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r Pá Pá Pá
Rotor
Rotor Rotor
BOMBA RADIAL
TURBINA MIXTA
TURBINA AXIAL
Convenção de Betz.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 03/01/2017 17
CONSIDERAÇÕES ENERGÉTICAS BÁSICAS
Considerando o
rotor de uma bomba
hidráulica, ou seja, de
uma MFG, a figura ao lado
representa o diagrama
das velocidades para uma
partícula líquida M, que
descreve o sentido radial
do escoamento.
Nos projetos de
máquinas de fluxo a
Chama-se velocidade
absoluta 𝑉 𝑜𝑢 𝑐 àquela
que uma partícula do fluxo
tem com relação ao
observador parado, e
velocidade relativa 𝑢
àquela vista pelo
observador movendo-se
com o rotor.
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CONSIDERAÇÕES ENERGÉTICAS BÁSICAS
Onde:
𝝎 - Velocidade angular
constante, em (rad/s);
𝒖 - Velocidade da pá do rotor
(tangencial), em (m/s);
𝒓 - Distância radial medida a
partir do eixo da
turbomáquina, em (m);
𝑽𝒐𝒖 𝒄 - Velocidade absoluta do
fluido (vista por um
observador estacionário), em
(m/s);
𝑽𝒕 - Projeção do vetor
velocidade absoluta 𝑽 sobre
a velocidade da pá do rotor
𝒖, em (m/s);
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CONSIDERAÇÕES ENERGÉTICAS BÁSICAS
𝑽𝒓 - Componente radial ou
meridional da velocidade
absoluta do fluido, em
(m/s);
𝒘 - Velocidade relativa da
corrente fluida (vista por
um observador solidário às
pás), em (m/s);
𝜶 - Ângulo formado pelos
vetores 𝒖 e 𝑽;
𝜷 - Ângulo formado pelos
vetores 𝑾 e − 𝒖, é chamado
ângulo de inclinação das pás;
Sendo:
1 – Região de entrada do
escoamento na pá;
2 – Região de saída do
escoamento na pá;
𝒓𝟏 - Raio interno ou menor do
rotor ou de entrada do
escoamento, em (m);
𝒓𝟐 - Raio externo ou maior do
rotor, ou de saída do
escoamento, em (m);
𝟐∙𝝅∙𝒏
𝝎=
𝟔𝟎
𝒖=𝝎∙𝒓
A Figura ao lado
mostra um esquema
simplificado das velocidades
do escoamento que “entra” e
que “sai” do ventilador a uma
distância r do eixo do rotor.
A superfície
sombreada legendada como a
– b – c – d é uma parte da
superfície cilíndrica
mostrada anteriormente.
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CONSIDERAÇÕES ENERGÉTICAS BÁSICAS
O conceito mais
importante mostrado neste
esquema é que as pás do
ventilador (devido a sua
forma e movimento)
“empurram” o fluido e
provocam uma mudança na
direção do escoamento.
A direção do vetor
velocidade absoluta - 𝑽, não é
a mesma nas seções (1) e (2).
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
𝑽𝟐𝟒 − 𝑽𝟐𝟓 𝒑𝟒 − 𝒑𝟓
𝒀𝒑á = + = 𝒀𝒅𝒊𝒏 + 𝒀𝒆𝒔𝒕
𝟐 𝟐
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Considerações Básicas sobre o Momento da
Quantidade de Movimento
Combinando as equações anteriores, chega-se a:
𝑽𝟐𝟒 − 𝑽𝟐𝟓 𝒖𝟐𝟒 − 𝒖𝟐𝟓 𝒘𝟐𝟓 − 𝒘𝟐𝟒
𝒀𝒅𝒊𝒏 = e 𝒀𝒆𝒔𝒕 = +
𝟐 𝟐 𝟐
Define-se grau de reação teórico de uma turbina
Pelton, como sendo:
𝒀𝒆𝒔𝒕 𝒀𝒅𝒊𝒏
𝝆𝒕 = =𝟏−
𝒀𝒑á 𝒀𝒑á
As turbinas tipo Francis e Hélice (Kaplan) são de
reação por que possuem seu grau de reação teórico entre:
𝟎 < 𝝆𝒕 < 𝟏
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Considerações Básicas sobre o Momento da
Quantidade de Movimento
O diâmetro, a velocidade e a potência pode ser
calculada por:
𝒖=𝝅∙𝑫∙𝒏
𝟒∙𝑸
𝑫𝑱 = 𝑷 = 𝑸 ∙ 𝒀𝒑á
𝑰∙𝑽∙𝝅
𝑽= 𝟐 ∙ 𝒀𝒑á
Diagrama de Velocidades
Como visto anteriormente, ainda que o escoamento
em uma máquina de fluxo seja muito complexo
(tridimensional e transitório), a equação fundamental
pode ser formulada considerando o escoamento médio
como sendo unidimensional entre as seções de entrada e
saída do rotor.
Para projetar uma máquina de fluxo, o engenheiro
projetista parte, normalmente, de um conjunto de
hipóteses ideais e simplificadoras, para, posteriormente,
transformar tais condições ideais em reais pela
introdução de fatores de correção.
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Assim a teoria unidimensional que é ideal e
simplificadora, admite as seguintes hipóteses:
1. O rotor será considerado como tendo um
número infinito de palhetas (pás);
2. As palhetas serão consideradas como sendo
infinitamente delgadas, ou seja, sem espessura.
Diagrama de Velocidades
Essas hipóteses são realmente simplificadoras, tendo
em vista que:
1. Admitindo que exista um número infinito de palhetas,
implica que para um mesmo raio não haverá variação na
velocidade e na pressão para pontos que vão desde a
face de ataque de uma palheta até a face dorsal da
palheta consecutiva.
2. Como considerando sendo infinito o número de palhetas,
entre uma e outra palheta só pode fluir um filete de
corrente, havendo para o mesmo raio somente um ponto
entre as mesmas. Assim a velocidade e a pressão no
ponto serão, então, a velocidade e a pressão do filete.
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Diagrama de Velocidades
Para a aplicação dos triângulos de velocidades
às máquinas de fluxo, considera-se a corrente líquida
que circula através do rotor de um ventilador
centrífugo, representando, esquematicamente, pelo
corte segundo um plano meridiano que passa pelo eixo
do rotor e pelo corte segundo um plano perpendicular
ao eixo do rotor, conforme mostrado na Figura a
seguir:
𝒖=𝝎∙𝒓
Diagrama de Velocidades
Diagrama de Velocidades
Diagrama de Velocidades
No projeto de máquinas de fluxo interessa o
conhecimento das seguintes grandezas:
𝜶 – Ângulo formado pelo vetor velocidade absoluta 𝑽, com
a do vetor velocidade circunferencial 𝒖;
𝜷 – Ângulo formado pela direção do vetor velocidade
relativa 𝒘, com o prolongamento em sentido oposto do
vetor 𝒖. É chamado de ângulo de inclinação das pás;
𝒘𝒓 𝒐𝒖 𝑽𝒓 – Componentes radiais ou também chamadas de
meridianas da velocidade relativa e absoluta do fluido;
𝒘𝒕 𝒐𝒖 𝑽𝒕 – Componentes tangenciais ou também chamadas
de periféricas da velocidade relativa e absoluta do
fluido;
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Diagrama de Velocidades
Enquanto a componente tangencial, de módulo 𝑽𝒕 ,
está intimamente ligada à energia específica
intercambiada entre o rotor e o fluido, a componente
radial (meridiana), de módulo 𝑽𝒓 , está vinculada à vazão
da máquina, por meio da equação da continuidade.
𝑸 = 𝑨 ∙ 𝑽𝒓
onde:
Q = Vazão de fluido que passa pelo rotor, em (m3/s);
A = Área de passagem do fluido, em (m2);
Vr = Velocidade radial (meridiana), em (m/s).
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Pela condição de obtenção da equação da
continuidade, a componente meridiana Vr da velocidade
absoluta deve ser sempre perpendicular à área A.
Para as máquinas radiais, a componente meridiana
possui a direção radial, enquanto a área de passagem,
desprezando a espessura das pás, corresponde à superfície
lateral de um cilindro, ou seja:
𝑨=𝝅∙𝑫∙𝒃
onde:
A = Área da seção de passagem do fluido, em (m2);
D = Diâmetro da seção considerada, em (m);
b = Largura do rotor na seção considerada, em (m).
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Para as máquinas axiais, a componente meridiana tem a direção
do eixo do rotor e a área de passagem é a superfície de uma coroa
circular, calculada por:
𝝅
𝑨 = ∙ 𝑫𝟐𝒆 − 𝑫𝟐𝒊
𝟒
Nas máquinas diagonais ou de fluxo misto, a componente
meridiana encontra-se em uma direção intermediária entre a radial e a
axial e a área de passagem corresponde à superfície lateral de um
tronco de cone, que pode ser expressa por:
𝑫𝒆 − 𝑫𝒊
𝑨=𝝅∙ ∙𝒃
𝟐
onde: De = Diâmetro exterior ou maior da base do tronco do cone do rotor, em (m);
Di = Diâmetro interior ou menor da base do tronco do cone ou diâmetro do cubo
do rotor, em (m);
b = Comprimento da geratriz do tronco de cone, em (m).
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
𝑫𝒆 − 𝑫𝒊 𝝅
𝑨=𝝅∙𝑫∙𝒃 𝑨=𝝅∙ ∙𝒃 𝑨 = ∙ 𝑫𝟐𝒆 − 𝑫𝟐𝒊
𝟐 𝟒
Área de passagem da corrente fluida através
dos diversos tipos de rotores.
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ANÁLISE DE TURBOMÁQUINAS HIDRÁULICAS
Diagrama de Velocidades
Da análise dos triângulos de velocidade de entrada
e de saída do rotor pode-se obter as seguintes relações
trigonométricas:
Relações trigonométricas à
entrada do rotor
𝑾𝟐𝟏 = 𝑽𝟐𝟏 − 𝟐 ∙ 𝒖𝟏 ∙ 𝑽𝟏 ∙ 𝒄𝒐𝒔 𝜶𝟏 + 𝒖𝟐𝟏
𝑽𝒕𝟏 = 𝑽𝟏 ∙ 𝒄𝒐𝒔 𝜶𝟏
Lei dos Cossenos
𝑽𝒓𝟏 = 𝒘𝟏 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝜷𝟏
Lei dos Senos
𝑽𝒓𝟏 = 𝑽𝟏 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝜶𝟏
Relações trigonométricas à
saída do rotor
𝑾𝟐𝟐 = 𝑽𝟐𝟐 − 𝟐 ∙ 𝒖𝟐 ∙ 𝑽𝟐 ∙ 𝒄𝒐𝒔 𝜶𝟐 + 𝒖𝟐𝟐
𝑽𝒕𝟐 = 𝑽𝟐 ∙ 𝒄𝒐𝒔 𝜶𝟐
Lei dos Cossenos
𝑽𝒓𝟐 = 𝒘𝟐 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝜷𝟐
Lei dos Senos
𝑽𝒓𝟐 = 𝑽𝟐 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝜶𝟐
Esquemas do Exercício 4:
Assuntos da Aula
MUITO OBRIGADO!