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PONTES: introdução e fundamentos para análise e projeto (Apostila 1)

Technical Report · January 2002


DOI: 10.13140/RG.2.2.23358.13128

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1 1,078

2 authors:

Ricardo A. M. Silveira Leonardo Pinheiro


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PONTES: introdução
e fundamentos para
análise e projeto

Apostila 1

Prof. Ricardo A.M. Silveira


Departamento de Engenharia Civil
Escola de Minas
Universidade Federal de Ouro Preto

Colaboração:
Eng. Leonardo Pinheiro

Outubro, 2002
ÍNDICE

Objetivo do Curso ....................................................................................... 1

1 Conceitos Gerais ....................................................................................... 2


1.1 Definições ............................................................................................................. 2
1.2 Evolução Histórica ............................................................................................... 4
1.3 Requisitos Fundamentais ...................................................................................... 7
1.4 Conhecimentos Afins ........................................................................................... 8
1.5 Elementos Constituintes das Pontes ..................................................................... 8
1.5.1 Infraestrutura .............................................................................................. 9
1.5.2 Mesoestrutura ............................................................................................. 9
1.5.3 Superestrutura ........................................................................................... 12
1.6 Tramo: Altura de Construção e Vãos ................................................................. 15
1.7 Classificação das Pontes ..................................................................................... 16

2 Elementos Necessários Para a Elaboração do Projeto de uma Ponte20


2.1 Introdução e Objetivos ....................................................................................... 20
2.2 Fases Principais do Projeto ................................................................................. 21
2.3 Documentos de Projetos ..................................................................................... 21
2.4 Elementos Geométricos ...................................................................................... 22
2.5 Elementos Geométricos das Rodovias ............................................................... 22
2.6 Elementos Geométricos das Ferrovias ............................................................... 26
2.7 Elementos Geométricos das Pontes .................................................................... 28
2.8 Elementos Topográficos ..................................................................................... 31
2.9 Elementos Geotécnicos ...................................................................................... 31
2.10 Elementos Hidrológicos ................................................................................... 32
2.11 Elementos Acessórios ....................................................................................... 32
2.12 Elementos Normativos ..................................................................................... 33

I
3 Carregamentos das Pontes .................................................................... 34
3.1 Introdução ........................................................................................................... 34
3.2 Forças Principais ................................................................................................ 35
3.2.1 Carga Permanente..................................................................................... 36
3.2.2 Cargas Móveis .......................................................................................... 36
3.2.3 Impacto Vertical ....................................................................................... 39
3.3 Forças Adicionais ............................................................................................... 40
3.3.1 Ação do Vento .......................................................................................... 41
3.3.2 Esforços Longitudinais ............................................................................. 42
3.3.3 Empuxo de Terra ou Água ....................................................................... 44
3.3.4 Impacto Lateral......................................................................................... 46
3.3.5 Força Centrífuga ....................................................................................... 46
3.3.6 Esforços de Guarda-Roda e Barreiras Laterais ........................................ 47
3.3.7 Esforços Produzidos Por Deformações Internas ...................................... 48
3.3.8 Atrito nos Apoios ..................................................................................... 48
3.3.9 Recalques das Fundações ......................................................................... 48
3.3.10 Inércia das Massas .................................................................................. 48
3.4 Forças Especiais ................................................................................................. 49
3.5 Lista de Exercícios ............................................................................................. 49
3.6 Pontes com Três ou Mais Vigas Principais ........................................................ 59
3.6.1 Considerações de Cálculo ........................................................................ 62
3.6.2 Processo Simplificado .............................................................................. 65
3.6.3 Processo Exato ......................................................................................... 66

4 Linhas de Influência ............................................................................... 67


4.1 Definição ............................................................................................................ 67
4.2 Fases de Solução do Problema ........................................................................... 69
4.3 Obtenção dos Efeitos Elásticos .......................................................................... 69
4.4 Estruturas Isostáticas .......................................................................................... 71
4.5 Lista de Exercícios ............................................................................................. 74

II
5 Provas .......................................................................................................... 80
Prova 1998/1 ............................................................................................................. 81
Prova 1998/2 ............................................................................................................. 83
Prova 1999/1 ............................................................................................................. 86
Prova 1999/2 ............................................................................................................. 88
Prova 2000/1 ............................................................................................................. 91
Prova 2000/2 ............................................................................................................. 93
Prova 2001/1 ............................................................................................................. 95
Prova 2001/2 ............................................................................................................. 97
Prova 2002/1 ........................................................................................................... 100

III
• OBJETIVO DO CURSO

Primeiro Contato do Aluno


com o Estudo das Pontes

• O QUE DIFERE AS PONTES DAS OUTRAS ESTRUTURAS


NO CAMPO DA ENGENHARIA ESTRUTURAL?

1. CARREGAMENTO

Edifícios Residenciais: cargas permanentes (80 %)


cargas acidentais (20 %)
Pontes: cargas permanentes ≤ cargas acidentais

2. GRAU DE HIPERESTATICIDADE

Edifícios Residenciais: grande hiperestaticidade


Pontes: pequena hiperestaticidade

1
1. CONCEITOS GERAIS
PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Refs.: 1. Pontes de Concreto Armado,Vol. 1, autor: Walter Pfeil


2. Pontes, autor: Glauco Bernardo
3. Pontes em Concreto Armado e Protendido, autor: Jayme Mason
4. Pontes Metálicas e Mistas em Viga Reta - Projeto e Cálculo,
autor: Jayme Mason
5. Pontes – Superestruturas, Vols. 1 e 2, autor: Colin O'Connor

1.1 DEFINIÇÕES

• Pontes: obra destinada a transposição de obstáculos à continuidade


de uma via. Os obstáculos usualmente encontrados são rios,
braços de mar, vales profundos, outras vias etc

• Viadutos: o obstáculo transposto não é constituído em sua maior


extensão por massa de água

Obs. Obras de engenharia que poderiam ser substituídas por


uma ponte ou viaduto: aterro do vale, muros de arrimo e
cortes

2
Aterro do vale

Muros de arrimo e cortes


(Viaduto a meia encosta)

Cruzamento em desnível

Viaduto de acesso

3
1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Origem da Construção de Pontes

Antigas Civilizações

• Árvore tombada nas margens de um riacho


Exemplos • As erosões eólicas mostraram aos primitivos o arco como forma adequada para
da Natureza vencer depressões
• Os cipós que se entrelaçam de uma árvore a outra (intuição das estruturas pênseis)

 ROMANOS
 Primeiros construtores
 Necessidade: expandir o império e ligar o mesmo à capital
 Técnica: abóbadas de alvenaria de pedra

 IDADE MÉDIA
 Pontes como obstáculos (senhores feudais)
 Pontes em “zig-zag”

Pontes em “zig-zag”

Pontes com guaritas

4
 SÉCULO XII
 Irmandade Religiosa: construção e preservação
 Características das Pontes: pequena largura
e abóbadas abatidas (aperfeiçoamento)

 RESNASCIMENTO
 Melhoria nas fundações

 FRANÇA
 1716: Departamento de Pontes e Estradas
 1747: Funda-se a École de Ponts
 1760: Unificação do estudo de ponte (Perronet)

 SÉCULO XIX
 Grande avanço técnico
 Pontes metálicas
 Inicia-se a utilização das pontes de concreto armado

PONTE BRITANNIA
 Construída em 1846/50
 Vãos: 70-138-138-70 metros
 Vigas tubulares compostas de placas e cantoneiras de ferro maleável

5
 SÉCULO XX
 Pontes de concreto armado
 Mecânica dos solos: fundações
 Técnicas de obtenção de materiais de qualidade
 Concreto Protendido

6
PONTE RIO-NITERÓI

1.3 REQUISITOS FUNDAMENTAIS

FUNCIONALIDADE: satisfazer o fim para o qual foi destinada, permitindo o tráfego


atual e futuro; permitir o escoamento das águas sob a ponte se processe
com o mínimo de perturbações. Portanto, a ponte deve apresentar determinadas
larguras e comprimentos

 SEGURANÇA: para segurança da ponte deve ser consideradas: AS TENSÕES E


AS DEFORMAÇÕES. 1. As tensões não devem ultrapassar a tensão admissível
para o material que as constitui; 2. As deformações devem
ser limitadas (flambagem)

ESTÉTICA: a ponte deve atender ao aspecto de boa aparência e deve satisfazer


arquitetonicamente sem criar grandes contrastes com o ambiente em que ela é
implantada

 ECONOMIA: requisito de maior importância. Atendendo aos requisitos anteriores, deve o


engenheiro encontrar a solução mais vantajosa do ponto de vista da realização do
projeto 7
1.4 CONHECIMENTOS AFINS
RESISTÊNCIA DOS
MATERIAIS

TEORIA DAS
ESTRUTURAS

MECÂNICA DOS SOLOS

HIDRÁULICA (estudo dos efeitos que a obra pode introduzir


no regime líquido)
MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO

AERODINÂMICA (estudo adequado do efeito do vento sobre a obra)

ARQUITETURA

1.5 ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES

❶ INFRAESTRUTURA

 MESOESTRUTURA

SUPERESTRUTURA

8
1.5.1 INFRAESTRUTURA

É a parte da ponte por meio da qual são transmitidos


ao terreno de implantação da obra (rocha ou solo) os
esforços recebidos da mesoestrutura.

Elementos da INFRAESTRUTURA:
• Blocos
• Sapatas
• Estacas
• Tubulões

1.5.2 MESOESTRUTURA

É a parte da ponte que recebe os esforços da superestrutura e


os transmite à infraestrutura, em conjunto com os esforços
recebidos diretamente de outras forças solicitantes da ponte,
tais como pressões do vento e da água em movimento.

Elementos da MESOESTRUTURA:
• Pilares
• Encontros
• Pilares-encontros
• Muros de acompanhamento

9
1. PILARES: suportes intermediários que apenas
recebem os esforços da superestrutura

2. ENCONTROS: suportes de extremidades que ficam em


contato com os aterros, sendo sua função resistir
além dos esforços da superestrutura também aqueles
provenientes dos empuxos e subpressões
3. PILARES-ENCONTROS: suportes reforçados que devem
garantir a estrutura ou resistir a empuxos de arcos ou
abóbadas adjacentes

4. MUROS DE ACOMPANHAMENTO: são complementos


dos encontros e destinam-se a conter os taludes dos
aterros nas entradas das pontes (MUROS DE ALA;
MUROS DE RETORNO)

MUROS DE ACOMPANHAMENTO
Muros de ala

Muros de retorno

10
OBSERVAÇÕES:

• Os pilares são chamados de CAVALETES quando são constituídos


por treliça metálica ou de madeira

• Em Pontes Pênseis, para colocação dos cabos, é preciso suportes


de altura maior: são as “TORRES” ou “PILONES”

• Pilares colocados dentro da corrente líquida: TALHANTES

“Torres” ou “Pilones”

Talhantes

11
1.5.3 SUPERESTRUTURA

É a parte da ponte composta geralmente de lajes e vigas


principais e secundárias; é o elemento de suporte imediato do
estrado, sob o ponto de vista da sua finalidade

Elementos da SUPERESTRUTURA:
• Tabuleiro
• Tímpano
• Pendurais
• Estrutura principal
• Apoios
• Enrijamento

ELEMENTOS DA SUPERESTRUTURA

SU P E R E STR U TU R A

Estrutura
Tabuleiro Tímpano P endurais Apoios Enrijamentos
P rincipal

Vigamento
Estrado C heio Vazado Fixos M óveis C ontraventamento Travejamento
Secundário

12
1. TABULEIRO: conjunto dos elementos que vão receber
diretamente as cargas móveis.
• ESTRADO: contém a superfície de rolamento, o leito da
estrada e o suporte da estrada.
• VIGAMENTO SECUNDÁRIO: constituído por longarinas e
transversinas.

Tipos de tabuleiros

2. TÍMPANO: elemento de ligação entre o arco inferior e o tabuleiro;


tem a finalidade de transmitir ao arco todas as cargas
aplicadas na ponte

13
3. PENDURAIS: elementos que aparecem nas pontes em arco
quando o tabuleiro é inferior ou intermediário; é através
deles que os arcos recebem as cargas aplicadas no tabuleiro

4. ESTRUTURA PRINCIPAL: é a parte destinada a vencer


a distância entre dois suportes sucessivos.
Obs. O tipo e o material da estrutura principal geralmente
definem uma ponte.

5. APOIOS: permitem a localização das reações; podem ser fixos


ou móveis:
• FIXOS: permitem apenas rotação da estrutura.
• MÓVEIS: permitem rotação e translação da estrutura.
6. ENRIJAMENTOS: são os elementos que fornecem rigidez à ponte.
• CONTRAVENTAMENTO: resistem aos esforços oriundos
de ação perpendicular ao eixo longitudinal (vento).
• TRAVEJAMENTO: resistem aos esforços oriundos de ação
que atua longitudinalmente (frenação ou aceleração).

14
1.6 TRAMO: ALTURA DE CONSTRUÇÃO E VÃOS

1.6 TRAMO

Altura de Construção Vão

vão vão vão de vão vão


aparente teórico escoamento crítico econômico

• TRAMO:
Parte da superestrutura situada entre dois suportes sucessivos.
Elementos característicos: ALTURA DE CONSTRUÇÃO e VÃO

• ALTURA DE CONSTRUÇÃO:
Para uma determinada seção é a distância vertical entre o ponto
mais baixo da estrutura e o topo da superfície de rolamento

15
• VÃO:
Distância medida horizontalmente entre os centros de
duas seções da estrutura
1. VÃO TEÓRICO: distância entre os centros de apoios sucessivos (l’)
2. VÃO APARENTE: distância entre as faces de dois suportes consecutivos (l)
3. VÃO DE ESCOAMENTO: distância medida na seção de escoamento das águas (l’’)
4. VÃO CRÍTICO: comprimento máximo que se pode alcançar c/ determinado material
5. VÃO ECONÔMICO: é aquele que permite tornar mínimo custo da ponte

1.7 CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES

a. TAMANHO DO VÃO
 Bueiros
 Pontilhões
 Pontes ou Viadutos

b. DURAÇÃO
 Provisórias
 Definitivas
 Desmontáveis

c. NATUREZA DO TRÁFEGO
 Ferroviárias
 Rodoviárias
 Pedestres
 Aquedutos
 Ponte Canal
 Pontes Mistas
16
d. ANDAMENTO PLANIMÉTRICO
 Pontes retas
 Pontes em curva
 Pontes esconsas

e. ANDAMENTO ALTIMÉTRICO
 Pontes horizontais
 Pontes em rampa

f. SISTEMA ESTRUTURAL
 Pontes de eixo retilíneo
 Pontes em pórtico
 Pontes em arco
 Pontes pênseis
 Pontes estaiadas
 Comportamento misto

Ponte
estaiada
17
g. MATERIAL DA SUPERESTRUTURA
 Pontes de madeira
 Pontes de alvenaria
 Pontes metálicas
 Pontes de concreto

h. POSIÇÃO DO TABULEIRO
 Tabuleiro superior
 Tabuleiro embutido

i. MOBILIDADE DOS TRAMOS


 Pontes fixas
 Pontes móveis
 giratórias
 corrediças
 levadiças
 basculantes
 oscilantes
 flutuantes

Pontes Giratórias

Pontes Corrediças

18
Pontes Levadiças

Pontes Basculantes

Pontes Oscilantes

19
2. ELEMENTOS NECESSÁRIOS
PARA A ELABORAÇÃO
DO PROJETO DE UMA PONTE
PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Refs.: 1. Pontes de Concreto Armado, Vol. 1, autor: Walter Pfeil


2. Pontes em Concreto Armado e Protendido, autor: Jayme Mason

2.1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

• FINALIDADE: Elementos geométricos do estrado e Cargas

• COLOCAÇÃO DE UMA PONTE: Peculiaridades inerentes a cada caso

• NORMAS GERAIS:
1. MENOR CUSTO PARA A OBRA
2. CONDIÇÕES DE BOA FUNDAÇÃO
3. NÃO INTERFERIR NO REGIME LÍQUIDO

• NECESSIDADE AINDA:
1. Levantamentos TOPOGRÁFICOS
2. Levantamentos HIDROLÓGICOS
3. Levantamentos GEOTÉCNICOS
4. Elementos ACESSÓRIOS

20
2.2 FASES PRINCIPAIS DO PROJETO

• O PROJETO DE UMA PONTE


Conjunto de estudos, cálculos e gráficos que permitem:
1. DEFINIR: sistema estático e materiais
2. JUSTIFICAR: dimensões adotadas para o vão e para as diversas partes; custos
3. CONSTRUIR: de acordo com os detalhes gráficos e especificações do memorial descritivo

• FASES:
1. ESTUDOS PRELIMINARES: Elementos para fixação do vão da ponte, para sua melhor
localização; Fatores geológicos e econômicos

2. ANTE-PROJETO: Várias soluções técnicas; Orçamento estimativo

3. PROJETO DEFINITIVO: Melhores condições de custo e execução

2.3 DOCUMENTOS DE PROJETOS

1. Planta de situação do local da travessia, indicando as regiões habitadas mais próximas (1:1000 A 1:2000)

2. Corte do conjunto estrada-ponte com escalas diferentes:


ALTURAS: 1:100 a 1:200; COMPRIMENTOS: 1:1000 a 1:2000

3. Corte transversal indicando o sub-solo, com detalhes de sondagens

4. Elevação da ponte, podendo ser metade em vista e metade em corte longitudinal (1:50 a 1:100)

5. Seções transversais da superestrutura e plantas da mesma (1:20 a 1:50)

6. Plantas e elevações da infraestrutura e mesoestrutura

7. Detalhes de construção: - PLANTAS DE FORMAS; - PLANTAS DE FERRAGENS, etc.

8. Memorial descritivo acompanhado de todos os cálculos

9. Orçamento

10. Programa de execução

21
2.4 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS

Os elementos geométricos aos quais o projeto de uma ponte é subordinado


são funções de:
• CARACTERÍSTICAS DA VIA

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DA VIA: DNER, DER, Prefeituras Municipais, etc

• SEU PRÓPRIO ESTRADO

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DO ESTRADO: Característica funcionais da ponte

2.5 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS RODOVIAS

A. Classe das Rodovias. Velocidade Diretriz

B. Curva Horizontal. Raios Mínimos

C. Rampas

D. Distância Mínima de Visibilidade. Curvas de Concordância Vertical

E. Largura das Pistas de Rolamento e Acostamento

F. Superlargura e Inclinação Transversal

22
A. CLASSE DAS RODOVIAS E VELOCIDADE DIRETRIZ

CLASSES: Classe I
Classe II
Classe III

VELOCIDADE DIRETRIZ: Velocidade básica para a dedução das


características do projeto

FUNÇÃO: Tipo orográfico da região e Classe da rodovia

B. CURVA HORIZONTAL. RAIOS MÍNIMOS

• RAIOS MÍNIMOS: Objetiva limitar a força centrífuga que atuará no veículo


viajando com a velocidade diretriz

• CURVAS DE TRANSIÇÃO: A curvatura horizontal cresce proporcionalmente ao comprimento


(o veículo recebe gradativamente a força centrífuga)
Classe I: C.T. para raios de curvatura inferiores a 600 m
Classes II e III: C.T. para raios de curvatura inferiores a 440 m

23
Viaduto em trecho curvo

Planta, com locação das fundações

Elevação desenvolvida

C. RAMPAS

D. DISTÂNCIA DUPLA DE VISIBILIDADE. CURVAS DE CONCORDÂNCIA VERTICAL

D.D.V.: Distância mínima para parada de dois veículos que se deslocam, um ao encontro
do outro, na mesma faixa de tráfego, a partir do instante em que seus motoristas se
avistam

D = V + 0.02 V2 , onde: D = D.D.V. (m) e V = velocidade diretriz (km/h)

C.C.V.: Quando se passa de um trecho em nível para um trecho em rampa

24
E. LARGURA DAS PISTAS DE ROLAMENTO. ACOSTAMENTO

LARGURA:
Classe I: 7.20 m
Classes II e III: 6.0 a 7.20 m

ACOSTAMENTO:
Classe I: 2.5 m (em geral)

F. SUPERLARGURA. INCLINAÇÃO TRANSVERSAL

TRECHOS CURVOS
SUPERLARGURA: V
∆ = n r − r 2 −b 2 +
  10 r
onde: ∆ = superlargura (m)
n = número de faixas de tráfego
r = raio de curvatura
V = velocidade diretriz (km/h)
b = distância entre os eixos da parte rígida do veículo: 6.0 m

INCLINAÇÃO TRANSVERSAL: Contrabalancear os efeitos da força centrífuga

Superlargura e inclinação transversal do trecho em curva

Vista isométrica

Perfis longitudinais

25
Viaduto em trecho curvo

2.6 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS FERROVIAS

A. Classe das Ferrovias

B. Curvatura Horizontal. Raios Mínimos

C. Declividades Longitudinais. Concordância Vertical

D. Superelevação

E. Trens-Tipo

26
A. CLASSE DAS FERROVIAS

• Bitola: Distância entre as faces internas dos trilhos


• Cargas: Trens-tipos brasileiros (T.B.)

OBSERVAÇÃO:
Rede Ferroviária Federal: Responsável pelas condições técnicas para projetos de ferrovias

B. CURVATURA HORIZONTAL. RAIOS MÍNIMOS

• R.M.: São maiores que os das rodovias


• Curvas de transição: RAIOS < 1.146 m

C. DECLIVIDADES LONGITUDINAIS. CONCORDÂNCIA VERTICAL

• D.L.: Inferiores às das rodovias


(menor coef. de atrito entre as rodas e os trilhos)

• C.V.: Adotar C.C.V. entre declividades longitudinais quando a diferença de rampas for:
- ≥ 0.1 %: Côncavas
- ≥ 0.2 %: Convexas

27
D. SUPERELEVAÇÃO

• Objetivo: Compensar os efeitos da força contrífuga


nos trechos em curva
• Curva de transição: Variação linear de 3mm/m
• Curva circular: SUPERELEVAÇÃO (fórmula teórica)

E. TRENS-TIPO. Norma brasileira NB-7:

• Bitola de 1.6 m e 1.435 m:


Linhas troncos: TB-32 e TB-27
Linhas subsidiárias: TB-27

• Bitola de 1.0 m:
Linhas troncos: TB-20
Linhas subsidiárias: TB-16

2.7 ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS PONTES

A. DEFINIÇÕES
• Tramo
• Vão teórico do tramo
• Vão livre do tramo
• Altura de construção
• Esconsidade
• Altura livre

28
B. LARGURA DAS PONTES RODOVIÁRIAS

• Pontes Urbanas: Largura igual à da rua ou avenida onde se localiza a obra


• Pontes Rurais: Tem a finalidade de escoar os tráfegos das rodovias
• Acostamento:
1. Desvios eventuais de veículos em tráfego
2. Parada de veículos
3. Trânsito de pedestres

C. LARGURA DAS PONTES FERROVIÁRIAS

LARGURA MÍNIMA: 1. Suficiente para acomodar a linha férrea com lastro


2. Em regiões urbanas colocam-se passeios, em um só lado ou nos dois
lados da ponte

c)

29
D. GABARITO DAS PONTES

GABARITO: Conjunto de espaços livres que deve apresentar o projeto de uma ponte, para atender
diversas finalidades

Pontes
rodoviárias

Pontes
Ferroviárias

Ponte com
gabarito de
navegação

Gabarito de
navegação da
Ponte Rio-Niterói

30
2.8 ELEMENTOS TOPOGRÁFICOS
A. PLANTA DA RODOVIA EM QUE OCORRA
A IMPLANTAÇÃO DA OBRA (1000 m, para cada lado da extremidade da ponte)
Escala: 1:1000 a 1:2000

B. PERFIL DA RODOVIA EM QUE OCORRA


A IMPLANTAÇÃO DA OBRA (1000 m, para cada lado da extremidade da ponte)
Escala horizontal: 1:1000 a 1:2000
Escala vertical: 1:100 a 1:200

C. PLANTA DO TERRENO NO QUAL SE DEVE A IMPLANTAR A OBRA


(50 m, para cada lado da extremidade da ponte; 30 m, largura mínima )
Escala: 1:100 a 1:200 (CURVAS DE NÍVEL de metro em metro)

D. PERFIL AO LONGO DO EIXO LOCADO


(50 m, para cada lado da extremidade da ponte)
Escala: 1:100 a 1:200

E. QUANDO SE TRATAR DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D'ÁGUA SEÇÃO DO RIO


SEGUNDO EIXO LOCADO
Escala: 1:100 a 1:200

2.9 ELEMENTOS GEOTÉCNICOS

A. RELATÓRIO DE PROSPECÇÃO DE GEOLOGIA


(Esboço estrutural e peculiaridades geológicas)

B. RELATÓRIO DE SONDAGEM DO SUBSOLO


• Planta de locação das sondagens
• Descrição do equipamento empregado
• Sondagens de reconhecimento do subsolo
• Número suficiente de sondagens; atingir profundidade que permita a garantia de não haver,
abaixo dela, camadas de menor resistência
• Perfis em separado de todas as sondagens (natureza e espessura das camadas atravessadas)
• Fixação das profundidades por critérios alternativos a serem obedecidos no campo

C. ESTUDOS GEOTÉCNICOS ESPECIAIS QUE PERMITAM A


ELABORAÇÃO DE PROJETO DO CONJUNTO:

TERRENO-ATERRO-OBRA DE ARTE

31
2.10 ELEMENTOS HIDROLÓGICOS

A. COTAS DE MÁXIMA ENCHENTE E ESTIAGEM


(épocas, freqüência e período dessas ocorrências)

B. DIMENSÕES E MEDIDAS FÍSICA


• Área da bacia hidrográfica
• Extensão do talvegue em km
• Altura média anual das chuvas em mm
• Declividade média do espelho d'água

C. NOTÍCIAS SOBRE MOBILIDADE DO LEITO DO CURSO D'ÁGUA

D. SE A REGIÃO FOR DE BAIXADA OU INFLUENCIADA POR MARÉ,


a indicação dos níveis máximo e mínimo das águas

E. INFORMAÇÕES SOBRE OBRAS EXISTENTES NA BACIA


(comprimento, vão, tipo de fundação)

F. NOTÍCIAS SOBRE SERVIÇOS DE REGULARIZAÇÃO, DRENAGEM, RETIFICAÇÕES,


OU PROTEÇÃO DAS MARGENS

2.11 ELEMENTOS ACESSÓRIOS

A. EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS AGRESSIVOS


• Agressividade da água (pH ou teor de substâncias agressivas)
• Materiais de ação destrutiva sobre o concreto
• Gases tóxicos de terrenos pantanosos (cavas de fundação)

B. INFORMAÇÕES DE INTERESSE CONSTRUTIVO OU ECONÔMICOS


• Condições de acesso ao local da obra
• Procedência dos materiais de construção
• Épocas favoráveis para execução dos serviços
• Possível interferência de serviços de terraplanagem ou desmonta de rocha
• Condições de obtenção de água potável

C. EFEITOS DE TERREMOTOS
Obs. O Brasil não possui regiões sísmicas

32
2.12 ELEMENTOS NORMATIVOS

A. Objetivo das Normas


NORMAS DE PROJETO: bases comuns de trabalho
para os engenheiros

NORMAS DE EXECUÇÃO: princípios fundamentais da


boa prática construtiva

B. Normas e Especificações Brasileiras


ABNT: elaboração e edição dos regulamentos técnicos
adotados no Brasil
NB1: concreto armado
NB2: pontes de concreto armado
NB6: carregamento de pontes rodoviárias
NB7: carregamento de pontes ferroviárias

33
3. CARREGAMENTOS DAS
PONTES

PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Refs.: 1. Pontes de Concreto Armado,Vol. 1, autor: Walter Pfeil


2. Pontes, autor: Glauco Bernardo
3. Pontes em Concreto Armado e Protendido, autor: Jayme Mason
4. Pontes Metálicas e Mistas em Viga Reta - Projeto e Cálculo,
autor: Jayme Mason
5. Pontes – Superestruturas, Vols. 1 e 2, autor: Colin O'Connor

3.1 INTRODUÇÃO

RESISTÊNCIA E ESTABILIDADE

Determinar as
Conhecer as tensões e verificar:
Determinar as reações
forças atuantes σ < σadm
destas forças

34
FORÇAS PRINCIPAIS

FORÇAS EXTERNAS FORÇAS ADICIONAIS

FORÇAS ESPECIAIS

3.2 FORÇAS PRINCIPAIS

A. CARGA PERMANENTE

B. CARGAS MÓVEIS

C. IMPACTO VERTICAL

35
3.2.1 CARGA PERMANENTE
PESO PRÓPRIO → Peso específico dos materiais
⊗ Concreto armado: γ = 2,5 tf/m3
⊗ Concreto simples: γ = 2,4 tf/m3
⊗ Alvenaria de pedras: γ = 2,7 tf/m3
⊗ Madeira: γ = 0,8 tf/m3
⊗ Ligas de alumínio: γ = 2,8 tf/m3
⊗ Ferro fundido: γ = 7,8 tf/m3
⊗ Aço e Aço fundido: γ = 7,85 tf/m3

ENCHIMENTOS → materiais colocados nas pontes


⊗ Pavimentação
⊗ Guarda-corpo e barreira lateral
⊗ Lastro, dormentes e trilhos
⊗ Postes e canalizações

3.2.2 CARGAS MÓVEIS

PONTES RODOVIÁRIAS
Classe 45
Classe 30
Classe 12

PONTES FERROVIÁRIAS
TB - 32
TB - 27
TB - 20
TB - 16

36
Pontes rodoviárias - Gabaritos e cargas legais de caminhões e carretas (Lei da balança)

Pontes rodoviárias - Carga Excepcional

Veículo excepcional de cálculo


(peso de 254 tf) adotado
pela DER-SP

Semi-reboque especial com um transformador de 170 MVA e 145 tf (peso total: 273,6 tf)

38
Pontes ferroviárias - NORMA

Carga rodoviária de cálculo adotada pela ENGEFER


para linhas de transporte de minérios (ferrovia do aço)

3.2.3 IMPACTO VERTICAL


CAUSAS • Descontinuidade da superfície de rolamento
• Deformações da estrutura sob ação das cargas
• Desequilíbrio das massas em movimento
• Molejo dos veículos
• Oscilações próprias dos veículos

Pontes rodoviárias ϕ = 1.4 - 0.7% L ≥ 1


NB - 2
Pontes ferroviárias ϕ = 0.1%(1600 - 60 (L)1/2 + 2.25 L) ≥ 1,2

Observação. A NB-2 considera ϕ = 1 nos seguintes casos:


• Transformação de cargas em altura útil de terra
• Passeio das pontes
• Fundações de encontros e pilares maciços
• Na avaliação das tensões do solo
39
L

1. Vigas S.A.: L = vão teórico

2. Vigas contínuas: L = vão teórico de cada tramo carregado

3. Vigas em balanço: L = comprimento do balanço

4. Vigas contínuas com vão isostático intermediário


a. Trecho isostático: L = viga contínua
b. Trecho balanço: L = balanço

3.3 FORÇAS ADICIONAIS

A. Ação do vento
B. Esforços longitudinais
C. Empuxo de terra/água
D. Impacto lateral
E. Força centrífuga
F. Esforços de guarda-roda e barreiras laterais
G. Esforços produzidos por deformações internas
H. Atrito nos apoios
I. Recalque das fundações
J. Inércia das massas

40
3.3.1 AÇÃO DO VENTO

1. Estudos Aerológicos: natureza dos ventos, direções predominantes, velocidades etc


2. Estudos Aerodinâmicos: efeitos dinâmicos do vento
A NB-2 fixa:
1. 150 kgf/m2 : PONTE DESCARREGADA
2. 100 kgf/m2 : PONTE CARREGADA
3. 70 kgf/m2 : PONTE PEDESTRE
4. Valores Experimentais: regiões de ventos violentos

Componente Longitudinal do Ventos (AASHTO):


AASHTO: American Association
1. VENTO NA SUPERESTRUTURA: 25% of state Highway and
2. VENTO NA CARGA MÓVEL: 40% Transportation Officials

Casos em que a NB-2 dispensa a verificação da acção do vento:


1. Pontes com estrutura principal em laje
2. Abóbadas com largura imposta superior a 1/10 do vão
3. Arcos com tabuleiro superior e contravento contínuo
(distância entre os arcos extremos ≥ 1/9 do vão)

Ação do vento: NORMA

41
Ação do vento: APLICAÇÃO
PONTE: Rodoviária
Classe 45; L = 75 m 2,0 m

0,8 m
h(viga) = 2,25 m; h(barreira) = 0,8 m h(revest.) = 0,1 m

h(revest.) = 0,1m barreira


lateral
h (veíc.) = 2,0 m (Norma) 2,25 m
vigas
principais

HIPÓTESES DE CÁLCULO:

1. Ponte DESCARREGADA: p = 0,15 tf/m2 (NORMA)


Ftv = 0,15 x (2,25 + 0,8) x 75 = 34,3 tf
Flv = 0,25 x 34,3 = 8,6 tf

2. Ponte CARREGADA: p = 0,1 tf/m2 (NORMA)

Ftv = 0,1 x (2,25 + 0,1 + 2,0) x 75 = 32,6 tf


Flv = 0,1 x [ 0,25 x (2,25 + 0,1) + 0,4 x 2,0] x 75 = 10,4 tf

Ftv = 34,3 tf
Ficamos com:
Flv = 10,4 tf

3.3.2 ESFORÇOS LONGITUDINAIS

 ACELERAÇÃO
 FRENAGEM

1. Pontes Rodoviárias
 30% do peso do veículo tipo
 5% da carga móvel aplicada no tabuleiro

2. Pontes Ferroviárias
 15% do trem-tipo (cargas sobre o tabuleiro)
 25% da carga móvel dos eixos motores

42
Esforços longitudinais: APLICAÇÃO
8,2 m
Exemplo 1: Rodoviária
Classe 45
Comprimento longitudinal: L barreira
lateral
Largura da pista = 8,2 m vigas
principais

1. Força de FRENAGEM (30% do veículo tipo)


Ff = 0,3 x 45 = 13,5 tf

2. Força de ACELERAÇÃO (5% da carga móvel aplicada no tabuleiro)


Fa = 0,05 x (0,5 x 8,2 x L) = 0,205 L tf

Análise:
• Para: L ≅ 65,85 m → Ff = Fa

• Para: L < 65,85 m → Ff > Fa

• Para: L > 65,85 m → Ff < Fa

Exemplo 2: Ponte Ferroviária


Classe TB 32 - Uma linha
Comprimento longitudinal da ponte ≅ duas locomotivas ≅ 32,70 m

1. Força de FRENAGEM (15% do trem-tipo)


Ff = 0,15 x 2 x 228 = 68,4 tf

2. Força de ACELERAÇÃO (25% da carga móvel dos eixos motores)


Fa = 0,25 x 8 x 32 = 64 tf

FICAMOS COM: Ff = 68,4 tf

43
3.3.3 EMPUXO DE TERRA OU ÁGUA

 EMPUXO DE TERRA: calculados de acordo com as


características do terreno

 PRESSÃO DE ÁGUA: p = K v2
onde: v = velocidade (m/s)
K = coeficiente dimensional determinado experimentalmente
p → kgf/m2

K = 72 K = 35 K = 26

Empuxo de terra ou água: OBSERVAÇÕES

A. Expressão Geral:
1 1 ϕ
Ea = Ka γ b h 2 = tg 2 (45 − ) γ b h 2
2 2 2
Onde: Ea = Empuxo ativo do solo
Ka = Coeficiente de empuxo ativo
ϕ = Ângulo de atrito interno do solo
γ = Peso específico do solo
b = Largura da superfície de contato
h = Altura da superfície de contato

B. Sobrecarga móvel q:
q
b
Ea = Ka q h b

Ka q
44
C. Teoria de Rankine: ϕ
• Empuxo ativo: Ka = tg 2 (45 − )
1. Aterros horizontais:
2
2 ϕ
• Empuxo passivo: Kp = tg (45 + )
2

2. Aterros inclinados:
onde: α = Inclinação do aterro sobre
cos 2 ϕ o plano horizontal
Ka = 2
 sen(ϕ + δ) sen(ϕ − α )  δ = Ângulo de atrito entre o
cos 2 α cos δ 1 + 
 cos δ cos α  aterro e a superfície
vertical

D. Para pilares ou paredes situados nos aterros de acesso



CONSIDERAR LARGURAS DE ATUAÇÃO
DO EMPUXO DE TERRA SEGUNDO:

Largura real (m) Largura de cálculo (m)


b≤1 3b
1<b≤3 3
b≥3 b

E. Situações possíveis:
1. NA abaixo da parede:
b

1
Ea = Ka γ b h 2 onde: γ = γsat
2
h

Ka γ h
NA

2. NA ≅ superfície do terreno:
b
NA

1 1
Ea = Ka γ sub b h 2 + γ ág b h 2
h
2 2
Ka γsub h γág h

3. NA em posição intermediária: 1
Ea = Ka γ sat b h12 +
2
b
Ka γ sat b h1 h 2 +
1
h1 γsat
Ka γ sub b h 2 2 +
h
Ka γsat h1 NA 2
γsub
1
γ ág b h 2 2
h2
45 2
Ka γsat h1 Ka γsub h2 γág h2
3.3.4 IMPACTO LATERAL

 Pontes Ferroviárias

 A NB-2 fixa (direção e intensidade)


 Força perpendicular ao eixo da linha
 20% do eixo mais pesado do TB

Exemplo : Ponte Ferroviária Classe TB 32 - Uma linha

1. Intensidade da força de IMPACTO LATERAL (20% do eixo mais pesado do TB)


Fimp = 0,20 x 32 = 6,4 tf

2. Direção de aplicação da força de IMPACTO LATERAL

PERPENDICULAR AO EIXO DA LINHA

3.3.5 FORÇA CENTRÍFUGA


 Trechos em Curva
 Direção Radial
 Intensidade (função do tráfego e raio de curvatura)

1. Pontes Rodoviárias
R ≤ 300 m → 7 % do veículo tipo x ϕ
R > 300 m → 2100/R % do veículo tipo x ϕ

2. Pontes Ferroviárias
R ≤ 600 m → 8 % ϕQ Bitola
R > 600 m → 4800/R % ϕQ Métrica

R ≤ 1000 m → 12 % ϕQ Bitola
R > 1000 m → 12000/R % ϕQ Larga

Obs. Q = peso da carga móvel no trecho considerado; ϕ = Coef. impacto


46
Força Centrífuga: APLICAÇÃO

Exemplo 1: Ponte Rodoviária


Classe 45
Comprimento longitudinal: L= 40m
Raio de curvatura = 300 m

Coeficiente de impacto: ϕ = 1,4 - 0,7%L = 1,12


Força CENTRÍFUGA (7 % do veículo tipo x ϕ):
Fc = 7% ϕ Q = 0,07 x 1,12 x 45 = 3,53 tf

Exemplo 2: Ponte Ferroviária


Classe TB 32; Bitola: 1,6 m (bitola larga)
Comprimento longitudinal: L = 40m
Raio de curvatura = 1000 m

Coeficiente de impacto: ϕ = 0,1% (1600 - 60 L1/2 + 2,25L) = 1,31


Força CENTRÍFUGA (12 % ϕQ):
Fc = 12% ϕ Q = 0,12 x 1,31 x (2 x 228 + 7,3 x 10) = 83,2 tf

3.3.6 ESFORÇOS DE GUARDA-RODA E BARREIRAS LATERAIS

• Os guarda-rodas e as barreiras laterais (guarda-corpos) são


verificados para uma força horizontal centrada de
intensidade 60 kN aplicada em sua aresta superior

60 kN

60 kN

47
3.3.7 ESFORÇOS PRODUZIDOS POR DEFORMAÇÕES INTERNAS

1. Variação de Temperatura

• Coeficiente de dilatação térmica: a = 10-5/oC


• Variação de temperatura em torno +/- 10oC e +/- 15oC
F = k α ∆T L

2. Retração: assimilada em seus efeitos como


queda de 15o C na temperatura

3. Deformação Lenta: levada em conta de acordo


com sua lei de variação (NB116)

3.3.8 ATRITO NOS APOIOS


 MESOESTRUTURA
 Depende do Tipo de apoio e da Reação transmitida
 A NB-2 fixa:
◆ 3% N → Apoio de Rolamento
◆ 20% N → Apoio de Escorregamento
Obs. N = reação da carga permanente + reação da carga móvel

3.3.9 RECALQUE DAS FUNDAÇÕES


Calculada de acordo com as características dos solos
de fundação e seus efeitos introduzidos nos cálculos
estáticos de verificação da estrutura

3.3.10 INÉRCIA DAS MASSAS


 Pontes Móveis
 Seu efeito é levado em conta determinando a aceleração por
processos Numéricos ou Gráficos 48
3.4 FORÇAS ESPECIAIS

• Casos Especiais: Terremoto, Choque de Veículos e Navios


(proteção dos pilares ou paredes por meio de barreiras de concreto)

• As NB’s não fixa nenhum valor

• Normas estrangeiras costumam atribuir valores e


condições de aplicação das forças especiais

3.5 LISTA DE EXERCÍCIOS


1. Calcule o empuxo devido ao aterro e sobrecarga (carga móvel CLASSE 30) na ponte da figura abaixo.
Dados: γsat = 1.9 tf/m3; γágua = 1.0 tf/m3; Ka = tg2 (45 - ϕ/2); = 30o; largura da ponte = 7.5 m.

q=0.4 tf/m cortina


viga principal
h1=3 m

aterro h2=4 m
n.a p1 p2 p3
h3=4 m

10 15 15

2. Para a ponte de CLASSE 45 abaixo, pede-se:


a. O modelo estrutural de análise indicando a carga permanente; (C. perm.: γc = 2.5 tf/m3; γr = 2.0 tf/m3);
b. Os esforços atuantes no tabuleiro devido (no primeiro trecho da ponte):
ao empuxo; ao vento; e aceleração (ou frenagem).

na
A na 0.15 revestimento(asfalto)
1 2 3 4 5 6 7
5 1 0.1 0.25
A 0.2 barreira
cortina 5 10 12 7 .5 7 .5 lateral
(b = la rgu ra 15 Corte A-A: concreto
da p on te) p ila r en co ntro
(rigidez eleva da ;
4 2
p ila r p ila r p ila r
b = la rgu ra da p on te)

0.4 10 0.4
o bs.: as seçõ es 2 e 4 estão
no m eio d o vão 49
3. Para a ponte de CLASSE 45 a seguir, pede-se:
a. Modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL 1 (VP1), indicando a carga permanente;
b. Os esforços atuantes devido: Empuxo no pilar encontro; Vento na parte central do tabuleiro.

trecho central

A B 5 C D
na
6 3 20 4 8 6
pilar PILAR
pilar pilar
ENCONTRO 3
(b =largura da ponte)

0.2
Revestimento (asfalto)
0.1
0.5 0.05
0.3
0.2
barreira
1.875 lateral
2 1.875
VP1 VP2 VP3

0.5
3.75 3.75
Área de influência de
VP3

4. Calcule a reação máxima no apoio A do tabuleiro da ponte,


como indicado na figura abaixo (ver livro texto págs. 47 e 48 - Exemplo 3.3.2.1),
para a carga móvel Classe 45.

50
ETAPA 1: Obtenção das cargas atuantes na ‘VIGA AC’

45 tf
1. Contribuição do VEÍCULO TIPO 18,5 m

RAC = (45 x 18,5)/20 ≅ 41,63 tf


VAC VBD

15,5 m
2. Contribuição do FAIXA PRINCIPAL
0,5 tf/ m2

RAC = (0,5 x 15,52)/ (2x20) ≅ 3 tf/m


VAC VBD

3. Contribuição do FAIXA SECUNDÁRIA 20,0 m

0,5 tf/ m2
RAC = (0,5 x 202)/ (2x20) = 5 tf/m

VAC VBD

ETAPA 2: Obtenção da reação em A 41,63 tf


0,4 m

5 tf/ m
3 tf/ m
MODELO ESTRUTURAL
DA ‘VIGA AC’
1,1 m 6m 1,1 m

A C
RA (VT) = 41,63 x 5,6 / 6 ≅ 38,85 tf

RA (FP) = 3 x 3 x 5,6 / 6 ≅ 8,4 tf

RA (FS) = 5 x 4,1 x 2,05 / 6 ≅ 7,0 tf

Portanto: RA = 54,25 tf

51
5. Para a posição do veículo tipo (carga móvel CLASSE 45) mostrada na figura abaixo,
calcule aproximadamente o momento fletor no ponto E e reações máximas nos pilares.

barreira lateral

1.5 A B
6.5
15 6
10 E 13

3
1.5 C D
barreira lateral
32

6. Calcular de forma aproximada, para a posição do veículo tipo mostrada na figura abaixo,
as reações máximas nos apoios A, B, C e D. Considere a carga móvel CLASSE 30.

barreira lateral

1.5 A B
7.5
6
12 3
15

1.5 C D
barreira lateral
25

7. Para a ponte CLASSE 45 em LAJE, determine, de forma aproximada,


o esforços resultantes máximos N, Mx e My (ver figura) para dimensionamento do Pilar P2.
Para cálculo desses esforços resultantes considere as seguintes cargas atuantes:
carga permanente; carga móvel; empuxo (atuante diretamente sobre o pilar); aceleração (ou frenagem);
vento (ponte carregada - componentes long. e transv.). Considere ainda que as forças de aceleração e
do vento (long. e transv.) são distribuídas igualmente entre os pilares.

CORTE BB
barreira lateral 0,2 0,2
1.5
corte BB

revestimento (h = 0,05) 0,5


P1 P3 P5 6,5 concreto
0,25
dilatação
junta de

10 13 1,5 10 1,5
corte AA corte AA
1
P2 P4 P6 1
concreto
concreto

1.5 P3 P4
barreira lateral

15
30

junta de dilatação
CORTE AA
N (carga permanente+
N.A. barreira lateral 0,5
carga móvel +
laje 0,25
y
aterro peso próprio)
15 15 aterro My
5
P4 = P5 Mx x
P1= P2 P3 = P4
0,5 0,5
0,5

52
8. Para as pontes de concreto armado com seções transversais mostradas nas figuras abaixo,
pede-se determinar o TREM-TIPO.
a. Para as Seções Transversais A e B considerar ponte CLASSE 45;
b. Para a Seção Transversal C considerar aponte CLASSE 30; obtenha o TREM-TIPO apenas para a VP2.
S.T. A
revestimento
S.T. B revestimento(asfalto)

barreira barreira
lateral concreto lateral
vigas
principais 2

3.1 6.6 3.1 10

12.8

S.T. C
revestimento

barreira
lateral

VP1 VP2 VP3

4 4

Seção Transversal A - Classe 45

Passo 1: Distribuição da carga móvel no tabuleiro


15 tf 15 tf

15 tf
Veículo
Tipo 0,5 tf/m2
Faixa
Faixa Secundária
Principal

0,5 tf/m2 0,5 tf/m2

Vigas Barreira
Principais Lateral

3.1 6.6 3.1


12.8

Passo 2: Continuidade da faixa principal


Pvt(reduzido) = 45 - 0,5 x (3 x 6) = 36 tf
Pvt(reduzido)/eixo = 36/3 = 12 tf
53
Passo 3: Obtenção da LI Reação de VP1 P=1
-
• P = 1 em VP1 → RVP1 = 1 VP1 + VP2
1
• P = 1 em VP2 → RVP1 = 0

3,1 m 6,6 m

Passo 4: Contribuição das cargas concentradas do VT


1,5 m 12 tf

-
RVP1 = 12 x 1,24 = 14,88 tf
VP1 VP2
y ≅1,24 1 +
14,88 tf 14,88 tf 14,88 tf
1,5 m 1,5 m

3,1 m 6,6 m

Passo 5: Contribuição das cargas uniformemente distribuídas

RVP1 = 0,5 x (1,47 x 9,7 / 2) q = 0,5 tf/m2


RVP1 = 3,57 tf/m
VP1 VP2
1 +
y ≅1,47
q = 3,57 tf/m

3,1 m 6,6 m

Passo 6: Definição do Trem-Tipo


Projeto Anteprojeto
14,88 tf 14,88 tf 14,88 tf 44,64 tf
1,5 m 1,5 m

q = 3,57 tf/m q = 3,57 tf/m


54
Seção Transversal B - Classe 45
Passo 1: Distribuição da carga móvel no tabuleiro
15 tf
15 tf
15 tf

0,5 tf/m2 0,5 tf/m2 0,5 tf/m2

barreira
lateral
2

10

Passo 2: Continuidade da faixa principal


Pvt(reduzido) = 45 - 0,5 x (3 x 6) = 36 tf
Pvt(reduzido)/eixo = 36/3 = 12 tf

Passo 3: Obtenção da LI Reação de VP


P=1
A B C
• P = 1 em A → RVP = 1 VP +
+
• P = 1 em B → RVP = 1 1

• P = 1 em C → RVP = 1 10 m

Passo 4: Contribuição das cargas concentradas do VT


12 tf

RVP = 12 x 1 = 12 tf
VP +
+ 1
12 tf 12 tf 12 tf
1,5 m 1,5 m

10 m

55
Passo 5: Contribuição das cargas uniformemente distribuídas

RVP1 = 0,5 x (1 x 10) q = 0,5 tf/m2


RVP1 = 5 tf/m

VP
+ +
1
q = 5 tf/m
10 m

Passo 6: Definição do Trem-Tipo


Projeto Anteprojeto
12 tf 12 tf 12 tf 36 tf
1,5 m 1,5 m

q = 5 tf/m q = 5 tf/m

Seção Transversal C - Classe 30

HIPÓTESES DE CÁLCULO: Distribuição Transversal da Carga


Móvel no Tabuleiro (DTCM)

1. Despreza-se a rigidez das Transversinas


DTCM: Linha de Influência das Reações das Vigas Principais

2. Considera-se a rigidez das Transversinas como infinita


DTCM: GRELHA → Processo Simplificado: P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2
3. Considera-se a rigidez das Transversinas
DTCM: GRELHA → Processo Exato: Tabelas de Homberg
56
Seção Transversal C - Classe 30
Passo 1: Distribuição da carga móvel no tabuleiro
10 tf
10 tf
10 tf

0,5 tf/m2 0,5 tf/m2 0,5 tf/m2

VP1 VP2 VP3

4 4

Passo 2: Continuidade da faixa principal


Pvt(reduzido) = 30 - 0,5 x (3 x 6) = 21 tf
Pvt(reduzido)/eixo = 21/3 = 7 tf

Passo 3: Obtenção da LI Reação de VP2

• P = 1 em VP1 → RVP2 = 0

• P = 1 em VP2 → RVP2 = 1

• P = 1 em VP3 → RVP2 = 0

P=1

VP1 VP2 VP3


+ +
1

4m 4m

57
Passo 4: Contribuição das cargas concentradas do VT
7 tf
RVP2 = 7 x 1 = 7 tf

7 tf 7 tf 7 tf
VP1 VP2 VP3
1,5 m 1,5 m
+ +
1

4m 4m

Passo 5: Contribuição das cargas uniformemente distribuídas


RVP1 = 0,5 x 2 x A
q = 0,5 tf/m2
Onde: A = Σai (i=1,5) = 2,48
VP1 VP2 VP3
Assim: RVP1 = 0,5 x 2 x 2,48 = 2,48 tf/m + A 1 A +

q = 2,48 tf/m 4m 4m

Passo 6: Definição do Trem-Tipo

Projeto
7 tf 7 tf 7 tf
1,5 m 1,5 m

q = 2,48 tf/m

Anteprojeto
21 tf

q = 2,48 tf/m

58
3.6 PONTES COM TRÊS OU MAIS VIGAS PRINCIPAIS

DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL
DA CARGA MÓVEL NO TABULEIRO

A. Introdução
B. Considerações de Cálculo
C. Processo Simplificado
D. Processo Exato

 Pontes com três ou mais vigas principais


que não são ligadas por transversinas

 PONTES COM TRÊS OU MAIS VIGAS PRINCIPAIS


LIGADAS POR TRANSVERSINAS

As cargas aplicadas sobre uma viga se distribuem entre as demais

Definição de GRELHA: Sistema plano formado por vigas retas


ou curvas que se cruzam e nesses pontos são rigidamente ligadas

59
 GRELHAS

 GRELHAS

60
 Pontes Metálicas
• Vigas Principais: Alma cheia
• Transversinas: Alma cheia ou treliçada

 Pontes Concreto
• Vigas Principais: Alma cheia

transversina transversina
VP1 VP2 VP3

Tabuleiro com Viga T

transversina transversina
VP1 VP2 VP3

Tabuleiro Celular
61
 FORMA DA SEÇÃO TRANSVERSAL: influência na distribuição da carga

 MÁXIMO DE ECONOMIA: Distribuição das cargas localizadas



Todos os elementos principais
 BOA DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL
• Melhor aproveitamento da capacidade de carga da estrutura
• Maior segurança
 SISTEMA DE GRELHAS PARA PONTES: Carregamento perpendicular
ao plano da grelha

 VIGAS PRINCIPAIS EM PERFIL I ou T: Grelha Plana


 Resistência à torção desprezada Sem Torção

 VIGAS PRINCIPAIS EM CAIXÃO:


 Melhor distribuição das cargas
 Facilidade no transporte Grelha Plana
 Facilidade na montagem Com Torção
 Resistência lateral à torção
 Fabricação mais onerosa

3.6.1 CONSIDERAÇÕES DE CÁLCULO

 ESTRUTURAS COM ELEVADO GRAU DE HIPERESTATICIDADE

 CÁLCULO COMPLETO: Computadores

 PRÉ-DIMENSIONAMENTO: Processos aproximados

 DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL DA CARGA: Varia ao longo do vão


(SIMPLIFICAÇÃO: distribuição no meio do vão)

 SISTEMA COM LIGAÇÃO RÍGIDA


(VIGA PRINCIPAL/TRANSVERSINA) : A carga concentrada é distribuída
nas várias vigas principais
 SISTEMA SEM LIGAÇÃO RÍGIDA
(VIGA PRINCIPAL) : A carga concentrada é distribuída integralmente
sobre a qual está atuando
62
 CURVA DE DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL:
 I = momento de inércia das vigas principais
 IQ = momento de inércia das transversinas
 L = vão da grelha
 a = afastamento entre as vigas

 CURVA DE DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL:

63
 CURVA DE DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL:
 I = momento de inércia das vigas principais
 IQ = momento de inércia das transversinas
 L = vão da grelha
 a = afastamento entre as vigas

3
 L  IQ L E IQ
Z=  Z=
 2a  I 8a G I T

VIGAS SEM RIGIDEZ VIGAS COM RIGIDEZ


À TORÇÃO À TORÇÃO

64
3.6.2 PROCESSO SIMPLIFICADO

PROCESSO SIMPLIFICADO

TRANSVERSINA DE RIGIDEZ INFINITA


(em geral a rigidez das transversinas é muito maior que a das vigas principais)

FLECHAS DAS VIGAS PRINCIPAIS


CONDICIONADAS POR UMA RELAÇÃO LINEAR
(hipótese de seção deformada plana da teoria da flexão composta)

DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL DE CARGAS:


P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2

PROCESSO SIMPLIFICADO

P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2

onde:
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga
(medida a partir do centro
de gravidade das vigas principais)
xi = distância de uma viga principal
genérica ao centro de gravidade
das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i)

65
3.6.3 PROCESSO EXATO

Tabelas de
Homberg

66
4. LINHAS DE INFLUÊNCIA
PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Refs.: 1. Teoria das Estruturas,Vol. 2, autor: Flávio Antônio Campanari


2. Curso de Análise Estrutural, autor: José Carlos Süssekind
3. Notas de aulas, provas, listas de exercícios

4.1 DEFINIÇÃO

LINHA DE INFLUÊNCIA DE UM EFEITO ELÁSTICO E EM


UMA DADA SEÇÃO S É A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA OU
ANALÍTICA DO VALOR DESTE EFEITO, NAQUELA SEÇÃO S,
PRODUZIDO POR UMA CARGA UNITÁRIA, DE CIMA PARA
BAIXO, QUE PERCORRE A ESTRUTURA.

67
EXEMPLO

P = 1

A s rótula B

- - b
a
+

• Ms = a → P = 1 em A
• Ms = - b → P = 1 em B

OBSERVAÇÕES

• A seção e o efeito estudados são fixos;


A posição da carga é que varia

• Não confundir: linha de influência x diagrama solicitante

• Efeitos elásticos: Momento Fletor,


Esforço Cortante,
Reação de Apoio,
Deformação (flechas)

• Considerar válido o princípio da superposição de efeitos

68
4.2 FASES DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA

1a FASE: definida a classe da ponte e as plantas arquitetônicas,


OBTER O TREM-TIPO

2a FASE: dada a estrutura, o efeito elástico E, e a seção S,


OBTER A LINHA DE INFLUÊNCIA

3a FASE: conhecidos o trem-tipo e a linha de influência,


OBTER OS EFEITOS DEVIDO A ESSE TREM-TIPO

4.3 OBTENÇÃO DOS EFEITOS ELÁSTICOS (conhecidos o trem-tipo e a LI)

1. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR


CARGAS CONCENTRADAS

P1 P2 Pi Pn

LIEs
η1 η2 ηi ηn

n
E s = ∑ Pi η i ( Princípio da superposição de efeitos)
i =1

69
2. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR CARGAS DISTRIBUÍDAS
b
a qdz

q
dz
LIEs
A ηi

E s = ∫ ( qdz ) η i , ou seja ,
a
b b

E s = q ∫ η i dz = q A , pois , A = ∫ η i dz ( Princípio da
a a superposição de efeitos)

3. CASO GERAL (superposição dos casos 1 e 2)


n
E s = ∑ Pi ηi + q A ( Princípio da superposição de efeitos)
i =1

OBSERVAÇÕES

• OS PRINCÍPIOS ESTUDADOS ATÉ AQUI SÃO VÁLIDOS


PARA ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS E HIPERESTÁTICAS

• É FÁCIL VER QUE AS UNIDADES DAS


LINHAS DE INFLUÊNCIA DE MOMENTOS FLETORES SÃO
UNIDADES DE COMPRIMENTO, E QUE AS LINHAS DE
INFLUÊNCIA DE ESFORÇOS CORTANTES, NORMAIS E
REAÇÕES DE APOIO SÃO ADIMENSIONAIS

70
4.4 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS

1. VIGA ENGASTADA-LIVRE
P = 1
z

A s

x
L

Efeitos elásticos:
• Reações de apoio
• Esforços simples

• REAÇÕES DE APOIO
P = 1
z

A s

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

+1 + +1
RA = + 1 LIRA
A

45 o

MA = - z A
LIMA
L

71
• ESFORÇOS SIMPLES
P = 1
z

A s

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

0, p/ z < x +1 + +1

Vs = A
s
LIVS
+1, p/ z > x
x

(L - x)
0, p/ z ≤ x 45 o
-

Ms = A
s
LIMS
- (z - x), p/ z > x
x

2. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA


P=1
z

A s B

x
L

EFEITOS ELÁSTICOS:
• REAÇÕES DE APOIO
• ESFORÇOS SIMPLES

72
• REAÇÕES DE APOIO P=1
z

A s B

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

1
+
RA = + (L - z)/L A B
LIRA

1
+
RB = z/L A B
LIRB

• ESFORÇOS SIMPLES P=1


z

A s B

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

1
- z/L (= - RB), p/ z < x - s B
Vs =
A
+ LIVS
+ (L - z)/L (= RA), p/ z > x 1

s
z/L (L - x) , p/ z ≤ x
A B

Ms =
+ +
LIMS
x
(L - z) x/L , p/ z > x L -x

73
OBSERVAÇÕES

• NO ESTUDO DAS L.I. DE ESFORÇOS SIMPLES, DEVEMOS


SEMPRE EXAMINAR SEPARADAMENTE AS
POSSIBILIDADES DA CARGA UNITÁRIA ESTAR
À ESQUERDA OU À DIREITA DA SEÇÃO EM ESTUDO

• A L.I. DE ESFORÇO CORTANTE NUMA SEÇÃO APRESENTA


SEMPRE UMA DESCONTINUIDADE IGUAL A 1
NESTA SEÇÃO, CONFORME PODEMOS CONCLUIR
DOS CASOS JÁ ESTUDADOS

4.5 LISTA DE EXERCÍCIOS

1. Obter as reações de apoio máximas para uma ponte engastada-livre de 10 m, provocadas pelo
trem-tipo abaixo:

20 tf 10 tf

3m
1 tf/m

2. Para a ponte abaixo obter as envoltórias de MF e EC, cotando-as nas seções indicadas.
São dados:
a. Carga permanente: g = 2 tf/m;
b. Trem-tipo: 20 tf 10 tf

3m
1 tf/m

A 1 2 3 B

3m 3m 3m 3m

74
3. Para a ponte de CLASSE 45 abaixo, pede-se:
a. O modelo estrutural de análise indicando a carga permanente;
b. Os esforços atuantes no tabuleiro devido: empuxo; vento; e aceleração (ou frenagem);
c. MF e EC (carga permanente) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;
d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto;
e. L.I.MF e L.I.EC das seções 1, 2, 4, 6 e 7;
f. MF e EC (carga móvel - trem-tipo de anteprojeto) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;
g. Tabela de envoltória para as seções 1, 2, 4, 6 e 7.
(Não precisa incluir a influência do coeficiente de impacto.)

na
A na
1 2 3 4 5 6 7
5
A
cortina 5 10 12 7.5 7.5
(b=largura
da ponte) pilar encontro
15 São dados:
pilar pilar pilar (rigidez elevada;
b=largura da ponte)
1. Carga permanente:γ conc = 2.5 tf/m3; γ asfalto =
2.0 tf/m3.
obs.: as seções 2 e 4 estão 2. γ sat = 1.9 tf/m3; γ água = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 -
no meio do vão
φ/2); φ = 30o
revestimento(asfalto)
3. Vento:
0.15
0.1 0.25 a. ponte descarregada: 0.15 tf/m2
1
0.2 barreira b. ponte carregada: 0.1 tf/m2; (altura do veículo =
Corte A-A: concreto lateral 2 m)
4 2 4. Aceleração (ou frenagem):
a. 30% do veículo tipo
0.4 0.4
10 b. 5% da carga móvel aplicada no tabuleiro

4. Para o modelo estrutural da ponte abaixo, pede-se:

5 tf 5 tf
carga permanente
q=2.5 tf/m 10 tf
A B
engaste
rótula
1 2 3
3 4 3
5
2 engaste

4 6 6

a. O coeficiente de impacto, indicando seu valor em cada trecho da ponte. ϕ=1.4−0.7%L ≥1


b. Carga permanente: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;
c. L.I.MF e L.I.EC das seções A, 1, 2, 3 e 5;
d. Carga móvel: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;
Obs.: Trem-tipo
7 .5 tf

1 .5 tf/m

e. Tabela de envoltória para as seções A, 1, 2, 3 e 5.


Inclua a influência do coeficiente de impacto (Ex.: ).

M = M g +ϕM q

75
5. Para a ponte CLASSE 30 (veículo tipo com três eixos) a seguir, pede-se:
a. Os esforços atuantes devido:
• Empuxo no pilar encontro (considere: nível da água = nível do terreno)
• Aceleração (ou frenagem) no trecho central da ponte: FG
• Vento no trecho central da ponte: FG
b. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL (VP2)
c. Carga permanente – VP2:
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP2
e. Linha de Influência – VP2:
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
f. Carga móvel – VP2 (Trem-tipo de anteprojeto):
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
g. Tabela de envoltória, sem considerar o coeficiente de impacto.
Observações:
1. Carga permanente: γconc = 2.5 tf/m3; γrevestim. = 2.0 tf/m3
2. Empuxo: γsat = 2.1 tf/m3; γágua = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 - ϕ/2); ϕ = 30o
3. Aceleração (ou frenagem): 30% VT (veículo tipo); b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro
4. Vento: Ponte descarregada: 0.15 tf/m2; Ponte carregada: 0.1 tf/m2 (altura do veículo = 2 m)
Componente longitudinal: Vento na superestrutura: 25%; Vento na carga móvel: 40%.

trecho central

A Junta Junta D L E Junta Junta H I Junta K

B C F G J
3m 3m 3m 3m 3m 3m
10 m

12 m 8m 9m 8m 9m

Pilar
Encontr
(rig. elevada) P1 P2 P3 P4 P5

indicador de
simetria Área de
0,2 influência de VP3

0,8 hr(média) = 0,075 m revestimento


0,2
2,5 m 2,5 m

5,0 m 5,0 m 5,0 m


2,0

VP1 0,3 VP2 VP3 0,3 VP4

pilar pilar pilar pilar

76
6. Para a ponte CLASSE 12 (veículo tipo com dois eixos) a seguir, pede-se:
a. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da viga VP4 (1.0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA,
com as transversinas apresentando rigidez bastante elevada.
b. Linha de Influência – VP4:
• Esforço cortante: Seção A (LIVA) e Seção I (LIVI)
• Momento fletor: Seção C (LIMc) e Seção H (LIMH)
• Reação de apoio: Seção C (LIRc)
c. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de anteprojeto):
• Esforço cortante: Seções A e I (0.5)
• Momento fletor: Seções C e H (0.5)
• Reação de apoio: Seção C (0.5)

Consideração Importante:
Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):
P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2

onde:
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i)

transversina transversina
A B C D Junta E F Junta Junta G Junta H I J K

2m 2m 5m 2,5 m

3m 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

indicador de
simetria
0,2 0,2

1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento


0,25

transversina transversina transversina

2,0
5,0 m 5,0 m 5,0 m VP4
VP1
0,4 0,4 0,4
VP2 VP3

pilar pilar pilar pilar

77
7. Para a PONTE MISTA (RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:
a. Carga Permanente – VP4: q(p.próprio) = 4 tf/m; q(lastro+dormentes) = 1 tf/m; P(transversina) = 2 tf
• M. fletor: Seção D
• E. cortante: Seção Je
• R. apoio: Seção E
b.Trem-tipo de projeto e anteprojeto - VP4
Hipótese de Cálculo:
Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada);
Ver detalhe do carregamento abaixo.
c. Linha de Influência – VP4:
• M. fletor: Seção D (LIMD)
• E. cortante: Seção Je (LIJe)
• R. apoio: Seção E (LIE)
d. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de projeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção Je
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção E
e. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1)
Considerações Importantes:
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): 2. Carga móvel ferroviária:
A ponte ferroviária será projetada para suportar
P Pe apenas a carga de um trem (locomotiva + vagões)
Pi = ± xi
n ∑ x i2
P = 10 tf 10 tf P = 10 tf
onde:
q = 5 tf/m
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais) 1,5 m 1,5 m 1,5 m
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i)

indicador de
simetria
transversinas
Junta Junta Junta Junta Junta
A B C D E F G H K L
I J
2m 2m 6m 2m 2m 4m

2m 10 m 10 m 10 m 10 m 12 m 6m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

indicador de
simetria
Carga aplicada
junta de no centro de gravidade
0,1 vagão
dilatação

trilho
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,25

transversina transversina
6,0 m 6,0 m 3,0 m 3,0 m
2,0 2,25
VP4 trans- VP5 trans-
ver-
VP6
0,2 ver-
0,2
VP1 VP2 VP3 0,2 0,6 sina 0,6 sina 0,6

pilar pilar parede


pilar

78
8. Para a PONTE MISTA (PEDESTRE, RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA)
mostrada na página seguinte, pede-se:
a. Carga Permanente – VP3: q(p.próprio+revestimento) ≅ 7,5 tf/m; P(transversina) = 2,0 tf
• M. fletor: Seção D*
• E. cortante: Seção I
• R. apoio: Seção G
b. Trem-tipo de anteprojeto – VP3 (2,0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada)
Considerar: Classe rodoviária: 30; Ver detalhe abaixo da carga ferroviária a ser aplicada
Pedestre: 0,3 tf/m2
c. Linha de Influência – VP3:
• M. fletor: Seção D* (LIMD*)
• E. cortante: Seção I (LII)
• R. apoio: Seção G (LIG)
d. Carga móvel – VP3 (Trem-tipo de anteprojeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D*
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção I
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção G
e. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1)

Considerações Importantes: P P e
Pi = ± xi
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): n ∑ x i2
Onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais);
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais; Pi = carga atuante na viga genérica (i).
2. Carga móvel ferroviária:
q = 3 tf/m

indicador de simetria

transversinas

Junta D* Junta Junta Junta Junta

A B C D E F G H I J K L M
5m 2 8m 2 5m 2 8m 2
5m
2 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m 10m 2

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

vagão Centro de gravidade


Carga aplicada Passeio
no centro de gravidade
das vigas principais
(Pedestre)
0,15 Parte 0,15
Rodoviária
trilho
1,0
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,40
0,30
2,5 m 2,0 m transversina
7,0 m 7,0 m 2,0 m
2,5

0,3
VP1 VP2 0,3
VP3 0,3

pilar parede

79
5. PROVAS
PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Prova 1998/1 pg 81
Prova 1998/2 pg 83
Prova 1999/1 pg 86
Prova 1999/2 pg 88
Prova 2000/1 pg 91
Prova 2000/2 pg 93
Prova 2001/1 pg 95
Prova 2001/2 pg 97
Prova 2002/1 pg 100

80

1
Deciv - ESCOLA DE MINAS - UFOP
PONTES I - PROVA 1
Prof. Ricardo Silveira - Data: 20/07/98

PARTE TEÓRICA (1.0):


1. O que difere as pontes das outras estruturas no campo da engenharia estrutural ? ; (0.25)
2. Comente sobre o requisito fundamental funcionalidade; (0.25)
3. Escreva sobre os elementos geotécnicos necessários para o projeto de uma ponte; (0.25)
4. Classifique uma ponte segundo: material e sistema estrutural. (0.25)

PARTE PRÁTICA (9.0):


Para a ponte CLASSE 45 (veículo tipo com três eixos) a seguir, pede-se:
1. Os esforços atuantes devido:
a. Empuxo no pilar encontro (0.75)
b. Aceleração (ou frenagem) no primeiro trecho da ponte (pilar A até o pilar B) (0.25)
2. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL (VP3) (0.5)
3. Carga permanente – VP3:
a. Esforço cortante: Seção Dd(0.5)
b. Momento fletor: Seção D (0.5)
c. Reação de Apoio: Seção B (0.5)
4. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP3 (1.0)
5. Linha de Influência – VP3:
a. Esforço cortante: Seção Dd (1.0)
b. Momento fletor: Seção D (1.0)
c. Reação de Apoio: Seção B (1.0)
6. Carga móvel – VP3:
a. Esforço cortante: Seção Dd (0.5)
b. Momento fletor: Seção D (0.5)
c. Reação de Apoio: Seção B (0.5)
7. Tabela de envoltória, sem considerar o coeficiente de impacto. (0.5)

Observações:
1. Carga permanente: γconc = 2.5 tf/m3; γrevestim. = γpasseio = 2.1 tf/m3;
2. γsat = 2.0 tf/m3; γágua = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 - ϕ/2); ϕ = 29o;
3. Aceleração (ou frenagem):
a. 30% VT (veículo tipo)
b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro

81

`
VISTA LONGITUDINAL:

nível do
junta junta junta
terreno

A B C 5
D E
6
pilar
na encontro
20 25 20 4

pilar pilar pilar


4

sapata sapata sapata

SEÇÃO TRANSVERSAL:
82

0.1 0.8 passeio


revestimento
0.1
0.8 0.1 0.05

0.2

2 VP1 VP2 VP3 VP4 barreira


lateral
junta
0.5 0.3
7 7
0.8 0.8
15.60

`
Deciv - ESCOLA DE MINAS - UFOP
PONTES I - PROVA 1
Prof. Ricardo Silveira - Data: 25/11/98

PARTE TEÓRICA: (1,5)


1. Comente sobre a evolução histórica das pontes; (0,5)
2. Quais os elementos característicos do tramo de uma ponte? (0,5)
3. Quais os elementos topográficos necessários para a elaboração do projeto de uma ponte? (0.5)

PARTE PRÁTICA: (8,5)


Problema 1: (1,0)
Pretende-se construir uma ponte de concreto armado em um trecho curvo de uma rodovia de Classe II, com
duas faixas de tráfego, em uma região ondulada. Sabe-se que o raio de curvatura deste trecho curvo é r = 300 m,
e por conseguinte, precisa-se introduzir uma curva de transição. Verifica-se ainda que a projeção horizontal da
pista de rolamento do trecho circular é L = 18 m, e que a altura do pnto mais alto da pista é 20 cm (veja figura
abaixo). Pede-se para determinar o ângulo de inclinação α (alfa) do trecho da curva circular em questão.
São dados:

Problema 2: (2,0)
Calcular de forma aproximada a reação máxima no apoio B. Considere a carga móvel CLASSE 45.
barreira lateral

1.5

A B C 9
dilatação
junta de

15
18

D E F
1.5

barreira lateral
15
30

83
Problema 3: (5,5)
Para a passarela (CARGA MÓVEL → q = 0.3 tf/m2) mostrada a seguir, pede-se:
1. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL 1 (VP1) (0,5)
2. Carga permanente – VP1:
a. Esforço cortante: Seção Dd (0,5)
b. Momento fletor: Seção A (0,5)
3. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP1 (0,5)
4. Linha de Influência – VP1:
a. Esforço cortante: Seção Dd (1,0)
b. Momento fletor: Seção A (1,0)
5. Carga móvel – VP1:
a. Esforço cortante: Seção Dd (0,5)
b. Momento fletor: Seção A (0,5)
6. Tabela de envoltória. (0,5)

Observações:
1. Carga permanente: γconc = 2.5 tf/m3; γrevestim. = 2.0 tf/m3.

84
VISTA LONGITUDINAL:

junta junta junta

A B C D E F G
PILAR pilar pilar pilar
ENCONTRO
(rigidez elevada)
5 5 5
10 10 10

sapata sapata sapata sapata

SEÇÃO TRANSVERSAL:
85

0.2
revestimento
0.5 0.05 0.1

0.2
barreira
0.3 vigas lateral
1.0 principais
VP1 VP2
0.5 4 0.5
5
Deciv - ESCOLA DE MINAS - UFOP
PONTES I - PROVA 1
Prof. Ricardo Silveira - Data: 12/05/99

PARTE TEÓRICA (1.5):


1. Do ponto de vista funcional, como pode ser dividida uma ponte ? Escreva a função de cada parte
constiuinte; (0.5)
2. Comente sobre o requisito fundamental segurança; (0.5)
3. Escreva sobre os elementos geométricos e de carregamento necessários para o projeto de uma ponte
ferroviária em um trecho curvo; (0.5)

PARTE PRÁTICA (8.5):


Para a ponte CLASSE 30 (veículo tipo com três eixos) a seguir, pede-se:
1. Os esforços atuantes devido:
a. Empuxo no pilar encontro (considere: nível da água = nível do terreno) (0.5)
b. Aceleração (ou frenagem) no trecho central da ponte: FG (0.25)
c. Vento no trecho central da ponte: FG (0.5)
2. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL (VP2) (0.5)
3. Carga permanente – VP2:
a. Esforço cortante: Seção Dd (0.5)
b. Momento fletor: Seção L (0.5)
c. Reação de apoio: Seção I (0.5)
4. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP2 (1.25)
5. Linha de Influência – VP2:
a. Esforço cortante: Seção Dd (1.0)
b. Momento fletor: Seção L (0.5)
c. Reação de apoio: Seção I (1.0)
6. Carga móvel – VP2 (Trem-tipo de anteprojeto):
a. Esforço cortante: Seção Dd (0.5)
b. Momento fletor: Seção L (0.5)
c. Reação de apoio: Seção I (0.5)
7. Tabela de envoltória, sem considerar o coeficiente de impacto. (0.5)

Observações:
1. Carga permanente: γconc = 2.5 tf/m3; γrevestim. = 2.0 tf/m3;
2. γsat = 2.1 tf/m3; γágua = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 - ϕ/2); ϕ = 30o;
3. Aceleração (ou frenagem):
a. 30% VT (veículo tipo); b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro
4. Vento:
a. Ponte descarregada: 0.15 tf/m2;
b. Ponte carregada: 0.1 tf/m2; (altura do veículo = 2 m);
c. Componente longitudinal: c1. Vento na superestrutura: 25%; c2. Vento na carga móvel: 40%.

86
VISTA LONGITUDINAL:
trecho central

A Junta Junta D L E Junta Junta H I Junta K

B C F G J
3m 3m 3m 3m 3m 3m
10 m

12 m 8m 9m 8m 9m

Pilar
Encontr
(rig. elevada) P1 P2 P3 P4 P5

SEÇÃO TRANSVERSAL:
87

indicador de
simetria Área de
0,2 influência de VP3

0,8 hr(média) = 0,075 m revestimento


0,2
2,5 m 2,5 m

5,0 m 5,0 m 5,0 m


2,0

VP1 0,3 VP2 VP3 0,3 VP4

pilar pilar pilar pilar


PONTES I - PROVA 1 - 2o. Sem/1999
Deciv - Escola de Minas - UFOP
Prof. Ricardo Silveira - Data: 29/10/99

PARTE TEÓRICA (1.5):


1. Que obras de engenharia poderiam ser substituídas por uma ponte ou viaduto? Justifique sua resposta.
2. Para a SUPERESTRUTURA de uma ponte pode-se padronizar certas formas. Para a MESOESTRUTURA e
INFRAESTUTURA quase sempre é necessário individualizar aa solução. Entretanto, é possível padronizar
normas gerais que se devem respeitar para a colocação de uma ponte. Quais são essas normas gerais?
3. O projeto de uma ponte é um conjunto de estudos, cálculos e gráficos que permitem DEFINIR, JUSTIFICAR e
CONSTRUIR a ponte. Pergunta-se: DEFINIR e JUSTIFICAR o quê da ponte?

PARTE PRÁTICA (8.5):


Problema 1: (3.5)
Para a ponte CLASSE 45 em LAJE, determine, de forma aproximada, o esforços resultantes máximos
N, Mx e My (ver figura) para dimensionamento do Pilar P2. Para cálculo desses esforços resultantes
considere as seguintes cargas atuantes: carga permanente; carga móvel; empuxo (atuante diretamente
sobre o pilar); aceleração (ou frenagem); vento (ponte carregada - componentes long. e transv.).
Considere ainda que as forças de aceleração e do vento (long. e transv.) são distribuídas igualmente entre
os pilares.
barreira lateral

1.5
corte BB

P1 P3 P5 6,5
dilatação
junta de

10 13
corte AA corte AA

P2 P4 P6
1.5
barreira lateral

15
30
junta de dilatação
CORTE AA
N.A. barreira lateral 0,5
laje 0,25
aterro
15 15 aterro
5
P4 = P5
P1= P2 P3 = P4
0,5 0,5
0,5

N (carga permanente+
CORTE BB carga móvel + y
0,2 0,2 peso próprio)
My
revestimento (h = 0,05) 0,5
concreto
0,25 Mx x
1,5 10 1,5

1 1
concreto
concreto

P3 P4

88
Observações:
1. Modelo estrutural da coluna: Engastada-Livre
2. Carga permanente: γ 3 γbarreira lateral = 2.2 tf/m3
con. = 2.5 tf/m ; γrev. =γ
3. Carga móvel: ver norma
4. Empuxo: γsat = 2 tf/m3; γágua = 1 tf/m3; KA = tg2(45 - ϕ/2); ϕ = 30o
5. Aceleração (ou frenagem): a. 30% VT (veículo tipo); b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro
6. Vento - Ponte carregada:
a. Componente transversal: 0.1 tf/m2; (altura do veículo = 2 m)
b. Componente longitudinal: c1. Vento na superestrutura: 25%; c2. Vento na carga móvel: 40%.
7. Para pilares situados nos aterros de acesso deve-se considerar as seguintes larguras de atuação do
empuxo:

Largura Real (m) Largura de Cálculo (m)


b≤1 3b
1<b≤3 3
b>3 b

Problema 2: (5.0)
Para a ponte CLASSE 12 (veículo tipo com dois eixos) a seguir, pede-se:
1. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da viga VP4 (1.0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA, com as transversinas apresentando rigidez
bastante elevada.
2. Linha de Influência – VP4:
• Esforço cortante: Seção A (LIVA) e Seção I (LIVI) (1.0)
• Momento fletor: Seção C (LIMc) e Seção H (LIMH) (1.0)
• Reação de apoio: Seção C (LIRc) (0.5)
3. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de anteprojeto):
• Esforço cortante: Seções A e I (0.5)
• Momento fletor: Seções C e H (0.5)
• Reação de apoio: Seção C (0.5)

Consideração Importante:
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):

P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2

onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade
das vigas principais); xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas
principais; Pi = carga atuante na viga genérica (i)

89
VISTA LONGITUDINAL:

transversina transversina
A B C D Junta E F Junta Junta G JuntaH I J K

2m 2m 5m 2,5 m

3m 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

SEÇÃO TRANSVERSAL:
indicador de
simetria
0,2 0,2
90

1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento


0,25

transversina transversina transversina


5,0 m 5,0 m 5,0 m VP4
2,0
VP1
0,4 0,4 0,4
VP2 VP3

pilar pilar pilar pilar


PONTES I - PROVA 1 - 1o. Sem/2000
Deciv - Escola de Minas - UFOP
Prof. Ricardo Silveira - Data: 04/05/2000

PARTE TEÓRICA (1,5):


1. Defina os elementos estruturais PENDURAIS e TÍMPANOS. Em que tipo de ponte esses elementos são encontrados ?
2. Como são avaliados no projeto de uma ponte os efeitos elásticos (momento, cortante, reação, ...) provenientes da carga móvel ?
3. Explique detalhadamente os requisitos fundamentais FUNCIONALIDADE e SEGURANÇA no projeto de uma ponte.

PARTE PRÁTICA (8,5):


Para a PONTE MISTA (RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:
1. Carga Permanente – VP4: q(p.próprio) = 4 tf/m; q(lastro+dormentes) = 1 tf/m; P(transversina) = 2 tf.
• M. fletor: Seção D (0,5)
e
• E. cortante: Seção J (0,5)
• R. apoio: Seção E (0,5)
2. Trem-tipo de projeto e anteprojeto - VP4 (1,5)
Hipótese de Cálculo:
- Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada);
- Ver detalhe do carregamento abaixo.
3. Linha de Influência – VP4:
• M. fletor: Seção D (LIMD) (1,0)
e e
• E. cortante: Seção J (LIJ ) (1,0)
• R. apoio: Seção E (LIE) (1,0)
4. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de projeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D (0,5)
e
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção J (1,0)
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção E (0,5)
5. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1). (0,5)

Considerações Importantes:
P Pe
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): Pi = ± xi
n ∑ x i2
Onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas
principais); xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais; Pi = carga atuante
na viga genérica (i).

2. Carga móvel ferroviária:


P = 10 tf 10 tf P = 10 tf

q = 5 tf/m

1,5 m 1,5 m 1,5 m

Obs. IMPORTANTE: A ponte ferroviária será projetada para suportar apenas a carga de um trem (locomotiva + vagões).

91
VISTA LONGITUDINAL:
indicador de
simetria
transversinas
Junta Junta Junta Junta Junta
A B D E F G H K L
C I J
2m 2m 6m 2m 2m 4m

2m 10 m 10 m 10 m 10 m 12 m 6m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

SEÇÃO TRANSVERSAL:

indicador de
92

simetria
Carga aplicada
junta de no centro de gravidade
0,1 vagão
dilatação

trilho
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,25

transversina transversina
6,0 m 6,0 m 3,0 m 3,0 m
2,0 2,25
VP4 trans- VP5 trans-
ver-
VP6
0,2 ver-
0,2
VP1 VP2 VP3 0,2 0,6 sina 0,6 sina 0,6

pilar parede
pilar pilar
PONTES I - PROVA 1 - 2o. Sem/2000
Deciv - Escola de Minas - UFOP - Prof. Ricardo Silveira - Data: 18/10/2000

PARTE TEÓRICA (1,5):


1. O que difere as pontes das outras estruturas no campo da engenharia estrutural ? (0,5)
2. Sabe-se que para a SPERESTRUTURA das pontes pode-se padronizar certas formas estruturais; para a MESOESTRUTURA e
INFRAESTRUTURA é necessário quase sempre individualizar a solução. Entretanto, é possível formular NORMAS GERAIS
que se devem respeitar para colocaçõa de uma ponte. Explique detalhadamente quais são essas NORMAS GERAIS. (0,5)
3. Classifique uma ponte em relação ao ANDAMENTO PLANIMÉTRICO e ALTIMÉTRICO. (0,5)

PARTE PRÁTICA (8,5):


Para a PONTE MISTA (PEDESTRE, RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:
1. Carga Permanente – VP3: q(p.próprio+revestimento) ≅ 7,5 tf/m; P(transversina) = 2,0 tf.
• M. fletor: Seção D* (0,5)
• E. cortante: Seção I (0,5)
• R. apoio: Seção G (0,5)
2. Trem-tipo de anteprojeto – VP3 (2,0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada)
Considerar:
- Classe rodoviária: 30
- Ver detalhe abaixo da carga ferroviária a ser aplicada
- Pedestre: 0,3 tf/m2
3. Linha de Influência – VP3:
• M. fletor: Seção D* (LIMD*) (1,0)
• E. cortante: Seção I (LII) (1,0)
• R. apoio: Seção G (LIG) (1,0)
4. Carga móvel – VP3 (Trem-tipo de anteprojeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D* (0,5)
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção I (0,5)
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção G (0,5)
5. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1). (0,5)

Considerações Importantes:
P Pe
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): Pi = ± xi
n ∑ x i2
Onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas
principais); xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais; Pi = carga atuante
na viga genérica (i).

2. Carga móvel ferroviária:

q = 3 tf/m

93
VISTA LONGITUDINAL – VP3:
indicador de simetria

transversinas

Junta D* Junta Junta Junta Junta

A B C D E F G H I J K L M
5m 2 8m 2 5m 2 8m 2
5m
2 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m 10m 2

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

SEÇÃO TRANSVERSAL:

vagão Centro de gravidade


Carga aplicada Passeio
no centro de gravidade
das vigas principais
(Pedestre)
0,15 Parte 0,15
94

Rodoviária
trilho
1,0
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,40
0,30
2,5 m 2,0 m transversina
7,0 m 7,0 m 2,0 m
2,5

0,3
VP1 VP2 0,3
VP3 0,3

pilar parede
Pontes I - PROVA 1 - Data: 18/04/2001 (1o semestre/2001) - Prof. Ricardo Silveira
Deciv - Escola de Minas - UFOP

PARTE TEÓRICA (1,5):


1. Defina a obra de engenharia chamada PONTE. Qual seria a diferença entre ponte e viaduto ?
2. Quais as vantagens de se projetar uma ponte metálica ?
3. Defina o sistema estrutural GRELHA. Quais as vantagens de se empregar esse tipo de sistema estrutural no projeto de uma ponte?

PARTE PRÁTICA (8,5):


Para a PONTE METÁLICA ESCORADA (pedestre, rodoviária) mostrada na página seguinte, pede-se:
1. Carga permanente – VP2:
a. Modelo estrutural (calcular q) (1,0)
b. M.fletor: Seção R (0,5)
c. E.cortante: Seção R (0,5)
d. R.apoio: Seção F (0,5)

2. Trem-tipo de anteprojeto – VP2 (1,5)


Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada)
Considerar: Ponte Rodoviária Classe 30; Pedestre: 0,3 tf/m2

3. Linha de influência – VP2:


a. M.fletor: Seção R (0,75)
b. E.cortante: Seção R (0,75)
c. R.apoio: Seção F (1,0)

4. Carga móvel – VP2 (Trem-tipo de anteprojeto):


a. M.fletor (máximos positivo e negativo): Seção R (0,5)
b. E.cortante (máximos positivo e negativo): Seção R (0,5)
c. R.apoio (máximas positiva e negativa): Seção F (0,5)

5. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1). (0,5)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

1. Carga permanante: Ver seção transversal


q1 (peso próprio da laje) = e(espessura) γconc. ≅ 0,5 tf/m2
q2 (revestimento) = e(espessura) γrevest. ≅ 0,1 tf/m2
Ppróprio (VP1 = VP2 = VP3 = VP4 = VP5) = 0,25 tf/m
Barreira lateral: 0,5 tf/m

2. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):


P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2
onde:
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i).

95
VISTA LONGITUDINAL:

0 10 R 20 30
A B C D E F G I J K L
2 m 5 m 4 m 4 m

10 m 10 m 12 m 14 m 18 m 16 m 4 m

V P 2 : C a rg a p e rm a n e n te (v ig a e s c o ra d a )
q = (a s e r d e te r m in a d a ) tf /m
96

SEÇÃO TRANSVERSAL:
Barreira simetria Barreira
lateral lateral

revestimento

0,2 0,2

2,2 m 2,5 m 2,5 m 2,5 m 2,5 m 2,2 m


VP1 Transv. Interm. VP2 VP3 VP4 Transv. Interm. VP5

pilar pilar pilar

Pp(VP1) = 0,25 tf/m Pp(VP2) = 0,25 tf/m Pp(VP3) = 0,25 tf/m Pp(VP4) = 0,25 tf/m Pp(VP5) = 0,25 tf/m

P = 0,5 tf/m P = 0,5 tf/m


q2 = 0,1 tf/m2 q2 = 0,1 tf/m2

q1 = 0,5 tf/m2 q1 = 0,5 tf/m2

2,1 m 2,5 m 2,5 m 2,5 m 2,5 m 2,1 m


Pontes I - PROVA 1 - Data: 06/03/2002 (2o semestre/2001) - Prof. Ricardo Silveira
Deciv - Escola de Minas - UFOP

PARTE TEÓRICA (1.0):


1. Defina os seguintes componentes da mesoestrutura: Pilar, Encontro e Pilar Encontro;
2. Explique detalhadamente quais as NORMAS GERAIS que o projeto de uma ponte deve atender.

PARTE PRÁTICA (9.0):

Problema 1: (2.0)
Para a ponte mista (pedestre e rodoviária CLASSE 45) em LAJE, determine, de forma
aproximada, o esforço normal máximo N (ver figura) para dimensionamento do Pilar P7. Para
cálculo desse esforço considere as seguintes cargas: carga permanente (peso próprio do pilar, laje,
revestimento e barreira lateral); carga móvel (pedestre e veículos).

Vista em planta:

0.2
1.0
1.5
P2 P4 P6 P8 P10
5.0

P1 P3 P5 P7 P9 1.5
1.0
0.2
12 m 12 m 12 m 12 m

Seção Transversal:

h(rev) = 0.05 m 1m
h(laje) = 0.3 m h(laje) = 0.3 m h(laje) = 0.3 m

0.2 1 m 1.5 m 5m 1.5 m 1m 0.2

Observações:
1. Carga permanente: γcon. = 2.5 tf/m3; γrev. =γ barreira lateral = 2.0 tf/m3;
2. Carga móvel: ver norma;
3. Área do pilar: Ap = π r2 (onde, r = 0.5 m);
4. Altura do pilar: Lp = 5 m.
97
Problema 2: (7.0)
Para a ponte mista (pedestre, rodoviária CLASSE 30 e ferroviária) a seguir, pede-se:
(Hipótese de Cálculo: A rigidez das transversinas deve ser desprezada)

1. Para a VIGA PRINCIPAL 4:


a. Trem-tipo de anteprojeto (1.0)
b. Linhas de Influência:
• Momento fletor: Seção C (LIMc) (0.5)
• Esforço cortante: Seção A (LIVA) (0.5)
• Reação de apoio: Seção E (LIRE) (0.5)
3. Carga móvel:
• Momento fletor: Seção C (0.25)
• Esforço cortante: Seção A (0.5)
• Reação de apoio: Seção E (0.25)

2. Para a VIGA PRINCIPAL 2:


a. Trem-tipo de anteprojeto (1.0)
b. Linhas de Influência:
• Momento fletor: Seção I (LIMI) (0.5)
e
• Esforço cortante: Seção F (LIVFe) (0.5)
• Reação de apoio: Seção I (LIRI) (0.5)
c. Carga móvel:
• Momento fletor: Seção I (0.25)
e
• Esforço cortante: Seção F (0.5)
• Reação de apoio: Seção I (0.25)

São dados:
1. Linhas de influência das reações:

A1(-) =0.1 y (máx) = 0.1 A2(-) =0.5


- - VP4
- +
- LIR(VP4)
+
VP1 A1(+) =0.3 VP2 VP3
+ 1
+ VP5 VP5
VP6 VP7
A2(+) =1 A3(+) =1

A1(-) =0.5 A2(-) =0.5 A3(-) =0.2


VP1
- VP3
- A4(+) =0.25
- LIR(VP3)
+
+ + VP4
+ +
A5(+) =0.1
A1(+) =0.25 VP2 1 VP5 VP6 VP7
A2(+) =1 A3(+) =1

A1(-) =0.25
A2(-) =0.5
- VP2
-
A3(-) =0.2
- +
A4(-) =005
- LIR(VP2)
VP1 + 1
+ VP3
+
VP4 A3(+) =0.3 VP5 VP6
A4(+) =0.1
VP7
A1(+) =1 A2(+) =1

3. Carga móvel ferroviária:


C a r g a M ó v e l F e rro v iá r ia

1 0 tf /m

98
VISTA LONGITUDINAL:

junta junta junta junta

A B C D E F G H I

3 m 10 m 3 m 7 m 10 m 3 m 5 m 3 m 6 m

P1 P2 P3 P4 P5

SEÇÃO TRANSVERSAL:

parte ferroviária
98

parte rodoviária parte rodoviária

pedestre
pedestre

10 tf/m

VP1 VP2 VP3 VP4 VP5 VP5 VP7

1.0 m 2.5 m 2.5 m 2.5 m 2.5 m 2.5 m 2.5 m 1.0 m

PILAR
Pontes I - PROVA 1 - Data: 01/08/2002 (1o semestre/2002) - Prof. Ricardo Silveira
Deciv - Escola de Minas - UFOP

PARTE TEÓRICA (1.0):


1. Explique o requisito fundamental SEGURANÇA que uma ponte deve satisfazer;
2. Classifique uma ponte, de forma detalhada, quanto ao ANDAMENTO PLANIMÉTRICO.

PARTE PRÁTICA (9.0):


Para a ponte mista (pedestre e ferroviária) mostrada a seguir, pede-se:

1. Intensidade do empuxo atuando no encontro (1,0);

2. Forças devido à ação do vento no primeiro trecho da ponte (AB) (0,5);

3. Carga permanente – VP4:


a. Modelo estrutural (calcular q) (0,25)
b. M.fletor: Seção G (0,5)
c. E.cortante: Seção Ce (0,5)
d. R.apoio: Seção H (0,5)

4. Trem-tipo de anteprojeto – VP4 (1,5)


Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez elevada)

5. Linhas de influência – VP4:


a. M.fletor: Seção G (0,75)
b. E.cortante: Seção Ce (0,75)
c. R.apoio: Seção H (0,75)

6. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de anteprojeto):


a. M.fletor (máximos positivo e negativo): Seção G (0,5)
b. E.cortante (máximos positivo e negativo): Seção Ce (0,5)
c. R.apoio (máximas positiva e negativa): Seção H (0,5)

7. Envoltória de solicitações (ϕ
ϕ = 1). (0,5)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

1. Empuxo: γsat = 2 tf/m3; γágua = 1 tf/m3; KA = tg2(45 - ϕ/2); ϕ = 30o

2. Vento (ver figura na página seguinte):


a. Ponte descarregada: 0.15 tf/m2
b. Ponte carregada: 0.1 tf/m2; (altura do trêm = 3,5 m)
c. Componente longitudinal: c1. Vento na superestrutura: 25%; c2. Vento na carga móvel: 40%.

3. Carga permanante: determinar q por área de influência


Concreto: γconc ≅ 2,5 tf/m3; Revestimento: γrev ≅ 0,5 tf/m3
100
4. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):

P Pe
Pi = ± xi
n ∑ x i2

onde:
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i).

5. Carga móvel ferroviária:

Carga Móvel Ferroviária

10 tf/m

101
VISTA LONGITUDINAL:
re a ç ã o d a tra n s v e rs in a (P = 1 tf)
View publication stats

P 2xP P
P P P P P P

ju n ta ju n ta ju n ta
na

A tra n s v e rs in a s B C D E F G H

8 m 7 m 2 m 6 m 2 m 8 m

10 m

Encontro
P1 P2 P3 P4

P = 1 tf
P P 2xP P P P P P
q (a s e r d e te rm in a d a )

SEÇÃO TRANSVERSAL:
parte ferroviária

0.15
10 tf/m
pedestre
0.8 0.2 hméd (rev) = 0.2 m

0.3
VP1 VP2 VP3 VP4 VP5 VP6
0.5
1.5 1.0 m 1.0 m 1.0 m 1.0 m 1.0 m

0.3 0.3 0.3

pilar pilar pilar

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