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Disciplina: Máquinas de Fluxo

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DAS


MÁQUINAS DE FLUXO

Professor: Alexandre Mendes de Castro


E-mail: alexandrecastro@acad.ftec.com.br
Referências Bibliográficas

• HENN, É. A. L.; Máquinas de fluido. 3° ed. Santa Maria:


editoraufsm, 2012.

• SOUZA, de Z. Projeto de Máquinas de Fluxo - Tomo I - Base


Teórica e Experimental. São Paulo: Interciência, 2007.

• FILIPPO FILHO, Guilherme. Bombas, ventiladores e compressores:


fundamentos. São Paulo: Érica, 2015.
Revisão
• Divisão das máquinas de fluxo:

 Máquinas de deslocamento positivo;

 Máquinas de deslocamento não positivo.


Revisão
Máquinas de Fluxo

 Definição: É o equipamento que promove a troca de


energia entre um sistema mecânico e um fluido que, em
sua passagem pela máquina, interage com um elemento
rotativo, não se encontrado, em qualquer instante
confinado, transformando energia mecânica em energia
de fluido ou energia de fluido em energia mecânica.
Revisão
Ventilador Axial
Turbina Hidráulica

Turbina a vapor
Bomba Centrífuga
Revisão

 Rotor: É onde acontece a transformação de energia


mecânica em energia de fluido, ou de energia de fluido
em energia mecânica, é o componente principal de uma
máquina de fluxo.
Revisão
• Elementos construtivos
Revisão
• Classificação das máquinas de fluxo:

 Segundo a direção da conversão de energia;


(motora, geradora, reversíveis ou turboalimentadores)

 Segundo a forma dos canais entre as pás do rotor;


(ação ou reação)

 Segundo a trajetória do fluido no rotor.


(radial, axial, tangencial ou diagonal)
Revisão
• Segundo a trajetória do fluido no rotor:
Sistema de Referência
Para o estabelecimento de equações em mecânica dos
fluidos é necessário estabelecer os sistemas de referência
adequados facilitando assim o seu estudo.

• Sistema de coordenadas absoluto: Sistema fixo, que


não possui movimento;

• Sistema de coordenadas relativo: Sistema variável, que


está em movimento combinado de rotação e translação.
Sistema de Referência

ABSOLUTO RELATIVO
Sistema de Referência

ABSOLUTO RELATIVO
Triângulo de Velocidades
Equação que rege o triângulo de velocidades exceto para
hélices de embarcações e aeronaves:

𝒄=𝒘+𝒖

Onde:
𝑐 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;
𝑢 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙;
𝑤 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;
Triângulo de Velocidades
Triângulo de Velocidades

𝑐 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;


𝑢 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙;
𝑤 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;
𝑐𝑚 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑖𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠. (𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 à 𝑢);
𝑐𝑢 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎;
𝛽 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑒𝑙. 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑝á ;
𝛼 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑒𝑙. 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 .
Triângulo de Velocidades
Triângulo de velocidades em uma máquina de fluxo geradora
Triângulo de Velocidades
Triângulo de velocidades em uma máquina de fluxo motora
Velocidade Absoluta 𝑪

Decomposta em dois vetores de velocidade:

• Velocidade absoluta tangencial 𝑐𝑢 : Este vetor está


diretamente ligado a energia trocada entre o rotor e o
fluido;

• Velocidade absoluta meridional 𝑐𝑚 : Vinculada a vazão


da máquina.
Velocidade Absoluta Meridional 𝑪𝒎
Retomando a equação da vazão da aula 1:

𝑉 𝑚³ 𝑚
𝑄= = = × 𝑚² 𝑄 =𝑣 ×𝐴
𝑡 𝑠 𝑠

Onde:
𝑄 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 [𝑚³ 𝑠];
𝑸 = 𝑪𝒎 × 𝑨 𝑐𝑚 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑖𝑑𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 [𝑚 𝑠];
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑚² .
Máquinas Radiais
A componente meridiana possui a direção radial,
enquanto a área de passagem, desprezando a espessura
das pás corresponde à superfície lateral de um cilindro.

𝑨=𝝅×𝑫×𝒃

Onde:
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 [𝑚²];
𝐷 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎 [𝑚];
𝑑 = 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑛𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑚 .
Máquinas Axiais
A componente meridiana tem a direção do eixo do rotor e
a área de passagem é a superfície de uma coroa circula.

𝝅
𝑨 = × (𝑫𝒆 𝟐 - 𝑫𝒊 𝟐 )
𝟒

Onde:
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 [𝑚²];
𝐷𝑒 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 [𝑚];
𝐷𝑖 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 [𝑚].
Máquinas Diagonais (Fluxo Misto)
A componente meridiana encontra-se numa direção
intermediária entre a radial e a axial, e a área de passagem
corresponde à superfície lateral de um tronco de cone.

𝑫𝒆 + 𝑫𝒊
𝑨= ×𝝅×𝒃
𝟐

Onde:
𝐴 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 [𝑚²];
𝐷𝑒 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑒 [𝑚];
𝐷𝑖 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑒 [𝑚];
𝑑 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑒 𝑚 .
Exercício 1
Um ventilador radial trabalha com uma rotação nominal de 750
rpm e uma vazão de 240 m³/min. Sabendo que o diâmetro de
entrada do rotor é 600 mm, o de saída é de 855 mm e o ângulo
construtivo da pá tanto na entrada quando na saída do roto é de
90°. Determine o triângulo de velocidades na entrada e na saída
do roto. Por motivos de facilidade de construção, as larguras das
pás na entrada e saída do rotor são iguais e valem 210 mm.

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