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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ-UNIVALI

ARIELE COLLAÇO SCOLARO


BRUNA ADRIANI TILL
CASSIO FELIPE GROH
NERI JOSÉ MARTINS JÚNIOR
ODAIR JOSÉ CUSTODIO JUNIOR
RENAN MICHEL DE OLIVEIRA SACRAMENTO

EXPERIMENTO DE REYNOLDS
Regimes de escoamentos em Tubulações

Itajaí
2016
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ARIELE COLLAÇO SCOLARO


BRUNA ADRIANI TILL
CASSIO FELIPE GROH
NERI JOSÉ MARTINS JÚNIOR
ODAIR JOSÉ CUSTODIO JUNIOR
RENAN MICHEL DE OLIVEIRA SACRAMENTO

EXPERIMENTO DE REYNOLDS
Regimes de escoamentos em Tubulações

Relatório no 5 apresentado como requisito parcial


para a obtenção da M3 da disciplina de Operações
Unitárias I do curso de Engenharia Química pela
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de
CiênciasTecnológicas da Terra e do Mar –
CTTMar, 5operíodo-T1.
Professora: Dra. Simone Cavenati.
Data: 30/06/2016.

Itajaí
2016
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RESUMO
Este relatório tem por objetivo calcular e discutir os possíveis efeitos do número de Reynolds
em um escoamento num duto fechado. O conceito do número do Reynolds foi primeiramente
pensado por George G. Stokes em 1851, contudo o número analisado foi denominado de
“Reynolds”, após Osborne Reynolds popularizar seu uso em 1883, através de seu
experimento. O número de Reynolds surge quando se realiza uma análise dimensional em
problemas de dinâmica de fluidos, e tem como principal utilidade a caracterização de
diferentes regimes de fluxo, sendo estes: laminar, transição ou turbulento.

Palavras-chave: Escoamento; Fluidos; Reynolds.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 5

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 6

4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 7

4.1 Materiais utilizados ..................................................................................................... 7

4.2 Procedimento Experimental ....................................................................................... 8

4.3 Equações utilizadas .....................................................................................................

5 CÁLCULOS E RESULTADOS ........................................................................................

6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................

7 PROBLEMAS PROPOSTOS .............................................................................................

REFERÊNCIAS .................................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO

Em 1883, Osborne Reynolds, considerando um fluido em movimento, realizou


um experimento que o consagrou como um pioneiro na moderna mecânica dos fluidos. Ele
injetou dentro de um tubo transparente contendo água em movimento, uma fina corrente de
um corante com peso específico igual ao da água, e observou que a certa velocidade a
corrente seguia. A experiência consistia basicamente em fazer-se escoar um fluido líquido
através de um tubo juntamente ao escoamento colorido, com vazão constante, controlada por
uma válvula na extremidade do tubo e quando esta se encontrasse ligeiramente aberta, a tinta
escoaria pelo tubo sem ser perturbada, formando assim, um filete, demarcando a natureza
ordenada do escoamento.
Diante dos fatos, Reynolds demonstrou a existência de dois tipos de escoamentos,
de acordo com o comportamento dos fluxos. Ao primeiro, onde os elementos do fluido
seguem-se ao longo de linhas de movimento, e aumentada gradativamente a velocidade ao
longo do experimento, notava-se que a linha desenhada pelo corante começava a sofrer
oscilações, até o corante se difundir por completo no fluxo de água, classificou este tipo de
fluxo como fluxo laminar. À medida que a velocidade ia aumentando, o ponto em que o
corante se difundia por completo ficava cada vez mais próximo de onde fora injetado. A esse
fluxo irregular ele designou o nome de fluxo turbulento. Ao trecho da tubulação em que se
observava a transição entre os dois fluxos, o denominou de fluxo intermediário ou de
transição. O comportamento na região de transição é uma função das propriedades do fluido,
da geometria do sistema, da cinemática do sistema e da história do sistema, assim sendo,
compatível com o modelo das membranas de tensão.
Uma das consequências da existência da viscosidade num fluido é a variação da
velocidade de escoamento das camadas de fluidos. Assim, as velocidades em dois pontos
distintos, da mesma seção transversal de um tubo por onde o fluido escoa, serão diferentes.
Um perfil dessas velocidades pode ser observado colocando-se corante em um líquido em
escoamento. O fluido em contato com a parede da tubulação está em repouso, sua velocidade
aumenta com a aproximação ao eixo, onde atinge o valor máximo. A diminuição da
velocidade, à medida que se afasta do eixo central, é produzida pela força de atrito tangencial
entre duas camadas adjacentes do fluido que, por sua vez, é função do coeficiente de
viscosidade.
Dessa forma, a partir de um ensaio do experimento de Reynolds, serão explanados
os resultados obtidos com a prática executada, tendo em vista os objetivos estabelecidos.
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2 OBJETIVOS

 Realizar observações visuais dos regimes de escoamentos em função do número de


Reynolds;
 Determinar experimentalmente o número de Reynolds em função da vazão e o número de
Reynolds crítico, em conduto circular;
 Determinar experimentalmente a perda de carga por escoamento e a variação do
coeficiente de atrito hidráulico (Fanning) em função do número de Reynolds e, com isto
aprender a confeccionar o gráfico de Moody.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Após investigações experimentais e teóricas, Reynolds concluiu que o critério
mais apropriado para se determinar o tipo de escoamento em uma canalização não se atém
exclusivamente ao valor da velocidade, mas a uma expressão adimensional na qual a
viscosidade do líquido também é levada em consideração. Este adimensional passou a ser
conhecido como Número de Reynolds.
Além da velocidade e da viscosidade cinemática do líquido, o número de
Reynolds leva em conta uma dimensão linear característica. No caso de tubos de seção
circular, esta dimensão é o diâmetro da tubulação. Para seções não circulares, toma-se esta
dimensão como sendo o quádruplo do raio hidráulico (razão entre a seção ocupada pelo
fluido, transversal à direção do escoamento, e o perímetro da fronteira desta seção com o
conduto que a limita).
Para baixas vazões o líquido corante forma um filete contínuo paralelo ao eixo
axial. Vazões maiores e crescentes induzem oscilações que são amplificadas à medida que o
aumento vai ocorrendo, culminando no completo desaparecimento do filete de líquido
corante, indicando uma diluição total. O termo “escoamento laminar” (Figura1) é utilizado
para indicar um escoamento que se processa em lâminas ou camadas que deslizam umas sobre
as outras sem mistura macroscópica, em contraposição ao “escoamento turbulento” (Figura1),
no qual as componentes de velocidade sofrem flutuações aleatórias impostas a seus valores
médios e surgem turbilhões. Em um escoamento turbulento, a água gira erraticamente. A
velocidade em um dado ponto pode mudar em valor e direção. O surgimento de um
escoamento turbulento depende da velocidade do fluido, sua viscosidade, sua densidade, e o
tamanho do obstáculo que ela encontra.

Figura 1- Tipos de escoamentos que podem ser observados no experimento de Reynolds


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4 METODOLOGIA

4.1 Materiais utilizados

O equipamento utilizado a ser apresentado na Figura 1, é constituído por:


 Reservatório de água (RA), dotado de válvula que permite o controle do nível constante;
 Tubo de vidro cilíndrico horizontal a certa distância (a medir) entre as tomadas de pressão
estática;
 Recipiente graduado para medidas de vazão (RGV), localizado no final do tubo;
 Válvula de regulagem de vazão (VRV), sendo que a vazão deve ser medida diretamente
com auxílio de recipiente graduado e cronômetro;
 Agulhas dosadoras de corantes traçadores (solução de azul de metileno), a fim de se
visualizar as linhas de correntes no início e no meio do tubo de vidro, através das válvulas
VAT 1 e VAT 2);
 Manômetro de tubo de vidro inclinado, utilizando-se Clorofórmio colorido com iodo
metálico como fluido manométrico.
 Reservatório de corante traçador (RT) alimentado por uma Bomba peristáltica.

Figura 2 – Experimento para Ensaios Hidrodinâmicos- Experimento de Reynolds


Fonte: UFSC
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4.2 Procedimentos Experimentais


 Certificou-se inicialmente que a Válvula (VRV) estivesse fechada;
 Abriu-se o registro de alimentação de água para o tanque de nível constante e o registro de
saída deste reservatório (RA);
 Ajustou-se o ângulo desejado para o Manômetro inclinado, e esperou-se a coluna
manométrica estabilizar-se na posição inicial, não se esquecendo de abrir os dois Registros de
bloqueio instalados nas mangueiras do manômetro;
 Estando o reservatório de traçador (RT) abastecido iniciou-se o experimento abrindo-se
lentamente a Válvula de Regulagem de Vazão (VRV), situada no início do tubo de vidro de
modo a obter-se uma variação, em torno, de 0,5 cm no Manômetro inclinado (devido à perda
de carga ao escoamento);
 Mediu-se a vazão da água através do recipiente graduado com auxílio de um cronômetro;
 Em seguida, e durante o experimento abriu-se o registro (RBC) de bloqueio do circuito de
dosagem de corantes e também as válvulas das agulhas dosadoras de corantes traçadores
(VAT 1 no início do Tubo e VAT 2 no meio do Tubo) afim de visualizar as linhas de corrente
laminar, transição e início do turbulento, comprovado visualmente o regime turbulento, pode-
se cessar as dosagens dos corantes traçadores;
 Aumentou-se novamente e lentamente a vazão para mais 0,5 cm no Manômetro inclinado e
mediu-se a vazão;
 Manteve-se o aumento de 0,5 em 0,5 cm enquanto o escoamento esteve em regime laminar
e transição. Quando o regime mudou para turbulento, o intervalo de aumento foi aumentado
de 2 em 2 cm;
 Depois de atingida a vazão máxima permitida no experimento; diminuiu-se a mesma
lentamente e reversamente ao sentido de ida e aumento progressivo, com medições alternadas
devidas às complicações na execução do experimento. Este procedimento foi necessário para
identificar possíveis histereses, ou seja, diferenças de leituras (obtenção de dados) durante o
aumento da vazão comparado com os dados durante a diminuição da vazão.
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4.3 Equações utilizadas


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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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6 CONCLUSÕES
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7 PROBLEMAS PROPOSTOS

7.1 Se a experiência fosse realizada com um líquido mais viscoso (glicerina), nas mesmas
condições do experimento, a que vazão seria atingida o regime turbulento?

7.2 Ao invés da glicerina, se fosse utilizado o ar como fluído, qual seria a vazão para
atingir o regime turbulento?
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REFERÊNCIAS

PERRY, H. Robert. Perry’s Chemical Engineers’ Handbook. 7ª edição-1999.

WU, H. Kwong. Fenômenos de transportes: mecânica dos fluidos, 1ª edição – São Carlos:
EdUFScar, 2010.

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