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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
TÍTULO Nº VALE PÁGINA

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CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA CP - J - 508
REV.
AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL HRS WJC WJC KLM 20/05/22

Este documento tem o objetivo de orientar e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento dos Projetos da Vale. A sua aplicaç ão e adequação é de
responsabilidade da Equipe do Projeto, considerados os princípios de segurança e de maximização de valor para a Vale.
Soluções alternativas, que venham a ser propostas pelas projetistas contratadas, devem ser encaminhadas para a Equipe do Projeto da Vale com
as devidas justificativas para aprovação.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 5
6.0 CÓDIGO DA FONTE 5

7.0 CRITÉRIOS GERAIS 5


7.1 IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS 6
7.2 UNIDADES DE ENGENHARIA 6
7.3 DOCUMENTAÇÃO 6
7.4 CRITÉRIOS DE PROJETO PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 6
8.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA 6
8.1 ARQUITETURA 6
8.2 SISTEMA DE GESTÃO FERROVIÁRIA 8
9.0 SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO 13
10.0 ENGENHARIA DIGITAL 13
11.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE 13
12.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 14

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios mínimos para o desenvolvimento de projetos de engenharia de


automação ferroviária para empreendimentos da Vale.

2.0 APLICAÇÃO

O presente documento aplica-se as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos da


Vale no Brasil. Isso não elimina a necessidade de adaptações quando for necessário, de
acordo com a realidade e localidade de cada projeto, visando aprimorar o atendimento aos
mesmos.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

PNR-000038 Sistemas de Manuseio – Carregadores de Vagões


PNR-000095 Sistemas Logísticos – Ferroviário – Via Permanente
PNR-000134 Sistemas de Manuseio – Viradores de Vagões
Sistemas Logísticos – Ferroviário – Sinalização e Controle de
PNR-000163
Tráfego
CP-J-501 Critérios de Projeto para Automação Industrial
CP-N-501 Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia
Critérios de Saúde e Segurança para Elaboração de Projetos de
CP-R-501
Engenharia
Critério de Projeto para Sistema de Detecção, Alarme e Combate
CP-R-535
a Incêndio
Guia de Construção Digital para Projetos considerando o uso das
GU-C-611
Metodologias BIM e AWP
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
GU-E-351
(FEL 3) Automação Industrial
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
GU-E-367
(Execução) Automação Industrial
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
GU-E-418
(FEL 2) Automação Industrial

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GU-E-633 Guia de Engenharia para Sistemas de Engenharia Digital (BIM)
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos
PR-E-028 Identificação de Ativos Equipamentos e Instrumentos

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

• AAR - Association of American Railroads

AAR/S-203 Standard for Automatic Equipment Identification


AAR/S-203-A AEI Site to Host Consist Reporting Format
AAR/S-9152 End of Train Communications

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR ISO 8000 Grandezas e unidades

• IEEE - Institute of Electrical and Electronic Engineers

Telecommunications and Information Exchange between Systems


- Local and Metropolitan Area Networks – Specific Requirements
IEEE 802.11
– Part 11: Wireless LAN Medium Access Control (MAC) and
Physical Layer (PHY) Specifications

• ISA – International Society of Automation

ANSI/ISA 5.1 Instrumentation Symbols and Identification


ISA 5.2 Binary Logic Diagrams for Process Operations
Graphic Symbols for Distributed Control/Shared Display
ISA 5.3
Instrumentation, Logic and Computer Systems
ISA 5.4 Instrument Loop Diagrams
ANSI/ISA 51 Process Instrumentation Terminology

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A Vale exige o atendimento integral às normas regulamentadoras – NRs da Consolidação
das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, conforme portaria nº
3.214, de 08/06/1978, e suas atualizações, bem como o atendimento integral aos requisitos
de saúde e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério se refere à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos, podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código.

Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes critérios de
projeto para a Vale:

Código Descrição

A Critério fornecido pela Vale


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Vale)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 CRITÉRIOS GERAIS

Código de Fonte
A, B, F

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7.1 IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS

Para a terminologia de instrumentação de processo, deve ser aplicada a norma ANSI/ISA


51.

Todos os instrumentos devem ser identificados e representados no fluxograma de


engenharia (P&ID), utilizando a simbologia e a legenda de acordo com ANSI/ISA 5.1, ISA
5.2, ISA 5.3, ISA 5.4.

Para a identificação dos equipamentos deve ser utilizado o padrão definido pelo PR-E-028.

7.2 UNIDADES DE ENGENHARIA

Para os projetos regidos por este Critério é solicitada a adoção do Sistema Internacional de
Unidades (SI), conforme norma NBR ISO 8000.

7.3 DOCUMENTAÇÃO

Toda documentação de projeto deve seguir os padrões e modelos do SPE – Sistema de


Padronização de Engenharia da Vale; bem como os procedimentos definidos nas guias GU-
E-351, GU-E-367 e GU-E-418.

7.4 CRITÉRIOS DE PROJETO PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Critérios de projetos de automação relacionados a equipamentos, modelo de arquitetura,


redes de comunicação, PIMS etc. podem ser encontrados no documento CP-J-501.

8.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA

Código de Fonte
A, F

Os sistemas de automação ferroviária devem ser especificados de forma que estejam de


acordo com os seguintes critérios gerais:

8.1 ARQUITETURA

A arquitetura de automação ferroviária deve ser especificada de acordo com a figura 8.1.
Essa arquitetura representa o Sistema de Gestão Ferroviária (SGF) e deve ser composta
pelos seguintes subsistemas:

• Sistema de despacho;
• Sistema de gestão de ativos;
• Sistemas de supervisão;
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• Sistemas de monitoramento de via e trem;


• Sistema de controle e sinalização de via;
• Sistemas embarcados do trem.

SISTEMAS DE DESPACHO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ATIVOS

Sistemas Auxiliares

SISTEMAS DE CONTROLE E SUPERVISÃO


CFTV

SISTEMA DE SISTEMAS DE SISTEMAS


MONITORAMENTO DE CONTROLE E EMBARCADOS DE
VIA E TREM SINALIZAÇÃO DE VIA TREM
SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO

INSTRUMENTAÇÃO

Figura 8.1 - Modelo de arquitetura de automação de ferrovia

O modelo de arquitetura de automação ferroviária apresentado está disposto


esquematicamente por nível hierárquico, de acordo com as definições da norma ISA S-95.1.
Dessa forma, os sistemas superiores, na figura, representam níveis mais elevados em
relação aos que abaixo deles se encontram.

Sendo assim, o nível 3 (gestão) é composto pelos sistemas de despacho e gestão de ativos.
O nível 2 (controle e supervisão) é composto pelo sistema de controle e sinalização da via,
os sistemas embarcados do trem e os sistemas de monitoramento de via e trem. O nível 1 é
composto pela instrumentação nas vias.

Os sistemas auxiliares prestam suporte e serviços aos três primeiros níveis de automação.
Deve ser previsto o monitoramento remoto dos recursos dos sistemas auxiliares na sala de
controle central.

Todas as interfaces de comunicação entre esses sistemas devem ser realizadas em


protocolo aberto padronizado para utilização na Vale.

A comunicação entre locomotiva e as redes de supervisão e gestão de ativos deve ser


realizada por meio de uma rede sem fio segura, conforme padrão IEEE 802.11i.

A seguir, são apresentados os componentes de cada um dos três níveis considerados no


modelo de arquitetura.
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8.2 SISTEMA DE GESTÃO FERROVIÁRIA

8.2.1 Sistema de Despacho

O sistema de despacho deve ser especificado e adquirido, de forma que contemple as


funcionalidades de acompanhamento e planejamento da circulação de trens ao longo da via
ferroviária. Esse sistema é responsável pelo cálculo das rotas, alocação de composições
com base em algoritmos otimizadores e simulação de cenários.

Deve ser prevista interface com o sistema de supervisão, sistemas corporativos e sistema de
gestão de ativos, de forma que sejam possíveis a coleta de dados e o suporte à decisão em
tempo real.

8.2.2 Sistema de Gestão de Ativos

O sistema de gestão de ativos deve ser especificado e adquirido, de forma que seja possível
gerenciar os dispositivos waysides, via permanente, locomotivas, vagões, equipamentos e
veículos de manutenção ferroviária.

Também é função desse sistema gerenciar os ativos de automação (controladores,


switches, redes de automação, servidores e estações clientes).

Os coletores de dados desse sistema devem ter interface de comunicação com os sistemas
de nível 1 e 2. Esses dados devem ser disponibilizados para o sistema de gestão de ativos
através de meio físico Ethernet em protocolo IP.

O sistema de gestão de ativos deve ter interface de comunicação com o sistema de


despacho e sistema de supervisão.

Os dados de processo e de diagnóstico devem ser historiados em uma base de dados


temporal.

Relatórios da operação e manutenção da ferrovia devem ser emitidos, contendo indicadores


(KPI), calculados a partir de variáveis de desempenho da ferrovia.

8.2.3 Sistemas de Supervisão

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

• Sistema de supervisão de tráfego;


• Sistema de supervisão de auxiliares.

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Esses sistemas devem ter recursos de software e hardware independentes. No entanto,
deve ser prevista integração de dados entre os dois sistemas em padrões abertos.

O sistema de supervisão de tráfego deve ser responsável pelas seguintes funcionalidades


básicas:

• Monitoramento de condições de sinalização e ocupação ao longo da via,


bem como estado atual de todos os Aparelhos de Mudanças de Vias (AMV);
• Rastreamento e prefixação de composições ao longo da via;
• Comando de licenciamento de rotas e perfil de velocidade de trecho;
• Visualização de alarmes oriundos dos dispositivos waysides de
monitoramento de trem;
• Visualização de alarmes oriundos dos dispositivos de monitoramento de
condições da via;
• Visualização, reconhecimento e histórico de alarmes operacionais;
• Visualização de dados de localização e saúde das locomotivas, vagões,
equipamentos e veículos de manutenção ferroviária.

Esses sistemas devem ter interface de comunicação com o sistema de controle e


sinalização de via, sistema de despacho e sistemas embarcados, em protocolo IP.

A conexão entre servidores do sistema de supervisão e sistema de controle e sinalização de


via deve ser feita via rede redundante.

Devem ser previstos recursos de software e hardware em regime de redundância hot-


standby para os servidores do sistema de supervisão.

A arquitetura dos sistemas de supervisão deve ser cliente-servidor, contemplando os


seguintes componentes:

• Estações clientes;
• Servidores de aplicação;
• Estação de engenharia;
• Painel mímico;
• Servidores de banco de dados.

8.2.4 Sistema de Monitoramento de Via

Esse sistema é composto por equipamentos responsáveis pelo monitoramento de condições


da via permanente.
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Todas as informações desses equipamentos devem ser armazenadas em um sistema


historiador de dados, para serem utilizadas para identificar o trecho da via permanente que
apresentar falhas.

Esses dados devem ser disponibilizados em protocolo aberto e padronizados para utilização
na Vale.

Esse sistema abrange os seguintes componentes:

• Avaliação de trilho por ultrassom;


• Avaliação de via por análise de imagem;
• Sistema de medição de geometria de trilho;
• Detector de impacto;
• Sistema de medição de resistência de bitola;
• Radar de penetração no solo;
• Monitoramento de condições ambientais de via.

Esses dispositivos devem ter interface com o sistema de gestão de ativos em tempo real.

Caso esses dispositivos sejam instalados em autos de linha, os dados devem ser
transmitidos via rede sem fio, segura, conforme padrão IEEE 802.11i.

8.2.5 Sistema de Monitoramento de Trem

Esse sistema é composto por dispositivos sensores responsáveis pelo monitoramento de


condições do trem, a partir da via permanente (wayside devices).

Todas as informações desses equipamentos devem ser armazenadas em um sistema


historiador de dados e utilizadas para identificar os veículos da frota que apresentaram a
falha.

Os equipamentos desse sistema devem ter interface com o sistema de supervisão e sistema
de controle e sinalização de via, em meio físico Ethernet em protocolo IP.

Esse sistema abrange os seguintes componentes:

• Dispositivos de identificação por rádio frequência (RFID) para vagões e


locomotivas;
• Detectores de caixa quente;
• Detectores de roda quente;
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• Detectores de roda fria;


• Detectores de impacto e sobrecarga;
• Detectores acústicos.

Os dispositivos de identificação por rádio frequência (RFID) especificados para os materiais


rodantes ferroviários devem estar em conformidade com a norma AAR/S-203/203-A.

Devem ser previstas etiquetas identificadoras (RFID) para o material rodante e leitores de
identificação, instalados ao longo da via.

8.2.6 Sistemas de Controle e Sinalização de Via

Esses sistemas compreendem instrumentos, atividades e equipamentos necessários para


controle, sinalização e licenciamento da via permanente.

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

• Detectores de ocupação de trechos;


• Detectores de velocidade das composições;
• Detectores de descarrilamento;
• Equipamento de passagem em nível rodoferroviária;
• Controladores e módulos de E/S;
• Atuadores de sinalização e dispositivos de via;
• Dispositivos de comunicação sem fio.

O sistema de controle deve ser o responsável pelas seguintes funcionalidades:

• Intertravamento de trechos;
• Controle dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV);
• Controle de espaçamento entre trens;
• Licenciamento de trecho;
• Envio de mensagens ATC (Automatic Train Control) aos equipamentos
embarcados de trem.

Os dispositivos de ocupação de trechos devem sinalizar, também, ruptura de trilho.

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Os AMV devem disponibilizar sinais de posicionamento (normal ou reversa) para o sistema
de controle.

O sistema de controle deve ter interface com os sistemas embarcados e dispositivos


waysides, em protocolo de comunicação aberto. Quando houver estação de carregamento
de vagões deve ser previsto também, interface do sistema de controle com a cabine de
operação da estação, através de IHM, utilizando sinal wireless, conforme disposto no PNR-
000038.

Os controladores devem disponibilizar os sinais de campo para o Sistema de Supervisão e


para coletores de dados do sistema de gestão de ativos, em meio físico Ethernet em
protocolo IP.

Todos os equipamentos de controle e sinalização considerados vitais devem operar em


modo de falha segura.

É responsabilidade do sistema de controle e sinalização, o envio de informações de perfil de


velocidade e licenciamento de trecho, à locomotiva para o sistema embarcado.

8.2.7 Sistemas Embarcados de Trem

Os sistemas embarcados do trem compreendem instrumentos e equipamentos necessários


para a automação da locomotiva e troca de informações com os outros subsistemas do
SGF.

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

• Computador de bordo (OBC);


• Dispositivo de localização GPS;
• Dispositivos de comunicação sem fio;
• Dispositivo de Homem-Morto;
• Registrador de eventos (Black Box);
• Dispositivo de Processamento ATC;
• Dispositivo de fim de trem (EOT);
• Sistema de controle de tração;
• Sistema de gerenciamento de combustível.

O dispositivo de fim de trem (EOT), especificado entre os sistemas embarcados, deve estar
em conformidade com a norma AAR/S-9152.

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Devem ser considerados todos os requisitos de comunicação entre os dispositivos
componentes de sistemas embarcados, de forma a possibilitar o uso integrado de todas as
suas funcionalidades.

Esses dispositivos devem disponibilizar dados em padrão aberto e padronizados para


utilização na Vale.

Esse sistema deve ser especificado de forma que seja possível receber e processar
comandos ATC, enviados pelo sistema de controle da via.

Esse sistema deve disponibilizar informações, em tempo real, sobre a saúde do trem, sobre
a velocidade e sobre a localização da composição, ao sistema de supervisão de tráfego e ao
sistema de gestão de ativos.

Os dispositivos de comunicação sem fio para transmissão de dados devem atender às


especificações do padrão IEEE 802.11(a, b ou g) e às especificações de segurança do
padrão IEEE 802.11i.

9.0 SISTEMAS DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO

Os sistemas de detecção, alarme e combate a incêndio possuem diretrizes específicas, não


consideradas neste documento e que devem ser verificadas no CP-R-535.

10.0 ENGENHARIA DIGITAL

Todos os projetos que adotarem, integralmente ou parcialmente, os sistemas de engenharia


digital para desenvolvimento da engenharia e dos processos de construção, considerando o
uso das metodologias LEAN, BIM e AWP devem seguir as orientações das guias: GU-E-633,
GU-G-657 e GU-C-611.

O desenvolvimento da engenharia utilizando sistemas digitais deve seguir o Plano de


Execução BIM (PEB) elaborado para o projeto, conforme o anexo F da GU-E-633.

11.0 ATENDIMENTO A PADRÕES NORMATIVOS DA VALE

Os ativos, componentes e diretrizes relacionados ao objeto deste documento devem seguir


integralmente os padrões normativos de gestão, meio ambiente, segurança, integridade de
ativos da Vale (PNR). Caso eventualmente ocorra alguma divergência entre requisitos
estabelecidos neste documento e no PNR, esse último deve prevalecer.

Para este fornecimento, o fornecedor deve atender os requisitos estabelecidos nos PNRs
citados no item 3.0.

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12.0 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deve ser realizada uma análise de risco a cada nova situação e projeto. Esta análise deve
englobar os riscos próprios da execução dos serviços, das suas interfaces com outras
atividades e sistemas, e do ambiente em que está inserido.

Os requisitos de saúde e segurança descritos no CP-R-501 e de meio ambiente descritos no


CP-N-501 devem ser atendidos.

Os critérios para mobilização e desmobilização de pessoal devem atender aos requisitos das
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, da ES-R-403 e das demais
exigências contidas na Requisição Técnica para contratação de obras. O processo de
mobilização deve seguir o Guia de Mobilização - Vale, disponível no site da Vale
(www.vale.com – página de fornecedores).

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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