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OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Aula 16: 16/06/2016


.

1
AVISOS:
 Dias 23/06 e 24/06 Semana Integradora Eng. Químca. Sem
aulas.
 Dia 30/06 aula de dúvidas.
 Dia 30/06 apresentação dos Seminários (individual ou dupla).
 Dia 7/07 prova teórica M3.
 A matéria da prova vai desde Centrifugação até Agitação.
Façam os exercícios sugeridos (inclusive as listas teóricas).
 No dia 8/07 serão entregues as provas e os relatórios
corrigidos. A partir da 13:00 h na sala D5 206.
AGITAÇÃO

3
AGITAÇÃO
Consiste na movimentação de líquidos
em tanques por meio de impulsores
giratórios.
A agitação de uma fase fluida é
necessária para realizar um grande
número de Operações de Engenharia
Química.
Usualmente a agitação refere-se
ao movimento induzido em um fluido
por meios mecânicos (impulsores
giratórios) em um recipiente.
Os principais objetivos da agitação são os seguintes:

 Homogeneização de uma fase fluida;

 Criação de área interfacial entre duas fases


imiscíveis;

 Manter sólidos em suspensão (finamente) numa fase


fluida;

 Aumento de transferência de calor e massa entre uma


fase fluida e uma fase sólida.

Em todos os casos, a agitação tem como


objetivo aumentar a turbulência do fluido. Todavia, a
técnica a usar deve ser escolhida e adaptada em função
do objetivo visado.
AGITAÇÃO X MISTURA

Os termos agitação e mistura são utilizados indistintamente, embora não sejam


exatamente sinônimos.

O termo mistura é aplicado em operações que visam reduzir os gradientes de


concentração ou temperatura em um determinado volume de material.

Em geral precisamos da ação de mistura para:

 dissolver líquidos miscíveis.

 dissolver sólidos.

 misturar líquidos imiscíveis.

 dispersar gases em líquidos.

 misturar líquidos e sólidos.


Vaso Típico de Agitação

Os líquidos são agitados em tanques ou vasos, geralmente cilíndricos e com um eixo


vertical.
- Base do tanque arredondada, para evitar regiões mortas ou cantos;
- Serpentina ou camisa de aquecimento ou resfriamento;
- Agitadores fazem o líquido circular através do vaso;
- Chicanas são usadas para reduzir o movimento tangencial (evitar o efeito do
vortex).
https://www.youtube.com/watch?v=9LGQ-jIet1s
Existem muitos tipos de impulsores, a seguir se apresentam os
mais comuns, agrupados em 2 categorias:
1. agitadores para líquidos pouco viscosos ou de consistência média
(Figura 2 – a, b, c, d).
2. agitadores para líquidos muito viscosos (Figura 3 – e, f).

a) Turbina de disco de Rushton


L= D/4; W=D/5 e D do disco= 3/4

b) Hélice
“Pitch= 1,5
Passo da hélice do agitador: distância percorrida quando ela efetua uma rotação completa

Figura 2a.b. Impulsores para fluidos pouco viscosos mais usados na indústria.
Existem muitos tipos de impulsores, a seguir se apresentam
os mais comuns, agrupados em 2 categorias:

1. Agitadores para líquidos pouco viscosos ou de consistência média

c) Turbina de pás inclinadas


W=D/5; ángulo=45º

d) Turbina de três pás inclinadas (“hydrofoil”)


Varios ángulos e inclinações de pás

Figura 2c.d. Impulsores para fluidos pouco viscosos mais usados na indústria.

Impeledores tipo turbina: Oferecem excelente circulação do fluido no vaso de


mistura. O diâmetro da turbina pode variar de 0,3-0,6 do diâmetro do tanque.
2. Agitadores para líquidos muito viscosos

e) Âncora f) Espiral dupla


W= D/10 e h= H Di= D/3; W= D/6

Figura 3. Impulsores para fluidos muito viscosos mais usados na indústria.


PADRÕES DE ESCOAMENTO

Axial

Intermediário

Radial
PADRÕES DE ESCOAMENTO

Axial

Hélice Turbina de disco Pás inclinadas

Fluxo axial: geram linhas de fluxo paralelas ao eixo do agitador, ou seja, impulsiona
a grande massa líquida contra o fundo do tanque.
Características: baixo consumo de potência, grande abrangência por sua
distribuição geométrica do fluxo dentro do tanque, baixa agressão ao produto.
Tipos de aplicações: mistura de produtos líquidos, sólido em suspensão,
transferência de calor.
PADRÕES DE ESCOAMENTO

Radial

Paddles: impelidores de
baixa velocidade, (2-4 pás),
Turbina. maiores que a turbina. Âncora (maiores).
Fluxo radial: geram linhas de fluxo perpendicularmente ao eixo do agitador, ou seja,
impulsiona a grande massa líquida contra as paredes do tanque.
Características: alto consumo de potência, grande capacidade dispersiva,
agressivos ao produto.
Tipos de aplicações: dispersão de gases, transferência de massa, dissolução de
materiais sólidos.
PADRÕES DE ESCOAMENTO

Fluxo tangencial (ou misto): geram linhas de fluxo circulares e em regime de


fluxo laminar, destinados a misturar produtos de alta viscosidade (acima de
50000 cP), impulsiona a grande massa líquida ao redor da parede do tanque.
Características: alto consumo de potência, alto torque, elevado investimento
inicial. Tipos de aplicações: homogeneização de resinas, mistura de fluidos
viscosos, dissolução de materiais sólidos em meios viscosos ou com formação de
subprodutos altamente viscosos.
IMPULSOR DE HÉLICE:

Para fluidos de baixa viscosidade (  2 Pa.s).


O padrão de circulação axial.
Suspensão de sólidos, mistura de fluidos miscíveis e
transferência de calor.
Possui uma ampla faixa de rotações.
D = 1/10 T
D = diâmetro da hélice
T = Diâmetro do tanque
TURBINA DE PÁS RETAS:
Grande intervalo de viscosidade: 10-3 << 50 Pa.s.
(1 cP <  < 50 000 centipoises).
Os impulsores de pás verticais fornecem um fluxo
radial adequado para agitação de fluidos viscosos.
Os de pás inclinadas apresentam escoamento axial
que é útil para suspensão de sólidos.

Pás Verticais Pás Inclinadas


TURBINA RUSHTON:

Estas turbinas de disco e pás são adequadas para


agitação de fluidos poucos viscosos e alta velocidade.
Se usam na dispersão de gases em líquidos,
na dispersão de sólidos, na mistura de fluidos imiscíveis,
e na transferência de calor.
Distribuem a energia de maneira uniforme.
O padrão de escoamento é misto.
D = 1/3 T
IMPULSORES DE ÂNCORA E HÉLICE:
Utilizados para mistura de fluidos muito consistentes.
Viscosidades entre 5 e 50 Pa.s.
Os mais comuns os são o tipo âncora e o helicoidal.
O modelo de âncora fornece um escoamento misto e o
modelo helicoidal um fluxo axial.
D≈T

Helicoidal
Âncora
DESCRIÇÃO DE UM TANQUE AGITADO
Na agitação de líquidos e pastas semi-líquidas é necessário:
-um tanque ou reservatório;
-Impulsor (rotor) instalado em um eixo e acionado por um sistema
de motor redutor de velocidade.

Tanque Chicanas ou Impulsor


defletores
Escolha do tipo de agitador
A Figura 1 pode auxiliar no processo de escolha do agitador
apropriado, que ainda é considerado uma “arte”.

Amassadeira
Tipo de agitador

Pá em Z

Helicoidal

Âncora

Turbina

Hélice

10-3 10-2 10-1 100 101 102 103 104

Viscosidade (Pa.s)
Figura 1. Tipo de agitador em função da viscosidade do fluido
Escolha do tipo de agitador

Tabela 1. Tipo de impulsor em função da viscosidade do fluido

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Geometria de um Sistema de Agitação

• b : largura da chicana.
• b’ : distância de uma chicana descolada
da parede da cuba.
• d : diâmetro do Móvel de Agitação.
• D : diâmetro da cuba agitada.
• H : Altura da mistura reacional na cuba.
• l : comprimento da palheta.
• w : largura ou altura da palheta.
• Y : Elevação do centro do móvel de
agitação relativamente ao fundo da
cuba.

22
Geometria de um Sistema de Agitação
Configurações e dimensões características do tanque padrão:
Em 1950, RUSHTON definiu as dimensões de uma cuba agitada
considerada Padrão.

As dimensões são:
D=H
d = D/3
Y = d = D/3
b = 0,1 D
b’ = 0,02 D

Na prática, nem sempre as cubas são padronizadas,


existe configurações geométricas com d/D desviando de 1/3
e razões H/D podem ser superiores a 1.
Se H/D > 1, vários agitadores podem ser colocados em
série segundo as configurações apresentadas na figura a
seguir. 23
Geometria de um Sistema de Agitação

24
Analogia com a Mecânica dos Fluidos
Em mecânica dos fluidos, o escoamento numa tubulação de
diâmetro d de um fluido de massa específica f e de viscosidade
dinâmica f com velocidade Uf, é caracterizado por um número de
Reynolds definido como :
U f .d . f
Re 
f

O número de Reynolds do agitador é definido por :


N .d 2 . f N .d 2
Re  Re 
f f
Onde
f
f   viscosidade cinemática do fluido.
f
Segundo o valor de Re, distingue-se 3 regimes
hidrodinâmicos: Laminar, Transição e Turbulento.
25
25
Exemplo:
- Para agitadores a vazão radial : Re ~ 104
- Para agitadores a vazão axial : Re ~105

O regime laminar se traduz pela ausência de movimento do fluido


numa direção diferente daquela imposta pelo agitador. A única mistura
que pode se fazer entre as camadas paralelas as correntes é devido
unicamente à difusão molecular e independente da potência fornecida
que, de outro lado, é dissipada sob a forma de calor.
O regime turbulento se caracteriza pelos movimentos em todas as
direções e então de uma boa mistura dos filmes fluidos.

Figura 2- Linhas de corrente para o Figura 3 - Linhas de corrente para o 26


regime Laminar regime Turbulento
Efeito dos Elementos Geométricos
RUSTHON (1950) estabeleceu as curvas características para as razões
geométricas seguintes:
d 1 H b 1 Y 1
 ;  1;  ;  ;
D 3 D D 10 D 3

A experiência mostra que em regime turbulento e em ausência de


VORTEX, as curvas características ficam ainda válidas, pelo menos nas faixas
de variações das razões geométricas seguintes:
d H Y
0,2   0,5; 1  4; 0,3   1,6;
D D D
Todavia, para configurações geométricas diferentes daquelas das
normas fornecidas, é melhor pedir aos fabricantes os valores numéricos
dos coeficientes corretivos a aplicar.

27
Efeito dos Elementos Geométricos

O problema de formação de vortex.

Resolve-se colocando chicanas (defletores).

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Vazões de bombeamento e de Circulação
1. Vazão de Bombeamento
A vazão de bombeamento é a vazão do líquido que passa
efetivamente no móvel de agitação. Ela é proporcional a velocidade de
agitação N, e ao cubo do diâmetro do móvel de agitação d, seja:

Q p  N qp Nd 3
O coeficiente de proporcionalidade N qp é chamado de
Número de bombeamento. Ele é função do tipo de móvel de agitação e
do regime hidrodinâmico. No caso do regime turbulento, N pode
qp
ser considerado constante. Há tabela com os valores de N qp para
diferentes agitadores.
Temos também o número de potência N po que relaciona a
potência útil (Wu), com a densidade (ρ) e o diâmetro do impulsor (D).
.
Wu
N po  3 5
N D 
29
N qp

30
Efeito dos Elementos Geométricos
2 - Vazão de Recirculação
A vazão de bombeamento induz no volume do tanque uma vazão de
empuxo Qe por transferência de quantidade de movimento. A vazão de
circulação Qc é a soma da vazão de empuxo Qe e da vazão de
bombeamento Qp, ou seja:

Qc  Q p  Qe
Após muitos trabalhos, admite-se que independentemente da
natureza do agitador, a razão Qc é quase
constante e vale em torno de 1,8. Qp

31
Efeito dos Elementos Geométricos

Define-se um número de circulação N QC tal que:


Qc
N QC 
Nd 3
Sabendo que:
Qc  1,8 QC  1,8Q p
Qp
Temos:
Qc Qp N Qp Nd 3
N QC  3
 1,8 3
 1,8 3
 1,8 N Qp
Nd Nd Nd
Finalmente temos :

N qp (coeficiente de proporcionalidade).
N QC  1,8 N Qp

32
33
Wu = Potência útil
Número de potência Número de Reynolds

34
Wu = Potência útil
Número de potência Número de Reynolds

35
Wu = Potência útil
Número de potência Número de Reynolds

Número de potência

Número de Reynolds

Figura 4. Número de potência versus Reynolds para diversos tipos de impulsores


36
No caso de agitadores para fluidos de alta viscosidade deve-se usar relações empíricas*.

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Tempo de mistura
Definição
Define-se o tempo de mistura tM como o tempo necessário para
obter-se uma mistura de qualidade fixa em condições de agitação bem
determinadas.
É então o tempo de mistura, o intervalo de tempo entre o inicio da
agitação e o momento onde a composição uniforme é obtida na massa do
fluido.
De modo semelhante a potência dissipada, o tempo de mistura é
função:
- Características físico-químicas dos fluidos a misturar;
- Das condições de Agitação;
- Do sistema Tanque – Agitador.

Para os agitadores clássicos, existe algumas correlações práticas permitindo se


calcular o tempo de mistura.

38
Para os agitadores clássicos, existe algumas correlações práticas permitindo se
calcular o tempo de mistura.

Tabela: Cálculo de tempo de mistura por duas ( 02 ) formulações.

Agitador Formulação 1 Formulação 2


Hélice Marinheiro N t M = 6 ( D / d )2 ( N/k)(d/D)2 = 0,9
A1 nc = 3 ou 4 Y = D/2 ; nc = 4
p=d Re > 104 b=D/10 ; Re> 104
0,10 < d/D < 0,45
k = ( ln A/2)/(-tM)
Turbina N tM = 4 ( D/d)2 (N/k)(d/D)2,3=0,5
Disco a nc = 3 ou 4 Y=D/2 ; nc = 4
6 palhetas Re > 104 b = D /10
direitas 0,23 < d/D < 0,43
R1 Re > 2 x 103
W/d = 0,20 k = ( ln A/2 )/(-tM )
L/d = 0,25

39
Tempo de mistura

Para sistemas de geometria semelhante com chicanas funcionando


em regime turbulento, a análise dimensional conduz:

f  N.tM  k ' Re x

Com k’ constante que depende do tipo de agitador.

Medição de tempo de Mistura


Existem vários métodos que permitem medir os tempos de mistura,
mas todos conduzem muitas vezes a conclusões bastante diferentes. A
técnica de base é a observação da evolução de uma propriedade do fluido
após ser introduzido no sistema uma perturbação.

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 Nível ou grau de agitação

P/V

Watts HP
m3 m3

até 80 até 0.1 débil


80 - 230 0.1 - 0.3 suave
230 - 460 0.3 - 0.6 média

460 - 750 0.6 - 1.0 forte

750 - 1500 1-2 intensa


1500 - 2250 2-3 muito forte
2250 - 3000 3-4 intenssíssima

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Lista de Exercícios: Agitação e Mistura
1. O que é mistura? O que é agitação?
2. Quais as principais propriedades de fluidos e sólidos que
influenciam na facilidade da mistura?
3. Quais as principais utilizações (objetivos/ propósitos) da
agitação de líquidos?
4. Quais os principais agitadores utilizados para líquidos de baixa
viscosidade?
5. O que são chicanas ou defletores?
6. Como podemos evitar a formação de vórtice em tanques
agitados?
7. Quais as principais características dos impelidores:
a. tipo pás.
b. tipo turbina.
c. tipo hélice.
d. tipo disco dentado.
e. tipo âncora.
f. tipo helicoidal.
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Exercícios:

• Cálculo da potência da agitação.


• Cálculo de dimensões do agitador.
• Ampliação de escala.

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Exemplo 1: Em um tacho encamisado, deve-se aquecer um óleo
que apresenta viscosidade de 12cP e com densidade de 1498
kg/m3 na temperatura inicial. Calcule a potência consumida pelo
sistema de agitação considerando 4 defletores. Dados: Turbina de
6 pás retas e disco; D = 1,8 m; d = 0,6 m; Y = 0,6 m; H = 1,8 m; N
= 90 rpm.
 
W W
b’
w
N N

HZL HZL

ZY ZY
i Turbina com 6 pás i

d retas e disco. Ddi

D DD
T

Sem defletores. Com defletores.


Com 4 defletores
Re  N d 2 / 

Número de potência
Reynolds = 6,74 . 104

1 - Turbina com 6
Número de Potência = gráfico pás retas e disco.
Número de Reynolds

Onde W/D:
W = Largura ou altura da palheta
D = Diâmetro do agitador
45
Com 4 defletores
Número de Potência = usar curva 1 e Re = 67.400
Número de Potência = 5

46
Com 4 defletores

N p 0  P / N 3d 5 =5

Substituindo densidade= 1498 kg/m3


N = 90 rpm = 1,5 rps 
W
d =0,6 m N
w

ZL
P = 1965 W = 1,97 kW
Zi

Di

DT
Exemplo 2: Em um experimento de laboratório, foram obtidos os seguintes dados
durante a inversão de um xarope de 40 % de sacarose a 30ºC:
= 1050 kg/m3; =4 cP; N=750 rpm; Turbina com 6 pás retas; 4 defletores;
H/d = 3; D=0,333m; D/d=3; Y/d=0,75; b/d=0,17.
Calcule:
(a) A potência útil e indique o grau de agitação;
(b) As dimensões para um sistema industrial com 50000 litros de xarope,
operando na mesma potência por metro cúbico.


W

750rpm b’w

HZL

Zi
Y
Turbina com 6 pás retas
di
D

0,333m 48
Resolução:
(a) Tipo de agitação?

N1d12 1050*12,5 * (0,111) 2


Re    40428
 0,004

D
Dado: D=0,333 m  3  d  0,111m

Número de potência
d

Do gráfico Re versus Npo (curva nº 2) temos que: Npo = 4


Turbina com 6 pás retas
Número de Reynolds

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(a) A potência útil e indique o grau de agitação.

P
Npo   P  138,2 W
N 3d 5
D = 0,333 m

 D2 H D D3
V  H Sabendo que  H  D temos: V   0,03m3
4 d d 4

P 138,2 W
  4607 3 Da tabela do grau de agitação, temos uma
V 0,03 m agitação Intensíssima.

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51
Dados: H/d = 3; D=0,333m; D/d=3; Y/d=0,75; b/d=0,17.
(b) Cálculo do agitador industrial (dimensões com 50000 litros de xarope).
H 4
Semelhança geométrica: V = 50000 litros 3d   1,33m
d 3
1
D3  50m3 * 4 
3
b
V  D     4m  0,17  b  0,23m
4    d
Y
H  D  4m d
 0,75  Y  1m

Dimensões do agitador industrial:

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Exemplo 3:
Deseja-se misturar ácido acético e água em batelada. Foram testadas em
laboratório uma hélice de 3 pás e uma turbina de 8 pás inclinadas como
impulsores. Os dados do sistema de agitação em laboratório (menor escala), são
os seguintes: D = 0,25m; D/d = H/d = 3; Y/d = 1; b/D = 0,1; mist. = 1011 kg/m3;
mist. = 1cP. As características para as melhores condições encontradas em
laboratório são as seguintes:
Hélice  P = 4,9 Watts; N = 11 rps; Npo = constante para Re ≥ 1000.
Turbina  P = 3,7 Watts; N = 8 rps; Npo = constante para Re ≥ 2000.

W
Projete um sistema industrial (grande escala) para w
b’
N
misturar um total de 4m3 de ácido acético com
água através do sistema de agitação mais
eficiente dos dois encontrados em laboratório.

HZL

ZY
i

d
D i

Hélice de 3 pás Turbina com 8 pás inclinadas DT


D
Resolução:
(a) Semelhança geométrica
Agitador protótipo:

 D13  (0,25) 3
 D1 2
V1    0,0123m 3
V1  H1 4 4
4 Rushton, as dimensões
para uma cuba normal
são:
D=H

Agitador industrial: Sabendo que: Temos:

 D2 2 D H
 3 D H
V2  H 2 d d
4
1
V2 = 4 m3
 D2 3  4*4  D2
V2   D2  
3
  1,72m Assim,  3  d 2  0,57 m
4    d2
Através das relações dadas D/d = H/D = 3; Y/d = 1; b/D = 0,1, podemos calcular
as dimensões do agitador industrial:
d2 = 0,57 m
D2 = 1,72 m
H2 = 1,72 m
b2 = 0,172 m
Y2 = 0,57 m
(b) Hélice
N1d12 1011*11* (0,083) 2
Reynolds para o protótipo: Re    76612
 0,001

Critério para mudança de escala (considerando regime turbulento e mistura de


dois líquidos) = Critério de potência por unidade de volume.

P1 P2 4,9 Watts
  P2  3
4 m3  1593W
V1 V2 0,0123 m
Características do
1
 113 * 0,0832 
3 agitador com hélice
N * d1  N 2 * d 2  N 2     3rps
3 2 3 2
1 2
 0,57 
(c) Turbina
N1d12 1011* 8 * (0,083) 2
Reynolds para o protótipo: Re    55718
 0,001

Critério para mudança de escala (considerando regime turbulento e mistura de


dois líquidos) = Critério de potência por unidade de volume.

P1 P2 3,7 Watts
  P2  3
4 m3  1203W
V1 V2 0,0123 m
Características do
1
 83 * 0,0832 
3 agitador com
N * d1  N 2 * d 2  N 2     2,2rps
3 2 3 2
1 2 turbina.
 0,57 
(d) Escolha do agitador industrial

P (kW) N (rpm) Re
Hélice 1,6 180 985.422
Turbina 1,2 132 722.642
Levando em consideração apenas o gasto de energia, onde a rotação não é um fator
limitante e, que pelos dois agitadores protótipos foi atingida a mistura desejada, o
agitador com impulsor de turbina seria o escolhido.

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