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SISTEMA ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Rede de distribuição de água


Prof. MSc Edson Geraldo Casarotti
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Rede de distribuição de água:
Unidade do sistema de abastecimento de água (SAA) constituída de
tubulações, componentes e equipamentos acessórios, destinada a
disponibilizar água potável aos consumidores (NBR 12.218/2017).

Os condutos que formam a rede de distribuição podem ser classificados em:


➢ Condutos principais: canalizações de maior diâmetro, responsáveis pela
alimentação dos condutos secundários.
➢ Condutos secundários: formados pelas canalizações que estão diretamente
em contato com as edificações a serem abastecidas de cuja alimentação
depende diretamente delas.
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.1 Tipos de traçado
De acordo com a disposição e o traçado das tubulações principais e o sentido de
escoamento nas tubulações secundárias há basicamente, dois tipos de traçado para as
redes de distribuição:

➢ Rede Ramificada: quando o abastecimento se faz a partir de uma tubulação tronco,


alimentada por um reservatório ou por uma EEAT não formando circuitos fechados.
Esse traçado é típico de áreas que apresentam desenvolvimento linear pronunciado
e em que as ruas não se conectam entre si, por impedimentos topográficos ou pelo
traçado urbanístico.
➢ Rede Malhada: típica de áreas urbanas com ruas formando malhas viárias,
permitindo que as tubulações se interliguem pelas extremidades, formando assim,
anéis ou blocos (circuitos fechados). A princípio, não se pode estabelecer o sentido
do escoamento da água.
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.1 Tipos de traçado

➢ Rede Ramificada:

➢ Rede Malhada:

➢ Mista
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.1 Tipos de traçado

Para ambas as redes, a intercessão das redes, ou seja os pontos


de interligação, denominam-se nós.
Para o traçado das redes de distribuição de água utiliza-se planta
baixa com levantamento planialtimétrico (curvas de nível de metro
em metro), com locação dos lotes e áreas de expansão, incluindo
loteamentos aprovados ou previstos.
Normalmente, para o projetos de pequenos e médios
empreendimentos, a escala indicada para confecção dos desenhos
é 1:1.000 ou 1:2.000.
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.2 Estabelecimento das Zonas de Pressão
Em termos de pressão, a rede de distribuição de água deve operar entre uma
pressão mínima e uma pressão máxima.
À região atendida por uma rede de distribuição que opera entre esses limites
máximo e mínimo dá-se o nome de Zona de Pressão.

Pressão mínima:
▪ garantir as perdas de carga devido aos desníveis topográficos e as perdas de
carga nas tubulações;
▪ abastecer reservatório predial assentado, no máximo, dois pavimentos acima
do nível da rua. Essa pressão mínima é a Pressão Dinâmica Mínima, definida
como aquela pressão em determinado ponto da tubulação, referenciada ao
nível do terreno, sob condição de consumo (NBR 12.218/2017).
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4.2 Estabelecimento das Zonas de Pressão

A não superação da pressão máxima tem por objetivo garantir a integridade


dos tubos, conexões, válvulas e equipamentos.
Neste caso a pressão de interesse é a Pressão Máxima Estática, definida como
a pressão em determinado ponto da tubulação, referenciada ao nível do
terreno, sob condição de consumo nulo (NBR 12.218/2017)
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4.2 Estabelecimento das Zonas de Pressão

Indicação da Pressão Estática (Máxima) e Pressão Dinâmica (Mínima) obtidas a partir da alimentação
da rede por um reservatório de montante.
Fonte: Tsutiya (2006).
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4.2 Estabelecimento das Zonas de Pressão
Pressão de serviço
A NBR 12.218/2017 estabelece:
“A pressão estática máxima nas tubulações distribuidoras deve ser de
400kPa, podendo chegar a 500 kPa em regiões de topografia acidentada e a
pressão dinâmica mínima, de 100 kPa e ser referenciada ao nível do terreno”.

“NOTA 1 Sempre que possível, adotar as pressões estáticas entre 250 kPa e 300
kPa, com objetivo de diminuir as perdas reais.

“NOTA 2 nos casos em que a diferença entre as pressões estáticas e dinâmicas


mínimas forem significativas, adotar dispositivos de controle dotados de ajuste
automático de pressão em função da variação de consumo diurno e noturno”.
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4.2 Estabelecimento das Zonas de Pressão
Uma regra para a delimitação da zona de pressão é que, com curvas de nível
de metro em metro, verifique-se a diferença de cota altimétrica entre o local
destinado a reservação e um determinado ponto da rede de distribuição seja
menor ou igual a 40 metros. Caso essa diferença seja superior a 40m, haverá
duas ou mais zonas de pressão.
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4.3 Vazões para Dimensionamento
A rede de distribuição de água deve ser dimensionada para uma vazão
denominada vazão de distribuição e calculada pela equação:

(14)

QD: vazão de distribuição (l/s);


P: população da área abastecida prevista para o final de plano (hab);
q: consumo per capita de água (l/hab.dia);
K1: coeficiente do dia de maior consumo (adim.);
K2: coeficiente da hora de maior consumo (adim.).
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4.3 Vazões para Dimensionamento
Dividindo-se a vazão de distribuição pela área a ser abastecida, ou pela
extensão da rede de distribuição, obtém-se a vazão específica relativa:

Vazão específica relativa à área abastecida → (15)

qa: vazão específica relativa a área de abastecimento (l/s.ha);


A: área a ser abastecida (ha).

Vazão específica relativa à extensão rede distribuição → (16)

qm : vazão específica relativa a extensão da rede de distribuição (l/s.m);


L: extensão da rede de distribuição (m).
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4.3 Vazões para Dimensionamento

Deve-se ressaltar que, embora a NBR 12.218/2017 não considere, para efeito de
dimensionamento das redes de distribuição, demandas especiais para combate
a incêndio, não significa que esta não deva ser dotada de condições mínimas
para atender essa necessidade, pois a mesma norma técnica prevê condições
para a instalação e funcionamento de hidrantes, estabelecendo que a rede seja
calculada hidraulicamente, com o funcionamento de um hidrante por vez, e
verificando-se às vazões nos hidrantes.
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.3 Vazões para Dimensionamento

A Instrução Técnica (IT) nº 34/2018 – Corpo Bombeiros de São Paulo -


estabelece que os hidrantes devem ter capacidade:
• 1000 l/min → áreas residenciais e de menor risco de incêndio;
• 2000 l/min → áreas comerciais, industriais, com edifícios públicos e de uso
público, e com edifícios cuja preservação é de interesse da comunidade.
➢ Diâmetro mínimo da rede igual a 150 mm.
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição

O dimensionamento de uma rede de distribuição consiste, basicamente em


determinar as pressões nos nós e as vazões em cada trecho da rede,
verificando a velocidade do escoamento em cada trecho. Independente do
método de cálculo utilizado, isso é feito aplicando a equação da continuidade
em cada nó da rede, e uma equação de perda de carga.
4. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição

A NBR 12218/2017 recomenda que, preferencialmente, o cálculo da perda de


carga distribuída seja feito pela fórmula de Darcy-Weisbach (Universal),
considerando o efeito do envelhecimento do material das tubulações da rede.

(17)

hf : perda de carga distribuída (m); f: coeficiente de atrito;


L: comprimento da adutora (m); D: diâmetro da adutora (m);
V: velocidade de escoamento (m/s); g: aceleração da gravidade (m/s2).
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
Os valores da rugosidade média da tubulação (Ԑ) podem ser obtidos da Tabela 4.1:
4.1 Tabela das rugosidades médias de alguns materiais

Fonte: adaptado de Azevedo Neto (1988).


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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição

No entanto, a formulação empírica proposta por Hazen-Willian – Equação (19) –


é comumente empregada.

(19)

Q: vazão de adução (m3/s);


C: coeficiente de rugosidade;
D: diâmetro da adutora (m);
L: comprimento da adutora (m).

Alguns valores do coeficiente de rugosidade (C) para emprego na fórmula de


Hazen-Willians são apresentados na Tabela 4.2 a seguir:
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição

4.2 Valores do coeficiente C de Hazen-Willians


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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.1 Velocidades limites e Diâmetros mínimos nas redes de distribuição

As limitações de velocidade estão associadas à segurança e durabilidade


das tubulações, assim como ao custo de implantação e operação (TSUTIYA,
2006).

Baixas velocidades → minimizam os efeitos dos transientes hidráulicos


ocasionados pelas variações de pressão, mas facilitam o depósito de
materiais existentes na água.

Velocidades altas → resultam em diâmetros menores e, consequentemente


menores custos de material, porém ocasiona o aumento da perda de carga,
o que pode acarretar aumento da altura do reservatório ou maior gasto de
energia elétrica.
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.1 Velocidades limites e Diâmetros mínimos nas redes de distribuição

A NBR 12218/2017 estabelece que a velocidade mínima nas tubulações deve


ser de 0,4m/s, referindo-se as vazões para início e final de plano. Para
velocidades máximas admissíveis em projetos, Porto (1998) recomenda a
utilização da equação empírica (20): (20)

Vmax : velocidade máxima do escoamento (m/s);


D : diâmetro da tubulação (m)
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.1 Velocidades limites e Diâmetros mínimos nas redes de distribuição

A Tabela 4.3 apresenta a vazão máxima estimada para tubos cuja velocidade
máxima atende a equação empírica proposta por Porto (1998).
Tabela 4.3 -
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

No dimensionamento das redes de água admite-se que a distribuição far-se-á


uniformemente ao longo do comprimento de cada trecho, empregando-se para
isso a vazão específica relativa a extensão da rede (qm ).
Inicia-se os cálculos pelos trechos mais extremos, aqueles que possuem vazão
de jusante (Qj) nula, denominados ponta seca.
A vazão de demanda de cada trecho, denominada vazão em marcha (QMarcha) é
obtida pela equação (21): (21)

qm → vazão específica relativa a extensão da rede (l/s.m);


L → comprimento do trecho (m).
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

A vazão de montante (QMontante) de cada trecho é calculada somando-se à vazão


de jusante (Qj) a vazão do trecho (QMarcha), conforme equação (22).

(22)

A vazão de dimensionamento, também chamada de fictícia (QFic) e calculada


conforme equação (23).

(23)
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

Com base na vazão fictícia (QFic) e consultando a Tabela 4.3, adota-se o


diâmetro (D) do trecho, sendo então possível calcular a velocidade do
escoamento no trecho (V) a partir da equação da continuidade (24).

(24)

V: velocidade do escoamento (m/s);


QFic : vazão fictícia do trecho (m³/s);
D : diâmetro da tubulação (m).
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

Conhecendo-se a velocidade ( V ), o diâmetro da tubulação ( D ), o comprimento de cada trecho ( L ), e


a altura média da rugosidade da tubulação (Ԑ), parâmetro característico do material da tubulação, é
possível calcular a perda de carga pela equação de Darcy-Weisbach (Universal), conforme equação
(17).
Partindo-se agora do reservatório de alimentação, cuja altura do nível d’água mínimo é X, calcula-se
a cota do Plano de Carga Efetivo Mínimo, que é a cota Piezométrica mínima no reservatório de
alimentação, conforme equação (25).

(25)

CPReservatório : cota piezométrica mínima do reservatório de alimentação (m);


CGReservatório : cota geométrica de assentamento do reservatório (m);
X : altura do reservatório (m).
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

Conhecida a cota piezométrica mínima do reservatório e a partir dele, todas


as cotas piezométricas dos nós podem ser calculadas em função de X.
A carga de pressão disponível em cada nó (Pi) pode ser calculada pela
equação (26).

(26)

CPi: cota piezométrica do nó i (m); CGi cota geométrica do nó i; Pi : carga de pressão do nó i (m)
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas
(26)
CPi: cota piezométrica do nó i (m); CGi cota geométrica do nó i; Pi : carga de pressão do nó i (m)

Para o ponto mais desfavorável, iguala-se ao valor de 10mca, que é a mínima


carga de pressão dinâmica disponível, obtendo-se daí a altura mínima do
reservatório (X).
Definida a cota máxima do nível d’água do reservatório, verifica-se a pressão
estática no nó mais desfavorável.
Uma tabela, conforme a mostrada na Tabela 4.4 auxilia na tabulação e no
acompanhamento dos resultados obtidos.
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.1 Dimensionamento das Redes Ramificadas

Tabela 4.4: Modelo de tabela para o cálculo de rede de distribuição do tipo ramificada
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.2 Dimensionamento das Redes Malhadas
O dimensionamento de redes malhadas é um problema complexo, pois não se conhece,
inicialmente, o sentido do escoamento da água nas tubulações que compõem a rede de
distribuição.

Quando se tem redes malhadas relativamente pequenas, uma das soluções práticas ainda
utilizada é seccionar ficticiamente a rede, convertendo-a em uma grande rede ramificada.

Os métodos de cálculos apresentados serão o seccionamento fictício e o de cálculos


interativos (Hardy Cross).
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.2 Dimensionamento das Redes Malhadas
a) Método do Seccionamento fictício

Por suas características, esse método é particularmente utilizado para o dimensionamento


de pequenas redes de distribuição e para a verificação das linhas secundárias das redes
malhadas.

Para efeito de cálculo, a malha é decomposta em ramificações, supondo-se que para cada
anel haja um trecho seccionado, transformando a rede malhada em uma rede ramificada
fictícia.

A Figura a seguir apresenta um exemplo de seccionamento fictício de uma rede malhada e


a consequente determinação dos sentidos dos escoamentos.
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.2 Dimensionamento das Redes Malhadas
a) Método do Seccionamento fictício

Nos pontos seccionados impõe-se a condição de vazão de jusante nula (Qj = 0) e fixando-se os trajetos
que a água deverá seguir para atingir os diferentes pontos da rede.

O dimensionamento é então feito de forma semelhante ao dimensionamento das redes ramificadas,


verificando-se, porém a hipótese dos seccionamentos adotados, comparando os valores calculados
com a seguinte condição: as pressões resultantes nos pontos de seccionamento pelos trajetos
possíveis da água da rede ramificada fictícia devem ser praticamente iguais. Na prática, consideram-
se toleráveis diferenças de pressão que não excedam 5% da pressão média do nó seccionado.
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4.4 Dimensionamento das Redes de Distribuição
4.4.2 Métodos de Dimensionamento das Redes
4.4.2.2 Dimensionamento das Redes Malhadas
a) Método do Seccionamento fictício

Caso essa diferença seja superior a 5%, altera-se o traçado da rede


inicialmente adotado mudando-se o nó seccionado ou o diâmetro de alguns
trechos. Feitas as alterações, recalcula-se a rede e assim, sucessivamente,
até chegar a uma solução satisfatória.

É possível perceber que é um método arbitrário e impreciso podendo


resultar, muitas vezes, em soluções que não são as mais econômicas.
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4.5 Roteiro Básico para Elaboração de Projeto Básico de Rede de
Distribuição de Água
Para a elaboração do projeto da rede de distribuição de água, recomenda-se os
seguintes passos:

a) Delimitação da área a ser atendida;


b) Estudo demográfico da área a ser atendida;
c) Concepção do sistema de distribuição: nessa etapa deve-se estudar as zonas
de pressão, lançar o traçado da rede, verificar possíveis setorizações;
d) Seleção dos pontos de concentração de vazões;
e) Determinação das extensões dos trechos, bem como das cotas geométricas
dos nós;
f) Determinação da área de influência dos nós (para o caso de rede malhada);
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4.5 Roteiro Básico para Elaboração de Projeto Básico de Rede de
Distribuição de Água
g) Cálculo das vazões específicas: no caso de rede ramificada ou empregando-
se o seccionamento fictício em uma rede malhada, deve-se calcular a vazão
específica relativa ao comprimento (qm); porém se se tratar da aplicação
método de Hardy-Cross, deve-se calcular a vazão específica relativa à área
(qa).

h) Vazões nos hidrantes: deve-se determinar o número e a vazão dos hidrantes


previstos.

i) Determinação das vazões: Para redes malhadas em se empregará o método


de Hardy-Cross, deve-se calcular as vazões concentradas nos nós; para as
redes ramificadas, deve-se calcular as vazões fictícias.
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4.5 Roteiro Básico para Elaboração de Projeto Básico de Rede de
Distribuição de Água

j) Projeto de rede de distribuição de água:


A Figura ilustra detalhes de um projeto de rede de distribuição de água.
Deve-se reparar que na peça gráfica da rede de distribuição de água deve
constar a numeração dos nós bem como a cota geométrica dos mesmos, a
especificação das conexões e o comprimento dos trechos.

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