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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

LABORATÓRIO DE CALOR E FLUIDO

ANDRÉ DE OLIVEIRA LACERDA - 20180003122


JOAO PEDRO FERREIRA MACEDO - 20180101965
JOÃO VICTOR SILVA SOARES – 20190084634
WESLEY DE LIMA CARNEIRO MENDES – 20180031038

IDENTIFICAÇÃO DO REGIME DE ESCOAMENTO

São Luís – MA
2022
Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 3

3. MATÉRIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 3

4. RESULTADOS ......................................................................................................... 5

5. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 5

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 7

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1. INTRODUÇÃO
Osborne Reynolds foi um cientista britânico que estudou o escoamento em tubos
utilizando um experimento muito simples. Em um tubo transparente, adaptou uma sonda
com corante de forma a introduzir um contraste no escoamento e em seguida verificar as
condições. Dessa forma, percebeu que o contraste se alterava à medida que se modificava
o tubo, o líquido e o escoamento e assim por meio das propriedades do fluido como:
massa específica e viscosidade, geometria do tubo e velocidade média de escoamento.
(VILANOVA, 2011)

Os tipos de escoamento são caracterizados em três formas, sendo eles laminar o qual
apresenta linhas de corrente suaves e movimento altamente ordenado, turbulento o qual
é constituído pelas flutuações de velocidade e pelo movimento altamente desordenado e
também transitório que é uma região na qual o escoamento flutua entre os escoamentos
laminar e turbulento antes de tornar-se totalmente turbulento. (ÇENGEL,2012)

O estudo deste comportamento do fluido é necessário para analisarmos seus


escoamentos e seus efeitos em estruturas, equipamentos e instalações. Ao utilizarmos a
bancada de Reynolds horizontal, queremos simular um sistema onde podemos visualizar
o comportamento do fluido para diferentes vazões.

Para definirmos com precisão o tipo de escoamento, precisamos calcular o número de


Reynolds. Este número determinará o tipo de escoamento para o sistema analisado. Com
isso, podemos determinar diversos fatores para um determinado projeto que utilize
tubulações que abriguem ou sirvam de transporte para fluidos, pois a vazão será
determinada conforme o regime de escoamento e número de Reynolds desejado.

2. OBJETIVOS
No experimento determinado pelo Prof. Dr. Alisson Figueiredo, buscamos analisar o
escoamento que o fluido realiza em determinadas vazões e calcular o número de Reynolds
para cada caso, comparando o tipo de regime de escoamento conforme o valor
adimensional.

3. MATÉRIAIS E MÉTODOS
Para a realização desse experimento, foi utilizado diversos materiais, como:
1. Um tubo transparente de acrílico, com diâmetro interno de 25,4 mm;
2. Caixa de acrílico com divisão para diminuir a turbulência do fluído;
3. Cronômetro no celular;

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4. Um corante com a cor violeta genciana;
5. Água – fluído;
6. Béquer.
Para determinar o tipo de escoamento existente em cada um dos quatros
experimentos, primeiramente precisamos calcular as vazões por meio do volume (béquer)
e do tempo cronometrado, como mostrado na equação 1.
𝑣 𝑚3
𝑄= [ ] (1)
𝑡 𝑠

• 𝑄 = Vazão Volumétrica, em metros cúbicos por segundo;


• 𝑣 = Volume do Cilindro, em metros cúbicos;
• 𝑡 = Tempo, em segundos.
Logo em seguida, calculamos a área do tubo de acrílico, que é equivalente a área
de um cilindro, representado pela Equação 2:
𝐴 = 𝜋𝑟 2 [𝑚2 ] (2)
• 𝐴 = Área do Cilindro, em metros quadrados;
• 𝜋 = Valor de Pi;
• 𝑟 = Raio do tubo, em metros.
Tendo o valor da vazão volumétrica e o valor da área do cilindro, podemos
determinar a velocidade de escoamento do fluido pela Equação 3 (ANDRADE, 2018):
𝑄 𝑚
𝑉= [ ] (3)
𝐴 𝑠

• 𝑉 = Velocidade de Escoamento, em metros por segundo;


• 𝑄 = Vazão Volumétrica, em metros cúbicos por segundo;
• 𝐴 = Área do Cilindro, em metros quadrados;
Agora com a velocidade de escoamento, com os dados da viscosidade e densidade
da água foram retirados do livro Mecânica dos Fluidos Fundamentos e Aplicações
(ÇENGEL, 2012), podemos determinar o número de Reynolds pela Equação 5:
𝜌𝑉𝐷
𝑅𝑒 = (5)
𝜇

• 𝑅𝑒 = Número de Reynolds;
• 𝜌 = Densidade da água, em quilograma por metro cúbico;
• 𝑉 = Velocidade de Escoamento, em metro por segundo;
• 𝐷 = Diâmetro do tubo, em metros;
• 𝜇 = Viscosidade da água, em quilograma por metro vezes segundos.

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Após obter valores precisos do número de Reynolds, podemos determinar o tipo de
escoamento ocorrendo em cada experimento entre: laminar (𝑅𝑒 ≤ 2000), transitório ou
turbulento 𝑅𝑒 ≥ 4000.

4. RESULTADOS
Após o registro de todos os dados relativos aos 4 (quatro) experimentos realizados,
inicialmente listou-se as constantes associadas às dimensões do tubo onde foram
realizados os testes e os valores das características da água na temperatura ambiente,
constando na Tabela 1, para serem utilizados para fim de cálculo.

Tabela 1 - Valores das constantes utilizadas

Símbolo Valor Definição


μ 0,000891 Viscosidade da água (kg/ms)
r 0,0127 Raio (m)
D 0,0254 Diâmetro (m)
π 3,141593 Valor de π
ρ 997 Densidade da água (kg/m³)
A 0,000507 Área (m²)

Portanto, utilizando a Equação 5 pode-se calcular o Reynolds equivalente para cada


experimento, listando o valor e a caracterização do escoamento conforme consta na
Tabela 2.

Tabela 2 - Resultados
Experimento Tempo (s) Velocidade de Escoamento (m/s) Vazão Volumétrica (m³/s) Número de Reynolds Escoamento
1 26,00 6,83E-02 3,46E-05 1941,61 Laminar
2 24,00 4,11E-02 2,08E-05 1168,56 Laminar
3 54,00 1,83E-02 9,26E-06 519,36 Laminar
4 13,00 7,59E-02 3,85E-05 2157,35 Transitório

Levando em consideração a faixa do Número de Reynolds listada no tópico 3, pode-


se definir o tipo de escoamento, conforme definido na Tabela 2, entretanto, esses valores
são frutos de aproximação e arredondamento e não representam com total precisão o
escoamento real observado ao longo do experimento, podendo haver erros numéricos
devido à problemas técnicos, de manuseio, dentre outros.

5. CONCLUSÃO
O experimento realizado nos permitiu analisar a mudança de regime de escoamento
em função da alteração do número de Reynolds, alterando e controlando a velocidade de
escoamento do fluido através de uma válvula conseguimos alterar o número adimensional

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o suficiente para que o regime de escoamento mudasse, gradualmente do regime laminar
para o regime de transição, o que foi observado na forma como o colorante roxo era
arrastado do bico do injetor pelo fluido, inicialmente em apenas um filamento, pois nesse
tipo de escoamento as partículas se movem de maneira paralela, sem invadirem o caminho
das outras, em seguida o colorante se espalhou, pois no novo escoamento as partículas se
misturam e invadem o espaço uma da outra de forma aleatória.

Analisar o regime de escoamento é muito importante para a resolução de diversos


problemas e aplicações na engenharia, como por exemplo o estudo da turbulência em
aeronaves, a exaustão de gases pelos bocais supersônicos dos motores de foguetes e na
eficiência de trocadores de calor, aplicações essas que necessitam de ferramentas bem
mais sofisticadas e complexas como as de modelagem computacional, com elas é possível
recriar diversos cenários em um ambiente virtual e realizar diferentes testes e até mesmo
prever o comportamento desses escoamentos.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Fabrício. Vazão mássica e vazão volumétrica. Automação e Cartoons,


2018. Disponível em: https://automacaoecartoons.com/2018/09/16/vazao-massica-
vazao-volumetrica/. Acessado em 4, setembro de 2022.

VILANOVA, Luciano Caldeira. Mecânica dos Fluidos. e-Tec Brasil Escola Aberta do
Brasil. Disponível em
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/11/12_mecanica_fluidos.pdf .
Acessado em 27, abril de 2022.

ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, Jhon M.. Mecânica dos fluidos: Fundamentos e
aplicações. Porto Alegre: AMGH 2012.

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