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MANUAL DE
USO INTERNO
ENGENHARIA -ME
TÍTULO Nº MOSAIC PÁGINA

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CRITÉRIOS DE PROJETO PARA SISTEMAS DE UTILIDADES CP - T - 1003
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REVISÕES
TE: TIPO A -PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARACONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARAAPROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORMECOMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C EMISSÃO INICIAL CAM BRS GAM GAM 08/05/18

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3
2.0 APLICAÇÃO 3
3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3
4.0 CÓDIGOS E NORMAS 4
5.0 DEFINIÇÕES 7
6.0 CÓDIGO DA FONTE 7
7.0 REQUISITOS GERAIS DE PROJETO 8
7.1 RESPONSABILIDADES DA PROJETISTA 8
8.0 APRESENTAÇÃO DO PROJETO 8
9.0 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 9
9.1 EFICIÊNCIA EM SISTEMAS DE BOMBEAMENTO 9
10.0 SISTEMAS DE UTILIDADES 12
10.1 QUALIDADE, VAZÃO E PRESSÃO DENTROSISTEMA DE GERAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO 13
10.2 SISTEMA DE VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO 18
10.3 SISTEMA DE CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA BRUTA/RECUPERADA 19
10.4 SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA 20
10.5 SISTEMA DE GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR 23
10.6 SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE A INCÊNDIO 24
10.7 SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL25
10.8 SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO D EGÁS COMBUSTÍVEL 25
10.9 SISTEMA DE CAPTAÇÃO E SUPRESSÃODEPÓ 26
10.10 SISTEMA DE GERAÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE OXIGÊNIO30
11.0 REQUISITOS DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 30

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1.0 OBJETIVO

Estabelecer diretrizes e os critérios básicos para o desenvolvimento de projetos de


engenharia dos sistemas de utilidades.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as áreas de desenvolvimento e implantação de projetos de capital Mosaic.

3.0 DOCUMENTOS DEREFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

CP-B-1001 Critérios de Projeto para Civil/Infraestrutura


CP-B-1003 Critérios de Projeto para Tratamento de Efluentes Esgoto
Sanitário
CP-C-1001 Critérios de Projeto para Estruturas de Concreto
CP-E-1001 Critérios de Projeto de Elétrica
CP-J-1001 Critérios de Projeto para Automação Industrial
CP-L-1001 Critérios de Projeto para Mecânica - Arranjos
CP-M-1001 Critérios de Projeto para Mecânica - Equipamentos
CP-S-1001 Critérios de Projeto para Estruturas Metálicas
CP-T-1001 Critérios de Projeto para Tubulação
CP-T-1005 Critérios de Projeto para Suportes para Tubulação
CP-T-1006 Critérios de Projeto para Isolamento Térmico
EG-M-1004 Especificação Geral Sistema de Ar Condicionado e Ventilação
GU-E-1066 Glossário
Glossáriode
deTermos
TermoseeSiglas
SiglasUtilizados
Utilizadosnos
nosEmpreendimentos
Empreendimentos

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4.0 CÓDIGOS ENORMAS

Os códigos e/ou normas relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste


documento ou contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na
sua revisão mais recente.

 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 5626 Instalação predial de água fria


NBR 7532 Identificadores de extintores de incêndio
NBR 12693 Sistemas de proteção por extintores de incêndio
NBR 13206 Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para
condução de fluidos – Requisitos
NBR 13714 Sistema de hidrantes e mangotinhos e acessórios
NBR 14100 Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto
NBR 14605 Posto de serviço - Sistema de drenagem oleosa
NBR 16401 Instalações de ar-condicionado
NBR 17505 Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis

 ANSI - American National Standards Institute

ASME/ANSI B 16.1 Cast Iron Pipe Flanges and Flanged Fittings


ASME/ANSI B 16.5 Pipe Flanges and Flanged Fittings
ASME/ANSI B 16.24 Cast Copper Alloy Pipe Flanges and Flanged Fittings
ANSI B 36.19 Stainless Steel Pipe
ANSI B 36.10 Weldedand Seamless Wrought Steel Pipe

 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

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Resolução nº 9 de Orientação técnica elaborada por grupo técnico assessor sobre


16/01/2003 padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes
climatizados artificialmente de uso público e coletivo □
Resolução nº 176 de Determina a publicação de Orientação Técnica elaborada por
24/10/2000 Grupo Técnico Assessor, sobre Padrões Referenciais de
Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados
artificialmente de uso público e coletivo.

 API - American Petroleum Institute

API 650 Welded Steel Tanks for Oil Storage


API 2000 Venting Atmosphericand Low-pressure Storage Tanks

 ASHRAE - American Society ofHeating, Refrigeratingand Air-Conditioning


Engineers

Handbook - HVAC Systems And Equipment

 ASME - American Society ofMechanical Engineers

ASME B 19.1 Safety Standard for Air Compressors Systems


ASME B 19.3 Safety Standard for Compressors for Process Industries
ASME B 31.3 Process Piping Code
ASME PTC-9 Displacement Compressors, Vacuum Pumps AndBlowers
ASME PTC-10 Performance Test Codeon Compressors and Exhausters
ASME VIII Vessel design

 ASTM - American Society for Testingand Materials

ASTM A 106 Standard Specification for Seamless Carbon Steel Pipe for High-
Temperature Service
ASTM A 312 Standard Specification for Seamless, Welded, and Heavily Cold
Worked Austenitic Stainless Steel Pipes

 CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

Resolução 3 de 28 de Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes

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Junhode1990 ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências. □

 CTI - Cooli Tower ng Institute

Manual - Chapter 2 - Introductionto CTI Thermal Design

 DIN – Deutsches Institutfür Normung


 HI – Hydraulic Institute
 IRB - Instituto de Resseguros do Brasil
 ISA - Instrument Society of America

ISA S 7.3 Quality Standard for Instrument Air

 ISO – International Organization for Standardization

ISO-7183-A Compressed Air Dryers – SpecificationsandTesting


ISO-8573-1 Compressed Air – Contaminants and Purity Classes

 MTE - Ministério do Trabalho eEmprego

NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade


NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão
NR 26 Sinalização de Segurança
Portaria 80 de 29/02/ Altera a Norma Regulamentadora n.º 20 – Líquidos Combustíveis
2012 do SIT e Inflamáveis, aprovada pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de
junho de 1978. □

 MS – Ministério da Saúde

Portaria do Ministério Controle e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo


da Saúde nº 2914 de Humano e seu Padrão de Potabilidade
12/12/2011

 NFPA – National Fire Protection Association

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NFPA 13 Installationof Sprinkler Systems


NFPA 54 National Fuel Gas Code
NFPA 72 National Fire Alarmand Signaling Code
NFPA 497 Recommended Practice for the Classificationof Flammable
Liquids, Gases, or Vaporsandof Hazardous
NFPA 2001 Standard on Clean Agent Fire Extinguishing Systems

 OMS - Organização Mundial de Saúde

 OSHA – Occupational Safetyand Health Administration

 SMACNA - Sheet Metal and Air Conditioning Contactor’s


NationalAssociation

ANSI/SMACNA 006 - HVAC – Duct Construction Standards


2006
A Mosaic exige o atendimento integral às normas regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego conforme portaria 3214, de 08/06/1978, e suas atualizações, bem como
o atendimento integral aos requisitos de saúde e segurança da legislação localvigente.

Os requisitos legais têm sempre prevalência sobre os requisitos constantes neste


documento, com exceção de situações em que estes sejam mais restritivos.

5.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-1066.

6.0 CÓDIGO DA FONTE

O código em letras listado abaixo para cada critério refere-se à fonte de informação utilizada
na execução deste documento. Em determinados casos, podem ser citadas duas (2) fontes
de informação. Determinado código junto ao título significa que todo o item possui o mesmo
código. Os seguintes códigos de letras serão utilizados nos itens e subitens destes Critérios
de Projeto para Sistema de Utilidades da Mosaic:

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Código Descrição

A Critério entregue pela Mosaic


B Prática comum da Indústria
C Recomendação da Empresa Projetista
D Critério entregue pelo Fornecedor
E Critério de Cálculo de Processo
F Dado de Código ou Norma
G Dado assumido (com conhecimento da Mosaic)
H Critério entregue por Fornecedor de Tecnologia
J Regulamento Federal, Estadual ou Municipal

7.0 REQUISITOS GERAIS DEPROJETO

7.1 RESPONSABILIDADES DAPROJETISTA

Código da Fonte
B

A projetista deverá assumir a total responsabilidade sobre todos os cálculos, desenhos e


documentos necessários para execução do projeto de sistemas de utilidades. É de sua
exclusiva responsabilidade a estrita observância do prescrito neste documento, bem como
das disposições legais que possam afetar o projeto de sistemas de utilidades.
A projetista também deverá observar as exigências das normas e especificações técnicas
em todas as fases do projeto.

Devem também ser seguidas, pela projetista, as exigências das normas e especificações
técnicas para cada uma das fases do projeto.

A liberação ou aceitação total ou parcial do projeto, por parte da Mosaic, em nada diminui a
responsabilidade da projetista pelo projeto.

8.0 APRESENTAÇÃO DOPROJETO

Código da Fonte
B

Os documentos de projeto devem ser apresentados em formatos padronizados da Mosaic,


compatíveis com o conteúdo, desenhos ou textos a serem inseridos. Além disso, devem-se
observar prescrições e indicações dos procedimentos de engenharia pertinentes ao projeto e
fornecidos pela Mosaic.

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As unidades de medidas utilizadas deverão ser preferencialmente do Sistema Internacional
(SI), exceto quando especificamente indicadas em contrário (caso típico de diâmetros
nominais, espessuras em polegadas e classe de pressão em libras por polegada ao
quadrado).

A relação de documentos indicados acima não exclui a possibilidade da necessidade ou


exigência de outros documentos, a critério da Mosaic.

As bombas deverão considerar os fluxos nominais do balanço de massa do caso crítico,


apresentados nos respectivos fluxogramas de processo da área, sem fator de projeto.

9.0 EFICIÊNCIAENERGÉTICA

A utilização racional de energia, chamada de eficiência energética, consiste em usar menos


energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético, sendo, assim, uma atividade
que procura otimizar o uso das fontes de energia. Por esse motivo, a eficiência energética é
um dos pilares da política energética sustentável.

Para atingir a eficiência energética, é necessária a implantação de um sistema de controle e


monitoramento que seja constantemente acompanhado.

Os sistemas de utilidades em razão de uso intensivo de energia elétrica em bombas e


compressores têm grande potencial de ganhos em eficiência energética.

O dimensionamento correto deverá começar com um balanço de massa do sistema. A partir


daí, deve ser desenvolvida a engenharia de processo com a elaboração de fluxograma de
engenharia e layout.

Deverá, sempre que possível, ser privilegiado o uso de escoamento por gravidade, visando à
economia de energia.

9.1 EFICIÊNCIA EM SISTEMAS DE BOMBEAMENTO

A eficiência energética será atingida, inicialmente, com o correto dimensionamento do


sistema de bombeamento.

As bombas deverão ser selecionadas para operar sempre próximas ao ponto de melhor
eficiência.

Na associação em paralelo, deverão ser selecionadas bombas nas quais a altura


manométrica total do sistema nunca ultrapasse a pressão de shut-off de qualquer bomba
associada. As bombas deverão preferencialmente ser iguais. Duas ou mais bombas
diferentes poderão trabalhar em paralelo. Entretanto, para seu bom funcionamento, deverá
ser verificada a curva de associação das bombas por meio de construção gráfica.

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As curvas características típicas das bombas associadas em paralelo deverão ser estáveis e
de pouca inclinação, para evitar grande variação de vazão.

O diâmetro da tubulação de recalque deverá ser suficiente para transportar a vazão


desejada com perda de carga devidamente calculada para essa vazão. Caso contrário, a
operação em paralelo não apresentará vantagens apreciáveis no sentido de aumento de
vazão.

A definição da velocidade periférica adequada ao tipo de rotor e revestimento deverá ser


feita de acordo com a norma ANSI/HI. Para a aplicação da norma, o fluido deve ser definido
quanto ao seu conteúdo de sólidos em suspensão, reologia, abrasividade, corrosividade,
pressão, vazão, temperatura e densidade, pH eviscosidade.

Deverá ser dada preferência, para acoplamento direto motor-bomba. A associação em


paralelo de bombas de polpa com o sistema de transmissão por polias e correias deverá ser
evitada.

O método de controle de vazão com ganho de eficiência energética é feito por meio do
controle de rotação, usando-se o variador de velocidade. Sistemas de bombeamento
deverão, exceto por exigência do processo, utilizar o conjunto motor/bomba e inversor de
frequência.

Para evitar o reciclo de grande vazão de polpas ou água em abastecimento de


equipamentos que trabalham por batelada, deverá ser considerado o uso de tanque pulmão
próximo ao equipamento.

Para dimensionamento de bombas para efluentes industriais e domésticos, deverão ser


informados: pH, sólidos em suspensão, dureza, e índices indicadores de corrosividade e
incrustação.

Deve-se dimensionar cuidadosamente a perda de carga em tubulações de sucção/recalque


e em conexões, evitando usar altos coeficientes de segurança. No projeto de tubulação,
devem-se evitar cotovelos e mudanças bruscas de direção ou seção.

Nos casos onde vazamentos não são toleráveis devido aos riscos ambientais, riscos à saúde
e segurança das pessoas e riscos operacionais, deverá ser prevista a implantação de
sistema de detecção de vazamentos.

Durante o projeto de linhas de polpa ou outros fluidos com elevados teores de sólidos em
suspensão com tendências para depositar ou incrustar, devem ser evitados trechos com
estagnação de fluxos e fluxos reversos. Deve ser prevista a possibilidade de uso de PIG
para limpeza das linhas.

O aclive deve ser suave no sentido reservatório-bomba para linhas de sucção extensas, para
evitar acúmulo de ar nos pontos altos.

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Deve-se trabalhar com arranjos de concepção de projeto e de operação que sejam
norteados pela melhor setorização das zonas de pressão, evitando-se o desperdício com
altas pressões na rede, que, além de tudo, são um fator de indução de perdas hidráulicas
reais e que se traduzem, em última análise, em ineficiência energética. Realizar instalação
de macromedição para setorizar as perdas e identificar áreas críticas.

Sempre que possível, as redes devem ser projetadas em formato anel, o que possibilita uma
melhor distribuição das pressões no sistema.

Deve ser prevista a introdução de dispositivos antivórtice nos tanques de sucção e de


ventosas, em pontos adequados do sistema de recalque para eliminação de ar do sistema.

As normas ASME/ANSI ou DIN devem ser usadas para a correta determinação dos flanges.
ASME/ANSI apresenta uma identificação simples, distinguindo-se três normas. Dentro de
cada norma são definidas diversas classes de pressão:

 ASME/ANSI B 16.1, para ferro;


 ASME/ANSI B 16.5, para aço;
 ASME/ANSI B 16.24, para ligas de cobre.

Já a norma DIN apresenta norma própria para cada flange e cada classe de pressão.

Deve-se prever a instalação de medidores e sistemas de controle e ou monitoração de nível


em todos os tanques e caixas intermediárias de bombeamento de água, para evitar
transbordos e desperdícios.

Modelos adaptados para fluxo invertido (opção downflow), ou seja, com sucção por cima e
descarga por baixo, permitem o bombeamento de sólidos com tendência de rápida
sedimentação dentro da bomba.

Os algoritmos de otimização deverão ser implementados, preferencialmente, nos sistemas


de automação. Soluções com algoritmos de otimização embarcados nos inversores de
frequência (caixas pretas) deverão ser aplicáveis somente a instalações nas quais não exista
um sistema de automação em que o algoritmo de otimização possa ser implementado.

Sistemas de bombeamento utilizando duas ou mais bombas operando em paralelo deverão


possuir algoritmo de otimização dessas bombas implementados no sistema de automação,
de forma a garantir que trabalhem com a máxima eficiência energética, desligando ou
religando os equipamentos, conforme as necessidades do processo.

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10.0 SISTEMAS DE UTILIDADES

Código da Fonte
BFJ
Os seguintes requisitos deverão ser observados pela projetista, na elaboração do projeto, e
pela contratada, na execução da montagem, dos sistemas de utilidades:

 A padronização dos sistemas de utilidades deve ser levada em conta em


todas as fases da engenharia, tanto pela projetista como pelos fornecedores
de equipamentos, para minimizar o estoque de peças de reposição;
 A projetista deverá prever, nos desenhos, arranjos e bloqueios de segurança
de maneira de assegurar que a equipe de manutenção possa executar suas
tarefas, sem trazer nenhum prejuízo para o pessoal e nem aos sistemas de
utilidades;
 Da mesma forma, deverão ser indicadas nos equipamentos, as limitações
específicas de vazão, pressão e temperatura para a operação normal dos
sistemas de utilidades, a fim de garantir uma operação confiável e segura.

Os seguintes sistemas de utilidades serão tratados neste documento:

 Sistema de geração e distribuição de ar comprimido;


 Sistema de ventilação, sr condicionado e refrigeração;
 Sistema de captação e distribuição de água bruta/recuperada;
 Sistema de tratamento de água;
 Sistema de tratamento de efluentes;
 Sistema de geração e distribuição de vapor;
 Sistema de detecção, alarme e combate a incêndio;
 Sistema de armazenamento e distribuição de óleo combustível;
 Sistema de disposição de rejeitos;
 Sistema de captação e supressão de pó;
 Sistema de geração e distribuição de oxigênio.

A relação de sistemas indicados acima não esgota todas as possibilidades de sistemas cuja
elaboração possa vir a ser responsabilidade, necessidade ou exigência para a projetista, a
critério da Mosaic.

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10.1 QUALIDADE, VAZÃO E PRESSÃO DENTROSISTEMA DE GERAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE AR COMPRIMIDO

Código da Fonte
D, F

O sistema de ar comprimido é constituído pelas etapas de geração, tratamento,


armazenamento e distribuição do ar.

A eficiência energética será conseguida com o correto dimensionamento da central de


compressores, convergindo a demanda de ar comprimido à capacidade de geração
instalada. Para isso, devem ser propostas soluções que sustentem a qualidade e a
quantidade adequadas de fluxo de ar comprimido para todos os usuários.

A definição do tipo de compressor (dinâmico ou deslocamento positivo) a ser utilizado no


sistema será em função da vazão, da pressão e da qualidade do ar requeridas.

Os compressores devem ser instalados em local limpo, bem iluminado e ventilado, com área
suficiente para permitir fácil acesso para limpeza, inspeção, desmontagem e remoção dos
pistões, resfriadores e acionadores. O ruído emitido pelo compressor deve ser isolado do
exterior por meio de proteção estrutural e abrigo em volta do compressor.

Deve ser desenvolvido um layout adequado da casa de compressores, visando à tomada de


ar em ambiente com pouca umidade, baixa quantidade de sólidos e temperatura ambiente
dentro dos limites definidos para o equipamento. Com essa medida, evita-se o
superaquecimento nos compressores e maior consumo de energia para a compressão do ar.

Quando possível, a casa de compressores deverá ficar no centro geométrico de seus


consumidores, para melhor distribuição de ar comprimido, evitando perdas de pressão e
consumo de ar.

A Mosaic recomenda a utilização do sistema composto de vários compressores. Um ou mais


compressores garantem a demanda contínua básica de ar comprimido. Se a demanda
aumentar, compressores adicionais podem entrar em funcionamento (carga intermediária e
pico de carga) até a demanda ser garantida. Isso aumenta a confiança operacional, favorece
a manutenção e aumenta a eficiência energética.

Para sistemas com múltiplos compressores, deve-se prever lógica de controle para a correta
pressão de trabalho, visando assegurar tempos “de alívio” e “com carga” mais eficientes.
Essa lógica deve prever também o despacho prioritário dos compressores com menor
consumo específico, e a utilização de compressores com inversores de frequência, para a
correta modulação dos equipamentos e fornecimento de ar dentro da demanda momentânea
dos sistemas atendidos.

Os compressores e todos os acessórios devem ser de acordo com as normas ASME B 19.1
e 19.3; a ASME VIII, PTC-9 e 10, e ISA S 7.3, onde aplicável.

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Os componentes abaixo descritos fazem parte integrante do processo de tratamento do ar


comprimido:

 Resfriador – posterior:
- Instalado logo após o compressor ou incorporado ao mesmo com a
finalidade de reduzir a temperatura do ar que sai do compressor,
condensando parte da água presente no ar comprimido. A eliminação
do condensado formado será feita através de um separador de
condensado acoplado ao resfriador.
 Filtros de ar:
- Instalados antes e depois do secador de ar comprimido e também junto
ao ponto de uso do consumidor. Sua finalidade é remover
contaminantes presentes ou gerados na linha de ar, tais como óleo,
água condensada, partículas sólidas, odores, vírus e bactérias.
 Secador de ar comprimido:
- Instalado na linha de ar com a função de remover o vapor d´agua
presente no ar comprimido tornando-o seco. Segundo a necessidade
do grau de secagem do ar, pode-se usar os tipos de secadores por
refrigeração, adsorção, absorção em embrana.

Em compressores para ar de instrumentação, recomenda-se a instalação de secadores por


adsorção ou membrana acoplados ao filtro.

Os componentes do tratamento de ar devem ser fornecidos para atender às piores


condições em termos de contaminação, tais como:

 Pressão mínima;
 Temperatura de ar comprimido máxima;
 Temperatura ambiental máxima;
 Vazão máxima.

Para maior eficiência, sempre que possível, as redes devem ser projetadas em formato anel,
o que possibilita uma melhor distribuição das pressões no sistema. O sistema em anel
também trabalha como um eficiente reservatório de ar.

O sistema deve ser dividido em anéis de pressão, com reguladores de pressão apropriados
(sistemas multipressão – redutores ou boosters), ou válvulas de seccionamento apropriadas.

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O ganho em eficiência será atingido com a utilização de medidores de pressão e vazão de ar
comprimido nas casas de geração, e em pontos estratégicos das linhas de distribuição.
Deverá ser previsto sistema de automação para o controle operacional do sistema,
envolvendo compressores, secadores e instrumentação, respeitando a compatibilidade com
o sistema de automação local, quando houver.

A norma internacional ISO-8573-1 é a referência central sobre a qualidade do ar comprimido


para uso geral, e deve ser seguida em todos os projetos. Secadores instalados em climas
tropicais ou temperados devem obedecer à norma ISO-7183-A.

A captação do ar atmosférico deve ficar distante de quaisquer tipos de fontes de


contaminação, umidade ou calor, tais como: torres de resfriamento de água, ruas sem
calçamento, banheiros químicos, chaminés, caldeiras, escapes de motores de combustão,
etc. Além disso, a localização dos filtros de admissão deverá ser em local de fácil acesso
para permitir manutenções periódicas. Como referência, os filtros de admissão podem ser
instalados do lado mais frio do prédio, no mínimo a 1,5 m do solo ou telhado.

Para compressores de deslocamento positivo, a fim de minimizar os efeitos de pulsação da


estrutura, a tomada pode situar-se a 1 metro das paredes.

No projeto, deverão ser evitadas interligações entre linhas de pressões diferentes. Quando
houver a necessidade de projeto de sistemas com pressões diferentes, é imprescindível que
os sistemas sejam projetados separadamente, evitando-se, assim, o fluxo reverso.

Deverá ser previsto sistema by-pass para todos os filtros, visando facilitar a manutenção dos
mesmos.

As tomadas de ar derivadas da rede principal devem obedecer à aplicação de sistema tipo


gancho/guarda-chuva, para dificultar a passagem de água.

Ao especificar materiais de tubulação, deve-se dar preferência aos resistentes à oxidação.


Os acessórios de tubulação devem seguir a mesma especificação quanto ao material e à
classe de pressão da linha.

Os sistemas de ar comprimido da planta deverão ser projetados para fornecer o ar em todos


os pontos da rede, de modo a garantir a qualidade, vazão e pressão dentro dos limites
especificados pelos equipamentos, instrumentos ou ferramentas que o utilizarão.

A pressão normal de operação para um sistema de geração de ar comprimido para serviço e


processo, e ar de instrumentação é de 7,0 kgf/cm 2 (100 psi). Dependendo da finalidade e do
tipo de processo, essas pressões podem variar para cada projeto. A qualidade e condições
físicas do ar para instrumentos deverão estar de acordo com a norma ISA - S7. 3.

Para dimensionar o sistema de tubulações, devem ser consideradas as velocidades a seguir


especificadas:

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 Tubulações principais de 6 a 8m/s;


 Tubulações secundárias de 8 a 10m/s;
 Mangueiras de 15 a 30m/s.

Na determinação da perda de pressão do sistema de distribuição, devem ser aplicados os


critérios estabelecidos e desenvolvidos pelas empresas Atlas Copcco ou Worthington.

10.1.1 Armazenamento do Ar Comprimido

Reservatórios de ar são utilizados com a função de armazenar o ar comprimido para


consumo, equalizar as pressões das linhas de consumo e eliminar umidade do ar.

Os reservatórios deverão ser construídos em aço carbono, projetados, fabricados e testados


segundo a norma ASME/ABNT aplicáveis, e atender à NR 13.

Deverão ser providos de sensores de pressão, sensores de temperatura, válvulas de


segurança sistema de separação de condensado (se aplicável) e drenos para condensado.
Para determinação do volume do reservatório, deve ser adotada fórmula que considera a
vazão de ar requerida pelo sistema num determinado intervalo em função da perda máxima
de pressão aceitável nesse intervalo. O volume de fornecimento do sistema de ar
comprimido pode ser considerado uma parte do volume do reservatório.

Os reservatórios deverão receber proteção anticorrosiva na face interna e externa, de acordo


com sua exposição à oxidação, e deverão atender à EG-M-1002.

10.1.2 Rede de Distribuição

A rede de distribuição de ar comprimido deverá ser dimensionada com o objetivo de se ter,


entre a saída do compressor e os pontos finais de consumo:

 Mínimo possível de vazamento de ar;


 Mínimo possível de perda de carga;
 Mínima alteração da qualidade doar;
 Baixo consumo de energia.

Os projetos devem prever simplificação do traçado das redes, evitando-se perdas de carga
desnecessárias. Devem ser evitados trechos com estagnação de fluxos, fluxos reversos,
tubulações sem purgadores para drenagem do condensado, e tubulações com diâmetros
inadequados.

A rede de distribuição poderá ter as configurações de circuito aberto ou fechado. A melhor


opção deverá ser analisada. Sempre que possível, as tubulações devem ter uma inclinação

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de 0,5% a 5% do comprimento no sentido do fluxo, para facilitar sua drenagem e redução da
perda de carga.
Todas as válvulas de bloqueio devem ser instaladas após as derivações para os pontos de
consumo.

Deverão ser previstos filtros que evitem a entrada de particulados em suspensão e


contaminação dos componentes internos das válvulas, e consequente desgaste prematuro.

As tomadas de ar para os pontos de consumo devem ser efetuadas na parte superior da


tubulação objetivando um suprimento de ar de melhor qualidade ao consumidor.

Visando evitar volume residual considerável de água nos tubos e reservatórios do sistema,
comprometendo todo o seu funcionamento, deverão ser previstos drenos automáticos e
contínuos nos acumuladores de ar e ao longo de toda a linha evitando, assim, o acúmulo de
água. Na entrada de equipamentos pneumáticos, colocar separadores de água para separar
o volume de água condensada e drená-la automaticamente.

Na seleção do diâmetro dos tubos deverá ser observado o critério de ter a mínima perda de
carga e permitir expansão futura.

Válvulas e acessórios deverão ser selecionados de maneira a ter a menor restrição ao


escoamento do ar.

Devem ser evitadas tubulações subterrâneas, embutidas, instaladas em arrimo ou de difícil


acesso para manutenções de rotina.

Toda tubulação deverá ser corretamente suportada para minimizar movimentos e obter
flechas conforme normas aplicáveis.

Tubulações e conexões devem estar de acordo com os requisitos mostrados na EG-T-1001.

A rede deverá ser dotada dos acessórios necessários ao perfeito funcionamento dos
equipamentos usuários do ar comprimido, incluindo, sem a eles se limitar, os seguintes:

 Filtro comum:
- Remoção das partículas que contaminam o ar comprimido (poeiras,
umidade, óleo) e que não foram retiradas pelos separadores.
 Filtro coalescente:
- Retirada do óleo contido no ar.
 Reguladores depressão:
- Adequação da pressão a um valor requerido pelo usuário, no caso de
esta ser menor que a da rede.

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 Lubrificadores:
- Utilizados quando os equipamentos que utilizam o ar assim o
requeiram.
 Purgadores:
- Eliminação da água que se acumula nas várias partes da instalação de
ar comprimido. Recomenda-se o purgador tipo boia ou similar.
 Separador de umidade
- Utilizado para separar a neblina de gotículas de água suspensas no ar.
 Mangueiras
- Utilizadas na interligação da rede aos equipamentos e dispositivos
usuários do ar comprimido. Devem ser leves, flexíveis e suportar a
pressão de 4 a 5 vezes a pressão máxima de trabalho.
 Engates rápidos
- Utilizados na interligação das mangueiras à rede e aos equipamentos
usuários de ar. Sua especificação está na EG-T-1001.

10.2 SISTEMA DE VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO EREFRIGERAÇÃO

Código da Fonte
F

A instalação do Sistema de Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração (HVAC&R) deve


priorizar os seguintes pontos, de acordo com características e particularidades de cada local
de implantação:

 Sistema central por dutos;


 Sistema tipo splinter com evaporadores externos;
 Sistema de aparelhos convencional.

Todas as áreas de processo, salas elétricas, subestações, almoxarifados, galpões, vestiários


e áreas de manutenção deverão ser projetadas levando-se em consideração um sistema de
ventilação de acordo com as condições indicadas na ASHRAE Guide e NBR 16401.

Escritórios, salas elétricas, de controle, de telecomunicações e de computadores, entre


outros, deverão ser refrigeradas com ar tratado, filtrado e desumidificado, além de estar em
condições térmicas tais que preservem e prolonguem a vida útil do equipamento,
observando um nível mínimo de conforto pessoal.

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Os cálculos para projeto e condições de ventilação e ar condicionado deverão ser baseados
na ASHRAE Guide e levando em consideração a EG-M-1004, com valores de velocidade de
acordo a NBR 16401.
Os dutos devem ser especificados em aço galvanizado, com espessuras de acordo ao
manual da norma SMACNA e atendendo a Resolução nº 176 de 24/10/2000, atualizada pela
Resolução nº 9 de 16/01/2003. A espessura das paredes dos dutos externos utilizados
deverá ser duas vezes maior que a dos dutos de uso interno.

A velocidade em dutos de injeção e extração deve estar de acordo com o Manual HVAC e
com a norma ASHRAE. Esses dutos de distribuição e retorno dos sistemas de ar
condicionado, quando utilizados, serão isolados termicamente em áreas não condicionadas.

10.3 SISTEMA DE CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUABRUTA/RECUPERADA

Código da Fonte
A, B

A execução do projeto desse sistema compreende a captação de água, sedimentação e


decantação, armazenamento e distribuição de água bruta/recuperada. O projeto pode prever
a cloração em águas com alta incidência de matéria orgânica para inibir o crescimento de
algas.

O projeto deve considerar as possibilidades de uso de mananciais superficiais e poços


artesianos para o abastecimento da água bruta.

A elaboração dos balanços de massa de água do projeto, a partir dos flowsheets


(fluxogramas de processo), que foram elaborados pela disciplina de processo, fará parte do
escopo da disciplina de sistemas de utilidades. A disciplina de sistemas de utilidades
procederá à elaboração dos respectivos P&ID de engenharia.

Materiais de tubulação a serem utilizados nos sistemas de água deverão estar de acordo
com a EG-T-1001. A disciplina de sistemas de utilidades deverá levar em conta todas as
outras especificações e documentos Mosaic que dizem respeito ao Sistema.
Os tanques de armazenamento de água deverão ser projetados de acordo com a última
edição do API 650. Além das conexões de entrada e saída, os tanques deverão ser providos
de conexões para trasbordo e drenagem. A conexão de respiro em tanques fechados será
dimensionada conforme API 2000.

Os bocais de drenagem deverão ser localizados de forma a permitir o esvaziamento total.


Deverá ser evitada a interligação da tubulação dos extravasores do tanque (ou caixa) com
as tubulações de drenagem.

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Projetos devem ser elaborados considerando o aproveitamento de água de chuva e o reuso
de águas servidas, quer seja de origem de uso industrial ou doméstico. As bacias coletoras
devem ser bipartidas, permitindo a limpeza e remoção de decantados sem a interrupção de
coleta e tratamento. O reuso deve ser privilegiado, pois economiza água e está coerente
com a preservação dos recursos naturais.

A menos que especificado em contrário, todos os tanques de armazenamento de água


deverão ser pintados interiormente e exteriormente de acordo com o documento Mosaic,
EG-M-1002.

No caso de captação por meio de balsa, está e seus componentes (estruturas, flutuadores e
ancoragens) devem ser dimensionados considerando-se cálculo estrutural e hidráulico, e a
comprovação da estabilidade, incluindo definição de carregamento a partir dos desenhos
das bombas e do encaminhamento das tubulações.

As balsas e seus componentes deverão ser projetados de forma a permitir que os módulos
possam ser desarticulados uns dos outros com o sistema em operação, sem prejuízo da
estabilidade e da segurança do sistema.

10.4 SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Código da Fonte
F, J

Diversos tratamentos de água são feitos para atender à demanda da indústria. Na indústria,
a água é usada para fins de refrigeração, geração de vapor ou para uso humano. Para
atender às exigências ambientais e à qualidade requerida para os fins a que se destina, a
água bruta tem que passar por tratamentos específicos. Da mesma forma, o descarte deve
estar de acordo com as legislações federais, estaduais e municipais, atendendo às mais
restritivas.

10.4.1 Clarificação de Água

O projeto de clarificação da água deve considerar a quantidade de material em suspensão,


os sais dissolvidos e a matéria orgânica presentes na água para dimensionar os
sedimentadores e os decantadores.

A água clarificada deve ter sólidos em suspensão (SS) menor que 10 mg/l, cor menor que 15
unidades Hazen, e pH entre 6 e 8.

A água clarificada é usada para produzir água potável, como reposição para torres de
refrigeração, e produção de águas para caldeiras. Pode ser usada diretamente como água
de serviço, para aspersão, combate a incêndios, selagem,etc.

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10.4.2 Potabilização de Água

A água potável é produzida a partir de água clarificada ou de um manancial de água com


baixa turbidez.

A água oriunda de mananciais destinados à produção de água potável deve ser analisada
para a determinação de seus parâmetros físicos, químicos e biológicos.

O tratamento consiste na filtração e desinfecção, que é feita com a aplicação cloro gás,
hipoclorito de sódio ou cloreto de cálcio. Os padrões físicos, químicos e bacteriológicos
devem estar de acordo com a portaria nº 2914 de 2011 do Ministério da Saúde.

Para o projeto e balanço de massas do consumo de água potável do projeto, deverá ser
considerada a norma da NBR 5626. O dimensionamento de uma Estação de Tratamento de
Água (ETA) Potável pode ser de acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS,
órgãos nacionais como CETESP, ou órgãos ambientais estaduais.

10.4.3 Tratamento de Água para Sistemas de Recirculação

Código da Fonte
B, F, H

A água recirculada deve receber tratamento químico para controlar taxa de corrosividade e
incrustação. Para tanto, devem ser contratados programas de tratamento químico em firmas
especializadas. O controle da qualidade do tratamento deve ser feito por meio de cupons de
prova que são colocados no sistema de distribuição de água. Os cupons não devem ser de
metal passivado.

Na tabela a seguir, estão demonstrados os valores máximos de penetração de corrosão e de


material depositado, recomendados por firmas especializadas em tratamento de água
industrial, e que devem ser a meta objetivada em sistemas de recirculação.

Tabela 10.1 – Taxa de Corrosão e de Deposição


Taxa de Taxa de
Sistema
corrosão deposição

Torre de resfriamento - com contato 5,0 mpy 2,0 mpd

Torre de resfriamento - sem contato 3,0 mpy 1,0 mpd

Sistema fechado 1,0 mpy 0,5 mpd

* mpy – milésimo de polegada por ano.


* mpd – miligrama de depósito por dia.

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As torres de refrigeração devem ser dimensionadas com base nas cargas térmicas a serem
dissipadas. Devem também ser consideradas as condições meteorológicas da região onde
serão construídas, como: a temperatura de bulbo úmido, temperatura ambiente média e
umidade relativa do ar.

O projeto para sistemas resfriamento por torres deve ter como meta um índice de
recirculação de água superior a 97%.

A reposição é feita para compensar as perdas por evaporação, arraste e purga. A perda por
evaporação é em função das condições meteorológicas e da diferença de temperatura entre
a água quente e a água fria da torre.

Deve-se objetivar ter perda por evaporação menor que 2% da vazão circulante. Na perda por
evaporação, a água é perdida no estado de vapor, provocando aumento da concentração de
sais na água de refrigeração.

A perda por arraste é um índice de eficiência construtiva da torre e é função dos materiais
usados na torre, como os enchimentos e eliminadores de gotículas. Deve-se optar por
projetos de torre que tenham perda por arraste inferior a 0,1% da vazão de água circulante.

A perda por purga é função da qualidade da água usada como reposição. A boa qualidade
de água de reposição, expressa em baixa turbidez e baixos teores de sais dissolvidos,
garante a possibilidade de trabalhar com ciclos de concentrações maiores sem afetar
significativamente o custo do tratamento químico.

Chapas perfiladas ou onduladas não devem ser usadas como enchimento em torres se a
água de recirculação tiver teor de sólidos em suspensão acima de 20 ppm (mg/l).

A potência estimada do exaustor axial para uma torre de resfriamento padrão pode ser
calculada pela pressão total e pressão estática do sistema ar/vapor d’água, volume e
densidade do ar, gradiente de pressão e área do ventilador. Como recomendação pode-se
adotar os padrões do CTI.

Os testes de performance devem ser de acordo com a metodologia apresentada no CTI - ou


outra entidade similar.

10.4.4 Tratamento de Água Para Remoção de Íons

Quando a água tem aplicação em resfriamento de vasos de pressão ou na geração de


vapor, ela deve ter teores baixos de sais dissolvidos. A de ionização consiste na remoção de
íons da água. Os processos de ionização da água são troca iônica e osmose reversa. A
osmose reversa é mais aplicada em dessalinização de água do mar ou salobras.

A de ionização da água varia de uma faixa de água abrandada até a água polida. A
quantidade da de ionização irá depender da classe de pressão da caldeira ou do vaso de
pressão.

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A água abrandada é usada para trocadores de calor e vasos de pressão com classe de
pressão abaixo de 300#. A água desmineralizada é usada para trocadores e vasos de
pressão de classe de pressão entre 300# e 1000#. A água polida é usada para trocadores e
vasos de pressão de classe de pressão acima de 1000#.
A avaliação da quantidade de íons é feita por meio da determinação dos parâmetros, dureza,
sílica total e condutividade. A condutividade pode ser substituída pelo seu inverso que é ares
atividade.

A ASME recomenda os limites dos parâmetros, dureza, sílica total e condutividade em


função da classe de pressão dos vasos de pressão. A condutividade pode ser substituída
pelo seu inverso, que é a condutância.

Tabela 10.2 - Classe de Vasos de Pressão e Qualidade da Água


PARÂMETROS CLASSE 300 CLASSE 600 CLASSE 1000 CLASSE 2000

Dureza total < 0,040 mg/l < 0,007 mg/l < 0,007 mg/l < 0,007 mg/l

Sílica < 0,300 mg/l < 0,200 mg/l < 0,050 mg/l ND

Condutividade < 15µmho < 10µmho < 5µmho < 1µmho

A classe de pressão é expressa em PSI.

O projeto das caldeiras de classe de pressão superior a 300 PSI deve considerar um
reaproveitamento da água desmineralizada mínimo de 85% em forma de condensado.

A dessalinização é usada para a produção de água para fins industriais ou para consumo
humano. A dessalinização promove a remoção de íons presentes na água salina ou salobra
por meio do processo de osmose reversa ou evaporativo. No primeiro processo, a água a
ser desaminizada é injetada em alta pressão em membranas permeáveis aos íons. No
segundo, a água salina é encaminhada para câmaras evaporação e condensação.

10.5 SISTEMA DE GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DEVAPOR

Código da Fonte
F

Os projetos de geradores de vapor devem atender à norma ASME respeitando todos os


requisitos construtivos, ensaios e testes aplicáveis e a NR-13 do Ministério do Trabalho e
Emprego.

O projeto de instalação de caldeiras a vapor deve ser de responsabilidade de profissional


habilitado, conforme a NR-13, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio
ambiente previstos nas normas regulamentadoras, convenções e disposições legais
aplicáveis.

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Os equipamentos e instrumentos dos geradores de vapor devem dispor de acesso fácil e


seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção.

Os projetos de caldeira e de tubulação de distribuição devem estar de acordo com as


normas de classe de pressão e tipo de vapor gerado.
Os projetos devem ainda contemplar os requisitos de segurança:

 Estar afastados no mínimo 3 metros de outras instalações e de depósitos de


combustíveis, exceto os reservatórios de partida com até 2000litros;
 Dispor de pelo menos duas saídas amplas permanentemente desobstruídas
e dispostas em direções distintas;
 Ter acesso fácil e seguro, necessário à operação e manutenção da caldeira;
 Ter sistema de captação e lançamento de gases e material particulado
provenientes da combustão, para fora da área de operação, de acordo com
as normas ambientais;
 Ter sistema de iluminação de emergência;
 As caldeiras obrigatoriamente devem ter sistemas de segurança
contraexplosão como chama piloto e sinalizador de falhas de mistura
ar/combustível;
 O projeto deve incluir a rede de distribuição de vapor, desde a caldeira até o
limite de bateria dos consumidores.

10.6 SISTEMA DE DETECÇÃO, ALARME E COMBATE AINCÊNDIO

Código da Fonte
FJ

Para a execução dos projetos desse sistema para a Mosaic, devem ser considerados, onde
aplicável, os seguintes componentes fixos e móveis necessários para o combate à incêndio:

 Reserva mínima armazenada (segundo NBR7505);


 Sistema de detecção e alarme de incêndio (segundo NFPA72);
 Sistema fixo de hidrantes (internos e externos às edificações segundo
NBR13714);
 Sistema de extintores (manuais e tipo carreta, segundo NBR 7532 e12693);

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 Abrigo para mangueiras, esguichos, chaves, etc. (segundo NBR 13714 e


legislações estaduais);
 Sistema de sprinkler (segundo NFPA13);
 Sistema de agente supressor FM-200 ou equivalente;
 Sistema de agente supressor LGE para inflamáveis.
Na execução do projeto desse sistema, a projetista deverá levar em conta a simbologia de
engenharia para projeto de sistema de combate a incêndio, Anexo A da NBR 14100.
O projeto, a instalação, os testes e a inspeção do sistema de combate a incêndio deverão
estar de acordo com o código NFPA e os códigos e normas aplicáveis da ABNT.

Esse projeto deverá atender também aos requisitos e prerrogativas do IRB, de acordo com a
classe de projeto, e ao regulamento do Corpo de Bombeiros Local.

10.7 SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓLEOCOMBUSTÍVEL

Código da Fonte
F

Para as tubulações, deve ser considerada a norma ASME B 31.3 e, para a alimentação
elétrica e iluminação, a NR10. As cores de identificação das tubulações devem estar de
acordo com a NR 26.

Para efeito de entendimento desse item, as classificações dos líquidos combustíveis,


líquidos inflamáveis e material combustível estão descritas conforme a norma NFPA 497 e a
Portaria 80 de 29/02/ 2012 do SITMTE.

O armazenamento e distribuição de líquidos inflamáveis e combustíveis deve ser de acordo


com as normas NBR 17505 e NBR 14605.
Para o dimensionamento correto das bombas, devem ser seguidos os procedimentos
estabelecidos no Hydraulic Institute Standards

10.8 SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁSCOMBUSTÍVEL

Código da Fonte
F

Como no item anterior, para as tubulações, deve ser considerada a norma ASME B 31.3 e,
para a alimentação elétrica e iluminação, a NR10. As cores de identificação das tubulações
devem estar de acordo com a NR 26.

Esse item estabelece os requisitos técnicos mínimos para sistema de utilidades de gás
combustível, no que diz respeito ao projeto para as condições de partida, operação e parada
de equipamentos que utilizam gás. São consideradas as seguintes condições, em função
das temperaturas nas superfícies internas da câmara de trabalho e/ou processo:

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 Abaixo ou igual a 750 ºC (1023 ºK), onde a sua temperatura normal de


trabalho seja insuficiente para promover a ignição do combustível;
 Acima de 750 ºC (1023 ºK), onde sua temperatura normal de trabalho seja
suficiente para promover a ignição do combustível.

Nesse item são considerados os seguintes gases:

 Gás natural;
 Gás manufaturado reformado;
 Gás de refinaria;
 Gás liquefeito de petróleo (GLP);
 Mistura GLP/ar: definida como um gás proveniente da mistura de gás
liquefeito de petróleo com ar atmosférico e com pressão definida.

Existem dois gases de maior aplicação como típico gás combustível: o gás natural (GN) e o
gás liquefeito de petróleo GLP. Outros gases podem ser utilizados em substituição a estes,
desde que seja comprovada viabilidade técnico-econômica.

Para o dimensionamento das tubulações para distribuição de GN e GLP, podem ser


aplicados dois métodos. O primeiro consiste na utilização das tabelas preparadas por
entidades autorizadas, como a AGA, e as constantes na NFPA 54. O segundo método utiliza
as tabelas de propriedades e avaliações de cálculo.

10.9 SISTEMA DE CAPTAÇÃO E SUPRESSÃO DEPÓ

O projeto deve dar atenção especial aos equipamentos que posam produzir qualquer efeito
ambiental nocivo. O controle das emissões desses equipamentos deverá ser especificado
para cumprir com uma emissão mássica garantida, dentro dos limites legais aplicáveis,
considerando todas as possíveis variações. O tipo de sistema de controle de emissão deverá
estar de acordo com o que indique a norma que o rege.

Os sistemas de controle de pó deverão ser aplicados a todos os pontos de alimentação e


transferência dos alimentadores e transportadores de correia, bem como a outras áreas de
possível geração de pó. Os sistemas de controle de pó deverão ser confinados com os
sistemas de extração até filtros de mangas ou lavadores, caso seja mais apropriado. Os
sólidos recuperados dos coletores de pó deverão ser retornados ao processo, seja a jusante
ou no ponto de origem do processo.

Salvo indicado em contrário, todas as emissões de partículas de pó deverão estar de acordo


com a Resolução CONAMA 3 de 28 de junho de 1990.

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10.9.1 Sistemas de Extração de Ar

Todos os projetos de controle de pó deverão levar em conta as condições ambientais,


facilidades de manutenção, segurança operacional e facilidades de acesso a todos os seus
compartimentos e/ou componentes.

Os sistemas de alta velocidade deverão ter uma velocidade mínima, nos dutos, de 20 m/s
em traçados horizontais, e uma velocidade frontal, nas coifas de captação, máxima de 1 m/s
de velocidade. Sistemas de baixa velocidade com dutos verticais (70º a montante e 45º a
jusante) deverão ter velocidades de 8 a 13 m/s aproximadamente, e as velocidades frontais
nas coifas não deverão exceder 3 m/s.

Os equipamentos de manuseio de material para remoção de pó coletado deverão ser


projetados para o dobro da capacidade máxima de pó na entrada do coletor.

10.9.2 Volumes de Exaustão

Os parâmetros para exaustão de ar serão determinados pelo cálculo de cada ponto de


aplicação, baseado na velocidade de entrada estabelecida e em outros fatores, tais como o
fluxo de material manuseado, relação de fluxo, distribuição granulométrica, umidade,
temperatura, potencial para formação de condensado, fluxo de ar recomendado para
transporte pneumático, fatores de segurança, correções de fluxo por altura e variações
típicas devido ao balanço de ar.

10.9.3 Projeto do Traçado

Chutes de transferência, caixas de confinamento e guias laterais deverão ser vedados contra
pó, na medida do possível. As juntas laterais deverão ser soldadas ou unidas por meio de
juntas.

A altura da caixa de confinamento sobre a correia deverá ser, no mínimo, uma vez e meia a
largura da correia, para assegurar uma capacidade suficiente de precipitação de partículas.
Para um sistema supressão de pó por atomização, a altura deverá ser igual à largura da
correia e, assim, conseguir um tempo adequado de contato.

Deve-se considerar uma altura suficiente nos pontos de transferência para alojar os
raspadores de correia e minimizar a saída do material. Cortinas de borracha devem ser
instaladas na entrada e na saída de todas as caixas de confinamento.

As coifas de exaustão deverão ser localizadas para desenvolver fluxos transversais e


eliminar obstruções devido ao acúmulo de material.

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10.9.4 Dutos

Deve-se dar preferência aos dutos de seção circular, tantos os flangeados como também os
soldados. A espessura dos materiais para os dutos e as conexões deverá ter como
referência a tabela abaixo:

Tabela 10.3
Descrição Espessura (mm)

Dutos com diâmetro menor que 460 mm 2,8


Dutos com diâmetro maior ou igual a 460 mm 3,2
Conexões com diâmetro menor que 460 mm 3,6
Conexões com diâmetro maior ou igual a 460 mm 4,0

Para maior eficiência, a espessura dos materiais para os dutos deve ser calculada conforme
pressão de operação e determinação do PMTA, podendo ser maior ou menor que o
estipulado na tabela 10.3.

Todas as curvas de 30 a 90º deverão ser do tipo fundo plano, e revestidas interiormente com
borracha. A espessura da borracha, natural ou sintética, com dureza compreendida entre 45
e 55 SHORE A, deve ser definida pelo projeto em função da abrasividade do fluído.

10.9.5 Sistemas de Dutos Horizontais

Todos os ramais devem ser conectados ao duto principal por meio de uma peça de transição
com um ângulo menor que 30º. As peças de transição terão uma mudança de seção com
um ângulo menor que 12º. As conexões dos ramais devem ser feitas, sempre que possível,
pelo lado superior.

Não se devem conectar dois ramais a um duto principal, um em frente ao outro. Também
não devem ser conectados em curvas, tão pouco pelo fundo do duto. Para curvas de 90º,
deve-se fazer a construção com uma quantidade determinada de seções, conforme tabela
abaixo:

Tabela 10.4
Descrição Quantidade de Seções

Diâmetro menor que 205 mm 5 seções

Diâmetro maior que 215 mm e menor que 460 mm 7 seções

Diâmetro maior que 460 mm 9 seções

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Todas as curvas deverão ter um raio de curvatura de no mínimo duas vezes o diâmetro do
duto, tomando a linha de centro como referência, a menos que se indique o contrário. Todas
as curvas deverão ser revestidas como descrito anteriormente.

Dampers reguladores de fluxo deverão ser instalados, para balancear o sistema ou para
isolar os dutos principais das coifas de captação e em outros pontos de captação. Os
dampers deverão possuir comportas que operem tanto na forma vertical como na horizontal.

Os dutos horizontais devem possuir aberturas para limpeza nas curvas, nas peças de
transição e nos trechos retos acima de 15 metros.

10.9.6 Dutos para Sistemas de Captação de Pó

Devem ser previstas conexões para testes em cada ponto de captação nos dutos principais
a jusante do último ramal e nos trechos retos.

Os dutos devem ser adequadamente suportados e não devem transmitir cargas ou vibrações
aos equipamentos que se encontram conectados a eles. Para dutos com diâmetro inferior a
205 mm, os suportes devem ser espaçados no máximo a 3,7 m. Para dutos com mais de
205 mm, os espaçamentos dos suportes não devem ultrapassar 6 m. Para dutos com
diâmetro superior a 760 mm ou dutos com cargas pesadas de pó, o projeto deve ser
revisado por um engenheiro com experiência em estruturas.

10.9.7 Filtros de Manga

Os filtros de manga devem ser do tipo ar pulsante e podem ser mangas sintéticas de
poliéster ou polipropileno, desde que compatíveis com a temperatura e granulometria do
material. Para descarga do pó, devem ser usadas válvulas rotativas. O ar comprimido deve
ser isento de óleo. Todos os coletores devem ter acesso superior e inferior às câmaras para
que seja realizada a manutenção.

10.9.8 Lavadores (Scrubbers)

Os lavadores tipo Scrubbers deverão ser do tipo Venturi ou dinâmico, e possuir eliminador
de gotas, placas de desgaste, se requerido. Devem ser providos dos elementos de
monitoramento que sejam requeridos.

10.9.9 Ventiladores para Filtros de Manga e Lavadores

Os ventiladores devem ser centrífugos, de pás radiais para trabalho pesado. Sistemas de
acionamento por correia em V com proteção serão aceitos para potências menores que 225
kW (300 cv). Em ventiladores para sistemas de controle de poluição ou equipamentos de
processo, o sistema de acionamento deve ser especificado para cada caso. Devem-se
instalar conexões flexíveis entre os dutos e a entrada e saída dos ventiladores para isolar a
vibração dos mesmos.

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10.9.10 Precipitadores Eletrostáticos

Os precipitadores eletrostáticos de fluxo horizontal dispõem de eletrodos de coleta, que são


placas perfiladas que formam um sistema de passagens através do qual fluem os gases de
exaustão. As placas ou outros mecanismos de coleta contidos nas laterais do precipitador
atraem as partículas carregadas, que são neutralizadas antes de serem liberadas para um
funil e, finalmente, um transportador leva as partículas para a área de descarte a fim de que
recebam o tratamento adequado.

10.10 SISTEMA DE GERAÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DEOXIGÊNIO

Código da Fonte
B

Normalmente, os tanques de armazenamento de oxigênio são entregues em comodato à


Mosaic pela empresa especializada no ramo de geração de criogênicos.

Deverá ser previsto armazenamento em vasos de pressão dimensionados de acordo com


ASME VIII, com seu dimensionamento adequado ao consumo da planta.

O oxigênio não deverá ser comprimido em presença de lubrificantes à base de


hidrocarbonetos.

A área física da instalação da planta e o armazenamento deverão estar localizados acima do


solo e ser devidamente protegidos com acesso restrito somente ao pessoal autorizado.

Na entrada e saída dos vasos de pressão deverá ser prevista a instrumentação adequada,
tais como medidores de vazão, manômetros, válvulas reguladoras e sensores de nível do
líquido e despressurização.

Os projetos para rede de oxigênio líquido devem prever o uso de tubos sem costura ASTM
A312 TP 304, conforme ANSI B 36.19. Para rede de oxigênio gás, devem-se usar tubos sem
costura ASTM A 106 Gr. B sch 80, conforme ANSI B 36.10.

Em caso de rede de distribuição em tubos de cobre, deverá ser dimensionada de acordo a


NBR 13206.

11.0 REQUISITOS DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Deverá ser realizada uma análise de riscos, a cada projeto, visando à identificação, não só
dos riscos do próprio sistema, mas também dos decorrentes das suas interfaces com outros
equipamentos e sistemas, bem como do ambiente em que estará inserido.

Os requisitos de meio ambiente descritos no CP-N-1001 deverão ser atendidos.

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Os guarda-corpos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas. Os guarda-
corpos devem ser de acordo com os DT. Para guarda-corpos em plataforma, verificar
DT-S- 1001, e guarda-corpos em escada, DT-S-1002.

Em todas as áreas de Utilidades que trabalham com reagentes, polpas, rejeitos e efluentes,
devem ter instalados chuveiros de emergência e lava olhos locados o mais próximo possível
das áreas de risco.
Nas linhas de reagentes, efluente, polpas e rejeitos, devem ser previstos drenos e pontos de
água para drenagem e limpeza da linha.

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