ponto
de lubrificação. Tais informações deverão constar também em plaquetas
fixadas ao equipamento, próximo ao local de reposição do lubrificante;
• Nos sistemas de lubrificação com circulação de óleo, o filtro deverá ser
montado na linha de retorno, antes do tanque ou dentro dele. O pescador do
óleo deverá estar posicionado a uma distância segura do fundo do tanque, a
fim de evitar captação indesejada de partículas oriundas de desgaste ou de
contaminações adversas;
• Quando houver a necessidade de refrigeração no reservatório, no caso de
sistemas de lubrificação com circulação de óleo, essa refrigeração deverá
ser feita por convecção forçada do óleo lubrificante. Os feixes tubulares
deverão ser de aço inox, não sendo permitida a utilização de feixes tubulares
de cobre;
• Situações onde não for possível atendimento por sistema de lubrificação
centralizada automática, a lubrificação dos componentes a serem fornecidos
deverá ser feita por meio de pinos graxeiros, com encaixe para bomba
manual de graxa, ou outro sistema equivalente, a ser aprovado pela Vale;
• Na ocasião da aprovação do projeto detalhado, a Vale poderá solicitar
padronização do tamanho dos bicos em relação aos já existentes em suas
instalações;
• O projeto do equipamento compacto deverá considerar uma elevação
apropriada para a drenagem dos lubrificantes, e, se necessário, deverá
incluir tubo de descarga;
• Poderão ser empregados lubrificantes fluidos, lubrificantes pastosos (graxas)
e lubrificantes sólidos. Os lubrificantes selecionados deverão estar de acordo
com as condições operacionais do equipamento ao qual se destinam;
• A vida útil do lubrificante deverá ser compatível com a vida útil do
componente ou equipamento, no caso de não haver a possibilidade de
manutenção, ou troca do lubrificante, antes da troca do componente ou
equipamento;
• O lubrificante usado em cada sistema de lubrificação deverá ser compatível
física e quimicamente com todos os componentes com os quais entrará em
contato, garantindo assim sua estabilidade.

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7.13 BASES DE ACIONAMENTO

As bases de acionamento deverão ser de aço soldado, projetado com robustez e travamento
suficientes para assegurar a rigidez necessária ao conjunto de acionamento.

O conjunto de acionamento deverá ser montado em base usinada, de modo que o


equipamento fique nivelado e alinhado.

As bases de acionamento de grande porte deverão ser fornecidas com elementos de fixação
suficiente para alinhamento de cada componente (motor, acoplamento, redutor, etc.), tanto
no plano horizontal, como no plano vertical.

A localização desses elementos de fixação deverá ser feita de forma a possibilitar fácil
acesso e manuseio.

As roscas não deverão ser abertas nas próprias bases, devendo ser previstos furos
passantes com porcas de aço inoxidável, soldadas em suas extremidades.

As bases de concreto ou de estrutura metálica para os equipamentos mecânicos deverão


estar em conformidade com as normas de construção civil e com CP-S-501.

7.14 OLHAIS DE IÇAMENTO

Todos os equipamentos deverão ter olhais de içamento que permitam o manuseio seguro de
carga e permitam ao mesmo tempo a amarração e a suportação apropriadas para transporte
e manutenções.

7.15 ESCADAS E PLATAFORMAS METÁLICAS

As escadas e plataformas metálicas deverão ser construídas conforme NR12, INS-0041-G


da Vale, e os detalhes típicos de estrutura metálica da Vale.

7.16 FORNECIMENTO DE UNIDADE COMPACTA

Todo fornecimento de unidade compacta deverá incluir:

• Instrumentos, proteções elétricas e cabeamentos completos. Os fios e


eletrodutos deverão ser devidamente identificados, e os terminais, acabados
para conexão externa;
• Tubulação interna, integrada e instalada;
• A identificação deverá indicar o fluido e sentido do fluxo;
• A carga de lubrificantes e demais fluidos necessários ao perfeito
acionamento;
• Proteções apropriadas e suas devidas sinalizações.
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7.17 REGIME OPERACIONAL

Todo equipamento deverá ser dimensionado e fornecido para operar em serviço


extrapesado, em um regime de 24 horas/dia e 360 dias/ano, quando não especificado de
forma diferente na FD e em outros documentos específicos.

Casos excepcionais serão indicados na FD.

Para o dimensionamento de peças e ligações sujeitas a esforços cíclicos, o fornecedor


deverá informar em sua proposta, segundo sua experiência, o tipo de carregamento, a
periodicidade e as normas adotados, e a vida útil mínima em horas de trabalho prevista para
o equipamento.

7.18 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA E FOLHA DE DADOS

Em todo o fornecimento de equipamento, deverão ser atendidos os critérios e requisitos da


especificação técnica e respectiva FD.

8.0 FATOR DE SERVIÇO

O fator de serviço deverá ser definido pelo fornecedor dos componentes, com base em sua
experiência, e deverá ser informado na FD.

Nos casos em que a Vale julgar necessário, para aplicações específicas, o fator de serviço
mínimo exigido para cada componente do equipamento, será indicado na especificação
técnica e/ou na sua respectiva FD.

Nos casos para os quais não forem definidos os fatores de serviço, com exceção das
transmissões por correias, deverá ser adotado um fator de serviço mecânico mínimo de 1,75
sobre a potência nominal do motor, e de 3,0 para sobrecargas transitórias. Esses valores
são apenas referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para cada projeto.

O fator de serviço para correia de transmissão deverá estar em conformidade com o item
11.0 desta especificação geral.

9.0 MOTORES

9.1 MOTORES ELÉTRICOS

Deverão ser atendidos os requisitos elétricos descritos nas EG-E-421 e EG-E-422.

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9.2 MOTORES HIDRÁULICOS

O fornecedor deverá justificar a necessidade da utilização de motores hidráulicos, indicando


o local onde serão empregados, e informando todas as características técnicas.

Para garantia de partida de motores em acionamentos com aplicação de acoplamentos


hidrodinâmicos, o motor deverá apresentar um fator mínimo de 1,2 do conjugado de partida
em relação ao conjugado nominal. Esse valor é apenas referencial e deverá ser confirmado,
na etapa correta, para cada projeto.

10.0 ACOPLAMENTOS

10.1 ACOPLAMENTOS FLEXÍVEIS

Os acoplamentos deverão ser preferencialmente do tipo flexível, e deverão ter somente o


rasgo das chavetas tipo padrão de seção retangular. Deverão permitir desalinhamentos
angulares e paralelos dos eixos. Os acoplamentos de motores deverão incluir, ainda,
dispositivos para absorção elástica dos choques e amortecimento de vibrações.

Os acoplamentos deverão ser isentos de manutenção periódica e de qualquer necessidade


de lubrificação. Deverão possibilitar a montagem e desmontagem sem necessidade de
deslocar o motor e refazer o alinhamento.

Os acoplamentos deverão garantir a isolação elétrica entre os eixos.

Caso esses acoplamentos sejam flexíveis, deverão ser interligados por elementos de
borracha que não necessitem de lubrificação, e permitam a substituição do elemento elástico
sem perda do alinhamento.

A seleção do acoplamento deverá atender a todos os parâmetros mecânicos requeridos. O


fornecedor deverá especificar os limites de desalinhamento e deslocamento para cada
acoplamento.

O fator de serviço para a seleção deverá estar de acordo com o estabelecido pelo
fornecedor.

10.2 ACOPLAMENTOS HIDRODINÂMICOS

Os acionamentos com motores de potência inferior a 37kW (50 CV) não deverão ser
providos de acoplamentos hidrodinâmicos. Para esses acionamentos, a ligação entre o eixo
do motor e o eixo do redutor deverá ser feita por meio de acoplamentos flexíveis.

A seleção dos acoplamentos hidrodinâmicos ou hidrovariadores deverá levar em


consideração, no mínimo:

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• Aplicação, potência e velocidade motora,


• Rotação de trabalho;
• Potência requerida;
• Momento de inércia e velocidade do equipamento;
• Tempo de aceleração do equipamento;
• Número de partidas consecutivas por hora;
• Temperatura ambiente.

No caso dos hidrovariadores, deverão ser acrescentados a faixa de rotação desejada e o


regime de trabalho.

Os acoplamentos hidrodinâmicos deverão ser fornecidos preferencialmente na concepção


“radialmente livre”, permitindo a troca dos acoplamentos sem a perda do alinhamento,
exceto em equipamentos sujeito a intensas vibrações, que deverão receber acoplamentos
na versão convencional.

No caso de uso de acoplamentos em locais onde o vazamento de óleo seja contaminante ao


meio ambiente, poderá ser usada água como fluido transmissor. Caso a opção seja por usar
óleo como fluido transmissor dos acoplamentos, será necessário instalar bacia de contenção
sob os mesmos para evitar contaminação ao meio ambiente.

Acoplamentos hidrodinâmicos de enchimento constante deverão ser montados com conexão


flexível, que permita a montagem e desmontagem radial, sem a desmontagem da conexão.
Essa conexão deverá ser concebida na fabricação dos acoplamentos hidrodinâmicos, como
uma forma de sistema de segurança, para que os acoplamentos não sejam projetados, caso
haja quebra da conexão ou de seus parafusos de fixação.

Os acoplamentos hidrodinâmicos deverão receber proteções metálicas resistentes, porém


com janelas de visita que permitam a inspeção visual e a medição do escorregamento por
instrumento ótico.

A proteção deverá ser fechada, para evitar projeção de óleo aquecido, conforme previsto na
NBR 13742 - Procedimentos de Segurança para Transportadores Contínuos.

Acionamentos com motores de potência igual ou superior a 37kW (50CV), e igual ou inferior
a 450kW (600CV), poderão ser providos de acoplamentos hidrodinâmicos de enchimento
constante (tipo tração), preferencialmente com dupla câmara de retardamento, limitando o
torque de partida a um valor máximo de 140% do torque efetivo do motor, em qualquer
condição de operação da transmissão, exceto quando indicado de outra forma.

Para acionamentos com potência acima de 37kW (50CV) até abaixo de 110 kW(150CV) o
limite de escorregamento máximo entre o rotor bomba e o rotor turbina deverá ser de 4,0%.
Para acionamentos de potência acima de 110 kW (150CV) até abaixo de 450kW (600CV), o
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limite de escorregamento deverá ser de no máximo 3,0%, para a carga nominal. Esses
valores são apenas referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para cada
projeto.

O fornecedor deverá informar e comprovar, na proposta técnica, a limitação de torque e o


escorregamento (Gráfico de Partida) necessários para a aplicação.

Esses acoplamentos hidrodinâmicos deverão:

• Permitir a partida dos motores elétricos nas condições com e sem carga;
• Reduzir a corrente de partida dos motores em até 10 segundos após a
partida;
• Permitir a aceleração de grandes massas de forma suave e gradual, por
meio da limitação do torque máximo transmitido pelo acoplamento;
• Atuar como elemento de proteção dos componentes do acionamento e
correias, contra eventuais sobrecargas momentâneas do equipamento.

O fornecedor deverá informar, na proposta técnica, a configuração do acionamento para a


aplicação, especificando o sistema de controle de partida adotado (acoplamento
hidrodinâmico, inversor de frequência, variador de velocidade, etc.) de forma a atender a
todas as expectativas de desempenho, confiabilidade, critérios de projeto e custos.

Os acoplamentos deverão ser fornecidos com bujões fusíveis que derretem a uma
temperatura pré-determinada pelo fornecedor. Quando solicitado, poderão ser fornecidos
também com sistema eletrônico de monitoramento da temperatura, o que impedirá o
derramamento de óleo no meio ambiente. Esse sistema deverá ser composto de sensor,
fonte e controlador digital da temperatura, que permitirá a leitura e o ajuste da temperatura
limite. Esse sistema deverá fornecer o sinal eletrônico para o desligamento automático do
motor na temperatura limite.

Esses componentes deverão ser fornecidos fixados numa caixa com grau proteção IP 66, e
com tampa frontal de acrílico para visibilidade da temperatura.

Os acoplamentos hidrodinâmicos e hidrovariadores deverão ser fornecidos com, no mínimo,


3 bujões fusíveis sobressalentes, com as respectivas arruelas de vedação, para eventuais
necessidades na fase de testes.

Para acionamentos com potência igual ou acima de 450kW (600CV), utilizando


acoplamentos hidrodinâmicos, o limite de escorregamento máximo entre o rotor bomba e o
rotor turbina deverá ser de 2,5%, para a carga nominal, e a limitação de torque deverá ter
um valor máximo de 120% do torque nominal, em qualquer condição de operação do
equipamento, exceto quando indicado de outra forma (sistema regenerativo). Esses valores
são apenas referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para cada projeto.

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Acionamentos com motores de potência igual ou superior a 450kW (600CV) poderão ser
providos de hidrovariadores com controle de velocidade por tubo captador (ScoopControl),
limitando o torque do motor a um valor máximo de 120% do torque nominal, exceto quando
indicado de outra forma.

Poderá ser aplicado o recurso de inversor de frequência ou de variador hidrodinâmico,


desde que analisada a viabilidade técnico-econômica.

Para os acionamentos onde não houver a necessidade de variação de velocidade, poderão


ser utilizados acoplamentos de enchimento constante ou de enchimento controlado,
dependendo da aplicação. Para esse caso, o fornecedor deverá informar e comprovar, na
proposta técnica, a relação entre a limitação de torque e o escorregamento (Gráfico de
Partida).

Deverá ser dada atenção ao projeto dos orifícios para passagem de óleo e das câmaras de
retardamento dos acoplamentos hidrodinâmicos de enchimento constante (tipo tração),
levando-se em conta a necessidade de partidas graduais sucessivas e o tempo de
esvaziamento da câmara principal.

Para acionamentos múltiplos, deverão ser usados motores de mesma potência para facilitar
a divisão de carga entre os motores. Essa divisão é realizada por correção do fluido de
transmissão de potência dos acoplamentos hidrodinâmicos.

Para essa solução, poderão ser usados, como fluido, água ou óleo, dependendo da
aplicação. No caso de usar água como fluido, os componentes internos dos acoplamentos
deverão estar aptos a trabalhar com água, e deverá ser observado o limite de temperatura
(110 graus Celsius).

Caso usar água, como fluido, pode ser dispensado o sensor.

Para máquinas de alta inércia, deverá ser aplicado acoplamento hidrodinâmico de


enchimento controlado e, para máquinas de alta inércia e alta potência, deverá ser aplicado
acoplamento hidrodinâmico de enchimento variável (tubo captador). No caso de
acionamentos múltiplos, a divisão de carga entre os motores é realizada automaticamente
em conjunto com o sistema de controle (PLC - Controlador Lógico Programável).

Para essas aplicações, pode-se usar, como fluido, o óleo biodegradável (preferencialmente),
ou óleo mineral.

Para qualquer uma das soluções apresentadas acima, deverá garantir que os motores
partam livres de carga, ou seja, o sistema comece a ser acelerado após os motores terem
atingido sua rotação nominal. As mesmas soluções deverão estar aptas a realizar pelo
menos 02 (duas) partidas consecutivas, e 05 (cinco) partidas em uma hora. Essas partidas
deverão ser graficamente comprovadas, ou seja, deverá comprovar a relação entre limitação
de torque, escorregamento (diferença de rotação entre o rotor bomba e o rotor turbina) e
tempo de partida dos motores em vazio.

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Os acoplamentos hidrodinâmicos de enchimento variável (ScoopControl) deverão atender


aos seguintes requisitos:

• Ter comando por meio de tubo captador acionado por servo motor com
alternativa manual, possibilitando o ajuste de posição do pescador em
posições intermediárias, quando necessário;
• Permitir comando eletrônico à distância;
• Permitir duplo sentido de rotação;
• Ter controle eletrônico da rotação;
• Ser projetados para reversibilidade;
• Ser projetados de forma a permitir a montagem e desmontagem radial sem
perda de alinhamento;
• Ser equipados com trocador de calor tipo ar-óleo e válvulas de alta vazão;
• Ser equipados com bomba com acionamento independente de fácil
remoção;
• Ser equipados com painel de monitoramento da pressão, temperatura e
rotação.

Os acoplamentos hidrodinâmicos de velocidade variável deverão permitir que os motores


partam em vazio, ou seja, o enchimento de óleo das suas câmaras de trabalho só deverá
iniciar após a completa aceleração de suas partes primárias.

Se necessário, em função das condições ambientais e de trabalho, poderá ser utilizado


trocador de calor tipo água-óleo.

10.3 ACOPLAMENTOS MAGNÉTICOS

O acoplamento magnético poderá ser utilizado para eixo de alta rotação. Deverá ser
selecionado para trabalho extrapesado e sujo (poeira e lama), permitindo desalinhamentos
angulares e paralelos dos eixos, e garantindo a transmissão de 97% do torque em qualquer
condição operacional.

O fator de serviço deverá ser definido quando do desenvolvimento da engenharia básica


específica de cada projeto e aplicado sobre a potência nominal do motor instalado.

O acoplamento deverá ser construído com magnetos permanentes e de tal forma que forças
eletromagnéticas não provoquem a atração de ferramentas e outros objetos, e não crie
magnetização no eixo de transmissão ou em outros componentes do equipamento.

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NOTA: É importante ressaltar que a escolha entre a utilização de acoplamento, seja ele
hidráulico ou magnético, e a utilização de um inversor de frequência, irá implicar em um
estudo de custos x benefícios para a definição da melhor alternativa.

11.0 TRANSMISSÃO POR CORREIAS EM “V”

Quando o uso de correias em “V” for necessário, deverão ser observados os seguintes
requisitos:

• Em sistemas de transmissão que utilizem duas correias em “V”, as correias


deverão ser da mesma série. Para sistemas com três ou mais correias, estas
serão fornecidas como correias múltiplas;
• A seleção das correias de transmissão em “V” deverá seguir a última
publicação das normas para seleção de correia em “V” (3V, 5V e 8V),
publicadas pela MPTA e pela RMA;
• Correias de transmissão em “V” de seção B, C, D e E somente serão
empregadas após aprovação prévia e formal da Vale das justificativas
técnicas e econômicas da utilização;
• O fator de serviço deverá ser de, no mínimo, 2,0, aplicado sobre a potência
nominal do motor. Esse valor é apenas referencial e deverá ser confirmado,
na etapa correta, para cada projeto;
• As polias deverão ser fabricadas em aço e usinadas nos diâmetros e com as
tolerâncias indicadas na norma MPTA. A utilização de polias em ferro
fundido deverá ser evitada, e somente será aceita com aprovação prévia e
formal da Vale;
• Todas as polias deverão ser fixadas de forma a facilitar as operações de
montagem e desmontagem do conjunto;
• As polias dos sistemas de transmissão por correia com velocidade de até 24
m/s deverão ser balanceadas estaticamente. Para velocidades superiores a
24 m/s, deverão ser balanceados estática e dinamicamente.

12.0 REDUTORES

12.1 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA FORNECIMENTO DE REDUTORES

Os termos abaixo especificados se aplica a aquisição de redutor de engrenagens helicoidais


simples, de eixos paralelos, e cônicos para eixos ortogonais. Demais formas construtivas
e/ou aplicações especiais, serão definidas em cada projeto específico, prevalecendo essas
condições específicas sobre as descritas nesta especificação.

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As construções com eixos paralelos deverão possuir entrada e saída com pontas duplas e
as construções com eixos ortogonais, saída com ponta dupla. As pontas não utilizadas
deverão possuir capa de proteção removível.

Para o projeto e a definição da construção do redutor, deverão ser consideradas as


condições nominais de carga em todos os seus componentes, e o dimensionamento do
engrenamento à vida infinita, adotando-se os fatores de serviço definidos para cada
aplicação.

Para cada um dos elementos que constitui o equipamento, deverão ser observadas as
condições a seguir.

12.1.1 Carcaça

O projeto da carcaça deverá garantir sua estabilidade, sem qualquer deformação e/ou
movimentação, quando o redutor estiver submetido à sua condição nominal de carga, de
modo a manter o perfeito engrenamento durante operação.

A carcaça para o redutor deverá ser bipartida na região dos mancais.

12.1.1.1 Material

A carcaça do redutor deverá ser construída em aço fundido ou soldado, ou ferro fundido
nodular, com aplicação de materiais que não resultem em qualquer esmagamento ou
deformação na face de alojamento dos mancais, e que atendam à dureza mínima de 180
HB.

Serão admitidas construções mistas, com materiais de propriedades mecânicas superiores


aplicáveis, na região dos mancais.

A construção a ser adotada, e a especificação do material aplicado na carcaça ficarão a


critério do fornecedor, considerando-se as condições nominais de dimensionamento do
redutor.

12.1.1.2 Estrutura

O corpo para o alojamento dos mancais dos diferentes eixos deverá ser construído em peça
única, a fim de se garantir maior rigidez estrutural entre eles. Quando possível, serão
aplicadas nervuras de reforço em posição convergente ao centro dos mancais.

A espessura dos pontos de apoio deverá atender à perfeita fixação e estabilidade do


conjunto, sem resultar em deformações ou transmissão de esforços para outras partes da
carcaça.

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12.1.1.3 Acessórios

Janelas de inspeção deverão ser construídas e dispostas de forma tal que permita a perfeita
visualização do conjunto rotativo, sem a necessidade de abertura da carcaça.

Os drenos de óleo deverão possuir tubos de extensão e válvula, para facilitar a troca de
óleo.

Visores de nível de lubrificante deverão ser instalados externamente, em local de fácil


visibilidade.

Todos os contornos internos de mancais deverão dispor de calhas que garantam a imersão
de 70% do diâmetro dos rolos ou esferas dos rolamentos com o redutor fora de
funcionamento.

O redutor deverá possuir olhais, para permitir o içamento com segurança.

12.1.1.4 Tratamento

Após fundição e/ou soldagem, a estrutura deverá ser submetida a alivio de tensões. Gráficos
de curva de ascensão, patamar e tempo deverão constar em Data Book.

12.1.1.5 Testes

Deverá ser realizado teste de estanqueidade, considerando o nível máximo admissível na


parte inferior do sistema de lubrificação. Em caso de construções soldadas, deverá ser
realizado ensaio com líquido penetrante em todos os cordões de solda.

12.1.1.6 Jateamento e Pintura

O fornecedor deverá atender ao sistema de proteção anticorrosiva e de acabamento descrito


na EG-M-402.

12.1.1.7 Usinagem

Faces de união deverão ser usinadas, e fixadas à base de apoio já acabada, respeitando o
desvio máximo de paralelismo. As classes de tolerância de ajuste dos mancais deverão
estar vinculadas aos rolamentos e/ou engrenagens aplicados. Os desvios máximos
admissíveis entre os mancais, tanto no plano angular quanto no paralelismo, deverão
atender aos valores máximos que os rolamentos aplicados determinarem. A rugosidade
máxima permitida será de 1,6 Ra, considerando colos de mancais e faces de união.
Preferencialmente, todos os mancais deverão ser usinados em uma só fixação na mesa da
mandrilhadora.

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No mínimo 02 pinos de guia cônicos deverão ser aplicados em posições estratégicas para
garantir a repetição das condições geométricas após desmontagem e remontagem da
carcaça.

12.1.2 Conjunto Rotativo

12.1.2.1 Materiais

A determinação da especificação de materiais aplicáveis ficará a cargo do Fornecedor e/ou


projetista, em função do dimensionamento do equipamento, sendo no mínimo aceitos:

• Engrenamentos Cementados: Deverá ser usado aço liga 18CrNiMo7-6 ou


similar. As etapas de tratamento térmico deverão seguir a seguinte
sequência:
- Normalização;
- Cementação;
- Têmpera em óleo e revenimento para dureza de 58 a 62 HRC.

A camada efetiva de cementação deverá estar conforme norma DIN3962 ou


superior. No Data Book deverão constar, no mínimo, os seguintes
certificados:

- Certificado de análise química;


- Certificado de curva de recozimento;
- Certificado de dureza;
- Certificado de profundidade de camada (Eht);
- Certificação de ensaio com partículas magnéticas, após acabamento
da peça.

• Engrenamentos Beneficiados: Deverá ser usado aço liga conforme norma


SAE-4340 ou SAE-4140. A dureza aplicável será de 340 a 380 HB. O
procedimento de tratamento térmico deverá obedecer as seguintes etapas:

Alivio de tensões;
- Normalização;
- Têmpera em óleo e revenimento.

No Data Book deverão constar, no mínimo, os seguintes certificados:

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- Certificado de análise química;
- Certificado de curva de normalização;
- Certificado de dureza;
- Certificação de ensaio com partículas magnéticas, após acabamento
da peça.

Não serão aceitos tratamentos, como têmpera a chama ou por indução, sem um prévio
acordo e apresentação das justificativas técnicas e econômicas.

Os eixos deverão ter furo de centragem, conforme norma DIN 332, folha 02, forma D.

Caso aplicável, poderá ser previsto contrarecuo no prolongamento do eixo de alta rotação.

12.1.2.2 Qualidade do Engrenamento

Para o plano rotativo, que envolve os parâmetros pertinentes a passo, serão aceitos, no
mínimo, os seguintes níveis, de acordo com a norma DIN 3962, considerando as
velocidades tangenciais:

• Até 5 m/s: nível 8;


• De 6 m/s a 15 m/s: nível 7;
• De 16 m/s a 30 m/s: nível 6;
• Acima de 31m/s: nível 5.

A qualidade no plano geométrico ficará a critério do fornecedor, considerando-se o


atendimento aos requesitos finais de aceitação de distribuição de carga.

Todas as engrenagens deverão ser projetadas e fabricadas para operar com rotação horária
e anti-horária.

Deverão ser mantidas pelo fornecedor as evidências de todos os ensaios e corpos de prova
para os testes realizados. Junto com a proposta, deverá ser apresentado o PIT – Plano de
Inspeção e Teste, a ser considerado no fornecimento.

12.1.3 Rolamentos e Vedações

Para rolamentos e vedações, deverão ser usadas somente marcas homologadas pela Vale,
devendo ser observado o Vendor List vigente.

Preferencialmente deverão ser aplicados rolamentos e retentores de uma mesma marca em


cada equipamento, novos ou após reparos. Não serão admitidas aplicações de marcas
diferentes de peças de mesmo código em um mesmo eixo.

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A vedação dos eixos nos rolamentos das caixas deverá ser de taconite, constituída por
dupla vedação e labirinto.

12.1.4 Considerações Gerais

O uso de redutores de eixos ortogonais deverá ser o mínimo possível. Deverá usar
redutores de eixos ortogonais onde não houver espaço físico para se colocar redutor de eixo
paralelo.

Quando redutores ortogonais forem usados, as engrenagens deverão ter acabamento


retificado. O fornecedor deverá registrar os ajustes finais de montagem do par cônico e
backlash no próprio corpo dos componentes, em região que não comprometa sua utilização.

As engrenagens deverão ter os mesmos níveis de qualidade adotados para os conjuntos


cilíndricos, considerando-se a norma DIN 3962, ou similar. Ficará a critério do fornecedor o
método utilizado para obtenção dos níveis estabelecidos. O fornecedor deverá apresentar
certificação gráfica conforme níveis propostos na especificação.

Correções do conceito tip relief serão aceitas, desde que os comprimentos de curva normal
(ativa em vazio) garantam um grau de recobrimento transversal Єα ≥ 1,1.

Correções no conceito end relief serão aceitas, desde que a hélice normal (ativa em vazio)
garanta um grau de recobrimento longitudinal Єβ ≥ 1,2.

Para construções especiais, como redutor de eixo de saída vertical, no lado inferior da
carcaça, deverá ser aplicado o sistema de poço seco e lubrificação do mancal inferior por
graxa. Trata-se do isolamento do rolamento de saída inferior do meio lubrificante (tubo que
isola o eixo de saída com borda acima do nível de óleo do resto do conjunto). Nesses casos,
a carcaça não deve ser bipartida, devendo sua aplicação ser analisada e aprovada pela
Vale.

12.1.4.1 Fator de serviço

Os fatores de serviço deverão ser calculados com seus valores mínimos aplicados de:

• Resistência ao pitting: 1,0, sobre a capacidade nominal;


• Resistência à flexão: 1,3 sobre a capacidade nominal;

O fator de serviço mínimo a ser aplicado deverá ser conforme a norma AGMA. Esses
valores são apenas referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para cada
projeto.

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12.1.4.2 Capacidade Térmica

A capacidade térmica do redutor não deverá ser inferior à potência nominal do motor, sem a
utilização de trocadores de calor externos. Ventiladores acionados pelo próprio eixo do
redutor poderão ser utilizados, se definidos nas aplicações especificas. Todos os efeitos do
uso desse tipo de ventilador deverão ser considerados no dimensionamento das pontas de
eixo. O cálculo da capacidade térmica de todos os redutores deverá levar em consideração
o fator de rendimento recomendado para o serviço e as condições de instalação e operação.

A máxima temperatura de operação do óleo do redutor não deverá exceder 85°C, e a


temperatura ambiente a ser considerada deverá ser de 40°C, quando não especificado em
contrário.

12.1.5 Ajustes e Montagem

O redutor deverá ser montado dentro da configuração determinada, atendendo aos


seguintes requisitos:

• Distribuição de carga: A distribuição mínima aceitável será de 80%,


considerando os planos de perfil evolvente e hélice. A avaliação deverá ser
feita através de aplicação fina camada (condição de transparência) de pasta
de ajuste azul da Prússia. As impressões de contato deverão ser feitas em
fita vegetal e anexadas ao Data Book;
• Variação de carga: Em engrenagens ou pinhões montados sobre eixos,
deverão ser previstas batidas axiais que resultem em variação de contato
menor ou igual a 15% da distribuição efetiva;
• Backlash: Deverão ser atendidos valores pré-definidos, em conformidade
com as normas aplicáveis. Os valores deverão constar do Data Book.

Após a montagem e ajustes finais, deverá ser aplicada nas engrenagens, em 04 dentes
posicionados em 04 pontos equidistantes, tinta Dykem Red, ou equivalente nos aspectos
aderência e espessura de camada.

12.1.6 Teste de Funcionamento

O equipamento deverá ser submetido a teste de funcionamento na rotação e sentido de


operação (quando único), utilizando especificação de lubrificante e quantidade dentro das
condições operacionais previstas em projeto aplicadas pela Vale. O tempo mínimo de teste
será de 02 horas de funcionamento após a estabilização da temperatura de todos os
mancais e estrutura da carcaça. Durante o teste, deverá ser observada ocorrência de
vazamentos de óleo, ruídos e vibrações anormais.

Bancadas de testes deverão ser dotadas de transmissão/acionamento que não transmita


falsas vibrações ao redutor. Deverão ser providas de bases metálicas de apoio que venham

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a garantir as condições de nivelamento e estabilidade, considerando as condições
operacionais (como por exemplo: ajustes longitudinais e transversais, para perfeita
simulação).

Curva de ascensão de temperatura, patamar de estabilização, e índices de vibrações e


ruídos deverão ser protocolados e incluídos como anexos ao Data Book.

12.1.7 Instrumentação

12.1.7.1 Monitoramento Local

Quando aplicável, todos os instrumentos previstos deverão possuir fácil acesso e


visibilidade. Para os casos de lubrificação forçada, o sistema deverá proporcionar fácil
visibilidade de seus instrumentos (manômetros, termômetros, termostatos, pressostatos e
controladores de fluxo).

12.1.7.2 Monitoramento Online

Quando aplicável, em função da natureza da operação, os pressostatos e os termostatos


deverão ser instalados na mesma linha. Deverão ser previstas roscas para a instalação de
sensores de vibração e temperatura, localizadas em posições estratégicas. Nesses casos, a
Vale deverá ser consultada a fim de definir os padrões de instrumentos por ela
homologados.

Para os casos de lubrificação forçada, o sistema deverá prever instrumentos de monitoração


para sinalizar: Funcionando/Defeito, Nível de graxa, Funcionamento de cada distribuidor,
etc.

12.1.8 Plaqueta de Identificação

Todos os equipamentos deverão obrigatoriamente ser providos de placa de identificação,


com, no mínimo, as informações abaixo, utilizando o sistema métrico:

• Fabricante;
• Tipo:
• Rotação de entrada;
• Rotação de saída;
• Redução exata;
• Potência do Redutor;
• Rendimento;
• Fator de serviço;
• Forma construtiva;
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• Número de série;
• Ano de fabricação;
• Óleo especificado;
• Quantidade de óleo;
• Peso;
• Características Técnicas - Ver Doc. Data Book N° XXXX

NOTA: Os dados relativos à especificação e quantidade de lubrificante, deverão estar


claramente especificados na plaqueta de identificação.

12.1.9 Data Book

Além dos documentos já relacionados nos itens específicos, deverão, no mínimo, constar
em Data Book os registros, os gráficos e os demais ensaios e medições encontrados em
cada fase acima, que acompanharão as respectivas Ordens de compras.

Deverá ser incluído o fornecimento do Data Book em meio eletrônico, extensão: pdf, doc,
xls, ou dwg.

As seguintes documentações deverão estar incluídas no Data Book:

• Desenhos com vistas explodidas de montagem;


• Desenhos contendo as frequências naturais dos equipamentos e os
respectivos momentos de inércia dos componentes girantes.
• Conjunto rotativo:
- Certificado de análise química;
- Certificado de ultrassonografia;
- Gráfico de curva de normalização;
- Certificado de dureza;
- Certificado de profundidade de camada cementada (Eht);
- Certificado de controle geométrico com emissão de gráfico de hélice,
evolvente e passo;
- Certificado dimensional;
- Certificado de isenção de trincas, obtido por meio de ensaio com
partículas magnéticas;
- Torque máximo de frenagem no eixo de entrada;
- Informações sobre código dos rolamentos, rotações e números de
dentes dos pares de engrenagens para permitir que a manutenção
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preditiva efetue o cadastramento e consequente monitoramento/análise
de vibração.

• Carcaça:
- Gráfico de curva de alívio de tensões;
- Certificado dimensional;
- Certificado geométrico.

• Teste do conjunto:
- Registro de distribuição de carga por meio de decalque com fita
adesiva vegetal sobre a impressão final nos flancos, com azul da
Prússia;
- Registros de backlash;
- Teste de funcionamento previsto de 02 horas após estabilização de
temperatura, com monitoramento de vibração e temperatura em
intervalos de 30 minutos a partir do inicio do teste.

13.0 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS

Todos os componentes hidráulicos deverão ser apropriados para o uso dos fluidos indicados
pelo fornecedor do equipamento, ou indicado na RT do equipamento, ou FD.

O circuito hidráulico deverá ser projetado, e os componentes, selecionados, com finalidade


de minimizar o excesso de pressão e a geração de calor. As pressões máximas de operação
e de projeto deverão ser, respectivamente, 14 e 35 MPa, exceto no caso de aplicações
especiais devidamente justificadas.

Todas as válvulas de controle serão montadas sobre painéis ou bases. Os tubos não
deverão ser usados para apoio dos componentes hidráulicos.

O reservatório de fluidos deverá ser projetado para evitar a entrada de impurezas e de água.
A capacidade do reservatório deverá ser pelo menos duas vezes o volume total do sistema.
O reservatório deverá ser dotado de indicador de nível, alarme de nível baixo, termostato,
separador de partícula magnética, filtro no bocal de abastecimento, dreno e aquecedor, se
necessário.

Os acumuladores hidráulicos deverão ser instalados próximos aos atuadores.

O sistema hidráulico deverá ser projetado de forma a assegurar o perfeito funcionamento


sob todas as condições ambientais especificadas na RT e na FD.

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Caso seja necessária a instalação de um sistema de refrigeração forçada, este deverá ser
instalado externamente e equipado com válvula de fluxo, controlador térmico e medidor de
temperatura.

Os filtros de sucção e recalque da bomba deverão ser do tipo duplex, com cartucho
removível de 40 e 10 mícrons respectivamente, com núcleo magnético, bypass interno, e
chave de pressão diferencial.

As bombas terão acoplamento direto e sucção submersa. Os motores das bombas serão
dimensionados para operar em forma contínua, a 120 % da pressão de operação do
sistema. Esses valores são referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para
cada projeto.

Os motores hidráulicos deverão ser de baixa velocidade, ter eixo oco, e ser equipados com
válvula de alívio de pressão.

Todos os componentes do sistema hidráulico terão um fator de serviço de 1,5, baseado no


torque nominal do motor. Todos os componentes do sistema serão projetados para suportar
250% da pressão máxima de serviço. Estes valores são referenciais e deverão ser
confirmados, na etapa correta, para cada projeto.

As válvulas hidráulicas deverão ter suportação própria e ser interligadas a um tubo de


distribuição. As válvulas direcionais serão operadas por piloto. As válvulas ajustáveis
deverão ter sistema de trava para o ajuste selecionado.

Deverão ser previstos elementos de controle de fluxo com válvula de retenção, para o
acionamento dos cilindros.

Todos os componentes pneumáticos serão projetados para 150% da pressão máxima de


serviço. Estes valores são referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para
cada projeto.

Todos os cilindros hidráulicos e pneumáticos terão amortecedores e anel de retenção contra


poeira. As hastes deverão ter proteções sanfonadas.

Deverão ser previstos acessórios, tais como secadores, filtros, reguladores e lubrificadores,
para assegurar a máxima vida útil dos componentes.

Para especificações/critérios complementares, o CP-M-501 deverá ser consultado.

13.1 CONEXÕES PARA SISTEMAS HIDRÁULICOS

Todas as tubulações, flanges e acessórios deverão ser conforme as normas ANSI, ASME e
ASTM.

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As conexões deverão obedecer aos diâmetros padronizados, e qualquer peça de adaptação
eventualmente necessária será fornecida juntamente com o equipamento.

Conexões com diâmetro menor ou igual a 2” serão roscadas, ou com encaixe para solda.
Para esses casos, a tubulação deverá ser de schedule 80.

Conexões com diâmetro maior do que 2” serão flangeadas. Não deverá ser utilizado
diâmetro de 3 1/2”.

As furações dos flanges deverão ser simétricas e fora das linhas de centro ortogonais do
equipamento, além de serem compatíveis com a classe de pressão do sistema.

Tubos, mangueiras e conexões deverão ser apropriados para a classe de pressão do


sistema hidráulico.

As interligações com motores hidráulicos, bombas e cilindros deverão ser feitas por meio de
mangueiras com engate rápido, para facilitar a montagem e a manutenção.

14.0 MANCAIS

Os mancais deverão ser adequados à condição de serviço prevista, e deverão atender aos
requisitos da ABNT.

Os mancais deverão ser dimensionados de modo a evitar que o motor ou as transmissões


sofram esforços mecânicos radiais e axiais, de modo a prolongar sua vida útil e proporcionar
maior rigidez ao conjunto, tornando-o mais robusto e durável.

Os mancais deverão ser vedados com tampas laterais à prova de contaminantes.

Os mancais deverão ser selados com labirintos tipo taconite.

O sistema de lubrificação dos rolamentos que suportam o eixo deverá ser à graxa ou óleo
lubrificante, os pontos de lubrificação estarão situados em locais acessíveis, facilitando a
operação durante a manutenção.

Todas as caixas de mancais deverão ser projetadas de forma a impedir a penetração de


qualquer impureza, água e produto manuseado, ou a perda de lubrificante.

Todas as caixas deverão ser bipartidas e montadas de modo que os parafusos de fixação
das partes não sofram esforços. Os furos de fixação das caixas deverão ser oblongos, de
modo a permitirem ajustes.

Para o apoio do mancal na estrutura deverá ser prevista uma chapa de base usinada e um
dispositivo tipo parafuso ou cunha devidamente fixado à estrutura suporte, para facilitar a
operação de alinhamento após a montagem.

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Em cada par de mancais que suportam um eixo, deverá ser fornecido um mancal bloqueado
e outro livre, para permitir deslocamento axial do eixo dentro da caixa. O lado bloqueado
deverá ser o lado do acionamento.

Os mancais e seu sistema de lubrificação deverão ser selecionados para serviço severo e
agressivo. Deverão ser capazes de operar continuamente com uma temperatura máxima de
77ºC.

Cada caixa de mancais deverá ser provida de bujão para drenagem.

Mancais maiores deverão ter olhal de içamento na parte superior.

15.0 ROLAMENTOS

Todos os rolamentos serão para trabalho pesado, do tipo esfera ou rolo, e de fabricação
normalizada, de acordo com AFBMA.

A seleção será baseada na vida útil L 10 , conforme indicado na tabela abaixo, para a máxima
velocidade e as cargas resultantes da condição de trabalho:

Tabela 15.1 – Vida útil de Equipamentos Mecânicos


Equipamento Mecânico Vida Útil L 10 (horas)
Talhas e carrinhos de manutenção ≥ 30.000
Acionamento de engrenagem ≥ 60.000
Sopradores ≥ 60.000
Bombas em geral ≥ 60.000
Mancais de tambores para transportador de correia ≥ 80.000
Roletes de transportador de correia ≥ 60.000
Peneiras e demais equipamentos vibratórios ≥ 40.000
Compressores e ventiladores ≥ 100.000
Outros equipamentos ≥ 60.000

Onde possível, deverão ser utilizados rolamentos autocompensadores de rolos.

Os rolamentos terão vedação tipo taconite em todas as aplicações. Deverão ser previstos
pontos de lubrificação para todos os rolamentos.

Para a seleção dos rolamentos, deverá ser usado o Vendor List aprovado pela Vale.

Esses valores são apenas referenciais e deverão ser confirmados, na etapa correta, para
cada projeto.

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16.0 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Todo equipamento deverá atender às Normas Regulamentadoras emitidas pelo Ministério do


Trabalho e Emprego. Os dispositivos de segurança deverão ser projetos conforme última
publicação das normas de segurança ANSI, MSHA e OSHA, e solicitações da Especificação
Técnica do equipamento. No caso de conflito entre essas normas e códigos, a mais exigente
prevalecerá.

Partes girantes, tais como tambores, acoplamentos, eixos e polias deverão ser providos de
proteção, independentemente de solicitação na documentação do projeto. Essas proteções
de segurança serão em chapa expandida ou tela de construção rígida, facilmente removível
para manutenção, com perfuração de acesso para tacômetro, e porta articulada para
manutenção das correias em “V”.

Todas as proteções para componentes giratórios/móveis de equipamentos deverão ser


pintadas conforme EG-M-402.

17.0 PINTURA

O fornecedor deverá atender ao sistema de proteção anticorrosiva e de acabamento,


descrito na EG-M-402.

Opcionalmente, o fornecedor do equipamento poderá apresentar sua própria especificação


de pintura, que somente poderá ser utilizada com a aprovação da Vale. Os componentes de
subfornecedores poderão ter o sistema de pintura padrão do fornecedor.

18.0 INSPEÇÃO E TESTES

Deverá ser apresentado pelo fornecedor um roteiro de inspeção de fabricação e para as


etapas de testes no campo do processo de comissionamento (completação mecânica, pré-
comissionamento e comissionamento), para avaliação do desempenho e da compatibilidade
do equipamento às características e condições especificadas. A avaliação do desempenho e
da compatibilidade do equipamento não estará, entretanto, limitada à aprovação dos testes
descritos no roteiro fornecido.

A empresa fornecedora do equipamento deverá elaborar todos os planos de manutenção


(eletromecânico, de lubrificação, inspeção preditiva), com os respectivos procedimentos de
execução, conforme padrão Vale.

O fornecedor deverá elaborar o PIT – Plano de Inspeção e Testes conforme PE-Q-600.

Para requisitos de serviços de Diligenciamento e Inspeção, deverão ser consultados,


respectivamente, os documentos ES-G-401 e ES-G-402.

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18.1 INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO

Após a emissão da ordem de compra ou a assinatura do contrato, o fornecedor deverá


reapresentar o roteiro de inspeção e testes do equipamento requisitado e de seus
componentes, para a aprovação da Vale, indicando os locais de sua realização. Esse roteiro
deverá contemplar, no mínimo, as exigências apresentadas na RT do equipamento e/ou na
FD, e deverá ser seguido pelo inspetor por ocasião da realização dos ensaios.

A Vale poderá exigir que sejam realizados, às suas custas, quaisquer ensaios, testes e/ou
provas adicionais, desde que permitidos pelas normas técnicas, e desde que o Fornecedor
tenha condições técnicas para realizá-los.

A Vale, quando julgar necessário, poderá fazer inspeção de rotina no fornecedor, bem como
acompanhar testes e ensaios devidamente programados.

Além dos testes exigidos nas normas, na especificação técnica do equipamento e na FD, o
inspetor poderá solicitar a execução de testes radiográficos e/ou outros testes para controle
de solda e materiais. Os custos desses testes correrão por conta da Vale, exceto se forem
constatados defeitos, ou quando os testes forem previstos na documentação de compra,
quando correrão por conta do fornecedor.

Estarão sujeitos à rejeição, o equipamento, os componentes ou os materiais a ele


pertencentes que apresentem defeitos irremediáveis ou fabricação inadequada, exijam
reparos excessivos, ou não estejam de acordo com o estabelecido nas especificações do
equipamento e/ou na folha de dados.

18.2 COMPLETAÇÃO MECÂNICA

A etapa de completação mecânica ocorre no final da construção e montagem, sob custódia


da empresa montadora. Tem por definição a confirmação da correta montagem das
instalações conforme especificações, normas, documentos e desenhos pertinentes. Isso
deve ocorrer por meio de testes e verificações estáticas em 100% dos itens comissionáveis
(tagueados e não tagueados).

Entre as atividades executadas nessa etapa tem-se: inspeções visuais, alinhamento,


limpeza de linhas, lubrificação, testes de isolamento e continuidade.

As definições dos testes, inspeções, documentações e requisitos da etapa de completação


mecânica deverão ser consultados no documento PR-C-003.

18.3 PRÉ-COMISSIONAMENTO

A etapa de pré-comissionamento abrange um conjunto de atividades de campo executadas


em subsistemas, itens e malhas, energizando os equipamentos, executando testes de
comunicações e configurações do sistema de controle, testes em malhas de controle,

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intertravamentos, alarmes, movimentação de válvulas, testes de motores elétricos
desacoplados, unidades hidráulicas ou lubrificação etc.

Detalhes e requisitos sobre as atividades de pré-comissionamento deverão ser consultados


no documento PR-C-004 – Pré-Comissionamento.

18.4 COMISSIONAMENTO

Durante o comissionamento serão executados os testes sem e com carga para a verificação
e comprovação da compatibilidade do equipamento às características de desempenho
especificadas. Os testes deverão ser acompanhados pelo representante credenciado do
fornecedor.

Detalhes, requisitos sobre as atividades e documentação da etapa de comissionamento


deverão ser consultados no documento GU-C-006.

18.4.1 Testes sem carga

As cargas e os esforços solicitantes nas partes principais dos equipamentos serão avaliados
com o equipamento nas seguintes condições:

• Operando em sem carga;


• Partida e parada sem carga.

18.4.2 Testes com carga

As cargas e os esforços solicitantes nas partes principais dos equipamentos serão avaliados
com o equipamento nas seguintes condições:

• Parado em plena carga;


• Partida e parada com carga;
• Alimentado na capacidade de projeto.

18.5 TESTES DE PERFORMANCE

Após os testes preliminares, a capacidade nominal do equipamento deverá ser comprovada


por um teste de operação contínua, realizado num período mínimo de 8 (oito) horas, durante
o qual o equipamento deverá operar nas condições normais de serviço, sem interrupções de
qualquer natureza, sem avarias, sobreaquecimento, sobrecargas ou desgastes excessivos
em nenhum de seus componentes.

Qualquer interrupção ocorrida durante o período dos testes poderá ser considerada
suficiente para a reprovação do desempenho da máquina.
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Detalhes, requisitos sobre as atividades e documentação para os testes de performance


deverão ser consultados no documento GU-G-622.

Além dos testes especificados anteriormente, o fornecedor deverá ainda descrever e propor
o seguinte:

• Precauções na primeira fase de operação;


• Precauções antes das operações;
• Notas a respeito da operação;
• Instruções para a correção de falhas mais comuns;
• Critérios para aceitação técnica.

19.0 GARANTIA DA QUALIDADE E ACEITAÇÃO

Será de inteira responsabilidade do Fornecedor o desempenho operacional dos


equipamentos quanto aos aspectos de adequação ao processo, concepção do projeto,
qualidade dos materiais empregados, e serviços executados, por um período de 12 (doze)
meses após a emissão do termo de recebimento definitivo, para todos os componentes,
subconjuntos e acessórios eletromecânicos de fabricação seriada. A estrutura metálica, os
subconjuntos, os componentes e os acessórios projetados e fabricados especificamente
para a instalação deverão ser garantidos por um período de 36 (trinta e seis) meses após a
emissão do termo de recebimento definitivo.

A garantia formal do fornecedor deverá se estender aos materiais, equipamentos e serviços


fornecidos, inclusive àqueles subcontratados de terceiros, e deverá também incluir a mão de
obra e os materiais necessários para a substituição ou o reparo dos componentes objetos da
garantia.

O fornecedor deverá informar a vida útil mínima prevista para os componentes e peças mais
importantes do equipamento.

Em caso de avarias ocorridas, em componentes existentes, durante a montagem sob a


responsabilidade do fornecedor, este ficará obrigado a repor igual quantidade de
componentes similares aos atingidos, sem ônus para a Vale e sem comprometer o prazo
final de montagem da instalação.

Deverá ser informada a renovação de garantia dos componentes substituídos após


apresentação de defeito.

As exigências contidas nesta especificação são os requisitos mínimos que o fornecedor


deverá atender na execução do contrato, e não o eximem da sua total responsabilidade.

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Para os demais requisitos necessários para qualidade no fornecimento, o documento PR-E-
271 deve ser consultado.

19.1 TERMO DE RECEBIMENTO PROVISÓRIO

O termo de recebimento provisório dos equipamentos deverá ser emitido conforme contrato
de fornecimento, e após a conclusão do comissionamento (testes sem carga e com carga) e
da solução de pendências detectadas pela fiscalização da Vale.

19.2 TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO

O fornecedor deverá informar o tempo previsto para amaciamento dos motores, redutores e
mancais. Após esse tempo de funcionamento, a Vale efetuará as medições para a obtenção
do espectro de frequência dos componentes. O aceite definitivo dos equipamentos e das
instalações ficará condicionado à obtenção de valores de amplitude de vibração dentro dos
limites admissíveis pelas normas ISO 10816 ou VDI 2056/BS 4675.

O termo de recebimento definitivo dos equipamentos deverá ser emitido conforme contrato
de fornecimento, após o término do teste de performance, e com a comprovação que os
requisitos técnicos exigidos pela Vale durante esse período foram atendidos, e as
pendências detectadas pela fiscalização da Vale foram solucionadas. O termo de
recebimento definitivo estará vinculado ao cumprimento, por parte do fornecedor, do
fornecimento completo da documentação técnica requerida, conforme a tabela de desenhos
e documentos incluída na RT.

20.0 ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O fornecedor deverá prestar assistência técnica à Vale, quando solicitado. Para tal fim, o
fornecedor deverá incluir em sua proposta um contrato de assistência técnica com a Vale, ou
indicar empresa técnica e comercialmente habilitada para a prestação de tais serviços.

21.0 SUPERVISÃO DE MONTAGEM E PARTIDA

Caso sejam requeridos, os serviços de supervisão deverão incluir toda e qualquer orientação
e assistência técnica necessária para assegurar a correta instalação, montagem e execução
dos testes operacionais dos equipamentos adquiridos.

A Vale informará ao fornecedor, com suficiente antecedência, a data prevista para o envio
do pessoal para os serviços de supervisão de montagem e execução dos testes de início de
operação de cada equipamento adquirido.

Caso o fornecedor não se faça presente na data estipulada para supervisionar o início da
operação, a Vale se reserva no direito de penalizar o fornecedor, conforme cláusula
específica do contrato de compras.

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O idioma a ser utilizado nos serviços de supervisão de montagem e execução dos testes
operacionais deverá ser o português, a menos que especificado em contrário.

A Vale se reserva no direito de, a seu exclusivo critério, solicitar a substituição de qualquer
profissional do fornecedor que esteja a serviço em campo. Os custos referentes ao retorno
do profissional substituído e ao envio de novo profissional correrão por conta do fornecedor.

22.0 TREINAMENTO

O fornecedor deverá ministrar treinamentos ao pessoal que a Vale indicar, com o objetivo de
habilitá-los a executar eficazmente a operação e a manutenção dos equipamentos
integrantes da planta. O treinamento deverá abranger todos os sistemas dos equipamentos
(sistemas elétricos, hidráulicos, pneumático e mecânico) independentemente de serem de
fabricação própria do fornecedor ou de terceiros. Os componentes críticos da planta deverão
ser objeto de treinamentos específicos, os quais deverão ser ministrados separadamente
dos treinamentos dos demais sistemas.

O treinamento deverá ser ministrado seguindo o desenvolvimento do projeto, obedecendo a


um cronograma estipulado em comum acordo com a Vale. Os locais serão previamente
acordados entre a Vale e o fornecedor.

O conteúdo do treinamento e a data para início serão acordados entre as partes. Cabendo
ao fornecedor informar à Vale, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, os
seguintes dados:

• Horário de início e término das aulas;


• Plano de aulas;
• Número de participantes sugerido;

O programa de treinamento deverá incluir os materiais ou componentes fornecidos por


terceiros. As técnicas de treinamento deverão incluir, preferencialmente, o sistema
audiovisual de proj0eções. O treinamento será sempre ministrado na língua local do
empreendimento, a menos que especificado em contrário.

23.0 EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO, EMBARQUE E ARMAZENAMENTO

Todos os materiais e equipamentos deverão ser embalados para transporte. Os volumes ou


engradados deverão ser marcados em locais visíveis de acordo com esta especificação
geral. As etiquetas de identificação deverão ser em aço inoxidável. A embalagem deverá
proteger o equipamento em todo o trajeto até a sua instalação no local da obra.

PE-G-608_Rev_14
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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ESPECIFICAÇÃO GERAL DE MECÂNICA PARA EG - M - 401
REV.
FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS
12
O fornecedor deverá providenciar proteção especial para equipamentos e/ou materiais
contra estragos produzidos pelo tempo, quando em trânsito ou em armazenamento, bem
como protegê-lo contra corrosão em suas partes usinadas, partes rotativas e superfícies não
pintadas. A proteção deverá atender a um período de armazenagem de no mínimo 12
meses.

As superfícies não pintadas, sujeitas à corrosão, deverão ser recobertas com substâncias
inibidoras de corrosão que sejam de fácil remoção. Superfícies usinadas ou bocais abertos
serão completamente protegidos por tampões de madeira ou plásticos firmemente fixados.

Todas as peças deverão ser marcadas. As marcações em peças de estruturas e


complementos de estruturas e em complementos metálicos deverão ser tipadas, para que
não sejam apagadas durante o transporte ou manuseio.

A natureza da operação de embalagem ficará a critério do Fornecedor, que será


responsabilizado financeiramente, na totalidade do prejuízo ocorrido, por quaisquer estragos
causados ao equipamento e/ou material, se for comprovada sua negligência.

Todos os volumes que façam parte dos componentes de um equipamento deverão ser
acompanhados obrigatoriamente de uma lista detalhada de seu conteúdo, e ter indicados os
pontos de içamento e o peso.

Todas as peças soltas deverão ser acondicionadas e encaixotadas adequadamente, e os


volumes, identificados como anteriormente descrito.

O equipamento e/ou materiais deverão ser embalados de forma adequada para o transporte
por vias não pavimentadas e sujeitas a fortes pancadas de chuva.

Para requisitos adicionais, deverá ser consultado o documento EG-G-401.

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

PE-G-608_Rev_14

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