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MANUAL DE
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CRITÉRIOS DE PROJETOS PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL CP - J - 1001
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REVISÕES
TE: TIPO A -PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARACONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO H
EMISSÃO B - PARAAPROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORMECOMPRADO - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL CAM BRS GAM GAM 26/07/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 4
2.0 APLICAÇÃO 4
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 5
6.0 CÓDIGOS DA FONTE 7
7.0 REQUISITOS 8
7.1 CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA 8
7.2 PADRÃO DE DOCUMENTOS 8
8.0 CRITÉRIOS GERAIS 8
8.1 IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS 8
8.2 UNIDADES DE ENGENHARIA 8
8.3 DOCUMENTAÇÃO 9
8.4 EQUIPAMENTOS 9
8.5 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA 9
9.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 9
9.1 ARQUITETURA 9

9.2 SISTEMAS DE GESTÃO DA PLANTA INDUSTRIAL – NÍVEL 3 10


9.3 SISTEMAS DE CONTROLE E SUPERVISÃO – NÍVEL2 11
9.4 REDES DE CONTROLE E DE AUTOMAÇÃO 13
9.5 INSTRUMENTAÇÃO – NÍVEL1 16
9.6 REDES DE CAMPO 16
9.7 AUTOMAÇÃO DOS SISTEMAS ELÉTRICOS 17
9.8 SISTEMAS AUXILIARES 18
10.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÕES E MINA 19

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10.1 ARQUITETURA 20
10.2 SISTEMA DE GESTÃO DE OPERAÇÃO EM MINA (SGOM) 21
11.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL 23
11.1 ARQUITETURA 24
11.2 SISTEMA DE RECEBIMENTO DE COMBUSTÍVEL 24
11.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL 25
11.4 APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL 25
12.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA 25
12.1 ARQUITETURA 25
12.2 SISTEMA DE GESTÃO FERROVIÁRIA 27
13.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS PIMS 32

13.1 RESPONSABILIDADE 32
13.2 GERAL 32
13.3 CONTEXTO DO SISTEMA 32
13.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA PIMS 33
13.5 COMUNICAÇÃO 35
13.6 INTEGRAÇÃO COM OUTROS SISTEMAS 35.

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer os critérios mínimos para o desenvolvimento de projetos de engenharia da


disciplina de Automação Industrial.

Este é um documento de consulta interna para o desenvolvimento técnico do projeto,


elaboração de fluxogramas, especificações e folhas de dados, memórias de cálculo e outros
documentos necessários à execução de projetos de implantação para empreendimentos da
Mosaic.

2.0 APLICAÇÃO

Esta especificação aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos


da Mosaic.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-A-1001 Critérios de Projeto para Arquitetura


CP-B-1001 Critérios de Projeto para Civil/ Infraestrutura, Rodovias, Acessos
e Sistema Viário
CP-C-1001 Critérios de Projeto para Estruturas de Concreto
CP-E-1002 Critérios de Projeto de Elétrica
CP-J-1002 Critérios de Projeto para Instrumentação
CP-K-1001 Critérios de Projeto para Telecomunicações
CP-L-1001 Critérios de Projeto para Mecânica Arranjos
CP-M-1001 Critérios de Projeto para Mecânica Equipamentos
CP-P-1001 Critérios de Projeto para Processos
CP-S-1001 Critérios de Projeto para Estruturas Metálicas
CP-T-1001 Critérios de Projeto para Tubulação
EG-J-1003 Especificação Geral para Sistema de Supervisão e Controle

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EG-M-1002 Especificação Geral para Tratamento de Superfície e Pintura de
Proteção e Acabamento
GU-E-1001 Guia para Desenvolvimento de Engenharia Baseada em Índices
(FEL 1) - Geral
GU-E-1013 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) Automação Industrial
GU-E-1022 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) Automação Industrial
GU-E-1036 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) Automação Industrial
GU-E-1046 Guia para Elaboração de Arranjo da Sala de Controle,
Engenharia, Painéis e Servidores

4.0 CÓDIGOS E NORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

 AAR - Associationof American Railroads

AAR/S-918 Standard for Automatic Equipment Identification


AAR/S-918-A AEI Site to Host Consist Reporting Format
AAR/S-5701 End of Train Communications

 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão


NBR IEC 60529 Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos
(Código IP)
NBR ISO 80000 Grandezas e Unidades

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 API – American Petroleum Institute

API RP 552 Transmission Systems

 IEC – International Electrotechnical Commission

IEC 61000 Electromagnetic Compatibility (EMC)


IEC 61131 Programmable Controllers
IEC 61158 Industrial Communication Networks – Fieldbus Specifications
IEC 61508 Functional Safety of Electric/Electronic/Programmable Electronic
Safety – Related Systems
IEC 61850 Communication Networks and in Substations

 IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers

IEEE 802.11 Telecommunication sand Information Exchange between Systems


- Local and Metropolitan Area Network – Specific Requirements –
Part 11: Wireless LAN Medium Access Control (MAC) and
Physical Layer (PHY) Specifications

 ISA – International Society of Automation

ANSI/ISA 5.1 Instrumentation Symbols and Identification


ISA 5.2 Binary Logic Diagrams for Process Operations
ISA 5.3 Graphic Symbols for Distributed Control/ Shared
Display Instrumentation, Logicand Computer Systems
ISA 5.4 Instrument Loop Diagrams
ISA 20 Specification Forms for Process Measurement and Control
Instruments, Primary Elements, and Control Valves
ANSI/ISA 50 Compatibility of Analog Signals for Electronic Industrial Process
Instruments
ANSI/ISA 95 Enterprise-Control System Integration
ANSI/ISA 62443
Security for Industrial Automation and Control Systems
(ANSI/ISA 99)
ANSI/ISA TR 99 Security Technologies for Industrial Automation and Control
Systems

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ANSI/ISA 100.11a Wireless Systems for Industrial Automation: Process Controland
Related Applications

 ISO – International Organization for Standardization

ISO/IEC 27001 Information technology - Security techniques – Information


security management systems - Requirements
ISO/IEC 27002 Information technology - Security Techniques – Code of
practice for information security controls

A Mosaic exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego conforme portaria 3214, de 08/06/1978 e suas atualizações, bem como
o atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação local vigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

6.0 CÓDIGOS DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério se refere à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos, podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Um determinado código junto ao título significa que todo o item possui o
mesmo código.

Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes critérios de
projeto para a Mosaic:

Código Descrição

A Critério fornecido pela Mosaic


B Prática Industrial
C Recomendação da Projetista
D Critério do Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Código ou Norma
G Dado Assumido (com aprovação da Mosaic)
H Critério fornecido pelo Detentor da Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

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7.0 REQUISITOS

Código de Fonte
A

7.1 CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA

As áreas que deverão usar equipamentos intrinsecamente seguros ou à prova de explosão


serão classificadas pela Mosaic, e essa necessidade deve ser informada nos critérios de
projetos (CP) específicos e na folha de dados (FD) do equipamento.

7.2 PADRÃO DE DOCUMENTOS

Toda documentação de projeto deverá seguir os padrões e modelos do ME – Sistema de


Padronização de Engenharia da Mosaic.

8.0 CRITÉRIOS GERAIS

Código de Fonte
A, B, F

8.1 UNIDADES DE ENGENHARIA

Para os projetos regidos por estes critérios é solicitada a adoção do Sistema Internacional
de Unidades (SI), conforme norma ABNT NBR ISSO 80000.

8.2 DOCUMENTAÇÃO

Para a terminologia de instrumentação de processo, deve ser aplicada a norma ANSI/ISA


51.

Todos os instrumentos devem ser identificados e representados no fluxograma de


engenharia (P&ID), utilizando a simbologia e a legenda de acordo com ANSI/ISA 5.1 e ISA
5.3.

Para documentação do projeto, deverão ser seguidos os procedimentos definidos nos guias
GU-E-1013, GU-E-1022 e GU-E-1036.

8.3 EQUIPAMENTOS

Os servidores deverão suportar a carga de processamento conforme requisitos do


fornecedor do sistema (software) no qual serão aplicados. Operando em plena carga de
aplicativos e clientes, deverão ser consumidos, no máximo, 70% da memória RAM, e o
processamento deverá ocupar no máximo 50% do tempo de CPU (média de um segundo).
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Os servidores devem apresentar alto desempenho, baixa latência e alta disponibilidade.

Os equipamentos de automação deverão possuir a compatibilidade eletromagnética


adequada ao local onde serão instalados, conforme IEC 61000.

8.4 REQUISITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA

Deverá ser realizada uma análise de riscos, a cada projeto, visando à identificação, não só
dos riscos dos próprios equipamentos de automação, mas também dos decorrentes das
suas interfaces com outros equipamentos do sistema, bem como do ambiente em que está
inserido.

Os requisitos de saúde e segurança deverão atender aos requisitos da Normas


Regulamentadora da Portaria 3214/78 do MTE.

9.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Código de Fonte
A

9.1 ARQUITETURA

Entende-se por arquitetura o conjunto integrado dos níveis 1, 2 e 3 da pirâmide de


automação definida pela norma ANSI/ISA 95, considerando também sistemas auxiliares e
sistemas elétricos sempre que eles possuírem interface com os componentes de automação.
O diagrama esquemático desse modelo de arquitetura de automação está indicado na figura
9.1.

AUTOMAÇÃO
SISTEMAS
INTEGRAÇÃO COM SISTEMAS CORPORATIVOS DOS SISTEMAS
AUXILIARES
ELÉTRICOS

Sistema de Sistema de
detecção, alarme e SISTEMAS DE GESTÃO DA SISTEMAS DE GESTÃO gerenciamento
combate a incêndio PRODUÇÃO DE ATIVOS de energia

CCMi
CONTROLE E SUPERVISÃO
CFTV
UPS

Sistema de INSTRUMENTAÇÃO Automação de


comunicação subestações
elétricas

Figura 9.1 - Modelo de Arquitetura de Automação Industrial

A arquitetura de automação deverá ser concebida adotando-se arquiteturas abertas para


redes de comunicação, protocolos e softwares.
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Necessidades de redundâncias de redes e/ou equipamentos devem ser definidas no início


do projeto, durante a análise de riscos e segurança.

9.2 SISTEMAS DE GESTÃO DA PLANTA INDUSTRIAL – NÍVEL 3

Esse nível será compreendido pelos sistemas de gerenciamento da planta:

 Sistema de Gestão da Produção (SGP);


 Sistema de Gestão de Ativos (SGA).

O sistema de gestão da produção, nível 3, deverá utilizar o PIMS como provedor de dados
de processo. O PIMS deverá coletar e disponibilizar dados através de padrões abertos de
acesso a dados (OPC, ODBC, JDBC etc.).

Os componentes do SGP e SGA, quando necessário, devem disponibilizar as informações


para níveis superiores, via interfaces de padrão aberto, ou via tabelas de banco de dados
relacional.

SISTEMAS DE CONTROLE E SUPERVISÃO – NÍVEL2

Os sistemas de controle e supervisão são formados pelos CLP, RTU e PCU (Process
Control Unit) dos SDCD e sistemas híbridos, estações e softwares que permitem, em seu
conjunto, operar e monitorar o processo.

Esse sistema é apresentado com mais detalhes na EG-J-1003.

Os softwares e hardwares componentes desse nível são:

 Estações clientes, estações de engenharia e servidores do sistema de


Supervisão (SCADA +CLP);
 Estações clientes, estações de engenharia e servidores de Operação (OS
dos SDCD);
 Estações clientes, estações de engenharia e servidores de Operação (OS
dos Híbridos);
 Servidores OPC de coleta de dados de processo(E/S).

A arquitetura alvo desse nível deverá considerar as redes de controle, os controladores


citados e as interfaces com outros níveis.

Estará disponível, nesse nível, a ferramenta cliente do sistema de gestão de ativos para
gestão de mudanças nos controladores e supervisórios.

As CPU, módulos de comunicação (Ethernet IP, Profibus, Fieldbus, etc.), e módulos de E/S
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deverão estar em um mesmo ambiente, podendo ou não estar em painéis separados.

Módulos de E/S remotos podem ser distribuídos na planta via RTU. Para implementar essa
arquitetura distribuída, deverão ser utilizadas redes de dispositivos de protocolo aberto.

As CPU dos CLP comunicam-se com os servidores do sistema de controle, e estes com as
estações de operação e supervisão através de redes Ethernet Industrial.

Os painéis onde ficarão os CLP deverão ter trancas de chaves, para restringir o acesso não
autorizado a eles. A pintura dos painéis de automação deve obedecer às diretrizes da EG-M-
1002.

O sistema operacional a ser instalado nas estações deverá estar padronizado para utilização
na Mosaic.

A alocação das estações clientes de supervisão deverá concentrar-se na sala de controle.

Os seguintes critérios devem ser levados em consideração para definição de uma


arquitetura cliente-servidor para o sistema de supervisão:

 Se for necessária mais de uma estação de operação para a mesma área de


supervisão do processo;
 Em processos nos quais a intervenção do operador pode ser considerada
crítica;
 Utilização de base de dados única para aplicativos comuns;
 Em processos nos quais é exigida uma disponibilidade do sistema de
supervisão tendendo a100%.

O historiador do PIMS deve estar situado no nível 3, acessando diretamente o nível 2


(controle e supervisão) via protocolo TCP/IP e padrão de interface OPC.

Caso seja adotada a arquitetura cliente-servidor, o servidor deve ter um ou mais


equipamentos redundantes em regime Hot-Standby.

O número de servidores de aplicação de supervisão escalonados, isto é, com distribuição de


tarefas entre servidores e integrando a mesma aplicação, deve ser definido conforme
recomendações do fornecedor do software do sistema de supervisão. O projeto deverá
solicitar testes de plataforma (bancada) que confirmem a tecnologia sugerida pelo
fornecedor para o projeto.

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Quanto às integrações com outros sistemas, são critérios adotados no nível 2:

 Os servidores coletores de dados do SGA, SGP e dos servidores de


otimização de processo (APC) deverão estar conectados na mesma rede
dos sistemas de supervisão (nível2);
 Qualquer sistema que necessita trocar dados diretamente com o nível de
controle deverá ser alocado no nível 2, compartilhando assim recursos de
rede desse nível;
 O PIMS não deverá ler tags de processos, usando os supervisórios como
servidores de dados. Os supervisórios deverão estar integralmente
dedicados à operação da planta.

Para os sistemas de controle e supervisão poderão ser adotadas uma das três soluções
listadas abaixo. Os requisitos para essas soluções são descritos com mais detalhes na
EG- J-1003 e respectivas especificações técnicas:

 SCADA +CLP;
 SDCD;
 Sistemas Híbridos.

A opção pela adoção de um desses sistemas de controle caberá a cada projeto.

9.3 REDES DE CONTROLE E DE AUTOMAÇÃO

Código de Fonte
A, F

9.4.1 Premissas

A comunicação entre redes de controle e de automação e redes corporativas


(campo/controle/informação) deve seguir as recomendações de segurança e boas práticas
definidas na norma ANSI/ISA 99. Tais recomendações concentram-se na Atividade 14,
intitulada: Define the Standard Set of M&CS Security Risk Mitigation Controls, em que são
apresentados quais controles serão usados para mitigar riscos de segurança identificados no
projeto.

Dessa forma, os seguintes pontos devem ser considerados:

 Desenvolvimento de planos de proteção para as redes, alinhados com as


normas ANSI/ISA 99 e ISO 27001, com o intuito de resguardar os sistemas
de produção, de controle e de supervisão contra potenciais ameaças e
probabilidades de ataque;

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 Elaboração de políticas de armazenamento de logs, realização e
armazenamento de backups, análise de vulnerabilidades, desempenho e
demais práticas para manutenção preventiva e corretiva de ambas as redes.

Todo projeto de redes de controle e de automação deve ser realizado considerando os


critérios do programa de segurança definidos para o projeto.

Esse programa define todos os aspectos da segurança para a rede de automação, desde
identificar objetivos cotidianos da operação até a auditoria de conformidade do sistema.

Redes de Controle e de Automação para interligação de CLP de Segurança e instrumentos


certificados para aplicações de segurança de nível SIL deverão ser certificadas no nível
exigido pela solução de engenharia.

9.4.2 Arquitetura

Código de Fonte
A, F

As redes de controle e supervisão compreendem todas as sub-redes e dispositivos de


interligação dos níveis 1, 2 e 3 da pirâmide de automação. A interligação entre os níveis
deverá ser feita via switches que atendam às exigências de disponibilidade definidas para
projeto.

O padrão de comunicação entre os equipamentos de automação deverá ser:

 Entre switches: Gigabyte Ethernet;


 Entre switches e servidores: Fast Ethernet 100 Base T;
 Entre switches de acesso, CPU e coletores de dados: Fast Ethernet 100
Base T.

A segmentação das sub-redes de automação deve ser tal que possibilite apenas o acesso
aos dados entre os níveis adjacentes.

A topologia das sub-redes deverá ser, preferencialmente, em estrela. Deve ser evitado o uso
de repetidores, hubs e arquiteturas em barramento.

Deve-se usar um servidor de NTP (Network Time Protocol) sincronizado por um servidor de
hora mundial.

Os cabos metálicos e ópticos utilizados em redes redundantes deverão ser lançados por
caminhos distintos.

Os cabos metálicos Ethernet entre os CLP e os switches da rede de controle devem ser do
tipo STP. O comprimento máximo do cabo deve ser de 100 metros.
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Caso seja necessária a passagem de cabos Ethernet em campo, devem ser usados cabos
de fibra óptica. Para distâncias superiores a 500 metros deve-se considerar fibra óptica
mono modo. Para distâncias inferiores, considerar fibra óptica multimodo.

As redes de nível 2 deverão comunicar-se com as redes de nível 3 por switches Multilayer
(switches nível 3), por realizarem tarefas de roteamento, além de recursos adicionais de
configuração e diagnóstico. Essas redes deverão ter estruturas lógicas diferentes, e a
comunicação entre os níveis ocorrerá via roteamento.

As redes de automação e informação devem ser logicamente separadas entre si e não


compartilhar a mesma infraestrutura física de rede (switches, etc.).

Todo o tráfego existente entre as redes de automação e corporativas deve ser filtrado por
firewall configurado e gerenciado pela gerência de automação da unidade. A conexão física
entre as redes deve ocorrer através do firewall.

9.4.3 Tráfego Entre Redes

Código de Fonte
A, F

O tráfego entre a rede industrial e a rede corporativa deverá ser protegido via firewall e
limitado a apenas às comunicações essenciais, conforme definições ANSI/ISA 99.

Não deverá ser permitido que os ativos pertencentes à rede de controle sejam acessados
remotamente por máquinas da rede corporativa ou de outras redes externas (Internet).
Alternativas poderão ser aceitas desde que atendam a todos os requisitos de segurança e
procedimentos descritos no Authentication for Remote Users da ANSI//ISA 99.

Todos os tráfegos Netbios deverão ser bloqueados no firewall. O mapeamento de unidades


de rede através do firewall também não é permitido.

A transferência de pacotes HTTP deve ser liberada entre as redes da automação


exclusivamente para acesso às aplicações da automação, porém o acesso às redes
externas à automação (redes corporativas da Mosaic e Internet) deverá ser restrito por
regras de acesso do firewall, conforme recomendações da ANSI//ISA99.

9.4.4 Firewall da Automação

A projetista deverá considerar os seguintes tópicos para a escolha do firewall, considerando


a aplicação do projeto e a possibilidade de expansão:

 Quantidade e velocidade de interfaces de rede Ethernet;


 Quantidade de interfaces de rede para fibra óptica, tipo de interface, e tipo
de fibra (mono modo//multimodo);
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 Para mecanismos de operação permanente com alta disponibilidade
(suporte a Fail Over), escolha entre operação AA (Active/Active), quando for
pertinente a distribuição do processamento, ou AS (Active/Stand-by), nas
aplicações em que o tráfego de dados é tal que não comprometa o
desempenho do elemento ativo;
 Recursos de gerenciamento;
 Recursos e funcionalidades de segurança, como Certificated VPN (Virtual
Private Network) e IDS (Intrusion Detection System)/IPS (Intrusion
Prevention System), por exemplo;
 Capacidade de processamento (throughput) e número máximo de conexões
simultâneas, adequado ao volume de dados da rede.

O projeto deverá prever que as interfaces de rede Ethernet do firewall terão taxa de
transferência mínima de 100 Mbps.

9.5 INSTRUMENTAÇÃO – NÍVEL1

Os instrumentos de medição e atuação deverão se interligar ao sistema de controle através


de redes digitais com protocolos abertos, ou, quando não estiver disponível o padrão de rede
de campo para algum instrumento, este deverá ser no padrão 4 a 20 mAcc com HART
incorporado.

O documento CP-J-1002 define os critérios específicos para escolha da instrumentação


apropriada aos processos da Mosaic.

9.6 REDES DE CAMPO

9.6.1 Geral

As redes de campo compreendem todas as redes e dispositivos de interligação entre os


instrumentos e controladores ou estações remotas. Essas redes estão no nível 1 da pirâmide
de automação.

A rede de campo adotada no projeto é uma escolha do projeto. Deverão ser consultados,
nesse processo, os departamentos responsáveis pala área para verificar se a rede escolhida
é padronizada pela Mosaic.

A rede de campo deve ser escolhida com base na compatibilidade com os sistemas de
controle a e a instrumentação a serem utilizados na planta. Em locais onde já há uma rede
de campo instalada, deve-se optar pelo mesmo padrão de arquitetura e protocolos da rede
existente. Outras redes serão permitidas mediante aprovação da Mosaic.

Os comprimentos máximos de segmentos e a quantidade de dispositivos conectados à rede


de campo devem estar conforme definido pelas instituições normativas de cada rede.

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9.6.2 Redes de Campo por Aplicação

Código de Fonte
B

Para redes digitais para sensores/atuadores discretos deve-se considerar a utilização da


seguinte rede (sensorbuses):

 AS-Interface.
Para a interligação de equipamentos inteligentes, como inversores de frequência, relés
inteligentes de proteção, balanças digitais, entre outros, considerar a utilização das
seguintes redes (devicebuses):
 ProfibusDP;
 DeviceNet;

Para utilizações que não exijam velocidade de comunicação, tais como em coleta de dados
ou parametrização de equipamentos:

 ZigBee;

Para a interligação de medidores, atuadores e dispositivos mais complexos, considerar a


utilização das seguintes redes (Fieldbuses):

 Profibus PA;
 Foundation Fieldbus H1;
 ISA 100.11a(wireless);
 Wireless HART.

Outros padrões de rede poderão ser utilizados desde que atendam às necessidades de
desempenho, segurança e de equipamentos do projeto, e mediante a aprovação da Mosaic.
O projeto deverá avaliar os riscos da utilização da tecnologia wireless para loops de controle
fechados e intertravamentos.

9.7 AUTOMAÇÃO DOS SISTEMAS ELÉTRICOS

9.7.1 Premissas

Código de Fonte
A, F

As instalações dos sistemas de automação devem possuir proteção e controle de acesso,


conforme NR 10.
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9.7.2 CCMi

Fazem parte da arquitetura alvo de automação os equipamentos de Comando de Motores


Inteligentes. Esses equipamentos deverão ser interligados ao sistema de controle da
unidade através de redes de protocolo aberto e deverão suportar as funcionalidades de
gerenciamento de ativos.

O Centro de Comando de Motores Inteligente (CCMi) é composto dos seguintes


equipamentos elétricos:

 Inversores de frequência;
 Softstarters;
 Relés inteligentes / multifunção;
 Disjuntores inteligentes;
 Conversores CA/CC(Retificadores);
 No Breaks.

9.7.3 Gerenciamento e Qualidade de Energia

Fazem parte da arquitetura alvo de automação os equipamentos e softwares de


gerenciamento e qualidade de energia. Estes deverão ser interligados ao sistema de
controle da unidade através de redes de protocolo aberto e deverão suportar as
funcionalidades de gerenciamento de ativos.

O sistema de gerenciamento de energia é composto pelos seguintes dispositivos:

 Instrumentos de medição e aquisição de dados -IED;


 Redes digitais de comunicação;
 Servidores de aplicações;
 Banco de dados relacional;
 Softwares de desenvolvimento e supervisão.

Todas as funções de medição e proteção deverão estar, preferencialmente, em um único


IED multi função.

9.7.4 Automação, Supervisão e Controle do Sistema Elétrico

Estações de supervisão e controle do sistema elétrico deverão ser, preferencialmente,


exclusivas para esse sistema, de maneira a se separar das demais operações da planta.

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O sistema deverá ser composto por dispositivos eletrônicos inteligentes (IED) e,
preferencialmente, baseado na norma IEC61850.

Deverá ser observada a política de controle e permissão de acesso ao sistema.

9.8 SISTEMAS AUXILIARES

Os sistemas auxiliares são constituídos pelos sistemas que não pertencem ao escopo de
automação, segundo definição da ANSI/ISA 95, e que, consequentemente, não fazem parte
da pirâmide de automação definida nessa mesma norma. Entretanto, esses sistemas
realizam interface com os sistemas de automação industrial e, de alguma forma, são
importantes para seu funcionamento.

Sendo assim, os sistemas auxiliares são definidos como pertencentes à arquitetura alvo de
automação, e contemplam os sistemas apresentados abaixo:

 Telecomunicação: telefonia, rádio e sistema de intercomunicação;


 Video Wall;
 Circuito Fechado de TV(CFTV);
 Sistema de Energia Ininterrupta (Nobreaks);
 Sistema de Detecção, Alarme e Combate a Incêndio (integração com o
Sistema de Automação);
 Sistema de Monitoramento de Máquinas Rotativas (SMMR);
 Sistema de Simulação Dinâmica do Processo;
 Sistema de otimização e controle avançado.

São requisitos gerais destes sistemas:

 O sistema de intercomunicação deverá estar conectado à rede de telefonia


das salas de controle;
 O Video Wall deverá estar integrado ao CFTV e aos supervisórios para
projeção.

Os requisitos particulares de cada sistema auxiliar são apresentados com maior


detalhamento em suas respectivas especificações técnicas.

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10.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÕES EM MINA

Código de Fonte
A

Os sistemas de automação para minas devem ser especificados de forma que estejam de
acordo com os seguintes critérios gerais:

 A identificação da localização geográfica dos equipamentos deve ser


realizada por meio de GPS (Global Positioning System);
 A integração entre os computadores de bordo das máquinas de mina e a
rede onde se encontram os servidores dos sistemas de gestão da mina deve
ser realizada por meio de uma rede digital sem fio segura, segundo
definições do padrão IEEE 802.11i;
 Falhas de comunicação ou perda de contato com as máquinas de mina
devem ser detectadas pelos sistemas de comunicação;
 Relatórios da operação da mina devem ser emitidos, contendo indicadores
(KPI) calculados a partir de variáveis da mina lidas em tempo real.

10.1 ARQUITETURA

A automação em mina deve ser especificada de acordo com a arquitetura apresentada na


figura 10.1. Essa arquitetura representa o Sistema de Gestão de Operações em Mina
(SGOM) e sua composição deve ser especificada de forma a conter os seguintes sistemas:

 Sistema de despacho;
 Sistema de gestão de ativos de mina;
 Sistemas embarcados de máquina de mina.

Além desses componentes, devem ser previstos também os seguintes sistemas que, apesar
de pertencerem ao escopo da disciplina de Mina, são de extrema importância para o correto
funcionamento do SGOM:

 Sistema de modelagem geológica;


 Sistema de planejamento de lavra.

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SISTEMA DE MODELAGEM GEOLÓGICA SISTEMA DE PLANEJAMENTO DE LAVRA

SISTEMA DE GESTÃO DE ATIVOS DE


SISTEMA DE DESPACHO
MINA Sistemas de
Comunicação de
Dados em Mina
SISTEMAS EMBARCADOS DE MÁQUINA DE MINA

INSTRUMENTAÇÃO DE MÁQUINAS DE MINA

Figura 10.1 - Modelo de arquitetura de automação em mina

O modelo de arquitetura de automação em mina apresentado está disposto


esquematicamente por nível hierárquico de acordo com as definições da norma ANSI/ISA 95
para a pirâmide de automação. Dessa forma, os sistemas superiores, na figura, representam
níveis mais elevados em relação aos subsequentes sistemas que abaixo deles se
encontram.
Sendo assim, tanto o sistema de despacho quanto o sistema de gestão de ativos de mina
compreendem o nível 3 de automação. Já os sistemas embarcados de máquina de mina
compreendem os dispositivos embarcados e sensores necessários para monitorar condições
operacionais da máquina, abrangendo, assim, os níveis 1 e 2 da pirâmide de automação.

O sistema de comunicação de dados em mina, por sua vez, fornece suporte e


funcionalidades para a comunicação entre os demais sistemas, abrangendo, assim, os
níveis 2 e 3 da pirâmide de automação.

Embora o sistema de modelagem geológica e o sistema de planejamento de lavra nãofaçam


parte do escopo da disciplina de Automação, eles possuem interfaces de troca de dados
com os sistemas que compõem o SGOM. Portanto, o projeto deve prever interfaces de
comunicação com os respectivos sistemas.

Os requisitos de rede de comunicação devem ser especificados, de forma a utilizar


protocolos e padrões de interface abertos e padronizados para utilização na Mosaic.

10.2 SISTEMA DE GESTÃO DE OPERAÇÃO EM MINA(SGOM)

10.2.1 Sistema de Despacho

O sistema de despacho deve ser especificado e adquirido de forma a possuir


funcionalidades para a geração de modelos de otimização da distribuição da frota de
máquinas na mina. Esse sistema será responsável pelo cálculo das melhores rotas e pela
alocação otimizada das máquinas baseado nas informações de metas de produção geradas
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pelo sistema de planejamento de lavra.

Esse sistema deve ser capaz de historiar os dados de percurso das máquinas. Deve ainda
apresentar a localização das máquinas de mina em telas sinóticas. Os dados de localização
das máquinas de mina devem estar disponíveis em tempo real para o sistema de despacho.

Esse sistema deve ter interface de comunicação com os sistemas embarcados de máquinas
em mina, e sistema de planejamento de lavra, para troca de dados.

10.2.2 Sistema de Gestão de Ativos de Mina

O sistema de gestão de ativos de mina deve ser especificado e adquirido de forma a permitir
o gerenciamento das informações operacionais da saúde de todas as máquinas da mina.

Esse sistema deve possibilitar análises estatísticas e geração de planos de manutenção


preditiva a partir dos dados coletados em tempo real das máquinas de mina.

O sistema de gestão de ativos de mina deve estar integrado ao sistema de despacho de tal
forma que as ordens de manutenção e abastecimento estejam em sintonia com as ordens de
despacho, visando à troca de informações sobre a disponibilidade das máquinas.

10.2.3 Sistemas Embarcados de Máquinas de Pátio

Os sistemas embarcados de máquina de pátio devem possuir instrumentação necessária


para o monitoramento das condições operacionais das máquinas, disponibilizando esses
dados localmente (via OBC) e para os demais sistemas do SGOM (via comunicação sem
fio).

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

 Computador de bordo (OBC);


 Dispositivo GPS;
 Instrumentação para monitoramento das condições operacionais;
 Coletor dedados.

As seguintes variáveis devem ser disponibilizadas pelos sistemas embarcados:

 Velocidade instantânea, quando se tratar de máquina móvel;


 Plano de movimentação da máquina de acordo com sistema de despacho,
quando se tratar de máquina móvel;
 Pressão e temperatura dos pneus;
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 Temperatura do motor;
 Conversor de torque;
 Nível de combustível;
 Status de manutenções preventivas.

10.2.4 Sistema de Comunicação em Mina

A rede sem fio de comunicação da mina deve ser especificada de forma a suportar a troca
de dados entre as máquinas de mina e os sistemas componentes do SGOM.

O sistema de comunicação em mina contempla AP (Access Points), antenas, repetidoras,


protocolos de comunicação e padrões de interface. A rede de comunicação também abrange
os dispositivos de GPS embarcados nas máquinas, responsáveis por informar o
posicionamento da máquina e/ou de sua ferramenta de operação, como no caso das
perfuratrizes.

Para as máquinas de mina em geral, devem-se especificar sistemas de posicionamento


global (GPS). Entretanto, para as máquinas do tipo escavadeira, pá carregadeira, perfuratriz,
trator e motoniveladora, podem-se especificar sistemas de posicionamento global de alta
precisão (HP-GPS). A adoção dessas tecnologias para a lavra é uma escolha do projeto.

Deve ser realizado obrigatoriamente um Site Survey na região de cobertura prevista para
rede sem fio, sendo levantadas as fontes de interferências e pontos de sombra e perda de
potência espectral dos sinais. A partir desses dados, deve-se apontar o uso de antenas e
especificá-las para direcionar o sinal e/ou alcançar os pontos de sombra.

Os dispositivos de comunicação sem fio devem ser especificados de forma a atender às


resoluções da norma IEEE 802.11(a, b ou g) e às definições de segurança do padrão IEEE
802.11i. O projeto deverá verificar junto aos fornecedores a aderência de seus produtos a
essas normas.

11.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

Código de Fonte
A, F

O Sistema de Gestão de Combustível (SGC) deverá controlar, monitorar e gerenciar os


processos de recebimento, tancagem e abastecimento de combustíveis.

Esse sistema deve ser especificado de forma que possibilite:

 Verificação do tipo e quantidade precisa do combustível recebido e


distribuído internamente;
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 Reconciliação do estoque físico com o contábil;
 Controle e monitoramento do nível dos tanques de combustível;
 Detecção de vazamentos;
 Permissão de abastecimento apenas para veículos cadastrados;
 Gestão de relatórios gerenciais e KPI de consumo de combustível.

O sistema de gestão de combustível deve possuir um banco de dados centralizado para


armazenamento de informação de todas as operações de transferência de combustíveis,
possibilitando a geração de relatórios de acompanhamento e não conformidade de
operações.

O sistema de gestão de combustível deve disponibilizar as informações para outros sistemas


externos por meio de padrão de interface aberto e padronizados, para utilização na Mosaic
(OPC, ODBC, XML, Webservice, entre outros).

11.1 ARQUITETURA

O sistema de gestão de combustível integra a camada de nível 1 ao nível 3 de Automação,


segundo a definição norma ANSI/ISA 95.

Os instrumentos medidores desse sistema, que compõem o nível 1 de automação, estarão


interligados aos CLP ou controladores dedicados, para recebimento e envio de comandos e
dados do processo. Os dispositivos de controle compõem o nível 2 de automação e são
responsáveis diretos por intertravamento e controle de nível de tanques, recebimento de
combustível, válvulas de vazão e bombas de abastecimento.

Os sistemas de supervisão de operações de recebimento, tancagem e abastecimento de


combustível também fazem parte da camada 2 de automação. O sistema de supervisão de
tancagem deverá também monitorar os sistemas de recebimento e de detecção de
vazamento.
O sistema de gestão de abastecimento também deve possuir software para integração e
análise gerencial dos dados dos subsistemas que o compõem, possibilitando a análise dos
dados do processo. Esse aplicativo abrange o nível 3 da camada de automação.

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A figura 11.1 apresenta esquematicamente a arquitetura do sistema de gestão de
combustível.

APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL

CONTROLE E SUPERVISÃO

SISTEMA DE SISTEMA DE SISTEMA DE


SISTEMA DE
RECEBIMENTO DE DETECÇÃO DE ABASTECIMENTO DE
TANCAGEM
COMBUSTÍVEL VAZAMENTO COMBUSTÍVEL

Figura 11.1 - Modelo de arquitetura do sistema de gestão de combustível

11.2 SISTEMA DE RECEBIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O sistema de recebimento de combustível tem como função o descarregamento, a


contabilização e a verificação da qualidade do combustível dos caminhões/vagões-tanque
para os tanques de armazenamento.

O sistema de recebimento de combustível é composto por uma Estação de Medição de


Volume Transferido de Combustível (EMED), conforme especificado no documento
CP-J- 1002.

11.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

O sistema de abastecimento de combustível possibilita o gerenciamento em tempo real da


distribuição de combustíveis nos postos de abastecimento.

Esse sistema deve realizar a identificação individual de veículos e maquinários, verificando


se estes podem ser abastecidos, e apenas liberar o fluxo de combustível pelo bico injetor da
bomba caso seja autorizado pelo sistema.

11.4 APLICATIVO DE GERENCIAMENTO DE COMBUSTÍVEL

O aplicativo de gerenciamento de combustível gerencia e registra todas as operações


realizadas com combustíveis, desde o recebimento de combustível do fornecedor até a
distribuição individual para cada máquina da Mosaic.
É de responsabilidade desse sistema o monitoramento e balanço de massa de todo o
combustível que é recebido, transportado e distribuído dentro das instalações da Mosaic. O
sistema deve executar reconciliação dos recebimentos com os abastecimentos realizados e
os estoques físicos existentes, realizar previsões de demanda local de combustível,
programar compras e analisar o tipo de maquinário e locais de maior consumo.
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Esse sistema deve se comunicar com todos os outros sistemas que compõem o sistema de
gestão de combustível.

12.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO FERROVIÁRIA

Código de Fonte
A, F

Os sistemas de automação ferroviária devem ser especificados de forma que estejam de


acordo com os seguintes critérios gerais:

12.1 ARQUITETURA

A arquitetura de automação ferroviária deve ser especificada de acordo com a figura 12.1.
Essa arquitetura representa o Sistema de Gestão Ferroviária (SGF) e deve ser composta
pelos seguintes subsistemas:

 Sistema de despacho;
 Sistema de gestão de ativos;
 Sistemas de supervisão;
 Sistemas de monitoramento de via e trem;
 Sistema de controle e sinalização de via;
 Sistemas embarcados do trem.

SISTEMAS DE DESPACHO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ATIVOS

Sistemas Auxiliares

SISTEMAS DE CONTROLE E SUPERVISÃO


CFTV

SISTEMA DE SISTEMAS DE SISTEMAS


MONITORAMENTO DE CONTROLE E EMBARCADOS DE
VIA E TREM SINALIZAÇÃO DE VIA TREM
SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO

INSTRUMENTAÇÃO

Figura 12.1 - Modelo de arquitetura de automação de ferrovia


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O modelo de arquitetura de automação ferroviária apresentado está disposto


esquematicamente por nível hierárquico de acordo com as definições da norma ISA S-95.1.
Dessa forma, os sistemas superiores, na figura, representam níveis mais elevados em
relação aos que abaixo deles se encontram.

Sendo assim, o nível 3 (gestão) é composto pelos sistemas de despacho e gestão de ativos.
O nível 2 (controle e supervisão) é composto pelo sistema de controle e sinalização da via,
os sistemas embarcados do trem, e os sistemas de monitoramento de via e trem. O nível 1 é
composto pela instrumentação nas vias.

Os sistemas auxiliares prestam suporte e serviços aos três primeiros níveis de automação.
Deve ser previsto o monitoramento remoto dos recursos dos sistemas auxiliares na sala de
controle central.

Todas as interfaces de comunicação entre esses sistemas devem ser realizadas em


protocolo aberto padronizado para utilização na Mosaic.

A comunicação entre locomotiva e as redes de supervisão e gestão de ativos deve ser


realizada por meio de uma rede sem fio segura, conforme padrão IEEE 802.11i.

A seguir, são apresentados os componentes de cada um dos três níveis considerados no


modelo de arquitetura.

12.2 SISTEMA DE GESTÃOFERROVIÁRIA

12.2.1 Sistema de Despacho

O sistema de despacho deve ser especificado e adquirido de forma que contemple as


funcionalidades de acompanhamento e planejamento da circulação de trens ao longo da via
ferroviária. Esse sistema será responsável pelo cálculo das rotas, alocação de composições
com base em algoritmos otimizadores e simulação de cenários.

Deve ser prevista interface com o sistema de supervisão, sistemas corporativos e sistema de
gestão de ativos, de forma que sejam possíveis a coleta de dados e o suporte à decisão em
tempo real.

12.2.2 Sistema de Gestão de Ativos

O sistema de gestão de ativos deve ser especificado e adquirido de forma que seja possível
gerenciar os dispositivos waysides, via permanente, locomotivas, vagões, equipamentos e
veículos de manutenção ferroviária.

Também será função desse sistema gerenciar os ativos de automação (controladores,


switches, redes de automação, servidores e estações clientes).

Os coletores de dados desse sistema devem ter interface de comunicação com os sistemas
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de nível 1 e 2. Esses dados devem ser disponibilizados para o sistema de gestão de ativos
através de meio físico Ethernet em protocolo IP.

O sistema de gestão de ativos deve ter interface de comunicação com o sistema de


despacho e sistema de supervisão.

Os dados de processo e de diagnóstico devem ser historiados em uma base de dados


temporal.

Relatórios da operação e manutenção da ferrovia devem ser emitidos, contendo indicadores


(KPI) calculados a partir de variáveis de desempenho da ferrovia.

12.2.3 Sistemas de Supervisão

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

 Sistema de supervisão de tráfego;


 Sistema de supervisão de auxiliares.

Esses sistemas devem ter recursos de software e hardware independentes. No entanto,


deve ser prevista integração de dados entre os dois sistemas em padrões abertos.

O sistema de supervisão de tráfego deve ser responsável pelas seguintes funcionalidades


básicas:

 Monitoramento de condições de sinalização e ocupação ao longo da via,


bem como estado atual de todos os Aparelhos de Mudanças de Vias (AMV);
 Rastreamento e prefixação de composições ao longo da via;
 Comando de licenciamento de rotas e perfil de velocidade de trecho;
 Visualização de alarmes oriundos dos dispositivos waysides de
monitoramento de trem;
 Visualização de alarmes oriundos dos dispositivos de monitoramento de
condições da via;
 Visualização, reconhecimento e histórico de alarmes operacionais;
 Visualização de dados de localização e saúde das locomotivas, vagões,
equipamentos e veículos de manutenção ferroviária.

Esses sistemas devem ter interface de comunicação com o sistema de controle e sinalização
de via, sistema de despacho e sistemas embarcados em protocolo IP.

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A conexão entre servidores do sistema de supervisão e sistema de controle e sinalização de
via deve ser feita via rede redundante.

Devem ser previstos recursos de software e hardware em regime de redundância hot-


standby para os servidores do sistema de supervisão.

A arquitetura dos sistemas de supervisão deve ser cliente-servidor, contemplando os


seguintes componentes:

 Estações clientes;
 Servidores de aplicação;
 Estação de engenharia;
 Painel mímico;
 Servidores de banco de dados.

12.2.4 Sistema de Monitoramento de Via

Esse sistema é composto por equipamentos responsáveis pelo monitoramento de condições


da via permanente.
Todas as informações desses equipamentos devem ser armazenadas em um sistema
historiador de dados para serem utilizadas para identificar o trecho da via permanente que
apresentar falhas.

Esses dados devem ser disponibilizados em protocolo aberto e padronizados para utilização
na Mosaic.

Esse sistema abrange os seguintes componentes:

 Avaliação de trilho por ultrassom;


 Avaliação de via por análise de imagem;
 Sistema de medição de geometria de trilho;
 Detector de impacto;
 Sistema de medição de resistência de bitola;
 Radar de penetração no solo;
 Monitoramento de condições ambientais devia.

Esses dispositivos devem ter interface com o sistema de gestão de ativos em tempo real.

Caso esses dispositivos sejam instalados em autos de linha, os dados devem ser
transmitidos via rede sem fio segura, conforme padrão IEEE 802.11i.
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12.2.5 Sistema de Monitoramento de Trem

Esse sistema é composto por dispositivos sensores responsáveis pelo monitoramento de


condições do trem a partir da via permanente (wayside devices).

Todas as informações desses equipamentos devem ser armazenadas em um sistema


historiador de dados e ser utilizadas para identificar os veículos da frota que apresentaram a
falha.

Os equipamentos desse sistema devem ter interface com o sistema de supervisão e sistema
de controle e sinalização de via em meio físico Ethernet em protocolo IP.

Esse sistema abrange os seguintes componentes:

 Dispositivos de identificação por rádio frequência (RFID) para vagões e


locomotivas;
 Detectores de caixa quente;
 Detectores de roda quente;
 Detectores de roda fria;
 Detectores de impacto e sobrecarga;
 Detectores acústicos.

Os dispositivos de identificação por rádio frequência (RFID) especificados para os materiais


rodantes ferroviários devem estar em conformidade com a norma AAR S-918.

Devem ser previstas etiquetas identificadoras (RFID) para o material rodante e leitores de
identificação instalados ao longo da via.

12.2.6 Sistemas de Controle e Sinalização de Via

Esses sistemas compreendem instrumentos, atividades e equipamentos necessários para


controle, sinalização e licenciamento da via permanente.

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

 Detectores de ocupação de trechos;


 Detectores de velocidade das composições;
 Detectores de descarrilamento;
 Equipamento de passagem em nível rodoferroviária;
 Controladores e módulos de E/S;
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 Atuadores de sinalização e dispositivos devia;
 Dispositivos de comunicação sem fio.

O sistema de controle deve ser o responsável pelas seguintes funcionalidades:

 Intertravamento de trechos;
 Controle dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV);
 Controle de espaçamento entre trens;
 Licenciamento de trecho;
 Envio de mensagens ATC (Automatic Train Control) aos equipamentos
embarcados de trem.

Os dispositivos de ocupação de trechos devem sinalizar, também, ruptura de trilho.

Os AMV devem disponibilizar sinais de posicionamento (normal ou reversa) para o sistema


de controle.
O sistema de controle deve ter interface com os sistemas embarcados e dispositivos
Wayside sem protocolo de comunicação aberto.

Os controladores devem disponibilizar os sinais de campo para o Sistema de Supervisão e


para coletores de dados do sistema de gestão de ativos, em meio físico Ethernet em
protocolo IP.

Todos os equipamentos de controle e sinalização considerados vitais devem operar em


modo de falha segura.

É responsabilidade do sistema de controle e sinalização o envio de informações de perfil de


velocidade e licenciamento de trecho à locomotiva para o sistema embarcado.

12.2.7 Sistemas Embarcados de Trem

Os sistemas embarcados do trem compreendem instrumentos e equipamentos necessários


para a automação da locomotiva e troca de informações com os outros subsistemas do SGF.

Esses sistemas devem ser especificados de forma a contemplar, no mínimo, os seguintes


componentes:

 Computador de bordo (OBC);


 Dispositivo de localização GPS;
 Dispositivos de comunicação sem fio;
 Dispositivo de Homem-Morto;
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 Registrador de eventos (Black Box);
 Dispositivo de Processamento ATC;
 Dispositivo de fim de trem (EOT);
 Sistema de controle detração;
 Sistema de gerenciamento de combustível.

Devem ser considerados todos os requisitos de comunicação entre os dispositivos


componentes de sistemas embarcados, de forma a possibilitar o uso integrado de todas as
suas funcionalidades.

Esses dispositivos devem disponibilizar dados em padrão aberto e padronizados para


utilização na Mosaic.
Esse sistema deve ser especificado de forma que seja possível receber e processar
comandos ATC enviados pelo sistema de controle da via.
Esse sistema deve disponibilizar informações, em tempo real, sobre a saúde do trem, sobre
a velocidade, e sobre a localização da composição ao sistema de supervisão de tráfego e ao
sistema de gestão de ativos.

Os dispositivos de comunicação sem fio para transmissão de dados devem atender às


especificações do padrão IEEE 802.11(a, b ou g) e às especificações de segurança do
padrão IEEE 802.11i.

13.0 CRITÉRIOS DE SISTEMAS PIMS

13.1 RESPONSABILIDADE

Os projetos greenfield ou brownfieldde PIMS a serem executados na MOSAIC são de


responsabilidade da área corporativa de Tecnologia da Informação (TI) da MOSAIC,
atualmente representada pela gerência de projetos de inovação de TI em PIMS (IT
Innovations PIMS). A gerência será responsável por especificar, contratar, executar, testar,
colocar em produção, e fornecer treinamentos com manuais de operação e manutenção.

Para contratação de projetos de sistema de gerenciamento de informação de processo


(PIMS) conforme fluxo de atendimento da TI do documento MA-G-644, a equipe de parceiro
de negócio (BP - Business Partner IT) deverá ser contatada para suportá-los.

13.2 GERAL

De uma maneira bastante sintética, um sistema PIMS, aplicado em ambientes industriais da


Mosaic, é uma ferramenta de software utilizada para coletar, armazenar e publicar dados de
processo. Ela se baseia numa sequência que se inicia com a coleta sistemática de dados
relevantes do processo, passa pelo armazenamento destes em um banco de dados histórico
(temporal), e finalmente termina na publicação desses dados na forma bruta e/ou
transformada.
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O PIMS é o principal repositório de informações sobre o funcionamento das plantas, em que


é registrado o conhecimento sobre o processo.

13.3 CONTEXTO DO SISTEMA

Na estrutura hierárquica de sistemas para gestão geral dos processos em uma planta
industrial, o PIMS pode ser considerado um sistema de Nível 3, conforme apresentado na
figura 13.1.

A evolução das ferramentas PIMS disponíveis no mercado, no entanto, faz com que esse
sistema apresente funcionalidades existentes tanto nos sistemas de Nível 2 quanto nos de
Nível 3.
Para atender de maneira apropriada às necessidades de uso, manutenção, segurança de
acesso, integridade e confiabilidade dos dados, os aspectos relativos a funcionalidades e
requisitos, apresentados neste documento, deverão ser seguidos.

Figura 13.1 - Níveis hierárquicos de sistemas – adaptado da norma ISA-95

13.4 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMAPIMS

O PIMS, de uma maneira geral, é uma ferramenta implementada a partir de pacotes de


software “de prateleira”, comumente disponíveis no mercado. Sua arquitetura geral é
apresentada na figura 13.2. Essa arquitetura, do tipo cliente-servidor, pode variar de projeto
para projeto, de acordo com as necessidades, as particularidades e as restrições de cada
um deles, dentre as quais podemos destacar:

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 Fontes de dados que alimentarão o sistema:
- Infraestrutura para conexão e obtenção dos dados;
- Existência de interface lógica;
- Qualidade e confiabilidade dos dados a serem coletados.

 Criticidade das informações a serem tratadas;


 Volume de dados a serem coletados e armazenados no histórico;
 Frequência de coleta de dados;
 Disponibilidade (operacional e de funcionamento) do sistema;
 Integridade e segurança de acesso aos dados armazenados;
 Acesso ao sistema (formas e segurança): Web-clients, Thick-clients, etc.;
 Quantidade de usuários com acesso simultâneo ao sistema.

Figura 13.2 - Arquitetura geral do PIMS

Em função desses requisitos, os seguintes itens, dentre outros, deverão ser analisados:

 Necessidade de redundância de servidores tanto de dados quanto de


acesso (clientes);
 Necessidade de redundância e a distribuição física (geográfica) dos
coletores dedados;
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 Necessidade de revisão da infraestrutura de comunicação;
 Necessidade de segregação em várias redes físicas e/ou proteção através
de IDS/IPS (Intrusion Detection System/Intrusion Protection System),
firewalls, DMZ (Demilitarized Zone),etc.

Não deverá ser previsto o uso do PIMS para comandar ou executar ações diretamente sobre
equipamentos ou outros sistemas da planta. A função da ferramenta será apenas de coletar,
transformar (quando aplicável), registrar e publicar dados coletados da planta, executando,
quando necessário, funções de auxílio à tomada de decisão em tempo real.

13.5 COMUNICAÇÃO

Deverão ser configuradas as interfaces de comunicação entre o PIMS e o sistema de


supervisão e/ou os controladores programáveis, de acordo com o projeto.

Ao escolher o driver de comunicação, deverá ser optado um protocolo de comunicação


aberto, padrão de mercado.

Caso a comunicação do PIMS com os sistemas de nível 1 (ver ANSI / ISA 95) seja via
servidor de dados de processo, o padrão de interface adotado deve ser o OPC (Open
Process Control).

São exemplos de dados coletados pelo PIMS:

 Palavra de Status de equipamentos;


 Palavra de Defeito de equipamentos;
 Indicação de variáveis analógicas (temperatura, pressão, vazão, corrente,
etc.);
 Indicação de variáveis discretas (chaves e botoeiras);
 Horímetros de equipamentos;
 Totalizadores (produção e insumos).

13.6 INTEGRAÇÃO COM OUTROS SISTEMAS

Todos os dados históricos deverão ser armazenados na base de dados temporais do PIMS.
Caso seja definido no memorial descritivo do projeto, o PIMS poderá exportar dados para
outros sistemas. São normalmente integrados ao PIMS:

 Sistema de apontamento de paradas;


 Sistema de apontamento de produção.

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A comunicação do PIMS com outros aplicativos deverá ser realizada em interfaces de
padrão aberto, tais como OPC, OLEDB, WebService ou ODBC (Open Data Base
Connectivity). As interfaces de comunicação com outros sistemas serão definidas em
conjunto com a equipe da gerência de projetos de inovação de TI em PIMS.

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