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Capítulo 2:

Máquinas de
Fluxo
Prof. Me. Diego Rosa
Objetivos do capítulo
• Apresentar a definição e os elementos construtivos
fundamentais de uma máquina de fluxo;
• Fornece alguns critérios de classificação dessas máquinas;
• Estabelecer uma linguagem comum para a abordagem de
máquinas de fluxo; e
• Proporcionar meios de identificação dos seus diferentes tipos.

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Definição de MF
• Transformador de energia (sendo necessariamente o trabalho
mecânico uma das formas de energia) no qual o meio operante
é um fluido que, em sua passagem pela máquina, interage com
um elemento rotativo, não se encontrando, em qualquer
instante, confinado.

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Exemplos
• Turbinas hidráulicas
• Ventiladores
• Bombas centrífugas
• Turbinas a vapor
• Turbocompressores
• Turbinas a gás

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2.1 Elementos
construtivos
Partes que compõem as máquinas de fluxo
• corpo ou carcaça
• eixo
• mancais
• elementos de vedação
• sistema de lubrificação
• rotor
• sistema diretor

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Rotor
• Onde acontece a transformação de energia
• Constituído por um certo número de pás giratórias que
dividem o espaço ocupado em canais, por onde circula o fluido
de trabalho.

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Sistema diretor - Difusor
• Tem como finalidade coletar o fluido e dirigi-lo para um
caminho determinado.
• Transforma parte da energia de velocidade do líquido que é
expelido pelo rotor em energia de pressão.

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Sistema diretor - Injetor
• Numa turbina hidráulica do tipo Pelton, o sistema diretor é um
injetor que transforma a energia de pressão do fluido em
energia de velocidade que será fornecida ao rotor através de
jatos convenientemente orientados.

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Importante
• Nota 1: Em alguns tipos de máquinas o sistema diretor não se
faz presente, como nos ventiladores axiais de uso doméstico.

• Nota 2: A existência do rotor, no entanto, é imprescindível


para a caracterização de uma máquina de fluxo.

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2.2 Classificação das
máquinas de fluxo
Critérios utilizados para classificar as
máquinas de fluxo
• 1. Segundo a direção da conversão de energia;

• 2. Segundo a forma dos canais entre as pás do rotor;

• 3. Segundo a trajetória do fluido no rotor.

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Segundo a direção da conversão de
energia
• Classificam-se em:
• Motoras; e
• Geradoras

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Segundo a direção da conversão de
energia
• Máquina de fluxo motora (MFM) é a que transforma energia
de fluido em trabalho mecânico.

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Segundo a direção da conversão de
energia
• Máquina de fluxo geradora (MFG) é a que recebe trabalho
mecânico e o transforma em energia de fluido.

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Segundo a direção da conversão de
energia
• Bombas-turbinas reversíveis: podem funcionar tanto como
motores quanto geradores de fluxo,
• Dependendo do sentido do fluxo através do rotor, funcionam
como bombas, girando num sentido, ou como turbinas,
girando em sentido contrário.
• Aplicações como turbina de recuperação
Ex: Plantas de papel e celulose.

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Segundo a direção da conversão de
energia
• Máquina de fluxo motora (turbina a gás)
acionando uma máquina de fluxo geradora
(turbocompressor)
• montadas num mesmo eixo, como acontece nas
turbinas de aviação e nos turboalimentadores de
motores de combustão interna a pistão.

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Segundo a forma dos canais pistão entre
pás do rotor
• Classificam-se em:
• Ação; e
• Reação

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Segundo a forma dos canais pistão entre
pás do rotor
• Nas máquinas de fluxo de ação, os canais do rotor
constituem simples desviadores de fluxo, não havendo
aumento ou diminuição da pressão do fluido que passa através
do rotor.
• Exemplos:
• a turbina hidráulica do tipo Pelton; e
• a turbina a vapor do tipo Curtis

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Segundo a forma dos canais pistão entre
pás do rotor
• Nas máquinas de fluxo de reação, os canais constituídos
pelas pás móveis do rotor têm a forma de injetores (nas
turbinas) ou a forma de difusores (nas bombas e nos
ventiladores), havendo redução, no primeiro caso
(turbinas), ou aumento, no segundo caso (bombas e
ventiladores), da pressão do fluido que passa através do rotor.
• Exemplos:
• as bombas centrífugas,
• os ventiladores; e
• as turbinas hidráulicas do tipo Francis

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Segundo a trajetória do fluido no rotor
• Classificam-se em:
• radiais,
• axiais,
• diagonais ou de fluxo misto (ou ainda, semi-axial) e
• tangenciais

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Segundo a trajetória do fluido no rotor
• Nas máquinas de fluxo radiais, o escoamento do fluido
através do rotor percorre uma trajetória predominantemente
radial (perpendicular ao eixo do rotor).
• Exemplos
• as bombas centrífugas,
• os ventiladores centrífugos e
• a turbina Francis lenta

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Segundo a trajetória do fluido no rotor
• Nas máquinas de fluxo axiais, o escoamento através do rotor
acontece numa direção paralela ao eixo do rotor ou axial.
• Exemplos:
• os ventiladores axiais,
• as bombas axiais e
• as turbinas hidráulicas do tipo Hélice e Kaplan.

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Segundo a trajetória do fluido no rotor
• Fluxo misto, diagonal, ou, ainda, semi-axial, com as partículas
de fluido percorrendo o rotor numa trajetória situada sobre
uma superfície aproximadamente cônica.
• Exemplos:
• as bombas semiaxiais
• a turbina Francis rápida e
• a turbina hidráulica Dériaz.

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Segundo a trajetória do fluido no rotor
• Numa máquina de fluxo tangencial, o jato líquido
proveniente do injetor incide tangencialmente sobre o rotor.
• Exemplo:
• A turbina hidráulica do tipo Pelton

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