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Processos Químicos

Industriais
Aula 06 – Propriedades e escoamento de fluidos

Professor: Victor Augusto Sousa e Silva


victor.augusto@ifrn.edu.br

Macau, 2021
Conteúdos

Conteúdos da aula

Classificação dos Número de Reynolds


fluidos Não Tipos de escoamento (parâmetro do
Newtonianos escoamento)

2
Classificação dos fluidos em função da Lei de Newton da Viscosidade

 Newtonianos – classificados como fluidos comuns, de estrutura simples.


Exemplo: água, ar glicerina, óleos.

Se caracteriza por ter a viscosidade constante.

 Não Newtonianos – classificados como fluidos de estrutura complexa.

Exemplo: polímeros fundidos, espumas, lodo, vernizes, tintas, tintas de


impressoras, maionese, pastas alimentícias, mostarda, creme de barbear,
creme dental.

Se caracteriza por ter a viscosidade variável.


Classificação dos fluidos não Newtonianos em função da Reologia

Reologia – estuda as
deformações e o fluxo do fluido.

 Dilatantes  a viscosidade aumenta com o aumento da tensão.

 Pseudoplásticos  a viscosidade diminui com o aumento da tensão.


Classificação dos fluidos não Newtonianos em função da Reologia

 Plásticos de Bingham ou fluidos binghamianos  requerem a


aplicação de uma tensão para que seja causada uma deformação.
Quando submetidos a pequenas tensões, comportam-se como sólidos.
 Exemplo disso são as lamas de perfuração, usadas em poços de
petróleo.
Comparação do comportamento de diversos fluidos NÃO Newtonianos
com o de fluidos Newtonianos

yx Plástico Bingham


Newtoniano
Tensão de cisalhamento

Pseudoplástico

Dilatante

Taxa de deformação
Questão 1
Um líquido foi ensaiado em reômetro de cilindros concêntricos, tendo-se
constatado que sua viscosidade aparente diminuía quando a taxa de cisalhamento
aumentava, sem apresentar efeitos de histerese.
Tal material se enquadra na categoria dos fluidos
(A)  de Bingham
(B)  dilatantes
(C)  pseudoplásticos
(D)  reopéticos
(E)  tixotrópicos

Se viscosidade aparente diminuí quando a taxa de cisalhamento aumenta o


fluido é denominado pseudoplástico.
Dividimos o estudo dos fluidos

Em relação aos líquidos:


• Estática dos fluidos ou hidrostática (estado estacionário)
• Dinâmica dos fluidos ou hidrodinâmica

Tipos de escoamento

Um escoamento cujas características e propriedades não variam com


o tempo é chamado de escoamento em regime permanente ou
estado estacionário.

Por outro lado, um escoamento cujas características variam com o


tempo é chamado de escoamento em regime transiente ou estado
não estacionário.
Exemplo: Escoamento transiente e permanente

Quando uma torneira está sendo aberta aos poucos, a


água escorre com velocidade crescente e o fluxo irá
variar (escoamento transiente).

Se deixarmos aberta em um determinado ponto, a


água fluirá sempre com a mesma velocidade, e o
fluxo permanece o mesmo no transcorrer do tempo
(escoamento permanente).
Regimes de Escoamentos

A possibilidade de ver como fluidos escoam é um assunto de interesse para os


estudos e pesquisas em mecânica dos fluidos. Pois essa visualização
possibilita um melhor entendimento dos mecanismos que regem o
escoamento.

Esse estudo foi iniciado por Osborne Reynolds, pesquisador irlandês, que
iniciou sua pesquisa em 1880 e os resultados divulgados em 1883.
A pesquisa de Reynouds: estudo do escoamento dos fluidos

O seu trabalho foi o desenvolvimento de uma experiência na qual um pequeno


fluxo de água colorida era injetado em um fluxo de diâmetro maior que escoava
dentro de tubos de vidro e tanques. O vidro permitiu a visualização do fluxo
colorido.

A figura ao lado mostra o desenho do


equipamento original que Reynolds
realizou seu experimento.
Tipos de regimes de escoamentos

Nas sua pesquisa Reynouds percebeu a existência de dois regimes principais


para o escoamento de líquidos: Laminar e Turbulento.

Quando as velocidades eram suficiente


baixas, a listra do líquido colorido se
estendia em uma perfeita linha reta
Figura a através do tubo, sendo denominando de
LAMINAR, figura a.

Num certo período de tempo à


velocidades moderadas, a listra se
deslocava pelo tubo inicialmente linear
mas, surgia uma sinuosidade, figura b. Figura b
Tipos de regimes de escoamentos

Conforme ocorria o aumento da


velocidade, pouco a pouco, em um
determinado ponto no tubo, sempre uma
Figura c distância considerável da entrada, a listra
colorida, de uma só vez, se mistura com a
água das vizinhanças, preenchendo
totalmente o tubo com uma massa de
água colorida, denominou de regime
TURBULENTO, figura c.
Número de Reynolds

Para saber se o regime de escoamento de um fluido é


LAMINAR ou TURBULENTO, deve-se calcular o número de
Reynolds, se der:

• Número de Reynolds (Re) menor que 2.300 – Regime


Laminar

• Número de Reynolds (Re) maior que 2.300 – Regime


Turbulento
Equação para calculo do número de Re

É um número adimensional, formada por agrupamento de variáveis, que são:

Densidade   (Kg/m³)
Velocidade média do fluido em escoamento  v (m/s)
Diâmetro interno do tubo  D (m)
Viscosidade dinâmica do fluido   (Kg/ms)
Questão 2

• Um óleo de viscosidade µ= 0,025 Pa.s e massa específica 950


kg/m3 escoa em um duto de 0,01m de diâmetro e a velocidade
é de 0,1 m/s. Qual é o regime deste escoamento?

Pa. s = 1 N·s/m² ou 1 kg/(m·s)

Resposta = 38 (Regime laminar)


Questão 3

• O Número de Reynolds em tubos é inversamente


proporcional:

(A) à velocidade do escoamento.


(B) à viscosidade dinâmica do fluido.
(C) ao diâmetro da tubulação.
(D) à massa específica do fluido.
(E) ao volume relativo do seu comprimento.

Resposta = B
Questão 4

• Benzeno, que tem viscosidade igual a 0,64 x 10-3 Pa.s e densidade


igual a 0,88 g/cm3 , escoa em uma tubulação de 10 cm de diâmetro, a
uma velocidade de 0,6 m/min. Para tal situação, o Número de
Reynolds e o regime de escoamento são:
(A) Número de Reynolds- 1.375
Regime- laminar
(B) Número de Reynolds- 1.375
Regime- turbulento
(C) Número de Reynolds- 8.250
Regime- laminar
(D) Número de Reynolds- 137.500
Regime- turbulento
(E) Número de Reynolds- 825.000
Regime- turbulento
Resposta =

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