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Índice
1. Introducao....................................................................................................................................2

1.1.Objectivos..................................................................................................................................2

1.1.1.Objectivo Geral.......................................................................................................................2

1.1.2.Objectivos Específicos............................................................................................................2

2. Metodologia.................................................................................................................................3

3. Rugosidade relativa e rugosidade absoluta..................................................................................4

3.1.Origem da rugosidade................................................................................................................4

3.2.Valores de rugosidade para alguns materiais comerciais..........................................................5

3.3.Determinação da rugosidade absoluta.......................................................................................5

3.4.Fluxo laminar e fluxo turbulento...............................................................................................6

3.5.Factor de atrito...........................................................................................................................7

3.6.Envelhecimento de tubos...........................................................................................................7

4.Representação de linhas de energia e piezomêtricas (Equação de Bernoulli aplicada aos fluidos


reais)................................................................................................................................................8

5.Diagrama de Moody...................................................................................................................11

6. Conclusão..................................................................................................................................13

7. Referencias bibliográficas.........................................................................................................14
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1. Introducao
Os escoamentos permanentes em pressão acontecem em condutas com condições de fronteira, a
montante e jusante, constantes ao longo do tempo. Os escoamentos uniformes em pressão
acontecem em condutas de eixo rectilíneo com secção transversal e caudal constantes, em que as
características do escoamento se mantêm constantes ao longo do escoamento. As leis de
resistência são relações físicas que permitem relacionar a perda de carga unitária com o diâmetro
da conduta, D, a natureza do material da conduta e o caudal transportado de um dado fluido. As
leis de resistência apresentadas neste capítulos são aplicáveis a escoamentos permanentes e
uniformes.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral
Entender leis de resistência dos escoamentos permanentes e uniformes em pressão;

1.1.2.Objectivos Específicos
 Descrever as relações fisicas que descrevem os escoamentos permanentes e uniformes
em pressão;
 Identificar os tipos de escoamentos de acordo com;
 Representar as linhas de energia e piezomêtricas apartir da quação de Bernoulli aplicada
aos fluidos reais.
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2. Metodologia
A elaboração do trabalho, materializou-se na revisão bibliográfica, que constituiu na leitura de
varias fontes bibliográficas inerentes ao tema em destaque cujas referencias encontram-se na
ultima pagina do trabalho. De referir que quanto a sua estrutura de referir que esta dividido em
quarto partes, nomeadamente: a introdução; o desenvolvimento; a conclusão e a bibliografia.
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3. Rugosidade relativa e rugosidade absoluta


Rugosidade relativa e rugosidade absoluta são dois termos usados para descrever o conjunto de
irregularidades existentes no interior das tubulações comerciais que transportam fluidos. A
rugosidade absoluta é o valor médio ou médio dessas irregularidades, traduzido na variação
média do raio interno do tubo.

A rugosidade absoluta é considerada uma propriedade do material usado e geralmente é medida


em metros, polegadas ou pés. Por sua vez, a rugosidade relativa é o quociente entre a rugosidade
absoluta e o diâmetro do tubo, sendo portanto uma quantidade adimensional.

A rugosidade relativa é importante, pois a mesma rugosidade absoluta tem um efeito mais
acentuado em tubos finos do que em tubos grandes.

Obviamente, a rugosidade dos tubos colabora com o atrito, que por sua vez reduz a velocidade
com que o fluido viaja dentro deles. Em tubos muito longos, o fluido pode até parar de se mover.

Portanto é muito importante avaliar o atrito na análise de fluxo, visto que para manter o
movimento é necessário aplicar pressão por meio de bombas. A compensação de perdas torna
necessário aumentar a potência das bombas, afectando os custos.

Outras fontes de perda de pressão são a viscosidade do fluido, o diâmetro do tubo, seu
comprimento, possíveis constrições e a presença de válvulas, torneiras e cotovelos.

3.1.Origem da rugosidade
O interior do tubo nunca é completamente liso e liso ao nível microscópico. As paredes têm
irregularidades superficiais que dependem muito do material de que são feitas.

Além disso, após estar em serviço, a rugosidade aumenta devido à incrustação e corrosão
causada por reacções químicas entre o material da tubulação e o fluido. Este aumento pode variar
entre 5 e 10 vezes o valor da rugosidade de fábrica.

Os tubos comerciais indicam o valor da rugosidade em metros ou pés, embora obviamente sejam
válidos para tubos novos e limpos, pois com o passar do tempo a rugosidade irá alterar o seu
valor de fábrica.
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3.2.Valores de rugosidade para alguns materiais comerciais


Abaixo estão os valores de rugosidade absolutos comummente aceitos para tubos comerciais:

- Cobre, latão e chumbo: 1,5 x 10-6 m

- Ferro fundido não revestido: 2,4 x 10-4 m

- Ferro forjado: 4,6 x 10-5 m

- Aço rebitado: 1,8 x 10-3 m

- Aço comercial ou aço soldado: 4,6 x 10-5 m

- Ferro fundido revestido de asfalto: 1,2 x 10-4 m

- Plástico e vidro: 0,0 m.

A rugosidade relativa pode ser avaliada conhecendo o diâmetro do tubo feito com o material em
questão. Se você denotar rugosidade absoluta como é o diâmetro como D, a rugosidade relativa
é expressa como:

ε
ε r=
D

A equação acima assume um tubo cilíndrico, mas se não, a magnitude chamada raio hidráulico,
em que o diâmetro é substituído por quatro vezes esse valor.

3.3.Determinação da rugosidade absoluta


Para encontrar a rugosidade dos tubos, vários modelos empíricos têm sido propostos que levam
em consideração factores geométricos como o formato das irregularidades nas paredes e sua
distribuição. Por volta de 1933 o engenheiro alemão J. Nikuradse, aluno de Ludwig Prandtl,
revestiu tubos com grãos de areia de diversos tamanhos, cujos diâmetros conhecidos são
justamente a rugosidade absoluta e. Nikuradse manipulava canais para os quais os valores de
ε/D variou de 0,000985 a 0,0333,

Nestes experimentos bem controlados, as rugosidades foram distribuídas uniformemente, o que


não é o caso na prática. No entanto, esses valores de e eles ainda são uma boa aproximação para
estimar como a rugosidade influenciará as perdas por atrito.
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A rugosidade indicada pelo fabricante de um cachimbo é, na verdade, equivalente à criada


artificialmente, assim como fizeram Nikuradse e outros pesquisadores. Por esta razão, às vezes é
conhecido como areia equivalente (areia equivalente).

3.4.Fluxo laminar e fluxo turbulento


A rugosidade do tubo é um factor muito importante a considerar dependendo do regime de
movimento do fluido. Os fluidos nos quais a viscosidade é relevante podem se mover em regime
laminar ou em regime turbulento.

No fluxo laminar, em que o fluido se move ordenadamente em camadas, as irregularidades na


superfície do tubo têm menos peso e, portanto, geralmente não são levadas em consideração.
Nesse caso, é a viscosidade do fluido que cria tensões de cisalhamento entre as camadas,
causando perdas de energia.

Exemplos de fluxo laminar são um fluxo de água saindo da torneira em baixa velocidade, fumaça
começando a jorrar de um incenso aceso ou o início de um jato de tinta injectado em um fluxo de
água, conforme determinado por Osborne Reynolds em 1883.

Em vez disso, o fluxo turbulento é menos ordenado e mais caótico. É um fluxo em que o
movimento é irregular e pouco previsível. Um exemplo é a fumaça do bastão de incenso quando
ele para de se mover suavemente e começa a formar uma série de fios irregulares chamados
turbulência.

O parâmetro numérico adimensional chamado número de Reynolds NR indica se o fluido tem um


ou outro regime, de acordo com os seguintes critérios:

Se NR<2000 é regime laminar; Se NR > 4000 o fluxo é turbulento. Para valores intermediários, o
regime é considerado transicional e o movimento é instável.
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3.5.Factor de atrito
Este factor permite encontrar a perda de energia devido ao atrito e depende apenas do número de
Reynolds para fluxo laminar, mas em fluxo turbulento a rugosidade relativa está presente.

sim f é o factor de atrito, existe uma equação empírica para encontrá-lo, chamada de equação de
Colebrook. Depende da rugosidade relativa e do número de Reynolds, mas sua resolução não é
fácil, pois f não é fornecido explicitamente.

É por isso que curvas como o diagrama Moody foram criadas, o que torna mais fácil encontrar o
valor do factor de atrito para um dado número de Reynolds e rugosidade relativa.
Empiricamente, foram obtidas equações que têm f explicitamente, que estão bem próximos da
equação de Colebrook.

3.6.Envelhecimento de tubos
Existe uma fórmula empírica para avaliar o aumento da rugosidade absoluta que ocorre devido
ao uso, conhecendo o valor da rugosidade absoluta de fábrica e ou:

e = eou + αt

Onde e é a aspereza depois t anos decorridos e α é um coeficiente com unidades de m/ano,


polegadas/ano ou pés/ano chamado taxa de aumento anual da rugosidade.

Originalmente deduzido para tubos de ferro fundido, mas funciona bem com outros tipos de
tubos feitos de metal não revestido. Nestes, o pH do fluido é importante em termos de
durabilidade, pois as águas alcalinas reduzem muito o fluxo.

Por outro lado, tubos revestidos de plástico, cimento e concreto liso não experimentam aumentos
notáveis de rugosidade com o tempo.
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4.Representação de linhas de energia e piezomêtricas (Equação de Bernoulli aplicada aos


fluidos reais)
Na dedução deste teorema, fundamentada na Equação de Euler, foram consideradas as seguintes
hipóteses:

a) o fluido não tem viscosidade;

b) o movimento é permanente;

c) o escoamento se dá ao longo de um tubo de fluxo;

d) o fluido é incompressível.
A experiência mostra que, em condições reais, o escoamento se afasta do escoamento ideal. A
viscosidade dá origem a tensões de cisalhamento e, portanto, interfere no processo de
escoamento. Em consequência, o fluxo só se realiza com uma “perda” de energia, que nada
mais é que a transformação de energia mecânica em calor e trabalho.

A equação de Bernoulli, quando aplicada a seções distintas da canalização, fornece a carga total
em cada seção. Se o líquido é ideal, sem atrito, a carga ou energia total permanece constante em
todas seções, porém se o líquido é real, para ele se deslocar da seção 1 para a seção 2, Figura1, o
líquido irá consumir energia para vencer as resistências ao escoamento entre as seções 1 e 2.
Portanto a carga total em 2 será menor do que em 1, e esta diferença é a energia dissipada sob
forma de calor. Como a energia calorífica não tem utilidade no escoamento do líquido, diz-se
que esta parcela é a perda de carga ou perda de energia, simbolizada comummente por: h.

Figura1: Escoamento de um liquido real em um conduto forcado, mostrando a carga total em 1 e 2.


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Analisando a figura anterior, podemos identificar três planos:

- Plano de carga efectivo: é a linha que demarca a continuidade da altura da carga inicial,
através das sucessivas seções de escoamento;

-Linha piezométrica: é aquela que une as extremidades das colunas piezométricas. Fica acima
do conduto de uma distância igual à pressão existente, e é expressa em altura do líquido. É
chamada também de gradiente hidráulico;

-Linha de energia: é a linha que representa a energia total do fluido. Fica, portanto, acima da
linha piezométrica de uma distância correspondente à energia de velocidade e se o conduto tiver
seção uniforme, ela é paralela à piezométrica. A linha piezométrica pode subir ou descer, em
seções de descontinuidade. A linha de energia somente desce.

Na figura, E1-E2꞊hf ou E1꞊E2+hf

2
v p
Como E ꞊ + + z, tem-se que:
2g γ
2 2
v1 p1 v2 p2
+ + z 1= + + z 2+hf
2g γ 2g γ

Que é a equação de Bernoulli aplicada as duas seções quaisquer de um fluido real em


movimento.

Quando existem peças especiais e trechos com diâmetros diferentes, as linhas de carga e
piezométrica vão se alterar ao longo do conduto. Para traçá-las, basta conhecer as cargas de
posição, pressão e velocidade nos trechos onde há singularidades na canalização. A instalação
esquematizada na Figura 2 ilustra esta situação.
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Figura 2: Perfil de uma canalização que alimenta o reservatório R2, a partir do reservatório R1, com uma
redução de diâmetro.

Do reservatório R1 para R2 existe uma perda de carga global “hf”, igual à diferença de nível
entre os mesmos. Esta perda de carga é devida à:

Δh1 - perda de carga localizada na entrada da canalização;

hf1 - perda de carga contínua no conduto 1 de maior diâmetro;

Δh2 - perda de carga localizada na redução do conduto, representada pela descontinuidade da


linha de carga;

hf2 - perda de carga contínua no trecho de diâmetro D2; e

Δh3 - perda de carga na entrada do reservatório.

Para traçar esta linha de carga é necessário calcular as cargas logo após a entrada da canalização,
imediatamente antes e após a redução de diâmetro e na entrada do reservatório. Em seguida,
bastas traçar estes pontos por rectas.
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5.Diagrama de Moody
O diagrama de Moody é a representação gráfica em escala duplamente logarítmica do factor de
atrito em função do número de Reynolds e a rugosidade relativa de uma tubulação.

Na equação de Darcy-Weisbach aparece o termo que representa o factor de atrito de Darcy,


conhecido também como coeficiente de atrito. O cálculo deste coeficiente não é imediato e não
existe uma única fórmula para calculá-lo em todas as situações possíveis.

Pode-se distinguir duas situações diferentes, o caso em que o fluxo seja laminar e o caso em que
o fluxo seja turbulento. No caso de fluxo laminar se usa uma das expressões da equação de
Poiseuille; no caso de fluxo turbulento se usa a equação de Colebrook-White.

No caso de fluxo laminar o factor de atrito depende unicamente do número de Reynolds. Para
fluxo turbulento, o factor de atrito depende tanto do número de Reynolds como da rugosidade
relativa da tubulação, por isso neste caso é representado mediante uma família de curvas, uma
para cada valor do parâmetro , onde k é o valor da rugosidade absoluta, ou seja, o comprimento
(habitualmente em milímetros) da rugosidade directamente medível na tubulação.
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Diagrama de Moody
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6. Conclusão
Conforme pode se ver no decorrer do trabalho, com base no estudo desenvolvido podemos
concluir que a avaliação rigorosa da perda de carga unitária em regime permanente e uniforme
deve basear-se na aplicação da Equação de Colebrook-White; uma avaliação aproximada da
perda de carga pode ser feita através da aplicação de equações empíricas escolhidas de acordo
com as suas condições de aplicação; em qualquer caso de dúvida na escolha da equação empírica
a aplicar deve ser aplicada a Equação de Colebrook-White, o ábaco de Moody pode permitir
averiguar uma primeira aproximação do valor do factor de resistência num dado escoamento, o
coeficiente de rugosidade equivalente, ou uma equação empírica para aplicação no cálculo de um
dado tubo deve ser fornecido pelo fabricante do mesmo.
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7. Referencias bibliográficas
 Lencastre, A. Hidráulica Geral Ed. Hidroprojecto, Lisboa, 1983;
 Manzanares, A. Abecasis Hidráulica Geral Vol I e Vol II Técnica, A.E.I.S.T., Lisboa, 1979;
 Novais-Barbosa, J. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica Geral Vol 1 e II Porto Editora, Porto,
1985;
 Quintela, A. de Carvalho Hidráulica Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1981.

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