Você está na página 1de 32

CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

1/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL DPS GSS EMV MP 28/12/07


ADEQUAÇÃO COMO DOCUMENTO
1 C MAT MO EMV MP 29/02/08
PADRÃO PARA PROJETOS
JFK/
2 C REVISÃO GERAL DIAP EMC DFS MP 19/12/08
RGM
3 C REVISÃO GERAL ECF PGC CFD MB 23/11/10
REV. GERAL PARA INCLUSÃO DE REQ.
4 C NOS PROJ. DE FERROSOS, ECF PRC MB PP 20/08/12
FERTILIZANTES, COBRE E ENERGIA
5 C REVISÃO GERAL ECF PRC MB GJ 01/04/14

6 C REVISADOS ITENS 8.5, 9.4.1 E 9.6.2 ECF ACD MB WQ 17/12/14

7 C CANCELA E SUBSTITUI ET-J-402 GGG ECF MB AC 08/03/16


REVISÃO ITENS 3.0, 4.0, 9.1, 9.2, 9.3,
8 C GS EMG MB GCC 24/06/19
9.4.2, 9.4.3, 9.7.4, 12.2.7, 13.2
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.1, 12.2.6
9 C HRS MB MB CIU 29/01/21
E INCLUSÃO ITENS 8.6, 14.0 (PNR), 15.0
REVISÃO ITENS 3.0, 4.0, 8.3, 9.1, 9.3,
10 C 9.4.1, 9.5, 9.6.2, 11.1, 15.0, INCLUSÃO HRS MB MB CIU 13/05/21
ITENS 8.7 E 14.0
REVISÃO DOS ITENS 3.0, 4.0, 7.1, 8.4,
11 C 8.5, 8.6.1, 8.7, 9.1, 9.4.2, 9.6.2, 9.7.1, HRS WJC WJC KLM 21/02/22
10.0, 11.0, 11.2, 15.0

12 C REVISÃO GERAL HRS WJC WJC KLM 27/05/22

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

2/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 6
5.0 DEFINIÇÕES 8
6.0 CÓDIGOS DA FONTE 8

7.0 CRITÉRIOS GERAIS 8


7.1 IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS 8
7.2 UNIDADES DE ENGENHARIA 9
7.3 DOCUMENTAÇÃO 9
7.4 ÁREAS CLASSIFICADAS 9
7.5 ANÁLISE DE RISCO 10
8.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 11
8.1 EQUIPAMENTOS 11
8.2 MODELO DE ARQUITETURA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 12
8.3 REDES DE COMUNICAÇÃO 18
9.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÕES EM MINA 23
10.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL 23

10.1 ARQUITETURA 24
10.2 SISTEMA DE RECEBIMENTO DE COMBUSTÍVEL 25
10.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL 25
10.4 APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL 25
11.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA 26
12.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS PIMS 26

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

3/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
12.1 GERAL 26
12.2 INTERFACES DE COMUNICAÇÃO 28
13.0 SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO 28
14.0 ENGENHARIA DIGITAL 29

15.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 29


15.1 SISTEMAS DE TRANSPORTE DE POLPA E ÁGUA 29
15.2 SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTO (LDS) 29
15.3 TRANSPORTADORES DE CORREIA 29
15.4 CARREGADORES DE VAGÕES 30
15.5 VIRADORES DE VAGÕES 30

15.6 SISTEMAS DE CONTROLE DE POEIRAS 30


15.7 FORNOS DE PELOTIZAÇÃO E METALÚRGICOS 30
15.8 CONVERTEDORES 30
15.9 TRANSFORMADORES 31
15.10 SISTEMAS DE CARBONILAÇÃO 31
15.11 MÁQUINAS DE PÁTIO, CARREGADORES E DESCARREGADORES DE NAVIO 31

16.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 31

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

4/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios mínimos para o desenvolvimento de projetos de engenharia da


disciplina de Automação Industrial para empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

O presente documento aplica-se as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da


Vale no Brasil, greenfields e brownfields. Isso não elimina a necessidade de adaptações
quando for necessário, de acordo com a realidade e localidade de cada projeto, visando
aprimorar o atendimento aos mesmos.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

Layout de Instalações – Classificação de áreas – Atmosferas


PNR-000027
Explosivas
PNR-000038 Sistemas de Manuseio – Carregadores de Vagões
PNR-000055 Sistemas de Manuseio – Máquinas de Pátio
PNR-000057 Sistemas de Manuseio – Carregadores de Navios
PNR-000058 Sistemas de Manuseio – Descarregadores de Navios
Manuseio de Produtos Perigosos - Combustíveis Líquidos -
PNR-000061
Tancagem
Instrumentação e Controle - Supervisão e Controle – Sistema
PNR-000081
Instrumentado de Segurança (SIS)
PNR-000086 Instrumentação e Controle – Geral
Instrumentação e Controle - Supervisão e Controle - Sistema de
PNR-000087
Controle Básico de Processo (BPCS)
PNR-000093 Sistemas Pirometalúrgicos – Fornos de Pelotização
PNR-000094 Sistemas Pirometalúrgicos – Fornos Metalúrgicos
PNR-000129 Sistemas de Bombeamento – Sistema de Detecção de Vazamento
PNR-000130 Instrumentação e Controle – Geral – Gerenciamento de bypass
PNR-000133 Sólidos e Poeiras Combustíveis – Geral
PNR-000134 Sistemas de Manuseio – Viradores de Vagões

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

5/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
PNR-000137 Sistemas Pirometalúrgicos – Convertedores
PNR-000138 Sistemas Elétricos – Potência – Transformadores
PNR-000139 Sistemas de Carbonilação – Circuito de Reatores Químicos
PNR-000143 Sistemas Pirometalúrgicos – Sistemas de Gases de Exaustão
Instrumentação e Controle – Geral – Gerenciamento da
PNR-000152
Integridade de Barreiras I&C
Instrumentação e Controle – Supervisão e Controle – Sistemas
PNR-000153
Anticolisão – Máquinas Industriais
CP-J-506 Critérios de Projeto para Instrumentação
CP-J-507 Critérios de Projetos para Sistemas de Automação de Mina
CP-J-508 Critérios de Projetos para Sistemas de Automação Ferroviária
Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
CP-R-501
Engenharia
Critério de Projeto para Sistema de Detecção, Alarme e Combate
CP-R-535
a Incêndio
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
EG-J-406 Especificação Geral para Sistema de Supervisão e Controle
Especificação Geral para Sistema de Gestão de Ativos em Redes
EG-J-408
de Automação
Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
EG-M-402
Proteção e Acabamento
Especificação Técnica para Sistema de Gerenciamento de
ET-J-401
Operações de Mina
Especificação Técnica para Sistema de Detecção de Vazamento
ET-J-486
de Combustível
Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso das
GU-C-611
Metodologias BIM e AWP
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico (FEL
GU-E-351
3) Automação Industrial
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
GU-E-367
(Execução) Automação Industrial
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
GU-E-418
(FEL 2) Automação Industrial
Guia para Elaboração de Arranjo da Sala de Controle, Engenharia,
GU-E-523
Painéis e Servidores

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

6/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
MA-G-644 Manual de Tecnologia para Projetos
PR-E-028 Identificação de Ativos Equipamentos e Instrumentos

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão


NBR IEC 60529 Graus de Proteção Providos por Invólucros (Código IP)
NBR IEC 60079 Atmosferas explosivas
NBR IEC 61000 Compatibilidade Eletromagnética (EMC)
NBR ISO 12100 Segurança de máquinas — Princípios gerais de projeto —
Apreciação e redução de riscos
NBR ISO 14153 Segurança de máquinas — Partes de sistemas de comando
relacionados à segurança — Princípios gerais para projeto
NBR ISO 80000 Grandezas e Unidades

• IEC - International Electrotechnical Commission

IEC 60950 Information Technology Equipment – Safety


IEC 61131 Programmable Controllers
IEC 61158 Industrial Communication Networks - Fieldbus Specifications
Functional Safety of Electric/Electronic/Programmable Electronic
IEC 61508
Safety – Related Systems
Functional safety - Safety instrumented systems for the process
IEC 61511
industry sector
Communication Networks and Systems for Power Utility
IEC 61850
Automation

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

7/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• IEEE - Institute of Electrical and Electronic Engineers

Telecommunications and Information Exchange between Systems


- Local and Metropolitan Area Networks – Specific Requirements
IEEE 802.11
– Part 11: Wireless LAN Medium Access Control (MAC) and
Physical Layer (PHY) Specifications
Local and metropolitan area networks Part 16: Air Interface for
IEEE 802.16
Broadband Wireless Access Systems

• ISA – International Society of Automation

ANSI/ISA 5.1 Instrumentation Symbols and Identification


ISA 5.2 Binary Logic Diagrams for Process Operations
Graphic Symbols for Distributed Control/Shared Display
ISA 5.3
Instrumentation, Logic and Computer Systems
ISA 5.4 Instrument Loop Diagrams
Compatibility of Analog Signals for Electronic Industrial Process
ANSI/ISA 50
Instruments
ANSI/ISA 51 Process Instrumentation Terminology
ANSI/ISA 95 Enterprise-Control System Integration
ANSI/ISA 62443
Security for Industrial Automation and Control Systems
(ISA 99)
Wireless Systems for Industrial Automation: Process Control and
ANSI/ISA 100.11a
Related Applications

• ISO - International Organization for Standardization

Information technology - Security techniques - Information security


ISO/IEC 27001
management systems - Requirements
Information security, cybersecurity and privacy protection —
ISO/IEC 27002
Information security controls

A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras – NRs da Consolidação


das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme portaria
3214, de 08/06/1978 e sua atualizações, bem como o atendimento integral aos requisitos de
saúde e segurança da legislação local vigente.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

8/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste
documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGOS DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério se refere à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos, podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código.

Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes critérios de
projeto para a Vale:

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 CRITÉRIOS GERAIS

Código de Fonte
A, B, F

7.1 IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS

Para a terminologia de instrumentação de processo, deve ser aplicada a norma ANSI/ISA


51.

Todos os instrumentos devem ser identificados e representados no fluxograma de


engenharia (P&ID), utilizando a simbologia e a legenda de acordo com ANSI/ISA 5.1, ISA
5.2, ISA 5.3, ISA 5.4.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

9/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

Para a identificação dos equipamentos deve ser utilizado o padrão definido pelo PR-E-028.

7.2 UNIDADES DE ENGENHARIA

Para os projetos regidos por estes critérios é solicitada a adoção do Sistema Internacional
de Unidades (SI), conforme norma NBR ISO 80000.

7.3 DOCUMENTAÇÃO

Toda documentação de projeto deve seguir os padrões e modelos do SPE – Sistema de


Padronização de Engenharia da Vale; bem como os procedimentos definidos nas guias GU-
E-351, GU-E-367 e GU-E-418.

7.4 ÁREAS CLASSIFICADAS

As áreas que devem usar equipamentos com alguma das técnicas de proteção
(intrinsecamente seguros; à prova de explosão etc.) são classificadas pela Vale, e essa
necessidade deve ser informada nos critérios de projetos (CP) específicos e na folha de
dados (FD) do equipamento.

Referente ao processo para classificação da área, o PNR-000027 faz referências a


documentos reconhecidos mundialmente que são utilizados para determinar a extensão de
áreas classificadas e que devem ser usados como referências primárias para orientar a
engenharia no desenvolvimento do processo de classificação. Além das recomendações
técnicas previstas nas normas, uma equipe multidisciplinar deve ser consultada.

Conforme a norma NBR IEC 60079, os equipamentos, componentes e acessórios para


instalação em área classificada precisam possuir propriedades Ex, dependendo da zona em
que será alocado o equipamento. Esta norma também impõe que todos os equipamentos Ex
necessitam de uma marcação contendo todas as características aplicáveis.

A escolha do melhor método de proteção se baseia em aspectos técnicos e econômicos e


devem se referir ao sistema completo.

O projeto e instalação de sistemas em áreas classificadas deve seguir no mínimo, as


recomendações relacionadas abaixo, para que não ocorram falhas que possam afetar a
segurança:

• Conhecer profundamente as normas, códigos, recomendações e práticas


das agências certificadoras, legais e dos fabricantes;
• Depois de definidas e escolhidas as técnicas de proteção, obter a literatura
técnica sobre o sistema escolhido: normas, certificados de aprovação,
recomendações e guias dos fabricantes;

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

10/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Definir toda a filosofia de segurança e de instalação e garantir a sua


aplicação total;
• Manter-se atualizado com todas as revisões, modificações e correções
realizadas durante o ciclo de vida do sistema.

As instalações e os processos que operam com pós combustíveis devem atender os


requisitos do PNR-000133, referentes a alarmes, intertravamentos de segurança e
desligamento automático de equipamentos, quando excedido os limites de controle
estabelecidos pelo procedimento ou quando ocorrerem outros problemas de funcionamento.

7.5 ANÁLISE DE RISCO

Antes da elaboração do projeto de automação envolvendo os dispositivos de partida,


acionamento e parada de máquinas e equipamentos, deve ser realizada, obrigatoriamente,
uma apreciação de riscos. A Vale deve conduzir um processo para análise, avaliação,
apreciação e redução de riscos dos equipamentos aplicados no projeto, para a seleção da
categoria apropriada conforme as metodologias disponíveis nas normas de segurança
funcional NBR 14153 e NBR 12100.

7.5.1 Instrumentação e Controle para Segurança de Processos

7.5.1.1 Geral

No PNR-000086 são apresentados os conceitos de camadas/barreiras de proteção de


instrumentação e controle, no contexto das ferramentas de avaliação de risco. Este padrão
apresenta os padrões técnicos normativos de instrumentação e controle para segurança de
processo no contexto da IEC 61511.

A alocação de uma função instrumentada em uma camada de proteção deve ser precedida
de uma análise de risco, que auxiliará na definição da mesma como uma Função
Instrumentada de Proteção (PIF) no BPCS (Sistema de Controle Básico de Processo) ou
Função Instrumentada de Segurança (SIF) no Sistema Instrumentado de Segurança (SIS),
conforme fluxo de decisão apresentado no PNR-000086.

Para realização de bypass e alterações de códigos e parâmetros em equipamentos e


dispositivos de SIFs ou de PIFs, a aplicação dos requisitos do PNR-000130 é mandatória.
Os requisitos para bypass devem ser considerados conforme a aplicabilidade definida pela
classe do ativo, como por exemplo:

• Pré configuração dos recursos para habilitar o bypass;


• Configuração de tela na HMI com todos os bypasses previstos,
diferenciando os ativados dos demais,
• Não utilização de bypass nas saídas do solucionador lógico;

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

11/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Não forçar variáveis e/ou saídas no programa aplicativo do solucionador


lógico programável para fins de bypass etc.

O gerenciamento da integridade de barreiras de I&C devem atender os requisitos do PNR-


000152, como forma de controle sobre os fatores que podem degradar a funcionalidade das
barreiras, tais como:

• Geração de alarme na IHM e registro no historiador, em caso de uma falha


de integridade das barreiras de I&C ou em caso de demanda real;
• Ferramentas automáticas de gerenciamento com facilidade para
rastreamento de mudanças, registro de informações de calibração e histórico
de testes;
• Ferramentas automáticas de gerenciamento com tempo de varredura de 1
hora ou menos;
• Monitoramento eletrônico da integridade de válvulas (assinatura de válvula,
partial stroke test) disponível, dentre outros.

A aplicabilidade dos requisitos varia em função da classe atribuída à barreira, conforme


apresentado no PNR-000152.

7.5.1.2 Sistema Instrumentado de Segurança (SIS)

Para que o SIS possa manter as condições operacionais de processo seguras, os requisitos
do PNR-000081 devem ser atendidos.

7.5.1.3 Sistema de Controle Básico de Processo (BPCS)

O PNR-000087 deve ser obrigatoriamente aplicado aos Sistemas de Controle Básico de


Processo (Basic Process Control System - BPCS), quando utilizados como camada de
proteção.

8.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Código de Fonte
A

8.1 EQUIPAMENTOS

Os servidores devem suportar a carga de processamento conforme requisitos do fornecedor


do sistema (software) no qual serão aplicados. Quando operando em plena carga de
aplicativos e clientes devem ser consumidos, no máximo, 70% da memória RAM, e o
processamento deve ocupar no máximo 50% do tempo de CPU (média de um segundo).

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

12/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

Os servidores devem apresentar alto desempenho, baixa latência e alta disponibilidade.

O projeto deve priorizar a utilização de servidores virtuais.

Em instalações existentes deve ser considerada como premissa do projeto, conhecer a farm
local e identificar a necessidade de adequação de memória e processadores para
atendimento da demanda.

Os equipamentos de automação devem possuir a compatibilidade eletromagnética


adequada ao local onde serão instalados, conforme NBR IEC 61000.

Os invólucros dos equipamentos devem ser definidos de acordo com a norma NBR IEC
60529.

Todas as instalações elétricas necessárias a instalação dos equipamentos de automação


deve seguir a norma NBR 5410.

Os equipamentos de automação devem atender os requisitos de segurança da norma IEC


60950.

8.2 MODELO DE ARQUITETURA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Entende-se por arquitetura o conjunto integrado dos níveis 1, 2, 3 e integração com os níveis
4 e 5 (sistemas gerenciais de produção e ambiente corporativo) da pirâmide de automação
definida pela norma ANSI/ISA 95, considerando também sistemas auxiliares e sistemas
elétricos, sempre que eles possuírem interface com os componentes de automação,
conforme indicado na figura 8.2.

SISTEMAS AUXILIARES AUTOMAÇÃO DOS


Nível 5 SISTEMAS ELÉTRICOS
Ambiente
Corporativo

Sistema de Detecção, Nível 4 Sistema de


Alarme e Combate a Sistemas Gerenciais Produção Gerenciamento de
Incêndio Energia
Nível 3
Sistemas Gerenciais da Planta
(SGP / SGA) CCMi
CFTV Nível 2
Supervisão e Controle
(CLP / PC / CND / SDCD) UPS

Sistema de Nível 1 Automação de


Comunicação Dispositivos de campo, sensores e atuadores Subestações Elétricas

Figura 8.2 - Modelo de Arquitetura de Automação Industrial

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

13/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
A arquitetura de automação deve ser concebida adotando-se arquiteturas abertas para
redes de comunicação, protocolos e softwares. Detalhes da arquitetura alvo devem ser
observados conforme disposto no documento EG-J-406 no item que apresenta o Diagrama
de Blocos. A arquitetura proposta deve ser validada pela Diretoria de Tecnologia da Vale.

Caso o projeto não tenha um padrão de arquitetura definido ou previamente concebido deve
ser acionada a Diretoria de Tecnologia para demandar a criação do padrão a ser utilizado.

Necessidades de redundâncias de redes e/ou equipamentos devem ser definidas no início


do projeto, durante a análise de riscos e segurança, que deve ser elaborada conforme o CP-
R-501, PNR-000081, PNR-000086 e PNR-000087.

8.2.1 Sistemas de Gestão da Planta Industrial – Nível 3

Esse nível será compreendido pelos sistemas de gerenciamento da planta:

• Sistema de Gestão da Produção (SGP);


• Sistema de Gestão de Ativos (SGA).

O sistema de gestão da produção, nível 3, deve utilizar o PIMS como provedor de dados de
processo. O PIMS deve coletar e disponibilizar dados através de padrões abertos de acesso
a dados (OPC, ODBC, JDBC etc.).

Os componentes do SGP e SGA, quando necessário, devem disponibilizar as informações


para níveis superiores, via interfaces de padrão aberto, ou via tabelas de banco de dados
relacional, sempre através de zonas de segurança de padrão industrial (IDMZ – Industrial
Demilitarized Zone).

As classes de ativos a serem monitoradas pelo sistema de gestão de ativos são


apresentadas na EG-J-408.

8.2.2 Sistemas de Controle e Supervisão – Nível 2

Os sistemas de controle e supervisão são formados pelos CLP, RTU (Remote Terminal Unit)
e PCU (Process Control Unit) dos SDCD e sistemas híbridos, estações e softwares que
permitem, em seu conjunto, operar e monitorar o processo.

Esse sistema é apresentado com mais detalhes na EG-J-406.

Os softwares e hardwares componentes desse nível são:

• Estações clientes, estações de engenharia e servidores do sistema de


Supervisão (SCADA + CLP);

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

14/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Estações clientes, estações de engenharia e servidores de Operação (OS


dos SDCD);
• Estações clientes, estações de engenharia e servidores de Operação (OS
dos Híbridos);
• Servidores OPC de coleta de dados de processo (E/S).

A arquitetura alvo desse nível deve considerar as redes de controle, os controladores citados
e as interfaces com outros níveis.

Deve estar disponível, nesse nível, a ferramenta cliente do sistema de gestão de ativos para
gestão de mudanças nos controladores e supervisórios. Para gestão de mudanças em
sistemas instrumentados de segurança ou proteção devem ser seguidos os requisitos dos
PNR-000081, PNR-000086 e PNR-000087.

As CPU (IEC 61131), módulos de comunicação (IEC 61158) (Ethernet IP, Profibus, Fieldbus
etc.) e módulos de E/S devem estar em um mesmo ambiente, podendo ou não estar em
painéis separados.

Módulos de E/S remotos podem ser distribuídos na planta via RTU. Para implementar essa
arquitetura distribuída devem ser utilizadas redes de dispositivos de protocolo aberto.

As CPU dos CLP devem comunicar com os servidores do sistema de controle e estes com
as estações de operação e supervisão através de redes Ethernet Industrial.

Os painéis onde ficam os CLP devem ter trancas de chaves, para restringir o acesso não
autorizado a eles. A pintura dos painéis de automação deve obedecer às diretrizes da EG-M-
402.

O sistema operacional a ser instalado nas estações deve estar padronizado para utilização
na Vale.

A alocação das estações clientes de supervisão deve concentrar-se na sala de controle. Os


arranjos das Salas de Controle, Salas de Engenharia, Salas de Painéis e Sala de Servidores
devem seguir os requisitos da GU-E-523 e PNR-000087.

Os seguintes critérios devem ser levados em consideração para definição de uma


arquitetura cliente-servidor para o sistema de supervisão:

• Se for necessária mais de uma estação de operação para a mesma área de


supervisão do processo;
• Em processos nos quais a intervenção do operador pode ser considerada
crítica;
• Utilização de base de dados única para aplicativos comuns;

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

15/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Em processos nos quais é exigida uma disponibilidade do sistema de


supervisão tendendo a 100%.

O historiador do PIMS deve estar situado no nível 3, acessando diretamente o nível 2


(controle e supervisão) via protocolo TCP/IP e padrão de interface OPC, através de IDMZ.

Caso seja adotada a arquitetura cliente-servidor, o servidor deve ter um ou mais


equipamentos redundantes em regime Hot-Standby. O conceito de virtualização de
servidores deve ser avaliado em função de análise de viabilidade técnica e econômica.

O número de servidores de aplicação de supervisão escalonados, isto é, com distribuição de


tarefas entre servidores e integrando a mesma aplicação, deve ser definido conforme
recomendações do fornecedor do software do sistema de supervisão. O projeto deve
solicitar testes de plataforma (bancada) que confirmem a tecnologia sugerida pelo
fornecedor para o projeto.

Quanto às integrações com outros sistemas devem ser adotados os seguintes critérios no
nível 2 (IEC 61508):

• Os servidores coletores de dados do SGA, SGP e dos servidores de


otimização de processo (APC) devem estar conectados na mesma rede dos
sistemas de supervisão (nível 2);
• Qualquer sistema que necessitar trocar dados diretamente com o nível de
controle deve ser alocado no nível 2, compartilhando assim recursos de rede
desse nível;
• O PIMS não deve ler tags de processos, usando os supervisórios como
servidores de dados. Os supervisórios devem estar integralmente dedicados
à operação da planta.

Para os sistemas de controle e supervisão podem ser adotadas uma das três soluções
listadas abaixo. Os requisitos para essas soluções são descritos com mais detalhes na EG-
J-406 e respectivas especificações técnicas:

• SCADA + CLP;
• SDCD;
• Sistemas Híbridos.

A opção pela adoção de um desses sistemas de controle caberá a cada projeto.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

16/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
8.2.3 Instrumentação – Nível 1

Os instrumentos de medição e atuação devem se interligar ao sistema de controle através


de redes digitais com protocolos abertos (ANSI/ISA 50) ou, quando não estiver disponível o
padrão de rede de campo para algum instrumento, este deve ser no padrão 4 a 20 mAcc
com HART incorporado. Em aplicações de SIS e BPCS como camada de proteção, o uso do
protocolo HART é permitido apenas para fins de diagnóstico e a funcionalidade de
configuração remota deve ser inibida, conforme PNR-000081, PNR-000086 e PNR-000087.

O documento CP-J-506 define os critérios específicos para escolha da instrumentação


apropriada aos processos da Vale.

8.2.4 Automação dos Sistemas Elétricos

Código de Fonte
A, F

As instalações dos sistemas de automação devem possuir proteção e controle de acesso,


conforme NR 10.

Redes de automação dos sistemas elétricos e proteções devem atender ao protocolo IEC
61850.

8.2.4.1 CCMi

Fazem parte da arquitetura alvo de automação os equipamentos de Comando de Motores


Inteligentes. Esses equipamentos devem ser interligados ao sistema de controle da unidade
através de redes de protocolo aberto e devem suportar as funcionalidades de gerenciamento
de ativos.

O Centro de Comando de Motores Inteligente (CCMi) é composto dos seguintes


equipamentos elétricos:

• Inversores de frequência;
• Softstarters;
• Relés inteligentes/multifunção;
• Disjuntores inteligentes;
• Conversores CA/CC (Retificadores);
• No Breaks.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

17/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
8.2.4.2 Gerenciamento e Qualidade de Energia

Fazem parte da arquitetura alvo de automação os equipamentos e softwares de


gerenciamento e qualidade de energia. Estes devem ser interligados ao sistema de controle
da unidade através de redes de protocolo aberto e devem suportar as funcionalidades de
gerenciamento de ativos.

O sistema de gerenciamento de energia é composto pelos seguintes dispositivos:

• Instrumentos de medição e aquisição de dados - IED;


• Redes digitais de comunicação;
• Servidores de aplicações;
• Banco de dados relacional;
• Softwares de desenvolvimento e supervisão.

Todas as funções de medição e proteção devem estar preferencialmente, em um único IED


multifunção.

8.2.4.3 Automação, Supervisão e Controle do Sistema Elétrico

Estações de supervisão e controle do sistema elétrico devem ser preferencialmente,


exclusivas para esse sistema, de maneira a se separar das demais operações da planta.

O sistema deve ser composto por dispositivos eletrônicos inteligentes (IED) e,


preferencialmente, baseado na norma IEC 61850. De acordo com a norma, os IEDs devem
trocar informações diretamente com o Sistema de Automação de Subestações (SAS)
através de rede Ethernet Industrial. Deve ser prevista, ainda, uma conexão semelhante, com
os CLPs, para envio de dados de monitoramento do Sistema Elétrico para o Sistema de
Supervisão e Controle.

Deve ser observada a política de controle e permissão de acesso ao sistema.

8.2.5 Sistemas Auxiliares

Os sistemas auxiliares são constituídos pelos sistemas que não pertencem ao escopo de
automação, segundo definição da ANSI/ISA 95, e que, consequentemente, não fazem parte
da pirâmide de automação definida nessa mesma norma. Entretanto, esses sistemas
realizam interface com os sistemas de automação industrial e de alguma forma, são
importantes para seu funcionamento.

Sendo assim, os sistemas auxiliares são definidos como pertencentes à arquitetura alvo de
automação e contemplam os sistemas apresentados abaixo:

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

18/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Telecomunicação: telefonia, rádio e sistema de intercomunicação;


• Video Wall;
• Circuito Fechado de TV (CFTV);
• Sistema de Energia Ininterrupta (Nobreaks);
• Sistema de Detecção, Alarme e Combate a Incêndio (integração com o
Sistema de Automação);
• Sistema de Monitoramento de Máquinas Rotativas (SMMR);
• Sistema de Simulação Dinâmica do Processo;
• Sistema de Otimização e Controle Avançado.

São requisitos gerais destes sistemas:

• O sistema de intercomunicação deve estar conectado à rede de telefonia


das salas de controle;
• O Video Wall deve estar integrado ao CFTV e aos supervisórios para
projeção.

Os requisitos particulares de cada sistema auxiliar são apresentados com maior


detalhamento em suas respectivas especificações técnicas.

8.3 REDES DE COMUNICAÇÃO

As redes de automação devem seguir as especificações da EG-J-406 no que se refere a


topologia, meio físico, redundância etc.

Código de Fonte
A, F
8.3.1 Comunicação com as Redes Corporativas

A comunicação entre redes de controle e de automação e redes corporativas


(campo/controle/informação) deve seguir as recomendações de segurança e boas práticas
definidas na norma ISA/IEC 62443 (ISA 99). Tais recomendações concentram-se na
Atividade 14, intitulada: Define the Standard Set of M&CS Security Risk Mitigation Controls,
em que são apresentados quais controles devem ser usados para mitigar riscos de
segurança identificados no projeto.

Dessa forma, os seguintes pontos devem ser considerados:

• Desenvolvimento de planos de proteção para as redes, alinhados com as


normas ISA/IEC 62443 (ISA 99) e ISO 27001 / 27002, com o intuito de

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

19/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
resguardar os sistemas de produção, de controle e de supervisão contra
potenciais ameaças e probabilidades de ataque;
• Elaboração de políticas de armazenamento de logs, realização e
armazenamento de backups, análise de vulnerabilidades, desempenho e
demais práticas para manutenção preventiva e corretiva de ambas as redes.

Todo projeto de redes de controle e de automação deve ser realizado considerando os


critérios do programa de segurança definidos para o projeto.

Esse programa define todos os aspectos da segurança para a rede de automação, desde
identificar objetivos cotidianos da operação até a auditoria de conformidade do sistema.

Redes de Controle e de Automação para aplicações em sistemas instrumentados de


proteção ou segurança devem atender os requisitos dos PNR-000081, PNR-000086 e PNR-
000087, tais como: uso de cabos e módulos de comunicação redundantes, funcionalidade
limitada de redes digitais ocasionando limitação de recursos de alarme, segurança etc.

8.3.2 Redes de Controle e Supervisão

As redes de controle e supervisão compreendem todas as sub redes e dispositivos de


interligação dos níveis 1, 2 e 3 da pirâmide de automação. A interligação entre os níveis
deve ser feita via switches que atendam às exigências de disponibilidade definidas para
projeto.

O padrão de comunicação entre os equipamentos de automação deve ser:

• Entre switches: Gigabyte Ethernet;


• Entre switches e servidores: Fast Ethernet 100 Base T;
• Entre switches de acesso, CPU e coletores de dados: Fast Ethernet 100
Base T.

A segmentação de sub redes de automação deve ser tal que possibilite apenas o acesso
aos dados entre os níveis adjacentes.

A topologia de sub redes deve ser, preferencialmente, em estrela. Deve ser evitado o uso de
repetidores, hubs e arquiteturas em barramento.

Deve ser utilizado um servidor de NTP (Network Time Protocol) sincronizado por um servidor
de hora mundial.

Os cabos metálicos e ópticos utilizados em redes redundantes devem ser lançados por
caminhos distintos.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

20/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
Os cabos metálicos Ethernet entre os CLP e os switches da rede de controle devem ser do
tipo STP. O comprimento máximo do cabo deve ser de 100 metros.

Caso seja necessária a passagem de cabos Ethernet em campo, devem ser usados cabos
de fibra óptica. Para distâncias superiores a 500 metros deve ser considerado fibra óptica
monomodo. Para distâncias inferiores, considerar fibra óptica multimodo.

As redes de nível 2 devem comunicar-se com as redes de nível 3 por switches Multilayer
(switches nível 3), por realizarem tarefas de roteamento, além de recursos adicionais de
configuração e diagnóstico. Essas redes devem ter estruturas lógicas diferentes, e a
comunicação entre os níveis ocorrerá via roteamento.

As redes de automação e informação devem ser logicamente separadas entre si e não


compartilhar a mesma infraestrutura física de rede (switches etc.). Deve ser priorizada a
segregação física para a rede de controle.

8.3.3 Redes de Campo

As redes de campo compreendem todas as redes e dispositivos de interligação entre os


instrumentos e controladores ou estações remotas. Essas redes estão no nível 1 da
pirâmide de automação.

A rede de campo adotada no projeto é uma escolha do projeto. Devem ser consultados,
nesse processo, os departamentos responsáveis pala área, para verificar se a rede
escolhida é padronizada pela Vale.

A rede de campo deve ser escolhida com base na compatibilidade com os sistemas de
controle a e a instrumentação utilizada na planta. Em locais onde já exista uma rede de
campo instalada, deve ser utilizado o mesmo padrão de arquitetura e protocolos da rede
existente. Outras redes serão permitidas mediante aprovação da Vale.

Os comprimentos máximos de segmentos e a quantidade de dispositivos conectados à rede


de campo devem estar conforme definidos pelas instituições normativas de cada rede.

8.3.3.1 Redes de Campo por Aplicação

Código de Fonte
B

Para redes digitais para sensores/atuadores discretos deve ser considerada a utilização da
seguinte rede (sensorbuses):

• AS-Interface;
• IO Link.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

21/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
Para a interligação de equipamentos inteligentes, como inversores de frequência, relés
inteligentes de proteção, balanças digitais, entre outros, considerar a utilização das
seguintes redes (devicebuses):

• Profibus DP;
• DeviceNet;
• Profinet;
• Ethernet IP.

Para utilizações que não exijam velocidade de comunicação, tais como em coleta de dados
ou parametrização de equipamentos:

• ZigBee;

Para a interligação de medidores, atuadores e dispositivos mais complexos, considerar a


utilização das seguintes redes (Fieldbuses):

• Profibus PA;
• Foundation Fieldbus H1;
• ANSI/ISA 100.11a (wireless);
• Wireless HART;
• Ethernet IP.

Outros padrões de rede poderão ser utilizados desde que atendam às necessidades de
desempenho, segurança e de equipamentos do projeto, e mediante a aprovação da Vale.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

22/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

Nível 5
Ambiente
Corporativo

Nível 4
Sistemas Gerenciais Produção

Nível 3
Sistemas Gerenciais da Planta
Ethernet IP
(SGP / SGA) ControlNet
Profinet
Nível 2 OPC
AS-Interface
Supervisão e Controle Modbus
IO Link
(CLP / PC / CND / SDCD) Profibus DP/PA;
Foundation Fieldbus H1
Nível 1 HART
Dispositivos de campo, sensores e atuadores Ethernet IP

Figura 8.3.3.1 – Redes de campo por aplicação

O projeto deve avaliar os riscos da utilização da tecnologia wireless para loops de controle
fechados e intertravamentos. Dispositivos sem fio não devem ser utilizados em PIFs/SIFs,
conforme PNR-000081, PNR-000086 e PNR-000087.

8.3.4 Tráfego Entre Redes

Código de Fonte
A, F

No tráfego entre as redes de automação, incluindo aplicações IIoT (Industrial Internet of


Things) e a rede corporativa as informações devem fluir através de uma zona de segurança
(IDMZ) protegida por um firewall de TI (interface entre nível 3 e 4/5) e por um firewall de TO
(interface entre nível 3 e 2) e limitado a apenas às comunicações essenciais, conforme
definições ISA/IEC 62443 (ISA 99). A implantação, regras de acesso e manutenção dos
firewalls deve ter a responsabilidade claramente definida entre as equipes de TI e TO, em
conformidade com a regras de acesso da Vale.

Não deve ser permitido que os ativos pertencentes à rede de controle sejam acessados
remotamente por máquinas da rede corporativa ou de outras redes externas (Internet), de
forma direta.

Alternativas poderão ser aceitas desde que atendam a todos os requisitos de segurança e
procedimentos descritos no Authentication for Remote Users da ISA/IEC 62443 (ISA 99).

Todos os tráfegos Netbios devem ser bloqueados no firewall. O mapeamento de unidades


de rede através do firewall também não será permitido.

A transferência de pacotes HTTP deve ser liberada entre as redes da automação


exclusivamente para acesso às aplicações da automação, porém o acesso às redes

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

23/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
externas à automação (redes corporativas da Vale e Internet) deve ser restrito por regras de
acesso do firewall, conforme recomendações da ISA/IEC 62443 (ISA 99).

8.3.5 Firewall da Automação

O projeto deve considerar os seguintes tópicos para a escolha do firewall, considerando a


aplicação do projeto e a possibilidade de expansão:

• Quantidade e velocidade de interfaces de rede Ethernet;


• Quantidade de interfaces de rede para fibra óptica, tipo de interface e tipo de
fibra (monomodo//multimodo);
• Para mecanismos de operação permanente com alta disponibilidade
(suporte a Fail Over), escolha entre operação AA (Active/Active), quando for
pertinente a distribuição do processamento, ou AS (Active/Stand-by), nas
aplicações em que o tráfego de dados for tal que não comprometa o
desempenho do elemento ativo;
• Recursos de gerenciamento;
• Recursos e funcionalidades de segurança, como Certificated VPN (Virtual
Private Network) e IDS (Intrusion Detection System) / IPS (Intrusion
Prevention System), por exemplo;
• Capacidade de processamento (throughput) e número máximo de conexões
simultâneas, adequado ao volume de dados da rede.

O projeto deve prever que as interfaces de rede Ethernet do firewall terão taxa de
transferência mínima de 100 Mbps.

9.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÕES EM MINA

Os projetos de sistemas de automação para minas devem atender os critérios apresentados


no CP-J-507.

10.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

Código de Fonte
A, F

O Sistema de Gestão de Combustível (SGC) deve controlar, monitorar e gerenciar os


processos de recebimento, tancagem e abastecimento de combustíveis.

Esse sistema deve ser especificado de forma que possibilite:

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

24/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

• Verificação do tipo e quantidade precisa do combustível recebido e


distribuído internamente;
• Reconciliação do estoque físico com o contábil;
• Controle e monitoramento do nível dos tanques de combustível;
• Detecção de vazamentos;
• Permissão de abastecimento apenas para veículos cadastrados;
• Gestão de relatórios gerenciais e KPI de consumo de combustível.

O sistema de gestão de combustível deve possuir um banco de dados centralizado para


armazenamento de informação de todas as operações de transferência de combustíveis,
possibilitando a geração de relatórios de acompanhamento e não conformidade de
operações.

O sistema de gestão de combustível deve disponibilizar as informações para outros sistemas


externos, por meio de padrão de interface aberto e padronizados, para utilização na Vale
(OPC, ODBC, XML, Webservice, entre outros). A interface com o SAP deve permitir a
integração e rateio automático dos custos referente ao equipamento abastecido.

10.1 ARQUITETURA

O sistema de gestão de combustível integra a camada de nível 1 ao nível 3 de Automação,


segundo a definição norma ANSI/ISA 95.

Os instrumentos medidores desse sistema, que compõem o nível 1 de automação, estarão


interligados aos CLP ou controladores dedicados, para recebimento e envio de comandos e
dados do processo. Os dispositivos de controle compõem o nível 2 de automação e são
responsáveis diretos por intertravamento e controle de nível de tanques, recebimento de
combustível, válvulas de vazão e bombas de abastecimento.

Os sistemas de supervisão de operações de recebimento, tancagem e abastecimento de


combustível também fazem parte da camada 2 de automação. O sistema de supervisão de
tancagem deve também monitorar os sistemas de recebimento e de detecção de
vazamento.

O sistema de gestão de abastecimento também deve possuir software para integração e


análise gerencial dos dados dos subsistemas que o compõem, possibilitando a análise dos
dados do processo. Esse aplicativo abrange o nível 3 da camada de automação.

A figura 10.1 apresenta esquematicamente a arquitetura do sistema de gestão de


combustível.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

25/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL

CONTROLE E SUPERVISÃO

SISTEMA DE SISTEMA DE SISTEMA DE


SISTEMA DE
RECEBIMENTO DE DETECÇÃO DE ABASTECIMENTO DE
TANCAGEM
COMBUSTÍVEL VAZAMENTO COMBUSTÍVEL

Figura 10.1 - Modelo de arquitetura do sistema de gestão de combustível

Os requisitos técnicos do Sistema de Detecção de Vazamento estão especificados na ET-J-


486 e nos documentos nela referenciados.

Para o Sistema de Tancagem os requisitos do PNR-000061 devem ser atendidos.

10.2 SISTEMA DE RECEBIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O sistema de recebimento de combustível tem como função o descarregamento, a


contabilização e a verificação da qualidade do combustível dos caminhões/vagões-tanque
para os tanques de armazenamento.

O sistema de recebimento de combustível é composto por uma Estação de Medição de


Volume Transferido de Combustível (EMED), conforme especificado no documento CP-J-
506. Deve atender aos critérios de transferência de custódia e validação do volume recebido
com a NF do fornecedor, e aprovação do recebimento e da NF.

10.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O sistema de abastecimento de combustível possibilita o gerenciamento em tempo real da


distribuição de combustíveis nos postos de abastecimento.

Esse sistema deve realizar a identificação individual de veículos e maquinários, verificando


se estes podem ser abastecidos, e apenas liberar o fluxo de combustível pelo bico injetor da
bomba, caso seja autorizado pelo sistema.

10.4 APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL

O aplicativo de gerenciamento de combustível gerencia e registra todas as operações


realizadas com combustíveis, desde o recebimento de combustível do fornecedor até a
distribuição individual para cada máquina da Vale.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

26/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
É de responsabilidade desse sistema o monitoramento e balanço de massa de todo o
combustível que é recebido, transportado e distribuído dentro das instalações da Vale. O
sistema deve executar reconciliação dos recebimentos com os abastecimentos realizados e
os estoques físicos existentes, realizar previsões de demanda local de combustível,
programar compras e analisar o tipo de maquinário e locais de maior consumo.

Esse sistema deve se comunicar com todos os outros sistemas que compõem o sistema de
gestão de combustível.

11.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA

Os projetos de sistemas de automação ferroviária devem atender os critérios apresentados


no CP-J-508.

12.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS PIMS

12.1 GERAL

Os projetos greenfield ou brownfield de PIMS a serem executados na VALE são de


responsabilidade da área corporativa de Tecnologia da Informação (TI) da VALE, atualmente
representada pela gerência de projetos de inovação de TI em PIMS (IT Innovations PIMS). A
gerência será responsável por especificar, contratar, executar, testar, colocar em produção,
e fornecer treinamentos com manuais de operação e manutenção.

Para contratação de projetos de sistema de gerenciamento de informação de processo


(PIMS) conforme fluxo de atendimento da TI do documento MA-G-644, a equipe de parceiro
de negócio (BP - Business Partner IT) deve ser contatada para suportá-los.

Não deve ser previsto o uso do PIMS para comandar ou executar ações diretamente sobre
equipamentos ou outros sistemas da planta, executando, quando necessário, funções de
auxílio à tomada de decisão em tempo real.

O sistema PIMS está hospedado no ambiente de TI, comunicando-se dentro da zona de


segurança (IDMZ), com os níveis superior e inferior do sistema de automação através de
firewalls da TI e TO, respectivamente.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

27/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

Figura 12.1 - Níveis hierárquicos de sistemas – adaptado da norma ISA-95

O PIMS possui arquitetura, do tipo cliente-servidor, que pode variar de projeto para projeto,
de acordo com as necessidades, as particularidades e as restrições de cada um deles,
dentre as quais podemos destacar:

• Fontes de dados que alimentarão o sistema:


- Infraestrutura para conexão e obtenção dos dados;
- Existência de interface lógica;
- Qualidade e confiabilidade dos dados a serem coletados.
• Criticidade das informações a serem tratadas;
• Volume de dados a serem coletados e armazenados no histórico;
• Frequência de coleta de dados;
• Disponibilidade (operacional e de funcionamento) do sistema;
• Integridade e segurança de acesso aos dados armazenados;
• Acesso ao sistema (formas e segurança): Web-clients, Thick-clients etc.;
• Quantidade de usuários com acesso simultâneo ao sistema.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

28/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

Figura 12.2 - Arquitetura geral do PIMS

12.2 INTERFACES DE COMUNICAÇÃO

Devem ser configuradas as interfaces de comunicação entre o PIMS e o sistema de


supervisão e/ou os controladores programáveis, de acordo com o projeto.

Ao escolher o driver de comunicação, deve ser optado um protocolo de comunicação aberto,


padrão de mercado.

Caso a comunicação do PIMS com os sistemas de nível 1 (ver ANSI/ISA 95) seja via
servidor de dados de processo, o padrão de interface adotado deve ser o OPC (Open
Process Control).

Quando solicitado no projeto, o PIMS pode exportar dados para outros sistemas (Sistema de
apontamento de paradas; Sistema de apontamento de produção.), através de interfaces de
padrão aberto, tais como OPC, OLEDB, Web Service ou ODBC (Open Data Base
Connectivity), que devem ser definidas em conjunto com a equipe da gerência de projetos
de inovação de TI em PIMS.

13.0 SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

Os sistemas de detecção, alarme e combate a incêndio possuem diretrizes específicas, não


consideradas neste documento e que devem ser verificadas no CP-R-535.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

29/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
14.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que adotarem, integralmente ou parcialmente, os sistemas de engenharia


digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção, considerando o
uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das guias: GU-E-633,
GU-G-657 e GU-C-611.

O desenvolvimento da engenharia utilizando sistemas digitais deve seguir o Plano de


Execução BIM (PEB) elaborado para o projeto, conforme o anexo F da GU-E-633.

15.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento devem seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deve prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deve atender os requisitos estabelecidos nos PNRs
citados no item 3.0.

Nos itens a seguir são apresentados os tópicos de automação mais relevantes associados
aos PNRs referenciados neste documento.

15.1 SISTEMAS DE TRANSPORTE DE POLPA E ÁGUA

Os sistemas de transporte de polpa minerais e água, incluindo adutoras, rejeitodutos e


minerodutos com rota externa à unidade de processo devem atender os requisitos para
alarmes e intertravamentos conforme disposto no PNR-000024, PNR-000025 e PNR-
000026.

15.2 SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTO (LDS)

Os sistemas LDS que operam de forma contínua, do tipo externo de fibra óptica e todos os
tipos internos, instalados em dutos (adutoras, minerodutos, rejeitodutos, gasodutos e
oleodutos) devem atender os requisitos do PNR-000129, referentes ao hardware, softwares,
redes de comunicação e interfaces do LDS.

15.3 TRANSPORTADORES DE CORREIA

Os transportadores de correia devem seguir os requisitos de intertravamento do APÊNDICE


VI – Controles Críticos por MUE, do PNR-000037. Transportadores de correia que
receberem material da britagem primária, devem possuir condições para o controle de ajuste
automático de abertura do britador, com acesso remoto e local.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

30/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
15.4 CARREGADORES DE VAGÕES

Os projetos dos carregadores de vagões devem atender os requisitos do PNR-000038,


conforme descrito a seguir:

• O sistema de comunicação da estação de carregamento deve operar


sincronizado com o sistema de controle de tráfego da via permanente;
• Informações de velocidade da composição e os alarmes de processos
devem ser repassadas ao maquinista, através de IHM com sinal Wireless;
• Devem ser previstos detectores de descarrilamento que enviarão sinal de
alarme para a sala de operação da estação;
• Demais requisitos apresentados no APÊNDICE VI – Controles Críticos por
MUE.

15.5 VIRADORES DE VAGÕES

Para viradores de vagões devem ser atendidos os requisitos do PNR-000134, relativos aos
controles de acionamento/parada de equipamentos, intertravamentos, sistema de
comunicação e controle de torque.

15.6 SISTEMAS DE CONTROLE DE POEIRAS

Os sistemas de controle de poeiras utilizando filtro com mangas devem possuir


intertravamentos que impeçam o funcionamento do sistema, em caso de perda do
desempenho dos seguintes itens:

• Diferencial de pressão para os filtros mangas;


• Pressão no vaso de ar comprimido;
• Pressão e velocidade nos dutos.

15.7 FORNOS DE PELOTIZAÇÃO E METALÚRGICOS

Os fabricantes de fornos de pelotização e fornos metalúrgicos devem atender os requisitos


dos PNR-000093 e PNR-000094, respectivamente, para que os riscos nos fornos e seus
sistemas auxiliares sejam minimizados e controlados.

15.8 CONVERTEDORES

Os projetos de convertedores e seus sistemas (movimentação de panelas, alimentação,


queimador/lança, sistema de fornecimento de combustível e oxigênio etc.) devem atender os
requisitos de monitoramento e controle relacionados no PNR-000137.

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

31/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12
15.9 TRANSFORMADORES

Transformadores de potência devem atender os requisitos do PNR-000138, referentes às


exigências de monitoramento contínuo de itens tais como: sistema de resfriamento,
comutadores de derivação em carga, óleo isolante e exigências de proteções intrínsecas do
equipamento, de acordo com sua aplicabilidade.

15.10 SISTEMAS DE CARBONILAÇÃO

Os sistemas de carbonilação devem atender os requisitos de instrumentação e controle do


PNR-000139, necessários para garantir que os riscos nos reatores e seus auxiliares sejam
minimizados e controlados.

15.11 MÁQUINAS DE PÁTIO, CARREGADORES E DESCARREGADORES DE NAVIO

Em projetos contemplando máquinas de pátio, carregadores e descarregadores de navio, os


requisitos dos PNR-000055, PNR-000057 e PNR-000058, que visam garantir a segurança e
integridade destes sistemas, devem ser atendidos.

Sistemas de Anticolisão (ACS) de máquinas industriais para as áreas de pátio, píer, pontes
rolantes e pórticos devem atender os requisitos do PNR-000153, para garantia da
integridade destes equipamentos. Os projetos de ACS e das funções de proteção e
segurança associadas devem ter as etapas obrigatórias indicadas no PNR.

16.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no CP-R-501 e de meio ambiente descritos no


CP-N-501 devem ser atendidos.

Os critérios para mobilização e desmobilização de pessoal devem atender aos requisitos das
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, da ES-R-403 e das demais
exigências contidas na Requisição Técnica para contratação de obras. O processo de
mobilização deve seguir o Guia de Mobilização - Vale, disponível no site da Vale
(www.vale.com – página de fornecedores).

PE-G-608_Rev_16
CLASSIFICAÇÃO

SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

32/32
CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 501
REV.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
12

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

PE-G-608_Rev_16

Você também pode gostar