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Disciplina: Ciências Ambientais e Gestão de Resíduos Sólidos (CAGRS)

Notas de Aulas 3 e 4: Recursos Naturais e Poluição

1. RECURSOS NATURAIS

A palavra recurso se refere a algum bem, não necessariamente financeiro, o qual se tem à
disposição. Neste caso, recurso natural se refere a bens ambientais.

Recurso natural é diferente de riqueza natural, que representa valores não tangíveis, como
diversidade, complexidade e também quantidade expressa na fauna e flora. Por outro lado,
recurso ambiental embora não sendo propriamente moeda, pode retratar valores, como
petróleo, água, matas, minerais, florestas e solo produtivo.

Não é apropriado consumir o que se considera riqueza. Já os recursos são consumíveis.

Eles se dividem em renováveis e não renováveis.

Os não renováveis, conforme o nome sugere, não podem ser repostos, são finitos, acabam.
Por exemplo: petróleo, carvão, água e minerais. Se consumidos e repostos com
responsabilidade, os recursos renováveis poderão ser usados infinitamente. Exemplo:
madeiras e derivados, artigos de origem animal como óleo e peles.

A partir daqui, serão individualmente considerados os principais recursos: água, terra, ar,
matas e florestas.

1.1 Água

De uma maneira ou de outra, todos usufruem da água em suas atividades, porem são poucos
os que o fazem de modo racional.

O uso desregrado de água acontece até na execução das mais corriqueiras tarefas, como por
exemplo, deixar a torneira aberta enquanto se escova os dentes, deixar o chuveiro aberto
enquanto se ensaboa e assim por diante.

O facto é que falta informação (Educação Ambiental) para a maioria absoluta da população
do Moçambique e do mundo, pois está claro que a cultura do desperdício inicia-se na infância
e segue a pessoa até a sua maior idade. È por isso que os especialistas sugerem que a
Educação Ambiental seja integrada as demais disciplinas desde o inicio, desde o “jardim de
infância/creche”, seguindo até as graduações universitárias.

A Educação Ambiental é transversal às outras matérias, e funciona muito bem em conjunto.


Neste caso, quanto mais cedo se conhecer a realidade, melhor é o aproveitamento, porque a
resistência natural que costuma ser maior em adultos, é pequena ou quase nula nesta fase da
vida.

É evidente que a água é um motivo de alegria, mas sua ausência pode ser frustrante e até
desesperadora, tendo em vista que muitos não param para pensar que o facto vai muito alem
de ter ou não ter água, envolve questões sociais, questões de sobrevivência! A água
representa vida. Muitos querem água para lavar roupas, outros para tomar banho, alguns para
lavar carro, mas há os que necessitam dela simplesmente para matar sua sede e evitar a morte.

A água é fonte da existência, dela depende toda a natureza e não há vida onde não há

água. A maior parte do nosso corpo, cerca de 70%, é composto por água. Isso comprova o
quão ela é importante.

De 1800 a 1994, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) jogado na atmosfera pela

queima de combustíveis fosseis e por outros meios, fez com que este CO2 aumentasse cerca

de 35% quando na verdade, segundo cálculos estimados, deveria ser basicamente 70%,
ouseja, o dobro. Então, onde foi parar essa outra metade que foi arremessada no ar?

A resposta é que os oceanos absorveram nos últimos 200 anos aproximadamente 50% do
CO2 que o homem emitiu para a atmosfera.

Em outras palavras são os mares e não as florestas, os maiores sequestradores de CO2.

Registrando-se um exagerado aumento desse volume absorvido, obviamente se presenciará


riscos as espécies marinhas.

Ao contrario do que se imaginava, a água é um bem finito, e se algo não for feito haverá
escassez. O assunto é grave e mais complexo do que se imaginava, por isso há uma corrente
formada por ONG’S, empresas, entidades civis, comunidades e governos, onde todos têm se
juntado para agir e emitir alertas sobre o delicado assunto.

Apesar de todos os esforços, infelizmente ainda prevalece a cultura de que a água nunca
acabará. Talvez o homem tenha essa idéia em mente porque o planeta Terra é composto de

2/3 de água, porém sabe-se que isso é pura ilusão. A quantidade de água doce (própria para

consumo humano e animal) no planeta é de apenas 3%. Deste percentual, apenas 0,007%
está acessível, estando o restante congelado na Antártica ou presa em rios e lagos de
cavernas subterrâneas. Esta água deve ser dividida com mais de 6 bilhões de habitantes.

Alem do desperdício, existem outros dois vilões que também muito contribuem para a

escassez da água, que é a destruição de mananciais e a impermeabilização do solo. As

construções irregulares e a depredação de matas que rodeiam os córregos/rios extinguem os

mecanismos que funcionam como um filtro. Desta forma, as águas são desviadas pelo lixo
ou levam algum tipo de impureza para o lençol freático. Já a impermeabilização do solo
desvia a água que iria abastecer o lençol freático, concentrando e desviando-a para o mar,
onde normalmente são desaguadas as águas fluviais.

Em Moçambique existe uma serie de entidades governamentais que estão estritamente

direcionadas para a questão da água. Juntas são responsáveis por um verdadeiro universo de

legislação.

A legislação de um modo geral é boa. Falta apenas fazer cumprir, afirmam alguns
especialistas.

Segundo a visão de alguns especialistas, a qual infelizmente não se pode classificar como

pessimista e sim como mera realidade, num futuro bem próximo a busca por água será alvo

de verdadeiros empenhos por parte de governos e entidades privadas. É provável que haja
plataformas de exploração semelhante às de petróleo.

Haverá guerra e desarmonia entre as nações por causa da escassa água, que terá um

altíssimo valor comercial, muito superior que qualquer outro líquido, incluindo combustíveis.
Por fim servirá como um referencial econômico, uma moeda, conclui a previsão.

Que o planeta está na eminência de uma crise de água potável é de conhecimento público,
mas a questão é que provavelmente as próximas gerações (filhos e netos) já tenham
dificuldades em acessá-la.

Não se deve esquecer também que a água é fonte de energia e que sua ausência poderia

esvaziar os reservatórios das hidroeléctricas causando uma serie de apagões.

Hoje, a falta de água já faz vitimas.

Ainda segundo a OMS, são necessários em média 180 litros de água por dia para cada

pessoa atender suas necessidades.

As indústrias devem ter políticas claras de uso e reuso da água. O uso racional da água é um
imperativo para todos.

Mas é a agricultura é responsável de parte de toda a água superficial ou tratada no seu


processo de irrigação.

Tendo em mente que um simples gotejamento pode superar a marca de 1000 litros de

desperdício ao final do mês e que um banho demorado pode consumir até 120 litros de

água, isso sem dizer que uma torneira aberta por 15 minutos consome, em média, 120 litros
e que um simples fazer de barba (com a torneira permanentemente aberta) gasta cerca de 40

litros, resta dizer que a solução é economizar! Certamente não de modo inconsequente e
impensado, mas sim de modo racional.

Torna-se importante prestar atenção em todos os detalhes dos momentos em que se usa

água, verificando se há desperdício, se há realmente um uso racional mesmo nas tarefas que

parecem corriqueiras/simples como lavar louças, automóveis e calçadas, entre outras.

A captação de água da chuva também pode ser vista como uma boa saída. O próprio
reaproveitamento da água de processos nas indústrias, assim como a aplicação de novas
tecnologias que permitam gastar menos água, também devem ser considerados.

Em síntese, primeiramente deve-se proteger a natureza, a fonte de água. Segundo, reduzir o


consumo, evitar o desperdício e reaproveitar a água ao máximo.

1.2 Atmosfera

O ar é um conjunto de gases e vapores de água que interagem entre si harmoniosamente.

Igualmente aos demais elementos da natureza ele é perfeito em todos os sentidos, tendo sua
eficácia nitidamente comprovada.

Ele é incolor e inodoro, mas pode ser sentido através de seu movimento, que é o vento.

Há outros meios de senti-lo, através da pressão e da humidade. A pressão atmosférica é um

fenômeno que se origina da concentração do ar (quantidade, independente da qualidade). É

menor em lugares mais altos como montes e montanhas, e maior em lugares mais baixos
como nas cavernas subterrâneas. Isso porque o volume de ar se altera, a concentração maior
está sempre nas partes baixas.

A ausência de impureza e a humidade também são importantes factores. A humidade

representa a quantidade de água presente no ar, regula a temperatura local e pode ser

determinante na condição de vida.

Todo o planeta é coberto por essa mistura de gases, que comumente é chamado de ar.

Esses gases são imprescindíveis ao planeta e seus habitantes, e atingem cerca de 11 km a


partir da superfície.

O homem não sobrevive sem ar, absorvendo em media 10 litros de ar por minuto, porém

não aproveitando tudo que inspira. De tudo que entra nos pulmões, apenas 21 % é utilizado.
Isso acontece porque o homem só precisa do oxigênio do ar, cuja composição é 78% de
nitrogênio (N2), 21% de oxigênio ( O2) e 1% de outros gases (CO2, O3, vapor de água, entre

outros).

A atmosfera cuida da terra possibilitando a manutenção da vida, sendo responsável pela

regulação da temperatura do planeta, por meio dos gases estufas e dos vapores de água, que é
condensada e transportada do mar para os continentes. Dessa forma, se não houvesse um
controle da temperatura ou se ela fosse um pouco maior os oceanos se evaporariam, se menor
congelariam, e em ambas as formas seria praticamente impossível viver no planeta.

As outras camadas também contribuem nesse sentido, porem de forma extrínsecas, ou seja,
elas formam um espécie de capa protegendo o planeta contra os excessos das irradiações do
sol e das demais energias contidas no espaço, alem de filtrar os raios ultravioletas entre
outros.

Os componentes da atmosfera são de suma importância para a vida na Terra:

O2 – Para o metabolismo (respiração)

H2O- Controle do clima (circulação da água)

CO2- Fotossíntese

N2- Nutrientes para planta.

1.3 Solo

O solo é um recurso muito precioso, principalmente porque é sobre ele que o homem anda e
constrói sua casa, e também é nele que cresce a principal fonte de alimento (vegetais) dos
seres vivos. Dele se retira elementos que são especiais ao homem, como alumínio, ferro,
argila, etc... È no solo que se armazena e recicla elementos importantes como nutrientes e
água.

Todas estas características destacadas é que tornam o solo valioso, disputado, necessário.

Entretanto, se ele é considerado rico por ter tais atributos, é bom saber que ele também

pode ficar pobre por perdê-los. Isto é, se ele é rico em nutrientes, ele pode ficar pobre (sem

nutrientes), se ele é um bom filtrante e escoador de água, ele pode deixar de ser e assim por

diante. As razões para esses acontecimentos são as mais variadas possíveis e na maioria das

vezes são causadas antropicamente.

Actualmente pode-se observar a degradação do solo em diversos processos tais como:


redução de sua fertilidade natural, diminuição da matéria orgânica do solo, perda por erosão
hídrica e eólica, contaminação por resíduos urbanos e industriais, alteração para obra civil,
decapeamento para fins de exploração mineral, etc...

Todavia, o factor que mais contribui para essa perda é o incontrolável avanço da
impermeabilidade. A impermeabilização do solo é altamente degradante, pois alem de causar
a sua infertilidade é também responsável por impedir a alimentação do lençol freático via
solo, direcionando o escoamento dessas águas, principalmente de chuvas, para mares e rios,
ocasionando uma alta concentração nesses. Muitas vezes, a comunidade esquece que o solo
faz parte do ambiente, e é essencial à existência da vida sobre os continentes. Neste sentido, o
conhecimento do solo se torna algo muito importante para o homem. É preciso conhecer o
que se está impactando, de modo a evitar sua degradação. O estudo do solo envolve várias
áreas, iniciando por sua formação, passando pela química, física, biologia, uso, classificação,
etc...

As analises de solo são utilizadas para diagnosticar o seu grau de fertilidade, sua capacidade
de armazenar água, suas condições físicas e demais parâmetros, a fim de avaliar suas
potencialidades e necessidades para um melhor aproveitamento.

Geralmente as análises buscam:

Fertilidade

Salinidade

Irrigação

De acordo com as análises executa-se as seguintes determinações:

* Granulometria * Complexo sortivo(Ca, Mg, Na, K, H)

* Condutividade hidráulica

* Saturação de base

* Carbono organico

* Densidade real

* Matéria orgânica

* Curva de retenção de humidade

* Condutividade elétrica

* Sugestão de adubação

* Ph
O solo é o resultado de algumas interações, como base (degradação de rochas, restos de
animais e vegetais), clima (sol, chuva, calor, frio, vento), organismos (bactérias, insectos,
fungos) e tempo (várias dezenas, centenas ou milhares de anos).

Ele pode ser plano, montanhoso, ondulado ou inclinado, entre outros, pode ser instável ou
firme a ponto de agüentar uma edificação, pode ser ou não fértil, que nesse caso depende de
alguns factores como nutrientes, água, bactérias, etc...

Existem em Moçambique alguns locais onde o solo é preservado, conservando sua


originalidade, incluindo-se fauna e flora. Essas áreas são conhecidas como Áreas de
Conservação ambiental ou parques nacionais, que pode ser permanente, acessível e/ou
intocável. Embora o assunto tenha regência por legislação própria, as divergências são
inúmeras, com uma grande dificuldade de se manter esses locais protegidos.

Muitos minérios em Moçambique encontra-se em algum tipo de Área de Conservação. Essas


correspondem exactamente àquela vegetação original que deve ser mantida ao redor de
nascentes, rios, cursos de águas, lagos e topos de montanhas, por exemplo.

O solo é o laboratório, onde pela ação dos decompositores, a matéria orgânica é


transformada em nutrientes utilizáveis pelas plantas, retornando esses materiais às cadeias
alimentares, possibilitando uma constante renovação.

1.4 Matas e Florestas

As matas e florestas do planeta constituem-se em uma verdadeira riqueza ambiental. Elas


contribuem com a restauração do oxigênio, servem de moradia para animais e outras espécies
de vida, de certo modo ajudam na regulagem da temperatura e agem na recomposição do
lençol freático, entre outros benefícios.

As florestas e matas do mundo inteiro têm sofrido ameaças de existência, pelo comércio
irregular de madeiras, quer pela inapropriada exploração agrícola, ou mesmo por habitação
irregular, sem mencionar as queimadas que acontecem com a intenção de renovar a pastagem
para a prática de agropecuária.

Em 1980, a cobertura florestal do mundo chegava a 3.604 milhões de hectares, o que


representa 28% da superfície de terra do planeta. Deste total, 1.986 milhões de hectares,
correspondentes a 15% da superfície da Terra, são florestas tropicais naturais.

A cobertura florestal caracteriza-se ainda pela sua extensão, tipos e diversidade.

As florestas ainda remanescentes constituem hoje uma imensa reserva de recursos naturais,
cuja preservação e uso sustentável interessam não somente a Moçambique, mas toda a
humanidade. Entretanto, um conjunto de ações envolvendo descaso, falta de informações e
ganância tem levado ao encolhimento dessa riqueza.
A legislação contra esse desmatamento no mundo, em geral, é bem elaborada e controlam o
facto satisfatoriamente. Em Moçambique existe Legislação que proteje as florestas. Porem,
essa legislação não consegue ser eficiente para conter o desmatamento que avança.
Provavelmente, a falta de fiscalização extensiva e punição exemplar seja os principais
motivos do fracasso.

Embora haja também atitudes positivas nesse assunto, como o replantio, as demarcações de
áreas de proteção ambiental e outros movimentos, alguns cientistas alegam que a reprodução
desses biomas é impossível. A questão não é tão simples, pois há muitas coisas envolvidas,
como a perfeita interação existente nos ecossistemas: os seres vivos, os habitat’s naturais e
nichos de um modo geral. Apenas para exemplificar a grandiosidade do que está envolvido,
se aponta que um único pássaro é capaz de em 1 ano espalhar 100 mil sementes de árvores,
ou seja, um único pássaro ou morcego é capaz de produzir mais mudas de árvores nativas do
que muitos viveiros dessas árvores. Sem falar das plantas aéreas que vivem fixadas nas
árvores, como as bromélias, orquídeas e cactos-de-árvores, cada uma com sua função
ecológica tão importante quanto as árvores que as suportam.

Portanto, é urgente a necessidade de preservar as matas e florestas, tendo em vista a


oportunidade de existência da própria flora e até a fauna, visto que uma reconstituição teria
um preço alto demais, ou mesmo seria impossível.

2. POLUIÇÃO

Poluição, que em certas ocasiões é chamada de contaminação, é o resultado do acto de sujar,


manchar, macular, corromper, prejudicar ou ser nocivo à saúde.

A poluição de um modo geral transforma a característica original ou natural do elemento ou


local com o qual ela interage.

De forma conotativa é colocado que a poluição caminha junto ao chamado progresso,


embora haja situações em que comprovadamente isso não ocorra. Ela é semelhante a uma
praga global, que não se limita em fronteiras, entrando mesmo nos países que não participam
da sua geração, avançando indiscriminadamente, destruindo lenta e silenciosamente.

O rastro deixado pela poluição é sombrio, surpreendente, como uma marcha que
incansavelmente segue deteriorando as condições ambientais. Ela, cuja existência não raro
está vinculada a algum tipo de operação comercial, pode ocorrer na água, solo ou atmosfera.

A figura abaixo mostra as principais poluições e seus respectivos impactos:


Anaeração é o fenômeno da redução ou mesmo da ausência do oxigênio na água. Esse
fenômeno acontece porque o meio usa esse oxigênio para deteriorar os detritos encontrados
na água.

Assim, como em grande parte dos países, Moçambique tem se respaldado em diversas leis
para combater os abusos contra o meio ambiente.

A poluição pode ser por ocorrência química, física, biológica, radioativa ou nuclear, podendo
ter incidência na forma sólida, semi-sólida, liquida ou gasosa, as quais podem ser ocasionadas
antrópica ou naturalmente.

A seguir, serão consideradas as principais formas de poluição:

2.1 Poluição Física

A poluição física se divide basicamente em 3 importantes pontos:

Visual: Consiste em aglomerados de figuras e/ou cores, que independentes de seu tamanho
ou formas são percebidos pelos olhos, mas não propriamente entendidos pelo cérebro,
causando alguns transtornos nesse sentido. Essa poluição é causada pelo homem geralmente
por meio de outdoors, cartazes, estilos multicoloridos ou multifigurativos e outros fatores que
causam prejuízos estéticos à paisagem original ou natural, tendo variação de acordo com o
local onde se está, cuja intensidade pode ser maior ou menor.

Sonora: é qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente causada por ruído
puro ou conjugação, auditíveis ou não, que direta ou indiretamente seja nocivo à saúde,
segurança e ao meio ambiente (inclusive animais e plantas).
Geralmente a poluição sonora acontece por meio de um som auditível indesejado, que varia
nos termos de freqüência, intensidade e tipo de vibração se dividindo em graves, agudos,
continuo, intermitente e de impacto, representados pelas inúmeras ondas que são captadas
pelos ouvidos.

A poluição sonora causada pelo homem pode ser de varias forma. Nos grandes centros
urbanos o homem a gera por meio de transito, feiras livres, locais de eventos abertos (como
espaços para shows e igrejas), etc...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o limite tolerável ao ouvido humano é de


65 dB. Acima disso, o nosso organismo sofre estresse, o qual aumenta o risco de doenças.
Com ruídos acima de 85 dB, aumenta o risco de comprometimento auditivo. Sabe-se também
que quanto mais tempo exposto, maior também será o risco da pessoa sofrer danos pela perda
total ou parcial da audição, como em diversos distúrbios emocionais e físicos.

É importante salientar que o ouvido humano é mais sensível à faixa de freqüência entre 2
KHz e 5 KHz.

Térmica: Ocorre quase que exclusivamente no lançamento de água aquecida antropicamente


em lagos, lagoas, rios e etc...

Usualmente essas águas são utilizadas em processos de refrigeração em refinarias,


siderúrgicas, e usinas. Embora na maioria dos casos essas águas estejam livres de qualquer
contaminação biológica ou química, quando lançadas no corpo hídrico com uma temperatura
diferente da existente ali, provocam um desequilíbrio no comportamento biótico culminando
em morte ou mutações de algumas espécies, alem de facilitar a proliferação de espécies
alienígenas àquele convívio. Não há propriamente um tratamento especifico para esse tipo de
poluição, que poderia ser evitada sendo instalados nas industrias sistemas de refrigeração
para essas águas.

2.2 Poluição Química

A poluição química basicamente se divide em 2 itens:

Olfativa: Essa poluição já foi considerada rara, mas hoje é comum, ganhando espaço como
nunca. Consiste na alta concentração de aromas, que independente de ser nocivo, acarreta
alterações no meio ambiente (considerando-se também seus indivíduos). Por exemplo, uma
fábrica de essências inicialmente pode ser bem vinda na região, mas com o passar do tempo
ela torna-se completamente indesejada, devido aos próprios aromas que antes,
provavelmente, eram até cobiçados.

No caso de recintos fechados torna-se necessário a utilização de Equipamentos de

Proteção Individual (EPI), pois mesmo não contendo substancias nocivas, o excesso de certos
cheiros pode provocar náuseas, dentre outros sintomas.

Produtos Químicos: Existe um número realmente grande de substancias químicas.


Alguns produtos não são nocivos ao passo que outros o são de forma intensa.

Não raro, ouve-se relatos sobre contaminação ambiental por meio de algum acidente
envolvendo petróleo, gasolina, solventes, óleos e uma diversidade de gases, cujos danos
resultantes dessas contaminações geralmente são imprevisíveis.

Esta poluição tem se mostrado como a mais impactante, e também pode ocorrer em forma
liquida, sólida, semi-sólida ou gasosa, incidindo em água, solo ou atmosfera.

Exemplos: poluição atmosférica devido a queima de combustíveis; praias contaminadas


devido a vazamento em dutos; solo improdutivo devido a vazamento ou armazenamento
inadequado de pesticidas.

A poluição com agrotóxicos é uma das práticas mais agressivas ao solo, que infelizmente
acontece com a plena conivência do homem.

2.3 Poluição Biológica

A poluição biológica ocorre através de agentes contaminantes, seja por fungos, bactérias ou
qualquer outro meio.

Essa contaminação pode ocorrer de varias formas, dentro das esferas sólidas, liquidas e
atmosféricas. Por exemplo: Um aparelho de ar condicionado pode conter agentes
contaminantes, gerando uma poluição atmosférica biológica; o lixo hospitalar também é um
contaminante sólido; a água de poços artesianos próximos de redes clandestinas de esgoto
pode ter seu líquido contaminado por agentes. A poluição biológica é mais comum acontecer
quando no descarte incorreto dos resíduos de serviços de saúde.

2.4 Poluição radioactiva e nuclear

Esta poluição ocorre através de produtos e serviços radioativos e tem a característica de ser
geralmente de longo alcance no que tange ao tempo dos efeitos. Entretanto, é cada vez mais
rara, pois as empresas estão cada vez mais adotando altos critérios de segurança.

É importante lembrar que são poucos os relatos de acidentes dessa natureza, que geralmente
acontecem com vazamentos em equipamentos hospitalares e com reatores em usinas
nucleares.

3. FONTES DE ENERGIA

Energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar trabalho.

Cientificamente não existe um conceito exacto para energia. Sabe-se que ela é o fenômeno

que capacita as maquinas e os motores a funcionarem, as lâmpadas a ascenderem, a televisão


a ligar, a caldeira e o fogão a queimarem, entre outros. Fato esse que acontece através de um
fluxo que sai de um estado para o outro, de um corpo para o outro. Por exemplo: do gás do
fogão para a água da panela, do sol para a terra, da pilha para o radio, etc...
A principio a energia está disponível em duas formas: Cinética e Potencial.

A cinética é efetivamente a usada, activa, encontra-se no consumo, na acção, no movimento,


no calor, no som e na luz.

A potencial é aquela que se encontra armazenada no carvão, na pilha, na gasolina, na


madeira, etc..., aquela que pode se transformar em cinética.

A fonte de energia pode ser renovável ou não-renovável, natural ou artificial. A renovável é


aquela que não se esgota (como o sol ) ou aquela que se pode restaurar (como o carvão
vegetal que pode advir de arvores replantadas, madeiras cortadas e replantadas, e assim
sucessivamente). Por outro lado, a não-renovável é finita, não há reposição, como por
exemplo, o combustível fóssil (petróleo).

Costuma-se dizer que a energia é limpa quando ela não causa dano ao meio ambiente no
momento de sua geração ou utilização, como a solar e a eólica.

O combustível fóssil (petróleo) é a fonte de energia mais utilizada no planeta.

Através de um processo de refinamento, dele são extraídos muitos produtos, como a gasolina,
o diesel, o querosene, a nafta, entre outras dezenas de produtos.

Fator positivo: Sua exploração é relativamente fácil devido à estrutura atualmente existente.

Fator negativo: Altíssimo índice de poluição.

Dos combustíveis fosseis advém os maiores poluentes (principalmente o dióxido e


monóxido de carbono), salvo o gás liquefeito de petróleo (GLP), que é um combustível
limpo. Estima-se que as reservas de petróleo durem aproximadamente 40 anos. A natureza
leva milhares de anos para produzir o petróleo, que é basicamente formado de restos de
animais e plantas, depositados no fundo dos oceanos sob condições específicas.

A força da água quando sai da represa faz girar certas turbinas produzindo energia elétrica.
Esse sistema é integrante de usinas hidroeléctricas.

Para gerar energia essas usinas não precisam propriamente poluir, no entanto sua construção
gera um imenso impacto ambiental. É comum inundar grandes áreas destruindo a fauna e a
flora da região, entre outros organismos, mudando total e definitivamente a característica do
local.

Mesmo causando todo um impacto para sua construção, sua energia gerada é considerada
limpa. Ao menos em teoria, esta fonte de energia é renovável levando-se em conta que a
água, de um modo geral é abundante no planeta.

O álcool combustível já foi considerado como “o combustível do futuro“. Essa fonte de


energia revolucionária que conquistou seu espaço definitivo na década de 80, veio com a

promessa de substituir ou ao menos dividir o espaço absolutamente dominado pelo petróleo.


O programa do álcool combustível não atingiu as proporções desejadas, porém o Brasil que
foi pioneiro dessa fonte de energia, conquistou o respeito de outros paises nesse sentido e se
beneficiou em larga escala com o seu uso.

Esse combustível pode ser considerado como uma fonte de energia renovável e limpa, apesar
dos problemas gerados pela monocultura, principalmente queimadas e condições primitivas
do emprego da mão-de-obra utilizada.

A energia nuclear, não é utilizada em Moçambique, é bastante explorada em outros paises.

Essa energia advém do interior dos átomos que é liberada por meio da quebra do seu núcleo,
emitindo grandes quantidades de calor.

Para gerar esse tipo de energia é necessário um pequeno espaço para a construção de usinas,
por isso que pequenos paises como a França a constrói. Essa energia não é considerada limpa
devido ao resíduo radioativo resultante de sua geração, que não tem por definido o seu
descarte.

A energia eólica é produzida a partir dos ventos, sendo captada por grandes cataventos, que
fazem mover um gerador. Essa fonte de energia é uma das mais limpas existentes, pois não
há qualquer resíduo ou impacto para a sua geração. Entretanto há uma imensa dificuldade
para produzi-la, pois é difícil de se encontrar ventos de forma permanente ou contínua. Paises
como a Dinamarca, Alemanha e Espanha estão se empenhando na busca por essa energia. Em
Moçambique este fonte de energia ainda não está difundida.

O carvão mineral é uma fonte de energia com bastante oferta. A energia gerada a partir
desse elemento é bastante utilizada no mundo inteiro, tendo como a Austrália o maior
exportador desse mineral.

Apesar da sua actual abundancia, o carvão mineral é uma fonte de energia não-renovável e
bastante poluente. As usinas termoelétricas que são alimentadas por ele, causam impactos
ambientais com seus resíduos e emissões, além do dano constituído na sua capitação
(exploração de minas).

O sol é uma das mais abundantes fontes de todas as energias existentes, é também
considerada como uma das mais limpas existentes, entretanto, apesar de todos esses
benefícios, essa fonte é pouquíssima explorada pelo homem. As células fotovoltáicas são as
placas produzidas pelo homem para captar e transformar a luz do sol em energia elétrica.

Essa fonte de energia é considerada renovável, mas nem sempre está disponível, porque em
dias nublados sua disponibilidade é muito baixa ou quase nula.

Outro factor negativo é o alto custo para fabricar tais células. Nas suas composições são
usadas substâncias químicas tóxicas, como o sulfato de cádmio e o arsênico de gálio.

Energia oriunda da fusão nuclear, o hidrogênio é o gás combustível mais abundante no


universo. Na Terra, o hidrogênio é parte fundamental do tecido animal e vegetal, está
vinculado aos combustíveis fosseis e é um dos componentes da água.
Essa fonte de energia é avaliada como limpa e renovável, sendo hoje considerada como o
combustível que irá substituir grande parte dos não-renováveis.

Porem, o seu grande problema é o alto custo para fabricar as células que produzem a
eletricidade a partir desse elemento. Actualmente esse combustível, que não gera qualquer
tipo de poluição, já é utilizado em alguns tipos de motores de combustão interna e em outros,
mesmo sendo uma tecnologia muito recente. Milhões de dólares são investidos no
desenvolvimento desse “combustível do futuro”.

O homem tem uma grande quantidade de opção no que se refere a fontes de energia, algumas
pouco utilizadas, outras bastantes exploradas. O fato é que o conhecimento do homem lhe
permitiu descobrir tais alternativas.

Alem dos meios alternativos já citados, podemos observar ainda:

Lenha e carvão: Apesar de hoje ser pouco utilizada no mundo industrial, é um combustível
bastante poluente, mas renovável.

Energia advinda das marés: Em Moçambique não há esse tipo de geração de energia,
talvez pelo tipo de ondas proporcionadas ou pelo seu alto custo. O fato é que o país possui
um grande litoral que lhe proporciona marés, mas aparentemente não são consideradas.

Gás: O gás é um combustível pouco poluente. Acredita-se que haja boas reservas desse
combustível no mundo, porém nada comprovado. O gás pode ser adquirido em conexão com
a exploração do petróleo (GLP) ou por exploração individual (Natural).

Geotérmicas: A energia geotérmica é bem explorada no mundo. Incluem-se nesse grupo a


Islândia e Austrália que a usam bastante por explorarem o calor terrestre através de profundos
buracos ou de pontos favorecidos como os vulcânicos.

Sabe-se que em 58 países a água ou vapor quente produzido por pontos quentes da crosta
terrestre é usado para aquecer lares ou gerar eletricidade.

Biomassa: A biomassa é um combustível em que os cientistas muito apostam. É gerado a


partir de substâncias orgânicas (animal e/ou vegetal), que quando armazenados se
decompõem liberando gases e também combustíveis sólidos.

Todas essas energias são relacionadas quanto à sua utilização. O conjunto desses principais
meios de onde se obtém e usa energia é chamado de matriz energética.

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